µAndré Moniz
Quinta-feira, 31 de Janeiro de 2013 | Ano 6 • Nº 123 € 0,80 • Mensal | Director Miguel Carvalho | Telef.255 495 751 Fax. 255 495 710 | E-mail: geral@expressofelgueiras.com | www.tamegaonline.info
“SE NÃO HOUVER COLIGAÇÃO COM O PSD EM FELGUEIRAS, O CDS TEM QUE ANDAR PARA A FRENTE E MOSTRAR O QUE VALE” Paulo Rebelo, presidente da Assembleia Municipal
Felgueiras é o único concelho do Tâmega e Sousa onde o desemprego está a diminuir PS acusa Câmara de acumular dívida de 2,6 ME à empresa Suma
µArmindo Mendes (arquivo)
Associação Empresarial receia a “machadada final” em centenas de negócios
Págs. 8 a 11
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Adega de Felgueiras foi a que mais uvas recebeu em 2012 na região dos vinhos verdes
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Descaracterização
Opinião
“Desejos para 2013”
O Costa é que a sabe toda
Consultor TIC
Gestor
Comercial
Hélder Quintela
Luís Miguel Nogueira
Sérgio Martins
Antes de mais, nesta primeira crónica para o ano de 2013, os votos são de um Bom Ano, deixando ao livre arbítrio de cada um a definição das condições necessárias, e das conquistas a alcançar para que a contabilidade no balanço tenha um resultado positivo. Isto porque todos sabemos, que este será um dos anos civis mais difíceis do tempo contemporâneo português. Dificuldades que vão traduzir-se na diminuição do rendimento disponível, e nessa medida numa cadeia/ sucessão de comportamentos que no final hão-de traduzir-se em possível agravamento do ciclo recessivo, em aumento do número de empresas que entram em ruptura, em aumento na taxa de desemprego, ou seja e em resumo, em maiores dificuldades!... É claro para todos que foram os erros sucessivos de muitos, e não apenas de alguns Governos/Primeiros Ministros, que se chegou a esta situação insustentável, seja ela analisada do ponto de vista económico ou social, ou em toda a sua abrangência! E um dos pontos de análise tem que passar necessariamente pelo prisma da Reorganização Territorial Autárquica, Lei já promulgada pela Senhor Presidente da República, e que vai transformar de forma muito vincada a organização administrativa, mas também e em grande medida a vivência diária e a convivência social. Só por desatenção não é possível reconhecer que as freguesias representam - melhor será dizer representaram -, um espaço muito sui generis, correspondente a um espaço geográfico, mas principalmente correspondente a uma teia de relações inter-pessoais de pessoas que se reconhecem e interligam as suas vidas quotidianas. Os agrupamentos (baseados em dados e não em pessoas e nos factores sociológicos) que foram feitos, e a forma como algumas fusões e “aquisições” foram realizadas - apenas pela avaliação a regra e esquadro pelos técnicos da UTRAT - Unidade Técnica (para a) Reorganização Territorial Autárquica para a agregação de Freguesias sentados nos seus confortáveis gabinetes da Administração Central -, demonstram que mexer desta forma na vida das pessoas, na organização dos orgãos de decisão que mais próximos estão das pessoas foi um acto pouco estruturado do ponto de vista de planeamento e gestão do processo, uma vez que um dos principais factores foi tomado em pouca consideração: as pessoas! Incluindo ainda um factor adicional de risco, que passa pela implementação desta reorganização em ano de eleições autárquicas! Tendo estes considerandos presentes, não me revejo por exemplo nesta afirmação publicada em nota do Gabinete do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares que escreveu que esta Reorganização Territorial Autárquica «permitirá maior eficácia na prestação de serviços às populações. É, assim, uma reforma para as pessoas e não para os políticos»! … No entanto, convém também notar, que a decisão de não pronunciamento relativamente a este assunto pelos orgãos a quem foi dada possibilidade de manifestação de opinião levou a que agora aconteçam situações como a relacionada com a forma como foi realizado o agrupamento das freguesias que compõem/integraram tradicionalmente o núcleo central da Lixa e que não agradou a ninguém. Aliás o título de uma das últimas edições de O Jornal da Lixa é bem revelador: “A Lixa será ou não desmembrada?”. … Pelo andar da carruagem, e como também se escreveu no mesmo jornal, apesar da vontade unânime dos Presidentes de Junta das freguesias envolvidas, agora que a lei foi promulgada a Lixa deverá mesmo ficar desmembrada e em minha opinião descaracterizada!
De há uns meses a esta parte tenho participado nuns debates semanais (na RTV) muito interessantes, onde se debate de tudo um pouco que mexe com o nosso país, com especial ênfase na Região Norte. No último debate discutimos um tema interessantíssimo: “Medidas imediatas e indispensáveis para melhorar a vida dos portugueses”. Todos propusemos algumas, umas mais esperadas que as outras dadas as convicções de cada um, mas gostaria de partilhar convosco uma das minhas ideias. Após duas medidas de cariz económico, uma de crescimento e outra de incentivo à criação de emprego, fiz questão de propor uma terceira que considero a mais importante de todas, pois de facto considero que ela resolvia grande parte dos nossos problemas. GOSTAVA QUE PORTUGAL TIVESSE UMA REVOLUÇÃO DE VALORES. Esta medida consiste no meu desejo de há muito, de ver a classe e a escolha política reger-se pelos valores que deveria: HONESTIDADE e COMPETÊNCIA. Quanto a mim, estes valores são a condição essencial para que a vida dos portugueses melhore, mas isso também depende de nós. Dentro desta revolução gostaria que acontecesse, entre outras coisas, o seguinte: 1º - Que os responsáveis políticos eleitos deste país governem em função do interesse da população que representam, e não em função dos seus próprios interesses. De facto, e se analisarmos bem, boa parte dos eleitos, esquecem-se muito rapidamente de quem os elegeu, e adoptam como única estratégia a sua própria reeleição. Nas suas cabeças só paira uma ideia: “O que é que eu tenho que fazer para ganhar as próximas eleições?”, e claro está, o resto que se “lixe”… Como veremos neste ano de eleições autárquicas, não vão faltar festas e passeios, mesmo depois de andarem a dizer durante 3 anos que não havia dinheiro para nada. Enfim, sempre ouvi dizer que as desculpas são as armas dos incompetentes, e cada vez mais me convenço da virtude desta frase, património da sabedoria popular. 2º - Que os líderes partidários escolhessem os melhores e os mais competentes para o exercício de funções de administração pública. Este país tem sofrido muito com a incompetência dos titulares de cargos públicos, que desbaratam o dinheiro público, e em troca ainda recebem ordenados chorudos. “As Gorduras do Estado” residem nos maus negócios que o Estado faz e naqueles que deles beneficiam, e não, naqueles que tanto têm sofrido para pagar uma dívida da qual não se sentem responsáveis. Portugal está a sacrificar quem se esforça para pagar as dívidas que incompetentes e criminosos criaram. Neste país, onde a culpa morre solteira, é urgente uma lei de combate ao enriquecimento ilícito, bem como uma outra que responsabilize criminalmente aqueles que deliberadamente prejudicaram o Estado no exercício de funções públicas. Todos devíamos exigir estas medidas, pois o Estado, somos todos nós. 3º - Finalmente, gostaria que os portugueses fossem todos votar, e que votassem nas pessoas, nos projectos, nas ideias, na competência, e não nos partidos. Este ano vamos ser chamados a escolher quem vai gerir a nossa terra, que não é mais do que uma sociedade onde todos somos sócios. Para gerir a nossa casa queremos os melhores, os mais competentes, independentemente da sua cor partidária. Claro que esta mensagem não interessa aos dois maiores partidos políticos portugueses, que muito têm beneficiado do “clubismo” e do “voto útil”. Lembrando o Prof. Adriano Moreira: “O voto útil, só o é para quem o recebe”.
António José Seguro arrisca-se a ser outro Ferro Rodrigues. Aguentar o embate frontal, fazer a travessia do deserto e dinamitar o governo para que António Costa, acione o mecanismo que vai fazer desabar o governo. O partido socialista tem esta apetência particular para lutas fratricidas na hora da tentativa de assalto ao poder com uma intensidade superior – pelo menos pública – que os outros partidos políticos. O poder sempre foi tentador e o assassínio político uma ferramenta para a concretização dos objetivos. Todos sabíamos que Seguro seria um líder a prazo, a não ser que os tabus – António Costa e António Vitorino – nada fizessem. António Costa fez, ou melhor, outros fizeram com que acontecesse. O sempre omnipresente braço direito de José Sócrates, Pedro Silva Pereira, em conjunto com Francisco Assis e Sérgio Sousa Pinto encarregaram-se de fazer acontecer agora, “por acaso” a crise de liderança socialista. E vão manter Seguro em lume brando até ao momento que deixe de ter condições para liderar. António Costa impõe condições para que Seguro una o partido e ainda estabelece prazo até ao dia 10 de Fevereiro! Mas Seguro geriu mal todo o processo. Começou por tentar desvalorizar os avanços da oposição interna, deixou subir de intensidade a discussão pública para depois tentar fechar tudo nos órgãos do partido. Como diria Irina Golovanova, especialista em linguagem corporal, Seguro dizia uma coisa e o seu corpo mostrava toda a preocupação e desconforto perante a situação. Da mesma forma, foi interessante analisar o comportamento de Pedro Silva Pereira no momento em que António Costa proferia umas declarações à saída da reunião da comissão política e, do meu ponto de vista, é mesmo uma questão de tempo até Seguro ser afastado. Em Felgueiras, a câmara municipal em parceria com a ANIMAR e a ADERSOUSA realizou uma ação de sensibilização para as redes colaborativas de produção local. Coisa de pouca monta, dirão alguns, mas muito importante na minha opinião. É com ações como estas que se mudam as atitudes enraizadas de gerações de negócios em busca de novos produtos e/ ou melhoria dos existentes como forma de criar valor no produto e assim aumentar as vendas criando ou abrindo novos mercados. Agora só falta mesmo que surjam ideias, que sejam colocadas em prática e que, mais importante, os empresários e produtores vejam uma oportunidade de, em conjunto, se tornarem mais fortes.
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Autarcas de Felgueiras e Lousada dizem que novas portagens revelam “má-fé” do Governo
O
s presidentes das câmaras de Felgueiras, Inácio Ribeiro (PSD), e de Lousada, Jorge Magalhães (PS), consideram que a eventual introdução de mais portagens nos respetivos concelhos constitui “uma irresponsabilidade” e revela “má-fé” do Governo. Em declarações à Agência Lusa, os dois autarcas dizem que aquela possibilidade, que está a ser estudada pelo Governo, merece o “mais profundo repúdio” da região do Tâmega e Sousa. De acordo com vários órgãos de comunicação social, o Governo prepara-se para introduzir novas portagens, colocando 15 novos pórticos automáticos de cobrança nas autoestradas nacionais, sobretudo do norte de país e da Grande Lisboa.
Face ao “caráter gravoso” da eventual introdução de portagens, Inácio Ri-
Inácio Ribeiro
beiro e Jorge Magalhães revelaram a intenção de convocar “uma reunião de urgência” da Comunidade
Intermunicipal do Tâmega e Sousa. Os dois presidentes
medida”. No caso de Lousada, Jorge Magalhães diz “ser
Jorge Magalhães
acreditam que a região tomará, em conjunto, junto do Governo, “uma oposição forte de contestação da
caricato” que se queira introduzir portagem num pequeno troço, com 200 metros, junto à saída para
Nevogilde, para o qual não há alternativa. O edil socialista lamenta que o concelho vizinho de Paços de Ferreira “saia incólume”, continuando os seus habitantes isentos de pagamento de portagens quando circulam na A42 (antiga SCUT do Grande Porto) dentro do território do concelho. Jorge Magalhães acusa o Governo de, com esta dualidade, estar a beneficiar Paços de Ferreira por ser governado por uma autarquia de maioria PSD. Para o autarca socialista, a tutela ainda não percebeu que o pagamento da antiga SCUT tem acentuado a diminuição do tráfego naquela via, ao mesmo tempo que penaliza a economia de uma região que tanto precisa das autoestradas para escoar os produtos da sua indústria. No caso de Felgueiras,
Inácio Ribeiro diz não fazer sentido cobrar portagem na ligação da A11 à cidade (cerca de três quilómetros), lembrando que a desclassificação da EN 207, entre as duas localidades, teve como contrapartida a construção de uma variante, que o Governo equaciona agora portajar. “É uma decisão típica de uns senhores que chegaram ao Terreiro do Paço e esqueceram a realidade do país”, criticou o autarca social-democrata. Inácio Ribeiro sublinha que o concelho de Felgueiras, um dos mais industrializados do país, “não pode aceitar mais esta penalização”, lembrando que, nos últimos meses, tem sido prejudicado com “decisões injustas” da tutela nas áreas da justiça e saúde. |Armindo Pereira Mendes / Lusa
µArmindo Mendes (arquivo)
Empresários de Felgueiras acusam Governo de ser injusto com o concelho
O
presidente da Associação Empresarial de Felgueiras, Nuno Fonseca, acusou o Governo de não estar a ser “justo” com aquele concelho, quando introduz mais portagens, esquecendo o contributo da indústria de calçado para a riqueza nacional. “As pessoas estão a fazer um esforço, que em algumas situações é inglório, porque depois não são correspondidas”, afirmou o dirigente, em declarações à Lusa. Nuno Fonseca referia-se ao volume de exportações da indústria de calçado de Felgueiras, que tem crescido nos últimos anos, sem que o Governo dê sinais de compensar o concelho. A possibilidade de intro-
dução de portagem no troço de autoestrada que liga a cidade à A11, numa extensão de cerca de três quilómetros, admitida na semana passada pelo Governo, é, afirma, uma “situação inadmissível”. “Será mais um custo para os nossos empresários suportarem, se quiserem continuar a usar o porto de Leixões para exportar os seus produtos e contribuir para a riqueza do país”, criticou. À Lusa, o empresário recorda que aquele concelho do Vale do Sousa é responsável por mais de metade das exportações nacionais de calçado, gerando milhões de euros de impostos para os cofres do Estado. Para o representante dos
empresários, “Felgueiras não tem recebido aquilo que tem dado ao país, situação que não é nova”. “Os governantes têm que perceber que esta região é das que mais produz na economia nacional. Isto terá de ser, no futuro próximo, uma arma política para reivindicar os nossos direitos”, defendeu. O calçado emprega cerca de 15 mil pessoas do concelho e de município vizinhos, como Fafe, Amarante, Celorico de Basto, Guimarães e Lousada. Só em Felgueiras, há mais de 600 empresas do setor que, em 2011, produziram artigos no valor de 700 milhões de euros. |Armindo Pereira Mendes / Lusa
| 31.JANEIRO.2013 |
Felgueiras é o único concelho do Tâmega e Sousa onde o desemprego está a diminuir
O
concelho de Felgueiras foi o único entre os 12 do Tâmega e Sousa onde o desemprego diminuiu no último trimestre do ano passado, revelam dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Naquele município, que lidera a produção nacional de calçado, de outubro a dezembro, diminuiu o número de pessoas desempregadas, com um decréscimo de 139, confirmando o bom momento da indústria local. A taxa de desemprego no concelho é de cerca de 10,7%. Na análise aos dados de todo o ano de 2012, Felgueiras registou um aumento de 6,4% no número de pessoas sem trabalho, muito abaixo dos indicadores de outros
Em Paredes, no mesmo período, o número de pessoas sem trabalho aumentou 26%. Pior que Paredes em 2012 esteve o vizinho con-
celho de Lousada, com um crescimento de 28,6%. No plano inverso, evidencia-se Castelo de Paiva, que foi o concelho, em termos percentuais, onde o desemprego cresceu menos em 2012. Contudo, a taxa de desemprego naquele município é superior a 21%. No Baixo Tâmega, em 2012, Amarante foi o concelho com melhor desempenho, apesar de o desemprego ter crescido quase 12%, afetando mais de 5.000 pessoas. Bem pior esteve o município vizinho do Marco de Canaveses, onde o número de pessoas inscritas no centro de emprego subiu 20%, ultrapassando também as 5.000 pessoas. Os últimos meses do ano foram os que evidenciaram um crescimento
mais acentuado, refletindo a crise da construção, setor predominante no Marco de Canaveses. Entre os municípios mais rurais deste território, Cinfães foi o que, no ano passado, apresentou menor crescimento de inscritos, com 10,5%. No conjunto dos 12 concelhos, registavam-se 44.254 desempregados em dezembro de 2012, mais 7.344 do que um ano antes, o que se traduz num aumento de 19,9%. A taxa efetiva de desemprego neste território ultrapassa já os 18%. Resende lidera com 26% de desemprego e Felgueiras regista a taxa mais baixa, com 10,7%.
escolar. O presidente da Câmara sublinha que a aposta nestas áreas tem sido permanente. “Neste mandato, revolucionámos estas áreas, através da conclusão de 10 Centros Escolares. Paralelamente estão a ser intervencionadas as Escolas Secundárias da Lixa e de Felgueiras vamos ampliar o Centro Escolar de Lagares e pretendemos construir o Centro Escolar da Longra. Na Cultura inaugurámos a Casa das Artes e criámos uma agenda cultural permanente. Está a ser construído o Arquivo Municipal e decorrem as obras de ampliação da Biblioteca Municipal. No que respeita ao desporto, a população tem ao seu dispor vários equipamentos renovados e incrementámos o apoio aos clubes e associações que se vai
manter no próximo ano”. No documento verificase que a câmara se assume como uma entidade que valoriza a criação de infraestruturas básicas e que investe no fomento à economia, através da criação de equipamentos fundamentais para o progresso. Assim, destina 10,7milhões de euros para a ampliação das redes de saneamento e de água em todo o concelho e para a construção de obras que vão contribuir para o desenvolvimento social e económico de Felgueiras, como são o caso da Praça Dr. Machado de Matos em Felgueiras, das obras que estão a decorrer na cidade da Lixa e da ampliação e melhoramento da rede viária. O orçamento para 2013 destaca-se ainda pela continuidade do investimento na autonomia financeira
das Juntas de Freguesia, através da transferências de verbas que lhes permitam proceder à manutenção da rede viária, de equipamentos públicos e espaços verdes, entre outros. Na apresentação do documento Inácio Ribeiro afirmou que este orçamento está preparado para todos os Felgueirenses participarem no desenvolvimento do concelho. “Projetamos o futuro contando sempre com o empenho e entrega de todos os felgueirenses, através das instituições e coletividades para continuar a promover iniciativas e eventos em parceria, sempre com o objetivo de promover tudo o que sabemos fazer bem e sempre na perspetiva de criar maior prosperidade” conclui.
Municípios
Dezembro – 2012
População Ativa CENSUS 2011
Percentagem
Amarante
5039
25104
20,07%
Baião
2063
8156
25,29%
Castelo de Paiva
1608
7421
21,67%
Celorico de Basto
1687
8227
20,51%
Cinfães
1990
7598
26,19%
Felgueiras
3210
29795
10,77%
Lousada
3672
23995
15,30%
Marco
5004
23665
21,15%
Paços de Ferreira
5133
29075
17,65%
Paredes
8079
43272
18,67%
Penafiel
5716
34228
16,70%
Resende
1053
3909
26,94%
Total
44254
244445
18,10%
concelhos industrializados do Vale do Sousa. Em Paços de Ferreira, onde predomina a indústria de mobiliário, o desemprego subiu mais de 30% entre
dezembro de 2011 e o mesmo mês de 2012, afetando cerca de 1.200 pessoas. Naquele município, a taxa de desemprego já ultrapassou os 17%.
|Armindo Pereira Mendes / Lusa
Aprovado orçamento para 2013
U
ma aposta na área social, através do apoio às famílias, da aplicação de uma política de maior proximidade e do investimento na educação, são alguns dos pontos mais relevantes do orçamento da Câmara Municipal apresentado para o ano 2013, que foi aprovado, por maioria em reunião de Câmara e de Assembleia Municipal. No orçamento para 2013 do município de Felgueiras, que contempla um exercício global no montante de 55 milhões 905 mil e 226 euros, é notória a preocupação da autarquia em promover o concelho e em proporcionar uma melhor qualidade de vida aos habitantes. O presidente da Câmara, Inácio Ribeiro refere que o cálculo “foi feito de forma responsável e
apresenta grande rigor financeiro” e sublinha ainda que “o executivo atual tem vindo a apresentar orçamentos de valores inferiores, procurando efetuar um ajustamento entre o que é projetado e aquilo que é realizado, de forma a obter uma gestão cada vez mais realista e rigorosa”. Numa altura em que grande parte dos portugueses sentem a crise económica e financeira, a vertente social está bem marcada nestes documentos de gestão que prevêem a criação de novas medidas para o próximo ano. “Em 2013 vamos reforçar as políticas para ajudar a população. Depois da criação de mecanismos de apoio às famílias, da criação do Cartão do Munícipe Sénior que permite aos idosos terem vantagens ou comparticipações da
autarquia, da criação do programa de Voluntariado Jovem, da implementação do Espaço + Igualdade, entre outras medidas, queremos combater as carências provenientes do flagelo do desemprego, e para isso está a ser criado um Fundo de Emergência Social para ajudar as famílias que conjunturalmente possam ser expostas a situações de dificuldades e às que estruturalmente apresentem fortes debilidades”. Os setores da Educação, do Desporto e da Cultura absorvem 13 milhões de euros do valor total orçamento. Esta fatia destinase à continuação das obras do parque educativo, ao apoio a associações e clubes, ao financiamento das despesas com transportes e refeições escolares e a auxiliar as famílias na aquisição de livros e de material
|GI CMFelgueiras
| 31.JANEIRO.2013 |
PS acusa Câmara de acumular dívida de 2,6 ME à empresa Suma
O
PS de Felgueiras acusou a Câmara local, de maioria PSD, de não pagar, desde maio de 2011, à empresa de recolha de resíduos Suma, acumulando uma dívida superior a 2,6 milhões de euros. Segundo os socialistas, o incumprimento da autarquia traduz-se no pagamento de 800.000 euros de juros à empresa responsável pela recolha de resíduos domésticos nas 32 freguesias do concelho. “Esta situação, em nossa opinião, é injustificada, uma vez que, mensalmente, a autarquia recebe dos felgueirenses, através da fatura da água, o serviço do lixo e não paga à empresa Suma”, lê-se num comunicado enviado à Agência Lusa. No documento, o PS de Felgueiras critica também a maioria social-democrata por ter feito um acordo com a empresa, no qual se com-
promete a pagar a dívida em prestações mensais durante o próximo mandato. Segundo os socialistas, no contrato já aprovado com os votos da maioria, a câmara aceita “reduzir os serviços de recolha do lixo, duas vezes por semana, nas freguesias do concelho, pagando exatamente o mesmo pelo referido serviço”. No contrato assumido com a Suma, ao qual a Lusa teve acesso, a câmara obriga-se a pagar mensalmente, em 2013, por juros de mora vencidos, uma prestação de cerca de 46.000 euros, até perfazer 553.152 euros. O município concordou ainda liquidar à empresa, durante o ano de 2014, em prestações mensais de 163.495 euros, num valor global de cerca de 2,122 milhões de euros, relativo a dívida de capital e juros vincendos de janeiro de 2013 a dezembro de 2014. A concelhia do PS considera que “estas são situ-
ações reveladoras da má gestão” do presidente da Câmara, Inácio Ribeiro.
destas dívidas para os próximos mandatos”, acrescenta o comunicado.
ainda de juros de incumprimentos do período em que Fátima Felgueiras presidia
“Não satisfeito com o mal que tem feito no presente a Felgueiras, está ainda a condicionar o futuro dos felgueirenses com a assunção de pagamentos
Sobre esta matéria, o vice-presidente da Câmara, João Sousa, em declarações à Agência Lusa, reconheceu a dívida à Suma, mas explica que parte dessa advém
ao município. Sobre o facto de a câmara não pagar à Suma desde maio de 2011, o vereador atribuiu a situação a divergências com a empre-
sa quanto ao tipo de serviço contratualizado e que não estaria a ser prestado na totalidade. João Sousa sublinha que a questão foi tratada em conjunto com a Associação de Municípios do Vale do Sousa, porque também os concelhos vizinhos de Lousada e Paços de Ferreira estavam confrontados com a mesma situação. Além disso, segundo o vice-presidente da edilidade, no contexto do acordo agora celebrado, “a renegociação implicou um ganho superior a 800.000 euros só para o município de Felgueiras”. João Sousa recorda, por outro lado, que a atual gestão PSD está a pagar mensalmente, até 2016, à empresa Suma, 50.000 euros por dívidas de quase cinco milhões de euros relativas ao período entre 1999 e 2006, com gestão socialista. |Armindo Pereira Mendes / Lusa
Felgueiras dedica mais um fim-de-semana ao desporto
A
Piscina Municipal de Felgueiras vai acolher, nos dias 02 e 03 de fevereiro, a partir das 09h00, o Torneio Open do Vale do Sousa, uma competição que envolve 406 nadadores das categorias infantis, juvenis e juniores, em
representação de 26 clubes. O Torneio Open Vale do Sousa (em Natação Pura) é uma prova organizada pela Associação de Natação do Norte de Portugal, em parceria com a Câmara Municipal de Felgueiras e está inserido no calendário da Liga Euro-
peia de Natação (LEN). Os felgueirenses terão a oportunidade de contactar com dezenas de atletas do FC Porto que é o clube com maior número de nadadores inscritos, num total de 52 (30 masculinos e 22 femininos).
João Sousa, vice-presidente e vereador do desporto da Câmara Municipal de Felgueiras, sublinha a importância deste evento para a dinamização do desporto no concelho, concretamente da natação: “Felgueiras tem-se destacado a nível local, re-
gional e internacional como um concelho que aposta no desporto. A autarquia está empenhada em implementar novas iniciativas e em apoiar as entidades dinamizadoras das mais variadas práticas desportivas. Acredito que desta forma contribuímos
ativamente para proporcionar hábitos de vida saudável à população e, ao mesmo tempo, damos a conhecer as potencialidades existentes no nosso concelho”. |GI CMFelgueiras
| 31.JANEIRO.2013 |
µArmindo Mendes
Colocação de dois médicos permitiu reabertura da consulta de reforço de Felgueiras
A
consulta de reforço do Centro de Saúde de Felgueiras, que esteve encerrada vários dias por falta médicos, re-
abriu no dia 17 de janeiro, após a colocação de dois clínicos, disse à Lusa a comissão de utentes. Segundo Júlio Antunes,
porta-voz da comissão, dois médicos já estavam naquele dia a atender doentes e esperava-se que fosse colocado mais um nos dias
Quinta da Lixa apoia equipa profissional de ciclismo
A
produtora de Vinho Verde começa 2013 com a vontade de continuar a crescer à mesma taxa dos anos anteriores e aposta agora em liderar os pelotões na estrada. Ao longo das duas décadas e meia de existência, a Quinta da Lixa esteve sempre presente em vários projectos, com parcerias que possibilitaram o desenvolvimento pessoal e institucional de várias organizações e em diversas áreas. Sendo o Século XXI mais exigente a todos os níveis, a Quinta da Lixa, acreditando que para alcançar a boa forma física e mental, o
desporto é o único caminho, aposta agora em dar as condições necessárias à União Ciclista de Sobrado, neste passo da profissionalização. Após nove anos de trabalho e numerosos sucessos no escalão Sub-23, a União Ciclista de Sobrado, liderada por José Barros, vai concretizar em 2013 o sonho de longa data: disputar títulos na elite do ciclismo com uma equipa profissional, a OFM/ Quinta da Lixa/ Goldentimes. Serão atletas consagrados e também jovens apostas, que ao serviço desta equipa sólida e carregada de ambição, tentarão somar vi-
tórias nas provas Nacionais e Internacionais de 2013, assumindo claramente que querem dar que falar na prova rainha do ciclismo português. Presente em 28 mercados, a Quinta da Lixa é uma das empresas a liderar a exportação de Vinho Verde. Óscar Meireles, Gerente da Quinta da Lixa, remata entusiasmado: “Com esta aposta numa equipa nacional, queremos vibrar com as etapas de chegadas ao sprint ou subidas que nos cansam até em casa. Vamos também trabalhar para levar o nome de Portugal além-fronteiras”.
seguintes. O porta-voz congratula-se com a afetação de clínicos à consulta de reforço do Centro de Saúde
de Felgueiras, recordando que se trata de um serviço vocacionado para atendimento dos doentes que não têm médico de família, que representa mais de metade da população do concelho. Júlio Antunes explica que, para assegurar o bom funcionamento da consulta de reforço, são necessários pelo menos quatro médicos. “Vai demorar alguns dias para a situação normalizar, porque havia muitas consultas em atraso”, disse à Agência Lusa. Durante vários dias, a consulta de reforço no centro de saúde esteve encerrada, afetando milhares de pessoas. O porta-voz da comissão explicou que a situação ocorreu porque os médicos que tinham sido colocados na consulta de reforço, após a última manifestação da população, realizada em outubro, deixaram o serviço, por terem terminado os respetivos contratos.
À Lusa, aquele representante dos utentes disse esperar que a situação não se volte a repetir, prometendo que a população poderá manifestar-se na rua para denunciar, novamente, a situação. No concelho de Felgueiras, concelho com mais de 60.000 habitantes, metade da população encontra-se sem médico de família há vários anos. Em pouco mais de um ano, a população manifestou-se duas vezes, junto ao centro de saúde, contra a insuficiência de médicos. Nesta semana, o partido “Os Verdes”, através do deputado José Luís Ferreira, questionou o Governo sobre esta matéria, reclamando a resolução definitiva do problema da falta de médicos em Felgueiras. |Armindo Pereira Mendes / Lusa
Vinhos da Quinta da Lixa distinguidos
A
Quinta da Lixa, uma das maiores produtoras de vinho verde do país, saiu do I Concurso Albariños ao Mundo 2012 com a distinção “Albariño de Ouro”. “Quinta da Lixa Alvarinho 2011” foi o vinho premiado no concurso internacional que decorreu no final de 2012 em Londres. A iniciativa, pioneira da União Espanhola de Catadores, promove vinhos da casta Alvarinho e projecta a Região dos Vinhos Verdes e das Rias Baixas galegas, além fronteiras. Óscar Meireles, administrador da Quinta da Lixa, não deixa de destacar “Ser cada vez mais impor-
tante que os produtores apostem em Vinhos Verdes de qualidade. É um orgulho receber este prémio com selo de reconhecimento internacional, que trará mais prestígio aos nossos vinhos, principalmente em mercados de exportação menos habituados a consumir Vinhos Verdes”, remata. Ao longo do ano de 2012 os vinhos verdes da Quinta da Lixa voltaram a ser distinguidos em diversos concursos nacionais e internacionais. Entre os prémios alcançados pela Quinta da Lixa destacam-se Medalha de Prata e Bronze no China Best Value Wine Awards,
Medalha de Ouro e Prata no Le Challenge Internacional du Vin, Medalha de Ouro no Concours Mondial de Bruxelles, Verde Honra no Concurso da Região dos Vinhos Verdes, Diploma de Mérito no Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados, Albariño de Oro no Concurso Albariños Al Mundo. A Quinta da Lixa é uma das empresas a liderar a exportação de vinho verde para o estrangeiro, estando actualmente presente em 27 mercados.
| 31.JANEIRO.2013 |
PJ detém suspeito de roubo e falsificação de viaturas
Encontro de Cantares de Reis em Felgueiras
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a noite fria de inverno, do passado sábado, 19 de janeiro, 10 grupos folclóricos de Felgueiras atuaram na Casa das Artes e cantaram os reis aos felgueirenses, tornando aquele espaço
época e do nosso concelho contribuíram para a criação de um cenário que os grupos tudo fizeram para que se tornasse autêntico. Broa, enchidos, figos secos, cebolas, vinho, são apenas algumas das iguarias que
habitual aos grupos. Inácio Ribeiro enalteceu a prestação dos grupos e salientou a qualidade do seu trabalho. “Este ano, fizemos questão que vocês atuassem no palco da Casa das Artes
ra e a arte de Felgueiras e vocês são exemplo disso”, referiu. O autarca alertou ainda a todas as instituições do concelho que desenvolvem trabalho na área cultural para que estejam atentas e
num excelente local para se passar uma noite muito agradável. Trajados a rigor, com vozes bem afinadas e acompanhados por instrumentos típicos como o acordeão, ferrinhos, cavaquinhos, tambores, os grupos interpretaram músicas alusivas ao Natal, aos Reis Magos e ao Menino Jesus, desejando um próspero Ano Novo à população. As iguarias típicas desta
passaram pelo palco para fazer recordar as ofertas que as pessoas, antigamente, davam aos grupos que se deslocavam a suas casas. Os adereços também se sobressaíram no palco, tais como, como os socos as croças, ou as lanternas a petróleo. No final das canções, como manda a tradição, o presidente da Câmara Municipal, Inácio Ribeiro procedeu à oferta monetária
e queremos que as pessoas frequentem este espaço. As tradições devem ser recuperadas e transmitidas às novas gerações para que a identidade da nossa terra não se perca e vocês em muito têm contribuído para a divulgação da nossa cultura. É uma honra receber tão nobres grupos num dos palcos mais nobre da cidade. Este espaço é de todos os que promovem a cultu-
se candidatem ao apoio previsto no regulamento do associativismo do município. Na iniciativa, ainda muito marcada pela época natalícia, foram entregues os prémios às entidades que participaram no concurso presépios de Natal. O primeiro classificado foi o belíssimo trabalho dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras.
m comerciante de 34 anos foi detido, no início do mês em Felgueiras por ser suspeito dos crimes de roubo, furto, falsificação e recetação de viaturas, anunciou a Polícia Judiciária (PJ). Segundo a autoridade policial, o suspeito tinha em seu poder uma arma de fogo ilegal e várias munições. Na mesma operação, a Diretoria do Norte da PJ identificou, também em Felgueiras, um segundo arguido pela alegada prática dos crimes de falsificação e recetação de veículos au-
tomóveis. Ao suspeito, lê-se no comunicado divulgado, foram apreendidos “diversos documentos e objetos relacionados com aquela atividade criminosa”. De acordo com a PJ, “no âmbito desta investigação tinham sido já detidos, no passado mês de maio, em Lousada, dois outros suspeitos, bem como apreendidas 13 viaturas furtadas e que se encontravam viciadas nos seus elementos identificativos”.
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|Armindo Pereira Mendes / Lusa
IGAI abre inquérito à morte de alegado assaltante atingido por militar da GNR
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Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) anunciou a abertura de um inquérito aos incidentes durante um assalto, na sexta-feira, a uma ourivesaria de Felgueiras, em que um suspeito foi atingido mortalmente por um militar da GNR. A tentativa de assalto ocorreu cerca das 20:00, no centro da cidade da Lixa, no concelho de Felgueiras, tendo três suspeitos sido detetados por uma patrulha da GNR local. Segundo um comunicado da Divisão de Comunicação e Relações Públicas do Comando-Geral da
GNR, os assaltantes usaram “armas de fogo” para ameaçar os militares e por isso ripostaram. No decurso da operação policial, “um dos suspeitos foi atingido por um militar da guarda”, acrescenta o comunicado. Aquela força policial confirmou ainda que o suspeito acabou por morrer no Hospital de Amarante. Outros dois suspeitos foram detidos por militares da GNR. O comunicado da GNR anunciou, no sábado, a abertura de “um inquérito interno” para apurar “as circunstâncias do incidente”. |Armindo Pereira Mendes / Lusa
|GI CMFelgueiras
| 31.JANEIRO.2013 |
> Entrevista
Paulo Rebelo, presidente da Assembleia Municipal de Felgueiras
“Se não houver coligação com o PSD em Felgueiras, o CDS tem que andar para a frente e mostrar aquilo que vale”
PAULO REBELO (PR) - Não estou arrependido. Aliás, tenho algumas expetativas e estou confiante que consigamos fazer aquilo que prometemos, sendo certo que houve alguma inexperiência no meio disto tudo. As expetativas em 2009 foram muito grandes. Entrámos no executivo e na Assembleia Municipal e não tínhamos a experiência. Ninguém nasce ensinado. Todos nos preparámos para vencer as eleições de 2009. O problema é depois da vitória, o dia seguinte é que foi complicado. Houve muitos pormenores que, se fossem hoje, com certeza teríamos feito de forma diferente, houve muito constrangimento nos últimos três anos, nomeadamente com o passado que nós herdámos, como os entraves ao PDM, na questão urbanística, algumas dívidas que surgiram, como os casos dos construtores civis, do aterro sanitário e das quotas da CIM. Houve ainda mais três coisas que efetivamente prejudicaram todas as câmaras, como os PEC’s. Posso recordar que, em 2011, o PEC 4 limitou a Câmara de Felgueiras em cerca de 600.000 euros. A lei dos compromissos, que surgiu em 2012, também limitou muito o investimento camarário. Em 2009, não se previam as reduções drásticas que o Governo impôs
em relação a tudo isto. Portanto nós, a Nova Esperança, não conseguimos fazer tudo aquilo que eventualmente prometemos, mas fizemos muita coisa. Acho que falhámos um bocadinho na falta de informação municipal, que foi muito escassa para a população. Há coisas que falta fazer, mas o mandato ainda não terminou. Tenho alguns compromissos do senhor presidente relativamente a isso. Mas posso recordar, por exemplo, que a Lixa passou a ter uma ciclovia e contou com melhoramentos na praça do Comércio EF – Muitos eleitores falam que, neste mandato, a única obra que se vê foi a que transitou do último mandato de Fátima Felgueiras, de projetos e candidaturas do anterior mandato. O Dr. Paulo Rebelo é capaz de dar algum exemplo de uma obra nova, com alguma envergadura, que esta coligação tenha lançado? PR - Tem que entender que foram três anos de trabalho. Logicamente, a câmara fez o trabalho que a Dra. Fátima Felgueiras e outros deixaram, à semelhança do que a Dra. Fátima Felgueiras fez em relação aos antecessores. Não obstante o trabalho de continuidade, tenho que recordar também que é esta câmara quem está pagar as obras. Por outro lado, para quem diz que não há obras novas, recordo o alargamento do cemitério da Lixa, que é uma coisa que é fundamental. Refiro ainda, também na
Lixa, o alargamento da rua António Ferreira Gomes, entre outras obras. EF - Mas essas são obras que resultaram de candidaturas apresentadas pela Dra. Fátima Felgueiras… PR - O cemitério não foi. Uma coisa é fazer projetos, outra coisa é executá-los. Deixe-me dizer-lhe o seguinte: estou de acordo que há muita coisa que eventualmente podia ter sido feita, mas nos primeiros dois anos
de juntas e obras? Se calhar sim. Mas também, por um lado, a câmara tem que ter credibilidade. E você dizme: será que, com a Lei dos Compromissos, em vez de estarmos a poupar e a pagar, nos tivéssemos endividado. Não teríamos feito melhor? Contrariamente àquilo que o senhor presidente fez, eu faria isso. O presidente da câmara é economista e eu sou advogado. Se calhar, não tenho o medo que as pessoas dos números têm. Se calhar, politicamente, a autarquia
“Desenganem-se aqueles que pensam que eu não sou do CDS” a câmara tentou gerir e fazer um trabalho de limpeza. Muita coisa estava entupida. Este governo municipal teve iniciativas, mas admito que houve inexperiência, porque ninguém nasce ensinado. EF - Acha que este executivo tem correspondido às expetativas dos presidentes de junta. Alguns dizem claramente que estavam à espera de muito mais... PR – Mas também há presidentes de junta que dizem que receberam mais em três anos do que em 10 da Dra. Fátima. Nós temos que fundamentar isto no contexto da situação financeira e económica. A câmara reduziu em cerca de 40% as dívidas aos fornecedores. E você pergunta-me assim: seria mais útil a câmara gastar este dinheiro em termos
ganharia muito mais se se endividasse, em vez de estar a pagar a fornecedores. Estas questões são muito delicadas. A gestão de uma câmara depende muito da personalidade do presidente. De certeza absoluta que eu geri-la-ía de uma forma diferente da do senhor presidente, se calhar de uma forma mais aberta, com mais endividamento. Era capaz de ter feito isso, porque, a conclusão a que eu chego, com a lei dos compromissos, é que quem gastou é que foi fino, quem se portou mal é que foi fino. Portanto, isto parte tudo de uma questão pessoal. EF – Faz, portanto, um balanço positivo deste mandato? PR – Faço um balanço positivo no âmbito dos nossos compromissos e das li-
µAndré Moniz
EXPRESSO DE FELGUEIRAS (EF) - Olhando para o percurso político e autárquico dos últimos anos no concelho, está arrependido de se ter empenhado no processo autárquico de 2009?
| 31.JANEIRO.2013 | mitações financeiras para as autarquias, que provocaram efetivamente muito constrangimento. Reconheço, porém, que, quando ganhámos em 2009, se tivéssemos mais experiência autárquica, muita coisa diferente teria sido feita. Claro que estou numa coligação. Aquilo que o presidente me prometeu está e irá cumprir. O CDS não é muleta de ninguém. E sou do CDS desde 1979, faço parte da comissão política distrital do Porto e fui eleito conselheiro nacional. EF - Mas admite que a sua presença, obviamente institucional, como presidente da Assembleia Municipal, em inúmeras circunstâncias, junto do poder do executivo, que é integralmente PSD, levou as pessoas a confundi-lo com o PSD? PR – A a coisa que mais gostava é que fosse o CDS o partido mais votado no concelho. Eu já dei provas de não alinhar em interesses económicos, nem pessoais. Eu nunca apoiei ninguém
que não fosse desta área política do CDS. Nunca andei a fazer festas e jantares noutros partidos e também nunca convidei ninguém para encabeçar listas do CDS que não fosse desta área. Nós temos que ter capacidade, o CDS tem que ter capacidade de mobilizar votos e tem que ter princípios e dignidade política. Desenganem-se aqueles que pensam que eu não sou do CDS. O PSD sabe que o CDS não é nenhuma muleta. O CDS foi o partido que, em 2009, dentro da coligação, mais acreditou na vitória e trouxe cá ministros, deputados distritais e pessoas conhecidas a nível nacional, nomeadamente deputados europeus. Nós sempre acreditamos na vitória e o PSD sabe disso. O PSD tem que nos respeitar por esse trabalho que nós tivemos em 2009. EF – Não é possível recalcar o modelo de coligação de 2009 para 2013? PR – Concordo com uma coligação, mas terá de ser diferente. Se fizer coligação
em 2013, defendo que o CDS deve ter gente no executivo, pelo menos um elemento. EF - O partido saiu prejudicado por não ter ninguém no executivo neste mandato?
PR – Sim, prejuízo interno. Provocou uma situação de falta de diálogo entre os elementos do CDS. Penso que o partido deveria ter entendido que eu, Paulo Rebelo, estando na assembleia, com a ligação que tenho aos vereadores e ao presidente, teria sido muito mais frutífero se nos reuníssemos, conversássemos e impuséssemos as nossas ideias, nomeadamente a preparação das assembleias municipais. Sempre estive disponível para reunir com a atual concelhia. Mas vou também ser muito claro: o PSD também tem culpa no cartório, porque nós devíamos ter reunido, conforme tínhamos acordado, bimensalmente, com as cúpulas dos partidos. Se calhar, não havia estas divergências que correm na rua, nos cafés, que se conversa, que estão desavindos, que o CDS não quer fazer coligação com o PSD. EF – Houve alguma sobranceria das pessoas do PSD, que se acharam no direito, como diz o nosso povo, de deixar “passar cavaco” ao CDS, ao partido mais pequeno? PR – Não foi esse o caso, mas aceito que haja pessoas que pensem isso. EF – A atual líder queixa-se
muito do distanciamento, quer em termos de estrutura do partido, quer em termos do próprio presidente da Câmara. A presidente da concelhia queixa-se muito disso. PR- Eu não posso responder a isso, porque tenho poucas reuniões e poucas conversas com a atual presidente da comissão política concelhia, para meu desgosto. Gostaria, eventualmente, que o CDS também tentasse conversar mais com um representante, que é o presidente da Assembleia Municipal. Aliás, ultimamente, posso-lhe dizer que, no sábado passado, estive três horas a conversar com o diretor autárquico, o Dr. Luís Miguel Nogueira. Ele convidou-me para eu fazer parte de um órgão que ele vai instituir no partido, para preparação das autárquicas. EF – No início do mandato o senhor ainda era líder do CDS. Não confrontava o PSD com a situação? PR – Confrontei o PSD várias vezes. Confrontei o senhor presidente várias vezes e, nessa altura, quando a gente começa a confrontar começámos a ver distanciamento entre as comissões políticas do partido. Eu tentei acautelar tudo isto, porque,
felizmente, tenho que dar honra ao senhor presidente da Câmara, os compromissos que tenho ele vai ter que os cumprir. O que eu proponho como ideias vão ser concretizadas e terão que o ser. Isso será um balanço mais para a frente. Mas que não fiquem dúvidas. Voltando aos partidos, creio que o PSD, inicialmente, teve necessidade de se fechar, de se preparar e de ganhar experiência. EF – Portanto, o PSD desvalorizou a questão políticopartidária? Isto é, concentrou-se, de facto, na gestão municipal e descurou a questão política? PR – Sim, o PSD concentrou-se na gestão camarária e deixou a questão política. Isso, se calhar, é tolerável, mas traz questões menos agradáveis para o segundo partido da coligação, que é o CDS. Não vou dizer ao Armindo Mendes que me sinto confortado e que me senti confortável nestas alturas. Eu muitas vezes falava com o senhor presidente da câmara, porque entendia que era importante resolver isso. Até 2011, fui presidente da comissão política e, portanto, até essa altura, havia algum entendimento. Nos últimos dois anos, após as eleições no CDS concelhio,
| 31.JANEIRO.2013 | que pertencem à comissão política concelhia, que me dizem: Dr. este não é o meu CDS. Contudo, somos um partido de princípios, que tem de ter dignidade política. Eu digo a esses militantes que deviam discutir essas desavenças internas, como eu o fiz, em assembleia de militantes. Eu acho que é muito negativo ouvirmos dentro do CDS uns dizerem mal dos outros. Isso é mau para o partido, é mau para o concelho, é mau para todos.
µAndré Moniz
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EF – A presença do CDS no executivo é importante?
os dois partidos criaram alguma incompatibilidade EF – Mas essa incompatibilidade decorre de questões políticas ou de questões pessoais? PR – Comigo nunca houve questões, nem pessoais, nem políticas entre o PSD e o CDS. A partir de fevereiro de 2011, não fui eu que orientei os destinos do CDS. EF – Entretanto, o CDS foi fazendo o seu percurso, o seu caminho, já sem o Dr. Paulo Rebelo na liderança. Já com a nova estrutura, chegou-se inclusive a falar na apresentação de um candidato ou de um putativo candidato, Luís Miguel Nogueira. Face a esse cenário, acredita que ainda há condições, neste momento, para recuperar a coligação PSD/CDS para as próximas eleições autárquicas? PR - Acredito eu e acredita o Dr. Luís Miguel Nogueira. Acreditamos os dois e acredita muita gente do CDS. Continuo a dizer que, nesta altura, é fundamental que o CDS faça coligação com PSD e que o PSD faça
coligação com CDS. EF – Mas porquê? PR – Porque acho que começou-se bem, o élan que se cria numa nova coligação
CDS está mais forte. O PSD sabe e reconhece isso. Da mesma forma que o CDS, em termos nacionais não é nenhuma muleta do PSD, aqui também não o será. O CDS não é um par-
“O PSD não pode desaproveitar a capacidade e competência das pessoas do CDS” é fundamental. Mas também ninguém morre se os dois partidos forem separados, depende do que vier a acontecer com a esquerda. EF – Acha que o PSD, na conjuntura atual, levando em conta a conjuntura nacional de desgaste tremendo da ação governativa, estará fragilizado, precisando ainda mais do CDS para ganhar a câmara? PR – O CDS, nesta altura, é um partido que se assume, é um partido que está muito mais forte, em termos concelhios. Esta direção fez um trabalho muito intenso. Portanto, tanto a nível nacional, como a nível local, o
tido tão pequeno, nem é um partido de charneira. O PSD nacional e local está muito mais desgastado do que o CDS, porque está no poder. O meu partido tem pessoas muito válidas para estarem na Assembleia e no executivo. O PSD não pode desaproveitar a influência, a capacidade e a competência das pessoas das pessoas do CDS, para um futuro executivo, para juntas de freguesia e para a assembleia. EF – Acha que o CDS, com os dirigentes que o senhor conhece, quer e deseja isso? PR – Há pessoas que me ligam, nomeadamente alguns
PR - Eu penso que o CDS, tendo alguém no executivo, é uma mais-valia para o concelho. E acho que o PSD não pode descurar essa situação. Em 2008, quando nós negociámos a coligação, éramos um partido com 3 ou 4% nas autárquicas. Mas nas eleições europeias tivemos 11%, com o Nuno Melo, que esteve cá a apoiar-nos. Também alcançámos 12,7% nas legislativas. Portanto, o CDS cresceu e é claro que também roubou votos ao PSD. Acho que é fundamental as pessoas entenderem-se. Mas digo isto para ficar bem claro: o CDS é que vai decidir se vai concorrer ou não. EF – O Dr. Paulo Rebelo tem muitos anos de política. Qual será a pedra de toque necessária para que haja, de novo, uma coligação, o que tem que acontecer de substantivo para que se retomem as condições de entendimento? PR – Tem de haver diálogo, as pessoas do CDS têm de que correr todas para o mesmo lado. EF – E do lado do PSD? Tem de haver mais humildade? PR – Chegou-se a um ponto em que tem de haver
cisa. EF – Mas acha que o PSD precisa do CDS para ganhar estas eleições? PR – Acho que sim. Eu queria aproveitar as coisas
“O PSD esqueceu-se da questão política” boas desta coligação. Há coisas más no PSD que, se calhar, o CDS podia polilas, podia ajudar a arranjar. Isto não é uma crítica destrutiva. Eu acho que o PSD, em termos de executivo, esqueceu-se da questão política, preocupou-se demasiadamente com a máquina da câmara. O Dr. Inácio Ribeiro, nos primeiros dois anos, preocupou-se demais com as questões técnicas e acho que, politicamente, não teve a tal convivência mais intensa com o CDS. Faltou isso. Todos aprendemos e, nestas circunstâncias, estou de acordo que nessa coligação haja pessoas do CDS no executivo, para facilitar diálogos mais intensos entre as comissões políticas, reuniões mais alargadas com o núcleo duro dos dois partidos. Tenho a certeza que isso é fundamental para que se faça uma coligação. EF – Em termos percentuais, qual é a percentagem de haver ainda condições para se fazer uma coligação entre os dois partidos? PR – Eu se calhar dizia 50/50. Eu não estou dentro das reuniões da concelhia, nem sei se haverá candidato. Tive uma conversa na distrital e parece-me que não está nada definido. A coligação, poderá até eventualmente surgir. Que parte da comissão seja a favor da coligação e o próprio candidato também, mas a senhora
50% de hipóteses de haver coligação bom senso dos dois lados, porque eu não sou daqueles que dizem que o PSD só convida o CDS quando pre-
é o putativo candidato do CDS. Conversei com ele, mas isto ainda não está definido. Logicamente que as concelhias é que decidem, mas as distritais poderão fazer muita força. Depende muito de como a esquerda
presidente não ser. Não não estou muito dentro desta questão. Conversei muito com Dr. Luís Miguel, que
se apresentar, com uma ou duas candidaturas, depende de muita coisa… EF – E o Dr. Paulo Rebelo gostava de se recandidatar, de encabeçar a lista à Assembleia Municipal? Preferia ser candidato no quadro de uma coligação ou ser candidato, por exemplo, de uma lista autónoma do CDS? PR – Estou disponível para tudo, até para não ser candidato a nada. O que eu quero é que o concelho ande para a frente e que se faça o melhor. EF – Mas, no caso de não haver coligação, gostava de liderar a candidatura pelo seu partido? Se fosse convidado aceitava? PR – Eu sou do CDS, como lhe disse há pouco. Sou tanto do CDS que fui eleito conselheiro nacional do Dr. Paulo Portas, do nosso presidente. Se, eventualmente, não houver coligação, eu terei pena. Se não houver coligação, vamos trabalhar sozinhos. EF – Qual o resultado que o CDS pode conseguir se for sozinho, com a dinâmica que tem vindo a evidenciar na angariação de novos militantes e na organização interna) PR – Eu já estive num jantar onde o CDS teve 500 pessoas e teve 340 votos. Portanto, na hora, as pessoas olham para a cor do símbolo. Prometem que votaram em si e por vezes vão votar noutro. Uma coisa também lhe digo, um élan de coligação é muito mais forte do que dois partidos separados.
| 31.JANEIRO.2013 | EF – De zero a vinte, qual era a nota que atribuía ao atual executivo? PR – 14, um bom. EF – E acredita que no próximo mandato, se houver coligação, o desempenho poderá subir para um 17 ou um 18? PR – Acredito, porque, para haver coligação, é importante que haja alguém no executivo do CDS. Os quatro anos de experiência ensinaram muito. As pessoas não querem ouvir conversa, as pessoas querem ver factos concretos. Tem de haver projetos já deste executivo, como acontecerá, com certeza. E esses têm que ser bem
entendidos pela população. EF – Sob o ponto de vista pessoal, o que significou para si este mandato como presidente da assembleia? PR – Tive e tenho muito orgulho de ser presidente
EF – Ainda há um défice grande de participação dos deputados? Porque é que isso acontece? PR – Acho que sim. Há deputados que nunca intervieram, mas acho que a culpa é das comissões políticas
Se não houver coligação, o CDS tem que andar para a frente e mostrar aquilo que vale. da assembleia. Gosto muito do cargo que exerço. Tenho pena que haja tanta gente boa para estar numa assembleia e não faça parte do órgão.
dos partidos. As comissões políticas deviam convidar gente bem preparada, que perceba de política. Infelizmente, algumas pessoas acomodam-se e en-
tendem que a assembleia é um órgão secundário. Temos de encarar a Assembleia Municipal como um órgão máximo da autarquia que fiscaliza e para o fazer tem de haver gente que saiba o que está a fiscalizar. Penso que há ainda alguma impreparação. EF – Fala-se no concelho que poderá ainda haver condições para surgirem duas candidaturas na área do PS. Acredita nisso. PR – Eu penso que sim. EF – Uma mais próxima da Fátima Felgueiras e outra mais próxima do PS institucional?
PR – Dentro do PS, as coisas ainda não estão resolvidas e isso até é bom para a coligação, porque, quanto mais dividida estiver a esquerda, mais a direita tem hipóteses de ganhar. EF – E quanto mais dividida estiver a esquerda, mais o CDS tem hipótese de ir sozinho? PR – Também é uma boa visão. EF – E mais o PSD sentirse-á tentado a ir a eleições sozinho, concorda com isso? PR – Se o CDS não concorrer coligado, terá que estar preparado para concorrer
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sozinho e, se calhar, pode conseguir um bom resultado. O CDS, em termos autárquicos, em Felgueiras, nunca teve grandes resultados, mas está a fazer um trabalho intenso e bonito. Se não houver coligação, o CDS tem que andar para a frente e mostrar aquilo que vale. EF – Estaria motivado a apoiar a candidatura do CDS? PR – Eu sou do CDS, como lhe disse. Mas muita coisa terá que ser discutida internamente. E os primeiros a saber se vou ou não apoiar será o pessoal do meu partido. |Armindo Pereira Mendes
Ampliação do Cemitério da Lixa
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Câmara Municipal de Felgueiras elaborou um projeto para a ampliação do cemitério das freguesias de Borba de Godim e de Vila Cova da Lixa e ofereceu-o às Juntas de Freguesia para a execução da obra. A entrega do projeto aos autarcas das respetivas freguesias, Eduardo Pinheiro e Agostinho Sousa, foi efetuada pelo presidente da Câmara Municipal, Inácio Ribeiro, e pela vereadora da Coesão Social, Carla Meireles, durante uma visita ao local, realizada no dia 03 de janeiro. O projeto a ser executado paredes-meias com o antigo cemitério pretende ser um contributo para dar
uma maior dignidade à última morada da população daquelas freguesias. “Uma obra que pretende dignificar os que cá estão e valorizar os nossos antepassados e a nossa história”, refere o presidente da Câmara Municipal e acrescenta que com este projeto pretende-se, “criar as condições necessárias para podermos homenagear os nossos entes queridos”. A Câmara Municipal tem ainda prevista uma comparticipação financeira para a concretização das obras. Esta decisão inserese na política do executivo que incide no apoio logístico e financeiro às Juntas de Freguesia, para responder mais rapidamente às
necessidades de cada uma das freguesias, e que é concedido de acordo com as prioridades apontadas pelos respetivos executivos. Com a implantação num terreno com cerca de 1500m2, aquele espaço ficará dotado de mais 344 sepulturas e 25 jazigos. De mencionar que para além do projeto a autarquia doou o terreno às freguesias para a execução da obra. A parcela, localizada no alto da Lixa, pertencia à Câmara desde 2010, altura em que esta planeava a ampliação da infraestrutura existente e salvaguardou a sua utilidade aquando do licenciamento do prédio da sociedade Lidl & Companhia.
Assim, a sociedade ficou obrigada a ceder ao município de Felgueiras uma parcela de terreno com
uma área de 1542 m2 para o aumento do Cemitério da Lixa, que serve as freguesias de Borba de Godim e
42 Recordes nacionais alcançados no 7º Open de Inverno de Masters
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Piscina Municipal de Felgueiras foi palco do 7.º Open de Inverno de Masters, no passado fim-de-semana, uma prova onde participaram 323 nadadores, 224 masculinos e 99 femininos) em representação de 41 clubes, cinco dos quais es-
panhóis. A iniciativa contou com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal, João Sousa, que deu as boas vindas a todos e realçou a importância deste tipo de eventos. “Estas ações para além de possibilitarem a prática
desportiva a pessoas das mais diversas idades, de forma salutar e atrativa e de contribuir para a manutenção de hábitos desportivos a todos os ex atletas, permitem uma interação saudável entre os participantes e o público”. O autarca apelou aos
nadadores para visitarem alguns locais emblemáticos do nosso concelho e “constatarem a arte de bem receber dos felgueirenses”. Na competição foram batidos 42 recordes nacionais (31 masculinos, 9 femininos e 2 mistos). |GI CMFelgueiras
Vila Cova. |GI CMFelgueiras
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Associação Empresarial de Felgueiras receia a “machadada final” em centenas de negócios
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µArmindo Mendes
presidente da Associação Empresarial de Felgueiras (AEF), Nuno Fonseca, alerta que as novas regras de faturação e o aumento da carga fiscal serão, em 2013, a “machadada final” em centenas de negócios na região. O representante dos empresários prevê que este ano encerrem muitos estabelecimentos comerciais, sobretudo na área da restauração, pastelarias e vestuário. “Os pequenos comerciantes estão muito aflitos”, afirmou Nuno Fonseca, em declarações à Lusa. “Há muitos empresários que deixaram de acreditar, face às circunstâncias”, acrescentou. Apontando o que se está a passar na área urbana de Felgueiras, mas frisando que não se trata de uma situação diferente de municípios vizinhos, o dirigente lamenta o encerramento
de vários negócios, diminuindo a oferta comercial e lançando pessoas para o desemprego. Nuno Fonseca recorda que as “magras margens” dos negócios não vão chegar, em muitos casos, para suportar o aumento dos impostos associados às novas regras de faturação. Para o presidente a AEF, a obrigatoriedade de aquisição de equipamentos de registo de vendas significa um esforço financeiro que muitos comerciantes “têm grande dificuldade de suportar”. “Este ano vai ser muito difícil, sobretudo porque se prevê que o custo de vida aumente, o que vai ter consequências nas perdas de clientes no comércio tradicional”, reafirmou. Sobre o que pode fazer a associação para ajudar os pequenos empresários a superar este momento, Nuno Fonseca sublinha o esforço que está a ser desenvolvido
nas ações de formação dirigidas aos comerciantes e aos seus funcionários. O presidente da AEF acredita que estas ações estão a dotar os empresários e colaboradores de mais conhecimentos, em diferentes áreas, sobretudo de gestão e marketing, que “ajudarão a
encontrar as soluções mais eficazes para combater a crise”. No plano das ações concretas, o dirigente recorda que, recentemente, foi celebrado com uma instituição de crédito um acordo de colaboração que prevê a disponibilização aos as-
sociados de financiamentos para pequenos negócios, “em condições muito favoráveis”. “O acordo prevê taxas de juro mais atrativas, procurando ajudar os empresários num momento em que é tão difícil recorrer ao crédito bancário”, explicou.
Segundo Nuno Fonseca, já houve alguns comerciantes do concelho a recorrer a este mecanismo, o qual financia, na maioria dos casos, investimentos ou apoios à tesouraria até 25.000 euros. |Armindo Pereira Mendes / Lusa
Nuno Fonseca foi reeleito presidente da Associação Empresarial
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s eleições para a direção da Associação Empresarial de Felgueiras (AEF), realiza-as recentemente, ditaram a recondução de Nuno Fonseca na presidência da instituição, para mais um mandato de três anos. No essencial, a direção mantém a mesma estrutura do anterior mandato, havendo apenas pequenas alterações. Em lugar de destaque mantém-se Joel Costa, com o cargo de diretor executivo. Nuno Fonseca faz um balanço positivo do mandato que terminou recentemente, sublinhando o esforço no sentido de aproximar a AEF dos
empresários do concelho. As ações de formação e qualificação dirigidas aos empresários e o conjunto de atividades para promoção do comércio tradicional destacaram-se no plano de ação que foi realizado. O envolvimento empenhado na dinamização do Conselho Empresarial do Tâmega, cuja sede é em Felgueiras, e a iniciativa “Dar Corda ao Sapato”, desenvolvida com outras instituições do concelho, também evidenciaram, segundo Nuno Fonseca, o dinamismo crescente da AEF. No anterior mandato, também aumentou significativamente o número de as-
sociados, os quais recorrem a vários serviços da associação, sobretudo nas áreas de contabilidade e fiscalidade. A gala do empresário, que já vai na quinta edição, traduz outro momento marcante da gestão da AEF, permitindo homenagear os empreendedores do concelho, “num momento de grande partilha”, sublinha Nuno Fonseca. Do anterior mandato, ressaltam ainda os melhoramentos realizados na sede da associação, o que permitiu dotar o espaço de melhores condições de trabalho e atendimento para os funcionários e associados. Em termos de futuro, o
presidente da AEF promete continuar a trabalhar para reforçar o apoio aos empresários e “ajudar a resolver os problemas que surgem, permitindo que as empresas possam seguir um caminho sustentável nos tempos que se avizinham”. Entre as prioridades, encontram-se ainda o trabalho de aproximação com indústria, em articulação com outras associações setoriais, e o desenvolvimento de uma publicação periódica, destinada aos associados, com informações úteis nas áreas da fiscalidade, contabilidade, apoios vantagens. |Armindo Pereira Mendes
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Adega de Felgueiras foi a que mais uvas recebeu em 2012 na região dos vinhos verdes, revela a instituição
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Cooperativa de Felgueiras foi a adega da região dos vinhos verdes que maior quantidade de uvas recebeu na campanha de vindimas de 2012, ultrapassando os quatro milhões de litros, disse à Lusa fonte da instituição. Rui Pinto, diretor da cooperativa, adiantou que foi também possível, no ano passado, aumentar em cerca de 30 o número de fornecedores. “Mais de 700 produtores entregaram as uvas na nossa adega. Por isso, foi um ano excelente para nós”, afirmou, destacando o caráter regional dos fornecedores. O crescimento no número de produtores ocorreu sobretudo junto de viticultores de concelhos vizinhos, como Fafe, Amarante, Guimarães, Lousada e Celorico de Basto, entre outros. Rui Pinto admite que esse crescimento se deveu ao preço que a cooperativa está a pagar aos associa-
dos, por quilo de uva, que aumentou cerca de 15% em relação a 2011.
que em 2011. Na região dos vinhos verdes, a quebra de produ-
dade, porque temos vinho com boa aceitação no mercado”, observou.
disso, 2012 foi um ano de crescimento nas vendas diretas, em garrafa, com um
ção média foi de 25%, mas na adega de Felgueiras, sublinha o responsável da cooperativa, “a redução foi de apenas 8%”. “Apesar da ligeira quebra quantitativa, não nos podemos queixar da quali-
Rui Pinto revela que a instituição já garantiu, através de contratualização, o escoamento de 2,5 milhões de litros de vinho, prevendo que o restante “será vendido sem grande dificuldade” nos próximos meses. Além
crescimento de 20%. O sucesso no escoamento do produto, acrescentou, tem garantido à adega pagar aos associados nos prazos previstos. Em dezembro, a instituição liquidou 700.000 euros,
µArmindo Mendes (arquivo)
O diretor da cooperativa explica que “o esforço de pagar melhor” atraiu mais produtores, o que acabou por compensar o facto de 2012, por razões meteorológicas, ter sido um ano com menos produção do
PJ investiga desaparecimento de octogenário de Lagares
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Polícia Judiciária (PJ) está a investigar o desaparecimento de um octogenário de Felgueiras que não é visto desde dia 11 de janeiro, encontrando-se suspensas as operações de busca dos bombeiros e da GNR,
disse à Lusa um familiar do idoso. Segundo a fonte, uma brigada da PJ esteve em Felgueiras a recolher elementos para tentar determinar a localização do idoso. Entretanto, acrescentou, estão paradas as bus-
cas das entidades oficiais, apesar de haver populares que, com o auxílio de máquinas de construção, ainda tentam encontrar o idoso Manuel Melo da Cunha, de 86 anos. Na manhã de sextafeira (dia 11 de janeiro),
cumprindo uma rotina, o homem saiu de casa, no lugar de Guilhumil, Lagares, nunca mais tendo sido visto. O idoso é familiar de empresários ligados à indústria de calçado e, observa a fonte, não sofre de
qualquer doença do foro psiquiátrico. Desde aquele dia, à hora do almoço, quando a família se apercebeu do desaparecimento, que não foram encontrados quaisquer vestígios que ajudassem à localização do idoso.
o que representa cerca de metade do valor devido aos produtores. Até junho, a adega liquidará o valor restante, prometeu Rui Pinto. Cerca de metade da faturação da Cooperativa Agrícola de Felgueiras decorre do negócio do vinho. O restante volume tem a ver com as vendas de produtos frutícolas, destacando-se os quivis. No ano passado, a instituição vendeu mais de 800 toneladas daquele fruto, prevendo-se que aquele volume cresça nos próximos anos à medida que vão entrando em produção, no Vale do Sousa, novos investimentos no setor. Cerca de 40 por cento da produção de 2012 já foi escoada. Segundo Rui Pinto, Felgueiras é o único dos cinco entrepostos portugueses de quivi com certificação nacional de qualidade, um fator que atrai cada vez mais a preferência dos produtores daquele fruto. |Armindo Pereira Mendes / Lusa
Durante três dias, meios dos bombeiros e da GNR, auxiliados por cães, patrulharam a zona, com especial atenção às minas e poços. A família receia que um ato criminoso possa estar associado ao desaparecimento, admitindo que Manuel Melo da Cunha costumava andar com dinheiro. |Armindo Pereira Mendes / Lusa
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µregilde.blogspot.pt
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Populares de Regilde estão contra encerramento de extensão de saúde
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lgumas dezenas de habitantes das freguesias de Regilde e Penacova, no concelho de Felgueiras, protestaram, na assembleia municipal de 28 de dezembro, contra o encerramento da extensão de saúde daquelas localidades, anunciado esta semana. Em nome da população, o presidente da Junta de Regilde falou da “revolta” que sente a população, por ter sido “espoliada do direito à
saúde”. Fernando Dias lembrou que os cerca de 3.000 utentes da extensão de saúde, a grande parte dos quais idosos, foram transferidos para a extensão de Idães, também no concelho de Felgueiras, mas a vários quilómetros de distância de Regilde. De acordo com o autarca, a deslocação de Regilde a Idães custará mais de oito euros. O autarca lembrou aos
deputados municipais que não há transportes diretos para a alternativa indicada pela tutela da saúde. Também o presidente da Junta de Penacova, José Ferreira, interveio em protesto pelo encerramento, apelando à Assembleia Municipal para que desenvolva esforços “para encontrar uma solução célere e fazer face ao cenário de calamidade pública”. “Estamos a condenar as
populações a sofrer”, afirmou o autarca de Penacova, aplaudido pelos populares. O presidente da Câmara, Inácio Ribeiro (PSD), disse estar solidário com o protesto da população, mas lembrou que a questão da saúde é competência exclusiva da administração central. Apesar disso, sublinhou o edil de Felgueiras, a câmara vai disponibilizar transportes aos utentes da
extensão de saúde de Regilde. Ao mesmo tempo, acrescentou Inácio Ribeiro, o município já intercedeu junto do ministro da Saúde no sentido de se encontrar uma solução para o problema. O autarca lembrou que a saúde é “um problema crónico” em Felgueiras, um concelho com 65.000 habitantes, mas onde apenas 30.000 têm médico de família.
A Assembleia Municipal aprovou, por unanimidade, um voto de protesto contra o encerramento da extensão de saúde de Regilde. Além de Regilde e Penacova, a extensão de saúde agora encerrada servia ainda a população de S. Jorge de Vizela e Revinhade, também no concelho de Felgueiras. |Armindo Pereira Mendes / Lusa
Madalena Silva recandidata-se para novo mandato na presidência da concelhia do CDS-PP realização de eventos junto da população que marcaram a diferença na cena política felgueirense. Na apresentação da sua candidatura, Madalena Silva apresentou números impressionantes acerca da actividade do partido: “Em número de filiados, CDS-PP cresceu mais de 300% nos últimos 2 anos, contando neste momento com mais de 500 filiados em Felgueiras. A Juventude Popular (JP) conta hoje com cerca de 350 jovens felgueirenses filiados”, revelou Madalena Silva. “Para além dos convívios internos realizados em ambas as organizações, CDS-PP e JP, organizaramse apenas em 2012 6 eventos públicos abertos a todos
os felgueirenses e por onde passaram mais de 3.000 pessoas”, destacou. “Neste sentido, e face à vitalidade e energia que o partido demonstra, importa agora organizá-lo formalmente, de forma a prepará-lo para as eleições autárquicas que se realizarão entre Setembro e Outubro de 2013”, acrescentou. Logo após a eleição dos órgãos concelhios, será constituído o novo Gabinete de Coordenação e Gestão Autárquica, que continuará a ser gerido por Luís Miguel Nogueira, que será também o mandatário desta lista à Comissão Política Concelhia composta por 47 militantes, tornando-a na maior concelhia de sempre do CDS-PP em Felgueiras.
A composição dos Órgãos Concelhios a eleger será a seguinte: A Comissão Política Concelhia, liderada por Madalena Silva, será constituída por 37 militantes, de entre os quais destacamos os Vice-presidentes: Vítor Costa, Carla Carvalho, Luísa Leal e Luciano Amorim, e os Secretários Moisés Silva, Fernando Costa, Miguel Sampaio, Joaquim Ribeiro e José Carlos Sousa. A Mesa do Plenário Concelhio, liderada por Luís Filipe Melo, contará com 3 elementos. São ainda eleitos 7 Delegados para a Assembleia Distrital. Texto enviado pela Concelhia do CDS-PP
µArmindo Mendes
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o próximo dia 9 de fevereiro, entre as 15 e as 19 horas, decorrerá, na sede do Partido Popular CDS-PP de Felgueiras, a eleição para o biénio de 2013-2015 dos seus Órgãos Concelhios. Após dois anos de muito trabalho e crescimento, a actual Presidente da Comissão Política Concelhia, Madalena Silva, recandidata-se para mais um mandato, no sentido de dar continuidade ao seu projecto, que consiste em devolver o CDS-PP ao concelho de Felgueiras. O mandato que agora finda, iniciado a 12/02/2011, caracterizou-se essencialmente pelo crescimento institucional do partido no concelho, pela aposta muito forte na juventude e pela
Região
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MARCO DE CANAVESES: Avelino Ferreira Torres é candidato no Marco de Canaveses pelo CDS
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antigo presidente da Câmara do Marco de Canaveses, Avelino Ferreira Torres, revelou, à agência Lusa, que vai ser o candidato do CDS à liderança daquele município nas eleições autárquicas deste ano. A decisão foi tomada depois de a concelhia democrata-cristã ter aprovado, no domingo, por unanimidade e aclamação, o convite ao antigo presidente da edilidade. “É uma honra muito grande para mim. Com um convite destes, não posso
dizer que não, apesar de a minha família não o desejar”, comentou. Para Avelino Ferreira Torres, a decisão de concorrer, mais uma vez, às eleições também acontece porque, observou, o “povo do Marco merece muito”. “Deram-me sete vitórias consecutivas”, recordou, destacando a relação de “grande proximidade” que sempre manteve com os munícipes. O candidato, que assumiu em dezembro a liderança da concelhia do CDS, recusa entendimentos com outros
partidos, frisando que a única coligação que aceita “é com os eleitores”. “Isto é uma coligação indestrutível. Podem contar comigo. Em 1982 [quando foi eleito pela primeira vez] também ninguém acreditava, mas conseguimos ganhar”, recordou. Avelino Ferreira Torres, atualmente com 67 anos, encabeçou, em 2009, uma lista independente, acabando por ser a segunda força mais votada, numas eleições que foram ganhas pelo PSD, com maioria absoluta.
Perspetivando as eleições deste ano, Avelino Ferreira Torres disse haver melhores condições para a obtenção da vitória, lembrando que, há três anos, houve uma segunda lista independente, da sua área política, que reuniu cerca de 3.000 votos. Avelino Ferreira Torres deixou a presidência da Câmara em 2005, para se candidatar, como independente, ao vizinho município de Amarante, de onde é natural, acabando por perder as eleições daquele ano, ganhas pelo PS. Em 2009, regressou ao
Marco de Canaveses com uma candidatura independente, designada “Marco Confiante com Ferreira Torres”, acabando por conseguir eleger dois vereadores, sendo atualmente a maior força da oposição. Naquele concelho, tam-
bém já é oficial a recandidatura, pelo PSD, de Manuel Moreira, atual presidente do município. O PS ainda não anunciou o seu candidato. |Armindo Pereira Mendes / Lusa
PAÇOS DE FERREIRA: Funcionário de posto de combustíveis ferido por assaltante
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m comerciante de 34 anos foi detido, no início do mês em Felgueiras por ser suspeito dos crimes de roubo, furto, falsificação e recetação de viaturas, anunciou a Polícia Judiciária (PJ). Segundo a autoridade
policial, o suspeito tinha em seu poder uma arma de fogo ilegal e várias munições. Na mesma operação, a Diretoria do Norte da PJ identificou, também em Felgueiras, um segundo arguido pela alegada prática dos crimes de falsificação e receta-
ção de veículos automóveis. Ao suspeito, lê-se no comunicado divulgado, foram apreendidos “diversos documentos e objetos relacionados com aquela atividade criminosa”. De acordo com a PJ, “no âmbito desta investigação ti-
nham sido já detidos, no passado mês de maio, em Lousada, dois outros suspeitos, bem como apreendidas 13 viaturas furtadas e que se encontravam viciadas nos seus elementos identificativos”. |Armindo Pereira Mendes / Lusa
PENAFIEL: Militar da GNR acusado de ter torturado suspeito de furto
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Ministério Público acusa um militar da GNR de Penafiel do crime de tortura por ter alegadamente agredido um detido com murros e bofetadas, confirmou à Lusa fonte daquela autoridade policial. Segundo a fonte, o militar já foi informado pelo tribunal, mas ainda não prestou declarações formais sobre o processo, subsequentes à acusação.
De acordo com a acusação, as alegadas agressões terão ocorrido, em junho de 2011, no posto territorial de Penafiel, quando um suspeito de furto de cobre e condução sem carta, de 24 anos, era interrogado pelo militar. De acordo com a acusação, à qual a Lusa teve acesso, o arguido atingiu a vítima “com um número indeterminado de murros nas costas e de bofetadas nos dois ouvi-
dos”. Ainda de acordo com o Ministério Público, quando o detido disse que “não sabia nada acerca do furto, o arguido atingiu o ofendido com mais alguns murros nas costas”. A magistrada do Ministério Público titular do processo afirma, por outro lado, que a vítima sofreu um traumatismo nas costelas e uma perfuração dos tímpanos.
O militar da GNR encontra-se também acusado, no âmbito do mesmo inquérito, dos crimes de ofensa à integridade física qualificada e coação agravada. A fonte da GNR contactada pela Lusa não quis prestar declarações, alegando que aguarda o desenvolvimento do processo. |Armindo Pereira Mendes / Lusa
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