Revista Jubileu

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Barão Lothar von Faber em uma carta a seu irmão Eberhard, 31 de maio de 1869

Faber-Castell 1761-2011

“DESDE O INÍCIO EU ESTAVA DETERMINADO A CHEGAR À POSIÇÃO MAIS ELEVADA POSSÍVEL, PRODUZINDO O QUE HÁ DE MELHOR NO MUNDO INTEIRO.”

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Editorial

Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell

Prezados amigos da Faber-Castell, Este livro consagra um fato incomum - o 250o aniversário da empresa. A Faber-Castell é uma das mais antigas indústrias do mundo e atualmente é dirigida pela oitava geração da família que a fundou. Hoje é líder mundial na fabricação de lápis de madeira reflorestada, oferecendo também uma variada gama de produtos para escrita, desenho e desenvolvimento criativo, bem como produtos cosméticos. Nós os convidamos a recordar os 250 anos da história da companhia e do mundo, caracterizada por épocas boas, novas investidas e crescimento econômico, como também por tempos difíceis em que teve que enfrentar e superar revolução, guerras e crises econômicas. Meu tataravô, Lothar von Faber, foi um dos pioneiros a oferecer artigos com marca e quem perpetuou o nome da empresa no século XIX. Ao criar sua própria marca registrada, Lothar estabeleceu um novo padrão que se tornou um parâmetro não apenas para a sua linha de produtos, mas também para as gerações que mais tarde conduziram a companhia: “Desde o início, estava determinado a chegar à posição mais elevada possível, produzindo o que há de melhor no mundo”. Quando da reestruturação estratégica da Faber-Castell no início do século XIX, os princípios de Lothar von Faber como os principais valores da marca ressurgiram. Um fator continua sendo decisivo na história de sucesso da Faber-Castell: a singularidade dos produtos, com benefícios facilmente identificáveis e que claramente nos distingue da concorrência. A coleção Graf von Faber-Castell é exemplo vivo disso. Como conseguimos manter nossa história de sucesso? Simplesmente trabalhando com muita paixão, tentando descobrir o que os consumidores querem e satisfazendo seus desejos, ao mesmo tempo que nos mantemos fiéis ao nosso lema que continuará a ter a mais alta prioridade no futuro de nossa empresa: fazer coisas comuns extraordinariamente bem. Espero que apreciem a leitura deste livro histórico.

Atenciosamente

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Índice

Dos álbuns de família Alguns relances às paginas 22, 30−34, 46−49, 51 e 118

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Oito gerações As três primeiras gerações – Kaspar, Anton Wilhelm e Georg Leonhard Faber

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52 Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell (8a geração) – conduzindo a empresa desde 1978

Lothar von Faber (4a geração) – sua vida e seu trabalho

18 Com golfinhos & camelos

54 Os principais valores da marca Faber-Castell como companheira para toda a vida

A importância da embalagem

56 Áreas de competência 20 Wilhelm von Faber a

(5 geração) – os cruéis golpes do destino

26 Conde Alexander von Faber-Castell a

(6 geração) – surgem um grande nome e uma grande marca

Brincar & Aprender, Escrever & Marcar, Premium, Art & Graphic

66 Instrumentos a criatividade Vincent van Gogh, Carl Barks, Paul Klee, Oskar Kokoschka, Neo Rauch, Karl Lagerfeld

76 A Coleção Graf von Faber-Castell 36 A Casa Castell

Simplesmente um luxo

De conselheiro da coroa a empreendedor

42 Conde Roland von Faber-Castell a

(7 geração) – 50 anos de mudanças

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82 Cosméticos Faber-Castell Fabricante de produtos para a indústria de cosméticos

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Opiniões e comentários da unidade de produção de Stein e nossos livros de visitantes às páginas 10, 24, 41, 50, 100 e 110

86 Um fabuloso esquema de cores A unidade de produção de Geroldsgrün

90 De Stein para o mundo O grupo internacional Faber-Castell

Editorial Publicado por: Faber-Castell AG Responsável pelo conteúdo: Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell Redação: Sandra Suppa Diretor de Edição: Antje Röder

Equipe Editorial:

96 Da árvore ao lápis Em harmonia com a natureza

101 A Carta Social de Conduta Faber-Castell 102 O Castelo Faber-Castell Um autêntico vislumbre do estilo de vida de uma época passada

112 Fazendo coisas simples extraordinariamente bem Conversando com o Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell

118 Tradição e futuro

Dr. Siegfried Bloß, Ulrike Hammad, Kathrin Hecht, Dr. Renate Hilsenbeck, Edith Luther, Antje Röder, Pia Vogel Gerente de Produção: Stefan Kendl

Design e layout: Pia Vogel, vogelsolutions.com

Fotos e Ilustrações: Archiv A.W. Faber-Castell, Frank Boxler, Jairo Cantarelli, Gareth Davies, Faber-Castell Cosmetics, Fürstlich Castell’sches Archiv, Fürstlich Castell’sche Bank, Kamila Gaj, Galerie EIGEN + ART, Ralf Hanisch, Christiane Haumann-Frietsch, Friedrich Hewicker, Georg Hohenberg, iStockphoto, Frantzesco Kangaris, Karmann Medienproduktion, Karl Lagerfeld, Elke Mayr, Fee Meisel, Musées de la Ville de Strasbourg, Steidl Verlag, Marc Sullivan, Sandra Suppa, Van Gogh Museum Amsterdam, Venturelli, VG Bild-Kunst/Bonn 2010, Vincent van Gogh Foundation, Pia Vogel, Wolf-Dietrich Weissbach, álbums da família Faber-Castell

Gabinete editorial: Faber-Castell AG, Nürnberger Straße 2 D-90546 Stein/Nürnberg Tel.: +49-911 9965-0, Fax: +49-911 9965-5586 Capa: Pia Vogel

Produção: Verlag Kendl + Weissbach Publikationen, Würzburg Impresso por: Stürtz GmbH, Würzburg Todos os direitos autorais e outros direitos desta publicação, ou de parte dela, são reservados. O uso ou a reprodução, especialmente em formato impresso ou como fotocópia, microfilme e o armazenamento em meio ótico ou eletrônico, exige o consentimento por escrito da Faber-Castell AG.

www.faber-castell.de

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Oito gerações

Kaspar Faber 1730-1784 Anton Wilhelm Faber 1758-1819

Georg Leonhard Faber 1788-1839

Lothar von Faber 1817-1896

Wilhelm von Faber 1851-1893

“QUANDO ALGUÉM DESEJA PRODUZIR OU CRIAR ALGO, ISSO PRECISA ESTAR PRIMEIRO EM SUA CARNE E EM SEU SANGUE…,

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Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell Nascido em 1941

Conde Roland von Faber-Castell 1905-1978

Conde Alexander von Faber-Castell 1866-1928

“EM OUTRAS PALAVRAS, A PESSOA TEM DE TER TUDO O QUE É NECESSÁRIO PARA CRIAR ALGO DENTRO DE SEU PRÓPRIO EU…” Barão Lothar von Faber em carta a seu irmão Eberhard, em 31 de maio de 1869

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1a geração 1761-1784

Kaspar

A

primeira prova documental de produção de lápis na cidade imperial de Nuremberg data aproximadamente do ano de 1660. Mas inúmeros artesãos também tinham se estabelecido nas pequenas cidades e vilas vizinhas, principalmente em Stein, perto da cidade, no marquesado de Ansbach. Eles não ficavam submetidos às rígidas regras de Nuremberg que governavam suas atividades, portanto, tinham maior liberdade. O marceneiro Kaspar Faber (1730–1783) começou também a fazer lápis. Inicialmente, ele trabalhou para comerciantes locais. Porém, mais tarde, passou a fabricar lápis por conta própria. Ele foi tão bem-sucedido que logo abriu sua própria empresa. Após a morte de Kaspar, seu filho Anton Wilhelm (1758–1819) assumiu os negócios, que já havia crescido a um nível respeitável. Ele adquiriu um terreno nos limites de Stein, com uma oficina que, poucos anos depois, transformou-se em uma próspera fábrica. O local ainda abriga a sede da empresa A.W. Faber-Castell. Poucos anos antes de morrer, Anton Wilhelm, cujas iniciais são preservadas no nome da empresa, passou-a às mãos de seu único filho, Georg Leonhard. A transferência foi registrada em documentos oficiais, sendo a empresa designada como fábrica de lápis. Georg Leonhard Faber (1788–1839) deu continuidade à atividade, mesmo em tempos difíceis, tanto política quanto economicamente, quando os negócios decaíram. Os lápis ingleses eram líderes de mercado porque o grafite extraído no país, principalmente no condado de Cumberland, era protegido por rígidas leis que proibiam sua exportação. Barreiras alfandegárias impediam o livre comércio nas províncias da Alemanha

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Vista de Stein, gravura de J.C. Volkamer (Nürnbergische Hesperiden, 1708)

(ainda um país desunificado) e aqui os desenvolvimentos técnicos não haviam acompanhado o ritmo dos avanços dos países vizinhos. Os lápis Faber ainda eram feitos utilizando-se métodos convencionais, embora o francês Nicolas Jaques Conté já tivesse inventado um novo processo para produzir as minas.

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2a geração 1784-1810

3a geração 1810-1839

Anton Wilhelm

Georg Leonhard

Prédio da empresa – aquarela de Georg Christoph Wilder, por volta de 1830

Georg Leonhard Faber

Georg Leonhard percebeu que os estudos e a experiência no exterior seriam decisivos para o futuro da empresa. “Aprenda tudo quanto puder, não importa o quanto custe, pois vale a pena”, ensinou ele a seus filhos. Enquanto seu filho mais novo, Eberhard, estudava direito, seus irmãos Lothar e Johann viajavam. Impressionado

pela atmosfera cosmopolita de Paris e Londres, Lothar desenvolveu as ideias que elevariam a fábrica a uma categoria internacional nos anos que se seguiram.

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Nana Mouskouri | Cantora | Grécia

Caloroso abraço por esta magnífica comemoração e muitas felicidades.

Esquema de cores na escadaria da fábrica em Stein

Nana Mouskouri

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4a geração 1839-1896

Barão Lothar von Faber

A

pós a morte de Georg Leonhard Faber em 1839, seu filho Lothar assumiu a fábrica de lápis de Stein. Depois de adquirir experiência prática nos grandes centros comerciais de Paris e Londres, aos 22 anos de idade ele conduziu a completa modernização dos negócios da família, sempre tendo em mente seu ambicioso objetivo de “chegar à posição mais elevada possível, produzindo o que há de melhor no mundo”. Desde o início, priorizou a qualidade de seus produtos: “Na época, tive de enfrentar a poderosa concorrência de Paris… Portanto, precisava pensar em como superar a concorrência ao longo dos anos. A melhor forma sempre é a qualidade dos produtos…”. E, na verdade, em muito pouco tempo ele conseguiu produzir lápis de excelente qualidade, imprimindo neles o nome da empresa. Foi assim que surgiu o primeiro instrumento de escrita com marca comercial. Sua ideia de acrescentar “fabrique fondée en 1761”, chamando atenção para os muitos anos de tradição familiar como sinal de qualidade e confiabilidade, também foi uma ação inusitada naqueles dias. Em 1847, Lothar casou-se com Ottilie Richter, que lhe deu grande apoio enquanto ele cuidava dos negócios. Seu único filho, Wilhelm, nasceu em 1851. Contrariamente aos costumes da época, Lothar von Faber não quis depender de representantes. Assim, viajou por toda a Europa, conquistando sua própria carteira de clientes. Com grande presciência, reconheceu a importância futura do mercado norteamericano e, já em 1849, abriu um es-

critório de vendas em Nova York. A partir de 1855, Lothar desenvolveu uma ampla rede de distribuidores, os quais controlava de Paris. Outra brilhante iniciativa do empreendedor foi a aquisição, em 1856, dos direitos exclusivos sobre os minérios extraídos de uma mina da Sibéria, que produzia o melhor grafite do mundo na época – um componente importante para a fabricação de lápis de qualidade. Em 1861, ele implantou uma unidade para a fabricação de lousas em Geroldsgrün, ao norte da Baviera que, no século XX, tornou-se uma das maiores produtoras de réguas de cálculo do mundo. Nesse ínterim, a marca “A.W. Faber” ficou famosa, sendo frequentemente falsificada. Por esse motivo, em 1874, Lothar entrou com uma petição para que as marcas comerciais fossem protegidas por lei. Portanto, foi o precursor dessas leis na Alemanha. Foi também cofundador do Museu do Comércio da Baviera (1869), hoje o Instituto Regional do Comércio da Baviera; do Seguro de vida de Nuremberg (1884), hoje o bem-sucedido Nürnberger Insurance Group. Lothar também demonstrou ser um empreendedor de grande responsabilidade social. Seus projetos sociais foram considerados tão exemplares que o imperador francês Napoleão III enviou uma delegação de especialistas a Stein em 1867 para conceder a Lothar o título de Chevalier of the Légion d’Honneur. Em 1862, Lothar von Faber recebeu o título vitalício por suas contribuições sociais e ao mundo dos negócios, e, em 1881, ele foi elevado à nobreza hereditária. Em 1891, foi nomeado conselheiro imperial do trono da Baviera, cujo título também era hereditário.

Baronesa Ottilie von Faber

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Marcos históricos, 1839-1896

Caneta e lápis retráteis da Rainha Maria Sofia das Duas Sicílias

1844 – Lothar dá provas de ser um empregador progressista. Cria um plano de saúde e, logo após, um banco de poupança e de fundo de pensão para seus funcionários. Constrói moradia para os trabalhadores, oferecendo-lhes também apoio financeiro para a sua educação, bem como creche para seus filhos.

1839 – As oficinas de produção são modernizadas para que se “tornassem claras e arejadas, levando em conta a saúde dos trabalhadores”.

1849 – Lothar von Faber abre uma subsidiária em Nova York e entra no mercado norte-americano. Lá, a partir de 1843, a empresa foi representada por uma agência.

1851 – As colônias britânicas são abastecidas pela recém-fundada subsidiária de Londres. As rotas de comércio se estendem para a Índia, a China e o Japão, a Austrália e a América do Sul.

1855 – As linhas de negócios internacionais convergem para a Casa Faber, na elegante metrópole de Paris. “Agora é de Paris que a fábrica e seus produtos dominam o mundo. Estrangeiros de todos os países civilizados do mundo vêm a Paris e veem os produtos

1856 – Lothar von Faber adquire os

1861 – Lothar von Faber funda a fábrica

feitos nas fábricas, ao passo que raramente

direitos aos minérios extraídos de uma mina

de lousas na vila de Geroldsgrün, não muito

chegam a Stein.”

da Sibéria, assegurando a melhor qualidade

longe de Hof, ao norte da Baviera.

do grafite.

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1861 – A empresa já existe há 100 anos.

1861 – A A.W. Faber abre uma fábrica perto de Nova York para oferecer

Emprega 250 pessoas e conquistou posição

lápis ao mercado norte-americano sem ter de importá-los. É presidida pelo irmão

firme no mercado internacional.

mais novo de Lothar, Eberhard Faber (fileira da frente, terceiro da direita para

Um vicariato foi aberto em Stein por inicia-

a esquerda).

tiva de Lothar von Faber. Sua generosa contribuição financeira também possibilitou a construção de uma igreja na cidade.

1862 – Ao longo dos anos, Lothar von

1870

Faber recebe muitas honrarias e prêmios

a requerer o registro de marca nos Estados

por seus excelentes serviços à comunidade.

Unidos. Como as quatro primeiras empresas

Em 1862, o Rei Maximiliano II, da Baviera,

hoje não existem mais, a Faber-Castell é,

concede-lhe o título de Barão Lothar von

portanto, a mais antiga marca comercial

Faber e, três anos mais tarde, é nomeado

do país, tendo sido mais tarde registrada na

conselheiro da Coroa da Baviera.

Rússia, no Reino Unido, na Itália, na França

– A A.W. Faber é a quinta empresa

e na Espanha.

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Marcos históricos, 1839-1896

1875 – A lei de proteção às marcas comerciais entra em vigor na Alemanha. Lothar von Faber sente-se compelido a tomar medidas legais contra as imitações baratas de seus produtos.

1874 – O escritório de St. Petersburg torna-se uma base ainda mais importante para os produtos A.W. Faber. A rede de vendas criada por Lothar von Faber agora cobre “todo o mundo civilizado”.

1879 – O irmão mais novo de Lothar, Johann Faber, funda a sua própria indústria de lápis em Nuremberg.

1880 – Lothar von Faber sempre deu muita

1884 – Com a criação do império alemão

importância à apresentação exclusiva de seus

em 1871, Berlim se transforma em uma

produtos. Ele decora o interior das lojas

importante metrópole. A A.W. Faber é repre-

e as vitrines com muita atenção aos detalhes,

sentada na nova capital e, em 22 de março

não poupando nem energia nem recursos

de 1884 (Dia do Império), inaugura imponen-

financeiros. Esta arca de apresentação

tes instalações projetadas pelo arquiteto

é elaboradamente decorada com incrustações

Hans Grisebach, na elegante Friedrichstrasse.

e imagens de metal fundido.

1881 – A fábrica de tintas e corantes é fundada em Noisy-le-Sec, nos limites de Paris.

1891 – O Barão Lothar von Faber é nomeado “conselheiro hereditário da coroa da Baviera”, um cargo de honra na câmara superior do parlamento da Baviera, que lhe permite exercer alguma influência política.

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1892 – O arquiteto da corte

1899 – Em 19 de junho, um monumento que

de Maximiliano II, rei da Baviera, Friedrich

o conselho municipal mandara esculpir é inaugurado na

Bürklein, construiu o Antigo Castelo para

frente da igreja de Stein em memória de Lothar

Lothar von Faber por volta de 1848. Seus tra-

von Faber, um cidadão de respeito da cidade que faleceu

balhos realizados em aproximadamente 1892

em 1896. A figura de bronze de tamanho real é obra

completam a prestigiosa mansão erguida em

do escultor Johann Rössner. Muitos habitantes de Stein

um extenso gramado. Sua fachada combina

participaram da cerimônia.

elementos dos estilos gótico e renascentista.

HOJE – O banco de seguro de vida de Nuremberg, que posteriormente tornou-se The Nürnberger Insurance Group, é fundado em 1884, por iniciativa de Lothar von Faber. Hoje, a torre onde se situa a sede do Insurance Group é considerada um marco de Nuremberg, assim como o Castelo de Nuremberg.

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Com golfinhos e camelos Rótulos litografados

L

ondres, 1o de maio de 1851: ao som do hino nacional, a Rainha Vitória assumiu o trono no centro do grande átrio do Hyde Park, um sonho feito de vidro e aço. Centenas de milhares de espectadores se eglomeravam para ver a família real, mesmo que de relance. A primeira Feira Mundial havia se iniciado. E suas dimensões eram enormes, em uma área de quase 90 mil metros quadrados, 17 mil participantes de 28 países demonstraram seus produtos. Antes de se encerrar, em outubro, esse imenso espetáculo havia atraído mais de 6 milhões de visitantes. Lothar von Faber ficou admirado: “Em 1851, a ideia absolutamente brilhante do Príncipe Albert tornou-se realidade: uma grande exibição internacional em Londres, do tipo que jamais vi antes em qualquer parte do mundo. Os produtos da fábrica local também tinham de estar lá, é claro. Até ganharam uma medalha de expositor”. Os mais modernos produtos de todo o mundo

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estavam reunidos no recinto de exposição, testemunhando o rápido progresso dessa era. Obviamente, Lothar inspirou-se na imensa variedade de artigos. Ficou impressionado com as novas embalagens, que apelavam a um desejo recentemente surgido nos clientes. “… Vi rótulos em relevo na exposição, não em lápis de outros fabricantes, mas em itens não relacionados com nossos produtos. Eles dão uma impressão muito melhor do que nossos rótulos, delicadamente feitos com ouro e prata.” Lothar imediatamente colocou a ideia em prática e fez com que “os mais belos e brilhantes” rótulos fossem produzidos para a sua melhor linha de produtos, a Polygrades. Esse nível de atenção não foi dado apenas à embalagem, mas também às faturas, aos papéis de carta e às listas de preço da empresa. Além disso, a data de fundação da companhia também foi gravada: Fábrica estabelecida em 1761, “um excelente endosso” para a empresa.

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Nos anos seguintes, os estojos dos lápis da A.W. Faber também foram decorados com temas atraentes, que confirmavam, já naquela época, o quanto a companhia estava se voltando para o mercado internacional. As litografias coloridas faziam referência ao país a que se destinavam: um beduíno montando em um cavalo, moças japonesas em seus elegantes quimonos, uma idílica gravação das mar-

gens do Nilo, etc. Animais típicos das diferentes regiões, antílopes, avestruzes e cangurus, também eram motivos populares; sem contar a locomotiva a vapor, que foi utilizada como referência países distantes. Hoje, a empresa ainda dá grande importância à alta qualidade de suas embalagens, catálogos e rótulos.

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5a geração, 1877-1893

Barão Wilhelm von Faber

Os filhos de Wilhelm von Faber: Lothar (à esquerda) e Alfred Wilhelm

W

ilhelm era o único filho de Ottilie e Lothar von Faber. Lothar não tinha dúvida de que seu filho assumiria os negócios: “E tenho certeza de que ele seguirá meus passos e continuará realizando um bom trabalho, com o mesmo espírito”. A fim de prepará-lo para seu futuro papel, fez com que Wilhelm adquirisse experiência em viagens para a França e Itália, assim como obtivesse treinamento profissional na Suíça. Ele chegou à empresa aos 18 anos idade. Assumiu posição gerencial em Paris cinco anos mais tarde, tornando-se signatário autorizado da companhia em 1876. Nesse mesmo ano, casou-se com sua prima Bertha, a filha mais velha de Eberhard Faber. Ottilie, a mais velha de suas três filhas, nasceu em 1877. Um filho a seguiu. Nasceu em 1880 e recebeu o nome de Lothar. Esperava-se que um dia ele fosse a sexta geração da família a conduzir os negócios. Mas não foi isso o que aconteceu. Aos três anos, o jovem Lothar contraiu uma doença grave, vindo a falecer. O segundo filho do casal, Alfred Wilhelm, nascido em 1886, sucumbiu à escarlatina em 1890. Wilhelm von Faber nunca conseguiu superar essas tragédias e tornouse depressivo. Retirou-se para o sua adorada casa de caça onde faleceu em 27 de junho de 1893, algumas poucas semanas antes de seu 42o aniversário. O velho Lothar e a empresa que se esforçara tanto para construir ficaram sem um herdeiro varão. O destino desfechara um duro golpe à família von Faber.

Estátua de mármore em memória de Wilhelm von Faber e seus filhos Alfred e Lothar, que faleceram ainda na infância

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Do álbum de família As filhas do Barão Wilhelm von Faber e Bertha Faber

Condessa Ottilie von Faber-Castell (à direita) com sua irmã, a Condessa Hedwig (por volta de 1902)

Baronesa Bertha von Faber com a Condessa Ottilie (em pé) e a Condessa Sophie (1896)

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Do álbum de família A mansão de Schwarzenbruck e a casa de caça de Dürrenhembach.

Na mansão de Schwarzenbruck, finalizada em 1886, Lothar von Faber e sua família passavam apenas os meses de verão. Ele gostava de convidar várias pessoas para passear no romântico vale de Schwarzach e pela casa de caça, não muito longe, em Dürrenhembach (à esquerda).

Wilhelm von Faber (4o da esquerda para a direita, em frente à casa) era um amante da caça e preferia ficar na casa que havia sido comprada em 1866 por Lothar von Faber (em pé, na varanda).

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Esquema de cores na escadaria da fรกbrica em Stein Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 24

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Christopher Lee | Ator | Inglaterra

Nossos cumprimentos pelos 250 anos de trabalho e dedicação. O resultado fala por si. Obrigado Christopher e Gitte Lee

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6a Geração, 1900-1928

Conde Alexander von Faber-Castell

E

em 1906. Seguindo os fortes princípios da emprem 1898, a filha mais velha do Barão sa, o jovem conde obteve muito êxito em dar uma Wilhelm von Faber, Ottilie (1877–1944) caclássica e inconfundível imagem aos seus princisou-se com o Conde Alexander zu Castellpais produtos. Rüdenhausen, membro de uma das mais antigas A nova marca comercial famílias aristocráticas da Alemanha. CASTELL, simbolizada pelos dois Em seu testamento, seu avô, Lothar cavaleiros em combate que alude às von Faber, havia determinado que virtudes medievais, popularizou-se qualquer de seus descendentes que em todo o mundo e os lápis verdes herdasse seus bens deveria mande alta qualidade CASTELL 9000, ter não apenas o nome da empresa foram a bandeira da empresa por como também o sobrenome Faber. muitas décadas. Portanto, com o consentimento do Os negócios prosperavam. Em Príncipe Regente Luitpold, surgiu 1911, a empresa comemorou seus uma nova linhagem de condes von 150 anos de história. Mas a Primeira Faber-Castell. Guerra Mundial cobrou seu preço: Após a morte da viúva de O brasão dos condes as subsidiárias e as unidades de proLothar, Ottilie, em 1903, a empre- von Faber-Castell dução estrangeiras, por exemplo, sa passou para as mãos de sua neta a dos EUA, foram perdidas. Pouco antes de sua Ottilie e seu esposo Alexander. No mesmo ano, morte, em 1928, o Conde Alexander von Fabero Conde Alexander construiu um “castelo de taCastell finalizou o prédio de uma fábrica maior, manho considerável” em terreno próximo à uniconseguindo deixar ao seu filho Roland uma comdade de produção de Stein, adjacente ao Antigo panhia financeiramente sólida e bem administraCastelo menor, erguido por Lothar von Faber. da. O Novo Castelo ficou pronto para ser ocupado

Conde Alexander von Faber-Castell, capitão da cavalaria da Baviera, a Condessa Ottilie e seus filhos Elisabeth, Irmgard, Roland e Mariella (ao centro).

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Marcos históricos, 1900-1928

1905 -

Logo após assumir a presidência

da empresa, o Conde Alexander lança a inconfundível série dos lápis CASTELL 9000. O verde-escuro, inspirado nas cores regimentais do conde, torna-se símbolo da empresa Faber-Castell, assim como as peças publicitárias apresentando os “cavaleiros do lápis”.

1903 - Exatamente ao lado do Antigo Castelo, construído por Lothar von Faber, Ottilie e Alexander von Faber-Castell mandam erguer um novo e imponente prédio com projeto do Arquiteto de Nuremberg Theodor von Kramer (veja também a página 102 ).

1908 -

Logo após o surgimento dos

lápis CASTELL, outra linha de produtos

1906 -

O Conde Alexander escolhe um

de sucesso chega ao mercado, a Poly-

castelo medieval como a marca de uma nova

chromos. Desde o lançamento, os lápis

linha de produtos, uma referência a seu nome

são disponibilizados em 60 cores cuida-

e à sua procedência. A família Castell traça

dosamente combinadas com a tradicional

sua origem nos lordes feudais do remoto

gama de cores das tintas de aquarela.

século XI.

Em poucos anos, os itens Polychromos são aceitos nos círculos dos artistas como produtos da mais alta qualidade, posição que permanece intocada até a atualidade.

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1911 - A empresa comemora seu o

1911–1928 - A fim de satisfazer

150 aniversário. O número de funcionários

a demanda que crescia regularmente,

mais que se duplicara desde 1904: 2 mil

a partir de 1911 o Conde Alexander

trabalhadores na fábrica, 300 mulheres

expande as instalações da indústria,

trabalhando em casa e 200 profissionais

em duas etapas. Os modernos prédios

das áreas técnica e financeira ajudavam

são generosamente espaçosos, contando

a fornecer produtos e a prestar serviços

com amplas janelas que recebem muita

a 100 mil clientes regulares de todo o mundo.

luz.

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Do álbum de família

O Conde Alexander von Faber-Castell com suas filhas Elisabeth e Mariella na Ilha Frísia Oriental de Norderney, no verão de 1903.

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Do álbum de família

Globalização, 1909

Viagem ao Novo Mundo: o Conde Alexander a bordo do Kronprinz Wilhelm, a caminho da sua fábrica de borrachas em Newark, New Jersey.

Nova York, quarta-feira, 5 de maio de 1909. O “rei do lápis” chega à cidade. A indústria claramente liderou o setor a bordo do navio a vapor Kronprinz Wilhelm, da North German Lloyd, que atracou em Hoboken pouco depois das 5 horas da tarde de ontem com 130 passageiros de primeira classe. Quase todos os representantes dos principais fabricantes alemães têm um relacionamento muito próximo com importantes estabelecimentos industriais deste país. O Conde Alexander von Faber-Castell, proprietário da famosa fábrica de lápis A.W. Faber de Nuremberg e inventor do lápis Castell, estava acompanhado do diretor-geral da fábrica, o Sr. Ernst Meusel. Já há alguns anos, a empresa opera uma grande fábrica de borrachas em Newark, New Jersey, e os dois cavalheiros vêm aos Estados Unidos da América, pela primeira vez, para inspecioná-la. Os visitantes ficam no St. Regis Hotel. Planejam permanecer por várias semanas para também visitar a região oeste do país.

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Do álbum de família | Lua de Mel

Imediatamente após seu casamento, em 28 de fevereiro de 1898, o Conde e a Condessa von Faber-Castell partem para uma viagem de vários meses, acompanhados pela irmã mais nova de Ottilie, Sophie, e de sua mãe, Bertha. A primeira fase da viagem levou-os à Itália, onde o grupo embarcou, em Gênova, no Augusta Victoria em direção à América. Após visitar parentes e as instalações da empresa em Nova York, seguiram para o Canadá via Washington. Em junho, retornaram à Europa.

1

2

3

4 1 Cannes: a famosa Boulevard de la Croisette 2 Milão: Galleria Vittorio Emanuele, um elegante centro de compras 3 Salão feminino no cruzeiro Augusta Victoria

4 Foto do grupo nas Cataratas do Niágara. Da esquerda para a direita: Conde Alexander von Faber-Castell, Bertha von Faber, Sophie von Faber e Condessa Ottilie von Faber-Castell

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Do ĂĄlbum de famĂ­lia | Condessa Ottilie von Faber-Castell | 1909

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A.W. Faber | 1900 lista de preรงos dos lรกpis de baile

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A Casa Castell NA CASA CASTELL, CONTROLA-SE UM NEGÓCIO MODERNO, MAS QUE REMONTA A 27 GERAÇÕES DE UMA EXCITANTE E DIVERSIFICADA HISTÓRIA. O PATRIARCA ERA UM ROBBRATH, CUJO NOME FOI MENCIONADO EM UM DOCUMENTO DATADO DE 1057. O TÍTULO DE CONDE ESTAVA EM USO POR VOLTA DE 1202, QUANDO O BRASÃO NAS CORES VERMELHO E BRANCO LHE FOI CONCEDIDO: CORES QUE AINDA SÃO A MARCA DE TODAS AS EMPRESAS CASTELL, TAMBÉM FAZENDO PARTE DO BRASÃO DA FABER-CASTELL.

Os bisavôs do Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell: Príncipe e Princesa Wolfgang zu Castell-Rüdenhausen.

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A fachada do jardim do Castelo Castell (1691). Na colina à esquerda, ainda se pode ver a torre onde fica a escadaria para a parte superior do castelo (1613-15), sede dos lordes e condes zu Castell.

O

s condes e lordes Castell tiveram sorte na vida. Na corte dos bispos de Würzburg, ocuparam o desejado cargo de adegueiromor, um dos quatro postos públicos de maior hierarquia, sendo responsáveis por vinhedos e vinícolas. Mas nem sempre foi tudo fácil para eles. Várias propriedades foram perdidas e havia a ameaça de que tudo terminasse com Frederico VI no século XV. Assim, Robbrath desistiu de seu cargo como cônego e renunciou às suas ordens sagradas, tendo então liberdade para se casar com uma dama da corte de Ansbach, próxima a Nuremberg. Seus descendentes adotaram uma política de rígida administração e de casamentos à altura de seu status

social, dessa forma, assegurando a continuidade da família e de seus bens. O aristocrático nome Castell agora já era associado à Francônia, ao norte da Baviera, há quase um milênio. Desde o século XVIII, havia duas linhagens: a dos Castell-Castell, que remontava ao Conde Albrecht Friedrich Carl, cujos membros viviam no castelo de Castell, construído em 1691, e a dos Castell-Rüdenhausen, descendentes do Conde Christian Friedrich. Estes habitavam o Castelo Rüdenhausen, do século XVI, rodeado por um fosso. O Conde Alexander, avô do Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell, era membro dessa segunda linhagem. Casando-se com

Príncipe e Princesa Wolfgang (fileira de trás, 4a e 5a da esquerda para a direita) com sua família na escada do Castelo Novo em Rüdenhausen. À direita deles estão a Condessa Ottilie e o Conde Alexander von Faber-Castell.

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A Casa Castell

O selo aposto a uma escritura data de 1224 e exibe a mais antiga representação das armas dos condes zu Castell (vermelhas e prateadas).

Ottilie von Faber, em 1898, deu origem a uma nova família, a dos Faber-Castell. Muitas pessoas ligam o nome Castell aos vinhos selecionados feitos com as uvas que amadurecem nas ensolaradas ladeiras de Steigerwald, uma região florestal entre Würzburg e Bamberg. Sabe-se que videiras foram cultivadas com muito sucesso, por mais de 700 anos, nas terras da família Castell. Casualmente, há uma história interessante sobre as famosas vinhas de Silvaner. Esse tipo de uvas veio da Áustria, sendo desconhecido na Alemanha. Quando, depois das destruições pro-

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vocadas pela Guerra dos Trinta Anos, as pessoas voltaram a praticar a agricultura atentas a novos tipos de uvas. Por acaso, a esposa de um “distribuidor secundário” retirava água da pequena fonte de Castell. Enquanto pegava água por debaixo das arcas, iniciou uma conversa sobre um novo tipo de uva. Logo após, em abril de 1659, um livro contábil registra a compra de 25 mudas de uvas austríacas, as primeiras videiras Silvaner a serem plantadas na Alemanha. Não menos impressionante é a tradição do Banco Castell, a instituição bancária mais antiga

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O Príncipe Albrecht zu Castell-Castell (sentado). Atrás dele, da direita para a esquerda: seu filho e herdeiro Conde Ferdinand, Príncipe Johann Friedrich zu Castell-Rüdenhausen, e seu filho e herdeiro Conde Otto.

da Alemanha, fundada em 1774. A região havia sofrido rigorosa escassez de produtos e os agricultores e artesãos se deparavam com a ruína financeira. Assim, a fim de oferecer-lhes empréstimos com baixas taxas de juros, os lordes Castell criaram um instituto de crédito que, mais tarde, recebeu o nome de Banco Fürstlich Castell’sche. Hoje, sua principal atividade é a gestão de ativos e a administração dos negócios de empresas familiares de porte médio. Sua sede localiza-se em Würzburg e possui seis escritórios na Baviera e Baden-Württemberg e 11 filiais na Francônia.

Desde o século XVI, a família Castell-Rüdenhausen reside no castelo de Rüdenhausende, que é rodeado por um fosso. A propriedade recebeu grande reforma no início do século XX, mas manteve seu caráter e charme medievais.

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A Casa Castell

Patente concedendo aos condes o título de Príncipes (12 de março de 1901).

Nesse período, esse empreendimento transformou-se na atividade mais lucrativa dos negócios dos Castell, além das terras Castell (vinhedos), da fazenda e do manejo da floresta de cerca de 5 mil hectares. O ano de 1806 foi um tanto decisivo. O Eleitor da Baviera, Maximiliano I, agora era rei e anexou o condado de Castell. Assim, os direitos dos Lords of the Manors1, anteriormente independentes, foram restringidos. Mas, os Castell provaram ser uma família empreendedora. Conseguiram se integrar muito bem ao novo reinado e exercer influência política. Em 1901, o Príncipe Regente Luitpold concedeu aos primos Friedrich Carl zu Castell-Castell e Wolfgang zu Castell-Rüdenshausen (pai de Alexander) o título de príncipe, em sinal de estima à família.

Os atuais gestores dos negócios da família são o Príncipe Johann-Friedrich zu Castell-Rüdenhausen (1948-) e o Conde Ferdinand zu CastellCastell (1965-).

1

N.T. – Lord of the Manor – título de lorde que não implica pariato, nem possui direitos parlamentares. Meramente indica que seu detentor é dono de uma propriedade senhorial sobre a qual possui certos direitos. Não representa destaque social. (Fonte: Wikipedia).

“Este é meu local predileto. As paisagens elevam meus pensamentos à prece. Aqui agradeço a Deus por minha família, meu lar e por uma vida de realizações. Por Sua Graça, Ele concedeu-me 85 anos de vida. Louvor, honra e glória ao Nosso Pai que está no Céu, a Jesus, o Senhor da minha vida, e ao Espírito Santo, em cuja orientação confio.” Com essas palavras e esta foto, o Príncipe Albrecht zu Castell-Castell agradeceu às muitas pessoas que o cumprimentaram em seu aniversário, em agosto de 2010.

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Uma mensagem ao Conde Faber-Castell – eu amava o estojo de lata plana com a imagem dos Alpes e os lápis de cor arrumados como soldados da arte em uma parada.

Esquema de cores na escadaria da fábrica em Stein

Simon Le Bon | Cantor (Duran Duran) | Grã-Bretanha

Simon Le Bon

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7A geração, 1928-1978

Conde Roland von Faber-Castell

A

pós a morte do Conde Alexander, em 1928, seu filho Roland assumiu a direção da empresa, administrando-a por meio século. O difícil período entre as guerras foi um grande desafio para o jovem conde, tanto politica quanto economicamente, por causa da crise financeira que afetou seriamente o setor de lápis, assim como todos os outros. As duas empresas, A.W. Faber-Castell e Johann Faber, firmaram um acordo de cooperação para que pudessem utilizar mais eficientemente suas unidades de produção e manter os custos baixos. Nos anos que se seguiram, a A.W. Faber-Castell comprou todas as ações da Johann Faber e, com elas, a subsidiária Lápis Johann Faber, localizada em São Carlos, Brasil. Em 1935, a A.W. Faber-Castell adquiriu a famosa fábrica de canetas-tinteiro Osmia, sediada em Dossenheim, perto de Heidelberg. A marca Osmia foi mantida por um tempo mas, a partir de 1952, as canetas passaram a ser comercializadas sob a marca Faber-Castell. Após a Segunda Gerra Mundial, o Conde Roland continuou a abrir subsidiárias no exterior ou a recomprar as que tinham sido confiscadas. Na década de 50, abriu uma fábrica de lápis na Irlanda e adquiriu a minoria das ações da Faber-Castell USA, que havia sido confiscada na Primeira Guerra Mundial. As novas operações no exterior entre 1960 e 1977 incluíam escritórios de vendas na França e Itália e fábricas na Áustria, Argentina, Peru e Austrália. Em 1967, a recompra da maioria das ações da Lápis Johann Faber S.A., confiscada na Segunda Guerra Mundial, provou ser uma decisão muito sábia, pois agora ela é a maior fábrica de lápis de madeira do mundo.

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Marcos históricos, 1928-1978

1932 - Estabelece-se a produção cooperativa com a indústria de Johann Faber, com participação na Lápis Johann Faber de São Carlos, Brasil. Quando Johann Faber deixa os negócios em 1942, a A.W. FaberCastell dá continuidade à bem-sucedida marca de lápis de cor Goldfaber.

1935 - A A.W. Faber-Castell adquire a maioria das ações da indústria de canetas-

1948 - A A.W. Faber-Castell abre uma fábrica de lapiseiras em Konstanz, Alemanha, que pro-

tinteiro Osmia. Inicialmente, as canetas

duz lapiseiras retráteis TK para artistas e ilustradores técnicos. Os produtos fazem muito sucesso

eram produzidas utilizando-se a marca Osmia.

em muitos países.

Mais tarde, o nome desapareceu.

1949 - Depois da guerra, as canetas

1950 - No início da década, cria-se um novo logotipo.

esferográficas se popularizam, representando

A memorável moldura decorativa com o nome da empresa e seu

séria concorrência às canetas-tinteiro.

brasão estilizado sobreposto, acompanhando o espírito dos novos

A A.W. Faber-Castell então inclui as canetas

tempos. Ele marca a aurora de uma nova era.

esferográficas em sua linha de produtos.

1950 - Novos métodos de produção para réguas de cálculo são introduzidos. Juntamente com os tradicionais modelos

1969 - As canetas para desenho Castell TGm chegam ao mercado

de madeira com escalas de celuloide, a empresa agora oferece

com uma grande variedade de diâmetros. Outros produtos para desenho

réguas de cálculo de plástico. O produto topo de linha é a Novo

técnico são os compassos, estênceis e pranchas para desenho.

Duplex, fabricada a partir de 1962.

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O Conde Roland von Faber-Castell (sentado, ao centro) em uma visita à Faber-Castell Corporation USA. Também na foto se veem o presidente do conselho Gus Wiedenmayer (sentado, à direita) e o presidente Christoph Wiedenmayer (em pé, à esquerda). O relacionamento do Conde Roland com os Wiedenmayers era mais do que simplesmente comercial. Ele também era amigo íntimo da família.

1957 E ANOS 60 - A recuperação econômica após a Segunda Guerra Mundial permite a expansão da empresa, que abre escritórios de vendas e unidades de produção no exterior. Assim, as bem-sucedidas políticas dos anos de pré-guerra ressurgem.

1961 - A empresa comemora seu bicentenário, com 3 mil pessoas entre funcionários ativos e inativos, mais convidados de todo o mundo. A brigada dos cidadãos viaja da ilha de Reichenau, no Lago Constança, em históricos uniformes. A população de Stein participa do evento. As escolas declaram o dia feriado e as crianças assistem ao colorido desfile. O centro de exposições de Nuremberg havia sido festivamente decorado e o Conde Roland von Faber-Castell e sua família recebem os ministros de gabinete, o prefeito de Nuremberg, Dr. Urschlechter, entre outras personalidades.

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Do ĂĄlbum de famĂ­lia | Conde Roland von Faber-Castell | 1927

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Do ĂĄlbum de famĂ­lia | Natal de 1940 Condessa Katharina von Faber-Castell, que se casou com o Conde Roland em 1938

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Do álbum de família | Dia de São Nicolau, 1950 Da esquerda para a direita: o Conde Andreas, a Condessa Angela e o Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell

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Tomi Ungerer | Ilustrador | França

Eu tenho uma duradoura relação com os produtos Faber-Castell, e não saberia o que fazer sem eles. Então, continuaremos a manter contato. Cordialmente,

Produção de lápis de madeira na fábrica de Stein.

Tomi Ungerer

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Do álbum de família | 1965

Reunidos com o Conde Roland von Faber-Castell, em seu 60o aniversário, 1965 (da esquerda para a direita): seus filhos Condessa Katharina, Conde Andreas, Conde Christian, Conde Anton Wolfgang, sua filha, Angela von Kölichen, seu genro, Heinrich von Kölichen, sua filha, Condessa Heidi von Wedel, e sua esposa, Condessa Katharina von Faber-Castell. Conde Roland com sua filha mais nova, a Condessa Cornelia, nos braços. Atrás dele está seu genro, o Conde Edzard von Wedel, e, a seu lado, sua irmã mais velha, a Condessa Elisabeth von Bismarck-Schönhausen, com seu filho, o Conde Hubertus von Faber-Castell e sua esposa Lilo.

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8a geração, desde 1978

O

Conde Anton Wolfgang von FaberCastell assumiu a direção da empresa em 1978. No mesmo ano, expandiu o portfólio produzindo lápis cosméticos de madeira para outras empresas que os vendem com suas próprias marcas. Nas três décadas que se seguiram, o Grupo Faber-Castell continuou a desempenhar seu papel de empresa global com raízes na Alemanha. Abriu novos mercados em todo o mundo, principalmente na América do Sul (Argentina 1988, Costa Rica 1996, Colômbia 1998 e Chile 2006) e Ásia/Pacífico (Malásia 1978, Hong Kong 1979, Indonésia 1990, Índia 1997, Cingapura 2000 e China 2001). O Grupo começou a se preocupar cada vez mais com os aspectos ambientais. Assim, para assegurar o futuro suprimento de madeira, um recurso importante para os fabricantes de lápis, o Conde von Faber-Castell, nos meados da década de 80, deu início a um projeto florestal único no mundo no sudeste do Brasil. O início da década de 90 foi marcado por reorganização e reestruturação das linhas de produtos em cinco áreas de competência. Um novo capítulo na longa tradição de responsabilidade social iniciou-se em março de 2000, quando o Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell assinou uma Carta de Conduta Social que segue as diretrizes da Organização Internacional do Trabalho. Em julho de 2003, a Faber-Castell participou do “Global Compact” das Nações Unidas, comprometendo-se abertamente em aderir aos padrões mundiais relacionados a questões sociais e ambientais. Em 2008, o Conde von Faber-Castell foi eleito “Ecogestor do Ano” pelo ramo alemão da WWF e pela revista de negócios Capital por seu grande compromisso econômico e social. Em setembro de 2010, foi agraciado com a Cruz de 1a Classe da Ordem de Mérito da República Federal da Alemanha.

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As Essências da Marca

COMPETÊNCIA & TRADIÇÃO QUALIDADE EXCEPCIONAL INOVAÇÃO & CRIATIVIDADE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL As essências da marca Faber-Castell

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Companheira para toda a vida

“NÓS NOS VEMOS COMO UMA EMPRESA COMPANHEIRA PARA TODA A VIDA. UMA CRIANÇA QUE APRECIA A QUALIDADE DE NOSSOS PRODUTOS ESCOLARES, QUANDO ADULTA, SERÁ FIEL À MARCA FABER-CASTELL.” Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell

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Linhas de Produtos

Brincar & Aprender As crianças são cheias de ideias e entusiasmo. Os produtos da área de competência “Brincar & Aprender” levam às crianças mais novinhas a uma fascinante e colorida viagem de descobertas. Desde cedo, eles as estimulam a serem criativas desenhando, pintando e escrevendo. São produtos cuidadosamente concebidos, que satisfazem as exigências das crianças, de acordo com sua faixa etária. Tanto em termos de qualidade quanto de funcionalidade, os itens são concebidos para ajudar nos vários estágios do desenvolvimento infantil de forma precisa e confiável. A criatividade natural das crianças, que comprovadamente acelera o desenvolvimento mental, é trabalhada enquanto os pequenos brincam. Bem-vindos ao fascinante mundo das cores!

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Linhas de Produtos

Escrita em Geral QUANDO O LÁPIS,

A CANETA ESFEROGRÁFICA,

A BORRACHA

OU O APONTADOR SE TORNAM COMPANHEIROS ESSENCIAIS …

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VALOR AGREGADO INTELIGENTE “DIFERENCIAL DA MARCA”

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Linhas de Produtos

Marcadores

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De cores vivas, fluorescentes e particularmente benĂŠficos ao meio ambiente! Quando a tinta termina, o marcador ĂŠ facilmente recarregado.

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O DESIGN DIFERENCIADO FALA POR SI, SENDO UM FATOR COMPETITIVO DECISIVO

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Linhas de Produtos

Art & Graphic

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A MAIS ALTA QUALIDADE PARA OS ARTISTAS, EM SUA FORMA MAIS BELA. A linha “Art & Graphic”, que os pintores amadores e profissionais tanto apreciam, oferece o melhor dos 250 anos de experiência no desenvolvimento de produtos exclusivos para artistas. Grandes pintores e designers como Vincent van Gogh, Paul Klee, Karl Lagerfeld e Neo Rauch sempre adoraram o amplo espectro de nuances de cores e a qualidade premium oferecida por esta linha de produtos, que permanece inalterada até os dias de hoje: os pigmentos de alta qualidade garantem alta resistência à luz e cores vivas que duram por décadas, auxiliando os artistas a criarem obras de arte eternas.

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“TAMBÉM GOSTARIA DE LHE CONTAR SOBRE UM TIPO DE LÁPIS QUE ENCONTREI, DA FABER ...”

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Instrumentos para a criatividade

Vincent van Gogh

Vincent van Gogh, Peasant Woman Digging, julho-setembro 1885, Nuenen, pastel, 55,7 × 41 cm, Museu Van Gogh de Amsterdam (Fundação Vincent van Gogh)

“... Eles têm a espessura (desenho do diâmetro com a mina retangular) ideal. São muito macios e de qualidade superior à dos lápis carpinteiro. Têm um preto profundo e são agradabilíssimos para trabalhar em grandes estudos. Eu os usei para desenhar uma costureira em papel cinza sans fin e eles produziram um efeito que lembra o do giz litográfico. Os corpos dos lápis são de madeira macia, pintados de cor verdeescura e custam 20 centavos a unidade.” Vincent van Gogh em uma carta de 14/16 de junho de 1883 a seu amigo e mentor, o artista holandês Anthon van Rappard.

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Instrumentos para a criatividade

Carl Barks

Carl Barks, desenho de história em quadrinhos, página 7 da história Donald e Margarida – A Indústria de Beleza de 1966, tinta (Faber-Castell Higgins) sobre lápis em papel cartão, 59.5 cm × 41 cm (Coleção Faber-Castell, © Disney).

Página 9 da edição alemã intitulada Donald hat Geheimnisse (O Donald tem Segredos), de 1968, traduzida por Erika Fuchs (Coleção Faber-Castell, © Disney)

NA FORMA DO AZARADO PATO DONALD, com seu temperamento irascível e crônico otimismo, o artista norte-americano dos cartoons e escritor Carl Barks (1901–2000) deu continuidade à evolução de um dos mais famosos e populares personagens do mundo a partir de 1942. Suas histórias foram impressas aos milhões de edições e em muitas línguas diferentes, por todo o globo. Embora o Pato Donald já existisse desde a década de 30, foi Barks que transformou o personagem original, unidimensional, em uma figura reconhecida mundialmente. Ele aperfeiçoou as histórias com a introdução de importantes personagens e fez com que eles representassem seus papéis em Patópolis. O estilo de desenho do autodidata Barks também tornou-se referência para todos os desenhistas do Pato Donald, até os dias de hoje. Ao longo dos anos, Carl Barks criou mais de 6 mil Pote de tinta original da mesa de dehistórias em quadrinhos diferentes para a Disney. senho do cartunista e escritor norteamericano Carl Barks, na qual ele Destas, só restam 200 peças originais. As outras criou as histórias do Pato Donald foram sistematicamente destruídas pela Western de 1942 a 1973. Seus instrumentos de desenho incluíam tinta FaberPublishing em virtude do contrato de licença que Castell Higgins e pastéis Polychromos (© Helnwein). mantinha com a Disney. É graças ao editor anterior que pelo menos parte da obra desse cartunista ainda hoje existe em sua forma original.

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Instrumentos para a criatividade

Paul Klee

Paul Klee, Es will nicht hinein (It won't go in), 1939, 86, pastel (PITT) em papel e cartão, 27 cm × 21.5 cm (propriedade particular na Suíça, arquivado no Centro Paul Klee, em Bern).

“A ARTE NÃO REPRODUZ O VISÍVEL; AO CONTRÁRIO, ELA TORNA VISÍVEL”, era o lema do artista e teórico de arte Paul Klee (1879–1940). O desenho aqui apresentado fazia parte da sua obra mais recente. Foi criada em 1939, quando sofria de uma doença terminal após retornar para a sua cidade natal de Bern como “artista degenerado”. Assim como ocorre com grande parte do trabalho de Klee, as linhas têm um papel principal neste quadro. Já em 1916, Oskar Schlemmer, colega de Paul Klee na escola Bauhaus, escreveu que “ele é capaz de revelar toda a sabedoria em apenas alguns traços”. O incansável artista Klee normalmente anotava o tipo de papel que havia escolhido no verso de seu trabalho e às vezes, como neste caso, o tipo de caneta utilizada: Caneta A.W. Faber “PITT”.

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Instrumentos para a criatividade

Oskar Kokoschka

Oskar Kokoschka, Meer und Inseln Ullapool (Mar e Ilhas Ullapool), 1944, lápis de cor (Polychromos), 25,2 cm × 35,5 cm (© 2010 Fondation à la mémoire de Oskar Kokoschka, Vevey / VG Bild-Kunst, Bonn 2010)

O ARTISTA OSKAR KOKOSCHKA (1886-1980) APONTAVA SEUS LÁPIS, PRINCIPALMENTE OS FABERCASTELL POLYCHROMOS, com uma faca, para que pudesse usá-los para criar linhas finas, grossas ou expandidas. Utilizando a extremidade chata, ele sombreava.

Estojo de viagem de dois compartimentos por Oskar Kokoschka com uma ampla coleção de 141 lápis de cor (Fondation à la mémoire de Oskar Kokoschka, Vevey).

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Instrumentos para a criatividade

Karl Lagerfeld O Conde Anton Wolfgang, em 12 de dezembro de 1987, na valsa de seu casamento com a Condessa Mary, radiantemente linda no vestido criado por Karl Lagerfeld.

Karl Lagerfeld, desenho do vestido de noiva da Condessa Mary von Faber-Castell, sem data, caneta ponta porosa e pastel Polychromos, 29,5 cm × 20,9 cm (Coleção Faber-Castell, © Karl Lagerfeld).

“A MODA COMEÇA NO PAPEL; E SOBREVIVE NO PAPEL.” É assim que Karl Lagerfeld (1938-), uma das mais criativas mentes alemãs de todos os tempos, descreve a sua paixão pelo desenho de moda. Ao desenvolver suas coleções de alta costura e prêt-à-porter, Lagerfeld, que se via como ilustrador e não como designer, não considera o material como sendo o início de tudo. Na verdade, a caneta e o papel são a fonte de sua inspiração. Seus desenhos servem tanto como esboços quanto como instruções diretas. Em 1987, um presente muito especial marcou o casamento do Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell e Mary Hogan, diretora de Marketing da Chanel de Nova York. A maison Chanel deu a seu principal designer, Karl Lagerfeld, a responsabilidade de criar o vestido da noiva, que complementou perfeitamente o cenário do evento, o Castelo Faber-Castell em Stein. O designer de moda se inspirou nos detalhes do castelo, o qual já tinha visto na revista de arquitetura World of Interiors (Mundo dos Interiores).

Para desenhar o vestido de noiva, Karl Lagerfeld se inspirou no mosaico do teto de um dos ambientes do Castelo Faber-Castell.

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Instrumentos para a criatividade

Neo Rauch UMA “BOA QUANTIDADE DE CANETAS”, QUE O CONDE ANTON WOLFGANG VON FABER-CASTELL TROUXERA PARA O ESTÚDIO DO PINTOR DE LEIPZIG NEO RAUCH (1960-), deu-lhe o necessário estímulo exterior. Até então, Rauch, que com sua enigmática e complexa imagem para o mundo, é considerado internacionalmente um dos mais importantes pintores de sua geração, ainda não tinha se dedicado à arte do desenho. Foi só quando recebeu os instrumentos certos que passou a ter um grande respeito pelo desenho, naquele que ele descreve como “o momento da verdade”. A recém-desenvolvida Caneta PITT Artist lhe deu a chave do mundo do desenho. Não foi só a possibilidade que esta nova caneta oferecia para desenhar linhas grossas e coloridas, mas também sua falta de história e tradição artísticas que tiveram um papel fundamental para inspirar Neo Rauch a colocar seu trabalho orgânico e incidental no papel. “ASSIM, ELE (O CONDE VON FABER-CASTELL)

FOI LITERALMENTE UM ‘IMPULSIONADOR DA CANETA’, DISSE NEO RAUCH.

Neo Rauch, sem título, 2005, Caneta Artística PITT, lápis de cor (Polychromos) e óleo em papel, 21 cm × 29,7 cm (Coleção Faber-Castell, © cortesia da Galerie EIGEN + ART Leipzig/Berlim e David Zwirner, Nova York / VG Bild-Kunst, Bonn 2010)

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CartĂŁo de Ano Novo de Neo Rauch para o Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell e sua famĂ­lia.

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Instrumentos para a criatividade

Da Coleção Faber-Castell

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4 1 Adolph Menzel, Studienblatt mit stehendem Mann (Esboço com Homem em Pé), 1880, grafite (lápis carpinteiro) em papel, 19,8 cm × 12,4 cm (Coleção Faber-Castell) 2 Marc Brandenburg, sem título, 2008, lápis (Castell 9000 in 2 H, HB e 5 B) em papel, 100 cm × 100 cm (Coleção Faber-Castell) 3 Karl Horst Hödicke, Zeichnend II (Desenho II ), 1975–1982, carvão (PITT Monochrome) em papel, 86 × 61 cm (Coleção Faber-Castell) 4 Erik Bulatov, Soirée noire – neige blanche, 1999, lápis de cor (Polychromos) em papel, 36,2 cm × 43,5 cm (Coleção Faber-Castell)

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6 5 Horst Janssen, Ahab, 1963, lápis (Castell 9000) e lápis de cor em papel, 44,5 cm × 31,3 cm (Coleção Faber-Castell) 6 Günter Grass, “Angespitzt (Sharpened )” da antologia Fundsachen für Nichtleser (Coisas Encontradas para Não Leitores), 1997, aquarela em papel, 31,4 cm × 24,2 cm (Coleção Faber-Castell) 7 Georg Baselitz, sem título, 2009, lápis (Castell 9000) e tinta em papel, 65,9 cm × 50,8 cm (Coleção Faber-Castell) 8 Matthias Weischer, sem título, 2007, pastel (Polychromos) em papel, 25,5 cm × 25,5 cm (Coleção Faber-Castell)

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COLEÇÃO Graf von Faber-Castell

Lápis de bolso, 1885

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Os instrumentos de escrita selecionados feitos por meus ancestrais propuseram-me o desafio pessoal de redescobrir esses produtos de um tempo passado e transferir seu design intemporal para os dias de hoje, utilizando tecnologia moderna. Essas ideias tomaram forma como a Coleção Graf von Faber-Castell, que combina materiais valiosos e funcionalidade com alto nível estético.

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Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell

Desk set n° I, contendo um Lápis Perfeito, acessórios banhados a platina com lápis adicionais e borrachas.

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SIMPLESMENTE LUXO

O LÁPIS PERFEITO, ACESSÓRIOS BANHADOS A PLATINA, COM APONTADOR E BORRACHA EMBUTIDOS. 250 Anos Faber-Castell

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Coleção Graf von Faber-Castell

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Coleção Graf von Faber-Castell

A Caneta do Ano (Pen of the year) 2011

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edição da Caneta do Ano oferece, por excelência, os altos padrões de qualidade da Coleção Graf von Faber-Castell. A cada ano, desde 2003, uma caneta-tinteiro vem sendo produzida à mão, no máximo por 12 meses, para oferecer um lugar incomum a materiais selecionados como, por exemplo, marfim de mamute, âmbar ou madeira de cetim das Índias Ocidentais. A quantidade total de canetas produzidas em cada edição, individualmente numerada, é anunciada ao final do ano. A Caneta do Ano 2011 é feita com uma pedra preciosa que, há milênios, tem sido apreciada por

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sua beleza e conotações culturais. O jade emana uma aura fascinante com a promessa de sorte e até de imortalidade, tendo sido, portanto, predestinado a embelezar a caneta exclusiva que marca o 250o aniversário da empresa. Os oito segmentos de jade simbolizam as oito gerações da família que deixaram sua marca na empresa familiar, que perdura até os nossos dias. O verde profundo significa uma longa e bem-sucedida tradição, bem como um futuro promissor. Fazendo referência ao ano de 1761, em que a Faber-Castell foi fundada, a edição exclusiva é limitada a 1.761 canetas.

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Os diversos materiais utilizados, da esquerda para a direita: 2003 madeira snakewood, 2004 âmbar com anéis banhados a platina, 2005 galluchat, 2006 marfim de mamute e ébano, 2007 madeira petrificada incrustada em platina, 2008 delicado mini parquet feito de madeira de cetim. Não ilustrada: 2009 crina de cavalo trançado e 2010 madeira de nogueira caucasiana.

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Faber-Castell Cosméticos

Sede administrativa na vila próxima ao Castelo Faber-Castell, constrido da década de 1870.

A Condessa Mary von Faber-Castell, aqui com seu marido Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell, dirige a divisão de cosméticos como diretora-presidente, juntamente com Stefano Castelletti.

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Brasil, bem como escritórios de vendas em 14 países. Gestão da sustentabilidade e responsabilidade ecológicas sempre fizeram parte da filosofia da Faber-Castell. A Faber-Castell Cosméticos une essas atitudes às demandas de uma dinâmica indústrial, desenvolvendo cosméticos naturais com madeira certificada pelo FSC, com tampas biodegradáveis e os selos Ecocert, BDIH, e NaTrue, internacionalmente reconhecidos. A Faber-Castell Cosméticos é pioneira nesta área. Com o slogan É Nossa Natureza®, desenvolveu o Truly Natural (Totalmente Natural), um conceito de maquiagem totalmente ecológico que foi introduzido em 2008. Essa linha foi seguida de outros produtos cosméticos e de cuidado para as unhas.

m 1978, a Faber-Castell expandiu sua linha de produtos e transferiu seu know-how do campo dos lápis de madeira para uma nova linha de negócios: produtos cosméticos. Hoje a Faber-Castell Cosméticos é um dos principais fabricantes desses produtos para empresas da indústria internacional de cosméticos que distribuem os produtos com suas próprias marcas. A FaberCastel projeta e desenvolve lápis cosméticos de alta qualidade para a face, olhos, lábios e unhas, utilizando tecnologias inovadoras. Os produtos são desenvolvidos internamente e podem ser customizados para satisfazer as necessidades dos clientes. Ingredientes cuidadosamente selecionados asseguram a garantia e o conforto em sua aplicação. A divisão de cosméticos opera globalmente, possuindo unidades de produção na Alemanha e no

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Faber-Castell Cosméticos

A variada linha de produtos da Faber-Castell Cosméticos é composta de um inteligente sistema modular de formatos e formulações. Este conceito atende os desejos e as expectativas de alta qualidade dos clientes em igual medida.

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k Delineador em cores metĂĄlicas, sombra com glitter e delineador lĂ­quido com ponta pincel extragrossa.

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Unidade de Produção de Geroldsgrün

Um fabuloso esquema de cores Há 20 anos, o Professor Werner Knaupp, da Academia de Belas Artes de Nuremberg à época, propôs um esquema de cores que ele havia desenvolvido especialmente para a Faber-Castell. “Uma empresa que produz um amplo espectro de cores deve mostrá-lo, por dentro e por fora”, ele pensava. Ao desenvolver sua proposta, o artista se deixou guiar pelo efeito psicológico das cores, bem como pelas leis físicas do Círculo das Cores.

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Unidade de Produção de Geroldsgrün

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Esquema de cores na unidade de produção de Geroldsgrün

Da esquerda para a direita: Conde Charles von Faber-Castell, Professor Werner Knaupp e Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell

Na unidade de produção de Geroldsgrün, todas as fachadas dos prédios são pintadas com as fortes cores do arco-íris, aparentemente fazendo contraponto ao uniforme e frondoso verde da Floresta da Francônia. O amarelo foi escolhido para o prédio da administração; o vermelho, para a estação de fornecimento de aquecimento; e o azul, para as instalações de produção. As cores complementares violeta, verde e laranja estão nos batentes das janelas de todos os prédios para obter o maior contraste de cores possível. No festival de verão, durante o evento denominado “Mostre suas Cores”, o próprio Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell, juntamente com seu filho Charles, cobriu alguns espaços em cinza que ainda restavam na paleta de cores de Geroldsgrün. Em 2011 a unidade de produção de Geroldsgrün comemorará seu 150o aniversário.

roposto por Goethe no século XVIII, o arranjo de cores do arco-íris em círculo foi aperfeiçoado, em 1961, por Johannes Itten, um professor de Bauhaus. Nesse arranjo, o efeito e o contraste das cores são dispostos em relação uns aos outros. O Professor Werner Knaupp havia até mesmo assistido a palestras de Itten. Nos últimos anos, esse conceito vem sendo implantado nos prédios das instalações de Stein e Geroldsgrün, de maneira exclusiva, embora diferentemente em cada local. Na sede de Stein, as coloridas portas de entrada e as escadarias do prédio da fábrica em formato de U, seguem a roda de cores, do amarelo para o laranja, vermelho, violeta, azul e o verde. Verticalmente, as grades das janelas sutilmente também seguem essa ordem, começando com o verde ao nível do subsolo.

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150 anos da fábrica de Geroldsgrün

A fábrica de Geroldsgrün, no norte da Baviera, foi fundada em 1861, cem anos depois que a empresa surgiu em Stein. Começou produzindo lousas e instrumentos básicos de desenho. Em 1892 foram acrescentadas as réguas de cálculo, e a Faber-Castell cresceu, tornando-se um dos maiores fabricantes do mundo nesse segmento. Entretanto, a invenção das calculadoras eletrônicas de bolso nos meados da década de 70, resultou no abrupto fim dos negócios envolvendo esse instrumento. A fábrica de Geroldsgrün ainda produz instrumentos de desenho e canetas, incluindo canetas cosméticas feitas de plástico.

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O grupo internacional Faber-Castell

De Stein para o Mundo

A SEDE DA EMPRESA LOCALIZA-SE EM STEIN

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s áreas marcadas com cores formam um grupo único dos prédios da fábrica, das mansões e do jardim, que ficam abertos para o público como a “Faber-Castell Experiência”. Sua especial fascinação resulta da justaposição do passado e do futuro de uma empresa familiar que atua em todo o globo. O Castelo Faber-Castell e o museu “Antiga Fábrica de Grafite” ficam abertos todo o terceiro domingo do mês, das 11 às 17 horas. É possível marcar excursões guiadas pelo website www. faber-castell.com/The-Faber-Castell-Experience.

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Castelo Faber-Castell Exibição permanente, refeitório Produção de lápis de madeira A antiga casa da caldeira transformada em centro de recepção Museu “Antiga Fábrica de Grafite” Loja Faber-Castell na antiga casa do jardineiro

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A FABER-CASTELL FABRICA PRODUTOS EM DEZ PAÍSES DO MUNDO, COMERCIALIZA-OS ATRAVÉS DE MAIS DE 20 ORGANIZAÇÕES DE VENDA E É REPRESENTADA EM MAIS DE 120 PAÍSES.

EUA

Alemanha República Tcheca Suíça Áustria

França Itália

China México

Índia

Costa Rica

Hong Kong Malásia

Colômbia

Cingapura Indonésia

Peru Brasil Chile

Austrália

Argentinia

Nova Zelândia

Unidades de produção

Escritórios de venda

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Unidades de produção

ST E I NA L E M A G R Ü NA L E M A N H ZE LLÁU STRIA P R ATA B R S I L NEI B R A S I L B O G OT Á C O L Ô M B GUANGZHOUC IA B E KASI I N D O LUMPURMALÁSIA 92

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em dez países

GEROLDS ANHA HA ENGELHARTS SÃO CARLOSB RA RASIL MANAUS I LYC O STARI CA LI MAPE RÚ B IA CHINA G OA I N D ONÉSIA KUALA 250 Anos Faber-Castell

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Faber-Castell Brasil

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Brasil Na maior fábrica de lápis de grafite e de cor do mundo, em São Carlos, sudeste do Brasil, aproximadamente 2.800 colaboradores produzem mais de 2 bilhões de lápis por ano.

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Da árvore ao lápis A FABER-CASTELL MANTÉM SEU PIONEIRO PAPEL ECOLÓGICO E NEUTRALIZA O GÁS CARBONO QUE EMITE

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ão é preciso ser um visionário para entender que assegurar os recursos para as futuras gerações é de vital importância..” Foi isso que o Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell disse pouco antes da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (WSSD) em Joanesburgo em 2002. A Faber-Castell foi a única empresa de porte médio a mostrar aos 25 mil delegados, observadores, jornalistas e ONGs que dá o devido valor aos fatores ecológicos da vida. Duas décadas antes, saindo à frente em processos industriais de produção amigáveis ao meio ambiente, a empresa investiu em um projeto que cresceu muito, quase que despercebido do público. Dez mil hectares de uma floresta de pinheiros, plantados e manejados, por iniciativa própria da empresa, representam uma valiosa fonte de matéria-prima para a produção de lápis, que é suficiente para satisfazer as suas atuais

necessidades para a produção de mais de 2 bilhões de lápis de madeira ao ano na unidade da FaberCastell de São Carlos, no Brasil. É um projeto visionário, que demandou planejamento de longo prazo por parte do conde e de seus gestores. Passam-se mais de 20 anos antes que as primeiras árvores da floresta de pinheiros possam ser cortadas. Portanto, foi um “modelo visionário” que não objetivava o lucro, mas um projeto que exigia confiança e paciência antes que rendesse bons resultados. A floresta é manejada de acordo com os modernos princípios de sustentabilidade. Sendo “socialmente compatível, ecologicamente correta e economicamente viável”, o projeto atende às exigências do Conselho de Manejo Florestal (FSC, Forest Stewardship Council), um painel de especialistas composto por cientistas internacionais e associações de proteção ao meio ambiente, cuja certificação é representada por um selo de ga-

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Um milhão de mudas de Pinus caribaea é plantado todo o ano.

A floresta Faber-Castell também oferece refúgio a algumas espécies de animais ameaçados de extição.

rantia de origem da madeira. Todas as serrarias da empresa e suas unidades de produção de lápis de madeira são certificadas pelo FSC. A sustentabilidade, significando o equilíbrio entre a ecologia e a economia, pode ser medida em números. O investimento só dá retorno no longo prazo, mas é parcialmente contrabalançado pelo preço da madeira que aumenta constantemente no mercado mundial. A estratégia de “diversificação vertical”, já praticada por Lothar von Faber desde 1856, quando comprou os direitos aos minérios extraídos de uma mina de grafite na Sibéria, não apenas facilita planejar o suprimento de matérias-primas, mas também assegura a alta qualidade da matéria prima. Ademais, oferece oportunidades para poupar, incluindo a reciclagem de resíduos. Por exemplo, as avícolas recebem serragem proveniente da produção e as aparas de madeira produzidas pelas serrarias, são comprimidas em briquetes e utilizadas como combustível renovado nas próprias fábricas da empresa. Outro resultado positivo é que a floresta mais que compensa as emissões de CO2 resultante das operações da Faber-Castell no mundo. Em 2008, a Faber-Castell se uniu à iniciativa “Empresas & Biodiversidade”. Por convite do

ministro federal do meio ambiente alemão. Trinta e quatro empresas brasileiras, alemãs e japonesas assinaram uma declaração de líderes que se comprometeram a encorajar a diversidade biológica em suas decisões gerenciais e operações. Jairo Cantarelli é o chefe da Divisão de Madeira da FaberCastell Brasil e, portanto, responsável pelo projeto florestal: “A proteção da flora e da fauna nativas, assim como a praticamos em nossa floresta na região de Prata (MG), é um abrangente programa”, diz ele, “há muito faz parte da política da empresa, porque ‘responsabilidade ecológica e social’ constam de seu estatuto como essências da marca. Quanto à fauna, 55 espécies de mamíferos, 232 espécies de aves e 55 diferentes tipos de répteis e anfíbios fizeram seu hábitat em partes da floresta e nas áreas de preservação permanente que perfazem 30% dos dez mil hectares”. Além disso, a cooperação com universidades brasileiras trouxe reconhecimento internacional ao compromisso da Faber-Castell na preservação da biodiversidade. Assim, os esforços das várias unidades da Faber-Castell não abordam as questões ecológicas apenas superficialmente, acompanhando as atuais ten-

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Uma valiosa fonte de matéria-prima para a produção de lápis de madeira: da própria floresta de pinheiros no Brasil

Vista aérea da floresta Faber-Castell no Brasil

dências e a boa publicidade, mas, na empresa, já são realidade há anos. Globalmente, a empresa obtém 95% de sua madeira de fontes certificadas. O restante vem de florestas sustentavelmente manejadas. Em 2008, o Conde von Faber-Castell foi eleito “Ecogestor do Ano” pela WWF e pela revista Capital por seus muitos anos de compromisso para com o meio ambiente. Eberhard Brandes, diretor do braço alemão da WWF, que lhe concedeu o prêmio, vê a FaberCastell como “um excepcional exemplo de como um player global pode estabelecer abrangentes padrões nos campos social e ambiental, apesar da crescente pressão do mercado”. Nesta área, a ambição da Faber-Castell aumenta cada vez mais, e não apenas porque a responsabilidade ecológica foi tida como um de seus principais valores. O objetivo é utilizar madeira certificada exclusivamente, para toda a produção, em todo o mundo. Todo o ciclo de produção, inclusive economia de energia e reciclagem de resíduos, é submetido a constante monitoramento. A empresa emprega moderna tecnologia para novos desenvolvimentos e melhorias, que fazem sentido tanto ecologica quanto economicamen-

te, e não só para os lápis de madeira, mas para todas as categorias de produtos. Para o presidente da empresa, o Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell, a responsabilidade para com os seres humanos e o meio ambiente não é simplesmente um fim em si. Ele quer contribuir para o crescimento social tanto no sentido ético quanto financeiro: “Se almejamos ao sucesso no longo prazo, temos que pensar em termos de muitas gerações. Penso que não administro um negócio à custa de meus sucessores, e isso significa também criar fontes sustentáveis para a nossa mais importante matériaprima, a madeira, que não sejam prejudiciais ao meio ambiente ou às pessoas envolvidas e que, ao mesmo tempo, sejam condizentes com nossos padrões de qualidade. Nossa saudável situação econômica e a confirmação que temos de nossos parceiros comerciais, distribuidores e consumidores me dizem que estamos no caminho certo”.

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Jack Huston | Ator | Inglaterra

Finalizando um filme no qual atuo como escritor, dos roteiros às histórias do meu dia-a-dia, é um prazer encontrar essa marca que atende a todas as minhas necessidades. Saudações,

Esquema de cores na escadaria da fábrica em Stein

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Carta Social de Conduta da Faber-Castell

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m março de 2000, a Faber-Castell, juntamente com o sindicato alemão IG Metall, ratificou um acordo que é aplicado em todos os países. A Carta Social de Conduta da Faber-Castell é uma das primeiras desse tipo no mundo. A empresa se compromete voluntariamente a assegurar, em todas as suas subsidiárias, as condições de emprego e de trabalho recomendadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A carta inclui, dentre outras coisas, a proibição do trabalho infantil, a garantia de condições de trabalho higiênicas e seguras e iguais oportunidades e tratamento às pessoas, independente- Ratificação da Carta Social de Conduta da Faber-Castell e do IG Metall em mente de raça, religião, sexo ou nacionalidade. Um comitê, em interva- 3 de março de 2000 los regulares, verifica se os termos da carta estão sendo obedecidos. Como uma das mais antigas indústrias do mundo, a Faber-Castell, há muitas gerações, demonstra um alto grau de comprometimento social. Já nos meados do século XIX, criou o primeiro plano de assistência médica da Alemanha e uma das primeiras creches do país. Fundou escolas e construiu casas e apartamentos para seus colaboradores.

Uma tradição da empresa se mantém viva: na Faber-Castell Brasil, em São Carlos, os colaboradores se voluntariam para alegrar os dias de crianças carentes em creches da cidade.

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Visão geral: no verão de 2010, os funcionários de Stein formaram o número 250 na frente do castelo, já com vistas às comemorações do 250o aniversário da empresa, em todo o mundo, em 2011.

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O salão de baile ilustra a variedade de estilos da decoração do interior do castelo na era do historicismo. Os nichos dos cantos são do estilo neogótico. Na galeria dos músicos há elementos decorativos da Renascença, enquanto a viva ornamentação do teto de estuque é um típico exemplo de art nouveau.

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A bem iluminada escadaria de mármore, com seus mosaicos art nouveau (abaixo, à esquerda), contrasta com a fachada historicista.

O teto do saguão de tapeçaria (acima) e do o saguão central (abaixo, à direita) é de estuque policromático. Ambos adquiriram novo brilho após a restauração.

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O anglo-americano Carl von Marr, nascido em Milwaukee, Wisconsin, pintor e professor na Academia de Arte de Munique, pintou toda a parede da festiva sala de jantar utilizando aquarela sobre tela. A pintura aborda as várias idades do homem, do nascimento à velhice.

L O revestimento do salão de baile é de nogueira entalhada. As incrustações são feitas com materiais superiores como Birdseye Maple2 de bordo, ébano e madrepérola. O revestimento de parede em tecido é feito de brocatelle dourado decorado com palmettes. 2

N.T. – Birdseye Maple – madeira nobre resistente, normalmente utilizada em móveis e instrumentos musicais (Fonte: Wikipedia).

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ocalizado em um parque com fileiras de árvores perto da fábrica, o castelo constitui um grupo único de três lindos prédios que vêm sendo habitados por sucessivas gerações da família. O Castelo Novo, construído para o Conde Alexander e a Condessa Ottilie von Faber-Castell entre 1903 e 1906, fica a menos de 100 metros da vila de Wilhelm von Faber. Conecta-se ao Castelo Antigo através de uma torre que foi projetada pelo arquiteto Friedrich Bürklein para Lothar von Faber em 1845-48. A escolha do arquiteto para o Castelo Novo recaiu sobre Theodor von Kramer que, desde 1888, era diretor do Museu do Comércio da Baviera em Nuremberg. Lothar von Faber, em 1869, foi cofundador dessa instituição central de estímulo ao comércio. Em suas memórias, Theodor von Kramer disse o seguinte sobre o prédio de Stein:

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Os dois banheiros combinam refinada elegância e funcionalidade contemporânea. O banheiro dos homens, com seus frios tons verde-acinzentados, contrasta com os matizes quentes de marrom e turquesa do banheiro das mulheres.

“O complexo inteiro tem o caráter de um castelo fortificado, de acordo com o desejo do cliente. Ao adentrá-lo, somos recepcionados por uma luminosa escadaria de mármore. Corredores espaçosos levam aos quartos, cuja mobília é remanescente de esplendor principesco. Isso se aplica principalmente aos festivos salões do andar superior, entre os quais a grande sala de jantar se distingue pelos valiosos quadros de Carl von Marr, que também foi diretor da Academia de Artes de Munique…”. O uso de elementos estilísticos do período romanesco é uma óbvia referência às origens do Conde Alexander zu Castell-Rüdenhausen: os condes de Castell conseguem construir sua árvore genealógica desde o século XI. Típicos daqueles dias são os arcos arredondados no exterior do prédio, principalmente na torre que pode ser vista a partir de considerável distância.

O interior é um impressionante exemplo da multiplicidade de estilos do final do século XIX, incluindo a art nouveau. Os salões ainda refletem fielmente o modo de vida da nobreza. Três saguões projetados pelo jovem arquiteto Bruno Paul, o salão e o escritório do conde, no térreo, e o “salão

Magníficos mosaicos de art nouveau da escadaria cintilam em uma grande quantidade de cores.

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Castelo Faber-Castell

As paredes dos quartos das crianças, coloridas, foram restauradas e recuperaram sua antiga glória.

limão” da condessa no andar de cima, são notórios exemplos da art nouveau. A preferência por padrões geométricos é a marca típica de Bruno Paul, que confiou o revestimento das paredes e a mobília aos artesãos especialistas das Oficinas Unidas de Arte Artesanal de Munique. Em contraste com o esplendor das salas de recepção, os quartos das crianças foram claramente projetados para serem usufruídos. A mobília tem cantos gentilmente arredondados e a imaginação dos jovens é estimulada por frisos coloridos que representam personagens de contos de fada. O castelo conta com os mais modernos equipamentos. Um elevador elétrico transporta os pratos da cozinha, no subsolo, às áreas de serviço de cada andar. Toda a instalação elétrica foi planejada pelo bureau técnico da Siemens-Schuckert Works de Nuremberg. Mais de mil lâmpadas iluminam as salas e os corredores nos três andares.

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Aquecimento e ar fresco são fornecidos por um sistema de aquecimento e ventilação a vapor instalado pela MAN de Nuremberg. Os banheiros, muito modernos para o seu tempo, foram equipados por uma empresa de Strasbourg, especializada em instalações de gás e água. O castelo foi finalizado em 1906, tendo sido habitado pela família até 1939. Depois da Segunda Guerra Mundial, os olhos do público se voltaram para ele, pois serviu de “base da imprensa”. Nele, repórteres e fotógrafos internacionais ficaram instalados durante os julgamentos de Nuremberg, de 1945 a 1949. Desse ano até 1953, o exército de ocupação norte-americano utilizou o prédio como base dos oficiais. Embora a família não viva mais lá, o Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell faz de tudo para manter o Castelo Faber-Castell em bom estado de conservação. Vários especialistas passaram anos reformando e restaurando o prédio.

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Castelo Faber-Castell

Base da Imprensa durante o Tribunal Militar Internacional N

o dia 1o de maio de 1939, não muito antes do irrompimento da Segunda Guerra Mundial, o conde e sua família, como de costume, foram para a sua casa de verão perto de Nuremberg. Logo após, o Castelo Faber-Castell foi requisitado pela Wehrmacht alemã, que utilizou alguns de seus cômodos. O castelo não sofreu grandes danos durante a guerra. Esse fato, combinado com a sua proximidade da cidade de Nuremberg, que havia sido fortemente bombardeada, explica por que o castelo e a vila vizinha de Wilhelm von Faber foram ocupados pelos aliados e utilizados como “base da imprensa” depois que a guerra terminou em

Jornalistas autorizados de 20 países trabalharam nas longas mesas colocadas nos salões do castelo pelo Exército dos Estados Unidos.

1945. Noventa e dois jornalistas estrangeiros cobriram, do castelo de Stein, o Tribunal Militar Internacional (TMI) de Nuremberg para todos os cantos do globo. Nos julgamentos de Nuremberg, os vitoriosos condenaram 23 líderes nazistas por crimes de guerra. As acusações se baseavam nos “Princípios de Nuremberg”, que passaram a ter um importante papel nas modernas leis internacionais e levaram à criação da Corte Penal Internacional de Haia. O grupo da imprensa incluía vários nomes famosos como Walter Cronkite, Wes Gallagher e William Shirer. Dentre os autores famosos que foram para Nuremberg estavam John Dos Passos, Martha Gelhorn, Janet Flanner, Nora Waln, Rebecca West, Victoria Ocampo e Sir Harold Nicolson. Alguns refugiados enviavam relatórios a seus novos países. Dentre eles estavam Erika Mann, Robert Jungk, Alfred Döblin, Peter de Mendelssohn, Willy Brandt e Markus Wolf. Sinais originais com mensagens como “Não Fume”, “Verduras e Legumes”, “Frutas” e “Suco”, assim como um transformador no subsolo, menus e contas de lavanderia, são testemunhas silenciosas de um significativo período da história do castelo.

O comentarista de julgamentos H.R. Baukhage (à esquerda), da American Broadcasting Company, em conversa com o tenentecoronel Madary, oficial comandante da base da imprensa.

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Eva Herzigova | Modelo | República Tcheca

Ao Conde Faber-Castell, Acabei de tomar conhecimento que vocês estão comemorando 250 anos! Do fundo do meu coração, uma genuína admiradora dos seus produtos, meus parabéns. Com amor,

Produção de lápis de madeira na fábrica de Stein

Eva Herzigova

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Fazendo coisas simples extraordinariamente bem Conversando com o Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell

»TRADIÇÃO SIGNIFICA MANTER O BRILHO VIVO, NÃO AS CINZAS. O SUCESSO DA FABER-CASTELL ATRAVÉS DOS SÉCULOS É RESULTADO DO VALOR QUE A EMPRESA DEU AOS SEUS ANOS DE EXPERIÊNCIA, ESFORÇANDO-SE PARA FAZER COISAS SIMPLES EXTRAORDINARIAMENTE BEM, MANTENDO A MENTE ABERTA A NOVAS IDEIAS E AGINDO COM RESPONSABILIDADE E ESPÍRITO EMPREENDEDOR. ESSES VALORES SE APLICAM NÃO APENAS À MARCA, MAS À EMPRESA COMO UM TODO, SENDO A BASE TANTO DE NOSSA IDENTIDADE QUANTO DE NOSSO SUCESSO DURADOURO.«

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MUITOS ARGUMENTOS A FAVOR »DOHÁBOM E VELHO LÁPIS PRETO …«

Conde von Faber-Castell, nesta era digital, a sua empresa ainda acredita no lápis de madeira. Isso não é um anacronismo? Não conseguiremos impedir o uso de PCs e laptops. Mesmo assim, nas próximas décadas as pessoas ainda escreverão, desenharão e pintarão à mão. Pesquisas mostram que as crianças têm de usar as mãos para desenvolver suas habilidades mentais. Assim, nossos produtos cuidadosamente desenvolvidos são importantes do ponto de vista educacional. Com o crescimento contínuo da população mundial, especialmente nos países em desenvolvimento e recém-industrializados, vemos ainda uma demanda de longo prazo para produtos escolares e universitários, que, obviamente, incluem lápis de grafite e de cor. O que o lápis tem de tão especial? Há muitos argumentos a favor do “bom e velho lápis preto”, que, naturalmente, deveria, na verdade, ser chamado de lápis de grafite. O lápis é econômico e amigável ao meio ambiente, e já existe há centenas de anos. O cosmonauta russo Yuri Gagarin, a primeira pessoa a orbitar a Terra em 1961, até levou um consigo a bordo da nave espacial Vostok, porque um lápis continua a escrever sem gravidade. Atualmente, qual produto Faber-Castell faz mais sucesso no mundo? O lápis de cor, como sempre. Mas não estamos apostando neles apenas. A Faber-Castell deseja ser uma “companheira para a vida toda”. Por isso, oferece uma ampla e variada linha de produtos, dos primeiros itens para colorir aos instrumentos e acessórios de escrita de alta qualidade para o exigente consumidor.

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Vocês já tiveram a experiência de como o ciclo de vida de um produto pode mudar rapidamente … Sim, sobrevivemos a duas crises estruturais: o desaparecimento da régua de cálculo nos anos 70 e a rápida diminuição da importância do desenho técnico manual na segunda metade da década de 80. No longo prazo, há dois campos para os quais prevemos crescimento sustentável: por um lado, o dos produtos que são educacionalmente valiosos e estimulam a criatividade das crianças, e, por outro, apostamos nos instrumentos e acessórios de escrita selecionados. A consciência da marca e a fidelidade a ela desde a mais tenra idade, assim como a importância do efeito da construção da imagem de produtos de alta qualidade, especialmente os da Coleção Graf von Faber-Castell, oferecem suporte duradouro à posição da FaberCastell no mercado. Como companheiros da vida toda, também estamos dando cada vez mais atenção a produtos criativos para adultos. Os países industrializados apresentam uma crescente demanda por atividades de lazer porque o número de pessoas de idade mais avançada está aumentando. Portanto, a demanda de artigos criativos que possam ser utilizados como hobby crescerá no futuro. E não são apenas produtos para colorir, escrever e desenhar que sua empresa produz … O que poucas pessoas sabem é que, há mais de 30 anos, fabricamos produtos para algumas famosas empresas de cosméticos. Nossa subsidiá-

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GANHAR DINHEIRO DECENTEMENTE, »EMQUERO AMBOS OS SENTIDOS DA PALAVRA.«

ria Faber-Castell Cosméticos estabeleceu-se como líder no segmento de fornecedores de produtos para empresas da indústria de cosméticos que utilizam suas próprias marcas, como os lápis cosméticos. Vocês operam em 120 países. Quais mercados são especialmente interessantes para a Faber-Castell? Posso orgulhosamente me voltar ao final dos anos 70, quando percebi a importância dos mercados da Ásia/Pacífico e lá abri subsidiárias que têm tido constante sucesso. A Malásia é agora uma próspera unidade de produção, e a Faber-Castell é bem conhecida nesse mercado. Nossa posição é semelhante na Indonésia, na Índia e, espero, logo também na China. Vejo a Ásia como um mercado que terá enorme crescimento, principalmente para os produtos que levam o selo de qualidade “feito na Alemanha”. Como o senhor vê a questão do lucro? Não me esforço nem um pouco para obter lucro no curto prazo. Mas a condição de produzir ganhos sustentavelmente é de vital importância para todas as empresas que desejam sucesso no longo prazo. Como homem de negócios, é natural que eu queira ganhar dinheiro decentemente, em ambos os sentidos da palavra. O tipo de decência que é baseada em valores como responsabilidade social, confiança, honestidade e participação justa certamente é compatível com a busca saudável do resultado financeiro, porque uma empresa lucrativa também tem condições de ser generosa no que se refere aos serviços sociais às pessoas. Sua empresa, com frequência, dá um bom exemplo de como o lucro e a responsabilidade social po-

dem ser compatíveis. Com a sua Carta Social de Conduta, o senhor voluntariamente se comprometeu a obedecer aos padrões da Organização Internacional do Trabalho em todas as suas fábricas. Por que isso foi tão importante para a empresa? Meu tataravô, Lothar von Faber, era um homem de negócios incomumente voltado para os aspectos sociais, e as gerações que o seguiram acham que têm a obrigação de seguir seu exemplo. A Carta Social de Conduta assinada em 2000 bane a discriminação e o trabalho infantil e protege nossos colaboradores da exploração. Em minha opinião, os termos com os quais concordamos e nos comprometemos fazem muito sentido comercial. Quais são as vantagens de ter uma empresa familiar no atual mundo globalizado? As empresas familiares bem administradas se distinguem por valores que incluem sustentabilidade, responsabilidade social e virtudes humanas como dedicação, modéstia e destreza. O que importa é a atitude que se passa de geração para geração. Nós nos vemos como um elo em uma corrente e colocamos a preservação de longo prazo da empresa acima do crescimento propriamente dito. Pensamos que não são os passos largos que nos levam adiante, mas a continuidade das coisas que comprovadamente deram certo no passado. A contínua otimização, seguindo a ideia de que os pequenos passos levam a grandes distâncias, principalmente se dados sucessiva e rapidamente, isso sempre esteve presente em nossa política empresarial.

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… NUNCA PERDER DE VISTA OS »BENEFÍCIOS AO CONSUMIDOR.«

Qual é o segredo do sucesso por trás dos 250 anos de história da Faber-Castell? Lothar von Faber deixou sua marca nas gerações que o seguiram, inclusive em mim. Seus firmes esforços para construir a reputação da marca, seu comprometimento social, sua criatividade e sua consistência ao abrir novos mercados, muito antes de a palavra “globalização” existir, são qualidades comerciais tão importantes ainda hoje quanto o eram na época de Lothar. A questão não é de se ater à tradição por si só, mas preservá-la, acompanhando os tempos, com um exitoso sistema de valores. Ao mesmo tempo, não se pode ter medo de questionar os procedimentos existentes e de otimizá-los. Esse é um componente essencial do sucesso. Mas, o mais importante para mim, pessoalmente, é ter sempre uma mente inquiridora e nunca perder de vista os benefícios para o consumidor. Às vezes você sente o peso de ter um nome famoso? Meu nome nunca foi um obstáculo para mim. Ao contrário, nos negócios, ele abre portas. Entretanto, por si só, o nome não é suficiente. Para ser bemsucedido, é preciso pôr suas habilidades em teste. O que “luxo” significa para o senhor? Para mim, a palavra luxo é um pouco suspeita, porque soa como ostentação e excesso, e eu não tenho qualquer interesse por nenhum dos dois. Por outro lado, luxo no sentido de algo especial, um objeto de valor incomum, com função superior e alta qualidade, a isso dou muito valor. Pode ser um relógio com um mecanismo sofisticado ou instrumento de escrita superior como, por exemplo, o Lápis Perfeito da Coleção Graf von FaberCastell.

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Qual o seu bem mais precioso? Minha esposa e meus filhos, mas não sou proprietário deles. Meus objetos mais valiosos são as obras do período expressionista alemão e os trabalhos de artistas contemporâneos que coleciono. O que o senhor gostaria de possuir? Um bem manejado vinhedo, e eu gostaria de ter tanto sucesso com ele quanto meu primo hereditário Conde Ferdinand zu Castell-Castell. E qual é seu instrumento de escrita predileto? O Lápis Perfeito é, definitivamente, um dos meus favoritos. E, particularmente, também gosto de escrever com a caneta Ambition cujo corpo é feito com madeira de coqueiro indiano. Tocar nesse material é muito agradável, e a tinta se deposita suavemente e seca com rapidez. Quais são suas expectativas ao entrarmos no ano do 250º aniversário da Faber-Castell? Espero comemorar esse incomum aniversário juntamente com meus colaboradores de todas as unidades e escritórios do mundo. Para mim, é um prazer e uma grande satisfação ter contribuído para esse marco na história da empresa. Mas isso não é motivo para que eu me faça de arrogante ou fique totalmente satisfeito. Nesse dia e especialmente nesta época, é muito importante para mim, como homem de negócios, permanecer humano e me ater aos valores que Lothar von Faber estabeleceu, pois esses valores são a força de nossa empresa familiar. Para o futuro da Faber-Castell desejo que ela se desenvolva ainda mais como uma marca premium e permaneça firmemente fiel ao slogan “fazendo coisas simples extraordinariamente bem”.

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“O QUE IMPORTA É A ATITUDE PASSADA DE GERAÇÃO A GERAÇÃO: VER-SE COMO UM ELO DE UMA CORRENTE, COLOCANDO A SOBREVIVÊNCIA DE LONGO PRAZO DA EMPRESA ACIMA DE OBJETIVOS DE CRESCIMENTO EXCESSIVO.”

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Dos álbuns de família

Tradição e futuro Natal de 1941 – Condessa Katharina von Faber-Castell com os filhos da 8a geração (da esquerda para a direita): Conde Hubertus, Conde Alexander e Conde Anton Wolfgang, Condessa Felicitas (atrás) e Condessa Angela von Faber-Castell (totalmente à direita)

8A GERAÇÃO 2010 – Cartão de Natal da 9a geração (da esquerda para a direita): Condessa Sarah, Condessa Katharina, Conde Charles e Condessa Victoria von Faber-Castell

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Barão Lothar von Faber em uma carta a seu irmão Eberhard, 31 de maio de 1869

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“DESDE O INÍCIO EU ESTAVA DETERMINADO A CHEGAR À POSIÇÃO MAIS ELEVADA POSSÍVEL, PRODUZINDO O QUE HÁ DE MELHOR NO MUNDO INTEIRO.”

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