EC Junho 2019

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EXPOSITOR CRISTÃO, ELEITO O MELHOR JORNAL CRISTÃO DO BRASIL E PREMIADO NA FLIC 2017

Distribuição Gratuita

Jornal Oficial da Igreja Metodista Junho de 2019 | ano 133 | nº 6

PENTECOSTES Ontem e hoje Página 8

NACIONAL

Conheça a Campanha Nacional Igrejas Acolhem e Cuidam. Página 5

MEIO AMBIENTE

O que John Wesley pensava a respeito? Página 13

EVENTO: Angular Editora participa de encontro da Sepal com mais de 1.600 pessoas. Página 4


MARCA PÁGINA.pdf 1 27/09/2017 15:13:32

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EDITORIAL

2018

Junho de 2019 | www.expositorcristao.com.br

Pentecostes ontem e hoje!

COMENTÁRIOS Edição de Maio de 2019

Capa “Tenho opinião formada a respeito. Entendo que temos liderança e precisamos respeitar autoridades, mas isso não quer dizer que preciso da oração do/a líder para receber algo de Deus, o nome de Cristo é o acesso ao Pai.” Cristiano Alves

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m junho celebramos o Pentecostes, para muitos/as, o nascimento da Igreja Cristã. Em hebraico, espírito é ruah, e em grego, pneuma. Ambos os termos estão ligados a processos fundamentais, pois significam vento, OM .C sopro, furacão e vendaval. TO Inicialmente, o Espírito não é conscientizado como pessoa, mas como uma força divina e originária da criação, move-se nos seres vivos e age nos homens. Pois o ser humano não pode viver sem garganta, respiração, alento e fôlego. No mundo que considera tudo material, mecânico, sentimental, é importante sublinhar e enfatizar a força do Espírito Santo na nossa vida, como uma renovação saliente de todas as coisas. Para nós, cristãos/ãs, o Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua vocação para a missão universal. Festa do diálogo e da compreensão. Portanto, a Igreja deve continuar a ser sinal, ou seja, precisa tornar visível o Deus invisível; tornar visí-

“Muito bom esse chamado de nossos bispos e bispas. Precisamos nos unir em oração mais uma vez pelo nosso país. As autoridades que estão em Brasília precisam ter mais o temor de Deus.” Paulo Roberto Araújo Betim/MG

no Cenáculo “Cresci com minha mãe me ensinado a ler o no Cenáculo. Não frequento nenhuma igreja, mas as leituras diárias de minha mãe ainda ecoam em minha mente.” Roberta dos Santos Almeida Belo Horizonte/MG

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Reforma da Previdência

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Nos caminhos da missão servem com integridade

Ênfases missionárias

da Igreja Metodista

vel o transcendente. Como ela faz isso? Através de sinais visíveis: da comunidade cristã; da celebração do sacramento; da proclamação da palavra. Retomamos um pouco da experiência do profeta Joel no Antigo Testamento. Ele viveu um tempo sombrio, de crise total, mas teve coragem para denunciar o que estava vendo de errado. Destacamos, segundo estudo de ex-docente da Fateo, quatro “ferramentas” apontadas por Joel que devem ser usadas para confrontar a crise. Nesta edição, também abordamos sobre a Semana Wesleyana, Dia Mundial do Meio Ambiente, missão no Panamá, Colônia de Férias em Porto Seguro e a Campanha Nacional Igrejas acolhem e cuidam lançada no dia do Coração Aquecido como destaques principais. C

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Estimular o zelo evangelizador na vida de cada metodista, de cada igreja local;

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Revitalizar o carisma dos ministérios clérigo e leigo nos vários aspectos da missão;

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o discipulado 3 Promover na perspectiva da salvação, santificação e serviço;

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Fortalecer a identidade, conexidade e unidade da igreja;

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Implementar ações que envolvam a igreja no cuidado e preservação do meio ambiente;

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Promover maior comprometimento e resposta da igreja ao clamor do desafio urbano.

Que Deus nos ajude! Pr. José Geraldo Magalhães Editor-chefe | Expositor Cristão

OPINIÃO | PENTECOSTES

“O trabalho do Pastor Paulo Costa ao lado da Pra. Ima e sua família com os/as indígenas em Dourados certamente deixou uma marca importante na vida da Igreja e da Aldeia Bororó. Cumpriu sua missão.” Roberto Alvarenga dos Anjos Mato Grosso do Sul/MT

“Pentecostes é a fagulha que incendiou o coração dos apóstolos e discípulos, e que incendiou o nosso coração quando aceitamos a Cristo em nossa vida! Pentecostes é a motivação para o ide de Jesus.”

“Pentecostes é a celebração diária do Espírito Santo na vida do povo de Deus, capacitando e dinamizando cada fiel a realizar a missão do Reino de Deus com ousadia, intrepidez, amor, dons e ministérios.”

Jessé Alvarenga | Vitória/ES

Pr. Juarez Ferreira | Montes Claros/MG

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“Em meio à diversidade, destaco a unidade. Como dizia John Wesley: ‘No essencial, Unidade, no não essencial, Liberdade, e em tudo, Amor’. Que nesses tempos de Pentecostes e em meio às agruras da vida, possamos vivenciar a unidade na busca da Justiça, dignidade de vida e a paz."

Acesse a versão digital desta edição

e compartilhe!

“Não leiamos a história de Pentecostes apenas como a memória de um dia glorioso no passado. Leiamos essa história como uma promessa; como um sinal daquilo que ainda será. Leiamos com gratidão, otimismo e esperança. Com a certeza de que a renovação é sempre possível e pode começar hoje." Bispo João Carlos Lopes | Curitiba/PR

Pra. Margarida Ribeiro | Fateo

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Expositor Cristão Presidente do Colégio Episcopal: Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa Bispa Assessora do jornal Expositor Cristão Hideíde Brito Torres Conselho Editorial: Camila Abreu, Patrícia Monteiro, Pr. Odilon Chaves e Nancy Vianna

Jornal Oficial da Igreja Metodista Editor e jornalista responsável: Pr. José Geraldo Magalhães (MTB 79517/SP) Produção Audiovisual: Rodrigo de Britos Foto de Capa: SDenisov/istockphoto.com Arte: Fullcase Comunicação Revisão: Adriana Giusti Tiragem: 30 mil exemplares

Fundado em 1º de janeiro de 1886 pelo missionário John James Ransom

Entre em contato conosco: (11) 2813-8600 www.expositorcristao.com.br expositorcristao@metodista.org.br Av. Piassanguaba, 3031 - Planalto Paulista São Paulo/SP - CEP 04060-004

*A REDAÇÃO DO JORNAL EXPOSITOR CRISTÃO É RESPONSÁVEL POR TODAS AS MATÉRIAS NELE PUBLICADAS, COM EXCEÇÃO DE ARTIGOS E REFLEXÕES, QUE SÃO RESPONSABILIDADE DE SEUS/AS AUTORES/AS.

MISTO


NACIONAL

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Exame da Ordem Presbiteral

PALAVRA EPISCOPAL Bispo João Carlos Lopes Presidente da Sexta Região Eclesiástica

Pentecostes hoje Atos 2.1-13

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Igreja Metodista publicou no site da Sede Nacional o edital que convoca candidatos e candidatas para o exame da Ordem Presbiteral 2019 para o dia 18 de setembro de 2019, quarta-feira, das 13h às 17h, no local estabelecido pela Comissão Ministerial Regional. Esta exigência contempla os artigos canônicos 27, item V, 119, item XIII e 92 § 3º, o Regulamento da Ordem Presbiteral e as Normas do Exame da Ordem Presbiteral. Outro objetivo da avaliação é verificar a capacidade interpretativa e cognitiva dos/as candidatos/as, bem como a sua sensibilidade de contextualização à luz da realidade, a partir do seu conhecimento bíblico, teológico, pastoral e canônico, conforme a tradição wesleyana. O texto explica que é necessário constatar se o/a candidato/a expressa uma espiritualidade presbiteral (pessoal e comunitária), reconhecendo que, como Paulo, recebeu do Senhor “poder” e “autoridade” para edificar o Corpo de Cristo, e não para destruir (2 Co 13,10; 10.8 e 1 Co 4.20).

Ordem Presbiteral

Categoria eclesiástica clériga na qual a Igreja Metodista, com a autoridade e a direção do Espírito Santo, acolhe, em nome de Deus, sem distinção de sexo, os membros em que reconhece a vocação para o Santo Ministério da Palavra e dos Sacramentos e outros ministérios por ela reconhecidos, ordenando-os para o desempenho da Missão. /// Para fazer o download dos documentos acesse http://www. metodista.org.br/ordem-presbiteral

E o povo, reunido para ser a Igreja, foi testemunha disso A história do primeiro Pentecostes, na tradição cristudo. Eles/as sabiam que Deus estava pronto para fazer tã, pode ser encontrada em Atos 2; já lemos essa história coisas novas. Sabiam que para Deus nada é impossível. muitas vezes. Mas hoje gostaria que a puséssemos dentro Imaginemos o espírito de Deus gemendo enquanto a de um contexto maior. Vamos rever os eventos que aconprimeira assembleia desses/as cristãos/ãs acontece. Eleiteceram logo antes de Pentecostes, em Atos 1. ções; debates; critérios; críticas a Judas; críticas à metoEra tempo de festa em Jerusalém. Estavam se compledologia usada na eleição. tando 50 dias da Páscoa. Era a celebração do Pentecostes De repente, um som como o de um vento impetuoso, dos Judeus. Na tradição judaica essa era um tipo de festa línguas como que de fogo descendo sobre as pessoas. da colheita, na qual o povo, vindo de todos os lugares, Grande poder que os/as impulsiona para as ruas. reunia-se em Jerusalém. Que maravilha! Quando Deus se cansa de igrejas saEssa era, possivelmente, a primeira vez que os/as setisfeitas com realizações ridículas. Quando ele percebe guidores/as de Jesus tinham a chance de se reunir depois que a injustiça, a mentira, a acepção da crucificação. Havia 120 deles/as de pessoas – coisas contra as quais e se reuniram no Cenáculo – não “Se perguntássemos a Igreja deveria profetizar – estão seria exagero pensar que essa foi a acontecendo dentro da própria primeira reunião da igreja cristã. aos discípulos, antes Igreja; Deus age de maneira extraHavia uma grande agenda sobre de Pentecostes, como ordinária. Pentecostes é algo extraa mesa. Uma questão dominante ordinário. estava diante deles: E AGORA, O estaria a Igreja 50 Todos ficaram atônitos; ninguém QUE FAREMOS? Esses/as seguianos mais tarde, eles sabia o que estava acontecendo. dores/as haviam ouvido Jesus dizer Deus agiu. Nunca os discípulos hacoisas como estas: não conseguiriam viam experimentado aquilo. Mas o • “Ide por todo o mundo e fazei sonhar o crescimento mais importante: antes do pôr do discípulos de todas as nações.” sol, três mil pessoas haviam cri• “Como o Pai me enviou, eu vibrante e o do e se juntado à comunidade dos também vos envio.” testemunho valente discípulos. • “Vocês serão minhas testemuQue maravilha! Que animador! nhas tanto em Jerusalém como que explodiu como Creio que esta história deveria deina Judeia, em Samaria e até os confins da terra.” resultado daquele dia: xar a Igreja hoje muito nervosa; tensa! Por quê? Responda Os assuntos dessa agenda seriam vida saindo da morte, muito você mesmo/a. Nossa Igreja se pasuficientes para manter os discírece mais com essa do final da hispulos ocupados pelo resto da vida, ossos secos sendo tória ou com aquela da assembleia mas eles ainda não haviam feito revivificados” para eleição de Matias? nada a respeito dessa agenda. Há boas notícias no final da hisO assunto que tomou mais tempo tória de hoje. Se estamos desencorajados/as, desapontadeles até agora foi o lugar vago, deixado por Judas, entre dos/as; se nossos esforços parecem não gerar resultados; os discípulos.“O lugar precisa ser preenchido. É necessáse de coração desejamos a alegria da presença de Deus; rio escolher o sucessor”. milagres realmente acontecendo; vidas sendo mudadas; O assunto parece, para eles, muito urgente. Imaginea Igreja fazendo real diferença na sociedade, então a mos a conversa: “É, precisamos ser 12. Essa é a tradição. história de Pentecostes é nossa segurança de que aquele Sempre fomos em número de 12, como as tribos de Israel”. que fez no passado faz hoje também. Deus resgatou seu “Bem, precisamos de alguém com experiência. Alguém povo da letargia e da morte muitas vezes. E podemos ter que tenha nos acompanhado o tempo todo. Não pode ser certeza de que Ele está disposto a fazer hoje novamente. qualquer um”. Se perguntássemos aos discípulos, antes de PentecosNo final, apenas duas pessoas parecem atender às exites, como estaria a Igreja 50 anos mais tarde, eles não gências: Matias e José – o Justo. Eles eram muito pareciconseguiriam sonhar o crescimento vibrante e o testedos. Então lançaram sorte e Matias foi o escolhido. munho valente que explodiu como resultado daquele dia: Matias pode ter sido muito fiel acompanhando Jesus­. vida saindo da morte, ossos secos sendo revivificados. Porém, em sua eleição foi a primeira e a última vez De fato, Deus já fez isso antes. O corpo de Cristo, que que ouvimos a respeito deles. Mas ele representava um é a Igreja, nunca morrerá. Quando sinais de morte apanome e, na Igreja, muitas vezes, preencher as vagas com recem, Deus aparece também como aquele que reaviva, nomes parece ser uma grande realização. vivifica, santifica. Agora, imaginemos a grande expectativa que Deus pai Não leiamos a história de Pentecostes apenas como a e Deus filho deviam ter a respeito daquela reunião. Eles memória de um dia glorioso no passado. Leiamos essa acabaram de completar o mais tremendo trabalho da hishistória como uma promessa; como um sinal daquilo tória. Deus pai enviou seu filho ao mundo. O filho comque ainda será. Leiamos com gratidão, otimismo e espletou seu ministério e orientou os discípulos a respeito perança. Com a certeza de que a renovação é sempre do desejo do pai. Sob a autoridade do pai, ele operou mipossível e pode começar hoje. lagres e disse que “coisas maiores que essas vocês farão”.

© FABIO H. MENDES

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NACIONAL Junho de 2019 | www.expositorcristao.com.br © FOTOS: EMÍLIO FERNANDES

Angular Editora participa

de encontro da Sepal Redação EC

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om o tema Espiritualidade Bíblica para uma Igreja Transformadora, o evento da Sepal – Servindo aos Pastores e Líderes, reuniu cerca de 1.600 participantes nos dias 6 a 10 de maio, em Águas de Lindoia, no interior de São Paulo. A Angular Editora (AE) esteve presente no evento, apresentando a todos/as os/as participantes as literaturas dos selos Expositor Cristão, no Cenáculo, Escola Dominical, Editeo, Voz Missionária e os livros publicados pela editora. Para o editor da AE, Pr. Emílio Fernandes, o encontro proporcionou uma oportunidade de divulgação dos produtos da editora. “Além da boa receptividade, pudemos encontrar líderes da Igreja Metodista que celebraram a participação da editora e seus selos no evento. Também foi uma excelente oportunidade para levar as publicações da Igreja Metodista para outras denominações”, destacou. De acordo com Marcos Prudêncio, diretor executivo da Sepal, a proposta para 2019 foi refletir sobre o nível de espiritualidade que agrada a Deus, além

de debater sobre o papel dos/ as cristãos/ãs como influenciadores/as. “A Sepal procura perceber o anseio de Deus para a Igreja brasileira e sua liderança. O Senhor tem desafiado a Igreja para uma tarefa influenciadora nas esferas da sociedade e, nesse sentido, há um chamado para a profundidade espiritual que precisa ter base bíblica para não se perder em emoções ou artifícios humanos”, disse Prudêncio. Segundo a Secretária para a vida e Missão, Pra. Joana D’Arc Meireles, a participação da AE está se estabelecendo no mercado editorial. “A Angular Editora nasceu há quatro anos e, desde então, tem se estabelecido no mercado evangélico. O evento da Sepal também foi um espaço de intercâmbios, de relacionamentos, momento de autodivulgação como instrumento de edificação, evangelização e unidade”, disse. Para o Pastor Paulo Pontes (5ªRE), a presença da editora em um evento nacional mostra a qualidade dos materiais produzidos pela Igreja Metodista. “Fiquei muito feliz em ver a Editora Angular presente no Encontro Sepal 2019. Isso mostra que ela

vem conquistando espaço e sendo cada vez mais reconhecida entre os/as evangélicos/as brasileiros/as com materiais e conteúdo de qualidade”, enfatizou o Pastor Paulo.

Relacionamento

Para a auxiliar administrativa da AE, Regina Ramos, a participação da editora foi de suma importância. “A participação da Angular e seus selos neste evento foi importante para desenvolvermos relacionamentos com clientes fora do convívio Metodista, visto que o evento é destinado para pastores/as e líderes de todas as denominações. Pudemos explicar sobre os nossos produtos para quem ainda não conhecia. Houve também a distribuição de brindes para todos/as os/as participantes e sorteio de três kits para todos/as os/as visitantes em nosso estande”, finalizou.

A Sepal

Servindo aos Pastores e Líderes é uma missão internacional, estabelecida no Brasil em 1963. Ela faz parte da Aliança Global OC, uma missão interdenominacional na sua estrutura e intereclesiástica no seu ministério.

A JUVENÍLIA NACIONAL METODISTA APRESENTA:

LIVE – Traduzindo para o português como verbo ele significa VIVER, MORAR, PERMANECER, NUTRIR-SE, e como substantivo significa ATIVO, ACESO, EM BRASA, CARREGADO. Com essas diversas traduções chegamos à conclusão de que LIVE traz uma visão inovadora e essencial sobre AVIVAMENTO, saindo do clichê, mostrando que não é só um mover do Espírito, mas que além disso ele é um estilo de vida, é um chamado a sermos ATIVOS, CARREGADOS, ACESOS em todo nosso VIVER e que precisamos PERMANECER E NUTRIMO-NOS para que o avivamento ocorra no Brasil assim como foi na Inglaterra através de John Wesley.

Nosso versículo base é: “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12.2). Assim como o tema, esse versículo traz o avivamento como a ideia de não se conformar com o que está acontecendo no mundo, mas buscar Jesus todos os dias para que a vontade de Deus, que é impactar o Brasil, aconteça! E nada disso pode ser feito sem O AMOR: LOVE. Amor de Jesus por nós, e de nós por vidas!

/// As inscrições deste ano são de responsabilidade de cada federação regional

Cerca de 1.600 pessoas passaram pelo Encontro da Sepal 2019.


NACIONAL

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Metodistas acolhem e cuidam “Não vos esqueçais de praticar a hospitalidade; pois agindo assim, mesmo sem perceber, alguns acolheram anjos” (Hebreus 13.2)

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nformamos a todas as Igrejas Metodistas do país que, mobilizados/as pelo grande número de imigrantes e refugiados/as que chegam ao Brasil, vindos/as de diversos lugares do mundo, iniciamos o projeto Metodistas acolhem e cuidam. A inspiração para o nome do projeto vem do tema do ano de 2019 da Igreja Metodista: Discípulas e Discípulos nos Caminhos da Missão Cuidam do Meio Ambiente. Assim, o projeto é inspirado também na origem, identidade e tradição wesleyana, que nos ensina a acolher todas as pessoas. Cuidar do meio ambiente também significa cuidar da criação, da humanidade e de unir esforços para que o planeta, nossa casa comum, seja um lugar de abrigo para todos e todas. A iniciativa parte desde o trabalho realizado junto aos/às

O QUE É O PROJETO? A proposta do projeto é criar um banco de dados de comunidades metodistas que estejam dispostas a acolher famílias de pessoas em situação de deslocamento forçado, custeando a sua chegada até a igreja local, responsabilizando-se por sua moradia e despesas, auxiliando no processo de regularização de documentação, inserção no mercado de trabalho e, se possível, aperfeiçoamento no idioma português.

imigrantes venezuelanos/as na Região Missionária da Amazônia (REMA), coordenada pelo Pastor Augusto Cardias, em Boa Vista/RO e é reforçada pela mobilização da Igreja Metodista em Cassilândia/MS, que acolheu recentemente duas famílias com o esforço coletivo de sua igreja local. Reconhecemos que as pessoas envolvidas nesse trabalho têm se manifestado como resposta de Deus em um mundo que enfrenta uma das maiores crises migratórias da história. A proposta do projeto é criar um banco de dados de comunidades metodistas que estejam dispostas a acolher famílias de pessoas em situação de deslocamento forçado, custeando a sua chegada até a igreja local, responsabilizando-se por sua moradia e despesas, auxiliando no processo de regularização de documentação, inserção no mercado de

QUAL O PÚBLICO ATENDIDO? Inicialmente as famílias atendidas são as que chegam pelo projeto da Igreja Metodista de Boa Vista, em Roraima, local por onde hoje entram centenas de imigrantes todos os dias no Brasil.

QUAIS IGREJAS PODEM PARTICIPAR? Toda igreja interessada no projeto deve reunir o Conselho Local de Ação Missionária (CLAM) para que juntos/as avaliem as possibilidades financeiras de cumprir com a proposta pelo período selecionado.

trabalho e, se possível, aperfeiçoamento no idioma português. Entendemos que o projeto visa atender a uma necessidade humana, e as pessoas acolhidas nada nos devem, pois tudo o que fazemos, fazemos no Nome dAquele que nos chamou, sem impor nossa crença. No entanto, é essencial que a igreja interessada tenha um grupo de intercessão para o trabalho e pessoas aptas a oferecerem apoio e orientação espiritual, quando manifestado o interesse da família acolhida. Para isso, também oramos e cremos que a obra é do Senhor. Preencha o cadastro on-line para entendermos o perfil e capacidade de acolhimento da sua igreja local. Todas as perguntas são obrigatórias e essenciais para cruzarmos os dados das famílias que buscam acolhimento com os dados das igrejas dispostas a acolherem. /// Secretaria para a Vida e Missão da Igreja Metodista

LOGOTIPO O logotipo desse projeto se inspira na identidade metodista, fazendo referência ao coração aquecido acolhido pelos braços, e trazendo a mensagem clara do posicionamento da Igreja diante da crise migratória mundial: cuidado e acolhimento. O coração com contornos internos de mapas representa o mundo envolto em um abraço na arte proposta e fala sobre a capacidade de aquecer a vida das pessoas em situação de deslocamento no mundo. O abraço aquecendo e acolhendo o mundo, além de propor a ideia do coração aquecido, nos remete a uma das datas presentes no cronograma de divulgação da campanha: o Pentecostes. /// Mais detalhes em www.metodista.org.br/metodistas-acolhem-e-cuidam


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EDUCAÇÃO Junho de 2019 | www.expositorcristao.com.br

Angular Editora integra Conferência na 68ª Semana Wesleyana, junto com a SBB e a Fateo Redação EC

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urante a 68ª Semana Wesleyana, evento sediado na Faculdade de Teologia (Fateo) da Igreja Metodista, a Angular Editora participou de uma Conferência com a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) e a Fateo. Na ocasião, houve o lançamento da 2ª edição do livro da Pastora e Dra. Margarida Ribeiro, Rastros e rostos do protestantismo brasileiro, e Graça responsável: a teologia prática de John Wesley, do Dr. Randy L. Maddox. Para o Professor Dr. José Carlos de Souza, o livro de Maddox é o melhor livro já publicado sobre o tema. “Tenho certeza de que vai ser referência obrigatória para quem ama a teologia, em especial, a teologia wesleyana. Também me trouxe grande alegria a reunião de trabalho entre as equipes da Sociedade Bíblica do Brasil e do Centro de Estudos Wesleyanos, pois foram definidos passos importantes na publicação da Bíblia de Estudos de Wesley. Já podemos ver, no horizonte próximo, mais um valioso recurso para o conhecimento das Escrituras em nosso país, desta vez, com um olhar que valoriza a herança wesleyana”, destacou. Quem também se alegrou com a reunião foi o Secretário de Tradução e Publicações da SBB, Rev. Paulo Teixeira.

“Alegrou-me ver o interesse de todos pela Nova Almeida Atualizada e pela Bíblia com as notas de John Wesley. A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) é muito agradecida a Deus pela oportunidade de participar de mais esta Semana Wesleyana na UMESP”, disse Teixeira. Na percepção do Gerente Editorial da SBB, Rev. Denis Timm, “A recente reunião com a Comissão Editorial da Bíblia de Wesley trouxe-nos esperança e motivação. O projeto está nos seus finalmentes, o que nos faz vislumbrar o lançamento, muito em breve, desta que será a Bíblia mais densamente comentada pelo próprio John Wesley. Estamos todos/as muito animados/as e focados /as nesta publicação, para a glória de Deus e o bem do próximo”, disse. O Dr. Lauri Emílio Wirth comentou sobre o livro da autora Margarida Ribeiro. “Um livro só cumpre sua vocação quando encontra suas leitoras e seus leitores. Um livro não lido se transforma em fragmento de memória prestes a se perder no baú do esquecimento. O livro de Margarida Ribeiro encontrou seu público com tanto êxito que ficou esgotado na primeira edição”, disse Lauri no prefácio do livro. Na ocasião também aconteceu a reunião da Comissão da Bíblia JW, SBB e Angular Editora, que deverá ser lançada em breve.

Pastora Metodista participa de evento na

Faculdade de Direito da USP Pr. José Geraldo Magalhães

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o dia 14 de maio a Pastora Margarida Ribeiro participou do Simpósio de Estudos em Homenagem ao professor Kabengele Munanga, na Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, no Centro de São Paulo. O tributo ao docente é pela luta contra todas as formas de discriminação racial, que ele vem combatendo no decorrer de sua trajetória de vida e profissional. Logo após a homenagem foi lançado o livro estudos feministas: Por um direito menos machista. A programação, que iniciou no dia 13, contemplou ainda debates sobre teoria crítica racial e direitos humanos;

educação e inclusão social e o protagonismo feminino nas religiões, com participação da pastora metodista, que também é docente na Faculdade de Teo­ logia. Ela explicou a importância de discutir o assunto em espaço público. “Creio que o espaço público proporciona a partilha compartilhada, como a trajetória das mulheres, no caso a trajetória das mulheres no metodismo e o movimento wesleyano. Nesse rápido momento, tivemos a oportunidade de partilhar um pouco mais a luta, no que diz respeito aos direitos da mulheres e visibilidade delas na Igreja, além da histórica construída com dignidade de muitas mulheres”, disse a pastora.

Quem também participou do evento como palestrante no dia 14 foi a teóloga católica e feminista Ivone Gebara. Com 74 anos, é uma freira incomum. Para começar, ela se considera, e com orgulho, uma feminista; e isso inclui questionar os próprios dogmas da Igreja Católica. Gebara trabalha para que sua religião, o cristianismo, não mais promova o apagamento e a submissão das mulheres. “É importante pensarmos que a Igreja não existe sem as mulheres, embora elas não tenham exercido o protagonismo no poder público da representação das igrejas; agora sim, é bastante recente em algumas igrejas protestantes”, disse Gebara destacando o avanço das mulheres e o retro-

cesso da instituição em nosso tempo. “Existe um avanço em relação às mulheres, porém um recuo da instituição. As mulheres correm até o risco de serem expulsas da instituição porque os avanços que elas propõem se chocam com um poder patriarcal, se chocam com o contexto atual do mundo”, disse. Uma das coordenadoras do Simpósio, Eunice de Jesus Prudente, destacou a participação

e representatividade da Igreja Metodista no evento. “A Igreja Metodista, que já nos convidou muitas vezes para discutir esse assunto, é agora nossa convidada porque faz parte do Simpósio discutir o protagonismo das mulheres nas religiões. Ficamos muito felizes com a presença na Professora Margarida Ribeiro, que veio falar sobre a Igreja Metodista aqui na faculdade de Direito da USP”, finalizou.


MISSÃO

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Colônia de Férias chega a Porto Seguro N o primeiro final de semana de maio, foi realizada na cidade de Porto Seguro/BA a primeira edição da Colônia de Férias Especial para as crianças indígenas, da igreja e do bairro. Foram dias de experiências riquíssimas, pois ainda não havia tido contato com as crianças indígenas nem fazia ideia de como seria introduzir o programa para eles/as. O primeiro contato foi visitarmos as aldeias e, para nossa surpresa, a recepção foi maravilhosa e hospitaleira. A irmã Nilda e o Pastor Walter Teixeira, junto com outras irmãs, estiveram acompanharam as visitas e programaram todo traslado para que as crianças pudessem ir das aldeias para a igreja nos três dias. Resumindo minhas emoções: Faria tudo de novo e investiria muito mais. As crianças participaram com grande alegria, envolve-

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ram-se nos louvores, nas atividades e recreação, nas histórias e nos lanches. O que me chamou a atenção foi a participa-

Projeto Panamá 2019

á em sua quarta edição, a Confederação Metodista de Jovens, através da Agência Malta, anuncia mais um projeto missionário que acontecerá na cidade do Panamá de 20 a 29 de julho de 2019. Este projeto missionário é uma parceria entre Agência Malta, Confederação Metodista de Jovens, Igreja Metodista no Panamá e CIEMAL (Conselho das Igrejas Metodistas da América Latina e Caribe). O Projeto Panamá tem como objetivo levar jovens brasileiros/as a terem uma experiên­cia missionária transcultural através de evangelismo local, trabalho com crianças e fortalecimento da juventude metodista panamenha. O objetivo principal do projeto será o evangelismo local, a capacitação e o fortalecimento da juventude metodista panamenha, o trabalho com crianças em escolas e igrejas, o fortalecimento das Igrejas Metodistas no Panamá e o apoio aos trabalhos missionários que têm acontecido no país. Para participar é preciso ter idade entre 17 e 35 anos, ser membro da Igreja Metodista, ter passaporte para entrar no país com no mínimo seis meses de validade. Programação - nesses nove dias de projeto planejamos visitar o IPA (Instituto Panamericano) e a Escola Expe-

rimental APNEP, realizando evangelismo e interações com os/as alunos/as. Também visitaremos um novo trabalho que a liderança local está realizando em Arraiján (distrito), além do trabalho em Panamá Viejo e Pedregal.

SERVIÇO REALIZAÇÃO: Agência Malta e CIEMAL (Conselho das Igrejas Metodistas da América Latina e Caribe) LOCAL: Igreja Metodista Cidade do Panamá INÍCIO: 20/07 às 14h ENCERRAMENTO: 29/07 (o dia será de passeio) PÚBLICO-ALVO: Juventude metodista em âmbito nacional. VAGAS: 13 vagas /// Mais detalhes para fazer a inscrição é só acessar o link http://www.agenciamalta.org.br/projeto-panama-2019/, lembrando que o prazo final é dia 20 de junho.

ção ativa em todas as atividades, sem desperdícios e sem perder nenhum momento das programações. Deixei o local das atividades com desejo de retornar e continuar o programa, por informar também sobre os frutos, as pessoas que acompanharam as crianças do bairro se entregaram a Jesus e estão já congregando na Igreja Metodista para o louvor da glória do Senhor. Deus tem feito grandes coisas através deste projeto que nasceu do coração do Senhor, tomou forma na igreja de Botafogo/RJ e hoje é uma raiz aqui na Bahia. A REMNE e nosso Distrito agradecem a Deus, dono de tudo, ao Pastor Walter e Nilda e à igreja de Porto Seguro pela confiança. Deus abençoe todos/as. Deisiree Carvalho Feitosa Coordenadora do Projeto de Colônia de Férias pela REMNE


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CAPA Junho de 2019 | www.expositorcristao.com.br

Pentecostes ontem e hoje Pr. José Geraldo Magalhães

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m hebraico, espírito é ruah, e em grego, pneuma. Ambos os termos estão ligados a processos fundamentais, pois significam vento, sopro, furacão e vendaval. Inicialmente, o Espírito não é conscientizado como pessoa, mas como uma força divina e originária da criação, move-se nos seres vivos e age nos homens. Pois o ser humano não pode viver sem garganta, respiração, alento e fôlego. No mundo que considera tudo material, mecânico, sentimental, é importante sublinhar e enfatizar a força do Espírito Santo na nossa vida, como uma renovação saliente de todas as coisas. Para nós, cristãos/ãs, o Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua vocação para a missão universal. Festa do diá­ logo e da compreensão. Portanto, a Igreja deve continuar a ser sinal, ou seja, precisa tornar visível o Deus invisível; tornar visível o transcendente. Como ela faz isso? Através de sinais visíveis: da comunidade cristã; da celebração do sacramento; da proclamação da palavra. O Bispo João Carlos Lopes, presidente da Sexta Região Eclesiástica, considera que a vivência e transformação das pessoas é um sinal que o Pentecostes continua com a mesma experiência do passado. “Há boas notícias no final da história de hoje. Se es-

tamos desencorajados/as, desapontados/as; se nossos esforços parecem não gerar resultados; se de coração desejamos a alegria da presença de Deus; milagres realmente acontecendo; vidas sendo mudadas; a Igreja fazendo real diferença na sociedade, então a história de Pentecostes é nossa segurança de que aquele que fez no passado faz hoje também”, disse o bispo. De fato, sem o Espírito Santo, Deus está distante, o Evangelho é letra morta, Cristo é do passado, a Igreja é uma simples organização. Com o derramamento do Espírito Santo narrado por Lucas, em Atos dos Apóstolos (2.1-13), os discípulos que estavam trancados numa casa porque tinham medo dos judeus agora saem em missão. Portanto, o Pentecostes tornou-se o símbolo do nascimento das igrejas cristãs, reunidas ao redor dos ensinamentos de Jesus. Com a presença do Espírito Santo, Deus se faz presente, o Evangelho se torna vida, Cristo se faz presente e a Igreja faz sentido para a comunhão de seus membros em continuar a missão dada por Jesus. Para a pastora e docente na Faculdade de Teologia da Igreja Metodista, Margarida Ribeiro, Pentecostes é um tempo de vivenciar a unidade do povo de Deus. “Neste tempo de Pentecostes há muitas histórias para trazermos à nossa memória. Em meio à diversidade, destaco a unidade. Como dizia John Wes-

ley: ‘No essencial, Unidade, no não essencial, Liberdade, e em tudo, Amor’. Que nesses tempos de Pentecostes e em meio às agruras da vida, possamos vivenciar a unidade na busca da Justiça, dignidade de vida e a paz”, disse a Pastora Margarida. O Bispo João Carlos Lopes ressaltou na Palavra Episcopal desta edição (ver pág. 3) que é importante ler essa história narrada em Atos com esperança. “Não podemos ler a história de Pentecostes apenas como a memória de um dia glorioso no passado, mas que possamos ler essa história como uma promessa; como um sinal daquilo que ainda será. Leiamos com gratidão, otimismo e esperança. Com a certeza de que a renovação é sempre possível e pode começar hoje”, destacou o bispo. Para o Bispo Adonias Pereira do Lago, presidente da Quinta Região Eclesiástica, o Pentecostes não é menos importante que a Páscoa. “O Pentecostes precisa ser celebrado e vivenciado pela Igreja Cristã tanto quanto a Páscoa! Precisamos aquecer nosso coração com a presença poderosa do Espírito Santo, sem o qual os/as perdidos/ as não serão convencidos/as de seus pecados, a Igreja perderá seu vigor missionário. O Pentecostes gera vida nova na velha criação, produz em nós frutos de uma comunhão transformadora e testemunho contagiante na sociedade”, disse o bispo.

História

Pentecostes é uma celebração muito importante do calendário cristão e comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo. Tradicionalmente, o Pentecostes é celebrado 50 dias depois do domingo de Páscoa, e no décimo dia depois do dia da Ascensão. O termo Pentecostes é de origem grega e significa “cinquenta dias depois”. Celebra a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos e seguidores/as de Cristo, durante aquela celebração judaica do quinquagésimo dia em Jerusalém. Essa data também é considerada o dia do nascimento da igreja. Juntamente com o Natal e a Páscoa, esta é a terceira data mais importante do Ano Litúrgico. No Novo Testamento, Pentecostes é o dia da vinda do Espírito Santo, da chegada de Cristo à Terra. O Pentecostes marca o final da festa Pascal, de acordo com a doutrina cristã. No Antigo Testamento, o Pentecostes era celebrado tradicionalmente pelo povo hebraico como Shavuoth, que significa “Semanas”. Nessa época, o motivo dessa celebração era para agradecer a Deus pela colheita e lembrar do dia em que Moisés recebeu as Tábuas com as Leis Sagradas (Torah). O Pastor Luiz Carlos Ramos relembra a profecia de Joel no Antigo Testamento, em estudo publicado em seu site (www.luiz-

carlosramos.net) sobre Pentecostes. O profeta precisou fazer uma viagem de reconhecimento para ver a real situação de seu país. O que o profeta encontrou está relatado no primeiro capítulo do seu livro: “videiras secas (1.7); campos assolados, cereal destruído e olivais murchos (v. 10); colheitas de trigo e cevada perdidas (v. 11); árvores frutíferas secas (v. 12); sementes secas, silos roubados, armazéns demolidos (v. 17); gado gemendo, bois e ovelhas padecendo por falta de pasto (v. 18); pastagens consumidas pelo fogo (v. 19); rios secos e estepes devoradas pelo fogo (v. 20)”. Segundo o ex-docente da Fateo, a palavra que melhor define a situação do povo é “precariedade: escassez de recursos, instabilidade econômica e psicológica, debilidade física e moral, etc. (…), Mais lamentável ainda é o fato de que parte dessa dominação se dava mediante o sacerdócio de Jerusalém, comprometido com o império persa. O povo tem que pagar altas taxas e lhe são cobrados pesados impostos. Este é só o primeiro estágio de uma crise que se agravaria ainda mais, pois, pouco a pouco, esse sistema tributarista vai cedendo lugar ao escravismo. À medida que os recursos escasseiam e que não se pode mais honrar os compromissos tributários, resta ao povo pagar com trabalho e seus próprios corpos”, relatou o professor enfatizando, ainda, que pior do

“Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos num só lugar. De repente veio do céu um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados. E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava” (Atos 2. 1-4)


CAPA

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que lidar com as crises é tentar fugir delas. “Joel desafia o seu povo a enfrentar essa situa­ção ao apontar para o caminho que leva à ruptura com a crise e o desespero. O profeta mostra que a calamidade não é ponto final, mas ponto de partida para a reconquista da dignidade”. Segundo o estudo, são quatro as “ferramentas” apontadas por Joel que devem ser usadas para confrontar a crise. Publicamos as quatro na íntegra e no final você confere o link do texto completo. 1. A memória dos anciãos, que eram a liderança do povo (1.2-3): “Ouvi isto, vós, velhos, e escutai, todos os habitantes da terra: Aconteceu isto em vossos dias? Ou nos dias de vossos pais? Narrai isto a vossos filhos, e vossos filhos o façam a seus filhos, e os filhos destes, à outra geração.” Joel apela para aqueles que guardam a lembrança dos acontecimentos importantes da história do povo, pois são eles os portadores da memória de libertação. A crise começa a ser superada quando os mais velhos colocam a sua experiência a serviço da comunidade. 2. A transformação do coração, isto é, a conversão interior e profunda que implica numa nova consciência da forma do relacionamento com Deus e com o próximo. “Ainda assim, agora mesmo, diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos

“A partir do dia seguinte ao sábado, o dia em que vocês trarão o feixe da oferta ritualmente movida, contem sete semanas completas. Contem cinquenta dias, até um dia depois do sétimo sábado, e então apresentem uma oferta de cereal novo ao Senhor” (Levítivo 23.15-16)

ao SENHOR, vosso Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal” (2.1213). A superação da crise tem de ser superada por cada um de corpo e alma, com a emoção e com a inteligência. 3. A celebração do Dia do Senhor, a respeito do qual o profeta faz coro com Amós, Sofonias, Abdias, Zacarias, Malaquias, Isaías, Jeremias e Ezequiel. Principalmente para Joel, o Dia do Senhor se refere ao castigo contra os pecados de Israel, mas que, havendo conversão, assume a forma de felicidade e de esperança. “Quem sabe se não se voltará, e se arrependerá, e deixará após si uma bênção, uma oferta de manjares e libação para o SENHOR, vosso Deus?” (2.14). Isso indica que há solução para a calamidade, a crise não tem a última palavra; “talvez”, “quem sabe”, Deus mude o castigo em bênção. A sorte do povo está nas mãos de Deus. O Dia do Senhor vem, na medida em que o povo de Deus caminha em sua direção.

4. A plenitude do Espírito de Deus, pelo qual se manifesta a libertação sobre toda a comunidade. “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias. Mostrarei prodígios no céu e na terra: sangue, fogo e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque, no monte Sião e em Jerusalém, estarão os que forem salvos, como o SENHOR prometeu; e, entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar” (2.2832 ou 3.1-5). Antecipando o que haveria de acontecer no Pentecostes cristão (At 2, ver

principalmente os vv. 16-21), Joel anuncia a presença permanente do Espírito sobre todo o povo de Deus, sem distinção de idade, sexo, raça ou condição social. Assim, todas as pessoas, plenas do Espírito de Deus, se tornam profetas que anunciam o evangelho, por meio de uma prática de resistência e de celebração da esperança. Joel conclui sua profecia com o anúncio da restauração da sorte do povo de Deus: “Eis que, naqueles dias e naquele tempo, em que mudarei a sorte de Judá e de Jerusalém” (4.1), a precariedade dará lugar à abundância; o abandono, à presença constante de Javé como refúgio; as relações sociais injustas e excludentes serão substituídas por uma nova ordem onde “velhos e jovens”, “escravos e escravas”, “filhos e filhas” não mais serão discriminados, mas plenamente incluídos e respeitados. /// O estudo do professor e Pastor Luiz Carlos Ramos está publicado em: HYPERLINK "http://www. luizcarlosramos.net/pentecostes"


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DISCIPULADO Junho de 2019 | www.expositorcristao.com.br

O movimento metodista e o discipulado “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.18)

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discipulado é uma ordem de Jesus, não é algo facultativo, uma sugestão, é um comissionamento na perspectiva de evangelizar com intencionalidade, com graça, amor e cuidado. João Wesley foi categórico em afirmar: “A igreja não transforma o mundo fazendo novos convertidos. Ela transforma o mundo fazendo discípulos. A ordem de Jesus foi ‘Ide e fazei discípulos de todas as nações’” (Mt 28). O discipulado é o fato de que “aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou” (1 João 2.6). Com base no ministério terreno de Jesus, João Wesley desenvolveu uma estratégia de treinamento prático para capacitar os/ as cristãos/ãs metodistas do seu tempo. Essa estratégia de João Wesley foi uma ideia intencional na visão do discipulado.

1. Discipulado é uma ordem que está em vigência

Precisamos olhar para dentro da Bíblia, que é Palavra de Deus, para o Novo Testamento e enfrentar o século XXI, uma sociedade urbana, com ousadia renovando a nossa responsabilidade de evangelizar, fazendo discípulos e discípulas com as lentes atualizadas de acordo com a caminhada da Igreja em Atos dos apóstolos.

Olhemos para a nossa história de metodismo, usando o retrovisor wesleyano, pois João Wesley escreveu: “estou cada dia mais convencido de que o maior desejo do diabo é que em todos os lugares as pessoas sejam apenas semidespertas e que depois sejam abandonadas e voltem a adormecer novamente”. Wesley estava convencido de que as pessoas despertas pela pregação pública do evangelho precisavam ser envolvidas num processo contínuo de confissão de pecados; arrependimento; prestação de contas e santificação.

2. O discipulado na perspectiva dos pequenos grupos é relevante e urgente

Em 1743 Wesley organizou a sociedade. “Tal sociedade é nada mais do que uma companhia de homens tendo a forma e buscando o poder da piedade, unidos a fim de orar juntos, receber a palavra de exortação e cuidar uns dos outros em amor, para que possam se ajudar mutuamente no desenvolvimento da sua salvação”. Na história metodista o discipulado aconteceu num entendimento claro, sendo organizado para ganhar pessoas para Cristo de forma pedagógica para cui-

dar de vidas convertidas a Cristo. Wesley, como um autêntico cidadão inglês metódico, criou o tripé do discipulado e aperfeiçoou a dinâmica do discipulado: a) Sociedade; b) Classes e c) Bands.

a. Sociedade (as multidões)

O propósito da sociedade era gerar mudança no nível do conhecimento e reunia pessoas de uma área geográfica específica. Esse grupo maior de pessoas se reunir uma vez por semana para orar, cantar, estudar a Bíblia e cuidar uns/as dos/as outros/as em amor. Havia pouca provisão para resposta pessoal e prestação de contas. Como vimos acima, João Wesley descreveu a sociedade como “uma companhia de pessoas tendo a forma e buscando o poder da piedade”. Era uma reunião muito parecida com os cultos dominicais em nossas igrejas hoje.

b. Classes (os 12 discípulos de Jesus)

O propósito das classes era gerar mudança de comportamento. As classes refletiam a estrutura mais básica da sociedade. Cada classe era composta de 12 a 20 membros, de ambos os sexos, com variedade de idade e classe social, sob a direção de um/a líder treinado/a.


DISCIPULADO

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“Batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Deus é um único ser divino que se manifesta com amor visando sempre à salvação da humanidade” (Mateus 28.19)

Não eram encontros para aprendizado acadêmico. Reuniam-se semanalmente, à noite, para confissão mútua dos pecados e prestação de contas para crescimento em santidade. As classes providenciavam a estrutura para a “inspeção das condições do rebanho”; para ajudar as pessoas nas suas lutas e tentações e para ajudá-las a entender melhor, em termos práticos, as mensagens que haviam ouvido nas reuniões da sociedade. Para continuar na sociedade, era necessário pertencer a uma classe. Em 1742, numa sociedade em Londres havia 426 membros, divididos em 65 classes. Dezoito meses mais tarde, aquela mesma sociedade tinha 2.200 membros, todos envolvidos em uma classe. Toda semana cada membro da classe tinha o dever de falar aberta e honestamente a respeito da “situação da sua alma”.

c. “Bands” (semelhante aos três discípulos mais próximos de Jesus: Pedro, Tiago e João):

O propósito das “bands” era gerar mudança de direção, coração e posição. Uma “band” era composta de quatro membros, do mesmo sexo, aproximadamente da mesma idade e estado civil. Eram células voluntárias com pessoas que tinham um

compromisso claro e que desejavam crescer em amor, santidade e pureza de intenção. O ambiente nas “bands” era de completa honestidade e franqueza. Havia regras sobre pontualidade e ordem nos encontros. Perguntas específicas foram introduzidas para que semanalmente cada membro respondesse aberta e honestamente: • Que pecado conhecido você cometeu desde a nossa última reunião? • Que tentações você encontrou? • Como você foi liberto delas? • Você pensou, disse ou fez qualquer coisa que tem dúvida se é pecado ou não? • Há qualquer coisa que você tem o desejo de manter em segredo? Podemos notar que nas “bands” não havia espaço para fingimento. Ali havia compromisso de confidencialidade e mútua submissão. Era um “centro de treinamento” para futuros/as líderes.

3. Na perspectiva do discipulado, líderes são fundamentais

Segundo o padrão bíblico, a Igreja Metodista alinhada com a visão de João Wesley deve capacitar os/as metodistas para pregar o evangelho e gerar discípulos e discípulas. Todos e todas são chamados, comissionados homens e mulheres, não importa o grau de instrução, a posição na sociedade, o poder aquisitivo e os títulos que o metodista tenha no seu currículo. Esta obrigação pesa os/as cristãos/ãs metodistas de fazer conhecido a graça de Deus no mundo.

4. O foco do discipulado é estar alinhado com a visão de Deus

“Batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Deus é um único ser di-

vino que se manifesta com amor visando sempre à salvação da humanidade” (Mateus 28.19) O alvo a partir do qual todo o processo deveria ser constantemente avaliado era: santidade e boa vontade – espiritualidade e serviço. Essa dinâmica produziu um novo tipo de cidadão e cidadã, num período da história da Inglaterra em que a criminalidade e toda forma de pecado público crescia vertiginosamente. Esses homens e mulheres foram instrumentos de Deus na reforma tanto da Igreja como da sociedade na qual viveram. Conclusão: A Igreja é um organismo vivo na terra, que adora a Deus e testemunha o evangelho da graça que transforma a desgraça humana em salvação em Cristo Jesus. A Igreja é um movimento do Espírito Santo que prega o favor de Deus para homens, mulheres, crianças, juvenis e jovens!!! Estamos vivendo a graça de Cristo, portanto não é um partido religioso que salva, mas as Boas-Novas do evangelho. Quando os/as cristãos/ãs perdem esse discernimento da ordem, da comissão do discipulado de Cristo, viramos um monumento, nos reunimos sem paixão, sem ousadia de evangelizar e gerar discípulos e discípulas. Vamos viver o discipulado na perspectiva do Novo Testamento. Você, como metodista, tem testemunhado o evangelho da graça no seu trabalho, no colégio, na universidade, na sua rua, no seu bairro? Leve a sério indo, fazendo discípulos e discípulas, atravesse a rua, a avenida, a sua cidade e faça discípulos/as. Precisamos ser cristãos/ãs fiéis à visão celestial: “Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial” (Atos 26.19). Bispo Fábio Cosme da Silva Presidente da Região Missionária da Amazônia /// Vivendo a missão metodista na visão do discipulado nas terras do norte do Brasil.


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ARTIGO Junho de 2019 | www.expositorcristao.com.br

Quando a fraqueza nos atinge

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á dias em que tudo muda ao nosso redor. Pessoas nos ofendem, familiares nos humilham, amigos/as se afastam, no trabalho metas não são cumpridas e outras situações desanimadoras ocorrem durante o nosso dia. Há dias em que acordamos frágeis, vulneráveis e em muitas situações não conseguimos

nem ter forças para orar. Em dias turbulentos, vem a sensação de que, por mais que estejamos seguindo os passos de Cristo, orando, jejuando, nada está adiantando, não conseguimos vislumbrar o agir de Deus. Nesses momentos, sentimos a tentação de fugirmos das pressões, com o medo de que nunca venceremos as dificuldades. To-

Sobre o eSocial: entrevista com o metodista Flávio Corrêa

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uitas dúvidas surgem a respeito do eSocial – sistema de prestação de informações ao Governo Federal que tem o objetivo de tornar os processos dentro das instituições e empresas mais transparentes e menos complicados. Apesar de muita gente confundir o eSocial com um novo regime tributário, a realidade é que se trata apenas de uma unificação das informações trabalhistas, ou seja, trabalhadores/as celetistas, estatutários/as, autônomos/as, avulsos/as, cooperados/as, estagiários/as e sem vínculo empregatício terão suas informações registradas no eSocial.

Com o envio dessas informações, de forma gradativa, teremos a substituição de 15 determinações legais que atualmente são obrigatórias para as empresas. O metodista e colunista do Jornal Nova Folha Regional, em Conchas/SP, Flávio Corrêa, participou recentemente do Seminário com os/as idealizadores/as do eSocial do Governo Federal, evento promovido pelo sistema FIERGS/SESI, em Porto Alegre/RS, no dia 7 de maio.

EC – O que é o eSocial?

Flávio Corrêa – O eSocial é um projeto do Governo Federal com existência jurídica assegu-

dos nós somos fracos e temos que reconhecer isso diariamente! Geralmente, só quando a fraqueza nos atinge é que há um despertar do quanto precisamos de ajuda. Pode ser o orgulho ou até mesmo o intuito de não incomodar o próximo, mas por algum motivo deixamos de buscar auxílio. Precisamos adquirir a consciência de que sozinhos/as

não conseguiremos resolver os nossos problemas e dificuldades. Precisamos da ajuda e essa ajuda deve vir de alguém mais forte que nós. Só Deus tem a força que nós precisamos para nos sustentar em nossas fraquezas e não há nada que Ele não possa fazer. Enquanto nossa natureza humana tender a ser autossuficiente, ter a falsa impressão que po-

rada no Decreto 8373 de dezembro de 2014 que tem por objetivo coletar informações trabalhistas, previdenciárias e tributárias, armazenando-as em um único ambiente Nacional Virtual. Importante saber que não se trata de nova tributação, mas sim de uma nova e moderna forma de cumprir a legislação já existente.

EC – Quem é o responsável pelas informações enviadas?

EC – Quais são os princípios do eSocial?

FC – Dar maior celeridade e atenção aos direitos fundamentais trabalhistas e previdenciários dos/as trabalhadores/as, aprimorar, unificar e modernizar a qualidade do envio das informações fiscais, entre outros.

EC – Quem é obrigado a atender ao eSocial?

FC – A princípio todos/as os/ as empregadores/as, mesmo aqueles/as com apenas um/a funcionário/a.

FC – As empresas são responsáveis pelo envio das informações e responderão pelas multas e penalidades em caso de os dados inseridos no portal oficial do eSocial estiverem em desacordo com a legislação vigente. Importante lembrar que as multas têm valores bem expressivos. As empresas devem guardar todas as documentações comprobatórias enviadas por meio eletrônico, caso tenham que comprovar em ocorrência de alguma visita do Auditor Fiscal. Ex.: Laudos Técnicos, Programas e exames de saúde ocupacional.

EC – Quais são as obrigações das empresas relacionadas ao envio das informações de saúde ocupacional?

demos controlar tudo, facilmente tenderemos a nos afastar da dependência do Senhor. Quando a fraqueza nos assola, quando nos sentimos incapazes de resolver certos problemas é que propendemos a buscar o auxílio e a vontade de Deus, entregando e confiando tudo em suas mãos poderosas. Nossa inteligência, nossos recursos financeiros, nossos/as amigos/as e até mesmo nossa família não nos bastam para nos sustentar nos momentos de fraqueza e solucionar nossas necessidades. Só a “graça de Deus” nos basta! Quando Paulo entendeu isso, diz: “Por isso, o amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco, é que sou forte” (2 Coríntios 12.9). A fraqueza é a oportunidade que nos é dada para aprendermos a depender mais de Deus, não só de nós mesmos/as. A vitória gerada durante nosso perío­ do de fraqueza nos mostra que toda força vem dEle, e que toda a honra e gloria deve ser para Ele. Paulo, quando estava passando por tribulações, Deus lhe ofereceu esta explicação: “Minha graça é suficiente a você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12.9). Perceba que as tribulações forjaram Paulo a depender da graça do Senhor. Portanto, comece hoje a depender mais do Senhor. Lance todos seus problemas e desafios em suas mãos. Confie que Ele o/a sustentará e o/a livrará de toda fraqueza. Lembre-se de que com Cristo já somos mais que vencedores/as! Jonathan Pescuma Monteiro Igreja Metodista Central de Ribeirão Preto/SP

FC – É preciso que as empresas estejam atentas ao correto preenchimento dos seguintes eventos (códigos do eSocial) relacionados à Segurança e Medicina do Trabalho, são eles: S-1060, S-2210, S-2220, S-2221, S-2240 e S-2245.


MEIO AMBIENTE

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Dia Mundial do Meio Ambiente

Pr. José Geraldo Magalhães

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tema “meio ambiente” está sempre em pauta. Este ano o tema estabelecido pela ONU será Poluição do Ar. A Igreja Metodista, em seus documentos, em especial no Plano Nacional Missionário (2017-2021), estabelece como sua ênfase de número cinco: “Implementar ações que envolvam a Igreja no cuidado e preservação do Meio Ambiente”. Como parte do desenvolvimento deste tópico, o ano de 2019 está sendo dedicado a refletir sobre o tema: “Discípulas e discípulos nos caminhos da missão cuidam do meio ambiente”. A ideia é gerar um espaço importante no qual a Igreja pense, aja e se conscientize cada vez mais do papel da mordomia cristã como cuidado com as coisas criadas por Deus e com a preservação do planeta como um todo. Já no Plano para a Vida e Missão da Igreja Metodista se ensinava que era preciso “apoiar, incentivar e participar de iniciativas em defesa da preservação do meio ambiente”. A Sede Nacional da Igreja está orientando a Igreja por meio de publicações e estudos nas revistas de Escola Dominical, no jornal Expositor Cristão, Pastoral e campanhas nacionais, para auxiliar as igrejas locais a discutir o assunto. No dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, mais uma vez retomamos essa pauta, pois já configurava uma preocupação no tempo de João Wesley, fun-

dador do movimento metodista no interior da Igreja Anglicana. Wesley desponta uma preocupação a respeito das questões naturais, por exemplo, o seu próprio livro, Uma Investigação sobre a Sabedoria de Deus na Criação. Nessa obra, Wesley apresenta o resultado de sua investigação, a qual passava das complexidades físicas do corpo humano até o reino animal, com observações sobre a ecologia, especificamente na capacidade de convivência harmoniosa entre os seres vivos e a natureza. O pesquisador e pastor metodista, Ismael Forte Valentim, em artigo publicado na 9ª Mostra Acadêmica da Unimep, com o tema Meio Ambiente e Sustentabilidade, lembra a visão de Wesley. “Na visão do fundador do metodismo, John Wesley, o ecossistema mantém-se num equilíbrio divino. Em outras palavras, cria num equilíbrio ecológico, sendo responsabilidade do homem compreender e defender esse equilíbrio. Vale lembrar que este pesquisador desenvolveu seu trabalho em meados do século XVIII na Inglaterra, como resultado da preo­cupação de Wesley já naquela época”, disse Valentim. A 68ª Semana Wesleyana (Veja na página 6) realizada no mês passado na Faculdade de Teologia, também refletiu sobre o assunto. O tema abordado, Por acaso sou eu tutor da Criação? Graça responsável e cuidado do meio ambiente, mais uma vez aponta que a Igreja está

preo­ cupada não somente nos âmbitos eclesiais, mas também na esfera acadêmica.

História

A Igreja Metodista herdou esse legado e preocupação ao longo dos anos. Para citar al-

guns, em 1982, aprovou no âmbito do Concílio Geral um documento que estabelece a identidade, princípios históricos, doutrinários e missionários, identificado como Plano para a Vida e Missão da Igreja. Como parte da missão, no item

Área de Ação Social apresenta a necessidade de “apoiar, incentivar e participar das iniciativas em defesa da preservação do meio ambiente.” (PVMI, 1982, p. 20). Nessa época, a questão ambiental não constava nas pautas e agendas dos órgãos governamentais e na sociedade civil com a mesma ênfase dos dias de hoje. Valentim lembra ainda que outro documento importante foi aprovado nesse mesmo Concílio Geral. “O documento Diretrizes para Educação na Igreja Metodista. No item Diretrizes Gerais, encontramos a afirmação: “toda a ação educativa da Igreja deverá proporcionar aos participantes condições para que se libertem das injustiças e males sociais que se manifestam na organização da sociedade, tais como: (…) o êxodo rural resultante do mau uso da terra e da exploração dos trabalhadores do campo, a usurpação dos direitos do índio, o problema da ocupação desumanizante do solo urbano e rural…”, destacou. A materialização dessa diretriz pode ser observada no Projeto Pedagógico Institucional de pelo menos uma de nossas instituições educacionais – o Centro Universitário Izabela Hendrix. Nota-se, então, a preocupação quanto à questão da sustentabilidade vinculada não só às questões da terra, mas também nos aspectos orbitais do tema, como econômicos, sociais políticos e relacionais.

CARTA PASTORAL CUIDAM DO MEIO AMBIENTE O uso sustentável dos recursos naturais, bem como a preservação do meio ambiente, como forma de proteção à diversidade da fauna e da flora tem um componente bíblico-teológico que precisa ser considerado, na forma da mordomia cristã para com a Criação de Deus.

Assim, o CE oferece à Igreja Metodista, e à comunidade cristã, um documento para estudo, reflexão e aprofundamento de nosso compromisso para com o meio ambiente, reconhecendo que os sinais da presença do Reino de Deus já podem ser vislumbrados agora.

Nesse sentido, a Igreja Metodista tem, em suas raízes históricas, esta preocupação com a natureza, tendo como referência a mordomia cristã, que reconhece que a natureza revela as grandezas do Deus Criador, bem como conduz homens e mulheres no caminho da reconstrução da imagem divina presente em cada criatura, por meio da ação redentora de Jesus Cristo.

Quando sitiarem uma cidade por um longo período, lutando contra ela para conquistá-la, não destruam as árvores dessa cidade a golpes de machado, pois vocês poderão comer as suas frutas. Não as derrubem. Por acaso as árvores são gente, para que vocês as sitiem? (Deuteronômio 20.19). A presente pastoral visa a ser uma refle-

xão despertadora para o tema. Apresentamos aqui alguns apontamentos bíblicos de como o povo de Deus via a questão dentro da realidade vétero e neotestamentária. Também resgatamos algumas perspectivas teo­ lógicas de João Wesley sobre o tema, considerando sua realidade na Inglaterra, quando a Revolução Industrial dava seus primeiros e vigorosos passos, já afetando a relação entre as pessoas e a natureza, provocando o êxodo rural e iniciando os processos de poluição na produção de diversos itens em larga escala. Nos anos seguintes, veremos a criação e desenvolvimento das ferrovias e, mais tarde, dos automóveis, mudando não apenas a

produção, mas a forma de escoamento desta. Os metodistas vivenciaram em primeira mão vários desses fenômenos naquele século. Por fim, apresentamos alguns pontos na contemporaneidade que nos chamam atenção. Refletimos as implicações do meio ambiente com o discipulado cristão e o chamado de Cristo a sermos mordomos da criação, enquanto aguardamos o novo céu e a nova terra. Ao concluir a pastoral, propomos algumas formas práticas de atuação a partir de nossas igrejas locais e convidamos vocês na amplificação da divulgação dessas iniciativas, promovendo uma mentalidade cristã servidora acerca das questões ambientais.

/// Saiba mais: http://bit.ly/pastoral-cuidam-do-meio-ambiente


MÍDIA Junho de 2019 | www.expositorcristao.com.br

PORTUGAL TERÁ PASTORA METODISTA DO BRASIL

W W W. E X POSI TORC R ISTAO.COM . BR

NOTÍCIAS

Expositor Cristão © DIVULGAÇÃO

GIRO DE

O QUE FOI DESTAQUE NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO

© RODRIGO DE BRITOS/EC

NO CENÁCULO Em 2019, especificamente no mês de junho, o no Cenáculo celebra 80 anos no Brasil. Uma Campanha para 80 mil novas assinaturas está em andamento desde janeiro em todas as Regiões Eclesiásticas e Missionárias (veja edição de janeiro). Você pode participar das programações que marcam essa data tão especial. Haverá um jantar de confraternização no dia 14 de junho, às 20 horas, no Restaurante Bovinu’s, localizado na Av. Paulista, 735. Nos dias 15 e 16 também tem programação.

A Pastora Patrícia Regina Moreira Marques, missionária da Junta Geral dos Ministérios Globais da United Methodist Church, servirá como pastora da Igreja Metodista Evangélica de Portugal na cidade do Porto.

SIMPÓSIO A Pastora Margarida Ribeiro participou na noite de 14 de maio, na Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, em São Paulo, do Simpósio em homenagem ao professor titular sênior Kabengele Munanga. O tributo ao docente foi pela luta contra todas as formas de discriminação racial, que ele vem combatendo no decorrer de sua trajetória de vida e profissional.

DIAS DAS MÃES: Duas datas do mês de maio – o Dia das Mães, no segundo domingo, e a experiência do coração aquecido de John Wesley, no dia 24 – nos trazem à memória o nome de Susana Wesley. Essa mulher foi mais do que mãe do fundador do metodismo: como você verá neste artigo do saudoso professor e pastor Duncan Reily, Susana influenciou importantes decisões tomadas por Wesley. LITURGIA: A Sede Nacional da Igreja Metodista disponibilizou a liturgia como material de apoio para as igrejas celebrarem o Dia do Coração Aquecido. A data é um marco na vida dos/ as metodistas porque relembra a experiência do fundador do metodismo na Rua Adergaste, em Londres, no dia 24 de maio de 1938.

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RÁPIDAS

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PASTOREIO DE PASTORES/AS Tendo em vista a relevância do tema da depressão, o entrevistado do mês é o Pastor Alexander Christian Rodrigues Antunes, pastor na Igreja Metodista Central em São José dos Campos/SP e superintendente distrital do Distrito do Vale do Paraíba. O Pastor Alex, como é conhecido, compartilhou um pouco da experiência com o Pastoreio de Pastores em seu Distrito.

Ela vai morar em Porto, uma cidade que está crescendo em Portugal. Suas três congregações estão alcançando novas pessoas que precisam de cuidados pastorais. Patrícia é presbítera da Igreja Metodista no Brasil. Bacharela em Teologia e mestra em Educação, ela também tem especialização em Aconselhamento Pastoral pela Universidade Metodista de São Paulo. Antes de se tornar missionária da Junta Geral, Patrícia pastoreou, por 11 anos, a Igreja Metodista que fica no bairro de Santana, em São Paulo. Ao mesmo tempo, ela deu aula na Universidade Metodista e aconselhou alunos/as no programa de Teologia.

NOTA DE PESAR

MAIO: MÊS DA FAMÍLIA

EC DE MAIO

A Revda. Patrícia cresceu em uma família “metodista-presbiteriana” e esteve profundamente envolvida na vida e serviço da Igreja desde cedo. “Meu despertar para o serviço pastoral”, diz ela, “aconteceu por estar com missionários/as norte-americanos/as e ministros/as locais. Mesmo quando ficava de férias na escola, eu estava na igreja para estudar a Bíblia e ter aulas”.

É com imenso pesar que recebemos a notícia do falecimento do Pastor Paulo da Silva Costa (5ª Região Eclesiástica). O corpo foi levado para a Catedral Metodista, em Piracicaba/SP, no dia 27, onde aconteceu um ofício fúnebre. O sepultamento foi na Aldeia Bororó, em Dourados/MS, onde se dedicou por 33 anos às causas indígenas.

A Página da Criança, na edição de maio, publicou um texto sobre a família. Investir na família é fazer tarefas juntos/as, como a oração, fazer pelo menos uma refeição, é cuidar da casa, é programar lazer, é brincar com as crianças, passear com o cachorro, fazer compras no mercado, é dar atenção às particularidades de cada um e cada uma, pois somos únicos/as e temos necessidades diferenciadas.

Na Bíblia, encontramos várias passagens relacionadas à oração, inclusive como ela foi fundamental na vida de muitas pessoas. São vários os momentos que recorremos a Deus também pela oração. Tendo em vista o tema da cobertura espiritual ou autoridade espiritual, o Colégio Episcopal publicou uma orientação pastoral a respeito da cobertura espiritual.

Seu chamado à missão está relacionado ao desejo de servir a Deus em outro país que não o dela. Ela recorda: “Meu desejo de cumprir a vontade de Deus em uma cultura diferente foi aprimorado durante minha visita a Portugal para a Conferência Anual Metodista em 2018”.

Se perguntássemos aos discípulos, antes de Pentecostes, como estaria a Igreja 50 anos mais tarde, eles não conseguiriam sonhar o crescimento vibrante e o testemunho valente que explodiu como resultado daquele dia BISPO JOÃO CARLOS LOPES

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e as crianças

A

tenção, pais ou responsáveis: colaborem com o Expositor Cristão! O que fazer? Ensinar as crianças a divulgar os fatos ocorridos em sua igreja, em atividades que as envolvam. Mande textos e/ou fotos que marquem alguma novidade ou curiosidade relacionada com as crianças. Por exemplo, uma foto de comemoração do dia das mães com participação das crianças, um culto especial etc. Mostre as crianças em ação em sua igreja, e de que modo elas fazem parte do corpo de CRISTO. É importante enviar informações do evento junto com as fotos. O Dia do Jornal Expositor Cristão é 9 de junho. Você sabia disso? Ele tem

133 anos de história! E vem novidade fresquinha ainda neste mês: um aplicativo para informar melhor e alcançar mais leitores/as. Não deixe de participar! O Expositor tem uma página específica para as crianças. Você também pode utilizar as reportagens para aulas e momentos especiais junto às crianças. Envie seu material para: expositorcristao@gmail.com ou dntc@metodista.org.br. Venha participar e deixar sua marca no Expositor Cristão e um legado para as futuras gerações. /// Equipe DNTC

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