Expresso de Felgueiras N.º 116

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µArmindo Mendes

Quinta-feira, 15 de Março de 2011 | Ano 5 • Nº 116 € 0,80 • Mensal | Director Miguel Carvalho | Telef.255 495 751 Fax. 255 495 710 | E-mail: geral@expressofelgueiras.com | www.tamegaonline.info

FÁTIMA FELGUEIRAS:

Págs. 7 e 8

“O concelho está a afundar-se” Fátima Felgueiras não “fecha a porta” a uma eventual recandidatura

Nesta edição voltam as crónicas de Sérgio Martins, Hélder Quintela e a estreia de Luís Miguel Nogueira

Seca já destruiu 50 por cento da alimentação para o gado na região, diz presidente da Cooperativa Pág. 3

LIXA: Nova rotunda na ligação da EN 101 à Av. da República

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Marca de Água - por Armindo Pereira Mendes

marcadeagua.blogs.sapo.pt

Candidatura de Fátima Felgueiras à Câmara de Felgueiras? Mantém-se o tabu…

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em nunca o assumir na entrevista ao Expresso de Felgueiras, não é descabido concluir-se que, interpretadas as entrelinhas, Fátima Felgueiras pode estar na corrida para a presidência da câmara. Esse é um cenário que, se mais não for, no plano empírico, sempre se deve colocar. E como cenário deve manter-se durante mais algum tempo, quase como uma espécie de tabu que condicionará em certa medida os desenvolvimentos da política concelhia e as conversas de café. Fátima Felgueiras goza ainda de grande prestígio e capacidade de influência em vastas camadas do eleitorado felgueirense, como se percebeu, por exemplo, na relevância que demonstrou nas recentes eleições na Cooperativa Agrícola de Felgueiras. Note-se que esse embate redundou numa vitória expressiva da lista apoiada publicamente por Fátima Felgueiras e Júlio Faria, seu aliado político de longa data.

Fátima Felgueiras capitaliza vitórias nos tribunais Sabe-se, por outro lado, que a antiga presidente, por estar tão impregnada pelos dossiês municipais, gostava de

poder regressar à liderança do município, retomando um percurso abruptamente interrompido por um terramoto eleitoral que a terá espantado. Além disso, na ótica de cada vez mais gente, a prestação, aquém das expetativas, da atual equipa camarária acentua a ideia de que, em tese, Fátima Felgueiras poderá ter condições de derrotar Inácio Ribeiro numa nova contenda eleitoral autárquica, em 2013. Vai ganhando robustez a convicção de que a antiga presidente se vai reabilitando à medida que, mês após mês, algum eleitorado interioriza um certo desapontamento quanto ao trabalho do atual executivo, sobretudo atentas as elevadas expetativas que foram produzidas. Aliás, nos “sussurros” dos corredores municipais controlados, ainda, pela Nova Esperança admitese que Fátima Felgueiras, pela sua capacidade de combate político, constituirá a grande ameaça ao poder vigente, cada vez mais fragilizado pelas fissuras na coligação PSD/ CDS e pela recente saída de um dos seus pilares. Mas, paradoxo ou não, a eventual candidatura de Fátima Felgueiras à frente de uma lista independente até pode constituir o grande empurrão para o PSD renovar a vitória… E os laranjas sabem-no, olhan-

do com um sorriso maroto a possível divisão do eleitorado da área socialista. Dando como certo que Fátima Felgueiras quer ser candidata. Mas, não menos autêntico é que do querer à concretização de uma candidatura com potencial ganhador vai uma enorme diferença. Desde logo, porque a conjuntura económica é adversa para se avançar com uma batalha eleitoral, sem o apoio das máquinas partidárias e que, por isso, obrigaria à mobilização de significativos meios financeiros, sem quaisquer garantias substantivas de vitória. O que Fátima Felgueiras gostaria, com certeza, era liderar uma candidatura numa lista do PS. Juntar-se-ia assim o útil ao agradável, pensará a antiga autarca. Útil, porque uma candidatura nesse contexto teria, obviamente, mais hipóteses de sucesso; agradável porque constituiria o regresso da antiga presidente ao partido em que militou durante tantos anos. É neste ponto que muita coisa se pode decidir nos próximos meses, nos jantares e almoços mais ou menos públicos que se vão fazendo nos insuspeitos restaurantes. Com a aproximação das eleições, nomeadamente o “timing” certo para acertar estratégias, alianças e candidatos, o PS e as hostes

ligadas a Fátima Felgueiras terão de se entender, pelo menos se estas duas forças, que sociologicamente são apenas uma, na área socialista, desejarem afastar a Nova Esperança do poder. Uma terceira via, com um acordo entre as partes, que não inclua a candidatura de Fátima Felgueiras, mas o envolvimento desta no processo liderado pelo PS, poderá ser uma saída para o aparente imbróglio.

Fátima Felgueiras tira o sono à Nova Esperança? Mas não é especulação concluir que uma candidatura de Fátima Felgueiras à frente do PS, agora que a antiga presidente se reabilitou politicamente com sucessivas absolvições em tribunal, constituirá uma força suficientemente poderosa para tirar o sono aos que têm assento na casa branca municipal. E nesses têm-se registado mudanças. Desde logo no executivo municipal, com a saída do vereador Eduardo Teixeira, que alegou “motivos pessoais”.

Mudanças perturbadoras no executivo? A renúncia ao mandato

deste carismático dirigente do PSD/Felgueiras, que foi o diretor de campanha das últimas eleições, é um elemento perturbador na Nova Esperança, desde logo porque era o vereador do influente pelouro do Desporto, no âmbito do qual estava a ter um desempenho muito elogiado, graças à capacidade de diálogo com os clubes que sempre revelou. Acresce, por outro lado, que Eduardo Teixeira representa há muitos anos a “alma” dos militantes de base daquele partido. Aliás, era o único que o fazia no atual executivo. Face aos desenvolvimentos, só o tempo responderá às dúvidas que se colocam quanto ao grau de participação de Eduardo Teixeira, em termos partidários, no que vier a seguir. Se, fruto das circunstâncias políticas ou outras, Eduardo Teixeira deixar de ser o que sempre foi, isto é, um elemento, no terreno, tipo “formiguinha”, mobilizador dos militantes e, acima de tudo, aglutinador de tendências, o partido laranja ficará mais frágil, cada vez mais distante das bases. Um partido, aliás, que, recentemente, para espanto, até passou a ser liderado por Inácio Ribeiro, o presidente da câmara. Face aos desafios que se perfilam no horizonte, mormente o sempre com-

plexo e absorvente processo de preparação das autárquicas do próximo ano, não deixa de ser, no mínimo, curioso que essa responsabilidade fique nas mãos de alguém que, pela natureza do seu cargo autárquico, é suposto estar assoberbado pelas dores de cabeça da gestão municipal. Face à saída de Eduardo Teixeira, que estava a meio tempo no executivo, a Nova Esperança respondeu prontamente com a substituição, cumprindo o que determina a lei, isto é, tomando posse o elemento seguinte da lista. Mas a maioria não se ficou por aqui: transformou o meio tempo de Eduardo Teixeira num tempo inteiro da nova vereadora Dulce Vieira, à qual foram confiados pelouros objetivamente menos exigentes. Numa altura em que se pede contenção de gastos na gestão pública, a câmara respondeu em sentido contrário, aumentando os encargos com a componente política, decorrente do tempo inteiro da nova vereadora. Ora, numa fase em que o simbolismo é mais importante do que nunca, face à crise que afeta grande parte do país, a Nova Esperança transmitiu para a população um indicador em sentido oposto, o qual, acredito, muitos felgueirenses não deixarão de desaprovar.

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AMARANTE: Jovem de 21 anos condenado a seis anos de prisão por agressões com bastão

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tribunal de Amarante condenou a seis anos de prisão um homem de 21 anos por ter agredido com um bastão os pais de um amigo, provocando às vítimas ferimentos que obrigaram a tratamento

hospitalar. O coletivo considerou terem ficado provados dois crimes de homicídio agravado, na forma tentada, praticados no dia 11 de fevereiro de 2011, no concelho de Amarante.

Segundo o acórdão, o arguido Tiago Teixeira terá consumado as agressões, encapuzado, na casa das vítimas, na qual entrou “sem aviso prévio e pela calada da noite”. Os ilícitos criminais te-

rão sido provocados pelo facto de, alegadamente, as vítimas andarem a dizer ao filho, amigo do arguido, que este estaria relacionado com a droga. A primeira vítima foi Rosa Maria, a qual, quando se encontrava deitada num sofá, sofreu várias pancadas de bastão, infligidas pelo arguido. A mulher sofreu um traumatismo craniano e vários hematomas, tendo sido assistida no hospital de Penafiel. João Queirós, marido da vítima, que foi em socorro da mulher, acabou também por ser atingido por uma pancada de bastão na cabeça e por um golpe, nas costas, com um

punhal que o arguido levara consigo. Após as agressões, o arguido fugiu para sua casa, situada a cerca de 100 metros do local dos crimes. Segundo o tribunal, Tiago Teixeira agiu de forma “premeditada, voluntária e consciente” para levar à morte a ofendida Rosa Maria. Para a aplicação da pena de prisão pesaram, segundo o coletivo, os depoimentos dos dois ofendidos, considerados pelo tribunal “credíveis e articulados”. Pelas agressões à primeira vítima, o tribunal determinou para o arguido quatro anos de prisão. Quanto aos danos provocados no segun-

do ofendido, o coletivo decidiu três anos de prisão. Tiago Teixeira foi também condenado pelo crime de posse de arma proibida. O cúmulo jurídico pela prática dos três crimes, determinado pelo coletivo, fixouse em seis anos de prisão. Justificando a medida da pena, a presidente do coletivo dirigiu-se ao arguido e censurou-o por ter adotado, na noite dos factos, “uma conduta intolerável”. “Não é admissível o seu comportamento”, afirmou a magistrada. A defesa do arguido disse à Lusa que vai recorrer do acórdão. |Armindo Pereira Mendes / Lusa

Seca já destruiu 50 por cento da alimentação para o gado na região – Cooperativa de Felgueiras

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seca já destruiu mais de 50 por cento da alimentação para o gado e dos produtos hortícolas na região do Tâmega e Sousa, disse à Lusa Casimiro Alves, engenheiro agrícola e presidente da Cooperativa de Felgueiras. Segundo o técnico, mesmo que chova nos próximos dias já não será possível recuperar as perdas. “As pastagens para a alimentação dos animais estão comprometidas”, disse, frisando que a situação obrigará os agricultores a adquirir rações. Casimiro Alves disse não

ser possível quantificar os prejuízos, mas garantiu que são muito elevados. “Nos últimos oitenta anos não há memória de uma situação destas na região”, disse à Lusa. A Cooperativa Agrícola de Felgueiras é a maior do Tâmega e Sousa, reunindo mais de 4.000 associados, de vários subsetores. “Estamos muito preocupados, porque a situação afeta muita gente que vive da terra”, afirmou. À Lusa Casimiro Alves recordou que na região há muitos agricultores que se dedicam à produção de leite

e de carne e que “são esses os mais afetados” pelas consequências da seca, “porque falta alimento para o gado”. Os técnicos da instituição já estão a trabalhar no levantamento da dimensão concreta do problema, trabalho fundamental para procurar no Governo as ajudas necessárias para a aquisição de alimentação para os animais. “Só a ajuda do Ministério da Agricultura pode evitar uma situação muito complicada”, insistiu, aludindo a preço cada vez mais elevado das palhas. Questionado sobre o impacto da seca na vinha, Ca-

simiro Alves garantiu que, para já, não há problema, porque é uma cultura que se

encontra em repouso. Alertou, contudo, que a situação de seca pode afetar

a vinha se se mantiver por mais de um mês, o que também ocorrerá com a cultura de quivis. O concelho de Felgueiras é o maior produtor de vinho verde do Tâmega e Sousa e um dos maiores na cultura de kiwis. Se a eventual chuva das próximas semanas não for suficiente para recuperar as reservas de água no subsolo, segundo o técnico, a situação poderá refletir-se durante o verão, quando os agricultores precisarem de regar a vinha e os quivis. |Armindo Pereira Mendes / Lusa


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PENAFIEL: Pão cozido com recheio de lampreia é novidade em Entre-os-Rios

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µArmindo Mende

µJosé Coelho/LUSA

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arinha cozida a forno de lenha e recheada de pedaços suculentos de lampreia é a novidade da edição deste ano do festival daquela iguaria, que decorre até domingo em Entre-os-Rios, Pena-

fiel. O pão de lampreia, como é designado esta proposta gastronómica, foi criado, pela primeira vez, pelas mãos afinadas de Maria Rosa, uma comerciante afamada na região pelo pão

com chouriço e a bola de carne que vende regularmente, com grande sucesso, nas festas e romarias. Há algumas semanas, com a proximidade do festival da lampreia, Maria Rosa foi desafiada por um

GNR recupera em sucata 200 quilos de cobre furtado no valor de 6.000 euros

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GNR de Penafiel anunciou a apreensão, numa sucata, de 200 quilos de cobre e um alambique no mesmo material, que tinham sido furtados, no início deste mês, numa quinta da freguesia de Rans, naquele concelho. Segundo a autoridade

policial, as duas apreensões perfazem um valor de cerca de 6.000 euros. Na operação da GNR foram constituídos arguidos três homens, todos com 19 anos de idade, residentes em Marecos, Penafiel, aos quais foram apreendidos 160 euros em dinheiro. O material foi encon-

trado numa sucata em Gandra, Paredes, cujo proprietário adquirira o cobre por 1.110 euros. A GNR sublinha que a aquisição do material por parte do sucateiro foi registada, tendo sido emitidos recibos aos suspeitos do furto. |Armindo Pereira Mendes / Lusa

vereador da autarquia de Penafiel a juntar a sua destreza na confeção do pão com chouriço, de dezenas de anos, a um ex libris do concelho, a lampreia de Entre-os-Rios. A massa usada é exatamente igual à do pão com chouriço, garante a comerciante. O que varia é o recheio, constituído por pedaços de lampreia à bordalesa, previamente cozinhados. A massa e o recheio são levados ao forno aquecido. A cozedura demora cerca de 15 minutos. Reaberta a porta do forno, o bolo, fumegante, surge transfigurado, com um tom mais moreno, crocante e transpirando um aroma convidativo. Os apreciadores de lampreia, que já degustaram, asseguram que este bolo é um pitéu. Neste festival da lampreia, Maria Rosa vende cada exemplar, na sua banca, a dois euros e meio, um valor que, garante, não é suficiente, atendendo ao custo elevado da lampreia. “Não é para ganhar dinheiro, é para ajudar a divulgar a lampreia de Entre-os-Rios”, disse, confessando não saber como

iriam reagir os fregueses à novidade. Aproveitando o festival da lampreia, muitas pessoas acorrem a Entreos-Rios para comprarem aquela iguaria. Os apreciadores procuram, sobretudo, algumas senhoras idosas, vendedoras e guardiãs dos segredos da preparação da lampreia, como Conceição Semide, de 74 anos, na arte desde os 10. Esta comerciante, herdeira de uma mercearia dos avós, junto à estrada que atravessa a localidade ribeirinha do Douro, prepara, à vista de quem quiser, com denodo, cada lampreia. Enquanto os clientes, na borda da estrada, aguardavam a sua vez, a septuagenária explicou à Lusa que a preparação é fundamental para garantir que a iguaria resulte mais saborosa no prato dos comensais. Cada lampreia, depois de apanhada no rio, fica de 10 a 15 dias num tanque com água de mina, não comendo durante esse período. A preparação, pouco antes da venda, inclui a lavagem com água a ferver para tirar o aspeto viscoso e a rega do animal com vina-

gre de sangue, temperado com salsa. “As nossas lampreias podem ir logo diretas para as cozinhas das pensões”, disse, querendo demonstrar a qualidade do preparo. Por isso, Conceição Semide garante que tem alguns clientes há mais de 40 anos. Os mais fiéis vêm de longe, alguns de Lisboa, muitos do Porto e outros de Trás-os-Montes. Não fosse a clientela fidelizada por décadas de trabalho, hoje o negócio podia estar mais difícil, porque, observou, cada vez mais gente se dedica à venda de lampreia. “É por causa do desemprego”, afirmou, conformada. Hoje, em resultado da crise, a lampreia está um pouco mais acessível, custando cada exemplar entre os 15 e os 30 euros, consoante o tamanho. Para esta vendedora, não há nenhum ponto de país que cozinhe o petisco, à bordalesa ou de arroz, tão bem quanto em Entre-osRios, o que atribui à tradição de dezenas de anos na localidade. |Armindo Pereira Mendes / Lusa


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FELGUEIRAS: GNR detém 14 condutores por excesso de álcool

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destacamento da Guarda Nacional Republicana de Felgueiras realizou na noite de sexta para sábado uma operação de combate à criminalidade noturna de que resultou a detenção de 14 condutores por excesso de álcool. Cerca de 70 militares daquela força estiveram envolvidos nas “operações stop” - nas quais foram fis-

calizados 203 condutores - e na inspeção de 28 estabelecimentos de diversão noturna, que decorreram entre as 22:00 de sexta-feira e as 6:00 deste sábado. As várias ilegalidades detetadas levaram ao levantamento de 17 autos de contra ordenação por posse de estupefacientes e a um de crime pelo mesmo motivo. Na operação foram apreendidas 1,5 gramas de

cannabis e 9,24 gramas de haxixe. Os guardas detiveram ainda quatro mulheres por permanência ilegal no país. Duas das detidas, todas de nacionalidade brasileira, foram julgadas hoje no tribunal de turno de Celorico de Basto e sujeitas a apresentações semanais no posto policial da área de residência e as outras duas foram presentes no tribu-

nal de turno de Penafiel e foram entregues ao Serviço de e Estrangeiros e Fronteiras do Porto. Entre o material apreendido durante a operação, que registou um crime de segurança privada e três crimes de contrafação, está uma máquina de jogo, 200 DVD, 229 CD, seis pares de óculos, dois cintos e um leitor de DVD. |Armindo Pereira Mendes / Lusa

Hasta pública de antigas AMARANTE: Ourives sequestrado e abandonado em Albergaria-a-Velha escolas só vendeu um de quatro edifícios propostos

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m vendedor de ouro ambulante foi no dia 03 de março sequestrado por quatro indivíduos em Amarante e abandonado, mais de duas horas depois, em Albergaria-a-Velha, após lhe roubarem dois quilos em ouro e cerca de dois mil euros em dinheiro. Segundo o Centro de Comando Operacional

da GNR, a ocorrência foi registada às 12:30, quando um vendedor de ouro ambulante foi intercetado, próximo da sua casa, em Amarante, por quatro indivíduos “do sexo masculino e com sotaque espanhol”, detentores de armas de fogo. Às 14:50, os indivíduos libertaram e abandonaram o ourives em Albergaria-a-

Velha depois de lhe terem roubado “dois quilos em ouro e cerca de dois mil euros em dinheiro”. O ourives deslocou-se ao posto da GNR de Albergaria-a-Velha em busca de auxílio, tendo o caso sido entregue à Polícia Judiciária de Aveiro e do Porto. O ourives foi agredido com uma “coronhada” mas encontra-se fora de perigo.

GNR detém dois homens que burlavam idoso com cinco mil euros

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GNR de Amarante anunciou, a 09 de março, a detenção de dois homens suspeitos da prática de burla a um idoso, no valor de 5.000 euros. Segundo a fonte, os

dois alegados burlões foram detidos em flagrante, na freguesia de S. Gonçalo, após denúncia, pela vítima, às autoridades policiais. No momento em que os suspeitos foram abordados pela GNR estavam a rece-

ber aquela quantia em dinheiro entregue pelo idoso de 68 anos. Aos dois suspeitos, de 27 e 53 anos de idade, foram apreendidos dois automóveis e dois telemóveis. |Armindo Pereira Mendes / Lusa

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Câmara de Amarante apenas conseguiu vender uma das quatro antigas escolas primárias submetidasm no dia 02 de março, nos Paços do Concelho, a hasta pública, confirmou à Lusa fonte da edilidade. A antiga escola de S. Veríssimo, na cidade, foi o único edifício para o qual surgiu um investidor interessado na aquisição. Segundo a fonte, a alienação foi concretizada por 62 mil euros, um valor ligeiramente superior ao que era proposto (59.100 euros) no âmbito do processo de hasta pública. Relativamente aos edifícios das antigas escolas de S. Brás, em Telões, no valor de 74 mil euros, Freitas, em Freixo de Baixo, no valor de 71.500 euros, e Espinheiro,

em Candemil, no valor de 41.400 euros, não houve propostas de aquisição. Segundo a fonte, à sessão pública apenas compareceram três pessoas. Os edifícios que a autarquia de Amarante se propunha alienar eram antigas escolas que foram desativadas no âmbito da reformulação

pelo concelho e a transferência de alunos para os novos centros escolares. Segundo a fonte, os resultados da hasta pública vão agora ser apreciados pelo executivo municipal, ao qual cabe decidir sobre a repetição da hasta pública dos três imóveis para os quais não foram apresenta-

de todo o parque escolar concelhio. Esse processo, iniciado há alguns anos, determinou o encerramento de dezenas de pequenos estabelecimentos de ensino espalhados

das propostas de aquisição. A alternativa passará, eventualmente, pela negociação particular com eventuais interessados. |Armindo Pereira Mendes / Lusa


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FELGUEIRAS: Quatro conjuntos de ecopontos destruídos pelo fogo

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uatro conjunto de ecopontos do concelho de Felgueiras foram destruídos pelo fogo, suspeitando a autarquia de que os incidentes decorreram de atos de vandalismo. Os quatro conjuntos de ecopontos (equipamentos para recolha seletiva de resíduos domésticos), perfazendo 12 contentores, na sede do concelho e na Lixa, foram completamente calcinados na noite de 4 para 5 de março, apenas

restando a respetiva base em cimento. Recentemente, outro equipamento semelhante, na freguesia de Caramos, foi também destruído pelo fogo. João Sousa, vice-presidente da câmara, disse à Lusa estar preocupado com a frequência destes anos, não encontrando explicação para o que está a ocorrer no concelho. Segundo o autarca, a situação já foi comunicada

à GNR e à empresa Suma, que faz a recolha dos resíduos domésticos no concelho. “Quero acreditar que são situações isoladas de vandalismo”, afirmou João Sousa, acrescentando que os atos ocorrem habitualmente ao fim de semana. O vice-presidente da autarquia lamenta que estas situações estejam a ocorrer, lembrando que outros atos de vandalismo têm sido registados, nomeadamente o

atravessamento de rotundas com motociclos, danificando os respetivos arranjos. A empresa Suma, contactada pela Lusa, confirmou a situação dos ecopontos, a qual atribuiu a “puros atos de vandalismo”. A fonte garantiu que a empresa vai assegurar a substituição dos equipamentos, apesar daqueles serem propriedade do município. |Armindo Pereira Mendes / Lusa

Comandante dos bombeiros da Lixa diz que Governo “anda a enganar” as corporações

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comandante dos bombeiros da Lixa, José Campos, considera que o Governo “anda a enganar os bombeiros” com os apoios financeiros para as corporações fazerem face ao número elevado de incêndios das últimas semanas. José Campos, que é também dirigente da Liga dos Bombeiros Portugueses, critica o facto de o Ministério da Administração Interna (MAI) estar a adiantar verbas que se referem aos duodécimos de dezembro de 2012 do Plano Permanente de Cooperação

(PPC). Este membro do Conselho Superior Consultivo da Liga dos Bombeiros Portugueses alerta que as verbas que os bombeiros estão a receber atualmente a título de adiantamento vão fazer falta no próximo mês de dezembro. “Receio que em dezembro tenhamos muitos problemas”, afirmou à Lusa. O dirigente comentava o recente anúncio do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, de que foi desbloqueada para uma centena de corporações, incluindo a da Lixa, uma ver-

ba global de 382 mil euros para fazerem face às despesas dos fogos ocorridos em janeiro e fevereiro. José Campos diz também não perceber a razão pela qual o Governo não decreta o alerta amarelo, apesar de o país estar a viver o inverno mais seco dos últimos oitenta anos. A título de exemplo, sublinhou que só na área de cobertura dos bombeiros da Lixa, que compreende território dos concelhos de Felgueiras e Amarante, ocorreram mais de 50 incêndios em apenas dois meses.

“Isto é um quarto do total dos fogos que tivemos no ano passado”, precisou, garantindo que a situação é semelhante em todo o Vale do Sousa e Baixo Tâmega. O dirigente insiste que se o alerta amarelo tivesse sido determinado pelo executivo, a título excecional nesta altura do ano, os bombeiros poderiam ver comparticipadas várias despesas que estão a suportar para acorrem às centenas de incêndios na região. Por isso, acrescenta, o valor que o MAI está a distribuir pelas corporações mais afetadas pelos incên-

dios não deveria ter origem no PPC. Para José Campos, a grande maioria dos incêndios que tem ocorrido no Vale do Sousa decorre de situações de negligência das pessoas, relacionadas com queimadas nas matas numa altura de seca. O facto de as corporações não terem, nesta altura do ano, os grupos permanentes agrava a situação porque, sublinha, o tempo e a capacidade de resposta dos bombeiros é menor.

Ao longo dos dois dias do Stock Off na Lixa os diversos estabelecimentos comerciais expostos vão praticar preços ainda mais baixos, proporcionando-se assim excelentes oportunidades de negócio. “Face ao actual cenário, económico e social, que com a austeridade o país atravessa, esta poderá ser

uma excelente oportunidade de adquirir bons produtos a preços muito atractivos”, referem os responsáveis pela organização. No sábado, 17 de Abril, o certame irá funcionar entre as 10h e as 23h, sendo que no domingo abrirá as suas portas ao público às 10h e encerra às 19h. A entrada é livre.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

Segunda edição do Stock Off decorre este fim-de-semana na cidade da Lixa

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Associação Empresarial de Felgueiras organiza, com o apoio da LixAnima, este fim-de-semana, dias 17 e 18 de Abril, a segunda edição da Feira de Stock Off na Lixa. Após o sucesso alcançado em 2011, com mais de 6 mil visitantes, o Pavilhão Gimnodesportivo do Ladá-

rio acolherá novamente este evento no qual participam algumas dezenas de expositores do comércio tradicional local. Aqui os visitantes poderão encontrar artigos diversos, tais como: vestuário, calçado, têxteis-lar, decoração, mobiliário, telecomunicações, bricolage, entre outros.


Locais de Distribuição Expresso de Felgueiras

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Felgueiras

Pastelaria S. jorge Churrasqueira Sta Ovaia Biblioteca Café Columbinus Sandes Café Portas da Cidade Churrasquera Europa Padaria Pastelaria Europa Dallas II Dom Fernando Café Tina Churrasqueira Central Dona Laura Cristo Rei Café Jardim Livraria Império Café popular Restaurante Albano Pastelaria Alegre e Doce Sax-Bar Salão de jogos Pérola O Careca Tascoela Pão Quente Império Press Café Pastelaria Jovem Cidade Ninas Café Café Las Vegas Pastelaria S. jorge Laranjada Café Varanda Chá Café Des-Bier-Bar Pão Quente Orion Café Creme D. Laura Livrosport

Lixa

Pastelaria São Basílio Café Marley Mira Escolas Lixa Café Cascata Rosa Dakar Pastelaria Bela Vista Café Roda Café Mesquita Mary Caffé Pizzaria Roma Antiga Pastelaria Anjo Doce Tasca d’ Avó Mila Files Bar Café Café Pastelaria Vitórias Café Panorama Café Alex O Lavrador Dominó Pizzaria Pablo Benjamin D. Augusta Doce Lixa J. Pimenta Casa de Chá Doce Tradição Churrasqueira Soares Dália Negra MJ

Longra

Gira massa Café da Longra Pastelaria Santiago Pastelaria Moé

Barrosas

Pastelaria Ducélia Café Largo Sede C.R.P. Barrosas Café Salvador Café Arco Íris Churrasqueira Barrosense Amiais Bar Padaria Estrela D’Alva Café Ramboia Cheers Bar Pastelaria Milénio A Petisqueira Restaurante Faria O Carioca

Convívio feminino promovido pela JP de Felgueiras bastante participado

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erca de 600 mulheres participaram, na Quinta de Basto, em Torrados, num jantar de convívio organizado pela Juventude Popular (JP) de Felgueiras, a propósito do Dia Internacional da Mulher, que se assinala a 8 de Março. Neste jantar, que contou com a colaboração da estrutura local do CDS/ PP, homenageou-se duas mulheres felgueirenses pelo seu percurso de vida exemplar e o contributo que deram nos domínios da solidariedade, educação e dedicação empresarial. Foram homenageadas a fundadora do núcleo de Felgueiras da Cruz Vermelha, Maria Clementina Costa, e a presidente do Instituto de Estudos Superiores de Fafe, Dulce Noronha e Sousa, que é natural da Longra. “Esta iniciativa superou as nossas melhores expectativas, pois a adesão das mulheres foi significativa e muito espontânea e o espaço acabou por se revelar insuficiente, pois tivemos que nos últimos dias recusar a inscrição de mais mulheres que também manifestaram interesse em participar neste convívio feminino”, afirmou Luciano Amorim, presidente da JP de Felgueiras, mostrando-se bastante satisfeito com aquela actividade. “Quisemos proporcionar um dia de confraternização entre as mulheres de Felgueiras, aproveitando também para realçar alguns dos mais nobres valores humanos com uma singela e mais o que justa homenagem a duas mulheres que pelo seu exemplar percurso de vida orgulham a nossa terra”, sublinhou. O jantar das mulheres na Quinta de

Basto, em Torrados, contou com a actuação de Daniel Moreira, a revelação felgueirense no programa da RTP A Voz de Portugal, e de Diana Oliveira.

Rastreio feminino bastante participado No mesmo dia, durante a tarde, a JP promoveu, com o apoio do núcleo de Felgueiras da Cruz Vermelha, rastreios gratuitos à diabetes, hipertensão arterial, cancro do colo do útero e nutricional. Cerca de uma centena de mulheres participou neste rastreio realizado pela médica de clínica geral Maria Luísa Leal e a ginecologista e obstetra Ana Lúcia Nogueira. Para a médica Ana Lúcia Nogueira, a iniciativa da JP revelou-se muito proveitosa, proporcionando, com a intervenção dos profissionais de saúde que se disponibilizaram para colaborar, um importante rastreio gratuito a muitas mulheres de Felgueiras. Ana Lúcia Nogueira, que também participou à noite no jantar, realçou ainda o empenho dos jovens e dos responsáveis do CDS/PP na concretização daquela iniciativa. “Senti na organização, incluindo a Dra. Madalena Silva, capacidade de trabalho e de diversão, alegria e esperança na sua terra. Sentimento positivo de que fazem parte de uma terra de gente trabalhadora, empreendedora e unida. Sabendo que unidos todos são mais fortes e que cada um à sua maneira contribui para o bem geral”, realçou. |Miguel Carvalho

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FÁTIMA FELGUEIRAS:

“O concelho está a afundar-se” µArmindo Mendes

Fátima Felgueiras não “fecha a porta” a uma eventual recandidatura. A antiga presidente da câmara, nesta entrevista ao EXPRESSO DE FELGUEIRAS foge à questão quando lhe é colocada, mas foi dizendo que sempre esteve pronta para servir o seu concelho. A atual vereadora da oposição deixa duras críticas à maioria da Nova Esperança, considerando que a gestão municipal é a pior de que há memória no concelho. “Felgueiras parou no tempo”, lamenta Fátima Felgueiras. EXPRESSO DE FELGUEIRAS (EF) – No tribunal, nos processos em que esteve envolvida, a Dra. Fátima Felgueiras tem saído fortalecida, com a absolvição de quase todas as acusações. Volvida essa fase, que sentimento tem, sobretudo tendo em conta que as “batalhas” judiciais terão condicionado a sua atividade autárquica no anterior mandato e, porventura, segundo alguns, contribuído para a sua derrota nas autárquicas de 2009?. FÁTIMA FELGUEIRAS (FF)- É muito bom ver terminado um combate político desonesto que não olhou a meios para o assalto ao poder. Foram dez longos anos de desgaste, de profundo desgaste, mas os tribunais concluíram o óbvio: as acusações e suspeições que foram lançadas sobre Felgueiras e a sua presidente não tinham fundamento. Nenhum fundamento. Mas o mal que causaram a Felgueiras, a mim, aos meus, e aos demais envolvidos, nunca será reparado. Com a graça de Deus, há que seguir em frente! EF - Estão cumpridos dois anos deste mandato autárquico. Em termos genéricos, que balanço faz do trabalho realizado pelo executivo liderado pela Nova Esperança?

“Gere-se, e mal, o que o executivo anterior deixou” FF - Infelizmente para

Felgueiras, diria que nunca tivemos desempenho tão fraco como o dos actuais responsáveis autárquicos. É uma dor de alma ver o esbanjamento de recursos e a política de enganos que se instalou na autarquia! Não fosse a boa situação financeira que herdaram e a enorme carteira de obras que estava em curso, e que se mantêm em curso, (porque têm vindo a ser atrasadas e mal geridas), diria que pouco se tem feito a não ser complicar a vida às pessoas. Atente no que foi a conclusão da obra e a abertura da Casa das Artes! Basta ler o relatório da inspecção para ficarmos com a certeza de que não havia justificação para manter fechada e parada aquela obra. A verdade é que não souberam resolver os problemas que criaram com o empreiteiro, precisavam descolar da sua verdadeira responsável, e não sabiam, como não sabem, gerir uma agenda cultural adequada. Continuamos a ter de ir fora ver cinema, porque em Felgueiras, o equipamento é do melhor, mas está parado, e quando funciona, é para exibir filmes que já todos vimos há muito tempo. Para não falarmos no esbanjamento de dinheiros públicos para emendar erros decorrentes de faltas de decisão. Veja-se a escola da Trofa. Foram alertados sobre a implantação da obra, mas preferiram mantê-la parada durante meses, sem nada resolver. A obra está quase em cima da estrada e para resolver o problema, falam em desviar a estrada. Ainda nem sabemos quanto vai custar e

se vai ser possível . Adorava ver evolução na resolução dos problemas do concelho, mas não vemos evoluir nada! Gere-se, e mal, o que o executivo anterior deixou. EF – Na campanha, a Dra. Fátima Felgueiras acusou os candidatos do PSD de não estarem preparados para assumirem responsabilidades na autarquia. Face ao que se tem passado neste mandato, acha que se está a confirmar o que que avisara? FF - Se alguém tinha dúvidas, hoje já não as terá. Passados dois anos deste mandato, temos apenas as obras do mandato anterior. Com piores actores! Os projectos, as obras, as decisões políticas, os financiamentos, são todos da responsabilidade do executivo anterior. Felgueiras vive do passado, e para além disso, parou no tempo e na política! E não é por causa da crise financeira nacional! A insatisfação é generalizada.

“Conseguimos evitar que as instituições culturais ficassem sem os subsídios do ano de 2011” EF – A Dra. Fátima Felgueiras acabou por assumir o seu lugar no executivo, como vereadora da oposição. Acha que valeu a pena e em que medida é que a sua presença está a ser útil para o município?

É sempre útil ter por perto quem saiba e domine os dossiers municipais. A não ser quando se sabe pouco e se tem medo de quem saiba… Vamos procurando honrar a responsabilidade que assumimos, com posições de alternativa construtiva cujos resultados ficam quase sempre aquém do que seria desejável. Mas cada vitória é uma vitória! Recentemente conseguimos evitar que as instituições culturais ficassem sem os subsídios do ano de 2011! EF – Como está o Movimento Sempre Presente? Mantém atividade política regular? FF - Como bem sabe, o MSP foi criado por uma corrente forte de pessoas que, em determinado momento, não se conformaram com as opções eleitorais dos partidos políticos em Felgueiras, e se organizaram no sentido de uma alternativa. O resultado eleitoral não foi o que se esperava, mas não deixamos de gostar de Felgueiras e, por isso, continuamos a reflectir e a intervir, nos órgãos próprios , sobre as questões que interessam à vida pública municipal. Não andamos atrás da comunicação social para fazer eco das nossas posições, mas não deixamos escapar nenhuma oportunidade de influenciar a favor de Felgueiras. Na política como na vida, somos sempre nós e as nossas circunstâncias…

EF – Como está a ver a atividade das demais forças de oposição no concelho? FF - Com muita preocupação. Não se discutem estratégias. Preparam-se posicionamentos com interesses de lugares e de poder. A vontade de servir causas, pessoas e o desenvolvimento, parece cada vez mais secundária! Atente-se na reforma da administração autárquica que vem por aí . Há concelhos onde o debate está aberto há meses. Por cá, parece que a preocupação se resume a contabilidade eleitoral.

“A coligação Nova Esperança já não existe. O CDS e o PSD estão em total rota de colisão!” EF – Fala-se que a coligação Nova Esperança está na iminência de acabar. Surpreender-se-á com a confirmação dessa rutura?

FF - É do conhecimento público que a coligação Nova Esperança já não existe, e que o CDS e o PSD concelhios estão em total rota de colisão!

“Entristece-me ver o caminho ou o descaminho em que o concelho se está a afundar” EF – A Dra. Fátima Felgueiras era uma autarca prestigiada na região. Acha que que o facto de ter deixado de liderar o município tirou projeção a Felgueiras? FF - Temos o que temos! Entristece-me ver o caminho ou o descaminho em que o concelho se está a afundar, mas é o que temos e o que vamos ter de aguentar até às próximas eleições. Temos uma câmara que nem sabe prestigiar as suas instituições! Veja a falta de projeção que teve a inauguração da


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µArmindo Mendes

A parte nova da alameda de Santa Quitéria e a Casa das Artes são duas das mais emblemáticas obras de Fátima Felgueiras com presidente da Câmara

unidade de cuidados continuados da Misericórdia de Felgueiras!? Em que é que a actual maioria autárquica prestigiou, como devia, a sua Misericórdia de Felgueiras? Como vai ajudar a resolver o seu grave problema de falta de estacionamento?! Não há respostas. Ao contrário do que vai acontecendo com os municípios nossos vizinhos, já não se passa nada na gestão autárquica em Felgueiras que suscite reconhecimento.

µArmindo Mendes(arquivo)

EF – Estamos a cerca de ano e meio das próximas eleições autárquicas. Equa-

ciona voltar a candidatar-se à presidência da autarquia? FF - O futuro a Deus pertence! Sempre estive disponível para Felgueiras. Sempre honrei os meus compromissos, sem virar costas a dificuldades e sem nunca ter andado à procura de lugares ou a colocar-me em bicos de pés para chegar ao poder! Não vou mudar! EF – Acredita que poderá ganhar essas eleições liderando uma lista independente? FF - Não especulemos!

Ouvem-se muitos boatos, muitos apelos e arrependimentos, mas não especulemos!

“Nunca deixei de ser socialista” EF – No concelho, fala-se que a Dra. Fátima Felgueiras estará interessada em voltar ao PS, agora que os processos judiciais em que esteve envolvida estão praticamente resolvidos. É verdade essa situação? FF - Nunca deixei de ser socialista! Mesmo quando suspendi a minha condição de militante para ser candidata independente. Mas posso garantir-lhe que não ando nem vou andar atrás de quem quer que seja para voltar a ter um cartão! EF- Gostava de liderar uma candidatura à autarquia no quadro de uma lista patrocinada pelo PS de Felgueiras? Acredita que esse cenário poderá ainda acontecer? FF - Gostava de ver a autarquia governada por gente melhor e mais capaz. E essa possibilidade depen-

de apenas das alternativas que as oposições políticas concelhias apresentarem, a

seu tempo. Quanto a mim, desculpe-me não estar disponível para especulações que

nada constroem. |Armindo Pereira Mendes


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| 15.MARÇO.2012 | EXPRESSO DE FELGUEIRAS Nº116 15/03/2012 (último anúncio)

Tribunal Judicial de Vila Real – 1º Juízo – Processo: 1282/08.5TBFLG Execução Comum VALOR: 4.038,74€ Exequente (s): Granisel – Real, Sociedade de Comercialização de Pedras Naturais, Lda. (NIPC: 504 039 466) Executado (s): Strogária – Granitos, Lda. Referência interna: PE/118/2008

ANÚNCIO Nos autos acima identificados, encontra-se designado o dia 28 de Março de 2012, pelas 14:00 Horas, no Tribunal de Felgueiras, para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na secretaria do Tribunal, pelos interessados na compra, sendo o valor base do bem igual ou superior a 70% do valor anunciado: Verba n.º1 Uma secretária em PVC de cor cinza de três gavetas, razoável estado de conservação – pelo preço base de 50,00€ Verba n.º2 Um armário de duas portas em PVC de cor cinza (2,00mX0,60m), em razoável estado de conservação – pelo preço base de 50,00€ Verba n.º3 Um armário de PVC cm duas portas, com fechaduras em metal (0,80mX0,60m) de cor cinza, em razoável estado de conservação – pelo preço base de 50,00€ Verba n.º4 Dois armários em PVC de duas portas com fechaduras em metal (0,80mX0,60m) de cor cinza, em razoável estado de conservação – pelo preço base de 100,00€ Verba n.º5 Uma mesa em PVC de cor cinza, com base em metal, em razoável estado de conservação – pelo preço base de 50,00€ Verba n.º6 Um computador de linha branca de cor cinza e preto, Intel, com ecran “Samtron 56E” de cor branca e teclado de marca “Logitech” de cor preta, em razoável estado de conservação – pelo preço base de 250,00€ Verba n.º7 Uma, impressora de marca “HP Laserjet 1018” de cor branca em razoável estado de conservação e funcionamento – pelo preço base de 50,00€ Verba n.º8 Um fax de marca “Samsung SF 360” de cor cinza, em razoável estado de conservação e funcionamento – pelo preço base de 50,00€ Verba n.º9 Uma secretária de escritório com três gavetas em PVC, de cor cinza, em razoável estado de conservação – pelo preço base de 25,00€ Verba n.º10 Uma mesa em PVC, com base em metal, de cor cinza, em razoável estado de conservação – pelo preço base de 25,00€ Verba n.º11 Um armário de duas portas (2,00mX0,60m) em PVC de cor cinza, em razoável estado de conservação – pelo preço base de 50,00€ Verba n.º12 Três cadeiras de escritório em napa de cor preta, rotativas, em razoável estado de conservação – pelo preço base de 50,00€ Verba n.º13 Duas cadeiras em tecido rotativas, em razoável estado de conservação – pelo preço base de 20,00€ Penhorado ao executado: Strongária – granitos, Lda. É fiel depositária a Sra. Júlia Maria Gomes Silvério Peixoto com residência na Av. Drº Leal Faria, Edifício Impacto Bloco 5 – 4 – 4610 – Felgueiras – LOCAL DO DEPÓSITOS BENS PENHORADOS no loteamento de Posmil – Friande – Felgueiras – Apartado 102 – 4610-324 Felgueiras, está obrigado a mostrar os bens a quem pretenda examina-los, todos os dias úteis das 08:00h às 12:30h e das 15:00h às 20:00h, nos termos do disposto no artigo 891º do CPC. Nota: Os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado à ordem do Agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base ou garantia bancária do mesmo valor (n.º 1 do art. 897 do CPC) O Agente de Execução, Manuel Rocha

FELGUEIRAS: Ex-coordenadora da Segurança Social local é a nova vereadora da maioria PSD

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ex-coordenadora da Segurança Social de Felgueiras, Dulce Vieira, é a nova vereadora na autarquia local, de maioria PSD, substituindo Eduardo Teixeira, que renunciou ao mandato alegando “motivos pessoais”, anunciou fonte da autarquia. Dulce Vieira, com formação académica na área da ação social, assumiu o lugar em regime de permanência no executivo liderado por Inácio Ribeiro. Segundo a fonte, à nova autarca foram confiados os pelouros do turismo, comércio, serviços urbanos e contraordenações. Dulce Vieira tinha sido

o quinto elemento da coligação PSD/CDS que ganhou, com maioria absoluta, as eleições autárquicas de 2009. Segundo um comunicado da autarquia, “o presidente do executivo agradeceu o trabalho do vereador cessante Eduardo Teixeira”. O vice-presidente da câmara, João Sousa, assumiu o pelouro do Desporto, que estava confiado desde o início do mandato a Eduardo Teixeira, empresário do ramo do calçado. O vereador cessante desempenhava funções na edilidade em regime de meio tempo. |Armindo Pereira Mendes / Lusa

Bragança diz que trabalho de Dulce Vieira tem de “justificar o tempo inteiro”

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líder do PS, Eduardo Bragança, que representa este partido no executivo, disse ao EXPRESSO DE FELGUEIRAS que a assunção de responsabilidades da nova vereadora, a tempo inteiro, deve traduzir-se em “mais trabalho”. “Só assim poder-se-á corresponder aos encargos acrescidos que a edilidade terá de suportar”, afirmou, acrescentando: “As pessoas têm que corresponder às responsabilidades”. Eduardo Bragança critica, por outro lado, o argumento do presidente da câmara para justificar a entrada de mais um vereador a tempo inteiro. O vereador do PS disse ao EF que Inácio Ribeiro

disse precisar de mais gente no executivo para compensar a sua passagem a vicepresidente da Comunidade

Intermunicipal do Tâmega e Sousa. Bragança defende que “não faz sentido” a justifica-

ção do presidente da câmara, porque, anotou o vereador da oposição, o cargo de vice-líder da CIM não exige grande disponibilidade. O autarca do PS insiste nos reparos negativos à forma como Inácio Ribeiro dirige as reuniões de câmara, criticando sobretudo o silêncio dos demais vereadores do executivo, alegadamente por indicação do presidente. Bragança diz não ser aceitável que os eleitos da Nova Esperança nem se pronunciem sobre o sentido de voto nas diferentes deliberações, falando sempre Inácio Ribeiro em nome de todos. “Parece que os vereadores da maioria não têm opinião sobre nada”, ironizou o eleito socialista. |Armindo Pereira Mendes


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BAIÃO: Fumeiro é feito com gosto e tradição

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o princípio da tarde o ambiente no lugar de Curveira, freguesia de Santa Leocádia, caracteriza-se pela tranquilidade e sossego próprios dos espaços rurais de Baião. Teresa Monteiro chega com o passo ligeiro, porque o tempo corre frio, e abre-nos as portas da “loja”, onde tem a sua criação de porcos. Não são horas de “pensar” os animais (estes são alimentados três vezes ao dia: de manhã, à hora de almoço e ao fim da tarde), mas hoje há direito a uma dose extra de ração. Com pouco mais de 30 anos, Teresa é uma das produtoras de fumeiro inscritas na próxima edi-

ção da Feira do Fumeiro e do Cozido à Portuguesa, que se realiza nos dias 30 e 31 de Março e 1 de Abril. No seu dia-a-dia Teresa dedica-se à agricultura. Tem uma horta de grandes dimensões, complementada com vinha e com a criação de galinhas e patos, para além dos suínos. “Gosto desta vida. O campo ocupa-me quatro ou cinco horas por dia e por isso consigo ter uma vida sossegada, com tempo para cuidar da família e da casa”, observa. Este é um retrato de uma família tipicamente baionense, onde a agricultura ainda faz muitas vezes parte do quotidiano,

sendo a profissão dos maridos complementada com a ocupação doméstica das

senhoras. A ideia de produzir fumeiro para venda surgiu naturalmente, pois Teresa aprendeu o “ofício” com os pais e há sete anos decidiu estrear-se nas feiras

organizadas pela Câmara Municipal. O negócio tem corrido

bem. “Cada ano que passa produzo mais fumeiro e tenho conseguido vender tudo. As últimas feiras, então, têm sido mesmo boas”, nota.

Promover as delícias de Baião A organização da Feira do Fumeiro e do Cozido à Portuguesa cabe à Câmara Municipal de Baião, que concebe este evento como uma forma de escoar e valorizar a produção local de fumeiro e de outros produtos de qualidade: legumes, vinhos, broa de milho, doçaria, biscoito da Teixeira, citrinos da Pala, compotas e licores. O objectivo é proporcionar fontes de rendimento complementares aos pequenos produtores e aos restaurantes que ocupam uma parte importante do recinto instalado na Fei-

ra do Tijelinho. A autarquia proporciona ainda acompanhamento técnico e logístico a todos os participantes na feira do fumeiro. Todas as criações são visitadas pelo veterinário do município e os técnicos de urbanismo da câmara deslocam-se às cozinhas onde o fumeiro é confeccionado para se certificarem que estes dispõem de boas condições de salubridade. Cabe ainda aos colaboradores da autarquia estabelecer contactos com a Direcção-Geral de Veterinária para garantir que todos os produtores cumprem os requisitos legais para participar.

CELORICO: Cultura das camélias já dá MARCO: rendimento a dezenas de produtores - autarca Bombeiros retiram

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cultura de camélias já constitui uma importante fonte de rendimento para dezenas de produtores de Celorico de Basto, disse à Lusa o autarca local, a propósito da Festa Internacional de Camélias que se realiza no sábado e domingo. Segundo Joaquim Mota e Silva, a produção daquele tipo de flor tem “aumentado exponencialmente” no concelho de Celorico de Basto, correspondendo a “uma procura cada vez mais exigente”. “Alguns dos melhores jardins de Portugal têm camélias de Celorico de Basto”, afirmou. Para o edil, a aposta de promoção das camélias que o concelho iniciou há cerca de uma década tem motivado as pessoas que tradicionalmente se dedicavam, no concelho, àquela cultura. “Este é um trabalho de paciência, de persistência, que começa, felizmente, a dar frutos muito visíveis”, disse o edil à Agência Lusa. Além disso, considera o autarca, “mais gente tem

sido atraída para o negócio, trazendo ideias novas e uma perspetiva mais empresarial”, que se traduz numa maior produtividade e qualidade. “Hoje temos pessoas que levam muito a sério esta cultura. É já um negócio importante no concelho”,

os visitantes podem observar 35 murais com camélias preparados por instituições e juntas de freguesia do concelho. Do programa consta também uma exposição de 37 espantalhos produzidos por alunos das escolas do concelho.

vidade”, considera Joaquim Mota e Silva. O edil destaca, por outro lado, a importância económica do certame, por ser capaz de atrair milhares de visitantes de todo o país, ajudando a dinamizar o turismo do concelho e da região. Uma exposição de foto-

acrescenta Joaquim Mota e Silva. Nos dois dias, além do mercado para a venda deste tipo de flor, dezenas de produtores exibem em Celorico de Basto tabuleiros enfeitados com camélias, que são classificados por um júri. No âmbito do festival,

“Celorico de Basto está cada vez mais ligado às camélias. Este festival tem sido importante para reforçar esta imagem de marca, porque permite à comunidade local, através das associações, escolas e juntas de freguesia, participar em atividades que ajudam a promover esta ati-

grafia sobre camélias e uma visita guiada, no domingo de manhã, a alguns dos jardins mais apreciados do concelho, completam o programa na nona edição da Festa Internacional das Camélias de Celorico de Basto. |Armindo Pereira Mendes / Lusa

corpo do interior de automóvel submerso no Tâmega

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s bombeiros do Marco de Canaveses resgataram do Tâmega o corpo de um homem, aparentando 50 anos, cuja viatura caiu ao rio próximo da ponte de Canaveses. Rui Vasconcelos, segundo comandante da corporação, disse à Lusa que o corpo foi retirado, cerca das 18:20, por mergulhadores quando ainda se encontrava no interior do automóvel, submerso no rio Tâmega, a cerca de 10 metros de um dos pilares da ponte. As operações de resgate foram realizadas por mergulhadores dos bombeiros de Cete e de Valongo. O responsável dos

bombeiros do Marco de Canaveses disse não ter explicação para o sucedido, explicando que o automóvel terá caído ao rio a partir de uma estrada secundária, na margem direita, que dá acesso a um cais de embarcações de recreio. “Não há sinais de quaisquer travagens”, afirmou à Lusa. O alarme para a submersão do automóvel foi dado aos bombeiros, pouco depois do meiodia, por testemunhas oculares. A GNR local tomou conta da ocorrência. |Armindo Pereira Mendes / Lusa


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FELGUEIRAS: Mulher morre atropelada por ligeiro quando atravessava estrada na Lixa

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ma mulher, aparentando cerca de 40 anos de idade, morreu no dia 02 de março, vítima de atropelamento, quando atravessava uma estrada municipal em Vila Cova da Lixa, Felgueiras, disse à Lusa fonte dos bombeiros. Segundo a fonte, a ví-

tima foi atropelada por um automóvel ligeiro, que circulava no sentido Lixa, Airães, cerca das 15:40. O comandante dos bombeiros da Lixa, José Campos, disse à Lusa que o atropelamento foi de grande violência. O embate ocorreu no

lugar do Prado, quando a vítima, que morava nas proximidades, atravessava a via com um carrinho de mão. Os bombeiros da Lixa ainda realizaram manobras de reanimação da mulher, mas essa acabaria por falecer a caminho do hospital. Armindo Pereira Mendes / Lusa

CELORICO: Autarquia instala conselho municipal para a Eficiência Energética

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Câmara de Celorico de Basto apresentou a 6 de março, no salão nobre dos paços do concelho, o Conselho Municipal para a Eficiência Energética, CMEECB, numa cerimónia que contou com a presença do secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes. “É nosso objetivo trabalhar ativamente, em projetos

criação de uma Carta Energética que assentará em duas vertentes essenciais. “Em primeiro lugar pretendemos desenvolver um plano de aproveitamento dos nossos recursos naturais, para a produção energética, tendo como consequência a produção de riqueza e a valorização do território”, referiu o autarca que não pode deixar de lembrar

empreendedores para ajudar o país a assegurar a sua autonomia energética, com preços competitivos. Neste momento, somos um, concelho onde se produz energia hídrica, solar, eólica, biogás e muito em breve, biomassa”, palavras do presidente da Câmara de Celorico de Basto, Joaquim Mota e Silva, que preside ao órgão agora instalado. O autarca destacou, durante a sua intervenção, a

que o aproveitamento Hidroelétrico de Fridão não acarretou benefícios para a região. O segundo vetor, destacado pelo presidente, direcionouse à poupança das famílias e das empresas. O autarca fez ainda referência à necessidade de criar mecanismos que promovam o empreendedorismo na área da Energia e do Desenvolvimento Rural, ao “agilizar os processos de licenciamento

MARCO: Autarca destaca “moderação nas despesas” para reduzir a dívida

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Câmara do Marco de Canaveses encontra-se entre as que conseguiu de 2009 para 2010 recuperar de resultados negativos para positivos, situação que o autarca Manuel Moreira (PSD) atribuiu a uma gestão com moderação nas despesas. “Estamos obviamente satisfeitos por o Anuário Financeiro reconhecer o esforço da nossa parte para fazer uma gestão controlada para reduzir o passivo ao longo dos anos”, afirmou o autarca. Segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, produzido pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas e apresentado na terça-feira, a autarquia do Marco de Canaveses conseguiu passar de resultados negativos em 2009 de 37.694.151 euros para resultados positivos em 2010 de 2.734.764 euros. A Câmara do Marco de Canaveses está sujeita, desde 2004, então liderada por Avelino Ferreira Torres, a um programa de reequilíbrio financeiro acordado com o Governo, no valor de 45 milhões de euros. Já em 2011 foi aprovado novo contrato, que acresce ao anterior, no valor de sete milhões de euros. Só relativamente ao primeiro contrato, município tem

encargos mensais com a banca superiores a 300.000 euros. Manuel Moreira disse à Lusa que desde que assumiu funções na autarquia, substituindo Avelino Ferreira Torres, houve a preocupação de adotar “uma gestão controlada e muito rigorosa do lado das receitas e das despesas”. O presidente da câmara destaca, a propósito, que o seu município encontra-se entre os melhores do país no que tem a ver com a percentagem de realização dos

seus orçamentos, habitualmente, garante, superior a 85 por cento. “É isso que estamos a fazer de forma consisten-

te”, observou, insistindo na preocupação de preparar, todos os anos, “orçamentos com previsões de despesas e receitas realistas”. “Não somos dos autarcas que inflacionam as receitas para justificar as receitas”, disse. A propósito dos compromissos financeiros que a autarquia tem de honrar mensalmente, sobretudo com a banca, Manuel Moreira admite que a situação limita bastante a capacidade de execução de obras no concelho. No entanto, acrescenta, tem sido possível, “com uma programação muito rigorosa” apostar em realizações que “o município tem condições de pagar”, nomeadamente as que têm apoio dos fundos da União Europeia. Manuel Moreira recorda que o contrato de reequilíbrio financeiro, que impede a autarquia de se endividar, vai prolongar-se por vários mandatos. Por isso, sublinhou, a gestão do município tem de ser rigorosa para” garantir capacidade financeira de honrar os compromissos, sem comprometer o futuro”. “Isto é uma tarefa para várias gerações”, afirmou. Armindo Pereira Mendes / Lusa

de mico-hídricas em Portugal, aprovando mecanismos que pudessem fomentar aproveitamentos hidro-elétricos até 750 kw “. Segundo o edil seriam medidas “claramente incentivadoras de um empreendedorismo rural com escala, diversificação e solidez, seguindo numa lógica de articulação entre diversas áreas de desenvolvimento como a Agricultura, a Floresta, o Turismo e a Energia”, concluiu. O secretário de Estado da Energia destacou uma série de ações que serão levadas a cabo pelo atual governo para permitir uma maior eficiência energética como potencializar o mercado liberalizado da energia e reduzir os défices tarifários. Quanto ao Conselho Municipal agora instalado, Henrique Gomes, mostrou-se surpreendido com o projeto dizendo que “mostra ser um projeto de grande relevância tendo como carateristicas principais o envolvimento da população e de diversas entidades de relevo para este concelho, sendo notória a preocupação em executar um trabalho conjunto que tem por missão facilitar o desenvolvimento da região”, realçou.

MONDIM: Regeneração Urbana melhora imagem da Vila

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s obras de Regeneração Urbana da Vila de Mondim de Basto estão a decorrer dentro dos prazos definidos na planificação dos trabalhos. Depois das intervenções na Rua Comendador Alfredo Álvares de Carvalho, na Rua José Maria D’Alpoim e nos Largos do Estádio Municipal e da Escola EB 2,3/ S, estão a decorrer as obras previstas para a Avenida Dr. Augusto Brito e a Praça 9 de Abril. As obras incidem na

renovação e modernização da estrutura de mobilidade do centro da Vila e visam maiores níveis de segurança, a melhoria da qualidade visual da paisagem urbana, a melhoria da acessibilidade e mobilidade viária e pedonal. Para o Presidente da autarquia, a obra de Regeneração Urbana vai permitir que a Vila fique dotada de infra-estruturas melhoradas e mais eficientes, mas também mais atractiva, contribuindo dessa forma para o dinamismo comercial e turístico do

concelho. Humberto Cerqueira, considera esta obra muito importante para o município. “Aproveitamos uma oportunidade de requalificar a Vila. A verba destinada a esta obra não poderia ser utilizada noutro local ou em outra obra. A decisão de avançar com esta obra foi muito reflectida e ponderada. Mesmo atendendo à situação financeira da autarquia, a decisão de avançar com a obra mostrou-se acertada”.


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1 µEstela Silva / LUSA

LOUSADA: Colecionador reúne nos fundos da casa mais de 30 mil objetos antigos

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os fundos da casa de António Quintela, colecionador de Lousada, é possível encontrar mais de 30 mil objetos antigos de um espólio que começou a crescer há 40 anos. “Comecei quase sem querer e agora estou no meio deste mundo”, contou o colecionador de 63 anos, sentado numa secretária, defronte para uma velha central telefónica. O inventário da coleção é vasto. Destacam-se os oito mil discos de vinil, as 631 tigelas, os 145 candeeiros a petróleo e as 300 chaves de todos os tamanhos. A contabilidade da cole-

ção prossegue com números mais imprecisos, mas nem por isso menos impressionantes. São centenas de sacarolhas, dezenas de imagens religiosas, pratos, talheres, canecas, telefones, rádios antigos e vários exemplares de maquinaria utilizada nas tascas, mercearias e outros estabelecimentos comerciais de tempos idos. Não menos curioso é o conjunto de peças de barro com o famoso galo de Barcelos. O denominador comum dos objetos é a antiguidade, contando-se alguns com mais de 100 anos de existência. “São coisas que vou

comprando nas feiras de antiguidade”, disse, garantindo que já gastou “muitos milhares de contos” na aquisição das “relíquias”, como lhes chama carinhosamente. “Daqui a mais 40 anos estes objetos serão ainda mais raros”, afirmou, enquanto apontava em várias direções, chamando à atenção para vários pormenores. No rés do chão da casa de António Quintela, quase integralmente ocupado pela coleção, logo se percebe a dimensão do espólio e a insuficiência do espaço. Nas paredes, no teto e no chão, os nossos olhos, confusos, perdem-se de espanto e os ouvidos são logo sur-

preendidos com o som nasal do velho gira-discos que o anfitrião pusera a funcionar, nele girando um disco com dezenas de anos, de forma quadrada, que mais não era do que um postal antigo, com uma ilustração desbotada pelo tempo. Ao cimo, algumas armas de fogo antigas, ao lado facas de vários tipos e ao fundo velhas pipas, cântaras de cobre e cestas de vim. O colecionador foi mostrando cada objeto, enquanto explicava que tudo começou com uma chave que adquiriu há cerca de 40 anos por 120 escudos num leilão. Desde então, animado pelo incentivo dos amigos que acompanhavam

o crescimento da coleção, foi ganhando gosto pelas coisas antigas. Nos últimos anos, a convite da autarquia, tem organizado exposições no espaço AJE, naquela vila. Por lá já passaram exposições de chaves antigas e as reconstituições de uma tasca, uma oficina de carpintaria e uma escola primária do antigo regime. Atualmente, os visitantes encontram a reconstituição de uma mercearia, onde não faltam balanças antigas, o aparelho para dosear azeite, o cortador de bacalhau e o livro dos calotes, onde os vendeiros de outrora inscreviam as dívidas dos fregueses.

Questionado sobre qual o objeto da sua coleção ao qual dá mais valor, respondeu que, como um pai, não consegue dizer qual dos filhos gosta mais. António Quintela emociona-se facilmente quando descreve o seu mundo de relíquias. Na emoção do momento, fala do sonho que lhe alimenta a alma: transformar a sua coleção num verdadeiro museu. “Criar um museu é o sonho da vida, era um Totoloto que me saía”, confessou, não escondendo a tristeza por até hoje ainda ninguém o ter ajudado a concretizar o desejo. Armindo Pereira Mendes / Lusa


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Urologista amarantino viajou de carro até Maputo para ajudar quem precisa

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urante cinco meses, os urologistas Carlos Silva e Pablo Vega viveram o sonho de uma vida ao atravessarem o continente africano de carro, tendo como destino final Moçambique, onde pretendem exercer medicina. Tinham empregos estáveis em dois hospitais portugueses, mas achavam que a vida não se faz de certezas, largando tudo para se lançarem à aventura africana. “Já tínhamos estado aqui em 2007 a trabalhar em conjunto. Pensámos que era a oportunidade de regressar e porque não fazermos a viagem que sempre quisemos fazer que é cruzar África de norte a sul por terra”, diz à Lusa o médico amarantino Carlos Silva, de 34 anos.

Cinco meses, 30 mil quilómetros e 17 países foram as barreiras temporais e geográficas que os dois médicos tiveram de transpor até chegarem a Moçambique, na última semana. “Tivemos de preparar o carro e o percurso. Inicialmente, o plano era fazer a viagem pelo lado este de África, ou seja, descer pelo Egito até Moçambique, mas pelas circunstâncias que há atualmente na Síria mudámos o percurso para a costa oeste”, conta o espanhol Pablo Vega, 42 anos. A “viagem de sonho” destes homens nem sempre se revelou “idílica”, caso da travessia da Nigéria, onde encontraram algumas situações inóspitas. “Encontrámos muito controlo policial, muito descon-

forto e insegurança. Passámos por uma estrada que tinha um aglomerado de gente, ouvimos um tiro”, recorda o português Carlos Silva. “Quando alguém pensa em atravessar África, pensamos que é uma viagem idílica, mas quando começámos a fazer a viagem, surgem problemas e situações desconfortáveis que nos levam a pensar se estamos a fazer bem ou não”, diz Pablo Vega. Em 2008, a mítica prova do Rali Dakar foi cancelada no continente africano devido ao risco de atentados da AlQaida na Mauritânia, país que os dois viajantes encontraram em situação “normal”. “A entrada na Mauritânia é complicada. A fronteira é difícil, atravessámos um local com dois quilómetros que

parece ser terra de ninguém. Depois, quando entramos no país, a perceção é diferente, é menos perigoso do que o mundo pensa”, avança o espanhol Pablo Vega. “Na capital fala-se de situações da Al-Qaida contra turistas, mas nós não sentimos isso”, acrescenta Carlos Silva. Antes da partida, os dois médicos apenas requisitaram um visto para Angola, o mais “complicado” de conseguir. “Todos os outros conseguimos pelo caminho. Mesmo assim, foi complicado obter o visto de Angola em Portugal porque era uma viagem diferente e no consulado não estavam habituados a esse tipo de pedido, mas lá conseguimos”, recorda o português. Com o ponto final colo-

cado na viagem, os dois urologistas já só pensam em concretizar o segundo propósito da aventura, que passa por exerceram a sua especialidade médica em Moçambique. “Tínhamos bons trabalhos em dois hospitais portugueses, mas o desafio de trabalhar em Moçambique na sequência (da experiência) de 2007, suscitou a vontade de regressar.

Sentir que estamos a ajudar um povo que precisa”, diz Carlos Silva. Pablo Vega e Carlos Silva encontram-se em conversações com o Ministério da Saúde de Moçambique, com vista à sua contratação como urologistas, uma especialidade que praticamente não é exercida no país. Lusa

FELGUEIRAS: Câmara organiza a terceira edição do Festival do Pão-de-Ló

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Câmara Municipal de Felgueiras vai promover a terceira edição do Festival do Pão-de-Ló – Mostra Anual de Pão-de-Ló e Doces Tradicionais, que decorre nos próximos dias 31 de março e 1 de abril. O evento implementado em 2010, tem conhecido uma crescente adesão de visitantes, (de 7 mil em 2010 para mais de 10 mil em 2011), tendo-se tornado, por isso, um marco turístico importante da região.

Mais uma vez, o local escolhido é o dos claustros do Mosteiro de Pombeiro, monumento nacional cuja construção primitiva remonta ao período anterior à nacionalidade e ligado à Reconquista Cristã, sendo hoje uma das grandes referências da Rota do Românico – âncora do turismo na região. Aliás, segundo dados históricos comprovados, a tradição do Pão-de-Ló da região remonta às primeiras experiências nas

Rotunda na ligação da EN 101 à Av. da República

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Câmara Municipal de Felgueiras vai dar início a mais uma obra de primordial importância para a cidade da Lixa. A intervenção prende-se com a transformação da interseção da Av. da República com a EN 101, cuja obra, orçada em € 206 mil, é co-financiada pelo Programa Operacional

ON2. A EN 101 é uma artéria de grande importância dentro da malha urbana do concelho de Felgueiras, que possui um perfil transversal e outro longitudinal e permite a circulação de veículos em altas velocidades, o que origina inúmeros acidentes, havendo, por isso, a necessidade de se

construir uma rotunda naquela zona e implementar redutores de velocidade. A obra consiste ainda na pavimentação de arruamentos, passeios e ajardinamento; criação de redes de águas pluviais, saneamento e abastecimento de água; sinalização vertical e horizontal; e iluminação pública.

Para o presidente da Câmara Municipal, Inácio Ribeiro, “esta obra é de primordial importância, tanto nos seus aspetos estéticos da cidade da Lixa, mas também para se reduzir a sinistralidade naquela via, num cruzamento, que tem sido um ponto negro das estradas do concelho”. | Gabinete Imprensa CMFelgueiras

cozinhas dos frades beneditinos daquela ordem religiosa, oriunda de Cluny. O programa do certame será muito preenchido durante os dois dias de Mostra do Pão-de-Ló, podendo-se apontar que, genericamente, o festival terá muitos pontos artísticos e festivos, vários espetáculos musicais e de dança, ateliers lúdico-pedagógicos, tertúlias sobre doçaria beneditina, desfiles de bandas de música, entre outros.

Estarão patentes mais de três dezenas de fabricantes de doçarias do país e também expositores da Galiza, bem como fornecedores de outros produtos que combinam com a doçaria no âmbito da oferta gastronómica. As entidades organizadoras do festival são a Câmara Municipal de Felgueiras e a ACLEM – Empresa Municipal. | Gabinete Imprensa CMFelgueiras


| 15.MARÇO.2012 |

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Opinião

Queiram ver as diferenças

Segunda Parte!...

O Dia da Mulher

Director Comercial

Consultor TIC

Inspector Tributário

Sérgio Martins

Hélder Quintela

Luís Miguel Nogueira

Dois anos e meio decorreram desde que a coligação Nova Esperança, PSD / CDS-PP, ganhou as eleições autárquicas em Felgueiras. Este é o primeiro executivo de maioria não socialista desde o 25 de Abril de 1974, sendo por isso normal que todos aqueles – e foram muitos – que depositaram a sua confiança neste executivo, elegendo como presidente Inácio Ribeiro, queiram ver diferenças em relação ao passado. Os primeiros a exigir obra feita – apenas dois meses depois da eleição - foram, desde logo, as bancadas da oposição em plena Assembleia Municipal. Vejamos; os membros da Oposição na Assembleia Municipal de Felgueiras – PS e Movimento Sempre Presente, que não são mais do que duas fações da mesma família socialista queriam, passados noventa dias (!!), obra feita. Reivindicaram, veementemente, durante algum tempo mas agora ninguém os ouve a esgrimir a cobrança de uma promessa ou obra que não esteja feita. Por mais que na rua, no boca-a-boca, possam dar continuidade a uma campanha de desinformação, no local próprio que é a Assembleia Municipal nada acrescentam. Aliás, a última Assembleia Municipal realizada foi um espetáculo que deverá envergonhar muitos dos membros da mesma. Uma total falta de respeito pelo Regimento, para não falar de uma falta de elevação das intervenções e mesmo de conversas paralelas nada dignas. Nem mesmo as sucessivas chamadas de atenção do presidente da A.M., que referiram o triste espetáculo que o público presente assistia, fez acalmar os agitadores de serviço. Este Executivo terá que prestar contas no final do mandato aos eleitores, que avaliarão o desempenho até àquele momento. Mas, se o quisessem fazer agora teriam já muito para avaliar. É toda uma nova forma de ver a gestão autárquica que se tem implementado, resultando numa muito maior rapidez desde a idealização da medida a tomar até à sua concretização. Não existem obras contempladas em planos durante anos e anos (Como a Casa das Torres e a Praça Dr. Machado de Matos foram exemplo). Vejase o que aconteceu com a área do Desporto: depois da destruição completa do Estádio Dr. Machado de Matos, foi recuperado, prestando um enorme serviço às coletividades desportivas, fim para o qual existia. Temos a piscina municipal em recuperação que estava completamente degradada há vários anos, assim como o pavilhão gimnodesportivo, temos, na Lixa, sempre esquecida no passado, a zona desportiva em recuperação. Mas todas estas obras não têm apenas um papel de intervenção, têm também um cariz de poupança. A piscina municipal vai ser dotada de um melhor sistema de aproveitamento energético para aquecimento de águas e ar, o Estádio Dr. Machado de Matos foi dotado de um sistema de aproveitamento de águas de rega, assim como com furos de água, baixando substancialmente os custos da autarquia com todos estes equipamentos. A antiga forma de investimento sem qualquer preocupação dos custos fixos que oneram todos os meses as contas da autarquia, está a ser substituída por investimento qualificado e medidas de redução dos custos como, por exemplo, a que se prende com a iluminação pública que prevê reduzir em 40% a fatura da eletricidade sem perda de qualidade e quantidade de iluminação. Mas o maior investimento que se pode fazer é nas pessoas, nos munícipes de Felgueiras. Na área social nunca se investiu tanto como este executivo o faz. A promessa política de fornecer livros aos alunos do 1º ciclo foi entretanto alargada ao 2º ciclo, nos escalões A e B, abrangendo três mil alunos. Mas os mais idosos não foram esquecidos com a criação do “Cartão do Munícipe Sénior” que permite obter comparticipações em medicamentos, descontos em determinados serviços camarários como no consumo de água, eventos culturais e de lazer. Assim, apenas por algumas medidas aqui retratadas, talvez se perceba a dificuldade da oposição encontrar onde possa contribuir para continuar a transformar Felgueiras numa terra + Positiva.

Durante os últimos meses (que podem ser medidos em anos) aconteceu a este país um verdadeiro cataclismo, que redundou em pedido de ajuda à célebre Troika, que é neste momento a principal responsável pelas políticas seguidas em Portugal... É evidente e inegável que o País necessitava de adoptar outras políticas para poder fazer face às contingências criadas por uma crise mundial ímpar, e por um caminho de longos anos seguido por vários políticos (ex.º Cavaco Silva, Durão Barroso, José Sócrates) e pelos principais partidos políticos, que conduziu a que o Portugal tenha chegado, mais uma vez, a um ponto de ruptura, de catástrofe eminente. Neste tempo de sobressalto e sofrimento preocupam-me sobretudo dois pontos: (i) o desequilíbrio social que está a ser gerado e o retrocesso que o País está a sofrer, fruto de um Governo que para garantir equilíbrio orçamental adopta medidas restritivas do investimento, que pela amostra conduzirão este país ao retrocesso organizacional, tecnológico, civilizacional... É o custo dos erros cometidos por outros, dirão muitos ... Não, dizem outros com maior clarividência: é o custo que quem nos governa - reconheça-se fruto da vontade popular expressa em eleições livres - , está a causar com políticas que podiam, como é evidente para todos, serem diferentes... Como diferente parece que terá que ser esta segunda parte do mandato municipal do executivo liderado pelo Dr. Inácio Ribeiro. Primeiramente porque será necessário fazer mais do que terminar obra iniciada em mandato ou mandatos anteriores, ou medidas pouco estratégicas. Depois, porque se exigem rasgos de governação e orientação governativa mais vincada. E, finalmente, porque a oposição que tem andado adormecida e entretida - pelo que me dizem em Sessões da Assembleia Municipal pouco consentâneas com a praxis política -, terá que demonstrar aos eleitores felgueirenses que está a recuperar do estado de hibernação/letargia causado por uma maioria inesperada, e que é capaz de apresentar propostas diferenciadoras para o concelho. Agora, esta actual oposição terá que contar com um executivo que já aprendeu que a promoção/”propaganda” é essencial, e volta a recuperar hábitos de outros, que pasme-se em tempos condenou... “C’est la vie...” Ouse dizer-se! E ousadia é o que parece não faltar a um novo CDS/ PP, sob a recuperada liderança de Madalena Silva que está a assumir o protagonismo político no xadrez eleitoral, assumindo uma postura activa perante um partido - PSD -, que na Coligação Nova Esperança parece ter menosprezado a força relativa do parceiro centrista. Este parece agora ter vontade de romper acordos para o próximo acto eleitoral municipal. Ou então está a demonstrar que é capaz de adoptar uma postura de força num braço de ferro decisivo por forma a garantir um outro protagonismo nos órgãos municipais, entenda-se Vice-Presidência de um executivo onde a expressividade do PP, mais do que medida pelo número de votos, necessita ser avaliado pelo peso diferenciador qualitativo para o alcance da maioria nas urnas...

No passado dia 8 e Março celebrou-se o Dia da Mulher. Tal como em todos os anos repetiram-se as iniciativas em homenagem às nossas mulheres de todo mundo, mas poucos saberão a origem desta celebração e o porquê da mesma. Eu confesso que apenas este ano tive a curiosidade de saber o porquê uma vez que ajudei na preparação da grande homenagem que a Juventude Popular efectuou às mulheres de Felgueiras. E que grande homenagem foi esta: - Começou às 14 horas na sede da Cruz Vermelha onde se ofereceu às Felgueirenses um Check-up feminino gratuito, com consultas de nutricionismo, de clínica geral e de ginecologia e obstetrícia (gentileza das Doutoras Ana Florindo, Luísa Leal e Ana Lúcia Nogueira). Passaram por lá cerca de 70 mulheres; - A segunda parte da homenagem passou pela realização de um mega jantar só para mulheres, na Quinta de Basto em Torrados, onde estiveram cerca de 600 mulheres, que depois de entrarem pela passadeira vermelha e serem perseguidas pelos paparazzi de serviço, jantaram elegantemente e assistiram a duas homenagens mais do que merecidas, à nossa querida D. Tininha (fundadora da Cruz Vermelha de Felgueiras) e à Dra. Dulce Noronha e Sousa (empresária e empreendedora felgueirense de sucesso, divertindo-se ao som das actuações musicais da Diana Oliveira e do Daniel Oliveira, o nosso representante na Voz de Portugal; - As mais resistentes ainda foram para a Lixa dançar até às tantas. Das 600 mulheres entraram quase 200 na discoteca. Que grande festa... No entanto, e na minha demanda pela história verifiquei que esta celebração invoca um acontecimento trágico, que de facto tem que ser lembrado, principalmente nos dias de hoje, quando parece que a humanidade se esqueceu de si mesma e é cada um por si. No dia 8 de Março de 1857, um grupo de mulheres, operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque, decidiram fazer greve, reivindicando uma redução do seu horário de trabalho para 10 horas por dia, dado que estavam a trabalhar mais de 16 horas diariamente e recebiam um terço do salário dos homens. Esta história verídica tocou-me não só pela justiça da luta, mas principalmente pelo desfecho trágico que teve, dado que depois das operárias entrarem em greve e ocuparem a fábrica, foram fechadas na mesma, onde entretanto deflagrou um incêndio, matando cerca de 130 mulheres, que morreram queimadas sem que ninguém as deixasse escapar. Só em 1910, 53 anos depois desta tragédia, é que ficou decidido comemorar o 8 de Março como “Dia Internacional da Mulher”. Graças a Deus que hoje muito mudou, e aprendemos a respeitar mais não só as mulheres como toda a humanidade. De facto a nossa sociedade precisa ainda mais, mas muito mais, de humanismo, e estes episódios têm que ser lembrados, pois nesse dia roubaram a mãe a muitas crianças. Falo assim, pois para aqueles que já se esqueceram, a mulher mais importante do mundo para cada um de nós é a nossa mãe, pois sem ela nem existíamos.


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| 15.MARÇO.2012 |


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