EXPOSITOR CRISTÃO, ELEITO O MELHOR JORNAL CRISTÃO DO BRASIL E PREMIADO NA FLIC 2019
Jornal Oficial da Igreja Metodista | Setembro de 2019 | ano 133 | nº 9
Distribuição Gratuita
NACIONAL
Saiba quais são os projetos contemplados para a Oferta de Ação Social. Página 4
UMA VOZ MISSIONÁRIA
Revista completa 90 anos de missão Página 8
METODISMO Angular Editora vence em duas categorias no Prêmio Areté. Página 11 MEIO AMBIENTE: metodista conquista prêmio com artigo sobre Brumadinho. Página 13
MARCA PÁGINA.pdf 1 27/09/2017 15:13:32
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EDITORIAL
2019
Setembro de 2019 | www.expositorcristao.com.br
COMENTÁRIOS Edição de Agosto de 2019
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Missão
Mulheres na missão
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Estimular o zelo evangelizador na vida de cada metodista, de cada igreja local;
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Revitalizar o carisma dos ministérios clérigo e leigo nos vários aspectos da missão;
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Rosa Maria dos Santos Manaus/AM
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Ao ler o artigo sobre o fundador do metodismo, pude perceber como esse homem influenciou gerações. Não sabia que ele foi uma das pessoas que contribuíram para a abolição da escravatura. Ele foi uma pessoa que transformou gerações.
da Igreja Metodista
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DE
Artigo
O
Márcia Barbosa Ramos Belo Horizonte/MG
IG
Muito bom ver as ações das igrejas relacionadas com o meio ambiente. Precisamos cuidar da criação para que futuras gerações possam desfrutar daquilo que Ele nos deixou.
C
DR
Meio ambiente
como surgiu o nome, os avanços, os desafios em meados da década de 1980, quando o número de assinates caiu assustadoramente, a reestruturação no início dos anos 1990, a mudança de Sede, a resistência para aque essa Voz Missionária não viesse a se calar, a evolução e a Voz do futuro. Quanta história! Certa© mente, a edição de setembro e outubro da Voz Missionária marcará a história da revista mais uma vez. Trouxemos nesta dição, novamente, a conquista do Prêmio Areté – considerado o Oscar da literatura cristã. A Angular Editora levou dois prêmios nas categorias Jornal com o Expositor Cristão e Currículo para a Escola Dominical Juvenil com a revista Flâmula Juvenil Pode Crê. A entrega dos prêmios ocorreu na noite de 1º de agosto na Câmara Municipal de São Paulo. A sessão solene foi presidida pela vereadora Patrícia Bezerra. O
Marcos Costa da Silva Piracicaba/SP
Ênfases missionárias
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esta edição, destacamos os 90 anos da revista Voz Missionária – um marco na literatura cristã. Na matéria de capa você vai saber como ela surgiu em um período de grande depressão econômica mundial, cujo início foi marcado pela quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929. No entanto, para as mulheres metodistas foi um momento especial. No dia 18 de setembro daquele ano, nascia, na cidade de São Paulo, a revista Voz Missionária. Talvez você ainda não saiba, mas o nome da revista foi uma sugestão da metodista Ottília Chaves, que se inspirou na revista nor te-a mer ic a na “The Missionary Voice”. Segundo ela, seu nome está ligado ao “ideal missionário da mulher metodista”. Já são nove décadas com esse ideal missionário e a revista vem cumprindo o seu papel junto às mulheres metodistas. Durante todos esses anos, elas abraçaram a revista de tal forma que as agentes locais são as grandes responsáveis pela divulgação junto aos assinantes. O texto que recebemos da editora da revista, Pra. Amélia Tavares, nos conta toda a história de
Participo dos projetos missionários faz 12 anos. Quem vai uma vez nunca esquece. Igreja é sair para fora das quatro paredes, é ajudar o próximo, é ser luz em tempos difíceis..
Nos caminhos da missão servem com integridade
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o discipulado 3 Promover na perspectiva da salvação, santificação e serviço;
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Fortalecer a identidade, conexidade e unidade da igreja;
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Implementar ações que envolvam a igreja no cuidado e preservação do meio ambiente;
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Promover maior comprometimento e resposta da igreja ao clamor do desafio urbano.
Que Deus o/a abençoe nessa leitura! Pr. José Geraldo Magalhães Editor-chefe | Expositor Cristão
OPINIÃO | VOZ MISSIONÁRIA
Campanha Nacional É preciso mobilizarmos em oração para o próximo Concílio Geral. Vivemos um tempo de muita instabilidade nas instituições. Que todas as pessoas possam deixar o Espírito Santo agir no próximo CG.
“Comecei a divulgar a Voz Missionária em 1967, após meu casamento em 1966, quando passei a residir em Gramado. Na ocasião, fui agente da Voz Missionária, do devocionário no Cenáculo e do jornal Expositor Cristão. Naquela época, o Expositor Cristão era por assinatura. Muitas vezes, eu fazia entrega das revistas de bicicleta.”
Antônio Roberto Olímpio São Paulo/SP
“Em outubro de 2013, fui a um encontro da Igreja e, durante a vigília, o Espírito Santo me disse que iria ganhar uma missão de presente. No mês de novembro daquele ano, fui ao Encontro Regional de Mulheres e lá fui eleita Agente Regional da revista Voz Missionária na 6ª Região.”
Nadir Marques Beux | 2ª Região
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Jussara Castro | 6ª Região
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“Nunca vou me esquecer daquele momento de crise financeira pelo qual a revista passou na década de 1990, correndo o risco de ser extinta. Falando das minhas estratégias para conseguir e manter as assinaturas, prefiro a abordagem pessoal, pois ao falar em público sobre a Voz eu sempre me emociono e começo a chorar.”
Acesse a versão digital desta edição
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Kátia Schützer | Agente da Voz na 5ª Região
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“Ganhei pela primeira vez um exemplar da revista Voz Missionária em dezembro de 1954, como presente de casamento! Conservo até hoje com muito carinho e gratidão à minha mãe por este presente. Nunca mais deixei de assinar e divulgar levando a sua mensagem por todas as Igrejas que meu marido como Pastor passou, no Rio de Janeiro, Goiânia e Brasília.”
Expositor Cristão Presidente do Colégio Episcopal: Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa Bispa Assessora do jornal Expositor Cristão Hideíde Brito Torres Conselho Editorial: Camila Abreu, Patrícia Monteiro, Pr. Odilon e Chaves, Nancy Vianna
Marlene Fernandes de Faria | 8ª Região
Jornal Oficial da Igreja Metodista Fundado em 1º de janeiro de 1886 pelo missionário John James Ransom
Editor e jornalista responsável: Pr. José Geraldo Magalhães (MTB 79517/SP) Produção Audiovisual: Rodrigo de Britos Foto de Capa: g-stockstudio/istockphoto.com Arte: Fullcase Comunicação
Revisão: Adriana Giusti Tiragem: 30 mil exemplares Entre em contato conosco: (11) 2813-8600 | www.expositorcristao.com.br expositorcristao@metodista.org.br Av. Piassanguaba, 3031 - Planalto Paulista São Paulo/SP - CEP 04060-004
*A REDAÇÃO DO JORNAL EXPOSITOR CRISTÃO É RESPONSÁVEL POR TODAS AS MATÉRIAS NELE PUBLICADAS, COM EXCEÇÃO DE ARTIGOS E REFLEXÕES, QUE SÃO RESPONSABILIDADE DE SEUS/AS AUTORES/AS.
NACIONAL
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Manifesto sobre a morte de indígenas brasileiros/ as e outras violências
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Colégio Episcopal da Igreja Metodista, em sua missão de pastoreio e cuidado para com as vidas humanas, publicou no mês de agosto um manifesto sobre a morte de indígenas brasileiros/as e outras violências. No manifesto, o colegiado expressa a consternação e ardor profético em favor das comunidades vitimadas pela violência nos últimos meses, particularmente aquelas em vulnerabilidade, como quilombolas, assentadas e indígenas. Abaixo, segue trecho do manifesto, que também pode ser acessado em nosso site.
“(…) A Igreja de Cristo tem diante de si a chamada bíblica: ‘Abre a tua boca em favor dos que não podem se defender; sê o protetor dos direitos de todos os desamparados! Ergue a tua voz e julga com justiça, defende o pobre e o indigente’ (Provérbios 31.8-9). Conclamamos nossas lideranças políticas, em todas as esferas, a conduzir suas falas de modo mais conciliatório, lembrando que todos os brasileiros e brasileiras estão sob sua guarda e égide enquanto governantes. Que sigam o exemplo de Isaías, no qual vemos o reflexo de Cristo, quando postula o modelo de liderança que agrada a Deus: ‘Eis o meu Servo a quem sustenho, o meu eleito, em quem tenho toda a alegria. Tenho nele o meu Espírito e ele fará justiça às nações! Não usará de gritos, nem clamará ou levantará a voz pelas ruas. Não quebrará o caniço rachado e não apagará o pavio que esfumaça. Em verdade e fidelidade implementará a justiça’ (Isaías 42.1-3). Às Igrejas Cristãs em geral e à Igreja Metodista em particular, nós, bispos e bispas, rogamos um posicionamento como corpo de Cristo, que acolhe o ferido, ama a desvalida, ampara a criança carente, protege o idoso e a idosa que sofre e entende que todas as famílias da terra, independentemente de sua etnia, são abençoadas em Cristo e devem ser protegidas de toda forma de violência. Devemos entender nosso papel, como representantes do Evangelho, uma vez que ‘conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por amor de vós, para que pela Sua pobreza vos tornásseis ricos’ (2 Coríntios 8.9).” Em Cristo, Colégio Episcopal da Igreja Metodista 2 de agosto de 2019
PALAVRA EPISCOPAL Bispo Roberto Alves de Souza Presidente da 4ª Região Eclesiástica
Mulheres anônimas servindo na missão
“É necessário que Ele cresça e que eu diminua” (João 3.30) Na Bíblia encontramos inúmeros exemplos de mu- possível sem a participação e o trabalho missionário lheres que dedicaram a vida ao serviço do Senhor e da das muitas mulheres metodistas brasileiras. Quando usamos a expressão “anônimas” não nos missão e que foram discretas, nunca se promovendo, pelo contrário, sempre promovendo o nome do Senhor, referimos ao seu significado pejorativo “sem identificom alegria no coração, mas dando a honra e a glória cação”, mas sobretudo ao sentido mais profundo e etimológico da expressão “sigilosa”, ou seja, mulheres que ao Senhor. Quantos ainda hoje não valorizam o trabalho das desaparecem, que ficam em sigilo para que o nome de mulheres em nossas comunidades de fé, quantos ain- JESUS CRISTO possa brilhar, pois entendemos que é da discriminam e menosprezam as mulheres, quantos esse ministério que tem sido desenvolvido pelas muainda insistem em achar que a mulher deve ser subju- lheres metodistas ao longo dos anos e na missão aprengada e permanecer sempre calada? Isso é injusto, ab- deram o que significa dizer “é necessário que Ele cresça e que eu diminua” (João 3.30). surdo e pecado contra o Criador. Muitas mulheres marcaram a nossa história ao A Igreja Metodista nunca teve nenhum problema em longo desses anos de metodisreconhecer a grande importânmo no Brasil. Martha Watts, cia e relevância do serviço das nascida em Bardstown no dia mulheres na missão de procla“Quando usamos a 13 de fevereiro de 1845, foi mismar o Reino de Deus. São muitas expressão anônimas sionária e educadora metodista as comunidades de fé que agem norte-americana, passou vários dessa forma e não valorizam a não nos referimos anos no Brasil e ficou conhecimissão desenvolvida pelas muao seu significado da como “semeadora de escolheres na Obra do Senhor. las”, pois fundou as seguintes Nos orgulhamos de sermos pejorativo sem instituições: Colégio Piracicapioneiros/as em reconhecer o vaidentificação, mas bano, em Piracicaba, inauguraloroso trabalho e serviço prestado em 13 de setembro de 1881; do pelas mulheres na missão mesobretudo ao sentido Colégio Americano, em Petrótodista de proclamar o Reino de mais profundo polis; Colégio Izabela Hendrix, Deus, pois uma prova verídica em Belo Horizonte. disso é o aniversário de 90 anos e etimológico da Em janeiro de 1974 foi ordeda Revista Voz Missionária, uma expressão sigilosa, nada a primeira presbítera da revista voltada para o ensino e Igreja Metodista, Pra. Zeni de divulgação da missão metodista ou seja, mulheres Lima Soares. Ela foi redatora da através do serviço de nossas muque desaparecem, Revista Bem-Te-Vi por 25 anos, lheres no Brasil. além de coordenadora do trabaCriada por Miss Leila Epps, que ficam em sigilo lho com crianças de rua na zona cuja visão era de valorizar o popara que o nome de industrial de São Bernardo do tencial da mulher metodista brasileira e do seu serviço à missão JESUS CRISTO possa Campo/SP. Há também aquelas mulheres através da Igreja, a Revista Voz brilhar” simples como a irmã Cladir, uma Missionária nasceu no dia 18 de mulher simples da minha igreja setembro de 1929. Ela e algumas local, além de ser muito dedimulheres dinâmicas e idealistas realizam o sonho da criação da Voz Missionária, cada ao serviço e à missão no trabalho metodista por uma revista que nasce de forma humilde, mas com um vários anos; essa irmã, juntamente com a antiga Sociedade Metodista de Senhoras, foi usada para consolidar grande desafio e ideal. Nossa querida irmã Ottília Chaves dá o seguinte de- a minha fé em Jesus Cristo no ano de 1980, quando poimento sobre o nome da Revista Voz Missionária: iniciei minha caminhada com Jesus Cristo na Igreja “ideal missionário da mulher metodista, tendo por Metodista em Anta; no próximo ano completo 40 anos missão a propagação do Evangelho, a divulgação de de metodista. Que novas Rutes, novas Déboras, novas Martas e conhecimentos, de orientação, de educação, levando a Marias possam ser vistas em nosso meio e em nossas todos/as mensagens edificantes”. Como podemos observar, ao longo de nossa história, comunidades locais através da vida e da missão da muquando completamos 152 anos de trabalho metodista lher metodista brasileira, pois sem vocês seria impossíno Brasil, 89 anos de autonomia da Igreja Metodista no vel. Alguém já dizia: “Quem não vive para servir, não dia 2 de setembro e 90 anos da Revista Voz Missioná- serve para viver”. Vamos todos e todas: VIVER PARA ria, podemos nos alegrar em dizer que nada disso seria SERVIR!
© ARQUIVO/EC
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Oferta para ação social: a festa da família metodista Pr. José Geraldo Magalhães
© FOTOS ARQUIVOS SEDE NACIONAL
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Festa da Família Metodista, como é tradicionalmente conhecida a celebração, começou no dia 18 de agosto e segue até o dia 28 de novembro, quando se celebra o Dia Nacional de Ação de Graças. Anteriormente, a festa trazia o nome de Susana Wesley, mãe do fundador do metodismo, John Wesley, e um exemplo de mulher que lutou para levantar recursos e ajudar nos desafios da missão, em um tempo de desafios sociais. O objetivo é arrecadar uma grande doação nacional para apoiar os projetos sociais selecionados pelas Regiões Eclesiás ticas e Missionárias da Igreja. Em 2019, metodistas de todo o país investirão em um total de 20 projetos. No site oficial da Campanha Nacional, você pode fazer download de materiais de apoio para utilizar em sua igreja local, além de ver as fotos de todos os 20 projetos selecionados para receber a oferta este ano. Os valores arrecadados são distribuídos diretamente para os projetos. Já as somas arrecadadas nas comunidades de fé são divididas em duas partes iguais: 50% para a Igreja Local investir na ação social da própria comunidade; 50% distribuído entre os projetos selecionados pelas Regiões.
O projeto Escola Metodista de Educação Infantil presta atendimento para as crianças de 1 a 4 anos.
CACIM - O projeto Casa de
Assistência à Criança da Igreja Metodista, o CACIM, fica na cidade de Porto Alegre/RS. Foi fundada em 10 de setembro de 1968, tendo sua origem em uma iniciativa e parceria com a rádio e TV gaúcha, através da campanha popular denominada “Faça Sorrir Uma Criança”. Esta obra social da Igreja Metodista atende 100 crianças das proximidades locais e municípios vizinhos, constituindo, assim, uma comunidade escolar formada por diferentes classes sociais, etnias, gênero e religiões.
Conheça cada um dos projetos abaixo! 1ª REGIÃO
Mambucaba - O projeto so-
cial contemplado na 1ª Região fica no Campo Missionário em Mambucaba, Angra dos Reis/ RJ. Lá são desenvolvidas atividades com discipulado, dança, desenho, educação cristã e lazer. O projeto missionário socioeducativo atende crianças de 4 a 14 anos e tem uma demanda de até 80 crianças. Neste ano, por motivos financeiros, vem sendo reduzido o número de crianças. Atualmente, atende-se 20 crianças nas dependências do campo missionário e na casa pastoral, pois foi preciso entregar a casa do projeto por falta de recursos financeiros.
Soprando Vida sobre outras Vidas - O projeto social
Soprando Vida sobre outras Vidas fica situado na cidade de Valença/RJ. Os atendimentos são
3ª REGIÃO
Amas Jabaquara - A As-
O projeto missionário socioeducativo Mambucaba atende crianças de 4 a 14 anos em Angra dos Reis.
para crianças e adultos/as nas áreas da saúde, direito, beleza e recreação infantil. Em geral, são atendidas entre 100 e 200 pessoas. As atividades de ginástica são realizadas duas vezes na semana para o público adulto com média de 30 pessoas inscritas. Mensalmente também são distribuídas cestas básicas para 15 famílias.
2ª REGIÃO
IRMA - O projeto Escola Me-
todista de Educação Infantil (IRMA) está localizado na cidade de Alegrete/RS e tem como objetivo dar apoio às famílias por meio do atendimento básico às crianças de 1 a 4 anos, possibilitando o seu desenvolvimento nas áreas cognitiva, psi-
comotora, social através de atividades lúdicas, dirigidas para a faixa etária específica. A ação pedagógica objetiva assegurar os direitos das crianças sem qualquer discriminação, proporcionando um ambiente saudável, onde elas possam criar, explorar, descobrir, manipular, representar, brincar e aprender.
sociação Metodista de Ação Social atende 120 crianças e adolescentes de 6 a 14 anos. O desenvolvimento de atividades com crianças e adolescentes tem por foco a constituição de espaço de convivência a partir dos interesses, demandas e potencialidades dessa faixa etária. As intervenções devem ser pautadas em experiências lúdicas, culturais e esportivas como formas de expressão, interação, aprendizagem, sociabilidade e proteção social.
Amas Vila Formosa - A Associação Metodista de Ação Social Vila Formosa, fundada em 23 setembro de 1984, atende, de
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Setembro de 2019 | www.expositorcristao.com.br segunda a sexta feira das 8h às 17h, 66 crianças e adolescentes de 6 a 15 anos que se encontram em situação de risco e vulnerabilidade, oferecendo apoio ao estudo, oficinas de teatro, artesanato e computação, jogos e brincadeiras pedagógicas, músicas, atividades culturais, passeios, alimentação e higiene pessoal. 4ª REGIÃO
Projeto SAF Liberdade - O
projeto atende 60 crianças de segunda a sexta-feira, sendo 30 educandos/as em cada período. As atividades desenvolvidas no Projeto Liberdade são acompanhamento escolar, artes, educação cristã, esporte e recreação. Como Expressão Corporal o projeto desenvolve atividades nas áreas da Música, Inglês, Taekwondo e Percussão.
© FOTOS ARQUIVOS SEDE NACIONAL
Projeto SAF Semeando Vida - A instituição atende 52
Projeto Yeshua na 7ª Região Eclesiástica.
crianças e adolescentes de 6 a 15 anos, as atividades são desenvolvidas para esse público-alvo. Foi firmado o termo de colaboração com a prefeitura de Serra/ES, que apoia o esporte, recreação, jogos pedagógicos, cidadania, percurso (valores), eu aprendo mais, educação cristã, artes plásticas, dança e música. 5ª REGIÃO
Centro Educacional Maria Tavares - O projeto é de uma entidade filantrópica, pertencente à Associação Metodista de Assistência Social. Dentre as atividades desenvolvidas estão educação infantil, com atendimento integral e atende atualmente 126 crianças, com faixa etária de 4 meses a 6 anos. As atividades desenvolvidas estão voltadas para a construção da autonomia da criança, consciência ecológica, alimentação saudável, “Quem sou eu?”. As crianças também produzem pinturas, desenhos, esculturas, além de leitura em família uma vez por semana.
Projeto Dançar é Arte na 8ª Região Eclesiástica.
ABC - A Associação Benefi-
cente Campineira está localizada na cidade de Campinas, interior de São Paulo. A ABC atende e acompanha 90 crianças e adolescentes de 6 a 15 anos em horários contrários ao escolar, divididos em dois grupos de 45 crianças e adolescentes no período da manhã e 45 crianças e adolescentes no período da tarde, com atividades de sapateado, informática, hip-hop, esporte e recreação, além de oficinas e atividades lúdicas. 6ª REGIÃO
Projeto Estação do Reino de Deus - Com a promoção de
Projeto ABC na 5ª Região Eclesiástica.
aulas de música (canto e instrumento), cursos de capacitação para geração de renda e outras
atividades, o projeto atende mais de 600 pessoas, entre 5 e 85 anos em Curitiba/PR.
Projeto Julho para Jesus
- Centenas de missionários/ as se reúnem anualmente no mês de julho para promoverem um período de ação social em uma comunidade paranaense. O grupo organiza passeatas, distribuição de cestas básicas, atendimento espiritual e social gratuito nas mais diversas áreas, atendendo mais de 600 pessoas em cada edição. 7ª REGIÃO
Armadura de Cristo - O
projeto Armadura de Cristo acontece na cidade de Petrópolis/RJ, nas dependências da Igreja Metodista Nova Itaipava. As atividades do projeto contemplam aulas de Jiu-Jítsu esportivo com ênfase na complementação educacional, visando transmitir valores às crianças, adolescentes e adultos/as. Nos 20 minutos finais de cada aula, é ministrada uma palavra bíblica e feita uma oração. O projeto acolhe cerca de 45 crianças de 4 a 11 anos e 40 adolescentes e adultos/as de 12 a 35 anos, além das pessoas que são beneficiadas indiretamente.
Centro Social Yeshua - O
Centro Social Yeshua desenvolve atividades com esportes, músicas, educação e formação cidadã. Atende uma comunidade de 80 a 100 pessoas com idades a partir de 4 anos. O projeto acontece no bairro de Maturama, na cidade de Araruama, localizada no interior do estado do Rio de Janeiro. 8ª REGIÃO
Dançar é Arte - A Associa-
ção Metodista Assistencial de Educação Infantil está localizada na Capital Federal e desenvolve atividades com dança clássica, moderna e sacra. Na área de Educação, o projeto desenvolve curso de capacitação e geração de renda. Ao todo são atendidas 250 pessoas com idade entre 6 e 18 anos, estendendo também aos/às familiares, que pode chegar até 1,2 mil pessoas.
SAF Brigadeiro - O Projeto Sombra e Água Fresca Brigadeiro está situado no bairro Setor Brigadeiro Eduardo Gomes, na cidade de Porto Nacional/TO. As atividades são variadas, com palestras, dinâmicas em grupo e rodas de leitura. Essas atividades contemplam módulos sobre saúde integral, que aborda o tema meio ambiente e a saúde, além dos módulos de capoeira e acompanhamento escolar. REMNE
Projeto Rio Esperança - O
projeto Rio Esperança atende crianças e adolescentes com
aulas de reforço escolar e acompanhamento, educação cristã, aula de constituição brasileira, karatê, palestras e cultos. Também são realizadas ações educativas (Páscoa, dia das crianças, mutirão social, entre outras). São atendidos 23 crianças, 20 adolescentes, 15 adultos/as (pais e avôs/ós).
Projeto Uma Nova Jerusalém - Cerca de 30 crianças de 4
a 12 anos participam do projeto social. São realizadas atividades evangelísticas com estudos bíblicos, brincadeiras, dinâmicas, momentos de oração, além dos encontros com as crianças aos sábados. Durante a semana, a liderança local realiza os encontros com as famílias das crianças nos Lares de Paz. Aos domingos, as crianças são levadas para a celebração da família na Igreja Metodista. REMA
MetoKids - O projeto, locali-
zado na cidade de Machadinho D'Oeste/RO, é um trabalho de evangelização e discipulado com crianças através das atividades lúdicas desenvolvidas no prédio da igreja local, além das escolas municipais de ensino infantil e áreas públicas da cidade. O MetoKids é um time de pessoas que amam trabalhar com crianças. Logo no início do projeto, cerca de 200 crianças foram atendidas.
Ruas de Lazer - O projeto
está localizado na cidade de Salinópolis/PA. Ele acontece todos os anos no dia 12 de outubro, onde são oferecidas para as crianças brincadeiras retrô, palestras nas áreas da saúde, peças de teatro evangelísticas, pintura facial e alimentação. Para os pais, são oferecidas palestras sobre prevenção e abuso sexual na infância, como cuidar e assistir uma criança que já sofreu abuso sexual, o poder da influência na infância e cuidados básicos com a saúde da criança.
/// Saiba mais pelo link ou acesse o QR Code pelo seu celular. https://bit.ly/30qHtkD
DOE AGORA Banco: Bradesco Agência: 2818-5 C/C: 14.251-4
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INTERNACIONAL Setembro de 2019 | www.expositorcristao.com.br
Ciemal reúne-se em Cusco e envia carta às Igrejas Metodistas na América Latina e no Caribe
O Conselho de Bispos e Bispas também emitiu manifesto à sociedade civil e autoridades nacionais JUNTA DIRETIVA DO CONSELHO DE BISPOS E BISPAS Presidente: Juan de Dios Peña Gallegos (Bispo, Iglesia Evangélica Metodista en El Salvador) Vice-presidente: Samuel Aguilar Curi (Bispo, Iglesia Metodista del Peru) Secretária: Hideide Brito Torres (Bispa, 8ª Região Eclesiástica da Igreja Metodista, Brasil) Membros firmantes: Adan Rene de Leon (Bispo, Iglesia Evangelica Metodista Primitiva de Guatemala)
© DIVULGAÇÃO
Antonio Huanca Corimayta (Bispo, Iglesia Evangelica Metodista en Bolivia)
O
s Bispos, Bispas e Presidentes das Igrejas Metodistas que compõem o Conselho dos Bispos do CIEMAL (Conselho das Igrejas Metodistas Evangélicas da América Latina e do Caribe), reunidos/as de 6 a 9 de agosto de 2019, na cidade de Cusco, Peru, em reflexão e oração, dirigidos/as pelo Senhor Jesus Cristo e seu encorajador Espírito, escrevem algumas palavras de exortação à fé, esperança e ao progresso missionário. Como herdeiros/as da expe riência do coração aquecido das primeiras comunidades metodistas, convidamo-nos a renovar permanentemente a alegria da salvação através da graça gratuita e universal de Deus em Cristo Jesus e a renovar um estilo de vida e obras cristãs que vêm dessa experiência: uma igreja em processo contínuo de renovação. Após a experiência do coração aquecido, John Wesley se despertou, entre outros aspec-
Adonias Pereira do Lago (Bispo, 5ª Região Eclesiástica da Igreja Metodista, Brazil)
tos, para o cuidado espiritual das crianças e jovens. E ele observou que não apenas uma nova geração teve impacto em seu tempo, mas também as subsequentes. Por isso, nos desafiamos mutuamente e propomos que as igrejas da América Latina e do Caribe promovam a liderança de sua juventude e o pastoreio de seus pequeninos e pequeninas para a renovação da vida eclesial. A igreja deve estar a serviço da missão de Deus em todas as épocas, na certeza de que o Espírito de Deus também está trabalhando na vida de crianças e jovens (Joel 2.28). Da mesma forma, encorajamos as igrejas que presidimos e cuidamos a promover espaços de cuidado, apoio e desenvolvimento ministerial das mulheres, para que continuem a cumprir seu chamado em Cristo. Como pastores/as de pastores/ as e leigos/as comprometidos e comprometidas, à semelhança de Wesley, devemos priorizar o
cuidado de nossa saúde emocional, exercer uma liderança saudável e criativa. O objetivo de nossas igrejas deve ser formar discípulos/as e não meramente seguidores/ as. Tenham em mente a declaração de Wesley: “A igreja não transforma o mundo quando gera convertidos, mas quando gera discípulos”. O treinamento da liderança de pastores/as e leigos/as é imperativo, assim como a formação de equipes pastorais para o efetivo desenvolvimento ministerial das igrejas locais. O sinal de vitalidade de uma igreja com um coração aquecido é sua projeção ao mundo para transformá-lo, expandindo seu escopo de ação tanto local como transculturalmente e enviando trabalhadores/as para a colheita. Destacamos esses aspectos de nossa reflexão neste conselho de bispos/as e presidentes de igreja, entendendo que a voz do Espírito Santo nos chama a uma atividade missionária e de proclamação cada vez
mais abrangente. Tudo o que diz respeito à missão de Deus deve preocupar a Igreja. Que vocês, irmãos e irmãs, desde suas realidades locais e nós, líderes nacionais representados/as aqui, possamos ouvir conjuntamente a voz de Deus, sob o sopro de seu Espírito renovador, constituindo processos que nos levarão a cumprir o mandamento de Deus em Cristo que foi morto, crucificado e ressuscitado para nossa salvação. E que todos/as, juntos, possamos exercer um ministério pastoral integral, englobando obras de misericórdia e piedade, para impactar nosso tempo com a salvação e restauração completa da humanidade e de toda a criação, entendendo que nossa voz profética e nossa ação missionária são essenciais neste momento na vida de nossos povos. /// Veja também: O documento do Ciemal à sociedade civil e autoridades em nosso site!
Alfredo Alberto Alcarraz Fernandes (Presidente, Iglesia Metodista en el Uruguay) Americo Jara Reyes (Bispo, Iglesia Evangélica Metodista Argentina), Argentina Hector F. Ortiz Vidal (Bispo, Iglesia Metodista de Puerto Rico), Puerto Rico Jorge Alejandro Merino Riffo (Bispo, Iglesia Metodista de Chile), Chile Luis Andres Caicedo Guayara (Bispo, Iglesia Colombiana Metodista) Moises Morales Granados (Bispo, Iglesia Metodista de México, A.R - CAM) Pedro Magalhães (Bispo, Comunidad Evangelica Metodista del Paraguay) 8 de agosto de 2019
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Grupo do Seminário Teológico Evangélico
© RODRIGO DE BRITOS/EC
Garrett de Evanston visita o Brasil
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o dia 13 de agosto de 2019 foi realizado um encontro com o grupo do Seminário Teológico Evangélico Garrett de Evanston (Garrett Evangelical Theological Seminar de Evanston), dos Estados Unidos da América, e a
equipe nacional do Projeto Sombra e Água Fresca (PSAF) nas dependências da Sede Nacional. O grupo foi recebido por Telma Cezar e Beatriz Nascimento (integrantes do comitê Pedagógico do PSAF), Bispo Adriel Maia, editor-chefe do no Cenáculo,
Pra. Giselma Matos, secretária executiva do Colégio Episcopal, e Pr. Marcos Julião, que auxiliou na tradução e acolhimento. Os professores Dr. Barry Bryant, Dr. Hendrik Pieterse e a professora Dra. Débora Junker vieram ao Brasil em visita à Fa-
culdade de Teologia (FATEO) e participaram de várias reuniões e ações que consolidam a parceria entre os seminários. Entre as inúmeras atividades e o desejo de conhecer alguns projetos desenvolvidos tanto pela FATEO como pela Igreja Metodista, consideraram importante esse momento para conhecer o Projeto SAF, suas ações e desafios no atendimento e acolhimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Ao falar de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, não tem como deixar de mencionar a situação de pessoas refugiadas e imigrantes em terras brasileiras. Nesse sentido, destacou-se a presença do Projeto SAF em Roraima, que tem enfrentando o grande desafio de acolher e abrigar inúmeras crianças e familiares nessas condições. A pastora Giselma destacou o projeto iniciado na Igreja Metodista da Luz com mulheres e crianças imigrantes e refugiadas. O Bispo Adriel de Souza Maia, editor nacional do no Cenáculo,
falou a respeito da presença do no Cenáculo nos projetos SAF em todo o território brasileiro, além de ressaltar que esse devocionário tem sido mais um instrumento e incentivo para o encontro diário com Deus dos/as familiares das crianças e adolescentes e das educadoras e educadores que atendem voluntariamente os projetos locais. Ele também destacou que no bimestre setembro/outubro, em comemoração aos 80 anos do no Cenáculo, a capa do perió dico traz uma foto de crianças da região amazônica atendidas pelo SAF. O grupo do Garrett Evangelical Theological Seminar de Evanston sinalizou a importância de o Projeto SAF atender as crianças e adolescentes durante todo o ano e não somente nos períodos de férias, destacando a valorização da educação cidadã dos nossos meninos e meninas tendo como base a educação cristã. Telma Cezar Equipe Pedagógica do SAF
SAF em Porto Nacional completa um ano Redação EC
© ARQUIVO-SAF-NACIONAL
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os dias 26 e 27 julho, o Projeto Sombra e Água Fresca da 8ª Região Eclesiástica, localizado no Setor Brigadeiro, em Porto Nacional/ TO, comemorou seu primeiro aniversário. Estiveram presentes a Agente Regional da 8ª Região Eclesiástica, Delcina Tork, e a integrante da equipe regional, Madalena França. A programação iniciou na sexta-feira, 26, à noite com uma capacitação na área de Contação de histórias. No sábado pela manhã, foi realizada uma passeata com as crianças do projeto e alguns/ as familiares, nas proximidades do local onde ele funciona, com o objetivo de dar visibilidade ao projeto na comunidade. À tarde foram realizadas três oficinas: Oração e Missão, Artes e Musicalidade. Tivemos a participação significativa dos pais das crianças do projeto e também dos/as parceiros/as, como o prefeito da cidade e sua esposa, que é representante do Selo da UNICEF em Porto Nacional,
vereadores/as, vice-prefeito, diretora da área de saúde, além de alguns/as jornalistas que também estiveram presentes. A comemoração tinha como objetivo maior agradecer a Deus pelo muito que Ele tem feito por este projeto, alcançan-
do 102 crianças, segundo dados coletados recentemente. O projeto tem realizado o seu propósito de oferecer às crianças e aos adolescentes melhores condições de vida e a possibilidade de desenvolvimento como pessoas e cidadãos/ãs de bem.
A festa finalizou com um culto de Ação de Graça dirigido pelas crianças, com louvor, palavra e muito bolo. Também noticiamos que a Agente Regional Delcina Tork, juntamente com a Pastora local, Sheila Rejane, visitaram di-
versos órgãos públicos e privados, incluindo a Universidade ITPAC Porto, com a qual foi firmado convênio na área de saúde para atendimento odontológico e consultas médicas gratuitas às crianças e suas famílias que participam do Projeto SAF.
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CAPA Setembro de 2019 | www.expositorcristao.com.br
A Voz que
encanta
Revista Voz Missionária completa 90 anos de circulação em terras brasileiras
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o ano de 1929, houve uma grande depressão econômica mundial, cujo início foi marcado pela quebra da Bolsa de Valores de Nova York. Quando caminhamos com Deus, Ele nos manda olhar para o céu e contar as estrelas. Para as mulheres metodistas foi um momento especial: em 18 de setembro nasceu, na cidade de São Paulo, a revista Voz Missionária. O número 1 da revista foi impresso no primeiro trimestre de 1930. Um grupo de mulheres, líderes em suas respectivas Federações das antigas Sociedades Metodistas de Senhoras (hoje Sociedade Metodista de Mulheres) representando-as, conforme as suas Regiões Eclesiásticas (Norte, Centro e Sul do Brasil), reuniu-se na Igreja Metodista Central em São Paulo para tratar de um assunto – um sonho – de grande importância para
as atividades daquelas Sociedades espalhadas por quase todo o país, a criação de um órgão centralizador dos seus trabalhos: uma revista! Eram elas: Eula Kennedy Long, presidente da Federação do Sul, e Mercedes Seabra, secretária; Lídia W. da Silva, presidente da Federação do Centro, e Gláucia W. Duarte, secretária; sendo assessoradas por Leila Epps, missionária e inspiradora daquele sonho. A revista deveria ser o elo entre todas as Sociedades e a fonte de informação e de inspiração para todos os trabalhos das mulheres na Igreja.
O nome
O nome Voz Missionária foi sugestão de Ottília Chaves, que se inspirou na revista norte-americana “The Missionary Voice”. Segundo ela, seu nome está ligado ao “ideal missionário da mulher metodista, ten-
do por missão a propagação do Evangelho, a divulgação de conhecimentos, de orientação, de educação, levando a todos mensagens edificantes”. A revista nasceu com o nome A Voz Missionária. Alguns anos depois o “A” foi suprimido. Ottília informou, também, sobre o clima da criação da revista: “estas mulheres, apesar de entusiasmadas, sentiam certo alvoroço em seus corações, porque não havia recursos financeiros suficientes e nem podiam prever a reação das mulheres diante da revista”. A concretização deste sonho foi uma decisão de fé, pois o grupo não dispunha de recursos financeiros nem previsão de como as mulheres a receberiam. Decidiu-se que, inicialmente, a revista sairia a título de experiência, com mil exemplares, de 12 páginas, destinando-a também às jovens e com uma
seção infantil. Esta edição saiu no primeiro trimestre de 1930, com os recursos financeiros de Miss Leila Epps – que sonhou e investiu no seu sonho, arcando com as despesas da primeira edição da revista. As assinaturas vieram devagar e, no ano seguinte, a revista contava com 630 assinaturas.
Agente local
Uma grande inspiração foi o segredo do seu rápido crescimento: criou-se o cargo de agente local da revista, agora “Voz Missionária”, sem o “A” que antecedia. A ascensão da revista foi rápida. Houve pequenas crises, como no pós-guerra, porém, debeladas. Chegou ao seu clímax em 1959 com 75 mil assinantes, tendo na redação Ottília Chaves e, como Agente Nacional, Zaida Guerra. Uma curiosidade: nos dez anos iniciais da revista o preço da assinatura não mudou! Com o passar dos anos, a revista cresceu em número de páginas. Suas capas coloridas e a diversidade dos assuntos acompanharam o progresso da época. A revista passou a contar, a cada edição, com a dedicação de colaboradores e colaboradoras. A Voz Missionária tem caminhado passo a passo com a Igreja Metodista, como elemento indispensável de união entre as mulheres no seu trabalho na igreja local, na Sociedade de Mulheres e nos lares.
Percalços do caminho
A caminhada da revista não foi um “simples passeio”. Em toda jornada há dificuldades, tropeços, quedas, estagnação, revigoramento. A fase mais difícil foi em meados de 1980,
Vozes do tempo 1959 O auge. A Voz chegou a 75 mil assinaturas.
1930 Primeira edição impressa da Voz Missionária.
1931 A Voz alcançou 630 assinaturas.
quando o número de assinantes caiu assustadoramente. Cenário de crise no país. Vários fatores concorreram para isso. Entre eles, o surgimento de várias revistas evangélicas femininas de outras denominações. A Voz já não estava sozinha. Outro fator da decadência – bem mais grave – foi a inserção de ideologias políticas nos periódicos da Igreja Metodista. A Confederação das Sociedades Metodistas de Mulheres fez uma grande pesquisa a respeito e foi comprovada a rejeição das assinantes ao material contido na revista, inclusive de suas capas, coerentes com o pensamento ideológico vigente. Não havia autonomia por parte da redação. O trabalho de capa, diagramação, ilustração era todo feito pela Imprensa Metodista – responsável pela produção dos materiais da Igreja.
Grupo de Trabalho
Em 1991, foi indicado um Grupo de Trabalho Provisório para dar prosseguimento às edições da revista, devido ao pedido de demissão da antiga redação. Fizeram parte deste grupo: Milza Suely F. Araújo, Eny Cannet Morais e Wanda Moraes, que deram tudo de si para a continuação da revista. Em 1991, o Colégio Episcopal indicou como nova redatora Tirza Martins Ribeiro. Quando ela assumiu a redação, não havia mais nenhuma assinatura, conforme informação do Editor Nacional, Clovis Pinto de Castro. A Imprensa Metodista apenas editava a revista e enviava para as igrejas. Não havia nenhuma infraestrutura, nem local para trabalhar.
1980 Perda considerável de assinantes em meados da década de 80. Novas revistas evangélicas surgem no mercado.
CAPA
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Setembro de 2019 | www.expositorcristao.com.br
1994 Barreira. Conselho Diretor da Imprensa Metodista decide não mais continuar a publicação da VOZ MISSIONÁRIA, alegando não ser a revista autossustentável. Colégio Episcopal cria Grupo de Trabalho que define dar continuidade às publicações da revista.
2004 O slogan “Para que esta VOZ não se cale” trouxe novas assinaturas, chegando à época a quase 11 mil assinaturas.
inspirando vidas
Grupo de Trabalho Provisório é criado para continuar a edição da revista. Número de assinantes nesse ano era zero.
Uma barreira
Uma barreira bem grande surgiu nesta nova caminhada. No dia 10 de março de 1994, convocados pelo Colégio Episcopal, compareceram à reunião na antiga Sede Nacional da Igreja, Chácara Flora, SP, a Confederação das Sociedades de Mulheres, nas pessoas de Milza Suely F. Araújo (presidente em exercício da Confederação), Lydia Dolira Soares de Oliveira e Marlussi S. Rosa Guimarães; a redatora da Voz, Tirza Martins Ribeiro, pelo Conselho de Redação, Walderez S. Almeida Prado; pelo Conselho
Ano 90 setembro-outubro 2019 R$ 9,00
90 anos
1991
Foram tempos muito difíceis, mas com a colaboração de vários irmãos da Imprensa, do ex-interventor Célio Silva, conseguiu-se uma sala, uma mesa, depois um telefone e, enquanto não se tinha uma máquina de escrever (a informatização iniciava seus primeiros passos) “eu trazia a minha máquina de casa”, afirma Tirza. Mesmo dispondo de tão pouco, com a ajuda da Confederação e das Federações das Sociedades de Mulheres, Conselheiras de Redação e com o inestimável trabalho das Agentes Locais, as mulheres foram conclamadas à luta e, aos poucos, tudo foi se transformando, como o nascer do Sol após uma noite escura. A luta foi constante, sem trégua, sem esmorecimento, vencendo uma a uma as barreiras que se antepunham ao renascer da Voz. O número de assinantes foi aumentando dia a dia e a credibilidade e o carisma da revista revitalizados.
Informação conduz à inspiração
Diretor da Imprensa Metodista, David Nelson Betts, Helerson Bastos Rodrigues e Renato Fleischnner; secretariando, o Rev. Aluísio F. de Siqueira. Bispos presentes: Paulo Tarso de O. Lockmann e Nelson Luiz Campos Leite. A finalidade da reunião era comunicar que o Conselho Diretor da Imprensa Metodista decidira não mais continuar a publicação da Voz MissionÁria, alegando não ser a revista autossustentável. O Colégio Episcopal nomeou um Grupo de Trabalho, composto pelo Bispo Nelson Luiz Campos Leite, pela jornalista Léia Alves de Souza e Tirza Martins Ribeiro, para oferecer sugestões e perspectivas para a continuidade da publicação da revista. Este Grupo decidiu que a revista iria continuar, por não se admitir que a revista, de inegáveis contribuições à causa da mulher metodista e da Igreja, “viesse a ser tolhida em sua caminhada em favor da missão”. No comunicado da revista sobre estes acontecimentos, Tirza afirma em nome da Redação: “Temos que caminhar sozinhas, mas o Senhor vai conosco. Temos que dobrar nossos joelhos diante do Eterno, pedindo-lhe força e coragem. É preciso que nos disponhamos a trabalhar. Oração e ação deve ser o nosso lema. Creio que Deus está nos apontando – a obra é de vocês, mulheres! Conto com todas. Caminhem!”.
Mudança de Sede
A Sede da revista teve que mudar, pois o prédio que a
2019 Novos desafios, ninguém pode apagar esses 90 de Voz Missionária profética.
abrigava, na Sede Nacional, foi desativado. A Sede da Voz transferiu-se para São Bernardo do Campo; posteriormente, para as dependências da Igreja Metodista no bairro em Rudge Ramos – onde está até hoje.
com objetivos claros, formadora de caráter cristão, com visão e perspectivas atuantes, por meio de reportagens, artigos variados, pastorais, crônicas, entrevistas etc., dentro do contexto religioso, lazer e cultura.
“Para que esta Voz não se cale”
Resistência
Acredito, leitoras e leitores, que tudo isso não foi nem barreira, mas uma montanha. Pensaram que as mulheres não a ultrapassariam? Milza S. Araújo, em seu manifesto às mulheres, publicado na Voz do III trimestre de 2004, como presidente da Confederação, afirmava: “Que diremos, pois, a estas coisas? Desanimar? Desistir? Nunca!”. A reação foi imediata, tão logo as notícias chegavam. A redação lançou o slogan: “Para que esta Voz não se cale” – inspirada em uma faixa feita pela Sociedade de Mulheres em Volta Redonda. O resultado foi maravilhoso! Todas juntas: Redação, Confederação, Federações das Sociedades de Mulheres e Agentes se arregimentaram, lutaram e venceram. A resposta veio com novas assinaturas, aproximando-se, na época, a 11 mil assinantes.
Evolução
Conforme a evolução dos tempos e dos costumes, também a Voz acompanhou essas transformações para melhor atender aos seus leitores e leitoras. Assim, a revista assume seus aspectos modernos, abordando temas de interesse geral. É uma revista
A Voz é um patrimônio da Igreja Metodista e das Sociedades de Mulheres. Que as mulheres saibam manter o destemor, a fé, sem desânimo, para que “esta voz nunca se cale”. Que a nossa Igreja veja nesta revista um de seus melhores pontos de identidade, portanto, merecedora de respeito e de carinho.
Voz atual
Dando continuidade ao trabalho de ressurgimento da revista, desde o III trimestre de 1996, assumiu a redação Déa Kerr Affini que, juntamente com o antigo Conselho de Redação, deu continuidade a esta missão tão digna. A infraestrutura e o local de trabalho foram definitivamente implantados. A revista tem evoluído; tornou-se uma revista bimestral. O período de três meses era muito longo. Agora, existe uma proximidade maior entre as edições. Ganhou cor nas suas páginas e passou a trabalhar com temas. Os/As colaboradores/as, o conselho de redação e a redação têm buscado produzir textos atuais e edificantes que tornem a revista mais atraente, bela e inspiradora.
Olhando para o futuro
Somos todos/as responsáveis pela continuação desta revis-
ta. Seu moto foi alterado para “Inspirando vidas”. Por meio de suas páginas, a revista Voz Missionária tem inspirado e iluminado vidas e compartilhado palavras de salvação e vida. Que possamos continuar a transmitir às gerações futuras o apreço e o carinho pela revista.
Trazer à memória
Trazemos à memória os nomes das redatoras da revista: Leila Epps, Marta Romano, Juanita Campos, Ottília Oliveira Chaves, Eny Moraes Canet, Alice Lábaki, Tirza Martins Ribeiro, Déa Kerr Affini e, a atual, Amélia Tavares C. Neves.
Que essa Voz nunca se cale
O que desejar à Voz Missionária nos seus 90 anos? Que essa revista continue inspirando e alcançando vidas com suas mensagens impressas de salvação e vida. “Que essa Voz nunca se cale”. “Noventa anos de Voz evocam ramos de saudade, perfumam estantes, entrelaçam gerações, saúdam os peregrinos convidados pela sua leitura a tornarem-se navegadores, combatentes cristãos do bom combate”. “Que a Voz possa continuar deixando um ‘rastro’ perfumado, perfume de vida para vida, no encanto de suas páginas que contaram e contam parte significativa da história da mulher metodista brasileira”. Pra. Amélia Tavares Redatora da Revista Com a inspiração de textos publicados na revista
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ARTIGO Setembro de 2019 | www.expositorcristao.com.br
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O colo que ensina
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erta vez, Jesus ensinava (Marcos 10.13-16) em casa. Então, lhe trazem crianças para que as “tocasse” (10.13). Os discípulos, porém, as repreendem. “Repreender” é a mesma palavra usada pelo Mestre contra a tempestade (Marcos 4.39) e espíritos impuros (Marcos 1.25). Com ela corrige aos próprios discípulos em Marcos 8.30-33. Jesus se indigna com seus discípulos adultos, e não com as crianças. Crianças não são “encapetadas”. Adultos
é que são problemáticos, e dão muito mais trabalho. Os adultos é que precisam de repreensão e de “receber o Reino como uma criança” (10.15). Pensamos nas crianças pelo prisma da pureza. Na época de Jesus, porém, eram consideradas impuras. Crianças tocam em qualquer coisa que lhes interessa – até naquilo vedado pela Lei. Contaminavam-se a si e aos adultos. Na cabeça dos adultos só traziam problemas. Melhor deixá-las às margens. Se pudes-
sem, entregariam a elas um tablet para distraí-las e deixar os adultos em paz. A pureza que idealizamos nelas é fruto da nossa cultura. Crianças são sujeitos tão complexos quanto adultos. Há aquelas puras, inocentes. Outras, porém, aprendem a malícia do seu convívio. Há as muito alegres. Outras são feridas por tristeza e privação. Depressão infantil é real. A infância tem experiências positivas e outras traumáticas
– abusos, abandono, humilhações. Quem lida com crianças sabe ser impossível idealizar esta faixa etária. O abstrato até pode ser “puro”. Mas não existem “crianças abstratas”. Não falta nada ao real. O Salmo 122.1 expressa alegria em ir à casa de Deus. Já o Salmo 42.1 fala de “sede” pela presença divina e de tristeza pela ausência aos átrios do Senhor (Salmo 42.4). A vida é templo. Há espaço para o silêncio e a individualidade, mas também para alarido alegre e multidão. Deus acolhe quem chora e quem se rejubila. Isso expressa Graça. O Eterno tem algo especial para cada um/a de nós. Por que seria diferente com as crianças? O Reino de Deus valoriza aqueles/as às margens social, política, econômica e espiritual. Todas as sociedades apresentam desequilíbrios. Muitos/as já estão de fora. Por isso, Jesus se posiciona junto aos/às mais vulneráveis. Justiça divina é assim: movimento em direção àqueles/ as que não têm ninguém a seu favor. Cristo reequilibra relações, restaura o projeto de Deus e desfaz o caos gerado pelo pecado individual e social. Surpreendente, toma as crianças ao colo e lhes impõe as mãos, sem medo de impureza alguma. É ato físico, mas também realidade e lição espirituais. O grego traduzido como “abençoava” (10.16) aparece somente aqui. Indica movimento de cima para baixo, com ênfase no destino da ação. Isto é: colo, imposição de mãos e oração enfatizam a criança como ‘pouso’ da bênção
divina. Elas se movem na direção do Reino (10.14), e o Reino se move na direção delas (10.15) – um encontro! Não é porque são puras ou porque mereçam. É porque Deus as ama. Crianças não trazem problemas para ninguém. O que fazem é aflorar nossos medos, angústias e conflitos. Cutucam os nossos monstros interiores. Destapam nossa fragilidade e expõem nossas incertezas e angústias mais profundas. Não é que não saibamos o que fazer com elas: não sabemos é o que fazer de nós mesmos/as! Com ação e palavras, Jesus abençoa a todos/as. O toque e bênção às crianças as legitima como seres plenos. A repreensão a nós, adultos/as, nos traz cura e nos reensina a viver. Jesus pedagogo desvenda que só educamos e abençoamos de fato quando associamos ações às palavras que proferimos. “Educadores/as abstratos/as” são como os discípulos: falam, repreendem, censuram, cerceiam, vociferam, ralham, gritam, urram, se exasperam e batem, mas não ensinam. Para estes, tudo se resolverá por força de Lei ou dos braços. O ensino nos moldes do Reino requer apenas “abraçoar”: abraçar e abençoar na liberdade da Graça, pois isto cura adultos/ as e crianças. Feliz ao colo de Jesus! Pr. Carlos Guilherme F. S. Magajewski Igreja Metodista em Santo André/SP /// Texto publicado originalmente na Revista Voz Missionária Set/Out 2019
O aperfeiçoamento cristão metodista que costuma fazer, o hábito que permeia suas relações, a forma como atende esta ou aquela circunstância. É viver colocando Deus acima de todas as coisas. É fazer a si mesmo/a diariamente as seguintes perguntas: •
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Na caminhada, tenho como ferramenta algo que aprendi com os/as que já vivenciaram algo parecido? Experiência. Tenho como balizar minhas atitudes e ações pelos princípios de fé aprendidos? Tradição. Sou capaz de racionalizar cada objeto do meu caminhar, não vivendo somente pelas emoções sem, contudo, as desprezar? Razão. Consigo perceber a extensão de minhas atitudes e escolhas na natureza que me cerca, ou antes, no meio ambiente? Natureza.
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Preocupo-me em como minha vivência retrata a comunidade na qual estou inserida? Uma boa forma de constatar tudo isso é ter a Palavra de Deus tão entranhada que ela não falte como elemento de aferição em cada ato. Que a Bíblia sirva para constatar a prática comum como uma experiência constante de uma fé madura e transformadora. É olhando cada ser como sendo um igual. É caminhando e observando cada feito da criação, como nós, sendo participantes dela e, portanto, responsáveis pela preservação. É ouvindo atentamente cada parte, sem julgar ou buscar precedente na tentativa de estabelecer culpados e culposos, atribuindo o grande e generoso amor de Deus como um presente à humanidade. É conside-
© CECILIE_ARCURS / ISTOCKPHOTO.COM
“A
fé sem obras é morta”, diz o apóstolo Tiago em sua carta no segundo capítulo. Assim é para o metodismo falar, escrever, ensinar sobre a Bíblia como nossa regra de fé e de prática sem, contudo, praticá-la. O movimento wesleyano sempre primou pela experiência e é através dela que demonstra a seriedade com aquele que tão grandemente nos amou e se entregou por nós. No cotidiano, não basta saber o que é certo e praticar, não basta conhecer as leis e direitos, algo pode ser certo e direito e, contudo, não atender à ética, ou moral, ou hábito. Este conjunto de sinônimos simboliza uma vivência, uma continuidade. O/a cristão/ã é confrontado/a não só pelo que observa e preceitua, senão, também, e mais importante, pela sua própria vivência. O
rando cada ato e reação à luz da ética, e não somente do que é direito, não condenando os/as que assim não o fizerem. É compreendendo que a cada prática nos rendemos mais à conquista de Pra. Mary de Fátima Santos Agostinho Pastora na Igreja Metodista em Araras/SP
uma relação infinita de transformação do que era ao que somos e ao que podemos nos transformar. Assim é o aperfeiçoamento cristão de um/a metodista através da experiência e prática.
/// Referências: ALMEIDA, J.Ferreira- Bíblia Sagrada. PRAM- Plano Regional de Ação Missionária – Igreja Metodista 5ª Região Eclesiástica
METODISMO
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Angular Editora vence em duas categorias no Prêmio Areté
duas premiações com as publicações do Programa Mais Um Pouco e o Kit de Revistas Bem-Te-Vi - Missão Aventura Possível. Os outros dois títulos da Angular Editora inscritas em 2019 foram a Revista Voz Missionária, que ficou como uma das finalistas na categoria Revistas, e Mulheres de Impacto na Categoria Universo Feminino, que também ficou entre os três finalistas.
Pr. José Geraldo Magalhães
N
a sua 28ª edição do Prêmio Areté – considerado o Oscar da literatura cristã –, a Angular Editora levou dois prêmios nas categorias Jornal com o Expositor Cristão e Currículo para a Escola Dominical Juvenil com a revista Flâmula Juvenil Pode Crê. A entrega dos prêmios ocorreu na noite do dia 1º de agosto na Câmara Municipal de São Paulo. A sessão solene foi presidida pela vereadora Patrícia Bezerra. A premiação é organizada pela Associação dos Editores Cristãos – ASEC e contou com 33 categorias. O Expositor Cristão foi vencedor pelo 4º ano (2015, 2016, 2017 e 2019) como o melhor jornal cristão do Brasil e teve como finalistas os jornais Voz Wesleyana da Igreja Metodista Wesleyana e Luz nas Trevas da Igreja Batista Independente. Foram avaliadas cinco edições do informativo oficial da Igreja Metodista do ano de 2018. O Departamento Nacional de Escola Dominical participou apenas em uma Categoria. Ano passado, o departamento levou
ARETÉ: do grego a palavra areté significa adaptação perfeita, excelência, virtude. É uma palavra que expressa o conceito grego de excelência ligado à noção de cumprimento do propósito ou da função a que o indivíduo se destina.
© RODRIGO DE BRITOS/EC
EXPOSITOR CRISTÃO: é o jornal evangélico mais antigo ainda em circulação no Brasil. Foi fundado em 1886 pelo missionário metodista John James Ranson para contribuir com o avanço missionário. Com 133 anos de história, tornou-se o principal meio de informação da Igreja Metodista, narrando fatos históricos do Brasil e da denominação. Possui edições mensais e 30 mil exemplares que são distribuídos gratuitamente para todas as regiões do país.
Conheça as novas revistas para a Escola Dominical Redação EC
O
s estudos da publicação dão sequência ao tema da edição lançada no primeiro semestre do ano: Vidas que inspiram nossa fé. Enquanto a edição anterior traz os personagens do Antigo Testamento, o lançamento trabalha com as histórias presentes no Novo Testamento, o que possibilita a aplicação das edições de forma sequencial. Cada revista apresenta 23 lições, e por serem produzidas de forma temática, é possível trabalhar com turmas mistas, em que cada faixa etária tem um material apropriado para sua idade e linguagem. Da mesma forma, a Coleção Bem-Te-Vi para crianças e pré-adolescentes é produzida com o propósito de atender classes mistas. Com uma revista única para professores/as, é possível agregar crianças e pré-adolescentes de diferentes idades na
mesma turma, respeitando a forma como cada aluno/a terá acesso ao tema. As três primeiras lições de cada título foram disponibilizadas gratuitamente para down load. Assim, professores/as, pastores/as e alunos/as de Escola Dominical podem ter acesso ao índice e conhecer melhor a proposta pedagógica do material.
Temas
Vidas que inspiram a nossa fé (Novo Testamento): quanto mais conhecemos as histó-
A lista completa dos finalistas e vencedores do Prêmio Areté 2019 você confere em nosso site.
DATAS DOS CONCÍLIOS REGIONAIS rias do povo da Bíblia, mais encontramos inspiração para transformar a nossa própria trajetória. Por isso, trazemos nesta edição histórias dos personagens do Novo Testamento, numa continuidade da edição lançada no primeiro semestre de 2019. Em uma linguagem apropriada para cada faixa etária, as revistas apresentam um pouco da vida de mulheres e homens que experimentaram a Graça de Deus por meio da fé, como Maria, José, Zacarias e Isabel, João Batista, Pedro, Lídia, Dorcas, Paulo, entre outros. Além disso, você encontra três lições temáticas sobre o cuidado com o meio ambiente, o papel da Igreja no combate ao racismo e a importância das Escrituras Sagradas. Convidamos você para essa jornada de fé e conhecimento. Pra quem gosta de história (Novo Testamento): apresenta algumas das mais conhecidas histórias do Novo Testamento, também em continuidade da edição do primeiro semestre de 2019. Na primeira parte das revistas as crianças e pré-adolescentes conhecerão um pouco da vida de pessoas que foram im-
Confira os Editais de convocação publicados nos sites regionais até o fechamento desta edição. As datas e os locais abaixo foram retirados dos editais publicados nos sites regionais. 1ª Região – 44º Concílio Regional | 21 a 24 de novembro | Escola de Missões | Teresópolis/RJ 2ª Região – 44º Concílio Regional | 14 a 17 de novembro | Hotel A Furninha | Torres/RS 3ª Região – 44º Concílio Regional | 21 a 24 de novembro | Golden Park Hotel | Sorocaba/SP 4ª Região – 44º Concílio Regional | 14 a 17 de novembro | Hotel Fazenda Canto da Siriema | Jaboticatubal/MG 5ª Região – 44º Concílio Regional | 28 de novembro a 1º de dezembro | Ipê Park Hotel |São José do Rio Preto/SP
portantes na trajetória de Jesus, como Maria e José, e também histórias de homens, mulheres e crianças que tiveram encontros muito especiais com o Mestre e seus discípulos/as, como Paulo e Lídia. A edição termina apre-
6ª Região – 35º Concílio Regional | 21 a 24 de novembro | Igreja Metodista Central | Curitiba/PR 7ª Região – 5º Concílio Regional | 23 a 27 de outubro | Escola de Missões |Teresópolis/RJ 8ª Região – 3º Concílio Regional | 31 de outubro a 3 de novembro | Estância Park Hotel | Anápolis/GO Remne – 21º Concílio Regional | 29 de novembro a 1º de dezembro | Pousada Paraíso dos Colibris | Conde/PA Rema – 7º Concílio Regional | 17 a 19 de outubro |L’acordes Hotel | Porto Velho/RO
sentando algumas Parábolas de Jesus, que foi um contador de histórias muito especial. /// Saiba mais na última página desta edição ou acesse www.angulareditora.com.br
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IGREJA E SOCIEDADE Setembro de 2019 | www.expositorcristao.com.br
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Setembro amarelo, mês de prevenção do suicídio
Redação EC
S
etembro é o mês mundial de prevenção do suicídio, chamado também de Setembro Amarelo. O assunto, que já foi um tabu muito maior, ainda enfrenta grandes dificuldades na identificação de sinais, oferta e busca por ajuda, justamente pelos preconceitos e falta de informação. O ano de 2017 foi um marco nacional nesse quesito com a ocorrência de alguns fatores que colaboraram com a população como um todo a dar mais atenção ao tema e procurar informações. Em 2018, o Centro de Valorização à Vida – CVV (www.cvv. org.br), uma das entidades mobilizadoras do Setembro Amarelo no Brasil, programou diversas atividades em todas as cidades nas quais possui um de seus mais de 90 postos de atendimento. Alguns exemplos de atividades são caminhadas, palestras, balões amarelos, pontos turísticos e edifícios públicos iluminados, distribuição de folhetos e atendimentos em locais públicos. Carlos Correia, voluntário e porta-voz do CVV, comenta
que é o período mais intenso para todos/as os/as voluntários/ as da instituição: “Nos preparamos desde o início do ano para aproveitar esse importante momento de falar sobre prevenção do suicídio e, aos poucos, quebrar alguns tabus”. Correia conta que os 32 suicídios que ocorrem diariamente no país, média de 1 morte a cada 45 minutos, é algo que pode ser reduzido. “Perceber que a pressão interna está muito elevada, que o copo está para transbordar e, nesse momento ou antes disso, pedir e aceitar ajuda é muito eficiente. Conversar com alguém, seja conhecido/a ou desconhecido/a, de forma acolhedora e sem críticas já ajudaria essa pessoa a superar aquele momento”. O voluntário do CVV diz ainda que muitas vezes as pessoas precisam de acompanhamento médico e/ou psicológico, mas que o serviço do CVV atua em situações de crises como complemento a esse tratamento. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda
causa de morte de pessoas entre 15 e 29 anos. Aqui no Brasil, aumentou o número de tentativas e de mortes por suicídio nos últimos anos. Para mudar esse cenário, o Unicef e o CVV lançaram uma campanha de prevenção.
característicos dessa faixa etária que podem comprometer a saúde emocional. Entre eles, o uso de drogas, abuso sexual, discriminação e pressão por notas. Outra série de seis vídeos se volta para pais e educadores/as. Neles, especialistas discutem sinais no comportamento que indicam a necessidade de prevenção. Também são abordados os papéis da família e da escola nessa questão. Por fim, há uma série com seis videoaulas, além de um guia em PDF, para a formação de facilitadores/as de grupos de apoio a sobreviventes do suicídio. Não é preciso estar ligado ao CVV ou a outra instituição para se mobilizar. Empresas podem fazer ações internas, distribuir materiais informativos disponíveis no site www.setembroamarelo.org.br e promover palestras. Órgãos públicos podem iluminar de amarelo fachadas de prédios, promover atividades, falar sobre prevenção nas unidades de saúde e em escolas. E cada pessoa pode se mobilizar usando uma fita amarela ou vestindo amarelo, levantando o tema em seus grupos e buscando informações confiáveis sobre o assunto. O movimento Setembro Amarelo, mês mundial de prevenção do suicídio, iniciado em 2015, visa sensibilizar e conscientizar a população sobre a questão. O material é livre e gratuito. E conta com o apoio do Unicef.
O CVV
O Centro de Valorização da Vida, fundado em São Paulo, em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Uti-
lidade Pública Federal desde 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato. A instituição é associada ao Befrienders Worldwide, que congrega entidades congêneres de todo o mundo, e participou da força-tarefa que elaborou a Política Nacional de Prevenção do Suicídio, do Ministério da Saúde, com quem mantém, desde 2015, um termo de cooperação para a implantação de uma linha gratuita nacional de prevenção do suicídio. A linha 188 começou a funcionar no Rio Grande do Sul e, em setembro de 2017, iniciou sua expansão para todo o Brasil, que foi concluída em 30/06/2018, com a integração de todos os estados. Os contatos com o CVV são feitos pelos telefones 188 (24 horas e sem custo de ligação), pessoalmente (nos 110 postos de atendimento) ou pelo site www. cvv.org.br, por chat e e-mail. Nesses canais, são realizados mais de 2 milhões de atendimentos anuais, por aproximadamente 2,4 mil voluntários/as, localizados em 19 estados mais o Distrito Federal. Além dos atendimentos, o CVV desenvolve, em todo o país, outras atividades relacionadas a apoio emocional, com ações abertas à comunidade, que estimulam o autoconhecimento e melhor convivência em grupo e consigo mesmo. A instituição também mantém o Hospital Francisca Julia que atende pessoas com transtornos mentais e dependência química em São José dos Campos/SP.
Prevenção
O suicídio entre adolescentes e jovens é uma questão séria de saúde no Brasil. Assim, é preciso falar sobre o assunto. Pensando em reduzir os crescentes índices desse tipo de ocorrência entre pessoas de 14 a 24 anos de idade, o CVV lançou três séries de vídeos com informações sobre o tema. A primeira é composta por seis vídeos de um minuto cada um. São direcionados para os/as jovens. Assim, apresentam depoimentos em primeira pessoa sobre problemas
/// Com informações: CVV | Setembro Amarelo e Catraca Livre Mais detalhes acesse: www.setembroamarelo.org.br www.cvv.org.br/conheca-mais/
DISCIPULADO
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Setembro de 2019 | www.expositorcristao.com.br
Metodista conquista prêmio com artigo sobre Brumadinho Brumadinho e o Livro de Neemias: da destruição à reconstrução
© ARQUIVO PESSOAL FERNANDA ALVES.
Da esquerda para a direita: Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge; a metodista e especialista em Direito Ambiental, Fernanda Alves Vieira; Desembargadora Federal do TRF4, Marga Tessler, e a Subprocuradora-Geral da República, Sandra Cureau.
N
a primeira semana de janeiro de 2019, resolvi escrever um trabalho para o 24º Congresso Brasileiro de Direito Ambiental e 14º Congresso Internacional de Direito Ambiental, realizado pelo Instituto O Direito por Um Planeta Verde (IDPV) – São Paulo, maior evento de direito ambiental do país. No edital do Congresso, havia a chamada para o VIII Prêmio José Bonifácio de Andrada e Silva de 2019, com premiação, em sete categorias, de ensaios acadêmicos inéditos. Como fiz pós-graduação lato sensu na UNIMEP – Universidade Metodista de Piracicaba, sob coordenação do professor doutor Paulo Affonso Leme Machado, resolvi concorrer ao prêmio na categoria especialista. Por uma direção divina, desde quando concluí minha especialização, meu foco é em águas, e um entre os dez eixos temáticos do Congresso era sobre “Águas, saneamento básico e escassez hídrica”. Coincidentemente, na semana que antecedeu a tragédia ambiental em Brumadinho, estava orando e pedindo a Deus direção para um trabalho inédito no Brasil sobre o tema “águas”. Quando ocorreu o desastre, em
25 de janeiro, além da perplexidade emocional com o cenário, me veio à memória um sonho de adolescência: ser voluntária em catástrofes ambientais! Por impossibilidade de viajar até Brumadinho, a melhor forma de me voluntariar à dor e ao sofrimento das pessoas e de todo o meio ambiente local (flora, fauna, recursos hídricos, etc.) seria colocar o talento que Deus me deu a serviço do reino: a advocacia, como especialista na área ambiental. Fui ao culto no dia 3 de fevereiro e pedi ao Senhor uma direção clara sobre como anelar o tema “águas” com o caso Brumadinho. O pregador da noite, tremendamente usado por Deus, foi o Pastor Sérgio Oliveira Campos, da Igreja Metodista Goiânia Leste, e o texto bíblico ministrado foi Neemias, capítulo 1 - a destruição de Jerusalém e a miséria do povo. Quando começou a pregação, ele disse: “Irmãos, não quero pregar sobre Jerusalém, mas sobre Brumadinho. Como Deus pode te usar para você colaborar com a reconstrução daquele lugar? Se envolva com aquela lama. Pense nos sobreviventes. Existe salvação de Deus para toda aquela tragédia…”. Aquela pregação era a minha oração. Estava em jejum no dia
(porém com muita vontade de entregá-lo na hora do culto, pois minha mãe havia preparado uma costela maravilhosa para o jantar) e resolvi estendê-lo até o café da manhã de segunda. Naquela mesma noite, o Senhor me deu o título do trabalho: “Águas e o caso Brumadinho: dos sobreviventes à nova realidade hídrica”; bem como todo o esqueleto do sumário retirado do texto de Neemias 1. Desde a responsabilidade da destruição do local, os pecados e falhas cometidos, a corrupção, a transgressão das leis, a miséria do povo e o diagnóstico da área afetada até o clamor do profeta para ser bem-sucedido na reconstrução do local e no retorno à dignidade dos/as sobreviventes que estavam em desprezo; o sumário do artigo enviado ao Congresso foi disposto na seguinte ordem: Introdução; 1. Da responsabilidade administrativa estadual; 2. Da responsabilidade civil do Estado e da Vale S/A, mediante atuação do Ministério Público; 3. Diagnóstico e prognóstico de outras barragens de minério em Minas Gerais; 4. Tragédias ambientais – Mariana e Brumadinho: (in)evitável em 2015, evitável em 2019; 5. Aplicabilidade do princípio da prevenção:
previsibilidade versus incertezas científicas ou princípio da precaução; 6. Dolo eventual em Brumadinho; 7. Sobreviventes da tragédia de Brumadinho – cadeira cativa para um representante nos Comitês de Bacia Hidrográfica; Conclusão. No tocante à conclusão, esta foi escrita em vários pontos de conclusões propositivas, nove no total, na tentativa de lançar luz às seguintes indagações: Como evitar novas tragédias ambientais? Como proceder com a nova realidade hídrica do local atingido? Como se portar diante do colapso de futuras tragédias ambientais? O que Brumadinho e seus/as sobreviventes teriam a contribuir de aprendizado e superação? Para tanto, foram propostas mudanças legislativas, aplicação do princípio da prevenção para impedir, no Brasil, construções de barragens de rejeitos de minério com adoção do método alteamento para montante; critérios metodológicos de controle quantitativo e qualitativo dos recursos hídricos (medição de parâmetros físicos e químicos, periodicidade, localidade, órgão responsável, pagamentos dos custos do monitoramento, órgãos destinatários da prestação de contas); alteração do parâ-
metro mínimo e máximo legal no que confere às multas administrativas, atualmente irrisório para o setor minerário e sua potencialidade lesiva aos recursos hídricos; destinação de recursos financeiros oriundos das multas milionárias; supressão de limitações financeiras fixadas legalmente em apenas 7,5% do total arrecadado com a cobrança pelo uso de recursos hídricos para utilização do custeio administrativo dos órgãos do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; revogação de Resolução da Agência Nacional de Águas sobre plano de segurança de barragem; modificações na Lei Federal que trata da Política Nacional de Segurança de Barragem e destaque para a recente lei mineira que institui a política estadual de segurança de barragens, a fim de que Brumadinho jamais seja um novo precedente de tragédias ambientais por vir. Ademais, propomos modificação na Lei de Recursos Hídricos a fim de incluir na representatividade dos Comitês de Bacia Hidrográfica cenário de tragédias ambientais, algum/a sobrevivente dessa tragédia, como memorial perpétuo à dor e ao sofrimento daqueles/as que tiveram uma segunda oportunidade de vida. No dia 30 de abril, veio o resultado: 1º lugar na categoria especialista no maior evento de direito ambiental do país. Todos/as ao meu redor encantaram-se com o prêmio, eu, porém, me encantei e emocionei com o processo. Por isso, resolvi escrever este texto como testemunho. Sei que toda Glória pertence exclusivamente ao Senhor Jesus, e nós somos apenas como vasos de barro nas mãos do oleiro. Assim, se permitirmos que Deus nos use naquilo que, de antemão, Ele próprio nos capacitou, poderemos vivenciar um pouco da plenitude do amor ao próximo e à toda criação. Talvez, quem esteja lendo pode se indagar: como alguém poderia ser útil se a sua profissão não tiver ligação direta com questões ambientais? A exemplo deste artigo, tive ajuda da minha irmã Luciana, formada em Letras e revisora de textos, que contribuiu com a missão, como tantos outros, de acordo com aquilo que é o seu talento. Da mesma forma, gostaria que este texto fosse um instrumento encorajador para cada metodista no Brasil, um desafio para se envolver na defesa do meio ambiente, independente do seu talento natural ou chamado espiritual, conforme nos orienta em Romanos 8.18-25. Fernanda Alves Vieira Advogada especialista em direito ambiental. Membro na Igreja Metodista Central de Uberlândia/MG
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MÍDIA Setembro de 2019 | www.expositorcristao.com.br
USE MENOS COPOS PLÁSTICOS
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NOTÍCIAS
Expositor Cristão
O Departamento Nacional de Escola Dominical da Igreja Metodista apresenta o terceiro desafio ecológico do ano de 2019. Inspirado no tema do ano (Discípulas e Discípulos nos caminhos da missão cuidam do meio ambiente), o departamento tem convidado metodistas de todo o país a se mobilizarem na defesa do planeta. Depois do desafio da água, lançado no começo do ano, e do desafio do Desperdício zero, lançado no último semestre, a equipe dessa vez convida você e a sua igreja a enfrentarem o grande problema da poluição plástica no planeta, começando pelos copinhos plásticos usados na sua igreja local.
© ARQUIVO IM-KENEDY
GIRO DE
O QUE FOI DESTAQUE NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO
PRÊMIO
© RODRIGOD DE BRITOS/EC
Na 28ª edição do Prêmio Areté – considerado o Oscar da literatura cristã –, a Angular Editora levou dois prêmios nas categorias Jornal com o Expositor Cristão e Currículo para a Escola Dominical Juvenil com a revista Flâmula Juvenil Pode Crê, do Departamento Nacional de Escola Dominical. A entrega dos prêmios ocorreu na noite do dia 1º de agosto na Câmara Municipal de São Paulo.
O desafio consiste em reduzir o consumo de copinhos na sua comunidade de fé, conscientizando cada membro sobre o problema da poluição plástica no mundo. Assista abaixo ao vídeo de apresentação desse desafio e veja na sequência como se organizar para fazer isso em sua igreja.
NOTA DE APOIO: A mesa do
© EDSON DOMINGUES DOS SANTOS
© DIVULGAÇÃO
© ARQUIVO-EC
RÁPIDAS Colégio Episcopal da Igreja Metodista, junto à Pastoral Indigenista, na pessoa do Pastor João Coimbra, e do Projeto Sombra e Água Fresca Indígena (SAFIN), na pessoa do agente Ronaldo Arêvalo, declara
TESTEMUNHO Há pouco mais de 200 dias da tragédia da Vale, em Brumadinho, que mobilizou metodistas de todo o país em atos de solidariedade, as igrejas da 8ª Região fizeram várias ações e uma delas foi a carta que chegou às mãos do Oficial Claudinei, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais. Assista ao testemunho em nosso site.
seu apoio à nota pública de lideranças e guerreiros e guerreiras de resistências do povo Guarani e Kaiowá. MANIFESTO DO CE: O Colégio Episcopal da Igreja Metodista, em sua missão de pastoreio e cuidado para com as vidas humanas, vem a público declarar sua consternação e ardor profético em favor das comunidades vitimadas pela violência nos últimos meses, particularmente aquelas em vulnerabilidade, como quilombolas, assentadas e indígenas.
Como organizar - Para começar esse desafio na sua igreja, o grupo de trabalho precisa contar quantos copinhos foram usados ao final dos cultos de domingo. Com esse número anotado, começam os trabalhos para a próxima semana, quando o desafio inicia na igreja.
UNIMEP O Corpo de Bombeiros combateu no dia 9 de agosto um incêndio dentro do campus da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) localizado em Santa Bárbara d'Oeste/SP. As chamas danificaram um barracão de manutenção e não houve feridos. Os bombeiros informaram que as chamas foram controladas em seguida.
Nós sugerimos o culto de domingo por entendermos que é o dia de maior frequência na maioria das comunidades, mas considere a realidade da sua igreja e escolha outro dia se achar melhor.
Não se pode permitir o retrocesso que, há alguns anos, fazia das manchetes de chacinas um termo comum na vida do povo brasileiro COLÉGIO EPISCOPAL
MAIS LIDAS DIA DO AVÔ E AVÓ:
© NATHAN ANDERSON
O Departamento Nacional de Escola Dominical preparou alguns materiais de apoio para celebrar esse tempo com a igreja local. A data é também uma oportunidade de ensinar às crianças sobre esse importante laço familiar, usando inclusive histórias bíblicas como a de Abraão, Isaque e Jacó.
EC DE AGOSTO: Quando se fala em missão, lembra-se das palavras de Jesus no texto mais conhecido como o Ide. Embora a palavra missões, ou missão, não se encontre na Bíblia, ela está no coração de cada metodista. Todos os anos, no mês de julho, os/as missionários/as se voluntariam para ter novas experiências na seara.
© DIVULGAÇÃO
AS MATÉRIAS MAIS ACESSADAS NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO
O ideal é que a igreja escolha um grupo de pessoas para se responsabilizar pelo projeto. O grupo pode ser divido entre quem fica responsável pela contagem, pela programação da semana e pelo preenchimento do gráfico, por exemplo. A responsabilidade pode ser dividida entre as classes de escola dominical, grupos societários, grupos pequenos, etc. O ideal é que as atividades envolvam o maior número de pessoas e contemplem todas as faixas etárias. A cada semana, um grupo será o responsável por trazer algo diferente para a igreja, conscientizando sobre o problema do plástico no planeta e lembrando à comunidade o nosso desafio. A proposta é começar pela comunidade de fé, mas não parar por aí. O ideal é que o comportamento de reduzir plástico seja absorvido pelas pessoas não só aos domingos, mas todos os dias da semana.” /// Veja mais detalhes em nosso site www.expositorcristao.com.br
CRIANÇA Setembro de 2019 | www.expositorcristao.com.br
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Mulheres em missão!
E
m Atos 9.36-42, lemos a história de Dorcas, uma mulher piedosa, que cuidava dos/as órfãos/ãs e das viúvas. Ela fazia túnicas e vestidos. Não media esforços para ajudar. No mesmo livro, lemos sobre Lídia: ela se converte ao cristianismo com a pregação de Paulo e o hospeda em sua casa, juntamente com Silas. Ela era uma vendedora de púrpura; portanto, era ocupada, mas não usava isso como desculpa para não fazer a sua parte no Reino. Deus nos fez para sermos suas cooperadoras. Fomos criadas para impactar, marcar, cuidar, levantar… Temos que continuar a missão que Jesus começou. Ele amparou, transformou, trouxe esperança a muitas vidas com o seu amor. Cristo nos chama e nos capacita dia após dia para realizar a missão de que Ele nos incumbiu. Missão é uma incumbência, um propósito, é uma função específica
que se confere a alguém para fazer algo. É um compromisso, um dever. Sendo assim, será que temos cumprido com afinco o Ide do Senhor? A maioria das pessoas interpreta a palavra missão erroneamente. Fazer missão é muito mais que ir a outras nações. Podemos fazê-la na padaria, na escola, trabalhando... Enfim, a missão deve arder em nossos corações, não importando em que lugar estejamos. Podemos nos espelhar em vários exemplos que fizeram e fazem a diferença. Não só na Bíblia, mas também nos nossos dias, há muitas pessoas que genuinamente cumpriram e cumprem o Ide de Jesus, seja como Dorcas, que cuidava das pessoas, ou como Lídia, que era hospitaleira. Ambas tinham algo em comum: amavam a Jesus e por isso amavam fazer missão. /// Equipe DNTC
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