Fotolivro Brasital

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Brasital A m達e dos saltenses


A m達e dos

saltenses


Desde o século XIX, Salto já atraía olhares de visitantes devido a suas cachoeiras e rios, mostrando um grande potencial para desenvolvimento e atração de indústrias, uma vez que as maquinarias eram movidas em sua maioria a vapor ou a água. Sistema de água e esgoto, iluminação, telefone, primeiro grupo escolar, banda de música e a segunda usina hidrelétrica instalada no Rio Tietê foram apenas alguns dos benefícios que trouxeram as indústrias que surgiram no século XX na cidade.



Com a imigração italiana, duas das fábricas têxteis pioneiras se juntaram e formaram a Brasital Sociedade Anônima para o Desenvolvimento Industrial e Comercial no Brasil, em 1919. Constituída por acionistas brasileiros e italianos, a Brasital S/A dominou grande parte de Salto até por volta de 1950, trazendo à cidade emprego, vilas operárias, açougues, creche e escola. A “mãe dos saltenses”, como era carinhosamente chamada, tinha uma forte presença feminina em seu quadro de funcionários, constituindo, por volta de 1940, 75% da mão de obra empregada. Os outros 25% era representado por homens que trabalhavam na tinturaria, oficinas mecânica, elétrica e de carpintaria, nos escritórios, nas cardas e nos depósitos de algodão e de fios.


Brasital e sua influĂŞncia na cidade


“A Brasital foi muito importante para toda a população saltense. Ela empregou muita gente da cidade e assim, se tornou como uma grande mãe para todos”, relata Murilo Gagliardi, produtor de um documentário sobre a fábrica Brasital. O vídeo surgiu em um trabalho do curso de Sistemas para Internet (Webdesign): “Por se tratar de um tema interessante e também por toda a história que a Brasiltal representou na minha família, optamos por contar uma breve história sobre ela”.



Além de ser rico em informações sobre a antiga empresa de tecelagem, o vídeo também conta com o testemunho da avó de Gagliardi, Delwige Vicente Padovani, 84 anos, que trabalhou durante 30 anos na fábrica. Dona Delwige trabalhou na fábrica desde os seus 14 anos, de 1943 até 1974. Começou na tecelagem e depois foi para outros setores, como o da costura. No vídeo, ela conta um pouco sobre a greve dos operários e um incêndio que destruiu algumas máquinas na fábrica, mas que gostou muito de trabalhar na empresa e ficou triste de ter deixado. A influência dos italianos na cidade gerou um tradicional evento que acontece há 18 anos na cidade, entre os meses de maio e junho. A Festa Ítalo Saltense homenageia a forte presença italiana na cidade.




De Brasital para CEUNSP


Ao contrário do que se pode pensar, o Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP) já existia em Salto antes de se estabelecer na Brasital. Em 1998, os saltenses receberam sua primeira faculdade, a qual foi estabelecida em comemoração aos 300 anos de fundação da cidade. As instalações ficavam no prédio da antiga Vinícola Milioni, em um edifício restaurado e transformado em Instituto Educacional. A inauguração ficou por conta do prefeito João Conti e do reitor Rubens Anganuzzi, contando ainda com placa comemorativa. Porém, com a rápida expansão dos cursos, tornou-se necessário adquirir um espaço acadêmico maior.



Após cinco anos de inatividade, as instalações da Brasital passaram a ser de uso universitário quando o CEUNSP anunciou que inauguraria seu quinto campus, em 2001. A estrutura lembra um castelo medieval, que nos remete aos bairros ingleses durante a revolução industrial. Com cerca de 140.000 m², o novo campus elevou a cidade ao status de Cidade Universitária, recebendo mais de 12.000 alunos de cerca de 126 cidades.


Textos: Amanda Oliveira, Beatriz Facchini, Caroline Moraes e Juliane Juvêncio Fotos: Matheus Gomes | Edição e diagramação: Fábio Duran Faculdade de Comunicação Artes e Design do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio


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