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Campanha Nacional de Evangelização 2007 Jesus, nossa maior segurança “Corro direto para a linha de chegada a fim de conseguir o prêmio da vitória. Esse prêmio é a nova vida para a qual Deus me chamou por meio de Cristo Jesus”. Filipenses 3.14 Esforço, disciplina, perseverança e, sobretudo, paixão! Virtudes que encontramos nos grandes atletas também estão presentes nos servos e servas de Deus que se dedicam à evangelização. Mas pregar a mensagem do Evangelho nos dias de hoje requer também uma boa dose de coragem: é necessário combater o pecado que gera injustiça, violência e morte. Em todo o país,

convive-se diariamente com o medo, que faz as pessoas instalarem trancas em suas portas e em seus corações: o povo carece de esperança e amor. Diante de nós está o desafio de romper as barreiras do medo e, na certeza de que “Jesus é nossa maior segurança”, levar ao mundo o Evangelho de vida e paz – com o vigor do atleta e a humildade de um verdadeiro servo de Deus.

Veja neste encarte: * Os filhos de Deus não foram chamados para se esconder em cavernas. Reflexão do Bispo Paulo Lockmann * Esporte, saúde e vida em abundância. Como o esporte ajuda na redução da criminalidade e o papel da Igreja nesta missão. * Plano para a Campanha de Evangelização nas igrejas locais. Orientações sobre conteúdos e métodos de evangelização.


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Jesus, nossa maior segurança Os filhos de Deus não foram chamados para se esconder em cavernas.

Sempre que falamos da história de Gideão no capítulo seis do livro de Juízes, nós enfatizamos os trezentos guerreiros escolhidos por Deus para vencer os midianitas. Mas este é praticamente o fim da história... A história de Gideão começa com uma promessa de libertação. O mais trágico desta história é que não foi a primeira vez que Israel precisou ser liberto. Diziam os israelitas: “Nossos pais nos contaram como o Senhor, com mão forte, nos tirou do jugo do Faraó e da terra do Egito”. E eis que, novamente, eles se encontram sobre opressão — e sobre opressão causada pelo próprio pecado; o texto bíblico diz isso claramente. Nós também vivemos no Brasil uma situação de cativeiro: o povo está sob o jugo da violência e da opressão. Mas, quando o mal se instala, como fruto do pecado e da insensibilidade do coração do povo em atender à voz de Deus, é preciso voltar ao exemplo bíblico. Todas as reformas religiosas em Israel se dão com o restabelecimento da autoridade das Escrituras sobre a vida do povo. Isso também acontecia nos tempos de Gideão também. E a situação era tão vexatória que eles tinham que cavar covas para si... Você símbolo de morte mais impressio-

nante do que este? O texto é muito claro, você já prestou atenção nisto? Está em Juízes 6.2: “Prevalecendo o domínio dos midianitas sobre Israel, fizeram estes para si, por causa dos midianitas, as covas que estão nos montes e as cavernas e as fortificações”.

Força missionária Antes você andava livremente na calçada. Agora, em muitas cidades brasileiras, as grades tomaram conta das calçadas. Prédios de apartamentos, residências e casas de comércio parecem verdadeiras fortificações, com suas grades e portarias eletrônicas. As covas estão abertas... Quantas histórias de violência não temos visto pelos meios de comunicação, ou não temos vivenciado diretamente? Este é o jugo do mal. Mas Deus está levantando a sua igreja para resistir a esse jugo do mal. Ele espera que a sua Igreja seja uma força missionária de resistência. Nós não fomos chamados por Deus para morar em covas e cavernas, escondidos e com medo. As trevas não resistem à força e ao poder de Deus, que está disponível à Igreja do Senhor. Há lugares tenebrosos nos quais a Igreja entrou com um ponto missionário e ladrões e trafi-

cantes foram tocados pelo poder de Deus. Você já parou para pensar quantos bairros estão esperando que nós, Igreja, os libertem do mal? Quantas pessoas estão esperando para serem “resgatadas das covas” pelos cristãos? Deus nos criou para sermos instrumento da sua bênção . Nos tempos de Gideão, exatamente como é hoje, a coisa ficou num estado tal, que o povo começou a buscar ao Senhor. Então, Deus enviou um profeta para dizer-lhes por que eles estavam naquela condição. A palavra do profeta foi dura: “Vocês não deram ouvidos ao Senhor”. Mas ele disse também: o Senhor continua vivo, o Senhor continua querendo operar. Interessante é notar em que momento começou o clamor do povo. Sabe quando? Apenas quando a desgraça tocou no bolso; quando começou a sumir o trigo e a carne. Queridos irmãos/ãs, por que nós esperamos que coisas ruins comecem a acontecer para nos convencermos de que a nossa esperança está no Senhor nosso Deus? Por que tem que vir primeiro a aflição para nos darmos conta de que precisamos jejuar mais, para nos darmos conta de que precisamos buscar mais o Senhor? Gosto de rememorar a disciplina que Wesley tinha. Ele continua sendo uma referência histórica. Ele era um homem que orava pelo menos quatro horas por dia. Naturalmente Deus tinha que fazer coisas tremendas com ele! Este é um exemplo para seguirmos. Não vamos mais nos esconder em cavernas. Não vamos esperar a aflição. Vamos buscar ao Senhor! Vamos conhecer a força do seu poder! Aliança com Deus Nestes dias difíceis, Deus precisa de homens e mulheres valentes como Gideão. Eu às vezes fico pensando que Deus tem senso de humor, pois a primeira descrição do comportamento de Gideão dá a entender que ele não tinha nada de valente... Gideão estava encolhido, escondido, colhendo o máximo de trigo que podia a fim de

esconder na cova, para que, quando os amalequitas viessem, não encontrassem nada na terra de seu pai e eles tivessem o que comer. No entanto, o anjo olha para ele e diz: “Homem valente!” Quando Deus olha para você e para mim ele não vê apenas o que somos, mas o que podemos nos tornar em suas mãos. Se Deus escolhesse os melhores, eles possivelmente poderiam pensar assim: “Eu sou bom mesmo, Deus me escolheu”. No entanto, ele olha para aquele jovem da família mais pobre de Israel, Gideão, todo encolhidinho, escondido e diz: “homem valente”! Será que estamos duvidando que Deus possa fazer coisas grandiosas? É Deus quem faz a obra, somos apenas os instrumentos. Nestes dias difíceis, Deus precisa de “pessoas valentes” que preservem a comunhão, a aliança com Deus. Homens e mulheres que mantenham a integridade de seu caráter e que aceitem desafios vindos de Deus. Gideão era um servo assim, Moisés era um servo assim, Paulo era assim... Nas muitas prisões pelas quais passou ele estava sempre pronto, o lucro dele era servir ao Senhor. Ofereça a Deus os teus dons e deixe Deus operar através da tua vida, assim como fez com Gideão. Por tudo ele não parecia ser o mais valente, pois os valentes costumam ser ousados, atirados, Gideão não! Ele quis uma prova de Deus antes. Ele deve ter pensado: “Eu vou à luta mas tenho que ter a certeza de é o Senhor mesmo quem estará à frente”. Pois Deus concedeu a prova que ele pedia e o pôs à prova também. “Ah é? Você quer levar um imenso exército? Não! Serão só trezentos homens, para que você saiba que quem peleja sou eu! Confie nisso. Deus deseja abençoar pessoas que não estão satisfeitas com a situação que existe. “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano, o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Coríntios 2.9). Paulo Lockmann, Bispo da 1ª Região Eclesiástica


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O anúncio da vida plena “Em vim para que tenham vida, e a tenham em abundância...” Um jovem universitário, solitário e amargurado, tira a vida de mais de trinta colegas, num tiroteio incontrolável que culmina em suicídio. Um menino é arrastado até a morte pelas ruas da cidade, preso à porta de um carro levado por assaltantes. Uma jovem planeja o assassinato dos próprios pais. Violências que parecem exceder todos os limites da maldade humana chocam o Brasil e o mundo. Infelizmente, não são casos isolados. Todos os dias, alguém morre vitimado por uma bala perdida, alguém sofre violência dentro do próprio lar, alguém é agredido por palavras de desamor, alguém é vítima da fome. E a esperança parece morrer no coração das pessoas... Mas Jesus é ressurreição e vida. E a Igreja está sendo chamada a anunciá-lo e levar aos corações que sofrem dor e insegurança, palavras e ações que trazem esperança e vida. Jesus é nossa maior segurança! E nós somos aqueles aos quais ele deu a missão: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura”. O Plano Nacional Missionário, aprovado no 18º Concílio Geral da Igreja Metodista, explica que a expressão “Ação Missionária” abrange todas as dimensões da Vida e Missão da Igreja: adoração, pastoreio, discipulado, educação, ação social, comunicação, evangelização, administração e expansão missionária. Veja o que diz o texto: A Igreja Metodista responde a Deus neste início de século e milênio procurando ser uma ‘Igreja - comunidade missionária a serviço do povo, espalhando a santidade bíblica sobre toda a terra’. O povo no Brasil vive as agruras de uma sociedade injusta e desumana. Entramos no século XXI com a perversa hegemonização dos processos de globalização que, no caso brasileiro e latino-americano, aprofundam nossa dependência e põem em xeque nossas identidades culturais. O lado perverso desse processo tecnológico-econômico é a brutal exclusão social. Em nosso país, os excluídos contam em dezenas de milhões.

São mais que miseráveis. São não-cidadãos que sequer contam nos processos de organização social. Escuta-se em toda parte o clamor desse sofrimento.

Neste contexto, missão é convocação e envio e evangelização é o conteúdo da missão, diz o documento. A Igreja necessita experimentar de modo cada vez mais claro que sua principal tarefa é repartir fora dos limites do templo o que ela de graça recebe do seu Senhor. A Missão acontece quando a Igreja sai de si mesma, envolve-se com a comunidade e se torna instrumento da novidade doReino de

Missionário. “Para cumprir essa tarefa, a Igreja é enviada em direção às necessidades das multidões (Mt 9.35-38). A multidão que seguia a Jesus estava cansada, aflita e era como ovelhas sem pastor. Era gente de todos os lugares, sem casa, sem trabalho e sem esperança. Jesus, comovido pelo quadro, chama alguns discípulos e os envia ao encontro dessas pessoas carentes do amor e da graça de Deus”.

Uma boa notícia Tal como as multidões que seguiam a Jesus, a população de nosso país também sofre com a falta de emprego, de moradia, de seguran-

universitários, que recebem bolsa de estudo e oferecem o trabalho social em contrapartida. As estatísticas da Secretaria Estadual indicam que o número de homicídios nas imediações das escolas integrantes do programa chega a diminuir em até 56%. Os furtos também tiveram uma redução de quase 40%. É uma notícia carregada de esperança! Contudo, mesmo diante de números tão positivos, o governo estadual anunciou a retirada de várias escolas deste projeto que poderia inspirar outros estados brasileiros a realizar ações semelhantes. Várias escolas voltarão a ficar fechadas aos finais de semana e as famílias – adultos, jovens e crianças – voltarão às ruas, aos bares e aos pontos de tráfico. A continuidade deste projeto depende de um verdadeiro compromisso com a vida, algo que deveria estar acima das preocupações financeiras e eleitorais.

Espaços de amor cristão

Deus” (PVMI, Cânones 2002, p.82). A Igreja Metodista define a missão como sendo “A Missão de Deus”. Ela consiste em “estabelecer o seu Reino. O Reino de Deus é o alvo do Deus Trino e significa o surgimento do novo mundo, da nova vida, do perfeito amor, da justiça plena, da autêntica liberdade e da completa paz” (Plano Quadrienal da IM, 1979-1982, p. 36). (...) Por meio da evangelização, a Igreja diz ao mundo que Deus tornou-se carne em Jesus Cristo para identificar-se com as necessidades e angústias do homem e da mulher, oferecendo libertação e salvação de todos os males que os afligem.”

Por isso, é fundamental que a Igreja esteja sensível às necessidades da população, afirma o Plano

ça, de boa educação e de espaços sadios de lazer e cultura. As más notícias tomam conta dos meios de comunicação. Vez por outra, porém, uma boa notícia ocupa um tímido lugar nas páginas do jornal... Pesquisas indicam que a oferta de opções de esporte, lazer e cultura ajuda a diminuir os índices de criminalidade da sociedade, sobretudo na população mais jovem (que é uma das mais afetadas pela violência). Um exemplo disso é o programa Escola da Família, desenvolvido pela Secretaria de Educação do estado de São Paulo. Nos finais de semana, algumas escolas públicas estaduais permanecem abertas à comunidade, oferecendo diversas atividades esportivas, artísticas e culturais para pessoas de todas as idades. Estas atividades são monitoradas por jovens

E a Igreja, tem este compromisso com a vida? Sim, a Igreja de Cristo deve seguir os passos do Mestre na missão de “evangelizar aos pobres, proclamar libertação aos cativos e restauração de vista aos cegos, por em liberdade os oprimidos e apregoar o ano aceitável do Senhor”, conforme o texto de Lucas 4.18. Nesta missão, a Igreja pode agir de múltiplas maneiras, a partir das necessidades específicas de sua comunidade e região. Uma destas maneiras é oferecendo espaços de convívio sadio à população de seu bairro e cidade, abrindo as portas da Igreja para atividades de lazer e cultura, além das atividades de celebração e ensino da Palavra de Deus. Na medida de suas possibilidades, as igrejas metodistas devem estar de portas abertas não apenas aos domingos, mas em outros dias da semana. Este é um desafio que exigirá muita dedicação e fé. E muita oração de todo o povo chamado metodista, para que dê, a cada irmão e irmã envolvida nesta missão, o discernimento e a força para prosseguir. Suzel Tunes


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Plano para a Campanha de Evangelização nas igrejas locais Orientações sobre conteúdos e métodos de evangelização A Campanha Nacional de Evangelização tem como objetivos: * Cumprir o Plano Nacional Missionário, no qual os metodistas comprometem-se a: * Produzir um zelo evangelizador na vida de cada metodista, de cada igreja local. Que a paixão evangelizadora existente no coração de João Wesley, “nada saber senão ganhar almas”, sentimento equivalente a incluir vidas no caminho da salvação, seja sempre presente em nossas múltiplas expressões ministeriais. Que essa paixão esteja no centro das ações previstas nos Planos de Ação em todos os níveis da Igreja. Acima de tudo, isso acontece mediante o testemunho de vidas santificadas pela graça do Espírito que atua em nossas Igrejas, transformando-nos em “sal da terra e luz do mundo” (Plano Nacional Missionário). * conquistar novas vidas para Jesus * incentivar as igrejas a abrirem as suas portas para atender às necessidades da comunidade, oferecendo atividades esportivas, artísticas ou culturais. * realizar projetos comunitários, mutirões e outras ações sociais * exercer pastoral profética junto à sociedade no testemunho do evangelho de Cristo Jesus * cuidar das pessoas e famílias que necessitam de amor e solidariedade. Os passos da campanha: 1) Uma reunião com os coordenadores(as) de ministérios e grupos societários convocada pelos pastor ou pastora, com a seguinte pauta: Planejamento e organização da Campanha Nacional de Evangelização. Os itens para esta reunião podem ser: a) Levantamento das necessidades sociais e espirituais da comunidade local. b) Levantamento dos desafios e oportunidades da igreja local (recursos humanos e financeiros) c) Resposta às questões: o que fazer? Quem fará? Quando fazer? Onde? Quanto custará? Importante: dependendo das condições, a igreja local pode optar pela realização da campanha juntamente com outra comunidade da cidade ou distrito. d) Divulgação das ações da Igreja através de faixas, cartazes, anúncios no rádio, jornal ou TV locais, serviço de som, boletins, visitas a membros afastados, convite especial à vizinhança e autoridades, distribuição de folhetos no bairro etc. e) Jornadas de oração e avaliação do trabalho. Ao longo da campanha, os(as) participantes devem promover reuniões especiais para oração, estudo e fortalecimento mútuo. Nessas reuni-

ões busca-se não apenas avaliar as conquistas e dos desafios do trabalho, mas também o discernimento e apoio em Deus e nos irmãos para o prosseguimento da missão. Sugestões de atividades Veja algumas dicas de atividades que a igreja local pode adaptar, de acordo com seus próprios recursos e necessidades de seu bairro. A partir destas idéias, com criatividade, discernimento e, sobretudo, fé, a igreja local pode estabelecer suas próprias ações. É importante que a igreja não desanime diante da falta de recursos, mas procure adaptar-se à sua própria realidade. Um projeto simples pode gerar grandes frutos. • Escolinhas de esportes - igrejas que dispõem de quadras e pessoal qualificado (professores e alunos de educação física, contratados ou voluntários) podem oferecer, ao longo da semana ou aos sábados, aulas de esportes para crianças, jovens e adultos da comunidade. O tipo de esporte oferecido dependerá dos recursos materiais e pessoais da igreja local ou de um conjunto de igrejas do distrito que queiram organizar um trabalho em parceria. • Campeonatos de futebol, vôlei, xadrez, etc - Um simples terreno baldio do bairro pode ser tornar um espaço de encontro com crianças e adolescentes da comunidade; uma sala da igreja pode abrigar um campeonato de xadrez para pessoas de todas as idades. As atividades propostas aqui são informais e não requerem profissionais especializados, apenas pessoas com disposição para monitorar atividades recreativas garantindo a organização do evento e a segurança dos(as) participantes. • Projeto Sombra e Água Fresca Este projeto da Igreja Metodista já tem sete anos de existência e é especializado na educação cristã. Oferece atividades sócio-educativas (reforço escolar, estudo bíblico, lazer, esporte...) para crianças e adolescentes de seis a catorze anos. As igrejas que querem desenvolver este trabalho recebem toda orientação necessária por parte da organização do projeto. • Atividades para terceira idade: canto coral, alongamento, ginástica, xadrez, artesanato, dança, sessão de cinema, informática. Manter-se ativo – física e socialmente – é fundamental manter a qualidade de vida na terceira idade. Atividades que envolvem trabalho corporal requerem profissionais especializados (terapeutas ou geriatras), voluntários ou contratados. Atividades artísticas e culturais só requerem disposição e criatividade. Observação: essas atividades sugeridas podem ser adaptadas para diversas faixas etárias.

Importante Checar estrutura do local, número de participantes, número de voluntários e divisão de tarefas previamente. Se a atividade for realizada dentro de dependências da igreja, é necessário que haja infra-estrutura adequada (mesas, cadeiras, banheiros) e cuidados com segurança (havendo crianças pequenas, há que se ter cuidado com escadas e janelas). Nas atividades externas (praça ou quadra de esportes do bairro, “campinho”, parque) o cuidado com a segurança deve ser ainda maior e, geralmente, requer um número maior de voluntários, especialmente nas atividades voltadas às crianças. Devem ser estabelecidas estratégias para primeiros socorros (há medicamentos na Igreja? Caixas de primeiros-socorros? Em caso de acidente, como será feito o transporte ao pronto-socorro?). Determinar se será servido lanche durante as atividades e quem o providenciará.

Orientações para a prática de evangelismo As atividades oferecidas pela Igreja podem incluir momentos coletivos de celebração e estudo da Palavra ou atendimento pastoral individual. As mensagens devem ser curtas e objetivas. Os textos lidos não devem ser muito extensos. Se possível, use também uma tradução na linguagem de hoje. Veja, a seguir, algumas orientações práticas: • Perceber a hora oportuna de falar de Jesus. • Respeitar quando o ouvinte não está disposto a conversar. • Adotar postura de humildade e respeito (a missão do evangelista é transmitir as Boas Novas de Jesus, não discutir doutrinas). • Nas circunstâncias de conflitos, ter postura de conciliação. • Nas músicas cantadas durante atividades, priorizar aquelas cujos conteúdos abordam temas como esperança, paz, conversão, união. • Dar folheto com o endereço da igreja local e horários de culto. • Oferecer literatura cristã para o crescimento da fé de quem é evangelizado. • Perguntar se a pessoa atendida pela igreja gostaria de receber visita em casa e consultá-la sobre o melhor dia e horário para esta visita. • No caso de atividades que envolvam apenas crianças, fazer um cadastro com endereços das famílias e estabelecer contato. • Nas visitas, sair de dois em dois; evitar situações que possam ser mal-interpretadas, observando a composição das duplas: homens e mulheres.

Perceber as necessidades espirituais e materiais das pessoas. Falar de Cristo, orar, mas também ajudar o necessitado de forma prática.

Avaliação dos resultados “Eis que um semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho... outra, afinal, caiu em boa terra; cresceu e produziu a cento por um”. Lucas 8.4-8. Como se “mede” o sucesso de uma Campanha de Evangelização? Tendo a igreja cheia no domingo seguinte? No mês seguinte? Cuidado! A lógica de Deus não é a mesma lógica dos homens; a Igreja não é uma empresa. A expectativa de crescimento numérico imediato pode gerar frustração e desânimo aos(às) participantes da Campanha. Lembre-se que o trabalho do evangelista é como o do semeador, a quem compete jogar a semente com todo carinho e cuidado, orando para que venham os frutos no devido tempo. É para o Senhor Jesus que devemos ganhar vidas; não para nossa igreja. E se parecer que os frutos demoram, reavalie as ações (será que a mensagem transmitida está sendo compreendida pela comunidade, a igreja está sabendo se comunicar com a população? Há envolvimento de toda a igreja na campanha? Existe demora no aparecimento de resultados ou apenas ansiedade por parte da igreja?) e busque a Deus em oração. A evangelização é um desafio de fé! LEMBRE-SE: Esta campanha tem caráter permanente. As atividades oferecidas a uma comunidade devem ter prosseguimento. Contudo, a cada final de mês pode ser feito um “Culto da Colheita”, um momento de celebração em agradecimento às vidas alcançadas para Jesus. Mas este é apenas o primeiro passo do trabalho da Igreja. O Plano Nacional Missionário diz: “aa tar tareefa de evangelizar não termina com a c o nv e r são o d os so mos cco in uasão.. T To somos ntin inuao nt mente discípulos e discípulas. Formar-se no Evangelho significa assumir progressivamente a mente de Cr ist o, o se u amo isto seu amorr, o se serr v iço mise miserr ico rdioso e o cult d oso da fé cultiivo pie pied fé”. Secretaria Executiva para a Vida e Missão Para mais informações, subsídios e capacitação: Sede Nacional da Igreja Metodista: (11) 6813-8600. A Sede Nacional dispõe de folhetos e publicações específicas para evangelização e discipulado. Projeto Sombra e Água Fresca: tel. (31) 3447 0373 ou Email: projetosaf@yahoo.com.br Pastoral da Terceira Idade ou instituições especializadas no atendimento a idosos: nas sedes regionais.


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