Opinião
Editorial
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A voz de um ‘pequeno’ país
N
este último mês de 2013 surge um órgão de comunicação social que abrange os concelhos de Sintra, Amadora e Lisboa. É claramente o nascimento numa era de contraciclo, em que muitos dos órgãos de comunicação têm fechado portas devido às dificuldades económicofinanceiras que afectam o país. A economia interna está estagnada e o comércio vive dias difíceis. O Expresso da Linha nasceu numa altura conturbada da sociedade portuguesa em que estão em causa direitos básicos dos cidadãos, no acesso à saúde, à habitação e ao emprego. As dificuldades são muitas. O elevado desemprego, as dificuldades de mobilidade, a fome, são temas diários da imprensa nacional. E bem. Temos o dever de traçar a realidade e alertar as pessoas para os problemas que todos enfrentamos enquanto nação, bem como para a problemática da perda de soberania do país face aos interesses estrangeiros. Estamos atentos às consequências da actuação política que faz refém o país desta selvática austeridade. O Expresso da Linha é um projecto independente, plural e apartidário e abrange os concelhos de Sintra, Amadora e Lisboa. É uma área extensa onde residem milhares de pessoas. Esta área representa um pequeno país dentro de um país. Portanto, as questões que afectam Portugal têm grande representativade na área de actuação do nosso projecto editorial. Espera-nos um ano difícil. 2014 será mais um ano de consolidação orçamental, de mais impostos, de mais cortes de despesa, o que, face às politicas deste Governo só poderá significar mais dificuldades, mais desemprego, mais miséria. À hora de fecho desta edição o mundo ficou a saber da morte de Nelson Mandela, um homem que representa os valores que todo e qualquer jornalista se deve reger: a luta pela liberdade e pela verdade. Porque os jornais e a liberdade de imprensa estão na primeira linha de qualquer democracia. w jreis@expressodalinha.pt
Não ao acordo ortográfico A redacção do novo projecto editorial regional, Expresso da Linha, não vai adoptar o novo acordo ortográfico. Esta é mais uma mostra de irreverência e contestação a um acordo que já foi adoptado em diversas instituições e órgãos de comunicação social, que põe em causa até a própria cultura do nosso país. Porque é certo que a língua é a mesma, mas é falada de diversas formas nos vários cantos do mundo lusófono. Esta é uma posição que surge porque este é um assunto que não foi ainda convenientemente resolvido, uma vez que países como Brasil ou Angola se recusam a adoptá-lo, bem como várias entidades portuguesas. 2 ExpressodaLinha |
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06 de Dezembro 2013
A torre do Cabo da Roca e o direito à paisagem (…) A instalação da torre que ora desfigura o Cabo da Roca, icónico local visitado por turistas de todo o mundo e património português, e sintrense em particular, é um exemplo do desrespeito aos direitos da colectividade, transfigurando a estética do local sob argumentos equívocos de necessidades de defesa nacional. E de poluição visual. A poluição visual é uma espécie do género poluição, devendo-se caracterizá-la como a degradação da qualidade ambiental do bem de uso comum, no caso, os espaços públicos livres e abertos à colectividade. Contra a poluição visual e pelo direito à paisagem, respaldados no Direito Internacional e atento o princípio da proporcionalidade pelo qual entre uma localização que bem poderia ter escolhido outro espaço e a defesa do Promontório da Lua optou por o desfeitear e aviltar, há que optar pela defesa do interesse público primário que a defesa do local e da sua integralidade paisagística, histórica e monumental representam. Antes que se acordem os Adamastores da Roca…
Estatuto Editorial 1. O jornal Expresso da Linha é um órgão de informação local e regional, centrado na região da Grande Lisboa, com uma ou mais edições locais que podem abranger vários concelhos, mas assegura a presença global através da internet. 2. O Expresso da Linha é um projecto independente, apartidário e plural. 3. A versão ou versões impressas do jornal Expresso da Linha têm uma periodicidade quinzenal. 4. A página do Expresso da Linha na internet complementa a versão ou versões impressas e tem actualização permanente. 5. O Expresso da Linha rege-se pelos valores éticos e deontológicos do jornalismo e assenta em critérios de rigor e isenção, respeitando todas as opiniões ou crenças.
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06 de Dezembro 2013 sexta-feira
| ExpressodaLinha 3
Destaque world travel awards
Melhor empresa do mundo em conservação A empresa que gere monumentos como os palácios da Pena, de Monserrate, de Sintra e de Queluz, bem como o Castelo dos Mouros, venceu o World Travel Award. Joaquim José Reis w jreis@expressodalinha.pt
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06 de Dezembro 2013
A empresa pública Parques de Sintra Monte da Lua (PSML) venceu o World Travel Award de “Melhor empresa do mundo em conservação”. Este prémio, considerado o Óscar do Turismo, foi entregue numa cerimónia em Doha, no Qatar. A votação do prémio internacional é realizada pelo público em geral e por mais de 200 mil profissionais de agências de viagens e turismo oriundos de 160 países. A cerimónia que decorreu a 30 de Novembro contou com a presença do presidente da empresa, António Lamas, e do secretário de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza, Miguel Castro Neto. O presidente do conselho de administração da empresa, António Lamas, considera que este prémio internacional significa o “reconhecimento do enorme trabalho” feito pela PSML na área da conservação. “É o ‘Nobel do Turismo’ e vamos, certamente, ter efeitos positivos na atracção de turistas. Se não houvesse qualidade nos serviços que desenvolvemos, nada disto aconteceria, é um prémio que coloca a
w Portugal venceu 5 World Travel Awards
Melhor WTA w Destino de golfe w Hotel design: The Vine Hotel (Madeira) w Boutique resort: Vila Joya (Algarve) w Resort de lazer & spa: Conrad Algarve w Companhia de conservação: Parques de Sintra – Monte da Lua
empresa num patamar de nível mundial”, afirmou. O secretário de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza referiu que a PSML destronou a empresa sul-africana que há quinze anos consecutivos tem vencido esta categoria dos World Travel Awards. “Este prémio é extraordinariamente relevante, é um prémio de nível mundial, que reconhece não só a excelência da Parques de Sintra Monte da Lua no campo da conservação, mas também algo que nós perspectivamos como um centro estratégico para o nosso país, um sinal de que temos potencial para tornar Portugal um destino para o turismo de conservação da natureza e da biodiversidade”, afirmou. De acordo com o secretário de Estado, o Governo está empenhado numa estratégia de “crescimento verde”, que visa criar oportunidades de investimento em zonas protegidas ou classificadas para dinamizar estas áreas. “Estamos empenhados em desenhar, no âmbito do acordo de parceria que vai enquadrar o próximo Quadro Comunitário de
Claustro dos Capuchos n emigus
Palácio dos Mouros n emigus
1.100.000 visitas
Parques de Sintra Monte da Lua Os espaços geridos pela empresa receberam mais de um milhão e cem mil visitas, sendo 90% de turistas estrangeiros. Desde Setembro de 2012, a Parques de Sintra Monte da Lua é também responsável pelos Palácios Nacionais de Sintra e de Queluz, bem como pela Escola Portuguesa de Arte Equestre. A recuperação e manutenção destes espaços constituem os principais encargos da empresa e as suas fontes de receita são quase exclusivamente as provenientes das visitas que anualmente recebem. Os monumentos geridos pela empresa estão abertos durante todo o ano (com excepção dos dias 25 de Dezembro e 1 de Janeiro).
Palácio de Monserrate n emigus Palácio da Pena n DR
Apoio, todo um conjunto de instrumentos financeiros que vão alavancar investimentos públicos e privados visando dinamizar esta valorização dos recursos naturais”, afirmou. O prémio atribuído no Qatar vem juntar-se a vários já recebidos pela Parques de Sintra, que distinguiram o trabalho desenvolvido ao nível do acolhimento a visitantes e também da recuperação e do restauro dos parques e monumentos sob a sua gestão. A PSML é uma empresa de capitais públicos cujo financiamento advém das receitas de visitação do património que gere: Parque e Palácio da Pena, Chalet da Condessa d’Edla, Castelo dos Mouros, Palácio e Jardins de Monserrate, Convento dos Capuchos e Palácios Nacionais de Sintra e de Queluz. A empresa de capitais exclusivamente públicos foi criada em 2000 na sequência da classificação pela UNESCO da Paisagem Cultural de Sintra como Património da Humanidade, e tem como accionistas o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, a Direcção Geral do Tesouro e Finanças, o Turismo de Portugal e a Câmara de Sintra.
Chalet da Condessa D’Edla
Palácio da Vila n pmsl luís pavão
n emigus
Palácio de Queluz n psml carlos pombo
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Requalificação Urbana destaque
Câmara de Sintra compra Hotel Netto Parques de Sintra Monte da Lua, empresa que gere patrmónio como o Palácio da Pena ou o Castelo dos Mouros, tinha financiamento e negócio praticamente acertado.
600 mil euros
joaquim josé reis w jreis@expressodalinha.pt
A Câmara de Sintra vai exercer o direito de preferência na aquisição das ruínas do centenário Hotel Netto e impede, assim, a intenção de aquisição da Parques de Sintra Monte da Lua, da qual é accionista. O edifício do século XIX, que se encontra junto ao Palácio Nacional, no centro histórico da vila, que se encontra em ruínas, será adquirido por 600 mil euros à cadeia dos Hotéis Tivoli S.A. O hotel é conhecido por ter sido o local onde o escritor romancista Ferreira de Castro morou e escreveu parte da sua obra. De acordo com o presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, o objetivo é instalar um “hostel para a juventude” no hotel centenário que é “um símbolo que está no coração do centro histórico” da vila e que servirá como um exemplo para outros investidores. “Quando a câmara faz este investimento no turismo é um exemplo para outros investidores apostarem no turismo em Sintra. A juventude de Sintra e a estrangeira precisam deste investimento”, afirmou o autarca. Ao exercer o direito de preferência, a câmara impediu a aquisição por parte da Parques de Sintra Monte da Lua (PSML), da qual o município é accionista minoritário. Segundo o presidente da PSML, António Lamas, a empresa tinha um projeto já aprovado com fundos comunitários para a reconversão do Hotel Netto num hostel, “para animar a vila”. No entanto, o responsável adiantou que o importante é que o edifício que está junto ao palácio que é gerido pela empresa seja requalificado. “O nosso único interesse era remover a ruína da proximidade do Palácio da Vila. Se a câmara quer fazer isso, para nós alivianos desse dever, porque encaramos sempre isso como um dever”, disse. O presidente do conselho de administração da empresa adiantou que o exercício do direito de preferência tanto podia ser exercido PUBLICIDADE
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06 de Dezembro 2013
Valor pelo qual será adquirido à cadeia dos Hotéis Tivoli S.A.
Hotel está em ruína há várias décadas n expressodalinha
pela Câmara de Sintra ou pela Secretaria de Estado da Cultura. Já Basílio Horta explicou que é provável que, após as obras de recuperação, não seja o município a explorar o projeto e que até possa ser a Parques de Sintra Monte da Lua a concessionar o futuro hostel. O autarca
acrescentou que aponta a abertura do hostel para ainda no periodo do atual mandato (até 2017), e defendeu que “tem que haver concertação de estratégias” entre o município e a PSML, adiantando que se não exercesse o direito de preferência não estaria “a defender os interesses dos sintrenses”.
Em reunião de câmara, a proposta de aquisição foi aprovada por maioria, com sete votos do PS, PSD e CDU e quatro contra do movimento Sintrenses com Marco Almeida, e será agora submetida a aprovação da assembleia municipal, que será realizada a 6 de Dezembro.
Vereadores
Acusam Parques de Sintra de prepotência A apropriação pela Câmara de Sintra do projecto de recuperação do Hotel Netto, elaborado pela Parques de Sintra, marca uma mudança de atitude da autarquia em relação à empresa pública onde também é accionista minoritária. Na reunião de executivo onde a decisão foi tomada, ouviram-se várias críticas da maioria PS, PSD e CDU à actuação da empresa. O presidente, Basílio Horta entende que “a Câmara não é menos que a Monte da Lua na recuperação do património” e que a empresa “já tem muito com que se entreter”, enquanto alguns vereadores acusam a empresa de “prepotência”. “Como munícipe, mas também como ex -autarca, sempre vi com algum incómodo
a forma prepotente com que a PSML intervinha no nosso território, sem a mínima preocupação de consultar a Câmara”, diz Luís Patrício, do PSD, para quem esta aquisição é um sinal. “Se não fosse dado agora, estaríamos a assistir a um sinal contrário por parte da empresa, que [estaria] mais uma vez a afirmar com uma posição prepotente, que vai tomar conta da gestão do centro histórico. Os tempos têm que ser outros”, defende. A CDU também salienta a importância do centro histórico ser gerido por “estruturas democráticas” e partilha da ideia de que esta aquisição “é um sinal importante” à Parques de Sintra. “Enquanto autarcas eleitos,
não podemos aceitar ser confrontados com situações em que existe uma sociedade que simplesmente fecha aos sintrenses acessos a áreas que antes eram de acesso público”, afirma o vereador Pedro Ventura, que diz já ter testemunhado este tipo de situações. Apenas os quatro elementos da bancada do movimento “Sintrenses com Marco Almeida” votaram contra o negócio, por defenderem que a verba em causa faz mais falta ao apoio social e que “não faz sentido que a Câmara se queira substituir a uma entidade que é pública, e que tem comparticipação municipal em 15%”, defendeu o vereador independente Marco Almeida. L.G.
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Autarquias sintra Breves
Cidades Património Mundial O presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, foi eleito presidente da Organização das Cidades Património Mundial, organização que reúne os locais classificados pela Unesco. Fundada em 1993, a Organização das Cidades Património Mundial reúne as 254 cidades com locais inscritos na lista do Património Mundial da UNESCO. Dentro desta organização não-governamental, estas cidades são representadas pelos presidentes das respectivas câmaras municipais, contando também com a participação de especialistas em gestão do património. Além de Sintra, Coimbra, Porto, Évora, Elvas, Guimarães, Angra do Heroísmo, são os locais portugueses que fazem parte da Organização das Cidades do Património Mundial.
Sintra rompe com Moody’s O município cancelou o contrato de prestação de serviços com a agência de notação financeira Moody’s. Segundo o documento enviado à Moody´s, a que o Expresso da Linha teve acesso, o presidente da Câmara, Basílio Horta (PS), refere que face às recentes eleições autárquicas houve uma alteração de executivo municipal, que se traduziu, igualmente, numa mudança de prioridades. Desta forma, Basílio Horta pôs fim a uma relação iniciada no mandato do social-democrata Fernando Seara, em 2004, e que custou ao município cerca de 221 mil euros. Fonte do município justifica a decisão com o facto de o novo executivo socialista ter dado início a um programa de cortes e poupanças que actualmente ronda o meio milhão de euros e que, parte desta verba, será para a criação de um fundo de emergência social. PUBLICIDADE
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Câmara de Sintra corta em avenças e duplica verbas da acção social Cortes em avenças e aquisição de serviços permitem destinar 500 mil euros para fundo social de emergência em Sintra. Luís Galrão w lgalrao@expressodalinha.pt
O Orçamento de Estado para 2014 prevê uma redução de quase oito milhões de euros na verba destinada a Sintra, mas ainda assim, a Câmara vai duplicar os fundos para a acção social. A medida, explica Basílio Horta, sustenta-se em perto de 1,6 milhões de euros de cortes em avenças e aquisição de serviços. “Vamos duplicar o orçamento para a acção social e reforçar com mais 500 mil euros os 160 mil previstos no orçamento de 2013 para apoio de pessoas em situação de carência”, explicou o autarca na sessão extraordinária da Assembleia Municipal realizada a 28 de Novembro. Desde que tomou posse, a câmara já reforçou a ajuda social de emergência em mais 70 mil euros, e espera, em 2014, ter “660 mil euros de verba disponível para acudir aos cidadãos necessitados”. Basílio Horta lamenta, no entanto, que o município perca 3,6 milhões em transferências directas via Orçamento de Estado, e outros 4 milhões através dos impostos. “É um muito mau orçamento, tenho que reconhecer. São quase 8 milhões que perdemos numa altura em que há tanta dificuldade. Ninguém pensaria que aumentasse as receitas, mas pergunto-me se há dinheiro para tanta coisa, nomeadamente
Câmara Municipal de Sintra n expressodalinha
para o sector bancário, porque é que não há dinheiro para as pessoas, para onde vivem”. Apesar deste enquadramento, a câmara manterá em 2014 a tabela de impostos municipais adoptada em 2013, que isenta de pagamento de derrama as empresas com volume de negócios igual ou inferior a 150 mil euros. Será também mantido o regulamento e a ta-
w Câmara perde 8 milhões em transferências do Estado
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Basílio Horta bela de taxas, pelo menos até um grupo de trabalho criado para o efeito propor um novo documento. Os reflexos destas estas opções só serão quantificadas na apresentação do orçamento municipal, antecipado por lei para Dezembro, em vez do habitual mês de Março, razão que levou a segunda maior bancada da Assembleia Municipal, o movimento Sintrenses com Marco Almeida, a abster-se nesta votação. Cortar no “dispensável”. Quanto aos cortes na despesa, Basílio Horta justifica que a poupança a obter na Câmara e nas empresas municipais faz parte da gestão das prioridades anunciadas durante a campanha eleitoral - a criação de emprego e o sector social -, e evita o aumento de taxas e impostos municipais. A anunciada poupança de 1,6 milhões de euros é conseguida através do corte de “tudo o que possa ser dispensável, como muitos recibosverdes, avenças e requisições de bens”. Só em avenças na Câmara de Sintra, o autarca vai cortar mais de 536 mil euros, aos quais se somam outros 565 mil na cessação ou redução de despesa em processos de aquisição de bens e serviços. Nas empresas municipais, Basílio Horta corta quase 370 mil euros nos SMAS, perto de 70 mil na HPEM, quase 32 mil na EDUCA, só em avenças, cerca de 29 mil euros na SintraQuorum e outros 11 mil na Empresa Municipal de Estacionamento de Sintra (EMES), onde o processo ainda está em curso. Haverá também poupanças na área da saúde, com a redução de alguns dos serviços prestados anteriormente ao universo dos trabalhadores municipais, nomeadamente com o fim de especialidades como a ginecologia e a cardiologia. “Em 2013, cada consulta de cardiologia custou-nos 53,92 euros e as de ginecologia 27,40 euros. Mas atravessando a rua [até uma clínica privada], cada consulta custa à Câmara 14 euros e ao funcionário que lá vai 3,90, com a vantagem de estar disponível todos os dias. É mais popular dizer que fica cá tudo, mas não posso partilhar dessa posição, porque o dinheiro é dos contribuintes e é sagrado”, afirma Basílio Horta, que nesta área mantém apenas os serviços de clínica geral.
Recua na fusão das empresas municipais Dúvidas do Tribunal de Contas levam a Câmara de Sintra a estudar a reintegração das empresas municipais A Câmara de Sintra está a estudar uma alternativa à nova empresa municipal ‘Sintra Património Mundial’, aprovada em Fevereiro sob forte contestação dos trabalhadores, com a fusão das empresas municipais EDUCA (escolas), HPEM (resíduos) e SintraQuorum (cultura). “O Tribunal de Contas tem dificuldade em aceitar a solução encontrada no último mandato”, nomeadamente por “não respeitar integralmente as exigências legais que obrigam que as empresas municipais tenham sustentabilidade financeira”, revelou o novo presidente da câmara na sessão extraordinária da Assembleia Municipal de 28 de Novembro. A alternativa ainda não existe, mas Basílio Horta admite que poderá passar pela “internalização” de parte das empresas. “A solução poderá vir a ser a fusão, a internacionalização de uma grande parte dos serviços, eventualmente ficando apenas uma única empresa municipal ligada à cultura. Se a EDUCA puder ser internalizada, se pudermos fazer uma fusão entre a HPEM e os SMAS, se pudermos internalizar o Museu de Odrinhas, e fazer uma internalização destes serviços, creio que os custos diminuirão, o acompanhamento do trabalho será bastante mais próximo e os problemas talvez não existam”, disse o autarca do PS em resposta a uma questão da bancada do PSD. De fora poderá ficar a SintraQuorum, que será fundida com a Fundação da Quinta da Regaleira e com a Escola Profissional de Recuperação do Património de Sintra, actualmente propriedade da SintraQuorum. “Tem lógica fazer isto. É uma sociedade de cultura em que os diversos elementos integrantes têm lógica, mas não sei se esta será a solução definitiva. Há problemas sérios de natureza jurídica que têm de ser ultrapassados”. O autarca admite que “nenhuma solução é isenta de problemas”, mas faz questão de assegurar que não estarão em causa postos de trabalho. “Qualquer fusão ou internalização implica que os trabalhadores podem ficar numa solução de comissão de serviço, abrindo-se depois a possibilidade de trabalhadores que estão na mobilidade especial poderem concorrer e ficar nesses lugares. É um risco grave. Mas na solução que vamos encontrar, não abdicaremos de um princípio: nenhum trabalhador da Câmara de Sintra verá o seu posto de trabalho em causa, nem o seu salário diminuído. Isto é a base”, assegura.
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Amadora
autarquias
Breves
Impostos mantém-se para 2014
Mutilação genital feminina A 10 de Dezembro decorre um workshop de sensibilização sobre mutilação genital feminina na Biblioteca Municipal Piteira Santos, na Amadora. O objetivo passa por chamar a atenção sobre esta prática ainda enraizada em comunidades africanas, e informar a comunidade escolar, bem como os profissionais da áres social e da saúde.
International Surrealism Now A Casa Roque Gameiro acolhe a Exposição “International Surrealism Now”, até 4 de janeiro de 2014. Esta mostra contempla obras de 64 artistas de 29 paises, criadas através de diferentes técnicas e meios de comunicação, tais como desenhos, pinturas, fotografia, arte digital e escultura. “International Surrealism Now” é um projecto do pintor surrealista Santiago Ribeiro, que se tem dedicado à promoção do surrealismo do século XXI, através de exposições pelo mundo.
Gala Nacional Hip Hop A cidade da Amadora recebe a 7 de Dezembro, pelas 21 horas, a Gala Nacional de Grupos de Hip Hop, que decorre na Escola Secundária Seomara da Costa Primo. Este evento, que encerra o circuito do Campeonato Nacional disputado nos escalões de juvenis, juniores e seniores, funciona igualmente como lançamento da nova época desportiva e procura dar ênfase aos grupos emergentes nesta disciplina.
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A Assembleia Municipal da Amadora aprovou os impostos municipais para 2014. milene matos silva w msilva@expressodalinha.pt
A Assembleia Municipal da Amadora (AMA) aprovou, a 28 de Novembro, os impostos municipais para 2014, com as mesmas taxas já aplicadas este ano. A maioria socialista teve o apoio das bancadas da CDU e do Bloco de Esquerda (BE) para a aprovação da proposta, mas contou com os votos contra do PSD e do CDS-PP. Os habitantes da Amadora vão beneficiar da redução de 1,2 por cento no IRS, quando forem apresentar a declaração referente a 2014, uma medida que terá efeitos a partir de 2015. Ao mesmo tempo a autarquia vai manter a isenção da Derrama (a taxa cobrada aos lucros das empresas) até 150 mil euros de facturação anual e o IMI será de 0,37% para os imóveis avaliados e os restantes pagarão 0,6%. Ou seja, os mesmos valores àqueles que tinham sido cobrados no corrente ano. “Apesar de gostarmos de apresentar impostos mais baixos, achámos mais prudente manter os mesmos valores propostos para 2013 porque teremos que manter o investimento em obras como o D João V, o pavilhão
Câmara Municipal da Amadora n expressodalinha
da Escola Cardoso Lopes e a unidade residencial que serão suportadas apenas pela autarquia, dada a conjuntura económica e a falta de apoio do poder central”, afirmou a presidente da câmara, Carla Tavares. Apesar de manter os mesmos impostos cobrados no ano anterior, o município tem optado não cobrar as taxas máximas. Mas para João Paulo Castanheira, do CDS-PP, a autarquia deveria ir mais além, cobrando o míni-
mo estipulado por lei, “uma vez que a Câmara apresenta sucessivamente orçamentos com superavit”. “Ao contrário de uma empresa privada, na Administração Pública não pode haver prejuízo na gestão, mas também não pode haver receita. Isso significa que não está a ser feito o investimento necessário”, concluiu. Por seu turno, Carlos Almeida, do PCP, justificou a concordância da sua bancada em relação à proposta da autarquia, uma vez que desta forma a câmara assegura o investimento que será necessário fazer, “numa altura tão complicada como esta”, mas também por “não agravar a carga fiscal dos munícipes, já tão penalizados com os impostos do estado”. Carla Tavares argumentou também que “assim que o Estado possa repor o Programa Especial de Realojamento (PER), os acordos da Segurança Social com as creches e que seja feita a revisão do IVA nas refeições escolares que é escandalosamente de 23 por cento, e assim a autarquia ficar mais aliviada, poderá a partir desse momento pensar em baixar os impostos”. Pelo facto da autarquia, em 2013, não ter cobrado as taxas máximas dos impostos, foi estimado que a perda da receita iria rondar os 3 milhões de euros, no entanto, acabou por representar uma quebra de cerca de 5 milhões de euros.
Luzes natalícias já animam a Amadora As ruas da Amadora já estão iluminadas e decoradas com enfeites de Natal. Este ano a Câmara Municipal da Amadora (CMA) voltou a reduzir o subsídio entregue à Associação Comercial e Empresarial dos Concelhos de Oeiras e Amadora (ACECOA) em cerca de 5% em relação ao a 2012. Até ao dia 6 de Janeiro, com o objectivo de “dinamizar o pequeno comércio local, ajudando a minimizar factores de crise que o referido sector atravessa, bem como criar espaços públicos de convivência”, segundo
nota da CMA, as principais ruas, praças e jardins das seis freguesias do concelho voltam a brilhar com recurso às mesmas instalações eléctricas com motivos natalícios utlizadas em anos anteriores. Para a instalação dos equipamentos foram atribuídos cerca de 120 mil euros à ACECOA. A autarquia não quis deixar de apostar na iluminação de forma a “dinamizar o comércio local, nesta altura tão importante”, refere Gabriel Oliveira, vereador responsável pelo pelouro. Este valor tem vindo a ser redu-
zido de ano para ano. Em 2012, a redução foi de cerca de 10 por cento. “Apesar da redução tentámos manter a qualidade e variedade, para isso recorremos às mesmas luzes dos anos anteriores. Poupamos também na electricidade porque a iluminação é composta por Leds energeticamente mais ecológicos”, sublinha Gabriel Oliveira. “São iniciativas destas que permitem ajudar o comércio local a não sentir tão profundamente a crise ”, conclui o vereador. M.M.S.
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Sociedade diamantes Transformar cinzas humanas em diamantes não convence os portugueses A actividade é legal e está à disposição há cerca de dez anos. No entanto apenas uma dúzia de famílias nacionais quiseram transformar os restos de um ente querido numa peça de joalharia totalmente legal. José Bento Amaro w jamaro@expressodalinha.pt
Os diamantes são eternos e a memória dos mortos também. E o que têm uns a ver com outros? Tudo. Os diamantes podem ser feitos a partir dos mortos, mais concretamente a partir de transformação das suas cinzas. Este processo, desenvolvido a partir da década de 1950, está à disposição dos portugueses desde 2005. No entanto, apesar de nem sequer levantar objecções de carácter religioso, permanece quase desconhecido ou ignorado. Em Portugal apenas se transformam as cinzas de duas ou três pessoas por ano. A transformação de cinzas humanas em diamantes é um processo que demora cerca de dois meses a ficar concluído. A empresa responsável pelo processo, a Algordanza, tem de levar os restos (cerca de meio-quilo de cinzas, das quais serão efectivamente aproveitadas cerca de 50 gramas) até um laboratório em Zurique, na Suiça. É aí, depois de diversas operações químicas e de outras que passam pela prensagem e pela utilização de temperaturas até 1200 graus, que se obtém as pedras precisosas de cor azulada (são mais azuis consoante a maior quantidade de boro existente nas cinzas de cada defunto) que podem oscilar entre os 0,25 e os cinco quilates, e cujos preços variam entre os 3.000 e os 18.000 euros. “Transformar as cinzas de um familiar num diamante não pode ser visto como uma oportunidade de negócio”, explicou ao Expresso da Linha o presidente da Associação Nacional de Agentes Funerários (ANAF), Carlos Almeida. “Tentar vender um desses diamantes renderá sempre muito menos dinheiro do que o que foi gasto no seu fabriPUBLICIDADE
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co”, explicou o mesmo responsável. Para Carlos Almeida a decisão de transformar parte das cinzas de um ente querido num diamante (que pode ser usado num anel ou na forma de pendente de um fio) não é, definitivamente, uma oportunidade de negócio, mas antes um gesto pessoal que apenas tem a ver com os sentimentos. Numa pesquisa realizada junto de diversos agentes funerários das regiões de Sintra, Amadora e Oeiras não foi possível identificar um só caso em que as cinzas tivessem sido encaminhadas para os laboratórios onde se procede à sua transformação em diamantes. O presidente da ANAF entende que a pouca
w A transformação das cinzas dos defuntos em diamantes nada tem de ilegal, sendo um processo que é actualmente praticado em quase toda a Europa
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procura, em Portugal, deste tipo de serviço, poderá ser explicado “por motivos culturais”, sublinhando que as tradições religiosas de enterramento não contemplam esta nova vertente a qual, no entanto, “não atenta contra a fé”. A mesma opinião havia, de resto, sido expressa em 2004 pelo director da Comissão Episcopal para a Liturgia, António Taipa, o qual chegou mesmo a dizer que o acto poderia mesmo significar um maior respeito pelo defunto, na medida em que as cinzas seriam perpeptuadas aos transformarem-se em diamantes. Em Espanha, onde o negócio da Algordanza (a sede ibérica é em Barcelona) tem uma dimensão superior ao verificado em Portugal, constata-se que são os pais que perderam filhos quem mais diamantes artificiais mandam fazer. Optam, na maior parte das vezes, por mandar fazer pendentes que usam em
fios. “Em lugar de terem em casa uma urna com as cinzas optam por transportar os restos e as memórias do familiar diariamente consigo sem que isso seja ilegal ou fira susceptibilidades morais ou religiosas”, diz ainda o presidente da ANAF. Carlos Almeida lembra que a transformação das cinzas dos defuntos em diamantes nada tem de ilegal, sendo um processo que é actualmente praticado em quase toda a Europa e também nos Estados Unidos da América, no Brasil ou na Rússia (foi neste país que inicialmente se realizaram os primeiros estudos para se avançar com a produção de diamantes sintéticos). As cinzas, que podem ser utilizadas mesmo dez anos após a cremação são sempre acompanhadas de um documento que funciona como uma espécie de bilhete de identidade, pretendendo-se desse modo evitar trocas ou adulterações. Refira-se, por fim, que nos Estados Unidos, país onde é maior a adesão a este processo, também já há técnicas avançadas capazes de transformar cabelos humanos em diamantes, sendo garantida a qualidade dos mesmos.
Transportes sociedade
Carris e CP com greves no Natal e Ano Novo Greves podem complicar o recurso aos transportes públicos na Grande Lisboa em época festiva. susana paula w spaula@expressodalinha.pt
A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) entregou pré-avisos de greve que abrangem os trabalhadores da Carris, da CP e da REFER até 31 de Dezembro e 2 de Janeiro, respectivamente. Em causa está o corte nos salários, a concessão das empresas públicas de transporte a privados e a redução das indemnizações compensatórias previstas no Orçamento do Estado para 2014. No caso da Carris, os trabalhadores fazem primeiro uma greve parcial até sábado, ou seja, os tripulantes vão recusar trabalhar nas duas primeiras e nas duas últimas horas do seu serviço diário, o que pode provocar “perturbações significativas ao longo de todo o período” de funcionamento das carreiras da empresa, inclusivamente na rede da madrugada. A partir de domingo, os funcionários da Carris dão início a uma greve ao trabalho
Estação de Agualva-Cacém n dr
Até dia 2 de Janeiro
Sindicatos apresentaram pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário, dias de descanso e feriados
suplementar até ao final do ano, o que pode provocar constrangimentos na circulação na véspera e dia de Natal. Já na CP – Comboios de Portugal, na Refer - Rede Ferroviária Nacional - e na Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), os sindicatos apresentaram um pré -aviso de greve ao trabalho extraordinário, dias de descanso e feriados até dia 2 de Janeiro, afectando assim a circulação a nível nacional nas vésperas e dias de Natal e Ano Novo. No entanto, os representantes dos trabalhadores admitem suspender a greve se chegarem a acordo com as empresas – para já há reuniões marcas com a EMEF e com a REFER –,
já que em cima da mesa está não só a oposição ao Orçamento do Estado para 2014, mas também a falta de pagamento de horas extraordinárias pelas três empresas, contra o que está previsto nos acordos colectivos de trabalho. A CP tinha anunciado que tinha assinado vários acordos com os sindicatos e que, assim, estavam “ultrapassados os constrangimentos que poderiam dificultar a operação dos comboios de passageiros da empresa, com particular impacto nos feriados de Dezembro, nomeadamente na época festiva do Natal e Ano Novo”. Mas a FECTRANS, à hora de fecho desta edição, mantinha o pré-aviso de greve.
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06 de Dezembro 2013 sexta-feira
| ExpressodaLinha 13
Economia sociedade
Incubadoras de microempresas criam mais de 650 postos de trabalho em espaços conjuntos) em contentores na LX Factory, em Alcântara. Tendo como parceira a Câmara de Lisboa, o projecto passou pela Start-Up da Baixa e depois pela Start-Up da Rua Castilho, o que “ajudou o projecto na criação dos contactos, na concretização do plano de negócios e na candidatura ao financiamento”, descreve Mariana Duarte Silva, a mentora do projecto. Durante a ‘incubação’ do projecto, Mariana trabalhou sozinha – e paralelamente com outro projecto de produção de espectáculos – mas com o aproximar do lançamento do Village Underground, previsto para Fevereiro, a empreendedora estima agora contratar pelo menos mais duas pessoas: uma para a gestão, outra para a cafetaria.
Estas incubadoras apoiadas pela Câmara de Lisboa já criaram mais de 650 postos de trabalho. Será o empreendedorismo a saída para o desemprego? susana paula w spaula@expressodalinha.pt
Depois da criação da Start-Up Lisboa na Baixa pombalina, que faz dois anos em Fevereiro, as incubadoras de pequenas empresas espalharam-se pela cidade: hoje são sete, agregam mais de 150 pequenas empresas e criaram mais de 650 postos de trabalho. “Acho que este é um caminho de futuro que vai ser cada vez mais a resposta de criação de emprego”, defende, em declarações ao Expresso na Linha, a vereadora da Economia da Câmara de Lisboa, Graça Fonseca. Sendo Lisboa uma cidade universitária, a autarca considera que “existe um imenso potencial para as pessoas gerarem ideias para criar não só o seu próprio emprego, mas também para terceiros” e por isso, a câmara tem apostado na criação de novos espaços de desenvolvimento (ou incubação) destas microempresas. Nas incubadoras da Baixa, da Rua Castilho, do Polo Tecnológico de Lisboa, de Entrecampos, do Campo Grande, da Ajuda e de Alcântara há com serviços de apoio – financeiro, económico, jurídico – e um ecossistema favorável à troca e partilha de ideias e soluções. “A rede de incubadoras é muito importante porque quando os empreendedores começam um negócio precisam mesmo de colo para o conseguir desenvolver”, considera Graça Fonseca. Um dos exemplos de pequenos negócios que cresceram em incubadoras da cidade é o Village Underground, que prevê a criação de um espaço de ‘co-working’ (onde várias empresas da indústria cultural podem trabalhar PUBLICIDADE
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06 de Dezembro 2013
Um dos projectos, Village Underground
n expressodalinha
DADOS w Atração de mais de 7M€ w Empreendedores estrangeiros — 30% w Candidaturas Mais de 800 projetos w Mais de 25 empresas já com escritórios fora da Startup Lisboa w Volume de negócios superior a 20 milhões de euros
Start-Up de Lisboa, na Baixa n expressodalinha
Outro exemplo de uma empresa incubada é a imobiliária HomeLovers. Surgiu em 2011 e passou pela Start-Up da Rua Castilho, mais dedicada ao comércio, e tem vindo a crescer gradualmente. “Neste momento já actuamos também em Cascais, Sintra, Coimbra e no Porto e contamos com 30 colaboradores”, afirma Clara Henriques. Ainda na start-up da Baixa, a Muzzley também tem vindo a crescer: lançou esta semana a possibilidade de jogar o clássico ‘Pictionary’ na televisão através de smartphones e aumentou o número de trabalhadores. Há um ano eram três,hoje são 12. “Havia pessoas que estavam desempregadas por opção própria, que tinham saído das empresas à procura de algo melhor”, descreve Tiago Alves. Mais do que uma resposta ao desemprego, a vereadora da Câmara de Lisboa considera que o empreendedorismo está a influenciar também uma “percepção sobre o trabalho e a mobilidade profissional” dos jovens portugueses. “É importante não só pelo desemprego, e o jovem, ser elevado, mas também para que as pessoas possam criar o seu próprio emprego”, defende Graça Fonseca.
Recuperação Urbana sociedade
n expressodalinha
Turma da Mónica dá vida a parque temático O novo parque da Amadora é dedicado à banda desenhada do brasileiro Maurício de Sousa e assinala os cinquenta anos da revista aos quadradinhos de maior sucesso no espaço da lusofonia. joaquim josé reis w jreis@expressodalinha.pt
Inaugurado em Novembro, neste espaço os visitantes podem encontrar personagens como a Magali, o cão Bidú e a Mónica, a menina de temperamento difícil que dá nome à banda desenhada, a quem o Cascão e o Cebolinha gostam de chamar “dentuça”, arriscando-se a levar umas valentes “coelhadas”. Os bonecos das personagens da Turma da Mónica Mónica têm entre 1,2 metros a 3,5 metros e estão distribuídos ao longo dos cinco mil metros quadrados de espaço verde do parque. A obra de Maurício de Sousa foi instalada numa zona da Falagueira que estava degradada, onde antes funcionava a Fábrica da Cultura, onde, noutros tempos, se realizou o Amadora BD, um dos maiores festivais de banda desenhada do país. Ao longo deste parque foram instalados, além dos bonecos, vários equipamentos como um castelo, escorregas, baloiços, feitos com material reciclado, bem como um relvado que pode ser utilizado pelas famílias para piqueniques. Capital da Banda Desenhada. Este é um parque onde os mais graúdos viajam nas memórias de infância ao recordar as personagens criadas por Maurício. É o caso da presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares, que pretende que este seja um espaço verde destinado “às famílias das gerações da Turma da Mónica”. “A Turma da Mónica faz parte do nosso imaginário. Todos nos recordamos da Mó-
nica, da Magali, do Bidú. Muita gente teve um cão chamado Bidú por causa da Mónica, todas estas personagens fazem parte do nosso imaginário, atravessaram gerações. Fazem parte da nossa criancice, da nossa adolescência”, disse a autarca. Carla Tavares considera que faz todo o sentido a criação de um parque temático dedicado à Turma da Mónica, uma vez que a Amadora é hoje a “capital da Banda Desenhada”. A autarca assume que este parque representa mais uma obra do município no âmbito daquela que é uma das principais preocupações do novo executivo, a requalificação urbana. “Temos uma cidade pequena em área mas densamente povoada e todos estes es-
w Obra foi instalada numa zona da Falagueira que estava degradada paços, que pode ser pequenos, para nós são grandes, dão vida à cidade e aproximam as pessoas da cidade. A requalificação ur-
bana continua a ser uma das nossas maiores preocupações, e [representa] os nossos maiores investimentos”, afirmou. O parque temático custou perto de 670 mil euros, suportados, na íntegra, pela Valorsul, na sequência de “obrigações que a empresa tinha para com o município”. O autor da banda desenhada ainda não conheceu aquele que é o primeiro parque temático no mundo dedicado à Turma da Mónica (no Brasil existe um parque de diversões), mas já se comprometeu a deslocar-se à Amadora numa próxima viagem que faça à Europa.
Maurício de Sousa
Uma criança é um professor para qualquer criativo Antigo jornalista, difusor da língua portuguesa por todo o mundo, o brasileiro Maurício de Sousa acompanhou o projecto e, na última viagem que fez a Portugal, afirmou que as personagens são inspiradas em alguns dos seus dez filhos, amigos e familiares. As suas publicações “falam da vida de crianças, de sonhos e de esperança”, histórias que asseguram um império de milhões de vendas em mais de 40 países. “Dez filhos ajudam em tudo, porque tive que trabalhar muito e porque aprendemos
com eles, porque cada criança é um professor para qualquer criativo”. “Cada um deles tem personalidade diferente, então pude aprender muito mais de linguagem, porque em cinquenta anos conversando com os dez filhos, cada um com a sua linguagem, vamos acompanhando o desenvolvimento da língua, das gírias”, disse. Além das tradicionais histórias aos quadradinhos, publicadas em livros ou em jornais, a empresa opera em mercados como
desenhos animados para televisão, videojogos, teatro e dentro em breve, no cinema. “Vamos entrar no cinema daqui a dois ou três anos, em 3D, com toda a tecnologia. E estamos a terminar uma série grande de desenhos animados e vamos entrar nas televisões de diversos países. Faltava isto, se estivermos fortes na TV e agora também a partir da internet, estaremos num patamar para competirmos com as grandes empresas do mundo”, disse. J.J.R.
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06 de Dezembro 2013 sexta-feira
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Destaque entrevista
Hugo Palma “Preocupa-me que as respostas para os mais jovens estejam a diminuir” O comandante da Divisão de Sintra da PSP iniciou funções há quatro anos e faz um balanço positivo do período entre 2009 e 2013, que permitiu uma redução de 25% dos crimes. joaquim josé reis w jreis@expressodalinha.pt
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Divisão de Sintra da PSP foi criada em 2008 no âmbito da reorganização territorial das forças de segurança. O comandante da Divisão, Hugo Palma afirma que, face às estatísticas, é mais provável alguém ser vítima de um assalto em Cascais do que em Sintra. A Divisão de Sintra da PSP foi criada há cinco anos. Que resultados trouxe a reorganização das forças de segurança para os sintrenses? O balanço é positivo e temos números para o demonstrar. São mais de quatro anos de funções, em que o trabalho da PSP em Sintra tem dado frutos. A criminalidade tem apresentado uma tendência de descida. 2008 foi um ano de instalação, de dificuldades várias, ao nível dos equipamentos e o projecto que hoje seguimos começa a ganhar forma no final de 2009, mas o 1 de Janeiro de 2010 marca o inicio do projecto, a vários anos, que temos para Sintra. PUBLICIDADE
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E que números são esses? Se analisarmos números de 2012 comparativamente com os de 2009 podemos verificar que a criminalidade desceu cerca de 20%. Para um concelho que em 2009 registava quase 15 mil crimes, estamos a falar de 3 mil crimes a menos. Esta tendência mantém-se e 2013 é um ano de descida. Portanto, são 4 anos consecutivos de descida da criminalidade que, a manter-se os números que temos [ano ainda não terminou], reflectem uma descida acumulada deste ano para o ano passado na ordem dos 10 por cento. Vai dar-nos muito provavelmente uma descida nestes quatro anos de 25% de criminalidade nas freguesias que estão sob a nossa responsabilidade. São, portanto, números bastante positivos… Em termos nacionais, regionais, europeus, dada a dimensão deste concelho, o número fala por si. Será um dos valores mais positivos que se poderão encontrar em qualquer análise
sobre criminalidade neste país. O ano passado ainda registámos quase 12 mil crimes e este ano caminharemos para qualquer coisa como 10 mil crimes. O nosso rácio está dentro da média nacional: 39 crimes por mil habitantes. De todas as divisões de Lisboa, além de Vila Franca de Xira, somos o único que estávamos dentro da média. Todos os outros como Loures, Amadora e Cascais, uma zona tida como calma, tinham valores de rácios nacionais superiores aos nossos. Ou seja, estatisticamente é mais provável ser vitima [de um crime] em Cascais do que em Sintra. Na Divisão de Sintra são 39 crimes por mil habitantes, em Cascais, em 2012, eram de 51 por mil habitantes.
estabeleceu-se como a nossa prioridade. Nesse ano registámos 1934 casos e passados três anos tínhamos baixado para 900 roubos. De todos os crimes que tínhamos sob a nossa responsabilidade foi o que desceu mais. Representa uma descida de 48%.
E que tipo de crimes são mais praticados? O tipo de crime variou um pouco ao longo dos anos. Em 2009, verificávamos que o crime com mais expressão era o roubo na via pública, que é um crime violento, tem força física, ameaça e por vezes é utilizada arma branca ou de fogo. O combate a esse tipo de crime
E actualmente? Um dos crimes que nos preocupa mais é o furto no interior de viaturas. Está a subir ligeiramente, é um dos poucos crimes que mostra tendência inversa. O furto em viatura representava o ano passado 1300 crimes. Parece-me também que este é crime de opor-
passem a mensagem para evitarem de andar com ouro. Mas as pessoas continuam a andar com ouro na rua e a potenciar este crime. E estes crimes contra idosos são cometidos maioritariamente por quem? Essencialmente por jovens, alguns até menores de idade. Estamos a falar de uma faixa etária, que começa nos 12 ou 13 anos e vai até aos 20. Como se explica o facto de serem os mais jovens a cometer os crimes? Na década de 90 e início da década de 2000, tivemos uma boa fase em que começaram a surgir muitas respostas da sociedade civil, das associações. Já não eram só os clubes desportivos que criavam projectos para ocupar os jovens e a tentar que o tempo pós-escola fosse útil, a tentar arranjar-lhes ocupação. Agora, com as dificuldades económicas que o pais está a sentir, o que é óbvio é que começa a faltar dinheiro às instituições e começa a faltar capacidade para organizar projectos e iniciativas que ocupem os jovens. Os próprios clubes também. É natural que toda esta geração desocupada acabe por entrar às vezes por caminhos que não são os melhores. Agora, o facto é que as estatísticas dizem que o roubo está a decrescer, mas preocupa-me que as respostas para os mais jovens estejam a diminuir e isto pode ter efeito a breve trecho.
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tunidade e continuamos a ter muitas pessoas que por distracção ou por negligência continuam a deixar objectos à vista dentro das viaturas: telemóveis, computador, material com valor. Há muito descuido. Relativamente aos roubos também sentimos isso. A vítima típica do roubo é a pessoa idosa e ainda há muito roubo por causa das peças de ouro. E são sempre os idosos os visados, porque têm menos possibilidade de resistência e também porque as senhoras mais idosas gostam de andar com os brincos e as pulseiras na rua. Tentamos falar com os idosos, temos tido trabalho com paróquias, para que
Há uma ideia generalizada de que os chamados bairros sensíveis são os locais onde ocorrem maior parte dos crimes. Corresponde à verdade? Há toda uma percepção errada sobre aquilo que são os bairros sociais, os bairros críticos, as denominadas zonas urbanas sensíveis. Há uma falácia sobre os bairros críticos. O primeiro mito que conseguimos desmontar na análise em 2009 foi demonstrar que a criminalidade violenta, aquela que mais preocupava, dos roubos, não era nos bairros. Era essencialmente nos centros urbanos, como Mem Martins, Cacém ou Massamá. A proximidade com as estações, era ai que o crime se concentrava. Mas estes bairros serão também zonas sensíveis ao crime… É óbvio que estes bairros têm os seus problemas, são bairros com mais potencial de conflito, mesmo para com a polícia. Há uma cri-
Números Freguesia com maior criminalidade:
Algueirão-Mem Martins Freguesia com maior policiamente de proximidade:
Queluz
11 600
Total de esquadras: Polícias:
Mulheres na divisão:
Abaixo dos 10% Carros-patrulha:
47
Carros-patrulha operacionais: variável, por vezes inferior a:
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minalidade que inevitavelmente surge mais associada a um bairro. Quando começámos tivemos algumas situações mais complicadas, de desordem, de revolta contra as policias, de agressão contra a actuação policial. Actualmente, são quase inexistentes situações em que a polícia tenha que intervir num bairro e que haja resposta agressiva dos moradores. Em 2009 éramos arremessados com pedras, houve incêndios de contentores, houve uma série de problemas num bairro deste concelho [em Casal de Cambra] e pelo menos este ano não registamos qualquer incidente connosco dentro desse bairro.
Portanto, afasta a ideia de que os crimes ocorrem nestes bairros? Se calhar é mais fácil que alguém seja assaltado no centro do Cacém no que nesses bairros considerados zonas sensíveis. São mitos. É óbvio que [há] pessoas com mais dificuldades, mas temos muitas pessoas trabalhadoras nestes bairros, que saem de madrugada e voltam à noite, se calhar com três empregos. Muitas vezes é noticiada a falta de viaturas na Divisão de Sintra da PSP. Como está a situação actualmente? A maior dificuldade que temos neste momento é de facto a gestão de viaturas. Tenho um número bastante razoável de viaturas, eu preciso é que elas funcionem. Temos um parque automóvel já envelhecido. São viaturas sujeitas a um desgaste muito grande, ainda mais numa área com esta dimensão, somos três vezes o concelho da Amadora. Uma esquadra na Amadora é responsável por uma pequena área enquanto aqui uma viatura que se encontre numa ponta de uma freguesia como Rio de Mouro, para chegar à outra ainda tem que andar uns quilómetros. Quantas viaturas tem ao dispor? (risos) Isso é muito variável. Temos períodos de muito baixa operacionalidade. A nossa luta é que todas as esquadras tenham pelo menos uma. Não consigo dizer quantas tenho operacionais. Em relação às instalações, há esquadras que funcionam em prédios de habitação… O único problema relativamente a instalações é o da própria Divisão (em Rio de Mouro), que neste momento está dividida em três edifícios e a do Cacém, que já é um problema antigo [pois está] num prédio de habitação e onde funciona [também] a Investigação Criminal. Como está a proposta de instalação da Divisão e da esquadra do Cacém nas antigas instalações da fábrica da Melka, no Cacém? Tínhamos um compromisso com o antigo executivo da Câmara e irei ter brevemente uma reunião com o actual presidente, no sentido de apresentar a proposta e ver se se vincula à nossa proposta. A instalação naquele espaço vinha resolver uma serie de problemas.
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06 de Dezembro 2013 sexta-feira
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Comunidades bairros críticos
Cova da Moura vive dias incertos Projecto governamental Bairros Críticos está suspenso e os moradores desconhecem o futuro do bairro. Milene Matos Silva w msilva@expressodalinha.pt
Uma resolução do conselho de Ministros, em 2005, classificava a Cova da Moura, Amadora, como um dos três bairros críticos do país a necessitar de uma intervenção urbana e sociocultural. Foi então criado um projecto-piloto que entre outras medidas visava promover a reabilitação do espaço público, envolvendo a participação da população e das instituições locais. O programa foi dado como extinto no ano passado, mas muito ficou ainda por fazer ou quase tudo. Os moradores vivem na incerteza sobre o futuro daquele bairro, mas também se mostram desiludidos com aquilo que poderia ter sido feito. Rita Canelas, com 59 anos, tinha apenas 22 anos quando foi morar para o bairro com os seus pais. Depois, Rita saiu de casa, constituiu família, e também ela acabou por construir a sua própria habitação na Cova da Moura. Lembra-se desde sempre da luta dos moradores para a melhoria das condições de vida da população do bairro, por isso, tenta manter-se um pouco à parte. “Tenho sempre esperança de que as coisas vão melhorar, mas os anos vão passando e nada acontece”, refere a moradora, descrente em relação à iniciativa Bairros Críticos. No entanto, faz ques-
Abril de 2012
Alguns destes objectivos ficaram por cumprir depois do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana ter abandonado a coordenação da iniciativa.
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tão de salientar que apesar da má fama do bairro, não tem “razão de queixa dos vizinhos” e até gosta “muito de morar aqui” e acrescenta “deixem o bairro estar como está ou pelo menos deixem o melhor do bairro”. Tal como Rita Canelas, esta incerteza que dura há vários anos é vivida por toda a população da Cova da Moura. “Não podemos fazer obras nas nossas casas ou corremos o risco de fazê-las sem sabermos se o bairro é para continuar ou não e se a nossa casa vai ser demolida”, refere um outro morador. Este impasse ganhou outros contornos há mais de um ano. Até então, os moradores poderiam contar com a Iniciativa Bairros Críticos que foi lançada pelo Governo em 2005 e que pretendia melhorar o espaço urbano do bairro, nomeadamente, permitindo o melhoramento das acessibilidades de algumas ruas, melhores condições de habitação, limpeza, mas também fomentando actividades sociais, culturais e educativas, sempre envolvendo a população e as instituições locais. Desde Abril de 2012, alguns destes objectivos ficaram por cumprir depois do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) ter abandonado a coordenação da ini-
A comissão de bairro mostra-se muito preocupada com o futuro n expressodalinha
ciativa. Numa nota enviada à redacção, a direcção do IHRU, adianta que “esta decisão tinha sido tomada em Janeiro de 2011, pelo anterior Governo, por falta de dotações orçamentais que pudessem dar continuidade à operação. Foi então decidido que as operações terminariam em Maio de 2012”. A comissão de bairro que, entretanto, foi constituída pelas quatro instituições que trabalham com a comunidade (Associação de Mora-
dores, Associação Cultural Moinho da Juventude, Centro Social S. Gerado e Associação de Solidariedade Social do Alto da Cova da Moura) mostra-se muito preocupada com o futuro do bairro. “Vimos o bairro degradar-se a olhos vistos, não temos a certeza o que será daqui a 10, 20 ou 30 anos. Não temos qualquer informação sobre o que irá acontecer”, lamenta Domingos Pereira, vice-presidente da comissão de Bairro, lembrando também que
“os moradores tinham a expectativa de que a Cova da Moura iria melhorar com a Iniciativa Bairros Críticos, nomeadamente, ao nível urbanístico, um dos pontos principais deste projecto, através da abertura de ruas e até mesmo através da demolição das habitações mais degradadas, realojando sempre as pessoas dentro do bairro, mas nada disso aconteceu e o que resta do projecto é quase nada”. Este responsável explica
ainda que “as poucas coisas que se fizeram foi colocar betão em algumas ruas, pequenos melhoramentos na iluminação pública e recolha de lixo, mas o essencial não foi feito e neste momento pouco resta dessa intervenção”. Em 2012, a Câmara da Amadora, uma das entidades envolvidas nesta operação, e os moradores ficaram a saber que a Iniciativa Bairros Críticos não iria continuar. No
entanto, já no decorrer deste ano a autarquia anunciava o início do Plano de Pormenor para o bairro. Mas neste momento, a autarquia “está a avaliar de novo o processo”, garantiu Carla Tavares, eleita recentemente presidente do município. A autarca acrescentou que o “Plano de Pormenor está parado” por “motivos que não dependem exclusivamente da Câmara”. Uma das expectativas da comissão de bairro seria a elaboração do Plano de Pormenor e por isso tentou várias vezes reunir com o anterior executivo. “A comissão de bairro não acha necessária a elaboração de um Plano de Pormenor, mas queríamos que algumas ruas fossem abertas e outras alcatroadas, demolidas algumas construções menos próprias para habitação, permitindo melhores condições de vida aos seus habitantes”, defendeu ainda Domingos Pereira. A Iniciativa bairros Críticos foi criada pelo Governo em 2005 e previa a reabilitação urbana de três áreas consideradas degradadas, uma no Porto (Bairro do Lagarteiro) e duas na Grande Lisboa (Moita e Ameixoeira). Na Amadora, o projecto envolvia a Cova da Moura e, desde logo, foi bastante acarinhado pela população, tendo em conta que até então os projectos apresentados para a Cova da Moura previam a demolição de grande parte das habitações e com este projecto a ideia seria ouvir os moradores e as instituições locais.
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Activistas
Associativismo
Entrevista a Flora Silva
“Os apoios da Segurança Social não se coadunam com as necessidades de emergência” Ao fim de 25 anos de existência, a Associação Olho Vivo está diferente. Cresceu, profissionalizou-se, e deixou de ter a presença mediática dos primeiros anos. Mas a sócia número um e actual presidente, Flora Silva, assegura que está atenta às mesmas causas: ambiente, património e direitos humanos, esta última prioritária no actual contexto de emergência social. Joaquim José Reis e Luís Galrão w jreis@expressodalinha.pt w lgalrao@expressodalinha.pt
O que é hoje a associação Olho Vivo, aos 25 anos de existência? É essencialmente uma associação para a cidadania que procura responder aos problemas mais difíceis de um conjunto de famílias carenciadas, mas não é uma associação de caridade. Ajuda as pessoas a resolver os problemas que estão na base do atrofio das suas vidas. De que forma é prestado esse apoio? Através do gabinete de procura de emprego, que é dos mais procurados tendo em conta o aumento significativo do desemprego; do gabinete de apoio social, jurídico e psicológico; do Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes (CLAII), que ajuda na regularização e contribui para o esclarecimento, e do CLAII itinerante, que disponibiliza atendimento gratuito uma vez por semana em quatro freguesias; e do projecto de interculturalidade que ao longo do ano nos permite
fazer actividades que promovem as diversas culturas no concelho. Entre outros projectos, temos também uma loja social com roupas, calçado e electrodomésticos, que funciona com um sistema de troca, que pode ser uma moeda ou trabalho, mas toda a gente colabora com alguma coisa. É um trabalho que mudou muito nestes 25 anos? A associação teve várias fases. Começou como associação juvenil, com as questões da paz e das propinas. Depois reagiu ao “boom” urbanístico e teve intervenção poderosa nas questões da defesa do património e do ambiente. Ao nome da associação estão associadas causas tão importantes como as gravuras do Côa, que estiveram em risco de ficar submersas pelas águas de uma barragem, ou as pegadas de dinossauros de Carenque, que estiveram em risco com a passagem da CREL, e que com a intervenção
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da associação e todo o trabalho que se fez com o professor Galopim de Carvalho, conseguiu-se evitar que fossem destruídas. Ou, ainda, termos conseguido que Colaride fosse designado no Plano Director Municipal (PDM) como espaço cultural e natural. São causas que muito orgulham a associação por estarem associadas ao nosso nome e por serem causas vitoriosas. Porque é que a associação perdeu essa vertente mediática? Esse “boom” urbanístico foi uma forte inspiração para os associados do Olho Vivo, maioritariamente jovens, que conseguiram grandes conquistas e que a associação mobilizasse as pessoas para que se impedissem mais crimes como os que estavam a ocorrer e que infelizmente estão aí à vista. Entretanto as coisas mudaram e a associação deixou de ter aquele papel. E por isso é alvo de critica por
w O grande problema tem sido o desemprego e a fome associada, porque há quem consiga pagar a renda, a água e a luz, e depois não tenha dinheiro para comer parte de algumas forças políticas, como o PS… Não sei, nunca ninguém nos disse. A Edite Estrela representou um poder autárquico extremamente arbitrário, e por isso perdeu muitas causas, como o parque da Volta do Duche. Nem sequer estudo de impacte ambiental existia, e era obrigatório que existisse. E o movimento que se criou não era contra a Edite Estrela e o PS. A Associação não se mobiliza contra nem a favor de partidos. Eu sou a sócia número um, acompanhei desde o início até agora, orgulho-me disso, de ninguém me poder acusar de estar
contra ou a favor deste ou daquele. Tenho o meu partido e as minhas opções políticas e uma visão do mundo, luto por ela, não entro em jogos de poder. O nosso jogo é sempre transparente e limpo. Ninguém tem que se zangar connosco. Essa foi uma fase de grande contestação… Foi um período terrível, sobretudo no segundo mandato, com maioria absoluta, que deu espaço para que um processo de revisão do PDM já assumido voltasse atrás. Estamos a falar de um período muito negro para este concelho em termos
turo, nomeadamente os índices de construção e as áreas de construção. Embora saiba que neste momento o PDM não é preocupação da maior parte das pessoas, porque vivemos num período de crise, mas não podemos olhar só para o que é importante no momento. Temos de olhar para o futuro e pensar em estratégias de futuro, que no fundo se definem agora.
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ambientais, porque era o período da construção, em que os grandes empreiteiros queriam ganhar tudo, não respeitando o que já estava na lei. E o nosso papel era chamar a atenção para o que estava a violar a lei por ser prejudicial para as pessoas e para o ambiente. É nesse contexto que a associação se move. Que “calma” trouxe Fernando Seara? O que há de construção nos mandatos de Seara? Não nos movemos contra pessoas e partidos, defendemos causas como o meio ambiente, o respeito pelo património e o respeito pelos direitos humanos. Esse é o motivo pelo qual a associação deixou de ter todo aquele aparato de lutadora em defesa do meio ambiente. Mas estamos atentos. Quais são as lutas actuais? Temos um concelho com graves problemas sociais e aqui assistimos todos os dias ao descrever de dra-
mas terríveis, a que não ficamos alheios e procuramos de todas as formas ajudar as pessoas. É a nossa maior causa, mas as outras cá estão. Estamos atentos à serra da Carregueira, ao Parque Natural, a tudo o que está à nossa volta. E esperançados que um dia Colaride possa vir a ser o parque que sonhámos, que a Câmara nos prometeu e que infelizmente não conseguimos ter e está transformado numa lixeira. Não desistimos dele. Sabemos que o momento não é o ideal, porque a crise afecta tudo, mas não estamos desatentos e não nos esquecemos destas causas. Vamos continuar a tê-las, porque fazem parte da nossa história e irão continuar a fazer parte.
Voltando aos problemas sociais, que tipos de casos chegam? São essencialmente casos ligados ao desemprego, que provocou o empobrecimento de muitas famílias, e não estamos só a falar dos imigrantes. Pessoas que estão a pagar a prestação ou a renda da casa e de repente ficam sem dinheiro. E os bancos e os senhorios não se compadecem e há o risco constante de serem despejados na rua e de penhoras de bens. O grande problema tem sido o desemprego e a fome associada, porque há quem consiga pagar a renda, a água e a luz, e depois não tenha dinheiro para comer. Muitas das situações que aparecem são de pessoas que estão com a água ou com a luz a corte ou já cortadas, com a casa para penhora ou com despejo iminente.
Chegam cá por falta de outras respostas? Os apoios da Segurança Social são dados mediante determinados critérios que não se coadunam com as necessidades de emergência. As pessoas precisam de ajuda já, não é dali a dois ou três meses. Há também muitas pessoas em situação de doença sem ter capacidade para comprar os medicamentos, mesmo com membros da família a trabalhar. Estamos a apoiar mensalmente uma senhora portuguesa de 60 anos, que está a trabalhar em part-time, a ganhar 300 euros por mês, que tem a renda e os transportes para pagar, mais a água e a luz. Mas como tem asma e tem de todos os meses comprar uma bomba, mais o resto dos medicamentos, não tem dinheiro para isso. È a associação que lhe compra mensalmente a bomba que é essencial para continuar a viver. E como é que a associação se financia? A Associação tem vários protocolos com o Instituto do Emprego e Formação Profissional, com o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, com as juntas
de freguesia e, talvez o mais importante para o apoio social, com a Câmara de Sintra. Não posso dizer que a associação está a viver à vontade, não, sentimos muito esta crise e muita necessidade de ter respostas para a ajudar os outros e para a própria associação sobreviver, porque há muitos custos associados. Quantas pessoas trabalham aqui O Olho Vivo tem 16 trabalhadores e bastantes voluntários, estágios curriculares e pessoas a fazer trabalho comunitário, em articulação com a Direcção-geral de Reinserção Social. Procuramos todas as formas que podemos para obter financiamentos. Não só estamos sempre abertos e à procura de protocolos e de candidaturas a programas nacionais e europeus, como também fazemos sócios, temos a nossa loja social, fazemos rifas, excursões e passeios e angariação de fundos. Coisas pequenas, mas que vão dando, e temos conseguido sobreviver à crise com muitas dificuldades, com muita força de vontade, porque achamos que temos um papel importante a desempenhar neste país e neste concelho. E vamos continuar a lutar.
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O que espera da revisão do Plano Director Municipal (PDM)? Espero que venha a repor algumas das coisas que se conquistaram no passado. Nalguns casos já não há nada a fazer, mas noutros ainda há, e acho que é bom proteger para o fu-
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Desporto atletismo JOMA: “Fábrica” de campeões sobrevive com tostões Nos Jogos Olímpicos de 2012 estiveram em Londres seis ex-atletas do clube que não tem pista própria e que para manter cerca de 250 praticantes de quatro modalidades recebe por ano 30 mil euros da Junta de Monte Abraão e da Câmara de Sintra. José Bento Amaro w bamaro@expressodalinha.pt
Chama-se Juventude Operária do Monte Abraão (JOMA), existe há 41 anos e é, possivelmente, o clube desportivo que maior número de atletas titulados tem formado em Portugal. Sediada na freguesia de Monte Abraão, Sintra, a colectividade sobrevive com os subsídios anuais disponibilizados pela Junta de Freguesia e Câmara Municipal e com algumas receitas próprias angariadas através de um bar, da cobrança de quotas e da organização de espectáculos. Sem instalações desportivas próprias, apesar das promessas de há muitos e muitos anos, a “fábrica de campeões” corre o risco de fechar as portas do desporto a centenas de jovens. A dimensão desportiva da JOMA pode ser aferida, por exemplo, pela representação portuguesa presente nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. No maior evento desportivo do mundo estiveram, segundo disse o presidente do clube, João Cardoso, seis ex-praticantes de atletismo que passaram pelo clube e que actualmente representam o Sporting e o Benfica. “Houve cinco atletas formados no clube, a Vera Barbosa, a Patrícia Mamona, o Jorge Paula, o Yazaldes Nascimento e o João Almeida, e ainda a Vera Santos, que não foi totalmente formada na JOMA, mas que esteve ao seu serviço durante muitos anos. Uma representação de peso, constituída por PUBLICIDADE
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Patrícia Mamona em acção nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012 n dr
muitos dos melhores atletas nacionais”. Ao conjunto de atletas olímpicos que já representaram a colectividade devem ainda ser somados os nomes dos treinadores João Abrantes, José Uva, Pedro Pinto e Carlos Silva, os quais integram agora os quadros técnicos da Federação Portuguesa de Atletismo. “Infelizmente o dinheiro das transferências no atletismo não se compara com o que é pago no futebol”, diz João Cardoso, lembrando que apenas em “uma ou duas transferências” houve compensações financeiras de “cerca de 3.000 euros”, verba insuficiente para fazer face aos custos inerentes aos actuais 102 praticantes de atletismo federados. Actualmente a JOMA tem 250 atletas filiados em atletismo, futsal, BTT, pool (snoker) e taekwondo. São atletas de diversos escalões etários, desde os iniciados aos séniores, que diariamente são obrigados a treinar em instalações cedidas ao clube e para onde se des-
21 títulos nacionais
250 atletas filiados em atletismo, futsal, BTT, pool (snooker) e taekwondo
locam, em muitas ocasiões, a expensas próprias. “No atletismo, por exemplo, os treinos realizam-se nas instalações do Monte da Galega, na Amadora. O clube tem três carrinhas nas quais desloca todos os dias cerca de 30 atletas. Os restantes vão pelos próprios meios, nos próprios carros, ou à boleia dos treinadores”, refere ainda o presidente, lembrando que a existência de uma pista em Monte Abraão seria determinante para equilibrar as contas. “Existe um terreno em Monte Abraão que foi dado ao clube há cerca de dez anos. Devia ali ser construída uma pista mas o projecto foi abandonado por falta de verbas. Também existe a possibilidade de se poder construir uma pista simplificada na Escola João Belo e, por fim, a hipótese de a JOMA fazer a gestão de uma pista no complexo desportivo de Agualva. São tudo hipóteses que não têm avançado e que serviriam para viabilizar a prática desportiva e o clube”, salienta João Cardoso. O presidente da Joma relembra que o orçamento anual é de cerca de 50 mil euros e que desse total, 10 mil são doados anualmente pela Junta de Freguesia enquanto cerca de 20 mil são provenientes da Câmara de Sintra. “Como temos uma dívida à banca que nos obriga a pagar mensalmente 1300 euros, o dinheiro dado anualmente pela Câmara Municipal serve apenas para honrar esse compromisso”, diz. Para além do atletismo (que nos últimos 20 conquistou 21 títulos nacionais colectivos), a JOMA tem ainda três equipas de futsal, num total de 70 atletas federados, que utilizam o pavilhão João Cifuentes, no Monte Abraão. Os praticantes de poll e taekwondo treinam e competem nas acanhadas instalações do clube, actualmente com 300 sócios pagantes. “Cada sócio paga 1,50 euros por mês”, explica João Cardoso, acrescentando que um dos objectivos imediatos é chegar aos 500 associados e, dentro de cerca de um ano, aos 1.000.
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Futebol Feminino desporto
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1.º Dezembro vive dias difíceis Equipa feminina do 1.º de Dezembro foi campeã nacional durante onze épocas consecutivas, mas este ano tem dois empates e sete derrotas em nove jornadas. joaquim josé reis w jreis@expressodalinha.pt
A falta de patrocínios e as dificuldades financeiras provocadas pelas deslocações da equipa a competições europeias pôs em risco a continuidade da modalidade. De acordo com o presidente do clube, Fernando Cunha, o futebol feminino no 1.º de Dezembro não vai acabar, mas a continuidade deverá passar pela reestruturação do projecto. “Tivemos dificuldades porque disputámos a Liga dos Campeões em Malta, o que foi caro. A federação comparticipou metade da viagem e não tivemos outro apoio. Ficámos com dívida à federação, que já foi paga, mas de qualquer forma ficámos com dificuldades
financeiras”, afirmou Fernando Cunha ao Expresso da Linha. De acordo com o presidente do clube, face às dificuldades financeiras e à saída de 80% das jogadoras das equipas sénior e sub-18 para outros clubes, o 1.º de Dezembro está a repensar a continuidade da equipa feminina de futebol de 11. “Estamos a disputar o campeonato com atletas com pouca experiência. Vamos continuar com elas até ao final da época e depois logo se vê, mas o futebol feminino nunca vai acabar. Na pior das hipóteses ficaremos a disputar a distrital de futebol de 7”, afirmou. No entanto, o clube está em negociações com um patrocinador e, caso chegue a um acordo, vai apostar no reforço da equipa para tentar salvar a época e evitar a descida de divisão. Actualmente, o 1.º de Dezembro tem 35 atletas femininas nos diversos escalões, todas elas amadoras e até pagam uma cota mensal para ajudar o clube. Realidades bem diferentes face às equipas masculinas portuguesas que participam na Liga dos Campeões, como o Benfica ou o F.C. do Porto. 06 de Dezembro 2013 sexta-feira
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Doença saúde
Tuberculose ainda mata Em 2012 foram diagnosticados 2480 casos de tuberculose em Portugal. Em pleno século XXI, a doença está ainda muito associada à pobreza. joaquim josé reis w jreis@expressodalinha.pt
O tratamento desta doença infecto-contagiosa passa por antibióticos e a quase totalidade das pessoas infectadas ficam tratadas ao fim de seis meses. O problema, de acordo com a delegada de saúde do Agrupamento de Centros de Saúde de Sintra, Rita Saldanha de Azevedo, é que muitas pessoas interrompem o tratamento quando sentem melhorias. “O tratamento deve ser cumprido até ao fim”, disse a responsável ao Expresso da Linha, no final de uma acção de sensibilização sobre a tuberculose, que decorreu nas instalações da associação Olho Vivo, em Queluz. A delegada de saúde adiantou que apesar de o número de doentes com tuberculose estar a diminuir em Portugal, esta ainda é uma doença “que se pode tornar grave”, uma vez que é contagiosa e, em caso de não tratamento, pode matar. Apenas os doentes com tuberculose pulmonar ou das vias aéreas superiores são contagiosos. “A tuberculose ainda mata em Portugal. Se não for tratada, mata, sem dúvida. É uma doença que se transmite por via aérea. Uma pessoa infectada pode transmitir [a doença] através da expectoração , da tosse, da fala ou dos espirros. Transmite-se por contacto próximo e prolongado”, afirmou. Os casos mais difíceis de tratar são os dos grupos de risco, nomeadamente de toxicodependentes, alcoólicos, sem-abrigo, pessoas com perturbações mentais. “Os factores de risco têm a ver com o sistema imunitário de cada pessoa, com algumas doenças que diminuem o estado imunitário como a Sida, Hiv, as neoplasias, as diabetes, pessoas que estejam a fazer [tratamentos com] cortisona. Há determinadas doenças que diminuem o estado imunitário, portanto essas pessoas que têm essas doenças são mais susceptíveis de apanhar tuberculose”, afirmou a responsável da ACES. Doença associada à pobreza. Há várias situações que facilitam a propagação da doença, nomeadamente, muitas pessoas na mesma casa, habitações com más condições de higiene, pouca ventilação e iluminação. Há outras como a alimentação deficiente.
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Causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis), atacando os pulmões n dr
Na maioria dos infectados com tuberculose, os sinais e sintomas mais frequentemente descritos são: w Tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformandose, na maioria das vezes, numa tosse com pus ou sangue w Cansaço excessivo w Febre baixa geralmente à tarde w Sudorese noturna w Falta de apetite w Palidez w Emagrecimento acentuado w Rouquidão w Fraqueza w Prostração
“A doença continua associada à pobreza, às más condições das habitações. Nos centros urbanos é onde a tuberculose afecta mais pessoas. Apesar de haver uma tendência para a diminuição [dos infectados], existem ainda alguns casos nos maiores centros urbanos”, afirmou a delegada de saúde. Incidência está a baixar. De acordo com os dados mais recentes da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), em 2012 foram diagnosticados 2 480 casos de tuberculose em Portugal, incluindo casos novos e retratamentos. A incidência de tuberculose foi de 2 286 casos, dos quais 1 901 são nacionais e 385 estrangeiros. Estes dados representam um decréscimo relativamente à taxa de incidência definitiva em 2011 (23/100 000 habitantes) de 6,1%. Em Portugal, a taxa de Incidência de tuberculose foi de 21,6/100 000 habitantes e no território da ARSLVT de cerca de 30/ 100 000 habitantes, e no concelho de Lisboa 41/100 000 habitantes. Cerca de 25% dos novos casos de tuberculose estão associados a doentes com Sida, e cerca de 30% são de indivíduos de outras nacionalidades.
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Surto Viral saúde
Dezenas de alunos com sintomas de gastroenterite Alunos de três estabelecimentos escolares do concelho de Sintra deram entrada no Hospital Amadora-Sintra com sintomas de vómitos e diarreias, mas regressaram a casa no próprio dia. joaquim josé reis w jreis@expressodalinha.pt
Uma equipa de médicos especialistas em saúde pública foi mobilizada, a 5 de Dezembro, para três escolas do concelho de Sintra, depois de ter surgido um alerta de que alunos apresentavam sintomas de diarreia e vómitos. De acordo com o director do Agrupamento de Centros de Saúde de Sintra (ACES), Vítor Cardoso, esta equipa de especialistas esteve nos estabelecimentos escolares a acompanhar os aluno e a recolher amostras de água que foram encaminhadas para laboratório, com o objectivo de identificar a causa destes sintomas. Segundo o director do
ACES, foram feitos inquéritos epidemiológicos. Vitor Cardoso adiantou ao Expresso da Linha que vários jovens foram ao hospital Amadora-Sintra e que na Escola Secundária Ferreira Dias, em Agualva-Mira Sintra, cerca de cem alunos faltaram às aulas. O presidente da Associação de Pais da Escola Ferreira Dias, Álvaro Silva, confirmou que vários alunos foram ao hospital com sintomas de diarreias e vómitos. O representante dos pais afastou a hipótese de os sintomas estarem relacionados com o refeitório da escola, uma vez que “a maior parte dos alunos” que se sentiram mal “não come” nas cantinas. À hora de fecho desta edição eram ainda desconhecidas as causas, mas fonte médica afirmou que “não deverão estar relacionadas com a água”, mas sim com uma “virose”. Os estabelecimentos escolares em causa são a Escola Secundária Ferreira Dias,a Escola Secundária Matias Aires, também em AgualvaMira Sintra, e a Francisco dos Santos, em Rio de Mouro.
Hospital Amadora-Sintra n dr 06 de Dezembro 2013 sexta-feira
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Opinião tribuna Opinião
Opinião
Basílio Horta Presidente da Câmara Municipal de Sintra
Carla Tavares Presidente da Câmara Municipal da Amadora
Tudo faremos para que os sintrenses sejam poupados ao vendaval de pobreza
O
surgimento de um novo órgão de informação local é sempre uma boa notícia. Vivemos numa época em que o jornalismo, o bom jornalismo, é essencial. Estou certo que a equipa do Expresso da Linha saberá dar o seu contributo para uma opinião pública informada e ativa. Assumi recentemente as funções de presidente da Câmara Municipal de Sintra com enorme sentido de responsabilidade, mas simultaneamente com um sentimento de esperança e motivação. Motivação pela oportunidade que me foi concedida pelos sintrenses de servir um dos maiores e dos mais belos concelhos de Portugal, cuja paisagem protegida é património da humanidade. Esperança porque acredito nas potencialidades da nossa terra e das nossas gentes. Apesar de uma sucessão de medidas de austeridade, cada vez mais gravosas, que têm vindo a atingir orçamento após orçamento, tudo faremos, no limite das nossas competências e capacidades, para que os sintrenses, e as suas famílias, sejam poupados, na medida do possível, ao vendaval de pobreza que assola Portugal. A Câmara de Sintra está a criar condições para atrair investimento empresarial, capaz de instalar novas tecnologias e de criar empregos. Estamos a dar os passos necessários para criar um Gabinete de Emergência Social destinado a apoiar os casos identificados de extrema pobreza. Este Gabinete será suportado por um Fundo provido das verbas a poupar no funcionamento corrente da Câmara. Nas primeiras semanas do mandato conseguimos poupar cerca de meio milhão de euros,
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grande parte será destinado a este fundo. Temos de ter a consciência que, se o Orçamento de Estado 2013 foi o rosto do maior aumento de impostos sofrido no Portugal Contemporâneo, o orçamento que o Governo defende para 2014 caracteriza-se por um brutal corte na despesa pública, atingindo com especial severidade as pensões de reforma e os vencimentos dos trabalhadores. Estes sacrifícios não resultam da Reforma do Estado, que ainda não se efetivou, já que até o respetivo guião é uma mão cheia de nada. E quanto à economia, ao défice e à dívida pública, a recessão não nos abandona, a despesa pública global teima em aumentar, com efeito negativo sobre o controle do défice e a dívida pública atinge patamares nunca antes alcançados. Neste quadro, as autarquias portuguesas têm um importantíssimo papel de amortecedor das medidas mais gravosas junto das populações mais frágeis. Será neste contexto que vamos trabalhar intensamente durante os próximos anos. Tenho a convicção que vamos conseguir ultrapassar os obstáculos, resistir a mais uma dose de austeridade e tornar Sintra um exemplo de crescimento e respeito pela diginidade das pessoas.
Uma nova ideia de Cidade
O
Município da Amadora encontra-se hoje dotado de diversos equipamentos culturais, desportivos e serviços públicos ao dispor da população. Os investimentos na habitação, na educação e na rede viária do Município são polos de desenvolvimento e de investimento no futuro desta jovem cidade, cujos objetivos se prendem com a melhoria do bem-estar e das condições de vida da população que escolheu esta Cidade para viver e trabalhar. Com uma localização geográfica de excelência, a escassos minutos da capital, a cidade da Amadora soube responder, ao longo dos últimos anos, aos desafios que se lhe foram impondo, no sentido de ser uma cidade mais atrativa e competitiva em diversas áreas. Cada vez mais longe do estereótipo de cidade dormitório, a Amadora é uma cidade que se foi renovando e que oferece, não só aos seus munícipes, mas também a todos os que nos visitam, espaços únicos de lazer e de convívio. Transformámos profundamente o espaço público. A cidade de betão tornou-se uma cidade mais humanizada, com mais espaços verdes e de lazer. Estes espaços, novos ou requalificados, não melhoram apenas a paisagem urbana. Criaram um sentimento de pertença e de bem-estar nas populações. Nos últimos 16 anos foram criados inúmeros parques e jardins, circuitos de manutenção e espaços de estadia que permitem uma nova vivência da Amadora. São ex-libris desse conceito o Parque Central da Amadora, o Parque Aventura, a Ilha Mágica do Lido, o Jardim Luís Vaz de Camões, o Parque Fantasia e, mais recentemente, o Parque Maurício- Turma da Mônica, que permitiu requalificar diversas zonas degradadas da cidade e implementar novas referências urbanas, com características e vocações únicas. Mas, não falo apenas dos novos parques e jardins. Desde 1997 erradicámos 24 bairros degradados, requalificando aqueles espaços para os devolver à cidade. Muito se fez nesta matéria mas muito há ainda por fazer.
Estamos a centrar o nosso investimento financeiro na erradicação do Bairro de Santa Filomena, dando condições condignas de habitabilidade a centenas de famílias. Um trabalho necessário mas moroso já que a erradicação deste núcleo será feita apenas com investimento municipal. Apostámos igualmente na limpeza do espaço público, quer através do reforço de meios próprios de limpeza, quer através de protocolos de delegação de competências com as juntas de freguesia que, numa perspetiva de proximidade, conseguem responder diariamente às necessidades das populações. É importante requalificar mas, sobretudo, apostar na manutenção desses mesmos espaços públicos. É meu compromisso e desafio dar continuidade a uma nova ideia de Cidade iniciada em 1997. Continuaremos empenhados na requalificação do espaço público, dando especial atenção às pequenas obras de proximidade, continuando a requalificar diversas pracetas e ruas, ordenando o tráfego automóvel, criando zonas verdes e de estacionamento. Pequenas obras que, muitas vezes, passam despercebidas, mas que se assumem de extrema importância para quem reside na zona onde são realizadas. São exemplos disso a requalificação da Av. D. Carlos I, do Parque Armando Romão, a conclusão da Matinha da Venda Nova e a criação de novos circuitos pedonais. Apostaremos ainda na execução do Plano Municipal de Arborização, plantando 15 mil árvores entre 2014 e 2018. A plantação de árvores na cidade tem constituído um dos aspetos essenciais da atividade ambiental do município da Amadora, de grande importância para o reforço da qualidade de vida, qualidade ambiental e da saúde da população. É possível continuar a fazer mais e a fazer melhor, centrando as nossas opções naquilo que continua a ser verdadeiramente importante – as pessoas.
Opinião
Opinião
pedro ventura
Carlos Silva Deputado e vereador do PSD na Amadora
Vereador da CDU em Sintra
Os CTT como factor de Coesão Nacional
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m país faz-se ano a ano, década a década, século a século, de decisões específicas que criam um sentido de comunidade capaz de agregar as diferenças sem as pôr em causa. É um esforço contínuo, árduo, para construir a comunidade, usando o unificador que é a coesão. É a coesão que não sufoca as diferenças mas que impõe caminhos, fundamentais, para melhorar a vida dos seus cidadãos. Para a ideologia neo-liberal que hoje governa Portugal e a Europa, e que criou o novo conceito de capitalismo sem falências (de que é exemplo a intervenção dos Estados no sector bancário), o primado da coesão pertence ao mercado livre, à concorrência (sem o ser) e à globalização (que é cada vez mais factor de exclusão). São os discípulos da Sr.ª Thatcher e do seu célebre: “não existem sociedades, só existem indivíduos e famílias”; são os defensores da “destruição construtiva”, do nivelar pela pobreza e não pela melhoria, do arrasar para construir algo que novo, não para servir todos mas apenas para servir alguns. A sua estratégia de privatização das empresas públicas é um bom exemplo. E dentro desta estratégia a privatização dos Correios de Portugal destaca-se. A defesa do postulado de que o Estado deve intervir apenas num grau mínimo, o que se designa por minarquia, aposta no chavão do costume: o monopólio público, com a consequente gestão pública (auditado por todos) é um erro e a liberalização do serviço trará modernização, preços mais baixos e mais empregos. Como diria Miguel Torga, “Só nesta terra é possível encontrar gente com mentalidade para acreditar que uma ideologia é uma opção mimética.” Com a venda dos correios, dizem eles, todos sairemos a ganhar: o Estado recebe verbas da venda (tão úteis para injectar nesses poços sem fundo que são o BPN, o BPP, entre outros), a empresa ficará cotada na bolsa (o que significa que os lucros passaram apenas a ser distribuídos por uma minoria), e melhorará a qualidade do serviço (que só os
privados podem dar, segundo eles). E assim se mente ao País. Os CTT são uma empresa lucrativa, dão dinheiro ao Estado e ao país: 106,5 milhões de euros em 2011 e 2012, 438,7 milhões acumulados desde 2005. É esta empresa lucrativa, com um volume de negócios anual superior a 710 milhões de euros, que se vai vender por um baixo preço, tal como vimos na venda do BPN ao BIC, para dar lucro a quem a comprar. Claro está! Sobre a melhoria da qualidade, que sirva de lição a Holanda: o operador privado pretende limitar a três dias a distribuição de correio, sob a ameaça de que “se os políticos quiserem o correio distribuído seis dias por semana, então terão de o financiar”. A ambição pelo lucro, pela maximização deste, traduzir-se-ão em abolição de todas as prestações de serviço público que se revelem menos lucrativas ou deficitárias, como foi o caso em Sintra e em muitos locais do País, com o encerramento de muitas estações e postos dos correios. Foi para preparar a privatização que as pessoas foram confrontadas com o encerramento de centenas de postos dos correios, às vezes até pela calada da noite, sem aviso prévio. Foi para isto que postos de trabalho na empresa têm vindo a ser destruídos ao longo do tempo, com trabalhadores a irem para a aposentação sem que sejam substituídos. Privatizar esta empresa com uma importância enorme para a vida de milhões de pessoas, para as empresas e a economia local, para a coesão do território e até para a soberania é uma medida criminosa. Lutar contra a privatização dos CTT é uma opção ideológica que assenta no pressuposto da defesa da supremacia do interesse público: o Estado deve vincular e direccionar seus actos de modo a garantir que interesses privados não prevaleçam nem sucumbam os interesses e necessidades da sociedade como um todo. Tal deve ser a razão para a não privatização dos CTT.
Amadora 2020. Por uma visão de cidade, sustentável e inclusiva.
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ma Democracia é tanto mais saudável quanto maior for a importância dos meios de comunicação social no seu dia-a-dia. O poder local, um dos mais sólidos pilares do nosso sistema democrático, precisa de ser acompanhado por uma comunicação social local, forte e interveniente. Neste sentido gostaria de saudar o nascimento do jornal “Expresso da Linha”. Desejo as maiores felicidades a este projeto, sempre num espírito de respeito mútuo e de serviço às populações. Crescimento inteligente, sustentável e inclusivo. São estes os pilares da Estratégia Europa 2020. A nível local, a concretização deste desígnio requer o forte empenho das instituições que lidam diariamente com os anseios dos cidadãos e suas famílias e que partilham esta nova visão de desenvolvimento, baseada na competitividade e na coesão. Quando mais de 20% do crescimento em países como Alemanha, Suécia e Reino Unido provém da Economia Digital ou quando, por cada emprego perdido na economia tradicional, surgem 2,6 na economia da internet, a escolha parece óbvia: não podemos baixar os braços e deixar passar mais este comboio rumo ao desenvolvimento. Cidades como a Amadora, precisam de novas ideias e de novos modelos, de projetos galvanizadores que deem uma nova esperança aos seus habitantes. A conceção de um conjunto de medidas estruturantes – à semelhança da estratégia europeia, uma ‘Estratégia Amadora 2020’ –, capaz de criar as bases para a fixação de novas empresas e novos e melhores empregos no concelho, poderia ajudar a contrariar aquele que é um dos maiores flagelos do concelho e do país. Aliás, pelos números expostos acima, porque não apostar, desde logo, em negócios e profissões ligados ao mundo digital – ou mesmo, na possibilidade de um cluster tecnológico?
A atração de investimento de qualidade requer uma política fiscal municipal assente em dois instrumentos fundamentais: (i) criação de uma taxa de Derrama Zero para atrair e fixar as empresas, (ii) descida progressiva do IMI para a taxa mínima para ajudar as famílias. Este “choque fiscal local” terá, com toda a certeza, um impacto muito positivo na vida das empresas e das famílias e na atratividade global do município. A “Estratégia Amadora 2020”, com esta visão de mundo e de territorialidade, é um projeto essencial num município que se quer mais dinâmico e competitivo. Não pode ser apenas uma bandeira autárquica, nem pode ser apenas um ato isolado. A Amadora está inserida no centro de uma área metropolitana e tem tudo para ser um player no contexto da competição territorial europeia, pelo que cabe à sua Câmara Municipal ter o arrojo, o saber e a visão estratégica para colocar o município na senda de uma nova era de desenvolvimento e prosperidade. Para isso é necessário que o Município da Amadora aproveite cabalmente a sua capacidade financeira, a sua centralidade metropolitana e as suas potencialidades para a criação de uma cidade do futuro, uma cidade moderna. Este mandato autárquico deve ser focado na assunção da ideia de que a Amadora deve ser uma Cidade de todos e para todos, JUNTOS PODEMOS MAIS. É sob este lema que irei pautar a minha ação como Vereador na Câmara Municipal, é isto que defenderei.
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Estilo de Vida
design de interiores | esoterismo
Esoterismo
Como fazer um projecto decorativo, sem meter os pés pelas mãos? Por norma, todos sabemos o que gostamos para as nossas casas, vemos nas revistas e nas lojas objectos e móveis que nos agradam. isabel martins w imartins@expressodalinha.pt
O problema é que quando os juntamos no mesmo espaço, pura e simplesmente não fazem sentido. Então, como resolver esta questão sem recorrer a um profissional que nos cobre uma fortuna? É simples: basta organização, um pouco de bom senso e regras simples. Em primeiro lugar devemos analisar o espaço em questão, perceber se tem muito sol ou não, que tipo de iluminação artificial pode ter, se é grande ou pequeno, por quantas pessoas é usado no dia-a-dia,
quais as tarefas que aí se fazem. Posto isto, começamos: 1 - Definir as cores mediante o grau de exposição solar. Para zonas muito expostas ao sol podemos optar por cores mais escuras (castanhos chocolate, preto, bordeaux), ou até mesmo frias (azuis, verdes, lilás, cinzentos), pois a luz solar trará o necessário “conforto”. Já zonas com fraca luz solar necessitam de cores mais quentes ou claras, por forma a compensar essa falta de luz (amarelos, rosas, vermelhos, castanhos claros) 2 – Ver qual o mobiliário que necessitamos para as várias funções, tentando sempre não encher em demasia o espaço com peças grandes demais, ou em excesso. Se possível, escolher peças que acumulem funções. 3 – Criar uma composição com colagens das diferentes opções e verificar se funcionam em conjunto (ver foto).
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4 – Para quem tem dúvidas quanto á mistura de cores, inspire-se na natureza, ela dá a resposta até em simples flores. 5 – Muito cuidado na mistura de estilos decorativos ou de mobiliário, é terreno perigoso para quem não tem experiência. Uma boa dose de bom senso, para avaliar este passo será essencial, para não cometer erros. Na próxima edição falaremos do segundo passo: a distribuição do mobiliário na planta da divisão. Até breve.
O que se pretende esclarecer nesta coluna, a que vamos chamar esoterismo, é que os leitores tenham mais informação sobre uma parte de nós que desconhecemos mas que faz parte de um todo, como fazendo parte do universo. Provavelmente todos os leitores de uma forma ou outra já ouviram falar de esoterismo ou até já viram lojas ditas esotéricas, mas o que muitos provavelmente não sabem é o seu significado, e o que abrange o esoterismo. O que por norma as pessoas pensam é que quem tem este conhecimento, tem a capacidade de ler a mente, fazer magia, feitiçarias e curandeiros. Isso é puro desconhecimento, ignorância e preconceito. E é por desconhecer o verdadeiro sentido que grande parte da população tem medo, formou-se a ideia de que é algum tipo de religião ou seita. Esoterismo é o conjunto de conhecimento que não é adquirido através dos nossos cinco sentidos. É tudo aquilo que constitui a essência das coisas e de todos os seres; é a natureza interior, a razão de ser e de existir. Está além do mundo da matéria, do mundo físico, ou melhor, é assunto que diz respeito à Metafísica. E só há um caminho para encontrar essas respostas que preenchem o vazio da alma: O AUTOCONHECIMENTO. É ele que nos leva até à nossa essência, não importa qual o método nem quais as técnicas a serem usadas, mas o autoconhecimento é, sem dúvida, o único caminho. w paula evaristo
Oriente
ambiente
Museu desvenda segredos e mitos do bonsai Arte de transformar arbustos ou sementes em pequenas árvores em vasos de cerâmica foi descoberta por chineses e aperfeiçoada por japoneses. josé joaquim reis w jreis@expressodalinha.pt
À entrada da vila de Sintra está instalado há treze anos o Museu do Bonsai, um espaço tipicamente oriental. O verde do jardim confunde-se com o da serra de Sintra e apenas a diferença de tamanhos entre as árvores faz o visitante perceber que está num espaço tipicamente oriental. É nesse jardim que ao som da água que corre nos riachos se encontram em exposição pinheiros, sequóias, macieiras, laranjeiras, figueiras ou oliveiras em ponto pequeno. E muitas delas dão pequenos frutos. O proprietário, Marco Rodrigues, dedicou muitas horas da sua vida aos pequenos detalhes que fazem do bonsai também uma arte de meditação, cujos resultados surpreendem até os os turistas que chegam a Sintra vindos do Oriente. “Muitas vezes quando passam aqui au-
Espaço oriental em Chão de Meninos, em Sintra n Expressodalinha
tocarros de turistas, principalmente do Oriente, fazem sempre uma força para parar e ficam maravilhados com a variedade que temos aqui, de bosques e de árvores que eles têm só no oriente”, afirmou.
Com pequenas árvores que custam desde os 5 euros até vários milhares – um deles foi vendido recentemente por 75 mil euros - a sustentabilidade económica do museu, cuja entrada é gratuita, depende do hospital para
bonsais, da loja, da assistência a residências ou empresas, mas também da escola que todos os fins de semana recebe alunos dos mais variados pontos do país. Segundo Marco Rodrigues, muitos dos visitantes e alunos procuram o museu por ser um espaço de “anti-stress” onde são revelados os segredos e os mitos desta arte secular que, afinal, não faz destas árvores difíceis de cuidar nem de ter em casa. “O bonsai não tem muitos segredos, mas tem muitos mitos. De facto há mitos que se tornam segredos, mas há muita gente que tem sucesso com bonsais, porque segue os parâmetros da natureza”, afirmou. Marco Rodrigues garantiu que basta cuidar da pequena árvore como se esta estivesse na natureza, portanto “muita luz, água e poda” são importantes para a sobrevivência da espécie dentro de portas. O proprietário socorre-se das centenas de bonsais que tem em exposição no exterior para adiantar que estas árvores em miniatura não são tão “sensíveis” como a maior parte das pessoas julgam, uma vez que as que se encontram no jardim estão sujeitas à chuva, à geada e ao calor. “No fundo, são árvores como as outras”, adiantou.
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06 de Dezembro 2013 sexta-feira
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Activismo
amnistia internacional
Maratona de Cartas 2013 Uma simples carta, que pode ser a sua, pode libertar um prisioneiro de consciência ou impedir uma morte num ponto qualquer algures no mundo. É a mais antiga das técnicas da Amnistia Internacional na sua luta de mais de meio século pelos Direitos Humanos. É por isso que o evento maior da AI, todos os anos, é a Maratona de Cartas. E aí está a edição 2013. No ano passado conseguimos 42 mil cartas em Portugal, incluindo centenas em Sintra, e 2 milhões em todo o mundo. Os casos de Gao Zhisheng, Juan Herrera, Alias Bialiatski e Girifna tiveram impactos importantes. Este ano vamos tentar o mesmo com os de Ihar Tsikhaniuk, Yom Bopha, Eskinder Nega e da Comunidade Nabi Saleh. Num curto resumo, o bielorusso Tsikhaniuk é perseguindo por defender os direitos dos homossexuais, a cambojana Yorm por resistir à pressão dos construtores civis e à expulsão da sua comunidade, o etíope Nega, jornalista, por insistir no direito à informação, e a comunidade palestiniana Nabi Saleh por lutar pacificamente pela ocupação israelita das suas terras. À semelhança do ano passado, a Amnistia Internacional Portugal – Grupo 19 faz coincidir a divulgação dos casos com a Mostra de documentário sobre Direitos Humanos, cuja XII edição decorre nos próximos dias 13, 14 e 15, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra [ver nesta edição]. O leitor pode aproveitar a oportunidade para conhecer cada uma das causas e dar o seu contributo. A sua carta pode fazer a diferença. Um selo de 80 cêntimos pode decidir qualquer delas. E pode ainda conhecer o Grupo 19, quem o integra e os seus muitos casos de sucesso desde 1989.
Amnistia Internacional Portugal Grupo 19 | Sintra Apartado 168, 2711 Sintra Codex https://www.facebook.com/Grupo19Sintra
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30 ExpressodaLinha |
sexta-feira
06 de Dezembro 2013
XII Mostra de Documentários sobre Direitos Humanos Três dias de filmes e um sonho: a paz a assinar a favor de quatro vítimas a precisar de ajuda urgente – a Maratona de Cartas de 2013 – e um ponto de informações e mershandising. “Temos um sonho: fazer de Sintra uma terra amiga dos direitos humanos, contra a exclusão e a solidariedade universal. E isso é possível. A justiça e a paz são possíveis. O grupo está a trabalhar para isso há 24 anos – vamos fazer um quarto de século em 2014”, garante Susana Gaspar, coordenadora de uma equipa de uma dezena e meia de activistas de que se orgulha e descreve como “incansáveis”.
redacção w geral@expressodalinha.pt
“Temos um sonho: fazer de Sintra uma terra amiga dos direitos humanos, contra a exclusão e a solidariedade universal. E isso é possível”. Está à porta a XII Mostra de Documentários sobre Direitos Humanos, que este ano inclui um filme “assustador”. A Amnistia Internacional volta a trazer a Sintra filmes que destapam realidades escondidas da opinião pública ou mal conhecidas. É a XII Mostra de Documentários sobre Direitos Humanos, a único do seu género em Portugal. Entre os dias 13 e 15, sintrenses e visitantes poderão visitar a pequena aldeia palestiniana de Bil’in e pulsar com os seus habitantes na luta contra o muro de betão levantado por Israel para separar os dois povos, viajar ao coração da Amazónia para ver como sobrevivem os seus povos ou enfrentar, com Augusto, Elvita e Salim um novo amanhecer em Moçambique. Ou recuar no tempo, até aos anos de 1960, pelas vozes dos sobreviventes e dos carrascos do genocídio anticomunista indonésio de Suharto, numa descida aos infernos que deixou arrepiado o próprio produtor do documento, Werner Herzog: “É um dos filmes mais assustadores que vi nas últimas décadas”. “São filmes de ver mas também de doer”, disse ao Expresso da Linha a coordenadora do Grupo 19, a estrutura local da AI que promove este novo encontro com a realidade do mundo, Susana Gaspar. “A arte, neste caso o documentarismo, pode ser uma preciosa aliada na denúncia dos atropelos aos direi-
Três dias
Cinco filmes
tos humanos de modo que os crimes contra a humanidade sejam punidos e as pessoas digam nunca mais!” As mostras de documentários da Amnistia de Sintra começaram na Casa da Juventude, nas Mecês, antes de passarem para o Centro Cultural Olga Cadaval, onde estão há quatro anos, com um crescente sucesso. “Já tivemos mesmo a honra de uma antestreia, o Hortas Di Pobreza, de Sara De Sousa Correia, um documentário realizado na Guiné-Bissau que vem vencendo vários prémios”, explicou a activista. Mas a estrutura operacional da AI tem mais para dar a quem for assistir ao certame documental: debates com realizadores e convidados no fim das projecções, cartas
Dia 13, sexta-feira: Bil´In, meu Amor, de Shai Carmeli Pollak, a luta pacífica de uma pequena aldeia palestiniana contra a perda do seu território a favor do Estado de Israel, projecção pensada para as escolas, às 10h30, Crianças da Amazónia, de Denise Zmekhol, às 15h30, e Belo Monte, Anúncio de uma Guerra, de André D’Élia, às 21h30, ambos sobre a degradação das terras e das condições de vida dos povos da Amazónia. Dia 14, sábado, Amanhecer a andar, de Sílvia Firmino, três vidas de luta em Moçambique, às 21h30. Dia 15, domingo, The Act of Killing, de Joshua Oppenheimer, Prémio Amnistia Internacional – IndieLisboa 2013, um documento sobre o massacre de comunistas em 1965-66, com entrevistas a sobreviventes e carrascos, às 16h00.
Agenda
Horóscopo
cultura
de
Sintra
Espectáculo de Marionetas O Fio de azeite, Grupo de Marionetas do Chão de Oliva apresenta “O Segredo do Rio” um espectáculo de marionetas de luva, para maiores de 4 anos, adaptado do livro de Miguel Sousa Tavares, em cena na Casa de Teatro de Sintra até dia 15 de Dezembro, todos os sábados e domingos às 16h. “Uma história pedagógica que pode ser lida como uma parábola protagonizada pela humanidade e a natureza: se a humanidade (rapaz) tratar a natureza (peixe) com amor, fidelidade e respeito no fundo como merece, a natureza é generosa”. História do Eléctrico de Sintra em exposição O Arquivo Histórico de Sintra, instalado no Palácio Valenças, acolhe até dia 31 de Março de 2014 uma exposição documental que conta a história do eléctrico de Sintra desde 1904. “Durante várias décadas, o eléctrico constituiu o único sistema de transporte de passeio e público de Sintra à Praia das Maçãs. Nos anos de 1950, é abandonada e os velhos eléctricos entraram em processo de degradação, até que, há alguns anos, a autarquia sintrense reabilitou a linha de eléctrico de Sintra à Praia das Maçãs”, lê-se no comunicado de divulgação da mostra. A entrada é gratuita.
Amadora
“Reino do Natal” anima Biblioteca de Sintra Os jardins da Biblioteca Municipal de Sintra – Casa Mantero, recebem até 23 de Dezembro a terceira edição da iniciativa “Reino do Natal”. A entrada é gratuita, mas os visitantes são convidados a doar bens alimentares, material escolar ou produtos de higiene. Estes bens serão serem distribuídos pelas entidades sem fins lucrativos de solidariedade social do concelho e pelo Banco de Recursos de Apoio às Famílias do Município de Sintra. O Reino do Natal 2013 pode ser visitado nos dias 7 e 8 de Dezembro e depois no período de 14 a 23, entre as 14h e as 19h. Entre os dias 9 e 13 de Dezembro esta iniciativa destina-se sobretudo às escolas.
Gala Nacional de Hip Hop A cidade da Amadora recebe no próximo dia 7 de Dezembro, pelas 21h, na Escola Secundária Seomara Costa Primo, a Gala Nacional de Grupos de Hip Hop. Este evento que encerra o circuito do Campeonato Nacional disputado nos escalões de juvenis, juniores e seniores, funciona igualmente como lançamento da nova época desportiva e procura dar ênfase aos grupos emergentes nesta disciplina.
“Empreendedorismo para o Auto-emprego” A Associação Olho Vivo promove, entre 18 de Dezembro e 28 de Fevereiro, uma acção de formação com o tema “Empreendedorismo para o Auto-emprego e Plano de Negócios”. Esta iniciativa é destinada a desempregados que vivam em Sintra. A acção terá 240 horas, em horário laboral, e os formandos terão direito a bolsa de formação e certificado de participação. As inscrições podem ser feitas junto da associação Olho Vivo, no Centro Comercial de Queluz.
Exposição “Entre Pares” A Galeria Municipal Artur Bual apresenta a exposição “Entre Pares” até 12 de Janeiro de 2014. “Entre Pares” apresenta trabalhos dos alunos de artes plásticas da Fundação AFID Diferença, lado a lado com obras de artistas da Associação de Gravura da Amadora, da Arcoartis, do Artever, e do Círculo Artístico e Cultural Artur Bual.
Teatro “O sapateiro e os anões” A peça de António Mota vai estar na Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos até 12 de Dezembro. Dramatização de uma história que tem como objectivo promover o gosto pelo livro e pela leitura, destinado a alunos do 1.º ciclo do ensino básico.
5/12 a 20/12
Ângelo – Tarólogo Consultas e Formação Marcações: 91 055 80 96 / 96 953 67 86 E-mail: novaventura@gmail.com
Carneiro
Balança
Touro
Escorpião
É natural que esteja a viver uma fase mais movimentada, o que lhe confere um certo estado de ansiedade e nervosismo. O ideal para que a possa atravessar da melhor maneira seria tentar controlar o impulso de querer resolver as coisas de forma impetuosa. Ao longo deste período haverá tendência a estar mais tenso e preocupado. Para um nativo de Touro, é difícil aceitar determinadas situações, porém, não veja isso como uma derrota. Por vezes, pensar melhor, deixa o coração mais sereno e pronto para almejar o que se deseja!
Gémeos
A dualidade deste signo leva-o muitas vezes a conduzir as ideias de forma exagerada, acabando por se perder nesse emaranhado de caminhos. Nessas alturas, a chave é dar abertura ao seu outro lado, mais meigo e sensato. Aproveite para por fim a um atrito que já se encontra em decomposição.
Caranguejo
Talvez tenha atravessado mais uma daquelas fases angustiantes. Todos estamos em processo evolutivo e é lógico que o signo tem influência nesse desenvolvimento. O importante é tentar conhecer melhor as suas facetas. Assim fica melhor preparado para os embates da vida. Acredite mais em si!
Leão
Se há pessoa determinadas, os leoninos estão no top! Determinados e com uma vontade de viver extraordinária! Durante estes quinze dias, faça por “encolher as garras”. Como sabe, na vida nada é eterno e a possibilidade de passar de predador a vítima poderá ocorrer. Coragem!
Virgem
A radicalidade, tal como tudo, requer moderação e dosagem certas. Isto torna-se quase impossível para um virginiano. Evite ser tão racional e dê prioridade a voz do coração. Olhe que vale a pena!
Avizinha-se um período de alguma mágoa ou desolação. Isto terá maior impacto devido a grande sensibilidade deste signo de Água. Não desanime. Tente compreender que tudo tem um fim, por isso, seja forte e prepare-se para algo menos positivo. Ânimo! A impetuosidade que envolve este signo irá fazer-se sentir nos próximos dias. Aliás, tudo é intenso para um nativo de escorpião. Abeire-se mais do seu lado sedutor. Conseguirá ganhar pontos se optar por ser mais diplomata.
Sagitário
Fase de expansão para os sagitarianos. Este tem sido um período salpicado de alguma apatia devido a alguns entraves. O seu bom senso tem ajudado na recuperação, através dos cortes de coisas que não lhe servem mais. Já não falta tudo. Continue porque está no bom caminho!
Capricórnio
Para quem já é comprometido, a vida vai mostrar que uma relação é feita a dois, o que ajuda no surgimento de alguns percalços. Quanto a quem ainda está sozinho e quer encontrar a sua alma gémea, esta será uma fase positiva para que tal aconteça. Será um presente de Natal antecipado? Atreva-se a ser feliz!
Aquário
Tudo indica que poderá fechar este ano com chave de ouro. A sua vida tem sido pautada por alguma dúvidas e receios, no entanto, você tem capacidade de avançar com firmeza. Mantenha a confiança em si. Boa sorte!
Peixes
Felicidade e harmonia, são os componentes que lhe estavam a faltar nesta altura do campeonato. Após tanta luta, a vida propõe-lhe uma fase mais serena. Tente resgatar o que de melhor há em si e siga em frente. A vida está à sua espera!
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