tutorial flopez

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puc_rio v.3.1



(versão 3.1)

_intro o tutorial flopez é um resumo das aulas de conteúdo em programação visual apresentadas às turmas de projeto e tipografia II do curso de design da Puc Rio. este material tem finalidade estritamente acadêmica. diversos casos, exemplos e comentários feitos em sala de aula não foram incluídos neste compacto, que tem por objetivo reforçar de forma remota os principais pontos do conteúdo teórico das aulas. as imagens que não pertencem ao acervo pessoal do autor foram encontradas na internet e estão aqui por uma boa causa (sempre que possível com créditos). bom proveito, Fabio Lopez

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conteúdo:

naming

definição objetivo um bom nome metodologia dicas práticas bad naming exercício

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identidade visual

glossário definição / classificação objetivo processo de criação definir pesquisar idear prototipar escolher implementar aprender ética profissional designers

tipografia

glossário definição história tecnologia desktop / web fonts tipo digital nomenclatura relações espaciais anatomia classificação licenças type designers


diagramação

vetor

referências

definição organização o grid criando um grid texto hierarquia combinando anti-grid

definição vetorização funcionamento construção

bibliografia links

sobre o autor agradecimentos

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_naming 7


naming

_definição naming é a tarefa de branding relacionada ao processo interdisciplinar e criativo de desenvolvimento de nomes para empresas, produtos e serviços. requer habilidades em diversas áreas de conhecimento, como:

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design marketing linguística legislação antropologia

“Sometimes, the design is in the name, and there’s nothing wrong with that.” - David Airey (Logo Design Love)


naming

_objetivo o nome é a mais básica e essencial ferramenta de identificação, designação e memorização de uma empresa, serviço ou produto. é uma peça chave na construção da personalidade empresarial por constituir um dos mais importantes pontos de contato entre uma marca e o mercado consumidor. seu objetivo é funcionar como uma espécie de 'gatilho' sonoro para uma vasta possibilidades de associações simbólicas.

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naming

classificação

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patronímicos

descritivos

nomes de marca baseados em nomes de pessoas, como fundador, inventor, dono de patente ou personalidade (licenciamento).

descrevem a natureza do negócio ou do produto de forma direta. em alguns casos podem ser compostos por palavras (ou partes) combinadas.

Disney, Ferrari, Harley Davidson

Volkswagen, Coca-Cola

toponímicos

metafóricos

nomes de marca que remetem ao lugar de origem ou de atuação inicial da instituição. em muitos casos nomes toponímicos também têm natureza descritiva.

nomes que revelam a natureza do negócio de forma indireta, referindo-se a seu objeto por meio de uma qualidade comum capaz de provocar associações de valor.

Nokia, Aerolíneas Argentinas

Puma, Nike, Jaguar, Apple

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naming

nomes encontrados

inventados (artificiais)

palavras existentes e de uso cotidiano escolhidas para apresentar o negócio sem necessariamente apresentar alguma relação com este. também conhecidos como nomes capturados.

nomes formados a partir da junção de palavras existentes dando origem a um novo léxico, ou palavras completamente novas (neologismos) derivadas de onomatopéias e gírias.

Oi, Orange, Vivo

Accenture, Kodak, Intelig

abreviações

nomes de status

siglas ou palavras formadas pelas primeiras letras de nomes descritivos. podem dar origem a acrônimos (pronunciáveis) ou não-acrônimos e dividem-se em iniciais e não-iniciais.

nomes cuja sonoridade ou significado remetem a um posicionamento de status elevado, gerando a percepção subjetiva de alto valor agregado. categoria também considerada metafórica.

IBM, Bradesco, Embratel, TAM

Diamante Negro, Consul

(proposta de Delano Rodrigues integrando Chaves, Room e Mollerup)

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naming

_objetivo quando concebido cuidadosamente, um nome pode ser um ativo muito valioso. além de promover a diferenciação e acelerar o processo de aceitação no mercado, um bom nome contribui para a geração de associações positivas para a marca, expressando valores de maneira clara e imediata. já um nome ruim pode custar muito caro, criando dificuldades na inserção e manutenção de uma empresa ou produto no mercado.

âmbito finalidade

estratégico

linguístico

criativo

legal

atuação eficiência

grafia sonoridade

originalidade comunicação

propriedade proteção

“Take care to get born well.” - George Bernard Shaw

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naming

_características de um bom nome segundo Marty Neumeier no livro ‘The Brand Gap’, um bom nome deve possuir as seguintes características:

: distinguibilidade : brevidade : conveniência : grafia e pronuncia fáceis : empatia : extensibilidade : possibilidade de proteção

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naming

características de um bom nome

distinguibilidade qualidade atribuida a nomes que se destacam na multidão de concorrentes e similares em sua categoria. o nome se separa bem do texto comum e do discurso? os melhores nomes de marca têm a presença de um nome próprio. nomes excessivamente comuns necessitam de grandes esforços de divulgação e reforço constante. (ex. nomes capturados)

exceções: nomes de marcas muito tradicionais e de atuação consolidada.

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naming

características de um bom nome

brevidade (ser breve) um bom nome geralmente é curto, o que facilita seu uso e memorização. nomes longos acabam gerando apelidos, em alguns casos assimilados pelas empresas em reposicionamentos de marca. nomes compostos por muitas palavras acabam reduzidos a siglas pouco comunicativas, criando palavras de difícil uso e sem apelo de mercado.

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naming

características de um bom nome

conveniência o nome deve estar plenamente ajustado ao propósito da empresa, bem como ao tipo de negócio praticado, a postura de atuação no mercado e ao público alvo com quem trabalha. nomes que fogem a natureza do negócio exigem grandes esforços para desfazer expectativas equivocadas.

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naming

características de um bom nome

grafia e pronuncia fáceis a maioria das pessoas consegue soletrar o nome depois de ouvi-lo? elas serão capazes de pronunciá-lo depois de vê-lo escrito? um nome não deve virar um teste de pronuncia ou fazer com que as pessoas se sintam ignorantes: evite experiências negativas. respeite o público alvo, fale sua língua.

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naming

características de um bom nome

empatia (crocância) nomes que são intelectualmente estimulantes já tem um bom ponto de partida. são aqueles que oferecem uma ‘sensação bucal’, algo que pode ser descrito pela combinação de efeito sonoro e experiência fonética. as pessoas vão gostar de usá-lo? sonoridades não pertencentes ao hábito fonético de um idioma tendem a se destacar nesse sentido (estrangeirismo). ex. sílabas travadas no final das palavras:

hip pop rock fax six box next fit labiodentais (f,v); linguodentais (t,d); repetição sonora / aliteração (musicalidade)

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naming

características de um bom nome

extensibilidade um bom nome sugere instantaneamente uma interpretação visual e se presta a inúmeras finalidades criativas, oferecendo incontáveis oportunidades de brincadeiras com a marca (brandplay). ele tem ‘pernas’? cuidado: a previsibilidade do sistema pode ocasionar em problemas de proteção.

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naming

características de um bom nome

possibilidade de proteção um bom nome pode apresentar diversas qualidades, mas se ele não pode ser registrado e protegido isso de nada adianta. embora muitos nomes possam ser registrados, alguns são mais defensáveis do que outros, tornando-se mais seguros e mais valiosos a longo prazo. pode ser usado na web?

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naming

_metodologia pesquisa // objetivos e diretrizes

definição dos conceitos associados ao negócio que vão balizar o desenvolvimento do projeto.

passo 1 // definir identifique e dimensione o desafio: você precisa apenas de um nome? descrição, tagline, extensão passo 2 antes de começar a etapa de geração de alternativas procure criar uma descrição técnica de sua empresa ou produto: seja claro e objetivo. passo 3 organize uma lista sucinta com os principais conceitos relacionados ao projeto.

projeto / empresa / serviço

atributos atitudes conceitos

pronto, você tem uma bússola.

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naming

_metodologia ideação // brainstorming

produza uma farta e despreocupada lista preliminar de palavras relacionadas ao tema do projeto. algumas técnicas: campo semântico geração de conceitos e busca por palavras associadas ao assunto do projeto. (cercamento do tema)

dicionário derivação de conceitos através de sinônimos e radicais comuns utilizando o dicionário. (cadeia de significados)

idiomas busca por palavras em outros idiomas. verifique a pertinência estratégica do estrangeirismo. (inglês, latim, etc.)

cenário e persona geração de palavras relacionadas a um contexto de uso ou perfil consumidor hipotético. (simulação de situações concretas de uso)

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perfume espinho

França

ar puro

botão

odor

garden

campo

pétala

frasco

banho

cheiro mulher

nariz

rosa

flor aroma

fragrância

jardim

olfato sentido

nota

delícia

relva

sonoridade

estímulo

geração de alternativas a partir de sons e fonemas que apresentem relação com o tema. (recursos: aliteração / onomatopéia)

gérbera gota suave

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sabonete


naming

_metodologia inspiração // brainstorming

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naming

_metodologia geração de alternativas // primeira triagem > foco

a partir da listagem de palavras e expressões que criou, rascunhe as primeiras propostas de nome de marca com algum potencial de desenvolvimento.

destacar: conceitos/palavras que atendam parcial ou inteiramente aspectos importantes do projeto. preserve ideias criativas, ainda que inacabadas. eliminar: palavras com baixo potencial de uso e ideias que não estejam alinhadas ao posicionamento estratégico da marca. use sua bússola. (e um bom machado se for preciso)

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naming

_metodologia geração de alternativas // segunda triagem > força

a partir da primeira listagem de propostas de nome, avalie em função dos 7 critérios de qualidade quais opções se destacam das demais. desdobre e evolua os caminhos que julgar mais promissores. importante: hierarquize os critérios de qualidade no intuito de ajustar a avaliação aos objetivos do seu projeto. faça quantas avaliações achar preciso, incluindo pesquisas de opinião e testes de rejeição.

distinguibilidade

evolução

importância dos critérios

brevidade

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naming

_metodologia escolha // triagem final > definição

hora de escolher dentre as propostas mais fortes aquela que melhor se adapta ao seu projeto. apesar de eleger apenas um nome, trabalhe com pelo menos 3 alternativas para o caso de alguma inviabilidade. teste: experimente o nome escolhido em sugestões de aplicação e textos fictícios. previna-se: para evitar grandes frustrações, inicie você mesmo uma pesquisa informal em sites de busca na internet, cadastros e listas telefônicas. (sim, ainda existem!) .com .com.br

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considerar aplicações e propósitos futuros

não esqueça: da possível ampliação do projeto, da relação com outros nomes da empresa, dos concorrentes, etc.


naming

_metodologia implementação // viabilidade e registro

verifique a viabilidade de implementação do nome escolhido e proceda com o registro junto a orgãos de proteção de patente e propriedade intelectual. verificações: trademark check busca prévia que indica as chances de êxito no registro. similarity check verifica a utilização do nome em outros segmentos do mercado. (alto renome) disaster check significado e interpretações pejorativas do nome em outros idiomas. tudo ok?

(INPI / USPTO + EPO + JPO)

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naming

_dicas práticas de naming baseado em prática de sala de aula com alunos de habilitações de moda, projeto de produto, mídias digitais e comunicação visual.

: diálogo : contexto : percepção : estratégia : diferença : bom senso 28

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naming

dicas práticas de naming cv / mídia / moda / pp

deixe sempre imagens do projeto à vista

os objetos falam, é preciso saber ouvir durante o brainstorming deixe uma imagem do projeto que está desenvolvendo à vista: esse diálogo visual é fundamental, pois serve para nortear o processo de geração de ideias. deixe à vista também a listagem de conceitos associados ao seu projeto, e tudo que for importante ou tiver relação com o trabalho. (e esporadicamente dê uma olhadinha...) tecidos, fotos, materiais, detalhes, esboços...

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naming

dicas práticas de naming cv / mídia / moda / pp

simule situações concretas de uso

experimente-o no mundo imagine sua empresa ou produto no mundo real, simulando situações em que seu nome seria mencionado em uma nota de jornal. veja se o nome proposto está bem inserido no contexto da notícia. imagine consumidores mencionando o nome criado numa conversa informal e numa situação de compra. quem são? que língua eles falam? como se comportam no ponto de venda e que outros produtos consomem? identifique padrões e crie relações. que produtos respondem a aspirações semelhantes? como se chama? que outros produtos o seu cliente consome?

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naming

dicas práticas de naming cv / mídia / moda / pp

valorize a comunicação imediata do produto

o que você vê é o que você tem não seja hermético: valorize a aparência e o aspecto geral do produto e crie um nome que faça sentido para o consumidor. o nome não deve explicar o produto, deve apresenta-lo. parece o que? faz o que? que característica mais se destaca? evite confundir o consumidor com mensagens de difícil compreensão e nomes que não se façam entender imediatamente. um nome que precisa de legenda não é um bom nome.

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naming

dicas práticas de naming cv / mídia / moda / pp

leve em consideração objetivos estratégicos

diga a que veio o nome não é um detalhe, mas uma ferramenta estratégica de alto impacto. use-o para comunicar aspectos importantes da sua marca, como postura, atitude e posicionamento. crie expectativas realistas em relação a seu projeto: fale a língua do seu consumidor e não prometa o que não estiver oferecendo.

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naming

dicas práticas de naming cv / mídia / moda / pp

busque novas referências

saia da caixa coloque a cabeça para fora e deixe o vento bater: busque nomes diferentes fugindo de descrições formais muito utilizadas no ambiente saturado do design. aventure-se por outros campos de conhecimento em busca de nomes criativos. procure conexões e sinapses vasculhando músicas, artes plásticas, literatura, cinema, teatro, esportes... evite ser hermético, mas desafie-se por uma solução diferente.

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naming

dicas práticas de naming cv / mídia / moda / pp

use o bom senso

piadas repetidas perdem a graça evite a sacação barata, o humor de baixa qualidade e fuja da infâmia se seu projeto não for intencionalmente infame. cuidado com o encaixadilho: pedaços de palavras combinados no mesmo nome forçando a relação de ideias distintas. (ex.: encaixe + trocadilho) tenha humildade: se não dedicou muito tempo a essa tarefa opte por um nome simples mas que atenda adequadamente os objetivos do projeto. não seja grosseiro, nunca! seu consumidor não quer ser ofendido, tampouco como ser pensante.

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naming

deixe sempre imagens do projeto à vista

simule situações concretas de uso

valorize a comunicação imediata do objeto

leve em consideração objetivos estratégicos

busque novas referências

use o bom senso

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naming

bad naming approach detour / par贸dia

ortografia

univercidade

sem no莽茫o

fuck fiat

gato por lebre

falha de registro

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daspu

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nokla

iphone

acidente cultural

apelido

culpa no cart贸rio

cacofonia

encaixadilho

pajero

cce

valdisnei

mala amada

amijubi


naming

exercício:

personal naming generator escreva seu nome completo num pedaço de papel. agora pense-o como ferramenta de marketing pessoal e crie diferentes versões do seu nome para se apresentar nas profissões abaixo. se for preciso altere, adapte ou simplifique-o. use a imaginação!

caso_01 (seriedade, tradição, confiança, respeito) advogado / médico / engenheiro / químico industrial caso_02 (irreverência / particularidade / posicionamento) dj / grafiteiro / ator / cantor pop / mc / artista plástico hype caso_03 (defina sua postura profissional) designer

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_identidade visual 39


identidade visual

_logomarca mal visto _logotipo impreciso _marca cuidado _identidade visual ok! _logo apelido

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design gráfico (!) símbolo e/ou logotipo branding (metonímia) “Marca é a percepção intuitiva de uma pessoa em relação a um produto, serviço ou empresa.” [Marty Neumeier]


identidade visual

_definição um sistema de identidade visual [SIV] constitui um conjunto de definições particulares relacionadas a apresentação visual de uma empresa, produto ou serviço. símbolo / logotipo / fonte de apoio e web / sistema de assinaturas paleta de cores / grafismos e elementos de apoio / linguagem gráfica materiais / comportamento / modelos tridimensionais / animação avatares e mascotes, etc.

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identidade visual

classificação segundo o INPI: marca é todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifica e diferencia empresas, produtos e serviços de outros análogos.

nominativa

figurativa

mista

registro do nome

registro de imagem e/ou grafia estilizada

registro de elementos nominativos e figurativos

(classificação de Viena)

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identidade visual classificação proposta por Norberto Chaves

logo-símbolo ambos signos identificadores estão formalmente integrados e constituem uma unidade gráfica indissociável.

identificadores simbólicos

logotipo com símbolo

apenas símbolo

ambos signos são formalmente independentes e têm capacidade de identificação tanto em conjunto como separados.

em alguns casos o símbolo alcança um nível de imposição tão grande que pode prescindir totalmente do logotipo.

identificadores nominais logotipo com fundo o logotipo está inserido em um fundo sem autonomia no processo de identificação da marca.

logotipo com acessório o logotipo está acompanhado de algum sinal acessório sem autonomia no processo de identificação da marca.

logotipo puro representação exclusivamente tipográfica, caligráfica ou manuscrita do nome.

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identidade visual

_objetivo um sistema de identidade visual tem por objetivo particularizar a apresentação de uma empresa, produto ou serviço, estabelecendo padrões de comunicação claramente percebidos pelo público em geral. esses padrões devem ser capazes de transmitir de maneira rápida e eficiente o conjunto de conceitos, qualidades e atributos que caracterizam uma marca.

“If brands exist at all, they exist in the minds of consumers.” - Brina Millar

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identidade visual

_objetivo oportunidades de projeto: criação

atualização

design de marca :criação :ampliação :normatização ampliação

mudança de percepção

redesign de marca :atualização :mudança de percepção :mudança de atuação normatização

mudança de atuação

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identidade visual AloĂ­sio MagalhĂŁes e Joaquim Redig, 1966

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Evelyn Grumach // e.g.design, 1998


identidade visual www.underconsideration.com/brandnew

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redesign cuidado: ‘redesign de marca’ não quer dizer apenas ‘redesenho de marca’. significa reposicionamento estratégico com provável redesenho de marca. o redesign de uma marca acarreta na reformulação de todo o sistema de comunicação visual da empresa. aliás, é possível criar um consistente projeto de redesign apenas mudando o padrão de aplicação e a atitude de uma marca pré-existente, mantendo-a praticamente inalterada.

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identidade visual

vida útil o tempo de vida útil de um sistema de identidade visual define o plano de implementação, os parâmetros de avaliação e os objetivos do projeto.

marcas efêmeras

marcas duradouras

: eventos, feiras, competições, softwares;

: utilizadas para empresas e produtos;

: datas, indicação de local, edição e/ou versão;

: apresentam valores e atributos da corporação;

: explorados por um tempo relativamente curto e programado;

: são explorados durante um ciclo completo de branding evitando o rápido esgotamento;

: são sistemas de identidade pouco flexíveis, geralmente contendo emblemas ou imagens organizadas em bloco;

: baseiam-se em um amplo e flexível sistema de assinaturas;

: podem seguir padrões pré-estabelecidos.

: são projetos independentes, ainda que possam estar relacionados a marcas anteriores.

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identidade visual

ciclos de branding a estratégia de comunicação institucional de uma empresa é definida em função do ciclo de branding da marca. cada fase desse ciclo funciona no sentido de orientar as ações responsáveis por manter uma comunicação eficiente e atualizada. implementação área de desgaste (redesign)

plenitude t_2 (manutenção)

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ativação da marca

plenitude t_1 (reforço)

attack decay sustain release atualizações e redesigns bem feitos evitam desgastes no processo de comunicação de uma empresa.


identidade visual

_processo de criação “O tamanho da marca não importa desde que o problema de design a solucionar seja suficientemente atrativo.” protocolo de solução de problemas baseado na combinação de empatia, criatividade e racionalidade.

> > > > > > >

- Jaime Martínez

definir // entender o problema; pesquisar // levantamento de dados e estratégia; idear // brainstorming; prototipar // geração de alternativas e experimentação; escolher // definição, refinamento e apresentação; implementar // entrega, aplicação e gestão; aprender // feedback e aperfeiçoamento. tutorial flopez

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identidade visual

_definir entender o problema e formular as perguntas corretas.

um sistema de identidade visual é a embalagem da marca, não seu conteúdo. use-o como ferramenta e nunca como solução. otimize sua eficiência dimensionando adequadamente sua importância em um processo de design. a identidade visual é um meio e não um fim.

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identidade visual

_pesquisar formular o briefing que vai embasar e nortear o desenvolvimento do trabalho.

projeto / empresa / serviço

atributos atitudes conceitos

Norberto Chamma Marcas & Sinalização senac sp

entender a essência do produto / pesquisa e análise de mercado

definir o modo de proceder, a estratégia de atuação

identificar os conceitos associados à marca

considerar aplicações e propósitos futuros

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identidade visual

_pesquisar metodologia apresentada pelo designer e professor João Leite.

_realidade institucional :o que é a empresa (serviços, área de atuação, público alvo)

_identidade institucional :como a empresa se vê (discurso empresarial)

_comunicação institucional :como a empresa se apresenta (interface com mercado)

_imagem institucional :como a empresa é vista (percepção de mercado)

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identidade visual

_pesquisar pontos de contato da marca

transmita a personalidade da marca; alinhe-se com a estratégia de posicionamento; crie um ponto de vista, aparência e sentido; faça o sistema funcionar em todas as mídias; demonstre entendimento do público alvo;

website

mala direta

avatares

assinaturas

ponto de venda impressos anúncios uniformes / veículos publicações material promocional

vídeos institucionais comunicação institucional papelaria logotipo sinalização embalagens

diferencie!

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identidade visual

_pesquisar público alvo: mapa de empatia

pensa vê

ouve faz

:o que ele fala e faz? atitude em público, aparência, comportamento.

:o que ele pensa e sente? o que é importante, expectativas, principais preocupações e aspirações.

:o que ele vê? ambiente, amigos, o que ele encontra no mercado.

:o que ele escuta? o que os amigos dizem, quem o influencia, seus canais de comunicação.

+ medos, objetivos e desejos. 56

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identidade visual

_pesquisar além de seu público alvo, identifique todos os agentes do mercado que afetam o desempenho do seu negócio: essa será sua base de pesquisa.

acionistas / investidores donos / conselho administrativo funcionários (clientes internos) fornecedores / sindicatos associações empresariais ou profissionais comunidades onde a empresa tem operações órgãos reguladores especialistas / instituições acadêmicas governos municipal / estadual / federal ongs / mídia concorrentes / parceiros

sua marca

stakeholders (pilares da marca)

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identidade visual

o que você faz? defina um propósito.

qual é a sua visão? defina uma direção para seu negócio.

o que você deve acrescentar ou retirar? fortaleça seu estado único.

quem ama você?

como as pessoas interagem com você?

o que os clientes experenciam?

quem é você?

qual é a tendência que estimula sua empresa?

quem concorre em sua categoria?

o que faz você ser único?

quem é o inimigo? diga a seus clientes o que você não é.

como você é chamado?

como você explica sua marca?

como você se comunica?

como você conquista a fidelidade dos clientes?

como você prolonga o seu sucesso?

como você protege seu portifólio?

formule você mesmo a próxima pergunta.

Marty Neumeier, Zag: a estratégia número 1 das marcas de sucesso.

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identidade visual

_pesquisar análise de cenário

“Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças.” (SUN TZU, a Arte da Guerra)

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identidade visual

como [não] quer parecer? o que [não] quer transmitir? como [não] quer se posicionar no mercado?

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arrojada

tradicional

tecnologia

jovem

conservadora

desempenho

dinâmica

próxima

segurança

diferenciada

elitizada

proteção

agressiva

atualizada


identidade visual

ferramentas auxiliares de alinhamento e estratégia conceito chave / direcionamento

plataforma criativa ©modo_design

brandirection ©tátil_design

resumo visual do briefing: organiza e orienta a etapa de ideação do projeto

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identidade visual

ferramentas auxiliares de alinhamento e estratégia briefing // debriefing

cliente:

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interação

interação

alinhamento contato equilíbrio estratégia meta movimento

alinhamento contato equilíbrio estratégia meta movimento

a etapa de desenvolvimento tem início

re-alinhamento e ajustes no briefing


identidade visual

ferramentas auxiliares de alinhamento e estratégia mapa de expectativa (visual)

cliente:

robusto

delicado ajuste

limpo

rebuscado

sofisticado

popular

retilíneo

curvilíneo

ousado

ponderado

tradicional

contemporâneo

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identidade visual

ferramentas auxiliares de alinhamento e estratĂŠgia pesquisa de similares / benchmarking

identifique os similares de mercado e avalie seu comportamento. defina o posicionamento que pretende adotar e aprenda com os erros e acertos de seus concorrentes.

acerto alternativa erro

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identidade visual

_idear geração de ideias: produza tantas quanto for possível, evitando nessa etapa filtros e questionamentos. alimente-se de referências e colecione tudo que tiver alguma relação com o projeto. de preferência: divirta-se!

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identidade visual

_idear

tags

estratégias de geração de ideias e conceitos. mantenha a mente aberta e pense no problema sem a preocupação de encontrar uma solução definitiva. evite o julgamento precipitado e tome nota de tudo.

brainstorming

board visual

líder membros secretário ©tátil_design

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identidade visual

_prototipar rascunho, geração de alternativas e experimentação.

estratégias de criação

natureza objetos ações paisagens...

metáforas visuais / comunicação indireta representação visual do serviço prestado ou produto abstração gráfica

formas geométricas ou orgânicas

trabalhar visualmente a tipografia

“All you need is a typeface and a colour and you have a brand.” - Erik Spiekermann

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identidade visual

tipografia: subjetividade planejada tradicional

cuidado! tipografia não é detalhe. feminino

informal

“Existem vários processos acontecendo no nosso inconsciente enquanto lemos algo. Através de uma escolha tipográfica, os designers estabelecem rotas para os leitores: rotas que frequentemente não são percebidas conscientemente mas que ainda assim estão sendo seguidas.” – Gerard Unger.

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identidade visual

_prototipar fórmula de construção da retórica tipográfica (o discurso pela tipografia).

associação por analogia: relação de semelhança formal e/ou conceitual a algo

por afirmação ou negação; direta (óbvia) ou indireta (sutil)

retórica tipográfica

condicionado à

bagagem cultural: determina o nível de acesso ao conteúdo da mensagem

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identidade visual

exemplos de analogias aplicadas na construção do significado pela tipografia:

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conceitos

característica visual

recurso tipográfico

sensual

insinuante, provocante

curva, sugestão da forma

feminino

delicado, frágil

letras finas, curvilíneas

íntimo

próximo, suave, contato

humanista, leve, minúsculas

casual

básico, informal, comum

legibilidade, manuscrito, minúsculas

simples

objetivo, claro, austero

legibilidade, arquétipo

qualidade

acabamento, precisão

alinhamento, perfeição, ajuste ótico

dinâmico

movimento, ritmo, conexão

itálico, ligatura, cursivo

sofisticado/elegante

discreto, minimalista

leveza, maiúsculas, espacejamento

tradicional

recorrente, antigo

tipos clássicos, serifa

confiança/respeito

equilíbrio, estabilidade, coerência alinhamento, peso, proporção

autoridade

força, consistência

maiúsculas, peso, condensado

diversidade

múltiplo, híbrido, coletivo

variação formal, contraste, unicase

irreverente/arrojado

incomum, inusitado

assimétrico, irregular, desconstruído

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identidade visual

_prototipar logotipo: dicas e orientações para criação. baseado no livro ‘signos de identidad’ de John Moore.

significado: analise o nome do projeto e seu gênero, se é figurativo, regional ou universal, estático ou dinâmico. que associações permite? o nome como elemento visual: é uma construção longa ou curta? quantas letras e sílabas possui? pares ou ímpares? quantas se repetem? sonoridade: existe alguma letra ou sílaba central? alguma letra ou característica do nome que possa ser explorada visualmente? cuidado: mantenha a construção legível (atenção à primeira letra). evite o ‘overdesign’, forçando interferências no desenho tipográfico com encaixes e ajustes exagerados. acredite na simplicidade.

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identidade visual

_prototipar desenhe bastante levando em consideração características expressivas inerentes a cada ferramenta.

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tutorial flopez

esboços: new york public library


identidade visual

lembre-se: uma identidade visual ĂŠ composta por diversos aspectos. evite sobrecarregar funcional e simbolicamente qualquer um deles.

sĂ­mbolo / grafismos

paleta de cores

logotipo / tipografia

materiais

comportamento

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identidade visual

_escolher etapas de definição e refinamento.

equipe

cliente

crivo técnico

filtro

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refinamento

evolução

esboços

direções

soluções

recomendação

alinhamento

avaliação de potencial

testes

simulação e verificação legal

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identidade visual

style tiles / blocos de estilo organize suas propostas estabelecendo partidos visuais bem definidos e agrupados em blocos de estilo, cada qual priorizando um aspecto do briefing ou tema de representação.

ex.: tema pop tech tecnolĂłgico vibrante conectado moderno

dica Dimaquina. veja mais em: http://styletil.es/ tutorial flopez

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identidade visual

apresentação aprenda a vender bem seu projeto.

1. escrever bem é imprescindível. saber articular questões em design com consistência e clareza é fundamental. 2. apresentação de projeto não é palestra para designers: prepare suas apresentações de acordo com o perfil dos clientes - mostre conteúdo e não enrolação. 3. inclua a montagem da apresentação no planejamento do projeto: é uma das etapas mais importantes em qualquer trabalho, exige tempo e energia. 4. utilize boas imagens e capriche nas simulações, animações, no texto ou em material impresso adicional. é a hora em que você está moldando a percepção do cliente. 5. defina a estratégia de apresentação que mais se adequa ao tipo de solução proposta. comece estabelecendo claramente o enunciado do problema que você resolveu. 6. defenda seu projeto com paciência, seriedade e confiança.

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identidade visual

a regra dos 5 P’s ensaie, treine, prepare-se.

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77


identidade visual

apresentação 1. escrever bem / 2. mostre conteúdo (sem exagero)

ops...

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identidade visual

apresentação 3. planejamento / 4. boas imagens

hot site animação vídeo protótipo impresso texto fotos

typofreaks | Maitê Lacerda

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identidade visual

apresentação 5. estratégia / 6. defenda

bons argumentos geralmente nascem durante a criação das apresentações de projeto. nessa etapa, um designer deve ser capaz de verbalizar o raciocínio visual existente numa solução, descompactando sua intuição em explicações convincentes.

construção / estruturar

clímax

área de expectativa

área de segurança

clímax

decupagem / consolidar

enunciado justificativa

80

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solução


identidade visual

_implementar manual de uso e aplicação de identidade visual: crie um padrão para seus projetos e repita-o adaptando o modelo a situações específicas.

“Na impossibilidade de resolver de antemão todos os possíveis problemas relativos ao universo de aplicações da marca (xxxxx), cabe a este manual fornecer o máximo de informações necessárias para que a identidade visual desenvolvida seja aplicada de acordo com os objetivos do projeto. Com a finalidade de assegurar a utilização da identidade criada de forma consistente e adequada, sugerimos que esta tarefa seja sempre executada por um profissional de programação visual, capaz de avaliar com competência e bom senso as necessidades existentes em cada situação de uso e as informações contidas nesse manual.”

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81


identidade visual

conteúdo: resumido

: marca / conceito assinaturas cores institucionais / apoio fundos coloridos área de proteção reduções versão pb fonte institucional uso incorreto papelaria básica aplicações

82

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identidade visual

conteúdo: resumido

marca / conceito : assinaturas cores institucionais / apoio fundos coloridos área de proteção reduções versão pb fonte institucional uso incorreto papelaria básica aplicações

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83


identidade visual

conteúdo: resumido

cores institucionais

marca / conceito assinaturas : cores institucionais / apoio fundos coloridos área de proteção reduções versão pb fonte institucional uso incorreto papelaria básica aplicações

84

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cores de apoio


identidade visual

conteúdo: resumido

marca / conceito assinaturas cores institucionais / apoio : fundos coloridos área de proteção reduções versão pb fonte institucional uso incorreto papelaria básica aplicações

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85


identidade visual

conteúdo: resumido

marca / conceito assinaturas cores institucionais / apoio fundos coloridos : área de proteção reduções versão pb fonte institucional uso incorreto papelaria básica aplicações

86

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identidade visual

conteúdo: resumido

marca / conceito assinaturas cores institucionais / apoio fundos coloridos área de proteção : reduções versão pb fonte institucional uso incorreto papelaria básica aplicações

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identidade visual

conteúdo: resumido

marca / conceito assinaturas cores institucionais / apoio fundos coloridos área de proteção reduções : versão pb fonte institucional uso incorreto papelaria básica aplicações

88

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identidade visual

conteúdo: resumido

marca / conceito assinaturas

Aller display

cores institucionais / apoio fundos coloridos área de proteção reduções

Aller regular

versão pb : fonte institucional uso incorreto papelaria básica aplicações

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identidade visual

conteúdo: resumido

marca / conceito assinaturas cores institucionais / apoio fundos coloridos área de proteção reduções versão pb fonte institucional : uso incorreto papelaria básica aplicações

90

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identidade visual

conteúdo: resumido

marca / conceito assinaturas cores institucionais / apoio fundos coloridos área de proteção reduções versão pb fonte institucional uso incorreto : papelaria básica aplicações

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identidade visual

conteúdo: resumido

marca / conceito assinaturas cores institucionais / apoio fundos coloridos área de proteção reduções versão pb fonte institucional uso incorreto papelaria básica : aplicações

92

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identidade visual

o universo da marca uma identidade visual não é apenas um carimbo para identificar produtos e serviços - é a expressão visual de uma personalidade corporativa e de uma experiência de consumo. procure explorar todo o potencial do seu projeto através do uso inteligente e criativo de ícones, cores e tipografia (brandplay). seja envolvente, gere empatia e conquiste a audiência. “Some of the best logos are obvious, that’s what makes them resilient.” - Michael Bierut

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93


identidade visual

marcas dinâmicas (canvas/mutante) alguns sistemas de identidade visual exploram o conceito de diversidade e flexibilidade de maneira bastante radical. conhecidas como marcas* dinâmicas, são identidades constituídas por símbolos e/ou logotipos criados para funcionar como base e suporte para variações de forma, composição ou preenchimento. nesses projetos a coesão do sistema proposto apóia-se mais no comportamento do conjunto que na repetição padronizada de elementos visuais.

* pela terminologia do design gráfico.

94

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identidade visual

_aprender parâmetros de avaliação propostos por Norberto Chaves e Raúl Belluccia* * La Marca Corporativa (ed. Paidós, 2003)

1. qualidade gráfica genérica

8. vigência

2. ajuste tipológico

9. reprodutibilidade

a composição dos elementos é harmônica

o tipo de solução adotado é adequado

a solução é atual

a aplicação é bastante viável

3. suficiência

10. legibilidade

4. correção estilística

11. pregnância

5. compatibilidade semântica

12. vocatividade

6. inteligibilidade

13. singularidade

7. versatilidade

14. declinabilidade

a solução supre as necessidades do projeto

a linguagem gráfica adotada é adequada

os valores transmitidos pela marca são adequados

os valores são transmitidos claramente

resiste a contextos variados de uso

graficamente fácil de ser lida

tem qualidades mnemônicas

a solução é interessante

o desenho é exclusivo e particular

o sistema criado pode ser ampliado

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identidade visual

ética profissional como analisar um projeto de identidade visual criado por outro profissional:

1. seja respeitoso. 2. tenha cautela se por ventura desconhecer aspectos fundamentais do projeto como: processo de criação, decisões do cliente, objetivos estratégicos, desdobramentos, etc. 3. design não é ciência exata. 4. o designer é apenas um integrante da ampla equipe de criação e manutenção de uma marca: reconheça as limitações das decisões de design no contexto do negócio. 5. não julgue um projeto apenas pelo resultado. 6. sempre compartilhe os aspectos positivos e negativos do projeto com o cliente. 7. aprenda a diferenciar opinião técnica de opinião pessoal.

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identidade visual

_designers

Bradesco, 1997

Lindon Leader (us) 1957 Landor Associates Leader creative www.landor.com | www.leadercreative.com Federal Express, 1994

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97


identidade visual

_designers

Bell, 1969

Saul Bass (us) 1920 - 1996 Saul Bass and Associates www.saulbass.tv

United Airlines, 1973

98

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identidade visual

_designers

NBC identity, 1986

Ivan Chermayeff (uk) 1932 Chermayeff & Geismar www.cgstudionyc.com

Chase Manhattan bank identity, 1961

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99


identidade visual

_designers

Westinghouse Electric Corporation, 1960

Paul Rand (us) 1914 - 1996 independente www.paul-rand.com

International Business Machine, 1956

100 tutorial flopez


identidade visual

_designers

NYC Ballet, 2007

Paula Scher (us) 1948 Pentagram www.pentagram.com

Citi Group Bank, 1998

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101


identidade visual

_designers

Hering, 1992

Alexandre Wollner (br) 1928 FormInform www.wollnerdesigno.com.br

Banco ItaĂş, 1980

102 tutorial flopez


identidade visual

_designers

Banco Central do Brasil, 1975

AloĂ­sio MagalhĂŁes (br) 1927 - 1996 M+N+P // PVDI www.pvdi.com.br

Unibanco (Banco Moreira Salles), 1965

tutorial flopez 103


104 tutorial flopez


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_tipografia 105


tipografia

_glossário ing/port font: fonte matriz (digital ou física) contendo um tipo específico. atualmente é um arquivo que funciona como um pequeno software.

foundry: fundição empresa especializada na produção e comercialização / distribuição de fontes digitais. (licenciamento)

letterpress (printing): impressão tipográfica sistema de impressão industrial que se utiliza de tipos móveis, clichês de metal, fotopolímero e outras formas de transferência de tinta por relevo. (relevografia) envolve uso de matrizes físicas entintáveis e prensas.

printing office: oficina tipográfica estabelecimento destinado a composição e impressão tipográfica. + letterpress workshop / studio / shop 106 tutorial flopez


tipografia

_glossário ing/port

type: tipo modelo, classe, conjunto de características. + tipo: (1) pequeno bloco de metal ou madeira contendo em uma das faces relevo de sinal de escrita para ser reproduzido através de impressão. (ing. ‘sort’) (2) conjunto de sinais de escrita com características comuns (v. typeface).

type design: design de tipos + type designer: designer de tipos profissional que desenvolve tipos digitais.

typeface: tipo, desenho tipográfico + denomina também um conjunto de tipos apresentando características visuais comuns, variantes de peso, postura ou estilo. (família tipográfica)

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107


tipografia

_glossário ing/port

typesetting: composição tipográfica typographer: tipógrafo profissional que trabalha em oficinas tipográficas executando tarefas de composição, paginação e impressão. + (hist. ing) também utilizado para se referir ao designer que possui proficiência no uso da tipografia como recurso de expressão.

typography: tipografia conjunto de procedimentos e saberes relacionados as tarefas de criação, composição e uso de tipos. é uma importante área de pesquisa, atuação, produção, expressão, planejamento e pensamento. + tipologia (typology): estudo de tipos (padrões) exibindo características comuns. expressão erroneamente utilizada como sinônimo de tipografia.

108 tutorial flopez


tipografia

_definição Tipografia é a área do design gráfico dedicada ao estudo, ao uso e a criação de letras, alfabetos e sistemas de escrita. é um dos campos mais tradicionais do design, cujo desenvolvimento teórico vem sendo construído há mais de 500 anos.

tutorial flopez 109


tipografia

_definição na tipografia podemos encontrar diversos fundamentos do design e uma diversidade de relações inerentes à experiência visual humana.

contexto, detalhe, ritmo, equilíbrio, escala, textura, cor, contraste, percepção, hierarquia, módulo, padrão, tempo, e movimento.

110

tutorial flopez


tipografia

_definição a tipografia é o tom de voz do texto, o jeito de falar e o sotaque. grave, baixo, formal, moderno, tradicional, discreto, aristocrático, rude, rápido, barroco, técnico, irônico, bobo, alegre, enfadonho, popular, esnobe, carioca, francês ou alemão.

‘typography is what language looks like.’ - Ellen Lupton

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111


tipografia

_definição Na tipografia relações aparentemente contraditórias são na verdade complementares e interdependentes.

unidade e conjunto, figura e fundo, semelhança e diferença, detalhe e todo, função e estética, tradição e tecnologia. 112

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© John Langdon


tipografia

Marcia Martins

Vladimir Tomin

Diego Cataldo e Sergio Rodríguez

também é ferramenta de expressão. Julia Valle

Amandine Alessandra

Fred Eerdekens

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113


tipografia

_história até o começo do século XV os livros eram produzidos individualmente através da escrita caligráfica e reproduzidos com o auxílio de copistas. eram objetos raros e caros, destinados aos poucos letrados do mundo.

manuscritos franceses (séc. XV e XIII)

114

tutorial flopez


tipografia

_história já existiam algumas técnicas relacionadas a produção mecânica de livros e impressos, mas ninguém ainda havia planejado um sistema que permitisse industrializar a produção por completo. por volta de 1450 o impressor alemão Johannes Gutenberg realizou essa tarefa.

tipos móveis: China séc. XI tipos móveis de metal: China séc. XIII

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115


tipografia

_história Gutenberg não inventou a imprensa: todas as tecnologias de impressão já existiam. o que Gutenberg e seus sócios fizeram foi aperfeiçoar um sistema de impressão ainda muito precário, tornando-o uma cadeia de produção mais eficiente o que deu novo impulso a produção de livros e outros impressos. bíblia de 42 linhas chumbo + antimônio

:tipos móveis reutilizáveis; :padronização do sistema; :prensa mecânica; :tinta a base de azeite; :papel de qualidade.

116

tutorial flopez


tipografia

_história a tipografia mecânica vivenciou cerca de 500 anos de evolução tecnológica contínua.

elementos principais: a. olho b. face(anterior) ou barriga c. corpo detalhes: 1. rebarba ou talude 2. risca ou ranhura 3. canal ou goteira 4. pé

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117


tipografia

_história antes de migrar para o ambiente digital, a tipografia experimentou o interlúdio tecnológico da fotocomposição. A fotocomposição, sistema criado na década de 1950, substituiu os tipos fundidos por matrizes planas gravadas em filmes de acetato, facilitando a criação, modificação e o transporte de fontes.

início da desmaterialização da tipografia.

118

tutorial flopez


tipografia

_história o surgimento do novo complexo tecnológico digital exigiu um período de transição, e as primeiras fontes digitais caracterizam-se pela baixa qualidade de renderização em tela. as letras eram construídas por pontos (pixels) acesos ou apagados.

tutorial flopez

119


tipografia

_história no começo dos anos 80 surge o formato PostScript e as fontes passam a ser definidas por linhas de contorno escaláveis. nesse formato as letras são construídas a partir de descrições matemáticas chamadas curvas de Bézier.

construção vetorial 'econômica' 120 tutorial flopez


tipografia

_história atualmente o vetor matemático é a substância da tipografia, e as fontes digitais funcionam como pequenos softwares. uma vez instalada no computador a fonte habilita programas de edição de texto a interpretar visualmente os caracteres do alfabeto de forma particular.

tutorial flopez

121


tipografia

_tecnologia a evolução do arquivo tipográfico digital ~ 2000

TrueType

Type 1 (ATM) OpenType .inf

.ttf

.pfb

.pfm /afm

binary

metric

.otf

(outline)

aprox. 10 - 250 kb 256 caracteres

122

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multiplataforma (Mac + PC) gde. capacidade de armazenamento possibilidade de programação

65.536 caracteres


tipografia recursos OpenType (features)

_tecnolo

OpenType .otf

programação

tutorial flopez 123


tipografia

variância planejada - substituição contextual automática

124 tutorial flopez


tipografia

_desktop / web fonts designer

desktop font

usuรกrio

desktop font

web-safe fonts (MS core fonts for web)

verdana times arial courier georgia trebuchet comic tutorial flopez

125


tipografia desktop font

desktop font

@ font face

designer

usuรกrio

web fonts woff + drm

licenรงa para uso na web

digital rights management designer

arquivo cรณdigo

126

tutorial flopez

usuรกrio

provedores de tipografia


tipografia

_tipo digital (typeface) fonte: conjunto alfabético básico e ampliado

caixa alta

caixa baixa

small caps

alinhados / oldstyle

símbolos / pontuação

diacríticos / ligaturas

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 1234567890 1234567890 @ ! & * # % + = ÷ ? ƒ © ° ® † ¥ « ¶ § $ ™ . , : ; [ ]{ } àéïñåôøç œæߪ¤fiflº∆ ≠≤≥≈∞Ω∏ tutorial flopez

127


tipografia

_tipo digital (typeface) o conjunto alfabético: básico e ampliado

alinhados / oldstyle (algarismos de texto)

caixa alta

caixa baixa

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 01234567890 01234567890 @ ! & * # % + = ÷ ? ƒ © ° ® † ¥ « ¶ § $ ™ . , : ; [ ]{ } àéïñåôøç œæߪ¤fiflº∆ ≠≤≥≈∞Ω∏

128 tutorial flopez


tipografia idiomas // variaçþes do desenho (glifos) // ligaturas // símbolos especiais // ornamentos

www.parachute.gr tutorial flopez 129


tipografia

_tipo digital (typeface) ampliando um conceito tipográfico: fonte, variantes e família

normal

base de criação

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz

planejamento tipográfico: estudos iniciais prevendo a ampliação do projeto

130 tutorial flopez


tipografia

_tipo digital (typeface) ampliando um conceito tipográfico: fonte, variantes e família

normal

base de criação

bold

variante de peso

itálico

variante de postura

bold itálico

peso + postura

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 9 - 16°

1 - 9°

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz abcdefghijklmnopqrstuvwxyz oblíquo

itálico

tutorial flopez

131


tipografia

_tipo digital (typeface) ampliando um conceito tipogrĂĄfico: fonte, variantes e famĂ­lia

ultra light thin light roman normal bold heavy black

132

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Helvetica

Max Miedinger, 1956


tipografia

_tipo digital (typeface) ampliando um conceito tipográfico: fonte, variantes e família combinações:

light condensed

peso postura largura

light light extended roman light extended oblique bold extended black extended oblique

tutorial flopez 133


tipografia

_tipo digital (typeface)

Super família Thesis Luc (as) de Groot, 1994 - 99

ampliando um conceito tipográfico: fonte, variantes e família

sans

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz

serif

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstu Scala: mesmo conceito com serifa e modulação diferente. Martin Majoor, 1993

134 tutorial flopez


tipografia

ferramentas de expansão tipográfica superpolação

manual (oldschool)

multiple master: interpolação

tutorial flopez 135


tipografia

_nomenclatura linhas guias: o grid de construção no design de tipos. altura-de-x: proporção interna estabelecida entre as minúsculas e o corpo tipográfico.

linha das maiúsculas

linha das ascendentes

linha média (meanline) altura-de-x (x-height) linha de base (baseline)

linha das descendentes

136 tutorial flopez


tipografia altura de x

corpo = ascendente + descendente medida em pontos

1 ponto = 0,3515 mm

pequena

venetian 301 -

grande

40%

antique olive -

85%

mesmo corpo em pontos com proporções internas diferentes: sensação visual de tamanhos diferentes. tutorial flopez

137


tipografia

_nomenclatura eixo e contraste: inclinação da ferramenta de construção e variação de espessura do traço. Garamond

Bodoni

Gill Sans

contraste acentuado eixo inclinado (negativo)

contraste acentuado eixo vertical

contraste imperceptível eixo vertical

eixo (axis)

138 tutorial flopez


tipografia

tutorial flopez

_nomenclatura eixo e contraste: inclinação da ferramenta de construção e variação de espessura do traço.

ângulo

contraste gerado por diferentes tipos de ferramenta

pressão

rotação

variação de contraste gerado pelo movimento

tutorial flopez 139


tipografia

_relações espaciais métrica: ajustes espaciais que interferem na aparência geral do texto.

: entreletra / espacejamento relação horizontal dos caracteres.

: entrelinha relação vertical dos caracteres.

140 tutorial flopez

ja hg


tipografia

_relações espaciais : entreletra / espacejamento existem duas maneiras de se ajustar a relação os caracteres num texto: tracking e kerning.

o tracking é um ajuste global do texto.

relação definida pelo typedesigner.

% ou pontos

formação inconsistente das palavras.

leitura truncada.

tutorial flopez

141


tipografia

_relações espaciais : entreletra / espacejamento existem duas maneiras de se ajustar a relação os caracteres num texto: tracking e kerning. zona de Kern

o kerning é um ajuste pontual entre um par específico de letras.

relação definida pelo typedesigner.

142 tutorial flopez


tipografia

_anatomia anatomia tipográfica: importante para a comunicação em termos comuns e precisos.

ascendente

vértice

espinha

terminal

xefgpa braço

barra

arco

ombro

orelha

bojo

counter

serifa

haste

perna

arremate

link

cauda

olho

espora

descendente tutorial flopez 143 60


tipografia

serifas: arremates na estrutura tipogrรกfica. atuam como guias na varredura rรกpida das linhas e ajudam a reforรงar o contorno das palavras auxiliando o processo de leitura.

serifa de topo

serifa de base

144 tutorial flopez

espora


tipografia

a serifa surgiu como um arremate ornamental das letras: sua aparência geralmente indica a ferramenta e a técnica utilizada na criação da escrita. por esse motivo, as serifas têm servido como importante parâmetro na classificação tipográfica.

escrita lapidar

caligrafia

tipografia

tutorial flopez 145


tipografia

_classificação a classificação dos tipos é uma das tarefas mais importantes e ingratas da tipografia. os sistemas de classificação têm por objetivo organizar e categorizar os alfabetos para facilitar a pesquisa acadêmica e orientar a produção de novos projetos. a maioria dos sistemas de classificação ainda se baseia no trabalho do pesquisador francês Maximilien Vox (1894 - 1974), que procurou combinar informações relacionadas a origem histórica dos tipos com suas respectivas características visuais.

sistema Thibaudeau: 1. antigas; 2. egípcias; 3. elzevires; 4. didots

146 tutorial flopez


tipografia

_classificação

modernas (didones)

antigas (pré-venezianas)

humanistas (venezianas)

garaldinas (old style)

transicional (neo clássica)

antes de 1400

1400 - 1500

1600

1700

serifa quadrada (slab)

display (decorativas)

tip. digital

1900

2000

sem serifa (grotescas) 1700 - 1800

classificação derivada da proposta da pesquisadora Karen Cheng

antigas (Old English)

humanistas (Centaur)

garaldinas (Garamond)

transicional (Baskerville)

modernas (Bodoni)

serifa quad. (Rockwell)

sem serifa (Helvetica)

display (Mistral)

tip. digital (Scala)

tutorial flopez 147


tipografia http://typographeee.com/

148 tutorial flopez


tipografia publicação de Lance Schmittling, Jennifer Higerd e Dominic Flask

tutorial flopez 149


tipografia

_licenças fontes digitais são softwares. quando você compra um software na verdade está adquirindo uma cópia licenciada específica para o uso que pretende fazer. contabilize a aquisição de fontes digitais como um custo de projeto: a maioria das fontes custa menos que 1 cartucho de tinta de impressora ou cerca de 1% do custo de produção de muitos trabalhos. em alguns projetos podemos investir em tipografia, assim como num acabamento especial ou outra cor de impressão. quando esse investimento não é possível ainda assim existem boas opções para se trabalhar corretamente com fontes digitais.

fontes custam muito pouco quando comparado ao que podem fazer pelo seu trabalho.

150 tutorial flopez


tipografia www.fontsquirrel.com | + 900 projetos!

tutorial flopez

151


tipografia

_type designers

Base 9, 1995

Zuzana Licko (cz) 1961 Emigre www.emigre.com Citizen*, Matrix, Triplex, Matrix Script, Dogma, Filosofia, Tarzana, Solex *utilizada nesta apresentação

152

tutorial flopez

Mrs Eaves, 1996


tipografia

_type designers

Fedra, 2001

Peter Bil'ak (cz) 1973 Typotheque www.typotheque.com Eureka, Masterpiece Greta, 2007

tutorial flopez 153


tipografia

_type designers

Disturbance, 1993

Jeremy Tankard (uk) 196? Typography.net http://typography.net Alchemy, Enigma, Cordel, Trilogy, Fenland Bliss, 1996

154 tutorial flopez


tipografia

_type designers

Mason, 1992

Jonathan Branbrook (uk) 1966 Virus Fonts www.virusfonts.com

Regime, 2008

Priori, Bastard, Exocet, False Idol, Infidel, Moron, Newspeak, Olympukes, Sarcastic

tutorial flopez 155


tipografia

_type designers

Ministry Script, 2008

Alejandro Paul (ar) 1972 Sudtipos http://sudtipos.com Fiance, La Portenia, Brisa, Diplomatic, Kilo, Business Penmanship, Semilla.

156 tutorial flopez

Brownstone, 2010


tipografia

_type designers

Fontana, 2001

Rubén Fontana (ar) 1942 Fontana Diseño http://fontana-d.com

Andralis, 2001

Chaco, Palestina, Distéfano, La Nación, Neu, Bodoni Sophia, Microletra

tutorial flopez

157


tipografia

_type designers

Encorpada, 2011 - 2012

Eduilson Coan (br) 1983 Dootype www.dootype.com.br/ Delicatta, Maestra, Fluence, Niks. Ninfa, 2008 - 2012

158 tutorial flopez


tipografia

_type designers

Elementar, 2002 - 2011

Gustavo Ferreira (br) 1977 Hipertipo www.hipertipo.net Quantica, Publica UnB Pro e Office, 2007

tutorial flopez 159


160 tutorial flopez


tutorial flopez

_diagramação 161


diagramação

_definição diagramar é determinar a disposição dos elementos em uma peça gráfica. em um trabalho de diagramação o designer tem por objetivo organizar a informação existente estabelecendo uma ordem capaz de ser compreendida e apreendida.

162 tutorial flopez


diagramação

_definição diagramar é determinar a disposição dos elementos numa peça gráfica.

as Leis da Simplicidade, Maeda.

"A organização faz com que um sistema de muitos pareça de poucos." – John Maeda. 2a lei: organizar

reduzir a complexidade para facilitar a navegação. facilitar a navegação para permitir um acesso rápido e eficiente a informação. isso é o que fazemos.

tutorial flopez 163


diagramação

_definição em um projeto gráfico, quando os elementos não estão relacionados entre si de maneira consistente, o layout acaba apresentando uma variação excessiva de linhas e volumes gerados por relações matemáticas aleatórias. quando tornamos essas relações proporcionais ou coincidentes estamos reduzindo a quantidade de informação não essencial (ruídos) tornando a comunicação mais clara e objetiva.

164 tutorial flopez


diagramação

_organização estabelecendo relações visuais coincidentes é possível simplificar o layout sem remover um único elemento - apenas organizando a informação. a organização estabelece uma hierarquia de leitura no material diagramado.

"Tudo é relativo, design é relação". - Paul Rand.

hierarquia = organização

tutorial flopez 165


diagramação

relações e hierarquia 3 aspectos básicos para uma organização visual: 1. repetição a repetição de padrões (elementos, relações, cores) reduz a necessidade de atenção destinada a compreensão do sistema. cuidado! estruturas muito complexas quando repetidas demasiadamente podem se tornar cansativas / repetição = volume.

2. alinhamento linhas coincidentes estabelecem sequências lógicas de leitura e auxiliam a apreensão da informação. cuidado! identifique situações em que ruptura e desalinhamento podem contribuir com o dinamismo e a vitalidade de uma peça gráfica.

3. proporção relações visuais baseadas em valores proporcionais facilitam a combinação de formas e volumes tornando o layout mais coeso e consistente. cuidado! não permita que o excesso de rigidez torne seu sistema inflexível. trabalhe com unidades derivadas de relações matemáticas simples.

166 tutorial flopez


diagramação

_o grid para organizar um conteúdo na área de trabalho, o designer cria uma estrutura gráfica chamada grid (grade). o grid geralmente é constituído por linhas perpendiculares que vão gerar áreas (módulos) para serem ocupadas por texto, imagens ou que permanecerão vazias.

coluna

módulo

espaço

estrutura / grid

montagem

tutorial flopez 167


diagramação o sistema

_o grid depois de criar a estrutura o designer deve estabelecer as regras de funcionamento do sistema - sem isso o grid não serve pra muita coisa.

“The grid system is an aid, not a guarantee. It permits a number of possible uses and each designer can look for a solution appropriate to his personal style. But one must learn how to use the grid; it is an art that requires practice.” - Josef Müller-Brockmann. 168 tutorial flopez


diagramação

_o grid as vantagens de se trabalhar com um grid: :clareza o grid introduz uma ordem sistemática num layout, diferenciando tipos de informação e facilitando a navegação entre eles (hierarquia). :eficiência permite que o designer diagrame rapidamente uma quantidade enorme de informação, como livros, catálogos, relatórios anuais, etc. :identidade permite que vários designers trabalhem no mesmo projeto ou numa série de projetos correlatos ao longo do tempo sem comprometer as características essenciais do projeto.

tutorial flopez

169


identificação

margem superior

diagramação título

_o grid

36 pts

as vantagens de se trabalhar com um grid:

hangline (varal)

:clareza o grid introduz uma ordem sistemática num layout, diferenciando tipos de informação e facilitando a navegação entre eles (hierarquia). texto margem esquerda (externa)

18/18 :eficiência permite que o designer diagrame rapidamente uma quantidade enorme de informação, como livros, catálogos, relatórios anuais, etc. limites retráteis

:identidade permite que vários designers trabalhem no mesmo projeto ou numa série de projetos correlatos ao longo do tempo sem comprometer as características essenciais do projeto.

fólio

tema da aula

170 tutorial flopez margem inferior

margem direita (interna)


vetor

_o grid a complexidade e a configuração de um grid é estabelecida quando o designer toma conhecimento da informação que necessita organizar. quanto mais complexo o trabalho, mais flexível o grid deve ser.

volume de texto

quantidade e dimensão das imagens

conteúdo

formato, cores

suporte + produção

tutorial flopez

171


diagramação

_criando um grid passo 1 // formato de acordo com seu projeto, defina o formato e as dimensões da área de trabalho. procure compreender as relações inerentes a essas medidas e proporções.

retrato

irregular quadrado paisagem

vertical (ativo)

horizontal (passivo)

central (equilibrado)

instável (movimento)

A3 172

tutorial flopez


diagramação

_criando um grid passo 2 // margens estabeleça as margens do seu projeto. além de proteger o conteúdo de interferências externas, as margens definem a sua área de trabalho: a mancha gráfica. a

a

a

a

d

mancha gráfica

b margens proporcionais

a margens iguais

c margens diferentes

obs.: não se esqueça dos elementos marginais, como: fólio, cabeçalhos, navegação, notas, etc.

tutorial flopez

173


diagramação

_criando um grid passo 3 // texto a partir das definições de identidade visual de seu projeto, estabeleça padrões e medidas tipográficas para todas as situações possíveis no uso de texto. legenda: corpo 6/9, fonte sans versão itálico, alinhado pela esquerda; texto corrido: corpo 9/12, fonte serif versão normal, alinhado pela esquerda; citação: corpo 12/16, fonte serif versão itálico, centralizado; título: corpo 18/18, fonte sans versão bold, alinhado pela esquerda; fólio: corpo 6, fonte sans versão normal, alinhado pela margem. (InDesign: styles)

174 tutorial flopez


diagramação

_criando um grid dica: estabeleça valores matemáticos relacionados na definição do corpo dos diferentes padrões tipográficos de seu projeto. isso facilita a combinação e o alinhamento do texto em projetos mais complexos.

ex. unidades de 3 e 4 pontos

.. 4, 6, 8, 9, 12, 15, 18, 36... 2874. 4 3 , 9 po cor a mais! nunc

36 pt corpo 18

corpo 9

corpo 6

tutorial flopez

175


diagramação

_criando um grid passo 4 // tipos de grid uma vez definida a mancha gráfica, você pode seguir por alguns caminhos de acordo com o tipo de conteúdo que pretende organizar. os principais são:

grid de colunas

176 tutorial flopez

grid modular


diagramação

_criando um grid grid de colunas coluna é a área resultante da divisão vertical do espaço. um grid de colunas é indicado tanto para peças gráficas simples quanto complexas, garantindo uma diagramação constante e relativamente regular. // largura : estabeleça a largura de suas colunas em função do corpo de texto de seu projeto. uma boa coluna deve comportar de 45 a 70 caracteres por linha.

livro selo cartaz outdoor ...

"As linhas devem ser longas o suficiente para conter um pensamento completo." - Erik Spiekermann

gutter (sarjeta / entrecoluna)

tutorial flopez

177


diagramação

_criando um grid grid de colunas // flexibilidade : você pode estabelecer colunas de texto de diferentes larguras utilizando as divisões verticais de seu grid. cada medida pode comportar um padrão de texto diferente, trazendo mais variedade e hierarquia pra sua página. crie regras claras de uso e utilize-as em todo o projeto.

178 tutorial flopez

títulos

legendas

texto corrido


diagramação

_criando um grid baseline grid

grid de colunas // linhas horizontais : estabeleça no seu grid linhas horizontais paralelas (baselines) para posicionar o texto. utilize medidas tipográficas: isso facilita o encaixe das linhas e a relação entre os padrões estabelecidos para as diferentes situações de texto. lembre-se de utilizar os valores da entrelinha, pois é a medida que determina a distância real entre as linhas de base do texto.

9/9

9/12

+ entrelinha

tutorial flopez 179


diagramação

_criando um grid grid modular o grid modular é constituído pela divisão do espaço de trabalho em pequenas unidades iguais: os módulos. o módulo é a unidade de divisão usada para definir tudo no grid: margens, colunas, áreas e regras de montagem. um grid modular tem por característica a flexibilidade, baseada em relações matemáticas racionais e regulares.

módulo

180 tutorial flopez


diagramação

_criando um grid

margem sup: 2

grid modular // definir o módulo

icon: 1 in

pos tit: 5h / 2v hangl: 7

: leve em consideração a escala e o tipo de conteúdo que precisa diagramar.

leg: 3

col 1: 6

col 2: 6

margem int: 3 + 1

// regras de uso : crie padrões e estabeleça regras de uso que agilizem a montagem de suas páginas utilizando o módulo como unidade de construção.

margem ext: 3

gutter: 1

gutter: 1

fólio: 1 off

cuidado: excesso de flexibilidade pode fragilizar a percepção de padrões visuais. margem inf: 3

tutorial flopez

181


diagramação

_criando um grid passo 5 // imagens procure estabelecer alguns padrões com relação ao formato e a dimensão das imagens utilizadas em seu projeto: isso facilitará bastante a montagem das páginas. utilize valores compatíveis com a unidade do grid (módulo ou medida tipográfica) para facilitar o alinhamento dos elementos.

mesmo tamanho

tamanhos relacionados

mesmo tamanho, orientação variada

182 tutorial flopez


diagramação

_criando um grid passo 6 // montagem experimente seu sistema exaustivamente: a cada experiência você reavalia suas decisões para consolidar e aperfeiçoar o projeto. se tudo estiver ok, mãos à obra!

espelho: planejamento e visão global do projeto

tutorial flopez 183


diagramação

_texto formas de alinhamento e algumas considerações.

: texto alinhado pela esquerda padrão tradicional, indicado para colunas de texto curtas ou longas. apresenta quebra de linha irregular e geralmente não hifenizada. espacejamento inalterado. exige ajustes pontuais para melhorar a aparência final do texto. : texto alinhado pela direita pouco comum, indicado para casos particulares e com restrições (legendas curtas). apresenta quebra de linha regular mas começo de linha irregular, o que dificulta o movimento de retorno. geralmente não hifenizado. espacejamento inalterado.

184 tutorial flopez

Wim Crouwel é tipógrafo e designer gráfico, nascido na Holanda na cidade de Groningen em 1928. Iniciou seus estudos em artes plásticas em 1946 na academia de arte Minerva (Groningen) onde teve contato com o trabalho do cartazista art déco Cassandre. Reconhecido pela qualidade de suas ilustrações, os projetos do artista francês também se destacavam pelo aspecto plástico e refinado dos alfabetos que desenhava. Essa característica teria servido como o estopim do interesse pessoal de Crouwel no desenvolvimento de suas primeiras experiências tipográficas. Em 1952, após completar seus estudos preliminares, Crouwel muda-se para Amsterdam e sob a orientação do professor Charles Jongejans inicia uma promissora carreira como designer gráfico. Ao lado de seus colegas Otto Treumann e Dick Elffers, Wim Crouwel destacava-se com trabalhos de grande investigação formal, aprofundando sua linguagem gráfica em uma vasta gama de cartazes, calendários e peças de publicidade - tendo como principais clientes museus e fundações de arte.


diagramação

_texto formas de alinhamento e algumas considerações.

: texto justificado padrão literário precursor, produz um bloco compacto de texto. indicado sobretudo para colunas de texto longas. apresenta quebra de linha regular e geralmente hifenizada. espacejamento irregular compensado a cada linha. em muitos casos produz acidentes gráficos. : texto centralizado pouco comum, indicado para textos curtos em peças gráficas orientadas por um eixo de simetria central. apresenta quebra de linha e começo irregular, o que também dificulta o movimento de retorno. geralmente não hifenizado. espacejamento inalterado.

Wim Crouwel é tipógrafo e designer gráfico, nascido na Holanda na cidade de Groningen em 1928. Iniciou seus estudos em artes plásticas em 1946 na academia de arte Minerva (Groningen) onde teve contato com o trabalho do cartazista art déco Cassandre. Reconhecido pela qualidade de suas ilustrações, os projetos do artista francês também se destacavam pelo aspecto plástico e refinado dos alfabetos que desenhava. Essa característica teria servido como o estopim do interesse pessoal de Crouwel no desenvolvimento de suas primeiras experiências tipográficas. Em 1952, após completar seus estudos preliminares, Crouwel muda-se para Amsterdam e sob a orientação do professor Charles Jongejans inicia uma promissora carreira como designer gráfico. Ao lado de seus colegas Otto Treumann e Dick Elffers, Wim Crouwel destacava-se com trabalhos de grande investigação formal, aprofundando sua linguagem gráfica em uma vasta gama de cartazes, calendários e peças de publicidade - tendo como principais clientes museus e fundações de arte.

tutorial flopez 185


diagramação

_texto Emil Ruder (1914 - 1970) regra incondicional: o texto tem de ser lido com facilidade.

1. o volume de texto composto em uma página nunca deve superar aquilo que o leitor possa enfrentar com facilidade; 2. linhas com mais de 60 caracteres são difíceis de ler; 3. o espaço entre as palavras e a entrelinha estão intimamente relacionados e têm influência extremamente importante sobre a leitura feita sem esforço;

186 tutorial flopez


diagramação Josef Müller-Brockmann (1914 - 1996)

referências:

Wim Crouwel - mr. Gridnik (1928 - )

o grid como filosofia e forma de expressão

tutorial flopez 187


diagramação

_hierarquia tipográfica uma hierarquia tipográfica bem construída é um sólido sistema de organização de conteúdo. ela facilita a tarefa do leitor de localizar e relacionar no texto situações de distinção, destaque e mudança de valor. cada situação deve ser claramente indicada através de recursos espaciais (recuo, entrelinha ou posição na página) ou gráficos (sinal, tamanho, estilo, cor ou tipo).

188 tutorial flopez


diagramação

_combinando tipos existem 2 situações indicadas para a combinação de tipos em projetos de comunicação visual. ambas tem por objetivo estabelecer e evidenciar uma relação harmônica entre os planos hierárquicos e as camadas de significado do projeto. + relação de similaridade / baixo contraste a relação entre os planos hierárquicos é estabelecida de forma sutil, apesar de ainda ser claramente percebida. apoia-se geralmente no uso de variantes de uma mesma família tipográfica (ou tipos com estrutura correlata). + relação de distinção / alto contraste a relação entre os planos hierárquicos é evidenciada através do uso de tipos bastante diferentes. importante ressaltar que todos os tipos utilizados devem apresentar alguma relação conceitual com o conteúdo do projeto. sugestão: um tipo para o texto, outro para títulos. se for combinar dois tipos no texto corrido iguale a altura-de-x. - conflito / contraste indefinido ocorre quando são utilizados tipos com características semelhantes mas estruturas e proporções diferentes. ajude o leitor a compreender as diferenças. tutorial flopez 189


diagramação

_anti-grid mas nem só de linhas retas e organização vive o design... rebeldia e experimentação sempre fizeram parte da história do design gráfico: do Dadá à Revolução Digital, muitos enfrentaram os princípios cristalizados do bom design para explorar as possibilidades expressivas da página. ao rejeitar noções convencionais de sintaxe e hierarquia, implodiram o grid e fizeram de seus layouts verdadeiros laboratórios visuais. Rudy Vanderlans + Katherine McCoy Edward Fella + April Greiman + David Carson

"O caos é uma ordem por decifrar."

– Ludwig Wittgenstein

tutorial flopez

190


dia grama ção

April Greiman (1948-)

191

tutorial flo pez


192 tutorial flopez


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_vetor 193


vetor

_definição as letras em uma fonte digital são constituídas por segmentos de curva gerados a partir de complexas equações matemáticas. estes segmentos, quando fechados, dão origem ao que chamamos de contorno vetorial das letras. com o auxílio de softwares esses contornos podem ser ampliados ou reduzidos sem alterar sua forma, o que permite que uma letra tenha sempre a mesma aparência quando reproduzida. (scalable outlines) x³

o vetor matemático é a matéria-prima da tipografia digital. x = at³ + bt² + ct + d / x = at² + bt + c

194 tutorial flopez


vetor

_definição o vetor se parece a uma linha tênsil unida por pontos e encurvada por meio de alavancas. classificação quanto a localização e manuseio dos pontos: direção suave (smooth)

cúspide (cusp)

x

end point end point

tangente

simétrico x

pontos da curva (on-curve) bcp / bézier* control points (off-curve) handles (alavancas para controlar as curvas) *baseiam-se em técnicas algébricas desenvolvidas por Pierre Bézier na França, nos anos 1960 e 70.

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vetor

_vetorização a vetorização (construção de vetores) é uma etapa extremamente importante no processo de criação de uma fonte digital. na maioria das vezes essa tarefa consiste na reinterpretação de um desenho analógico. alguns programas automatizam essa etapa do trabalho, exigindo do designer um bom controle sobre as definições técnicas da ferramenta responsável por preservar ou eliminar características do desenho analógico na versão vetorial. original analógico: fidelidade x reinterpretação

alto nível de ruído

196 tutorial flopez

baixo nível de ruído


vetor

_funcionamento noções básicas: linha/forma . dentro/fora

forma

fora

dentro

linha

2 formas combinadas (interseção)

linha

fora dentro fora dentro

forma

o contorno vetorial (path) deve estar completamente fechado para o computador interpretar um conjunto de vetores como forma e não como linha, permitindo assim o seu preenchimento. quando combinamos duas formas que se interceptam inteira ou parcialmente o computador interpreta a interseção como um limite interno da forma, e essa parte permanece vazada. (não preenchida)

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vetor

_construção 1. quantidade: nem de menos, nem de mais > apenas o necessário.

a.

b.

ok! a. poucos pontos > poucas curvas longas. gera alavancas muito sensíveis controlando curvas muito tensionadas. controle prejudicado. b. muitos pontos > muitas curvas curtas além de constituir informação inútil, o excesso de pontos e alavancas torna a manipulação das curvas muito mais complexa, criando grande possibilidade de irregularidades no desenho.

198 tutorial flopez


vetor

_construção 2. localização: extremidades e paralelismo identifique as extremidades horizontais e verticais do seu desenho: esses locais necessitam de pontos (on-curve).

regra do paralelismo

nas extremidades verticais os pontos de controle (bcp) estarão sempre alinhados horizontalmente; enquanto nas extremidades horizontais os pontos estarão alinhados verticalmente.

incorreto

correto

alinhado horizontalmente

alinhado verticalmente

tutorial flopez 199


vetor

_construção 3. sobreposição de curvas: overlapping overlapping é uma técnica de construção vetorial recomendada e largamente utilizada no type design. trabalhando com estruturas desconectadas e curvas sobrepostas o designer ganha mobilidade na montagem dos caracteres e na edição de pontos do contorno vetorial. este procedimento também permite maior controle sobre a geração automática de variantes tipográficas conhecida como interpolação. detalhes de construção da fonte Pocket, de Gustavo Soares:

200 tutorial flopez


vetor

_construção 4. similaridade: regra do 1/3 outra prática tradicional no type design é a divisão de curvas regulares em três partes menores e iguais. apesar de não constituir uma exigência técnica, esse procedimento leva a criação de alavancas (handles) de tamanhos similares, distribuindo de maneira equilibrada a influência de cada ponto na curva e facilitando sua manipulação.

ok!

1/3 1/3 1/3

a regra do 1/3 é mais uma técnica de refinamento que efetivamente de construção.

tutorial flopez 201


202 tutorial flopez


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_referĂŞncias 203


referências

bibliografia sugerida:

tipografia

Pensar com Tipos, Ellen Lupton, ed. CosacNaif Esse é Meu Tipo, Simon Garfield, ed. Zahar Elementos do Estilo Tipográfico, Robert Bringhurst, ed. CosacNaif A Forma Sólida da Linguagem, Robert Bringhurst, ed. Rosari Sinais e Símbolos, Adrian Frutiger, ed. Martins Fontes A Linguagem Invisível da Tipografia, Erik Spiekermann, ed. Blucher Escritas, Espelho dos Homens e das Sociedades, Ladislas Mandel, ed. Rosari A Herança Escultórica da Tipografia, Norberto Guadêncio Jr., ed. Rosari Histórias de Alfabetos, Hermann Zapf, ed. Rosari

204 tutorial flopez


referências

+ tipografia

Designing Typefaces, David Earl, RotoVision The Education of a Typographer, Steven Heller, Allworth Press Anatomy of a Typeface, Alexander Lawson, David Godine Publisher The Stroke - Theory of Writing, Gerrit Noordzij, Hyphen Press Counterpunch, Fred Smeijers, Hyphen Press Designing Type, Karen Cheng, ed. Yale University Press While you're Reading, Gerard Unger, ed. Mark Batty Publisher About Face: Reviving the Rules of Typography, David Jury, RotoVision Revista Tupigrafia, Claudio Rocha e Tony de Marco, OTSP Press Tipografía Latinoamericana, Un Panorama Actual y Futuro, org. Vicente Lamónaca,Wolkowicz Editores tutorial flopez 205


referências

+ tipografia

O Design Brasileiro de Tipos Digitais, Ricardo Esteves, ed. Blucher Tipografia Vernacular Urbana, Fátima Finizola, ed. Blucher Tipografia Digital, Priscila Farias, ed. 2AB

branding estratégia gestão

The Brand Gap - O Abismo da Marca, Marty Neumeier, Bookman Zag, a Estratégia Número 1 das Marcas de Sucesso, Marty Neumeier, Bookman Design Thinking, Tim Brown, ed. Campus Design Thinking - Inovação em Negócios, vários autores, MJV Press Briefing: a Gestão do Projeto de Design, Peter L. Phillips, ed. Blucher Gestão Estratégica do Design, Robert Brunner & Stewart Emery, M. Books O Fator VDM, Luis Marcelo Mendes, Ímã Editorial

206 tutorial flopez


referências

id. visual

A herança do Olhar: o Design de Aloísio Magalhães, João Leite, Senac Rio Sistemas de Identidade Visual, de Maria Luísa Peón, ed. 2AB Manual de Identidade Visual, Daniella Michelena Munhoz, ed. 2AB Logotipo vs Logomarca - a Luta do Século, Bruno Porto, ed. 2AB Design de Identidade da Marca, Alina Wheeler, Bookman Design de Logotipos que Todos Amam, David Airey, Alta Books Editora Conversas com Paul Rand, Michael Kroeger (org.), ed. CosacNaif Paul Rand, Steven Heller, Phaidon Press Marks of Excellence, Per Mollerup, Phaidon Press Symbol, Steven Bateman & Angus Hyland, Laurence King Publishers tutorial flopez 207


referências

naming

Naming, o Nome da Marca, Delano Rodrigues, ed. 2AB Marcas & Sinalização, Norberto "Lelé" Chamma, ed. Senac SP

diagram.

Grids (coleção Design Básico), Gavin Ambrose & Paul Harris, Bookman Grid: Construção e Desconstrução, Timothy Samara, ed. CosacNaif Grid Systems in Graphic Design, Josef Müller-Brockmann, ed. Niggli O Livro e o Designer II, Andrew Haslam, ed. Rosari

outros

Novos Fundamentos do Design, Ellen Lupton & Jennifer Cole, ed. CosacNaif Design, Cultura e Sociedade, Gui Bonsiepe, ed. Blucher As Leis da Simplicidade, John Maeda, ed. Novo Conceito Linguagens do design: Compreendendo o Design Gráfico, Steven Heller, ed. Rosari

208 tutorial flopez


referĂŞncias

links interessantes:

tipografia

Font Squirrel (free fonts): www.fontsquirrel.com Lost Type-Co (pay-what-you-want type foundry): www.losttype.com My Fonts (distribuidora): www.myfonts.com Thinking with Type (Ellen Lupton): www.thinkingwithtype.com Fontstruct: http://fontstruct.fontshop.com FontForge (editor de tipografia online): http://fontforge.org/ Typophile (forum): www.typophile.com Font Feed (informativo Font Shop): http://fontfeed.com Google Web Fonts: www.google.com/fonts/

tutorial flopez 209


referĂŞncias

tipografia

I Love Typography (blog): http://ilovetypography.com ATypI: www.atypi.org Type Directors Club: www.tdc.org SOTA (aficcionados por tipografia): www.typesociety.org We Love Typography (blog): http://welovetypography.com Ralf Herrmann, Wayfinding & Typography: http://opentype.info/blog

type games

Kern Type: http://type.method.ac Type Pairs: www.outrasfontes.com/typepairs.htm Shape Type: http://shape.method.ac Type Connection: www.typeconnection.com

210 tutorial flopez


refer锚ncias

foundries + designers BR

Tipos Latinos: www.tiposlatinos.com Tipos do Brasil (blog): www.tiposdobrasil.com Tipocracia: www.tipocracia.com.br Outras Fontes (Ricardo Esteves): www.outrasfontes.com Just in Type (Tony de Marco): www.justintype.com.br Tipos do Acaso: www.tiposdoacaso.com.br Eduardo Recife: www.misprintedtype.com Isacotype (Isac Rodrigues): http://isacotype.com

foundries + designers PT

Tip贸grafos.Net (pt): http://tipografos.net DSType (Dino dos Santos): www.dstype.com

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referências

foundries + designers AL

Type Together: www.type-together.com Omnibus-Type (ar): http://omnibus-type.com Pampa Type (mx): http://pampatype.com Gabriel Martínez Meave (mx): www.meave.org/78054/typography Sudtipos (ar): http://sudtipos.com Latinotype (cl): www.latinotype.com Huerta Tipográfica (ar): www.huertatipografica.com.ar Tipotype (uy): www.tipotype.com Vicente Lamónaca (uy): http://lamonaca.org Letritas (cl): http://letritas.blogspot.com.br

212

tutorial flopez


referĂŞncias

foundries + designers W

Underware: www.underware.nl Linotype: www.linotype.com Font Shop: www.fontshop.com Hoefler & Frere-Jones: www.typography.com Font Bureau (David Berlow): www.fontbureau.com Type-o-Tones: www.type-o-tones.com T-26: www.t26.com FontSmith: www.fontsmith.com Ex Ljbris (Jos Buivenga): www.exljbris.com Letterror (tipografia experimental): http://letterror.com tutorial flopez 213


referĂŞncias

foundries + designers W

BĂźro destruct: www.typedifferent.com House Industries: www.houseind.com Rian Hughes, Device Fonts: www.devicefonts.co.uk Luc(as) de Groot: www.lucasfonts.com Gerard Unger: www.gerardunger.com Marian Bantjes: www.bantjes.com Jessica Hische: www.jessicahische.is Ed Fella: www.edfella.com Veer: www.veer.com Our Type (Fred Smeijers): www.ourtype.com

214 tutorial flopez


referĂŞncias

id. visual

Brand New: www.underconsideration.com/brandnew Logo Design Love: www.logodesignlove.com Brandemia: www.brandemia.org LogoBR: http://logobr.org/ Leader Creative (Lindon Leader): www.leadercreative.com Wolff Olins: www.wolffolins.com Stefan Kanchev (bu): http://stefankanchev.com/ Logo Design Blog: http://imjustcreative.com/blog/ Logo Lounge: www.logolounge.com/ the Branding Source: http://brandingsource.blogspot.com.br/ tutorial flopez 215


referĂŞncias

diagram.

The Grid System: www.thegridsystem.org Grid Pack: www.gridpack.com The Elements of Typographic Style (web): http://webtypography.net Design by Grid: www.designbygrid.com

naming

Drive Thru Names: www.drivethrunames.com Naming Brasil (blog): http://namingbrasil.blogspot.com

outros

Creative Review: www.creativereview.co.uk/home Designboom: www.designboom.com ForoAlfa: http://foroalfa.org/ Co.Design: www.fastcodesign.com

216 tutorial flopez


sobre o autor:

hello!

Fabio Lopez é carioca de 1978, designer e mestre pela ESDI, professor do departamento de Artes e Design da PUC-Rio e do curso ‘Typofreaks - tipografia diferente’. Atualmente é coordenador técnico da Bienal Latino-Americana de Tipografia ‘Tipos Latinos’, tendo sido o jurado brasileiro na 4a e na 5a edição da mostra. Atua como designer freelance e é sócio da empresa Crânio Incrível Design. Desde 2000 trabalha em projetos de identidade visual, tipografia, sinalização, moda e ilustração. É autor dos polêmicos projetos 'War in Rio' e ‘Bando Imobiliário Carioca', da identidade visual do Centro Carioca de Design - CCD e trabalhou na criação do lettering Olímpico 'Rio 2016'. Pesquisa design filatélico e desenvolve selos postais para os Correios do Brasil. É palestrante, consultor, editor, caderneiro e articulista.

email: fltypedesigner@hotmail.com twitter: @flopezdesign flickr: www.flickr.com/flopezdesign site: www.flopez.com.br blogs: www.jogowarinrio.blogspot.com // bandoimobiliario.wordpress.com www.designefilatelia.blogspot.com issuu: http://issuu.com/fabiolopez/docs tumblr: http://picote.tumblr.com tutorial flopez

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agradecimentos:

a todos aqueles que tiveram nomes citados ou projetos apresentados, que ajudaram a criação desse material com comentários e observações ou que contribuíram para tornar o tutorial flopez mais completo: meu muito obrigado! Adrian Room, Adriana Calderoni, Alexandre Teixeira, Alexandre Wollner, Alejandro Paul, Aline Miguel, Aloísio Magalhães, Amandine Alessandra, Angelo Bottino, Augusto Seibel, Armin Vit, April Greiman, Bruno Porto, Clarissa Biolchini, Claudio Gil, Daniel Campos, Daniel Neves, Daniel Sousa, Daniella Michellena Munhoz, David Airey, David Carson, Delano Rodrigues, Diego Cataldo, Dominic Flask, Ellen Lupton, Emil Ruder, Erik Spiekermann, Evelyn Grumach, Fátima F inizola, Fred Eerdekens, George Bernard Shaw, Gerard Unger, Gui Bonsiepe, Guilherme Capilé, Guilherme T oledo, Gustavo Ferreira, Gustavo Soares, Henrique Nardi, Ivan Chermayeff, Izabel Oliveira, Jamil Li Causi, Jennifer Higerd, Jeremy T ankard, Joaquim Redig, Joana Pessoa, João de Souza Leite, John Langdon, John Maeda, John Moore, Jonathan Barnbrook, Jorge Duro, Josef Müller-Brockmann, Julia G., Julia Valle, Karen Cheng, Ken Barber, Lance Schmittling, Lauro Machado, Lindon Leader, Luc(as) de Groot, Ludwig Wittgenstein, Luisa Schroder, Maitê Lacerda, Márcia Martins, Marty Neumeier, Matheus Barbosa, Maria Luísa Peón, Max Miedinger, Maximilien Vox, Michael Bierut, Modo Design, Norberto Chamma, Norberto Chaves, Paul Rand, Paula Scher, Pedro Moura, Per Mollerup, Peter Bil'ak, Raphael Abreu, Raul Bellúcia, Renata F reeland, Ricardo Esteves, Robert Bringhurst, Roberta Portas, Rodolfo Capeto, Sergio Rodriguez, Tátil Design, Vera Bernardes, Vladimir T omin, Washington Dias Lessa, Wim Crouwel, Zuzana Licko e você!

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