Jornal Expositor Cristão de setembro 2017

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EXPOSITOR CRISTÃO, ELEITO O MELHOR JORNAL CRISTÃO DO BRASIL E PREMIADO NA FLIC 2016

Jornal Oficial da Igreja Metodista | Setembro de 2017

ano 131 | nº 09 | Distribuição Gratuita

CONFESSIONALIDADE METODISTA Página 8

JOHN WESLEY

Relembre a história do pai do metodismo. Página 12

METODISMO: Conheça a história da 7ª Região Eclesiástica. Página 6


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EDITORIAL Setembro de 2017 | www.expositorcristao.com.br

COMENTÁRIOS Edição de Agosto de 2017

Alcançando Cidades Isso sim é fazer missão! Parabéns para todas as pessoas que se dedicaram aos projetos missionários regionais e ao Expositor Cristão por mais essa cobertura! Robson Santos de Almeida Rio de Janeiro/RJ

Ação Social A Igreja Metodista me conquistou há mais de vinte anos exatamente por causa do trabalho social que ela desenvolve. Ajudar o próximo em qualquer trabalho social é um dos mandamentos de Jesus e práticas de Wesley. Rosângela Souza Prado Fortaleza/CE

Delegacia da Mulher Sofri violência doméstica por vários anos e nunca tive coragem de denunciar. Meu marido faleceu há três anos e hoje percebo o quanto é importante esse tipo de apoio. Priscila Albuquerque Santos Belo horizonte/MG

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150 anos de metodismo

odas as edições de 2017 abordam, em algum momento, a história da Igreja Metodista nesses 150 anos de metodismo permanente no Brasil. Na edição deste mês, estamos publicando um artigo sobre a confessionalidade metodista nas instituições de ensino. A valorização da educação como possibilidade de transformação da pessoa e da sociedade na Igreja Metodista tem suas origens no movimento religioso na Inglaterra do século XVIII, com John Wesley – um homem cuja vida fora marcada por uma intensa intimidade com Deus, pela convicção da justiça social como parâmetro nos relacionamentos e por um profundo amor pelas pessoas. Muito se pergunta se as instituições devem ou não expressar a sua confessionalidade. Resgatar essa história em tempos de celebrações é importante, até porque a Igreja Metodista completa em setembro 87 anos de autonomia, e a confessionalidade está sendo resgatada com a produção de um novo currículo de Ensino Religioso para a Educação Básica. As crianças também poderão entender melhor o que significa a autonomia da Igreja Metodista.

Na Palavra Episcopal, o Bispo Roberto Alves de Souza destaca que não é só um tempo de festa, mas de refletir, de fazer um autoexame de como tem sido o nosso papel de Igreja de Cristo em terras brasileiras. Ainda em tempos de celebrações, a história da 7ª Região Eclesiástica é contada nesta edição também. Aliás, este ano o metodismo em Teresópolis completa 120 anos. Nas páginas 6 e 7 você pode conferir muitas histórias missionárias e de pessoas que se doaram pela missão. E para finalizar esta edição com as celebrações do metodismo, tendo em vista os novos membros que chegam a cada dia às comunidades, aos pequenos grupos, à escola dominical, optamos por publicar um texto sobre a vida de John Wesley. Isso inclui infância, vida em Oxford e o ministério na Igreja. Para ilustrar essa página, apresentamos o novo desenho de John Wesley. Que Deus abençoe sua vida! Pr. José Geraldo Magalhães Editor-chefe | Expositor Cristão

OPS! ERRAMOS Na edição passada nós erramos. Na página 2, publicamos a opinião de Ester Lopes com uma foto trocada, infelizmente. E na página 3, na Palavra Episcopal, mencionamos que o Bispo João Carlos Lopes é da 8ª Região, sendo que, na verdade, o Bispo preside a 6ª Região. Pedimos desculpas aos nossos leitores e leitoras por esse equívoco, mas principalmente ao Bispo João Carlos e à nossa irmã Ester.

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da Igreja Metodista

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Estimular o zelo evangelizador na vida de cada metodista, de cada igreja local; Revitalizar o carisma dos ministérios clérigo e leigo nos vários aspectos da missão; Promover o discipulado na perspectiva da salvação, santificação e serviço; Fortalecer a identidade, conexidade e unidade da igreja; Implementar ações que envolvam a igreja no cuidado e preservação do meio ambiente; Promover maior comprometimento e resposta da igreja ao clamor do desafio urbano.

OPINIÃO | CONFESSIONALIDADE “A Educação Metodista sempre avançou em todas as áreas do conhecimento. O nosso trabalho está fundamentado e foi construído em uma interlocução entre a confessionalidade metodista, nossos valores e entre as orientações do MEC, que norteia todo o processo educativo na sociedade brasileira.”

“O ensino religioso confessional cristão tem muito a contribuir para que sejam experienciados no espaço escolar o respeito às diferentes religiões, o desenvolvimento de aprendizagens significativas através de conteúdos e metodologias que atendam à integralidade do ser humano.” Telma Martins | Redatora do Departamento Nacional de Escola Dominical

Pastora Renilda Martins Garcia | Pastoral Instituto Metodista Bennett

"Em um contexto com tanto desamor e violência, penso que o ensino religioso nas escolas pode se constituir num instrumento de valorização do diálogo, do respeito e da tolerância. Há muitas vozes gritando ‘ódio!’. Entendo que precisamos de todas as vozes que possam gritar ‘paz!'” Jônatas Cavalheiro | Pastor na Igreja Metodista de Vila Planalto/SP

http://goo.gl/PLLfyP

Ênfases missionárias

Expositor Cristão Presidente do Colégio Episcopal: Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa Conselho Editorial: Camila Abreu, Bispa Hideide Brito Torres, Luis Mendes, Pr. Odilon Chaves, Nancy Vianna e Jorge Vidigal

"Acredito na importância da presença do ensino religioso em todas as escolas, com foco em valores como justiça, ética e respeito. Às instituições confessionais deve ser preservado o direito de desenvolver as práticas da sua fé, o que deve ser feito de forma não impositiva e pautada nesses mesmos valores universais.” Luan Matias Correia | Igreja Metodista em Rudge Ramos/SP

Jornal Oficial da Igreja Metodista Fundado em 1º de janeiro de 1886 pelo missionário John James Ransom

Editor e jornalista responsável: Pr. José Geraldo Magalhães (MTB 79517/SP) Repórter: Sara de Paula Marketing e Produção Audiovisual: Rodrigo de Britos e Carolina Cardena Foto de Capa: Rodrigo de Britos/EC

Arte: Fullcase Comunicação Revisão: Adriana Giusti Tiragem: 30 mil exemplares Entre em contato conosco: (11) 2813-8600 | www.expositorcristao.com.br expositorcristao@metodista.org.br Av. Piassanguaba, 3031 - Planalto Paulista São Paulo/SP - CEP 04060-004

*A REDAÇÃO DO JORNAL EXPOSITOR CRISTÃO É RESPONSÁVEL POR TODAS AS MATÉRIAS NELE PUBLICADAS, COM EXCEÇÃO DE ARTIGOS E REFLEXÕES, QUE SÃO RESPONSABILIDADE DE SEUS/AS AUTORES/AS.


NACIONAL

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PALAVRA EPISCOPAL

NOVAS REVISTAS O

Bispo Roberto Alves de Souza 4ª Região Eclesiástica

Departamento Nacional da Escola Dominical da Igreja Metodista acaba de lançar mais uma série de revistas com um novo e atual tema: A FÉ QUE NOS DESAFIA NA CIDADE. O assunto conversa com o tema escolhido para este ano pelo Colégio Episcopal da Igreja Metodista: Discípulas e discípulos nos caminhos da missão: alcançam as cidades. Confira abaixo os detalhes sobre a temática escolhida para este semestre.

Em Marcha, Cruz de Malta, Flâmula Juvenil

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s revistas para adolescentes [Flâmula Juvenil], jovens [Cruz de Malta] e adultos/ as [Em Marcha] possuem 23 estudos. Essa edição traz 18 estudos que trabalham o tema “a fé que nos desafia na cidade”. A partir das experiências de mulheres e homens na Bíblia, os estudos contribuem com o fortalecimento da fé e da nossa atuação missionária em meio aos desafios urbanos cotidianos. Jesus nos chama a alcançar as cidades, anunciando seu amor e salvação. Por conta dos 500 anos da Reforma protestante, elaboramos cinco estudos que abordam a história e os pressupostos teológicos desse episódio que deu origem ao movimento protestante no mundo.

Coleção Bem-Te-Vi

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Coleção Bem-Te-Vi trabalha com diferentes publicações que atendem o público de 0 até 13 anos de idade. A nova edição, que tem como tema: Missão – Aventura Possível, apresenta homens e mulheres que foram desafiados/as a ter fé em Deus, cidades que foram alcançadas por aqueles/as que aceitaram a missão de anunciar a palavra de Deus, igrejas comprometidas com a missão e, por último, um estudo em comemoração aos 500 anos da Reforma Protestante. Acesse www.angulareditora.com.br ou ligue (11) 2813-8600

Autonomia da Igreja Metodista no Brasil completa 87 anos “Mas algo existe que trago à memória e me dá esperança” (Lamentações 3.21)

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Igreja Metodista no Brasil ficado de “autonomia” em pelo hoje está presente em mais de 100 está comemorando 150 menos três fatores: autogoverno países com mais de 100 milhões anos de trabalhos mis- + autoproclamação + autossus- de fiéis. Tudo isso significa uma sionários, que se iniciaram com tento = autonomia. Podemos grande responsabilidade, pois o a implantação definitiva do tra- afirmar que essas três condições Rev. John Wesley já dizia: “Não balho metodista em 5 de agosto juntas, unidas na vida da igreja, tenho medo de que o povo chade 1867 pelo Pr. Junius Estaham tornam-na uma igreja autôno- mado metodista um dia deixe de Newman, o qual, com suas pró- ma. Isso implica que tenhamos existir, tanto na Europa como na prias economias, chegou à cidade uma forte liderança que não seja América; mas tenho medo de que do Rio de Janeiro e fixou residên- autoritária nem frouxa, mas que exista somente como uma seita cia em Saltinho, cidade próxima seja firmada no modelo de nos- morta, tendo forma de religião a Santa Bárbara do Oeste, provín- so Senhor Jesus Cristo; digo isso sem o poder de Deus”. Quando celebramos 87 anos de por se tratar de sermos Igreja de cia de São Paulo. Em 2 de setembro de 1930, na Cristo. Precisamos também de nossa autonomia e 150 anos de Catedral Metodista de São Paulo, uma mensagem centralizada na Metodismo no Brasil, não é temfoi lido o documento que declara Palavra de Deus que, aliás, para po somente de festa, porém de a tão sonhada e desejada “auto- nós, metodistas, a Palavra de refletir, de fazer um autoexame de como tem sido o nosso nomia da Igreja Metodispapel de Igreja de Cristo ta no Brasil”. De lá até os em terras brasileiras, pois nossos dias são 87 anos “Ao celebrar 87 anos de vivemos dias de profunde autonomia que celeda crise política, emprebramos como metodistas autonomia e 150 anos de sarial, econômica e ética em terras brasileiras. Metodismo no Brasil, não em nosso Brasil. InfelizMas o que é autonomente, somos mais de 40 mia? Segundo o Grande é tempo somente de festa, milhões de evangélicos/as Dicionário Houaiss da mas de refletir e fazer um neste país, mas não temos Língua Portuguesa, “aufeito diferença no Brasil a tonomia é a capacidade autoexame de como tem favor da vida abundante de autogovernar; direito sido o papel de Igreja” em Cristo. Que o medo reconhecido de se dirigir que John Wesley tinha segundo suas próprias não venha a se concretizar leis e soberania; faculdade que possui determinada ins- Deus é a nossa única regra de fé em nossa amada Igreja Metodista, tituição de traçar as normas de e prática. Precisamos sustentar mas que possamos, no clima dos sua conduta, sem que sinta im- essa obra missionária sendo fiéis 500 anos de Reforma Protestante, posições restritivas de ordem es- no nosso compromisso de teste- sermos uma “Igreja Reformada tranha; direito de se administrar munho, dons, dízimo e ofertas. sempre Reformando”, que possalivremente, dentro de uma orga- Sem esses elementos e práticas, mos “espalhar a santidade bíblica nização mais vasta, regida por um seremos tudo, porém, jamais por toda a terra”. Ore, celebre, pare, pense e poder central; direito de um indi- uma Igreja com autonomia. A grande obra missionária transforme-se para a missão que víduo tomar decisões livremente; liberdade, independência moral iniciada pelo Rev. John Wesley Jesus Cristo confiou a você. ou intelectual; capacidade apre- e o povo chamado metodista sentada pela vontade humana de iniciou-se em Londres, Bristol e BIBLIOGRAFIA: se autodeterminar segundo uma em muitas outras cidades ingleAntônio; VILLAR, Mauro de legislação moral por ela mesma sas após a “Experiência do Co- HOUAISS, Salles; FRANCO, Francisco Manoel de estabelecida, livre de qualquer ração Aquecido”, em 24 de maio Mello. Grande Dicionário Houaiss da Línfator estranho ou exógeno com de 1738, bem como antes e de- gua Portuguesa, Editora Objetiva, Rio de uma in­ fluência subjugante, tal pois. Nesse grande avivamento, Janeiro, 2008. como uma paixão ou uma incli- desde 24 de maio de 1738, nós vemos o movimento metodis- SCHOKEL, Luís Alonso. A Bíblia do Perenação afetiva incoercível”. Nós traduzimos todo signi- ta se expandir para o mundo e grino, Paulus, São Paulo, 2002.

© FÁBIO H. MENDES

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INTERNACIONAL Setembro de 2017 | www.expositorcristao.com.br

Secretário regional do Upper Room para América Latina visita o Brasil O

secretário regional do Upper Room (El Aposento Alto) para América Latina, Jorge Berríos, visitou o Brasil durante o mês de agosto e participou de uma série de programações organizadas pelo no Cenáculo e pela Sede Nacional da Igreja Metodista. O Expositor Cristão realizou uma entrevista com Berríos, além de acolhê-lo com outros departamentos da Igreja nas dependências da Sede Nacional, em São Paulo.

leva a pensar o valor que é estar na presença de Deus e ouvi-lo”, declarou Mariluse. O Bispo participou também, no dia 29 de julho, na Igreja Bon Air, de uma programação envovolvendo cerca de 150 mulheres da Conferência da Virgínia, onde apresentou uma exposição do Projeto Sombra e Água Fresca.

© RODRIGO DE BRITOS

José Geraldo Magalhães

Academia Espiritual

Berríos destacou quatro principais enfoques do El Aposento Alto para a América Latina • Trabalho editorial: artigos escritos por pastores/ as e outras pessoas, além do desenvolvimento de oficinas como alguns tópicos enfatizados na linha editorial. • Apoio na distribuição: visitar todos os/as distribuidores/as nas regiões com a finalidade de melhorar a distribuição.

© FMSM

• Formação espiritual: criar comunidade de Emaús – retiro espiritual. Organizar e levar esse retiro para a academia.

Jorge Berríos visita redação do Expositor Cristão

• Trabalho corporativo: oficina regional, trabalhar iniciativas comuns.

espiritual. Essa é a essência principal do El Aposento Alto”, disse Berríos.

Berríos ficou no Brasil até o dia 21 de agosto. O El Aposento Alto completa 89 anos em 2018. Para Berríos, o encontro diário com Deus é um lugar onde todos/as se encontram para orar. “O El Aposento Alto é um ministério mundial ecumênico dedicado a apoiar a formação

no Cenáculo

O editor nacional do no Cenáculo, Bispo Adriel de Souza Maia, e sua esposa, Mariluse Maia, participaram de um retiro espiritual nos Estados Unidos da América. O convite veio do Reverendo Johnny Sears, diretor da Academia de Formação Espiritual. A programação é um dos projetos importantes do The Upper Room (no Cenáculo) e aconteceu entre os dias 30 de julho e 4 de agosto, no centro de programas da Igreja Episcopal

dos Estados Unidos, nos limites da Conferência de Virgínia. “A ideia é que as pessoas que já participaram da academia espiritual possam fazer a sua aplicabilidade no contexto da América Latina e Brasil. Há uma faixa carente desse tipo de programação. Na academia, a pessoa aprende a ouvir a voz de Deus”, disse o Bispo destacando que o projeto vai além da instituição. Mariluse Maia também destacou a importância de participar desse momento espiritual. “Aprendi a valorizar as prioridades em minha vida espiritual. O encontro é muito rico e nos

O programa tem por objetivo o exercício de uma espiritualidade profunda contemplando o exercício da oração, estudo bíblico, contemplação, silêncio, reflexão pessoal e comunitária. O programa é desenvolvido numa metodologia incluindo os seguintes tempos: início do dia na capela para oração matinal, estudo, período de reflexão pessoal durante uma hora, compartilhamento após o período de reflexão pessoal. No período da tarde, a programação segue incluindo no encerramento da tarde a celebração da Santa Ceia. A noite é reservada para o compartilhamento do pequeno grupo (no máximo com seis pessoas), sob a coordenação de um/a facilitador/a. O dia encerra-se com a oração da noite na capela. “A intenção do projeto é a mudança de atitude, buscar uma disciplina cristã, revitalizar a interioridade, dar tempo para ouvir a voz de Deus, redescobrir a espiritualidade do silêncio e renovar o compromisso com uma vida cristã e frutífera. O projeto visa também à cura interior e a uma melhor qualidade do nosso testemunho cristão na igreja e na sociedade”, finalizou o bispo.

PASTOR É ELEITO A PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO MUNDIAL DE SURDOS METODISTAS Redação EC

Pastor Ronilson Lopes, à esquerda, é eleito a presidente da Federação Mundial de Surdos Metodistas.

O Pastor Ronilson Lopes de Almeida, do Ministério Emanuel de Belo Horizonte/ MG, e sua esposa, Priscila Lopes – intérprete –, estiveram com os/as surdos/as do DEAF DANCE Emanuel no 4º Congresso Mundial de Missões de Surdos Metodistas, realizado entre os dias 1º e 4 de agosto, no Texas, Esta-

dos Unidos da América. Na ocasião, Ronilson foi eleito a presidente da Federação Mundial de Surdos Metodistas. Ele será o anfitrião e pastor presidente da 20ª Conferência Mundial de Missão Metodista dos Surdos que será realizada em 2021, no Brasil. Também em agosto, no dia 18, o Pastor Ronilson foi homenageado pela Polícia

Militar de Minas Gerais, com o troféu O Audacioso. “Dedico essa homenagem a Deus e a minha família, aos/ às surdos/as e aos/às ouvintes do Ministério Emanuel, à comunidade surda e aos membros da Igreja Metodista e aos/às surdos/ as da Federação Mundial de Surdos Metodistas que me elegeram como presidente”, destacou o pastor.


MISSÃO

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Uma Juname profética! MESA ELEITA NA JUNAME 2017

Presidente: Arthur F. Lopes Brevilheri 6ª Região Vice-Presidente: Caio Anderson Remne Secretário de Atas: Pedro Paradela 4ª Região Secretário de Comunicação: Gustavo Fernandes 3ª Região Secretária de Comunicação: Ana Beatriz Mendes 5ª Região Sara de Paula

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profetismo não te faz ser santo, te faz ser mais humilde, um instrumento nas mãos de Deus. Te faz entender o chamado e vocação, o que Deus quer que eu faça”. A frase é do conselheiro nacional da Confederação Metodista de Juvenis (CoMeJu), Pastor Djalma Barbosa. Lem-

Assessora Financeira: Ester Agnes 1ª Região

bramos que a última edição da Juname foi tida como um evento missionário, já a deste ano, que aconteceu entre os dias 27 e 30 de julho no Sesc Praia Formosa, em Aracruz/ES, foi um evento profético em todos os sentidos para as mais de 500 pessoas presentes. “A gente orou para que os/as presentes tivessem uma experiência com o Senhor, mostrando que o Juvenil não é uma

igreja do amanhã, mas de hoje. Foi construído um momento muito especial na vida deles/as”, afirmou o conselheiro. O presidente da CoMeJu, Gustavo Leme, compartilhou a alegria que sentiu ao lembrar que fez parte da organização

desse encontro que marcou tantas vidas. “Foi muito emocionante olhar ao redor, ver as pessoas sendo ministradas e entender que fiz parte de uma Confederação que entregou uma Juname assim”, explicou Gustavo. Entre coreografias divertidas e momentos de descontração, o que os/as adolescentes destacaram foram as oportunidades de vivenciar momentos de renovação espiritual, conduzidos/as pelos Bispo Luiz Vergílio, presidente do Colégio Episcopal, que dirigiu o culto de abertura e o momento de ceia no encerramento, Bispo Paulo Rangel, presidente da 1ª Região Eclesiástica, e pela Bispa Hideide Brito Torres, presidente da 8ª Região Eclesiástica, que trouxe o desafio de refletir sobre a caminhada de metodistas, com o convite de permanecer como uma igreja que trabalha na contramão do mundo. O Pastor Denilson Gomes da Silva ministrou durante o luau e trabalhou no evento ao lado de pastores/as e conselheiros/as que fazem parte das pastorais regionais, a quem a CoMeJu direcionou especial agradecimento pela dedicação e esforço que fizeram para levarem suas caravanas.

Oficinas e séries

Considerando uma realidade em que adolescentes e jovens discutem com empenho sobre as séries do momento, a organização do evento tratou de trabalhar os temas propostos, com base em títulos já conhecidos: Black Mirror (Tecnologia e Missão), oficina ministrada pelo Pr. Tiago Costa (1ª RE); 13 porquês (O valor da sua vida), ministrada pelo Pr. George Paradela (4ª RE); Guerra dos Tronos (Quem manda na sua vida?), ministrada pelo Pr. Georg Emmerich e por Jane Emmerich (REMNE); The Walking Dead (A importância ativa do Juvenil na vida da igreja!), ministrada pelo Pr. Rodrigo Petrechi (6ª RE); e 3% (Moral, limites e justiça social), ministrada por Cristiano Santos e Thaiana Assis (1ª RE).

Eleição

A nova mesa da Confederação Metodista de Juvenis foi eleita na Juname 2017, em um momento de muita emoção. “Não foi algo estressante como as pessoas falam, eu me senti muito em paz”, contou o novo presidente eleito, Arthur Lopes Brevilheri, que seguiu para o encontro com o sonho de participar da mesa, mas sem o objetivo da presidência.

Estado de Sergipe acolhe projeto Missão Nordeste

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conteceu entre os dias 22 e 30 de julho, no estado de Sergipe, mais uma Viagem Missionária para o Nordeste, realizada pela Igreja Metodista de Botafogo/RJ através do Ministério IDE, em parceria com o Instituto Metodista de Formação Missionária (IMForM). A evangelista Alessandra Bezerra, uma das coordenadoras do projeto, já participou de três viagens com o Instituto nas missões a curto prazo para o Nordeste. “Eu tenho o Nordeste no meu coração. Sempre que tenho a oportunidade dessa missão a curto prazo eu tenho ido e Deus tem abençoado”, explicou ressaltando a importância das parcerias que possibilitam esse tipo de ação. Alessandra defendeu ainda a reflexão de Dick Hills durante a viagem: cada coração com Cristo é um missionário e cada coração sem Cristo é um campo missionário. O irmão Sebastião Castro, da Igreja Metodista em Botafogo, ministrou palestras sobre missão e evangelismo, atendendo ao chamado missionário do Senhor, tanto no “ide” quanto ao propor o desafio para 14 pessoas que formaram uma equipe

abençoada conduzida pelo próprio Deus. “Em vários locais pelos quais passamos, como praças, ônibus, escolas, hospitais e nos centros das cidades, apresentamos de forma criativa, artística e pessoal o evangelho do Senhor Jesus”, explica o irmão Sebastião ao agradecer o apoio da Igreja Metodista Central de Aracaju, que serviu como base para a missão. Além de ter a colaboração dos membros voluntários da Central, o projeto contou com o apoio dos pontos missionários e congregações metodistas da região (Santos Dumont, Marcos Freire e Malhador). O objetivo foi levar o plano da salvação com material ilustrativo, como pulseiras explicativas, cartilhas sobre drogas, livretos infantis, folhetos, louvor, oração, palavra e trabalho com artes circenses para crianças e adultos/as. Também foi realizado um mutirão de limpeza em um dos pontos missionários, evangelismo na feira livre e visitas nos assentamentos, levando ações sociais. Outra voluntária a compor o grupo foi Angie Puelles, uma jovem peruana de 26 anos, membro da IM em Botafogo/

RJ que, junto com sua família, é fruto de uma missão metodista. “Os esforços realizados pelos/as integrantes do projeto e pela igreja local geraram resultados que agradaram o coração de Deus. Pessoas que já estavam andando na fé se firmaram mais ainda, enquanto outras aceitaram Jesus como salvador de suas vidas”, contou com alegria ao compartilhar as estratégias usadas pelo grupo. “Fizemos um trabalho lindo no assentamento com as crianças e com as mães dessas crianças. Anuncio Sustentabilidade EC - Set V1.pdf 1 18/08/2017 10:34:10

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Para mim, foi muito gratificante ter aberto mão das minhas férias para trabalhar na obra de Deus”, contou. Joana Araújo compôs o time de apoio da IM Central em Aracaju e articulou seu tempo conversando com a coordenação da faculdade onde estuda e com os/as professores/as para poder participar de forma integral da missão. “Eu expliquei que ia faltar uma semana de aula, mas que estava fazendo um projeto da igreja e que sentia que deveria estar ali”, conta Joana. “Pude apren-

der muito com eles/as. Em uma semana sinto que amadureci muito. Sinto que eles/as vieram para cá não só para compartilhar como funciona o trabalho deles/as, mas para despertar sonhos adormecidos”. Assim, esses dias foram dedicados ao serviço da expansão do Reino de Deus, com vidas se rendendo ao Senhor, reconciliação e muito despertamento das igrejas para servir na missão. Deisiree Feitosa Igreja Metodista Vitória da Conquista


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METODISMO Setembro de 2017 | www.expositorcristao.com.br

O avanço missionário do metodismo na

7ª Região Eclesiástica

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proposta de multiplicação das 1ª e 7ª Regiões Eclesiásticas (RE) foi apresentada no 41º Concílio Regional Ordinário da 1ª Região Eclesiástica, sob a presidência do Bispo Paulo Lockmann, que a divulgou na 3ª Sessão, em 9 de novembro de 2013. A proposta destacou o crescimento da 1ª RE como fator significativo na multiplicação para a criação da 7ª RE, tendo como expectativa: “o avanço missionário da Igreja e a potencialização da Visão que o Senhor nos concedeu” (vide p. 65 das Atas e Documentos do 41º Concílio Regional). É bom lembrar que a multiplicação das Regiões Eclesiásticas faz parte do Plano Nacional Missionário aprovado no 19º Concílio Geral e referendado no 20º Concílio, com vistas a termos uma RE em cada estado de nosso país. A partir de 2014, a 7ª RE passou a funcionar como tal após a aprovação da Cogeam e do Colégio Episcopal, com a seguinte composição geográfica: Distritos de Niterói, São Gonçalo, Itaocara, Santo Antônio de Pádua, Cabo Frio, Macaé, Três Rios, Petrópolis e Teresópolis, com um total de 52.778 membros e com a arrecadação de 47% do total da 1ª Região Eclesiástica (Atas e Documentos 41º CR, p. 67, 2013). O Revdo. Odilon Massolar, em seu livro “Um século e meio sob o Deus de Deus”, diz que o protestantismo entrou no país a partir de 1810 por permissão do Imperador D. João VI, quando foi decretado o Tratado de Livre Comércio com a Inglaterra. Essa foi uma das condições que favoreceram a presença do protestantismo e por conseguinte o Anuncio Sustentabilidade EC - Set V2.pdf 1 18/08/2017 10:40:56

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Movimento Metodista no Brasil (ODILON, 1989). Podemos entender que esta abertura possibilitou, em cada lugar da RE, surgir o movimento metodista chegando de modo peculiar e desafiador, superando as dificuldades, fossem elas oriundas dos transportes, fossem outras, mas os/as primeiros/as metodistas chegaram às diversas áreas geográficas missionárias, buscando de modo criativo, perseverando o evangelho e alcançando o maior número de pessoas (cf. Mc 2.1-12).

Teresópolis

Nas terras serranas de Teresópolis/RJ, com o avanço missionário, cuja estratégia deu-se a partir da doação de terras por parte do Imperador, alguns/as suíços/as vieram povoar a região que hoje é chamada de Teresópolis. Foi assim que chegou o movimento metodista. Em 1828, o pastor Robert Walsh veio à serra de Teresópolis. Não foi diferente para os/as metodistas quando da visita do pastor Metodista Daniel P. Kidder no período de 1837-1840, vindo ao encontro do povo da serra de Teresópolis (ODILON, 1989). O metodismo alcançou 58 cidades do estado do Rio de Janeiro, cada uma delas com sua peculiaridade. Nesses 150 anos de história do metodismo brasileiro, destaca-se a presença do pastor José de Mello na serra de Teresópolis, em julho de 1897. Ele recebeu, à Comunhão da Igreja de Cristo, os/as primeiros/ as metodistas nesta área serrana do estado (cf. Mt 10.32-33; 16.18-19): Henrique Pfister, Luiza Pfister, Luiza Pfister (filha), Elisa Dumard, Carlos Dumard

e André Gueldi. Dois anos mais tarde é o pastor Metodista Herman Gartner que chega, em 12 de junho de 1899. Ele recebe as famílias: Francisco Antônio Féo, Maria Madalena Féo, Maria dos Anjos Teixeira e Tereza Maria Freitas (ODILON, 1989). Essas famílias mantiveram acesa a chama do metodismo brasileiro, sendo mentoreadas pelo Pastor Edmund A. Tilly, o qual supervisionava o trabalho missionário na Colônia Alpina. Em seu relatório diz: “que havia progresso no processo de formação da Comunidade Metodista nesta Colônia e assim o novo campo em Teresópolis é muito promissor” (ODILON, 1989). A Comunidade Metodista estava vivendo o vento do Espírito. O pastor J. E. Tavares, em 28 de setembro de 1903, batizou: Alexandre, filho de Luís e Elisa Dumard – Colônia Alpina; Eunice de Francisco e Madalena Féo – Teresópolis. Na Família Dumard foram batizados/a: Emília – 1905, Louis – 1909, e Henri – 1909. Assim como no restante de nossa Região Ecle­ siástica, as famílias vão se constituindo, avançando e expandindo o Movimento Metodista. Em 1931, Henrique e Argentina Dumard casam-se e, como nova

“A 7ª Região Eclesiástica iniciou oficialmente em 2017, mesmo com a missão dos 120 anos do movimento metodista na cidade de Teresópolis”


METODISMO

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Setembro de 2017 | www.expositorcristao.com.br

“Atualmente são dez Distritos Eclesiásticos, com cerca de 288 Igrejas, Projetos Distritais Missionários, 231 pastores e 68 pastoras, totalizando 299 obreiros e obreiras na missão”

família, fazem de sua residência em Sobradinho uma nova frente missionária.

Passado

Apesar de Teresópolis ser de difícil acesso em seu início, o trabalho missionário continuava avançando. O transporte era feito de barca a vapor do porto do Rio de Janeiro, com duração de três horas de viagem, até o porto de Piedade, na baixada. Ao chegar a esse ponto, a viagem era feita de mula por mais três horas, até a Raiz da Serra, em Guapimirim. Havia uma parada e depois seguiam mais três horas de mula subindo a serra. Mesmo com toda a duração da viagem, isso não foi impeditivo para o acompanhamento pastoral dessas famílias, bem como o avanço da Missão, sem perder a continuidade do Movimento Metodista. Uma peculiaridade interessante era que quando da visita do pastor, Francisco Féo era avisado por carta ou por telegrama, eles iam a cavalo até Itaipava, levando um a mais para buscarem-no. No retorno o levavam até Pedro do Rio, e de lá ele continuava sua viagem de trem. O missionário Messias Cesário dos Santos, para pregar o Evangelho nas terras serranas de Teresópolis, montava num burro emprestado por Francisco Féo, viajava 24 quilômetros para ir à Colônia Alpina, e ali pregava a Palavra de Deus, na casa de Luís e Elisa Dumard.

Presente

Hoje estamos em processo de construção da história da Igreja Metodista na 7ª Região Eclesiástica, escrevendo de modo pon­ tual e dando continuidade aos 150 anos do metodismo brasileiro, com seus desafios missionários, quer seja em área praiana, serrana, rural ou nos grandes desafios das metrópoles, onde a presença do movimento metodista torna-se necessária. A família Féo, na pessoa do patriarca Francisco, viu que era necessário continuar avançando o trabalho missionário e precisava firmar-se em um local além das celebrações de casa em casa e propõe a construção de um Santuário Metodista para reunir as famílias para adoração e louvor ao Deus missionário. Reúne-se com o pastor e com os/as demais integrantes da Comunidade e, junto com sua família, compromete-se, com os seus/as 14 filhos/as, a uma forma de participação na compra de materiais de construção e, portanto, em 5 de outubro de 1930, compram o terreno e no mesmo ano lançam a pedra fundamental. Em 4 de agosto de 1933, o Pastor Messias Cesário dos Santos organiza a Igreja com

Igreja Teresópolis.

os/as agentes missionários/as: Madalena Féo, Santiago Delgado, Francisco Féo Jr., João C. Leal, Luiza Claussen Soares, Delbe Soares Féo, Presciliana Soares, João Barreiros Amorim, Gracinda de Amorim, Eunice Féo, Ester Féo, Célia Féo, Mirella Féo, Maria Pinheiro Caire, Eunice Caire, Mirza Borges Pinheiro, Samuel Caire, Olda Vidal. A Oração, CHAVE de todo o avivamento e sempre presente na expansão do Movimento Metodista, tem em 1936 a organização do Círculo de Oração para fortalecer a Espiritualidade da Igreja.

Desafios atuais

Além de a Igreja Metodista Central ter sido organizada em 1933, outras Igrejas Metodistas foram estabelecidas, dando origem ao Distrito Eclesiástico de Teresópolis. Portanto, a 7ª Região Eclesiástica iniciou oficialmente em 2017, mesmo com a missão dos 120 anos do movimento metodista na cidade de Teresópolis. Atualmente são dez Distritos Eclesiásticos, com cerca de 288 Igrejas, Projetos Distritais Missionários, 231 pastores e 68 pastoras, totalizando 299 obreiros e obreiras na missão. As Igrejas estão realizando seus projetos de avanço missionário em 58 cidades do estado do Rio de Janeiro, cuja população que necessitamos alcançar, segundo o Censo Demográfico de 2010, é de 5.260.714 pessoas. Em julho de 2016 realizou-se o 20º Concílio Geral, o qual, além de aprovar novas diretrizes para o novo quinquênio eclesiástico (2017-2021) com o tema “Discípulas e discípulos nos caminhos da Missão”, homologou a formação da 7ª

Região Eclesiástica, elegendo novos bispos e bispas, e o Colégio Episcopal designou o Bispo Emanuel Adriano para presidir nossa Região Eclesiástica. No site de nossa Região Eclesiástica (http://metodista7re. org.br/noticias/convocacao-para-o-4-concilio-regional-7a-regiao-eclesiastica/), você vai verificar os Projetos Missionários que estão acontecendo e que acontecerão, cumprindo o NOSSO INDO missionário, “em Direção às Águas Profundas!” Nosso 4º Concílio Regional Ordinário – de 9 a 12 de novembro de 2017 – foi convocado e será pela primeira vez presidido pelo Bispo Emanuel Adriano, no qual aprovaremos o Plano Regional Missionário para o próximo biênio: 2018-2019, sendo nosso alvo: “O Evangelho para cada pessoa no estado do Rio de Janeiro, um grupo de discipulado para cada rua, e uma igreja para cada bairro ou cidade. Para alcançar 1.000.000 de discípulos até 2021”, como desafio à luz das resoluções do 20º Concílio Geral. Novos DESAFIOS MISSIONÁRIOS estão sendo colocados diante de nós em cada cidade em que nossas Igrejas, Pastores e Pastoras, Missionários e Missionárias, Instituições Regionais – Carlota Pereira Louro (Asilo) – ou Locais, Grupos Societários e respectivas Federações, Secretarias Executivas Regionais estão localizados para que as Ênfases Missionárias possam ser um facilitador na implementação do Plano Nacional Missionário. O Movimento Metodista continua crescendo desde o tempo em que ele foi organizado, em 24 de maio de 1738, quando da experiência do Coração Aque-

cido de João Wesley, à Aldersgate Street (Londres), cujo Movimento de Avivamento parou uma Revolução na Inglaterra. Hoje nós estamos presentes no mundo em cerca de 130 países e somos milhões de metodistas espalhados/as dando nossa contribuição missionária ao mundo, cuja finalidade é juntar-nos como povo cristão e levar a humanidade de nossa sociedade para vivermos num lugar mais justo e fraterno, onde a plenitude do Evangelho de Jesus Cristo possa ser vivenciada, como Ele mesmo disse: “Eu vim para dar vida e vida em abundância” (João 10.10).

Conclusão

Portanto, nesta celebração dos 150 anos do Metodismo Brasileiro, tomei os 120 anos do movimento metodista na cidade de Teresópolis como chave de leitura desta história, na qual o exercício de nossos ministérios, grupos societários, órgãos coletivos, escola dominical, instituições e outros modos de organizar (cf. Ex 18.13ss; At 6; Ef 4; I Co 12; Rm 12) devem ter sempre como objetivo nosso Planejamento Missionário e outras propostas de projetos missionários. O esforço das famílias suíças, italianas, americanas, inglesas, negras, indígenas vindo em nossos primórdios tiveram como referência o amor de Deus encarnado em suas vidas através de seus ministérios, serviços, através dos dons – Graça, para o exercício em parceria, e assim estando juntos, nesta tarefa missionária (I Co 12.7), conforme a necessidade da Missão em cada cidade no estado do Rio de Janeiro, aqui na 7ª Região Eclesiástica. Por isso, vejo que, para cele-

brar os 150 anos de metodismo no Brasil, é preciso considerar a história da 7ª Região como referência. Isso nos desafia missionariamente a construir um novo Corpo de Cristo, em que necessitamos ter claro o que diz o Evangelho de João: “haverá um Rebanho e um Pastor” (cf. Jo 10.16; I Co 12.1-31; Ef 4.1-16). Nossa visão do Movimento Metodista é instrumento para realizarmos o Reino de Deus como um todo, superando a concepção individualista, buscando responder à realidade em que estão localizados/as para fazer valer a Missão que é de Deus, quer seja como Comunidade de Fé em nossa 7ª Região Eclesiástica, quer seja nas demais Igrejas Cristãs espalhadas em nosso país, celebrando a continuidade do movimento metodista nesses 150 anos de permanência no Brasil. Devemos manter acesa a chama do projeto missionário do movimento metodista, que foi semeado em 1835 e depois nasceu em 1867. Esse trabalho missionário feito pelos/as pioneiros/as do Evangelho de Jesus Cristo em nossas terras, especificamente na 7ª Região Ecle­ siástica, busca dar conta dos desafios missionários a partir das necessidades do povo brasileiro, e que hoje cabe a nós, diante da realidade que estamos vivendo, continuar afirmando nossa fé, levando outros/ as a também experimentarem uma vida com Jesus Cristo: “O Senhor é o meu Pastor e nada me faltará” (Sl 23), e assim “espalhar a santidade bíblica por toda a terra da 7ª Região Eclesiástica” (João Wesley). Pastor Marcos Gomes Tôrres 7ª Região /// Referências CHAVES, Odilon M. – Um século e meio sob o Dedo de Deus, Revista da Cidade Gráfica e Editora Ltda, 1989. Colégio Episcopal da Igreja Metodista (2017-2021) – Plano Nacional Missionário 2017, Editeo, São Bernardo do Campo: 2017. Site da Igreja Metodista na Sétima Região Eclesiástica: http://metodista7re.org.br/


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CAPA Setembro de 2017 | www.expositorcristao.com.br

150 anos de metodismo A confessionalidade nesses

A

Igreja Metodista, no exercício de sua vocação missionária por meio da educação, desde sua gênese, tem contribuído de maneira significativa para a transformação da pessoa e da sociedade por meio da confessionalidade metodista: um jeito de ser, de existir e coexistir que tem como fundamento a ética cristã. Na intenção de trazer à memória o que nos dá esperança e tendo como inspiração os 150 anos de metodismo no Brasil, nada mais propício do que relembrar, reviver para recriar, ressignificar um estilo de vida, a partir da confessionalidade, da educação e do ensino religioso na tradição wesleyana.

Confessionalidade e educação nos tempos de John Wesley

A valorização da educação como possibilidade de transformação da pessoa e da sociedade na Igreja Metodista tem suas origens no movimento religioso na Inglaterra do século XVIII com John Wesley (1703-1791), um homem cuja vida fora marcada por uma intensa intimidade com Deus, pela convicção da justiça social como parâmetro nos relacionamentos e por um profundo amor pelas pessoas. Amor que nutriu a “fé” no ser humano, na convicção de que a potencialidade humana floresceria pela força de Deus e, na convivência com Ele, as pessoas seriam capazes de superar suas fragilidades e promover sua humanidade. E para tal finalidade, a educação, a formação eram essenciais. No entanto, na Ingla-

terra do século XVIII, a educação popular era quase desconhecida. Havia apenas as escolas “circulantes” de Gales, escolas primárias de Eduardo e Elizabeth destinadas à educação religiosa1. Com a crise econômica, política e social que pairava na Inglaterra, os/as pobres não tinham condições de custear as escolas particulares. Porém, o que mais preocupava os/ as metodistas era o estado moral que existia neles/as. Diante dessa constatação, John Wesley estudou minuciosamente o sistema educacional inglês e fundou escolas nas quais procurou unir o saber à piedade com base em uma educação religiosa para a promoção da vida. Acreditava que, sendo alfabetizadas, as pessoas pobres poderiam educar a si mesmas por meio da leitura. A primeira escola fundada por João Wesley, e também seu maior empreendimento educacional, foi a escola de Kingswood. O idealizador desta escola foi Whitfield, com o objetivo de atender os/as filhos/as dos mineiros que estavam entrando para as sociedades metodistas. Após receber 60 libras em dinheiro, e crendo nas promessas de mais ajuda, lançou a pedra fundamental da escola e foi para a América do Norte. João Wesley transformou esse ideal em evidente realidade. Em uma de suas cartas, define a razão da existência dessa instituição: “propõe-se nas horas usuais do dia a ensinar as crianças a escrever, ler e contar; mas especialmente, com a 1 REILY, D.A. Metodismo Brasileiro e Wesleyano: reflexões históricas sobre a autonomia. São Paulo: Imprensa Metodista, 1981, p. 157.

“Primeira escola fundada por João Wesley, e também seu maior empreendimento educacional, foi a escola de Kingswood. O idealizador desta escola foi Whitfield, com o objetivo de atender os/as filhos/as dos mineiros que estavam entrando para as sociedades metodistas”


CAPA

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Setembro de 2017 | www.expositorcristao.com.br

Pastora Renilda Martins Garcia apresenta proposta de currículo em reunião na Sede Nacional.

ajuda de Deus, a conhecer a Deus e a Jesus Cristo que Ele enviou.”2 Na convicção de que os princípios cristãos eram fontes que possibilitariam uma vida movida pela compaixão, generosidade e solidariedade para a construção de um mundo melhor, mais humano e mais gentil, Wesley seguiu promovendo a educação. Imbuído desta perspectiva, outras escolas foram criadas pelos/as metodistas, como a Escola da Fundação em Londres e a Casa dos Órfãos em Bristol.

A Confessionalidade e a Educação Metodista no Brasil

John Wesley exerceu o ministério pastoral tendo a educação para a humanização como princípio norteador da vivência e anúncio da fé em Jesus Cristo. Uma educação delineada pelo amor a Deus, às pessoas, à criação. Concepção de educação que permeou e norteou, de maneira decisiva, o metodismo na Inglaterra, na América do Norte e na América do Sul, onde se encontra o Brasil. E, ao chegar a terras brasileiras, em 1835, trouxe a mensagem cristã mediada pela educação e levou adiante esta metodologia como prática missionária: Metodismo e educação para a transformação pessoal e social. No exercício de sua vocação missionária por meio da educação, desde 1881, a Igreja Metodista Brasileira implantou diversas instituições educacionais no que diz respeito à Educação Básica, Educação Superior, Pesquisa e Extensão (Pós-graduação). Além dos colégios, havia também as Escolas Paroquiais3, que atendiam as pessoas de baixa renda. Eram gratuitas, ou semigratuitas, e mantidas pela igreja local. Nessa missão educativa, a Igreja Metodista Brasileira aprovou, no 13º Concílio Geral, as Diretrizes para a Edu­ ca­ ção na Igreja Metodista (DEIM). Na implementação dessas diretrizes, desenvolveu, ao longo dos anos, diversas alternativas para gerir suas instituições educacionais. Para tanto, criou o Sistema Metodista de Educação, configurado na Rede Metodista de Educação, que “[...] é constituída das Instituições Metodistas de Educação - IME, e tem por objetivo oferecer uma educação de boa qualidade, com as marcas de sua confessionalidade”. A educação como parte da missão é o processo que visa oferecer à pessoa e à socieda2

Ibid, p. 159.

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Cf. Ibid, p. 44.

“No exercício de sua vocação missionária por meio da educação, desde 1881, a Igreja Metodista Brasileira implantou diversas instituições educacionais no que diz respeito à Educação Básica, Educação Superior, Pesquisa e Extensão” de uma compreensão da vida e da sociedade, comprometido com uma prática libertadora, recriando a vida e a sociedade segundo o modelo de Jesus Cristo e questionando os sistemas de dominação e morte à luz do Reino de Deus (IGREJA METODISTA, 2012, p. 106). A educação, sem distinção de etnia, classe social… é considerada como parte da Missão de Deus e da Igreja Metodista, um dos principais meios de contribuir com a promoção da cidadania por meio do conhecimento, que tanto pode transformar a vida da pessoa quanto da sociedade. É uma forma de possibilitar a interpretação da vida e dos acontecimentos a fim de propor iniciativas, intervenções para a promoção da dignidade humana e correção das distorções sociais. Neste sentido, muito embora ações afirmativas da confessio-

nalidade metodista fossem realizadas pelas gestões educacionais em consonância, diálogo com as Pastorais Escolares e Universitárias, ainda se detectava a ausência de um material literário de Ensino Religioso para as escolas metodistas.

A Confessionalidade e o Ensino Religioso

O Ensino Religioso assume o compromisso de ser uma forma de expressão do projeto educativo da Igreja Metodista explícito em seus documentos, e o desejo tão esperado de um material de ensino religioso por muitos educadores e educadoras se torna realidade para a Educação Básica da Igreja Metodista para o próximo ano. A definição dos referenciais do Ensino Religioso pautado na confessionalidade metodista objetiva nortear os princípios

da sua prática pedagógica na verdade proclamada por João Wesley, fundador da Igreja Metodista, no século XVIII, na Inglaterra, quando afirmou: “Vamos unir ciência e piedade vital, há tanto tempo separadas”. Com essa afirmação, trazemos à memória o retrato da nossa realidade carente da união entre teoria e prática. Para o Ensino Religioso, traduz-se no cuidado com o resgate da Vida; como lugar da comunhão e recriação das relações e da conexão entre todos e tudo, pois, segundo o Credo Social da Igreja Metodista: “Cremos que ao Senhor pertence a terra e a sua plenitude, o mundo e todos e todas que nele habitam, por isso proclamamos que o pleno desenvolvimento humano, a verdadeira segurança e ordem sociais só se alcançam na medida em que todos os recursos técnicos, econômicos e os valores institucionais estão a serviço da dignidade humana na efetiva justiça social.” Portanto, a definição da missão do Ensino Religioso afirma sua crença no ser humano, criado e sustentado na prática do amor, que é gratuito, que move a concretude da solidariedade e igualdade entre todas as pessoas. Deus é amor! Esse amor é que determina, pela fé, uma conduta ética coletiva de sua expressão no mundo. No Verbo que se torna Filho – O Deus revelado que se faz imanente – Jesus Cristo. Assim, a construção do currículo do Ensino Religioso nas suas concepções, dimensões e eixos está fundada na natureza confessional metodista, na adequação entre as normas e leis que regem a educação nacional (LDB9394\96\PNE\BNCC e PNCs do Ensino Religioso), bem como no referencial didático-pedagógico para a Edu-

cação Básica da Educação Metodista. Explicita, ainda, seus pressupostos conceituais na teo­ria e prática do resgate do ser humano como projeto pessoal e coletivo, onde a Ética Cristã tem como princípio a alteridade para a construção da responsabilidade para o bem viver. O sonho confessional da fé cidadã. Enfim, o projeto de Ensino Religioso como construção coletiva do saber/conhecimento humano nas escolas metodistas, por meio das Pastorais Escolares e Universitárias (CONAPEU), fez-se unindo vocação e esperança, utopia e realidade, ciência e fé. Pois a esperança ajuda a transcender a nós mesmos/as, a nossa conjuntura, a nossa realidade. Renascer na esperança4 é celebrar a vida, partilhar o pão em peregrinação, anunciar na terra boa brasileira que Deus renova a criação, que Jesus ensina como ser feliz quando se vive em comunhão. Ou seja, nos marcos da fé metodista crermos que o Ser de Deus é o amor testemunhado e vivido nos projetos do Ensino Religioso com práticas de diálogo, igualdade e respeito. Suprir essa lacuna do Ensino Religioso é prioridade para qualificar, ainda mais, a educação, que é o processo que oferece formação mais bem qualificada nas suas diversas fases, possibilitando às pessoas desenvolvimento de uma consciên­cia crítica e seu comprometimento com a transformação da sociedade segundo a missão de Jesus Cristo (IGREJA METODISTA, 2012, p. 112), mas não é toda educação que produz este efeito, e sim aquela que promove uma formação para além do desenvolvimento de competências e habilidades; uma educação que contribua para que a pessoa na intencionalidade e na busca de ser mais, seja mais humana, consciente, reflexiva e crítica, tendo em vista a construção de um mundo melhor, mais humano e solidário na promoção da vida. A vida é dádiva de Deus, e regá-la com sabedoria e conhecimento é um dos desafios do Ensino Religioso. 4 Renascer na Esperança! Música do prof. Jaci Maraschin, Flavio Irala e Simei Monteiro. Agora o que mais importa, É renascer na esperança, É renascer, renascer na esperança.

Profa. Horizontina Mello Canfield Mª em Educação Revda. Renilda Martins Garcia Dra. em Educação


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EDUCAÇÃO Setembro de 2017 | www.expositorcristao.com.br

Redação EC

R

as às propostas de inclusão. “Como proposta de educação metodista, não deixaríamos jamais de pensar nas questões de inclusão, não de um, mas no propósito de uma escola inclusiva que acolhe todos/as com objetivo de inclusão para cada um/a deles/as, reconhecendo que aprendemos de formas diferentes”, defendeu a professora Débora. Professores/as, diretores/as e coordenadores/as pedagógicos/ as tiveram a oportunidade de conhecer o caderno de educação religiosa durante o encontro. “O desejo de ter na Educação Metodista cadernos de educação religiosa é um anseio tanto de nós, educadores/as da atualidade, como de irmãos/ãs que descansam no Senhor e que lutaram muito por essa causa”, explicou © RODRIGO DE BRITOS

epresentantes da Rede Metodista de Educação Básica estiveram reunidos/as na Sede Nacional da Igreja entre os dias 7 e 9 de agosto. A coordenadora de Educação Básica, Débora Castanha, explicou que a proposta foi discutir o planejamento para 2018. “Nós tivemos o privilégio de iniciar com a fala do nosso diretor-geral, professor Robson Ramos de Aguiar, falando sobre características do/a líder e, por se tratar de uma instituição confessional, que essas características sejam de acordo com o nosso líder maior, o Senhor Jesus”, afirmou. A diretora destacou a oportunidade de discutir questões pedagógicas, como a preocupação em estar atentos/

“Nós tivemos o privilégio de iniciar com a fala do nosso diretor-geral, professor Robson Ramos de Aguiar, falando sobre características do/a líder e, por se tratar de uma instituição confessional”

Professora Débora Castanha é a coordenadora pedagógica da Educação Básica das Instituições Metodistas.

a Pastora Renilda Martins Garcia, uma das responsáveis pela elaboração do material. A pastora compartilhou que o momento de apresentação do conteúdo foi singular, como confirma a coordenadora pedagógica do Colégio Metodista Granbery, Cleide Mara dos Santos Rocha. “Nós estamos percebendo que é um sonho realizado. Acho que por sermos metodistas, algumas pessoas têm a experiência da Escola Dominical, têm a experiência de conhecer também o material da Angular Editora, e percebemos que precisávamos de algo mais”, contou ao defender que o material fará a diferença no ensino religioso das instituições metodistas. Ouça a reportagem completa sobre o encontro no PodCast Giro de Notícias #034, publicado no site do Expositor Cristão e no canal do SoundCloud.

© RODRIGO DE BRITOS

Reunião com a Rede de Educação Básica

AÇÕES POSITIVAS NA UMESP A chamada autonomia universitária se expressa no cotidiano universitário e, no caso da UMESP, no funcionamento regular dos/as colegiados/as e instâncias representativas, previstos em seu Estatuto, com competências claramente definidas. O melhor exemplo que temos neste momento é o da construção do Plano de Desenvolvimento Institucional da Universidade para os próximos cinco anos, cujo processo vem sendo coletivamente trabalhado, a ponto de ter recebido mais de mil contribuições individuais, de alunos/as, funcionários/as e docentes, que vêm sendo sistematizadas de modo que esse importante documento represente as aspirações dos/as diferentes atores/atrizes institucionais, que servirá como plano de governo para esse período. A UMESP vai acolher a realização do ENAME (Encontro Nacional Metodista de Educadores) em seu Campus Rudge Ramos nos dias 9 e 10 de novembro. Já estamos trabalhando no planejamento para sua sempre exitosa realização. Este é um evento importante que vem sendo realizado pelo Cogeime em sua XV edição, sendo um amplo espaço de reflexão para educadores/as e gestores/as que atuam no sistema educacional metodista. No ENAME, busca-se debater temas contemporâneos, instigantes e eventualmente controversos. Para a edição de 2017 o tema é Educação como missão: desafios e oportunidades da crise econômica e política brasileira. Serão convidados/as especialistas para estimular tão relevante debate. A Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) pertence à Igreja Metodista do Brasil, sendo parte relevante da missão educadora da Igreja, construída no país ao longo de mais de 130 anos. São Bernardo do Campo, 17 de agosto de 2017 Prof. Dr. Paulo Borges Campos Jr. Reitor


CELEBRAÇÃO

anos

Voz 88 Missionária

inspirando a vida

E

ra uma vez uma mulher com uma VISÃO e um SONHO. Miss Leila Epps tinha uma visão do potencial da mulher metodista brasileira e a contribuição que ela poderia dar à Igreja. Sonhou com uma revista que unisse as mulheres metodistas de todo o Brasil no mesmo ideal de servir, capacitando-as e inspirando-as para o trabalho a ser realizado. Miss Leila Epps compartilhou esse sonho e, de repente, o sonho se tornou rea­ lidade: em 18 de setembro de 1929, quando um pequeno grupo de mulheres, representando suas Federações das antigas Sociedades Missionárias Femininas, reunido na Igreja Metodista Central de São Paulo, hoje Catedral Metodista de São Paulo,

resolveu criar uma revista que fosse o elo entre as mulheres metodistas brasileiras. Nascia a revista VOZ MISSIONÁRIA. Essas mulheres foram inspiradas por Deus para esse projeto – em um período em que as mulheres sequer tinham direito ao voto (As mulheres brasileiras só tiveram direito ao voto, sem qualquer restrição, em 1934.) Aquelas mulheres tiveram a visão de um novo tempo para as mulheres metodistas. A VOZ MISSIONÁRIA nasceu pequena e humilde, porém cercada de carinho e de atenção daquelas mulheres dinâmicas e idealistas. Foram elas: Eula Kennedy Long e Mercedes Seabra, pela Federação do Sul; Lídia W. Silva e Gláucia W. Duarte,

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Setembro de 2017 | www.expositorcristao.com.br pela Federação do Centro; Ottília de Oliveira Chaves e Nair Guedes Martins, pela Federação do Norte; Miss Leila Epps, missionária norte-americana, sua inspiradora e que tinha a incumbência de assessorar as mulheres no trabalho da Igreja. Foram essas sete mulheres de coragem e visão que perceberam a importância de se criar um meio de comunicação eficiente, que atendesse à necessidade de unir as centenas de Sociedades espalhadas pelo Brasil em torno de metas e desafios.

História

O nome da revista está ligado ao “ideal missionário da mulher metodista, tendo por missão a propagação do Evangelho, a divulgação de conhecimentos, de orientação, de educação, levando a todos mensagens edificantes” (fala de Ottília Chaves). Ottília compartilha como foi o clima da criação da revista: “estas mulheres, apesar de entusiasmadas, sentiam certo alvoroço em seus corações, porque não havia recursos financeiros suficientes e nem podiam prever a reação das mulheres diante da revista”. Em janeiro de 1930, com os recursos financeiros de Leila Epps, imprimiu-se, a título

de experiência, mil exemplares, com doze páginas, distribuídos pelas três Federações. Dois anos após a criação da revista instituiu-se a função de agentes locais. Esta iniciativa, pioneira nos meios de comunicação, foi o primeiro passo vitorioso. A partir daí, a VOZ MISSIONÁRIA foi alçando voo e se espalhando por todo o Brasil nessa linda história de 88 anos. A grande inovação da revista foi a figura da agente local, com seu trabalho voluntário. O voluntariado contribui para um mundo mais justo e mais solidário. No caso da VOZ MISSIONÁRIA, as agentes voluntárias são responsáveis pela divulgação da revista. Mais uma inovação das mulheres desde seu início. Sabemos que ter uma publicação que sobreviva em um mercado competitivo durante tanto tempo é um grande desafio para as mulheres metodistas. Mas temos a certeza de que a revista tem como missão divulgar a grande mensagem do amor de Deus. A cada edição, comprova que inspira a vida, pois tem alcançado várias gerações que proclamaram e experimentaram o amor de Deus, em Jesus Cristo em suas vidas, por intermédio da leitura dos textos publicados

ao longo desses 88 anos. Sonhamos e trabalhamos para que a nossa revista alcance mais e mais pessoas que possam desfrutar do seu conteúdo e que a VOZ MISSIONÁRIA continue deixando um rastro. O que é rastro? Vestígio, pegada ou sinal deixado ao caminhar. “Que a Voz possa deixar um ‘rastro’ perfumado, perfume de vida para vida, no encanto de suas páginas que contaram e contam parte significativa da história da mulher metodista brasileira” – Percival de Souza, articulista da revista. Há 88* anos a revista VOZ MISSIONÁRIA exerce seu compromisso com as mulheres metodistas, dando sequência ao sonho de Miss Epps. Nosso compromisso maior é com Deus e com a missão de ser Voz que anuncia o amor de Deus, que salva, restaura, transforma e renova. E ainda temos um sonho: que toda mulher metodista seja assinante da revista e que mais vidas possam ser alcançadas por este instrumento que semeia, comunica e propaga a fé cristã. Amélia Tavares Redatora da revista VOZ MISSIONÁRIA /// Ao comemorar 88 anos, a Voz Missionária celebra seu Jubileu de Pera.


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METODISMO Setembro de 2017 | www.expositorcristao.com.br

Nos 150 anos de metodismo uma história que precisa ser relembrada Redação EC

J

ohn Wesley viveu na Inglaterra do século XVIII, uma sociedade conturbada pela Revolução Industrial, onde crescia muito o número de desempregados/as. A Inglaterra estava cheia de pessoas itinerantes em situação de rua, políticos corruptos, vícios e violência generalizada. O cristianismo, em todas as suas denominações, estava definhando. Ao invés de influenciar, o cristianismo estava sendo influenciado, de maneira alarmante, pela apatia religiosa e pela degeneração moral. Dentre aqueles/as que não se conformavam com esse estado paralisante da religião cristã, sobressaiu-se John Wesley. Primeiro, durante o tempo de estudante na Universidade de Oxford, depois como líder no meio do povo. A seguir, você vai conhecer as histórias desse homem conhecido por todos nós como o pai do metodismo.

Infância

John Wesley, décimo quinto filho do ministro anglicano Samuel e de Susana Wesley, nasceu a 17 de junho de 1703, em Epworth na Inglaterra. Devido às atividades pastorais que impediam o Reverendo Samuel de dar a devida assistência ao lar, Susana assumiu a administração financeira da família e a educação dos filhos e

“Ainda na infância, John Wesley foi o último a ser salvo em um incêndio que destruiu toda sua casa, onde estivera preso no segundo andar. A partir desse dia, Susana, sua mãe, dedicou-lhe atenção especial, pois entendeu que Deus havia poupado sua vida para algo muito especial”

filhas. Disciplinava-os/as com rigidez, mantendo um horário para cada atividade e reservando um tempo de encontro com cada filho/a para conversar, estudar e orar.

Incêndio em sua casa

Ainda na infância, John Wesley foi o último a ser salvo, de forma miraculosa, de um incêndio que destruiu toda a sua casa, onde estivera preso no segundo andar. A partir desse dia, Susana, sua mãe, dedicou-lhe atenção especial, pois entendeu que Deus havia poupado sua vida para algo muito especial. Aos cinco anos de idade, John começou a ser alfabetizado por Suzana, que usava o livro dos Salmos como apostila. John estudou com sua mãe até os onze anos. Entrou, então, para uma escola pública, onde ficou como aluno interno por seis anos. Aos dezessete foi para a Universidade de Oxford.

Estudos

John Wesley iniciou seus estudos em Oxford, onde começa a se reunir com um grupo de estudantes para meditação bíblica e oração, sendo conhecidos pelos colegas universitários de

“Clube Santo”, ele não inventou o nome: alunos, notando que os membros do grupo tinham horário e método para tudo que faziam, os tacharam de ‘metodistas’. Wesley preferia chamá-los simplesmente de ‘Metodistas de Oxford’. Neste grupo, Wesley e seu irmão Charles iniciaram visitas e evangelismos em presídios. Wesley passou então a se interessar pela questão social de seu país e a miséria que a Inglaterra vivia na época. Assim, gradua-se em Teologia e pode ajudar seu pai na direção da Igreja Anglicana. Isso até os 32 anos, quando atendeu a um apelo: precisava-se de missionários/as na Virgínia, Nova Inglaterra. Há uma equivocada história de que o reverendo Wesley havia sido maçom. Houve um homem de nome John Wesley em Downpatrick, Irlanda, que se tornou mestre maçom em 13 de outubro de 1788. O reverendo Wesley também esteve em Downpatrick algumas vezes, mas não nessa data. Em 13 de outubro de 1788 o diário do reverendo John Wesley registra que ele esteve em Wallingford, proximidade de Londres.


METODISMO

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Missão em Virgínia

Um dos episódios que marcou o início do metodismo foi a viagem missionária de John Wesley aos EUA – Virgínia – para “evangelizar os/as índios/as”, sendo praticamente fracassado. Em sua viagem de retorno, John Wesley expressa sua frustração “fui à América evangelizar os/as índios/as, mas quem me converterá?”. Na travessia do Oceano Atlântico, Wesley ficou profundamente impressionado com um grupo de morávios/as (grupo de cristãos/ãs pietistas que buscavam a conversão pessoal mediante o Espírito Santo) a bordo do navio que, durante uma grande tempestade, as crianças e os/as adultos/as morávios/as cantavam e louvavam ao nome do Senhor (Deus), e Wesley, vendo a fé que tinham diante do risco da morte (o medo de morrer acompanhava Wesley por ele achar que Deus não poderia justificá-lo mediante seus pecados e por isso constantemente temia a morte desde sua juventude), predispôs a seguir a fé evangélica dos/as morávios/as. Retornou à Inglaterra em 1738.

Conversão e Coração aquecido

Após dois anos, John Wesley volta desiludido com o trabalho realizado na Virgínia. Encontra-se, então, com Pedro Böhler, em Londres. Böhler era pastor moraviano (da Morávia, Alemanha) e com ele John Wesley se convence de que a fé é uma experiência total da vida humana. Procurou, então, libertar-se da religião formalista e fria para viver, na prática, os ensinamentos de Jesus. No dia 24 de maio de 1738, numa pequena reunião na rua Aldersgate, em Londres, ouvindo a leitura de um antigo comentário escrito por Martinho Lutero, pai da Reforma Protestante, sobre a carta aos Roma-

nos, John sente seu coração se aquecer. Experimenta grande confiança em Cristo e recebe a segurança de que Deus havia perdoado seus pecados. Essa experiência espiritual extraordinária é assim narrada em seu diário: “Cerca das oito e quinze, enquanto ouvia a preleção sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração”. Nos 50 anos seguintes, Wesley pregou em média três sermões por dia; a maior parte ao ar livre. Houve uma vez que pregou a cerca de 14 mil pessoas. Milhares saíram da miséria e imoralidade e cantaram a nova fé nas palavras dos hinos de Charles Wesley, irmão de John. Os dois irmãos deram à religião um novo espírito de alegria e piedade.

Igreja

Como não havia muitas oportunidades na Igreja Anglicana, Wesley pregava aos operários em praças e salões – muito embora ele não gostasse de pregar fora da Igreja –, e tornou-se conhecidíssima esta sua frase: “O mundo é a minha paróquia”. Influenciados pelos/as morávios/as, John e seu irmão Charles organizaram pequenas sociedades e classes dentro da Igreja da Inglaterra, liderados por leigos/as, com os objetivos de compartilhar, estudar a Bíblia, orar e pregar. Logo o trabalho de sociedades e clas-

“No dia 24 de maio de 1738, numa pequena reunião na rua Aldersgate, em Londres, ouvindo a leitura de um antigo comentário escrito por Martinho Lutero, pai da Reforma Protestante, sobre a carta aos Romanos, John sente seu coração se aquecer. Experimenta grande confiança em Cristo e recebe a segurança de que Deus havia perdoado seus pecados”

ses seria difundido em vários países, especialmente nos EUA e na Inglaterra, e estaria presente em centenas de sociedades, com milhares de integrantes. Com tanto serviço, Wesley andava por toda a parte a cavalo, conquistando o apelido de “O Cavaleiro de Deus”. Calcula-se que, em 50 anos, Wesley tenha percorrido 400 mil quilômetros e pregado 40 mil sermões, com uma média de 800 sermões por ano. John Wesley deixou um legado de 300 pregadores/ as itinerantes e mil pregadores/ as locais. A Igreja Metodista, como Igreja propriamente, organizou-se primeiro nos EUA e depois na Inglaterra (somente após a morte de Wesley no dia 2 de março de 1791).

Legado

Além de milhares de convertidos/as e encaminhados/as para a santificação cristã, houve também obras sociais dignas de destaque, como estas:

• Dinheiro aos/às pobres (Wesley distribuía); • Compêndio de medicina (Wesley escreveu e foi largamente difundido); • Apoio na reforma educacional; • Apoio na reforma das prisões; • Apoio na abolição da escravatura; • Atualmente, o total de membros da comunidade metodista no mundo está estimado em 75 milhões de pessoas. O maior grupo concentra-se nos Estados Unidos: a Igreja Metodista Unida nesse país é a segunda maior denominação protestante; • Hoje, além dos/as segui-

dores/as do Metodismo, a vida de muitos/as é influenciada pela missão de Wesley; • Movimentos posteriores como o Movimento de Santidade e o Pentecostalismo devem muito a ele; • A insistência wesleyana na busca da santificação pessoal e social contribuem significativamente para a ideologia da busca de uma vida e mundo melhor; • A Igreja Católica Romana recebeu indiretamente alguns conceitos de Wesley quando o cardeal John Henry Newman uniu-se a ela, vindo da Igreja Anglicana e concretizando em reformas litúrgicas, sociais, carismática e teo­ lógica desde o Concílio Vaticano II. Faleceu a 2 de março de 1791, em Londres, Inglaterra. Encontra-se sepultado em Wesley’s Chapel, Grande Londres, Inglaterra.

Fontes consultadas 1. http://freemasonry.bcy.ca/biography/wesley_j/wesley_j.html 2. Dan Graves. John Wesley's Heart Strangely Warmed. Christianity. 2007. 3. The Journal of Reverend John Wesley». T Mason, G Lane. 1837. p. 138. 4. http://www1.uol.com.br/bibliaworld/igreja/historia/metod.htm 5. LOCKMANN, Bispo Paulo; CONSTANTINO, Zélia. Seguir a Cristo, manual de discipulado. 6. Wesley, John (1744). Primitive Physic, Or, An Easy and Natural Method of Curing Most Diseases. 7. Brycchan Carey (2002). John Wesley (1703-1791). Brycchan Carey. 8. John Wesley (em inglês) no Find a Grave.


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MÍDIA Setembro de 2017 | www.expositorcristao.com.br

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NOTÍCIAS

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GIRO DE

O QUE FOI DESTAQUE NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO

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PRÊMIO ARETÉ 2017 O jornal Expositor Cristão é novamente finalista no prêmio Areté, entregue durante a Feira Literária Internacional Cristã (FLIC). O reconhecimento foi conquistado nos dois últimos anos pelo veículo, como sendo o melhor jornal evangélico do país. Quem também compõe a lista de finalistas da Angular Editora é a série de vídeos do Programa Mais Um Pouco, do Departamento Nacional de Escola Dominical.

REPRESENTANTES FEMININAS FALAM SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA IGREJA

O Projeto Panamá 2017, liderado pela Agência Malta da Confederação Metodista de Jovens, reuniu-se este ano na cidade do Panamá, na Igreja Metodista em Pedregal. Ao todo participaram 17 jovens do Brasil e teve participação de jovens da igreja local de Pedregal, no Panamá.

© RODRIGO DE BRITOS

PROJETO PANAMÁ

NO CENÁCULO: O secretário regional do Upper Room (El Aposento Alto) para América Latina, Jorge Berríos, visitou o Brasil durante o mês de agosto e participou de uma série de programações organizadas pelo no Cenáculo e pela Sede Nacional da Igreja Metodista. NOTA DE FALECIMENTO: A Igreja Metodista brasileira se despediu no dia 8 de agosto do Reverendo Sérgio Arantes Pinto, atuante na 4ª Região Eclesiástica. O Reverendo foi reitor no Instituto Metodista Granbery entre os anos de 1978 e 1985 e sua história foi marcada por um forte comprometimento com a doutrina metodista.

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TEMER INOCENTADO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Em pronunciamento oficial no dia 2 de agosto, Michel Temer falou sobre as reformas propostas pela presidência, que devem seguir após a rejeição de denúncia por corrupção passiva. Um dos deputados que disseram “sim” ao arquivamento da denúncia foi Áureo Ribeiro do Solidariedade (RJ). Houve várias manifestações contra o posicionamento do deputado, que afirma estar vinculado à Igreja Metodista.

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RÁPIDAS

CHARLOTTESVILLE O site oficial da Igreja Metodista Unida publicou, em agosto, a carta dos pastores latinos da Conferência da Virgínia, que se pronunciaram sobre as manifestações racistas ocorridas no último dia 12 de agosto na cidade de Charlottesville. Os Metodistas Associados Representando a Causa Hispânica/Americana (MARCHA) também se pronunciaram.

Assim, nossa expectativa é de que o diálogo lúcido, a corresponsabilidade e a mútua cooperação superem as razões que têm mantido esta paralisação das atividades docentes BISPO LUIZ VERGÍLIO B. DA ROSA, PRESIDENTE DO COLÉGIO EPISCOPAL, SOBRE A GREVE NA UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA (UNIMEP)

AS MATÉRIAS MAIS ACESSADAS NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO

BARCO HOSPITAL

30% DE DESCONTO PARA METODISTAS

O Barco Hospital, um dos Projetos Missionários da Região Missionária da Amazônia (REMA) da Igreja Metodista, foi tema de reportagem veiculada pela TV Record, no programa Fala Brasil.

As Instituições Metodistas de Ensino Superior de todo o país mantêm uma condição especial para membros da Igreja Metodista de todo o país: 30% de desconto em cada mensalidade nos cursos de graduação e pós-graduação a partir da segunda mensalidade.

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MAIS LIDAS

A Sede Nacional da Igreja Metodista, em São Paulo, acolheu no mês de agosto a reunião com o tema “Violência Contra a Mulher - Como ir mais adiante na prevenção e no cuidado com as vítimas”. Entre as onze mulheres que participaram do encontro, marcaram presença pastoras metodistas, presidente e representantes da Confederação Metodista de Mulheres (CMM), professoras das Instituições de Ensino e missionárias em âmbito nacional e internacional. Entre elas, a Dra. Cristina Werner, psicóloga e terapeuta, que recebeu o convite da Bispa Marisa de Freitas para falar às representações sobre o tema, e a Pastora Genilma Boehler, que atua na Universidade Bíblica Latino-Americana, em São José, na Costa Rica, conduzindo a conversa sobre possíveis ações que podem existir nas igrejas para acolher mulheres vítimas de agressão. Durante o encontro, a campanha internacional #QuintaFeiraUsoPreto, promovida no Brasil pela CMM, ganhou destaque. Com os bótons da ação, elas gravaram vídeos de depoimentos que serão publicados em nossos canais oficiais e redes sociais, com o objetivo de trazer conscientização sobre o tema. O Jornal Expositor Cristão cobriu o evento, e você confere o álbum de fotos completo em nosso Flickr. Foram concedidas entrevistas para o PodCast Giro de Notícias #032, programa semanal publicado pelo veículo. Confira em nosso site o material completo e entrevistas que falam sobre o papel da igreja diante de denúncias de violência contra a mulher.


PÁGINA DA CRIANÇA

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Setembro de 2017 | www.expositorcristao.com.br

O que desejamos para o futuro da nação? AUTONOMIA A palavra esperança vem do latim sperare, sentimento que leva o homem e a mulher para o futuro, sendo assim, fico pensando se estamos tendo esperança em relação aos nossos filhos, filhas, uma vez que muitos pais estão delegando a educação dos/ as seus/as filhos/as à igreja, à escola, à babá… E como agravante, muitos pais dizem uma coisa e fazem outra, pedem para a criança não mentir e mentem. Palavras precisam andar junto de atitudes, lembrando que as crianças aprendem pelo exemplo. Cada pai e mãe precisa avaliar se estão cumprindo o seu papel de ensinar à criança o caminho em que deve andar, em Dt 6.7 lemos que a responsabilidade de instruir, de ensinar é dos pais. Tu as inculcarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa e andando pelo caminho e ao deitar-te e ao levantar-te. Portanto, se estamos terceirizando a

educação dos nossos filhos, filhas, precisamos pedir perdão a Deus e voltarmos ao Evangelho. A esperança de um mundo melhor precisa caminhar junto de um ensino eficaz da palavra de Deus, para que eles/as tenham seu caráter forjado na sabedoria que vem do Senhor. Voltemos ao Evangelho, caso contrário teremos uma geração de mimados/ as, corruptos/as. A criança precisa ser vista não apenas como o futuro da nação, da igreja ela já é o agora, o hoje. Ela é reino, se delas é o reino, que tipo de reino estamos formando? reino de amor, paz, justiça… Ou Reino das trevas? Segundo o dicionário Aurélio, esperança é o sentimento de quem vê como possível a rea­lização daquilo que se deseja. O que estamos desejando para o futuro da nação? Adultos/as bem preparados/as, sábios/as ou adultos/as tolos/as, corruptos/as, mentirosos/as? Pensemos nisso!

UMA HISTÓRIA QUE JÁ TEM 87 ANOS

Ajude o pastor e as crianças a chegarem à igreja.



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