Caderno de
Fontes
Expediente PRODUÇÃO Departamento de Comunicação e Marketing Assessoria de Imprensa Tel: (44) 3027-6360, ramais 1140 e 1417 e-mail: imprensa@unicesumar.edu.br EXPEDIENTE Jornalista Responsável: Valdete São José (MTB 957) Textos: Cibele Abdo e Valdete São José Projeto Gráfico e Diagramação: Fabio Stevanato Freire UNICESUMAR Av. Guedner, 1610 – Jardim Aclimação Maringá – PR Tel. (44) 3027-6360
Prezado (a) jornalista, Há 26 anos, a Unicesumar constrói sua história como uma das mais importantes instituições de ensino superior do Estado do Paraná, pautando-se pelos princípios da responsabilidade social, integração com a sociedade e formação comprometida com um desenvolvimento justo e solidário. Neste caminho, buscamos sempre manter um relacionamento respeitoso e colaborativo com a imprensa, colocando à disposição dos jornalistas todo o corpo docente e de especialistas da instituição para contribuir como fontes para a produção de matérias. A Unicesumar é hoje uma referência em educação superior no país. Possui o IGC 4 (Índice Geral de Cursos) por cinco anos consecutivos e a maioria dos seus cursos têm nota 4 ou 5 no Enade. Só 4% das instituições brasileiras possuem esses índices. Atualmente, mais de 80 mil estudantes frequentam a instituição, que possui dois campi presenciais e mais de 70 polos de educação a distância, sendo hoje o 12º maior grupo educacional do país. A produção científica tem se ampliado a cada ano e trabalhos de extensão levam à comunidade parte do conhecimento que é produzido por alunos e professores. No intuito de apresentar aos jornalistas uma mostra das últimas produções de nossos pesquisadores é que elaboramos este CADERNO DE FONTES, o qual, esperamos, possa contribuir na ampliação de assuntos tratados diariamente pelos mais diversificados veículos de comunicação. Saiba que estamos à disposição e aqui você irá encontrar referências para os mais variados temas. São especialistas que possuem disponibilidade e interesse em contribuir com a produção de reportagens sobre suas áreas de especialidade, comprometidos com a produção do conhecimento e, acima de tudo, com a missão da Universidade, que é transformar o conhecimento gerado dentro dos muros acadêmicos em benefícios para a população. Esperamos que esta publicação seja útil ao seu trabalho. Conte conosco sempre que precisar. Departamento de Comunicação e Marketing/Assessoria de Imprensa
Índice Biotecnologia Identificação de Cogumelos e Uso Biotecnológico ................................... 06
Comunicação Expressão de subjetividade nas Redes Sociais ................................... 08 Redes Sociais como ferramenta para promoção da saúde ............. 10
Direito Assédio Moral no Trabalho .......................................................................... 12 O Desenvolvimento pelo Acesso à Justiça ............................................ 14 Responsabilidade Civil das Empresas Tabagistas .................................. 16 Educação, Política, Direito e Desenvolvimento Econômico e Social: relação com as Políticas Públicas e Sociais ......................................... 18 Embriaguez ao Volante ............................................................................... 19 O Menor em Conflito com a Lei ................................................................. 22
Educação Programa de Excelência na Educação Básica ....................................... 24
Estética e Fisioterapia Tratamento de Gordura Localizada ........................................................ 26
Fonoaudiologia Distúrbios da linguagem ........................................................................... 28 Afasia e interação social ............................................................................. 28
Literatura e História Literatura Pós-colonial e a (Re)Escrita da História Hegemônica .... 30 Religiões afro-brasileiras: da Senzala à Classe Média .................... 30
Meio Ambiente e Tecnologias Limpas Fontes renováveis de energia ................................................................... 32 Uso do bambu na produção de bioenergia .............................................. 34 Refrigeração do ar por meio da energia geotérmica .......................... 36 Uso de resíduos da laranja e da mandioca na alimentação animal .. 38 Reaproveitamento de resíduos alimentar e sustentabilidade ....... 40 Uso de plantas para descontaminação do solo ....................................... 42 Qualidade da água em rios de Maringá ................................................. 44
Moda A construção das aparências .................................................................... 46
Negócios Gerenciamento ágil de projetos na área empresarial ...................... 48 Empreendedorismo sob uma visão multidisciplinar ........................... 50 Gestão do Conhecimento nas Organizações Públicas ...................... 52
Nutrição e Gastronomia Tofu Maturado .............................................................................................. 54
Psicologia A representação social da dor .................................................................... 56 Depressão pós-parto: uma compreensão psicossocial .................... 58 Desenvolvimento moral e social no esporte ....................................... 60
Saúde Aumento das Notificações de Sífilis Congênita em Maringá ....... 62 Conduta dos Idosos na prevenção a AIDS/DSTs ................................ 64 Doenças transmitidas pelo consumo de peixe cru .......................... 66 Grupo de Apoio a Pessoas com Fibromialgia .................................. 68 Grupo Interacional de Sujeitos com Síndrome de Down ............... 70 Morte por intoxicação com medicamento ........................................ 72 Qualidade de Vida na Terceira Idade .................................................. 74 Ronco e apneia ............................................................................................ 76 Uso Racional de Medicamento .............................................................. 78
Caderno de Fontes | Biotecnologia
Identificação de Cogumelos e Uso Biotecnológico Com o objetivo de identificar organismos com potencial de aplicação em processos biotecnológicos, uma pesquisa na Unicesumar está fazendo a identificação de cogumelos no Parque do Ingá, em Maringá (PR), local caracterizado como bioma da Mata Atlântica e de espécies ainda não registradas cientificamente. Dentre sete espécies identificadas, duas foram registradas pela primeira vez no Paraná. Trata-se de informação importante quando se pretende desenvolver estratégias de manejo de espécies a fim de conservação ambiental. Entretanto, identificadas as espécies, a pesquisa ganhará o enfoque molecular e a identificação passa a ser em nível de análise de DNA utilizando métodos de biologia molecular e bioinformática, tendo como proposta uma longa e contínua pesquisa. Uma vez que as primeiras identificações moleculares estiverem concluídas será realizado o cadastro nas bases de dados mundiais, disponibilizando as informações a outros pesquisadores. Outro aspecto importante estará relacionado ao desenvolvimento de um acervo de amostras de DNA, que permitirá realizar uma troca de material e apoio intelectual e técnico com outras instituições, passando-se à etapa da bioprospecção, ou seja, a pesquisa pela aplicação destas informações. Neste caso, irá se buscar espécies de cogumelos que apresentam características aplicáveis na biotecnologia e na saúde. Os cogumelos, de maneira geral, são uma fonte de compostos com caráter medicinal. Muitos apresentam importantes efeitos como o antimicrobiano, antioxidante, reduzem níveis de colesterol e glicose circulante, modulam o sistema imune, antimutagênico e anticancerígeno.
PESQUISADORA Marcela Funaki dos Reis • Professora do curso de Ciências Biológicas e Biomedicina da Unicesumar • Doutorado em Biologia Comparada pela Universidade Estadual de Maringá (2014) • Mestrado em Biologia Comparada pela Universidade Estadual de Maringá (2009) • Graduação em Ciências Biológicas pela Centro Universitário de Maringá (2006
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Caderno de Fontes | Comunicação
Redes Sociais como ferramenta para promoção da saúde A promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor de saúde em si, mas também de diversas outras áreas que envolvam a sociedade. Para melhorar a condição de vida das pessoas, é fundamental o acesso à informação e, neste sentido, a tecnologia pode se transformar em verdadeira aliada. Cada vez mais cedo, as redes sociais passam a fazer parte do cotidiano como ferramentas de interação valiosas para auxiliar nos cuidados com o meio ambiente e com a saúde. É importante perceber a relevância dos relacionamentos no ambiente virtual e do compartilhamento dos conteúdos como maneira eficaz de promover uma melhor condição de vida para o próprio indivíduo e para a comunidade. A Unicesumar apresenta pesquisas que tratam deste assunto e procuram compreender as redes sociais como ferramentas de mobilização. Também apresenta trabalhos que mostram a tecnologia como forma de mudar as relações do sujeito com o meio ambiente. Os estudos discutem como é possível sensibilizar as pessoas por meio da tecnologia e das redes sociais, em campanhas de prevenção e cuidados com a Dengue, por exemplo.
PESQUISADORA Ana Paula Machado Velho • Professora dos cursos de Comunicação e mestrado em Promoção da Saúde da Unicesumar • Doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontificia Universidade Católica de São Paulo (2007) • Mestrado em Comunicação e Semiótica pela Pontificia Universidade Católica de São Paulo (2001) • Graduada em Comunicação Social pela Faculdade da Cidade (1988)
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Caderno de Fontes | Comunicação
Expressão e subjetividade nas redes sociais Os jogos virtuais evidenciam uma tendência crescente na rede mundial de computadores e o uso excessivo pode levar à dependência. A última versão do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais estabelece enquanto possível categoria nosológica (classificação de patologias) o ato de jogar compulsivo na internet. Tal realidade requer investigações aprofundadas, visto que nos dias atuais, não habitar o ciberespaço é a exceção, portanto, este se constitui território para a saúde dos sujeitos, dado que sua estrutura possui igualmente uma dimensão social, política e relacional. O presente estudo objetivou analisar as modalidades de expressão da subjetividade dos jovens gamers nas redes sociais. Trata-se de uma pesquisa netnográfica em que foram entrevistados oito jovens entre 18 e 29 anos, membros de comunidade de gamers no Facebook. Os resultados foram discutidos sob o referencial da psicanálise Lacaniana e da sociologia de Lipovetsky. A pesquisa constatou a preferência pelo recurso da escrita como forma de encontro no universo virtual. A análise de conteúdo evidenciou as seguintes modalidades de expressão da subjetividade nas redes sociais: o interesse grupal, a agressividade inusitada, a preocupação com a imagem e o semblante, e a reflexão incipiente. Em consonância com as diretrizes da saúde no Brasil, os resultados levantados implicam aos atores das políticas e práticas em promoção da saúde encarar os desafios do universo cibernético, apoiados nos princípios da cultura de paz e do respeito às diferenças, em busca do desenvolvimento de espaços saudáveis para a expressão das singularidades, a reflexão e a promoção do empoderamento.
PESQUISADORA Rute Grossi Milani • Professora do Curso de Psicologia e Mestrados em Promoção da Saúde e Tecnologias Limpas • Doutora em Medicina (Saúde Mental) pela Universidade de São Paulo (2006) • Mestrado em Medicina (Saúde Mental) pela Universidade de São Paulo (2006) • Graduação em Psicologia pela Universidade Estadual de Maringá (1994)
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Caderno de Fontes | Direito
Assédio Moral no trabalho O Assédio moral é tema de diversas pesquisas desenvolvidas na área do Direito na Unicesumar. Dos estudos realizados por professores da instituição. nasceram obras como “Assédio Moral e sua criminalização” e “O Assédio Moral na Administração Pública”, lançadas nos anos de 2012 e 2015, respectivamente. Na primeira obra, o autor Marllon Beraldo se debruça sobre a criminalização do assédio moral, assunto que ganhou importância no cenário jurídico nacional nos últimos anos e existem várias proposições de alteração da legislação penal para que se inclua o delito de assédio moral. O trabalho foi desenvolvido a partir da análise de questões polêmicas, como a motivação para a concretização do assédio e as condutas a serem consideradas criminosas. Para o autor, o assédio moral no trabalho é uma conduta muito grave e, como tal, as vítimas devem estar protegidas pelo Direito Penal. Cerca de 80% das pessoas assediadas sofrem transtornos psicológicos para o resto da vida, apontam os estudos. O livro “O Assédio Moral na Administração Pública”, da professora Leda Maria Messias da Silva, busca aprofundar o debate sobre o assédio nos setores públicos, perpetrado por condutas humilhantes e antiéticas, bem como, pela omissão em combatê-lo. Destaca que ambientes com assédio geram não só danos individuais, mas, também, a precarização do serviço público, em geral, com prejuízos ao erário público, afetando, indiretamente, toda a coletividade. Conforme a pesquisadora, o assédio ocorre em todas as instâncias públicas e, geralmente, é muito comum em época de eleições.
PESQUISADORES Leda Maria Messias da Silva • Professora do Programa de Mestrado em Ciências Jurídicas da Unicesumar • Pós-doutorado em Direito do Trabalho, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa – Portugal (2012) • Doutorado em Direito do Trabalho, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2004) • Mestrado em Direito do Trabalho, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1996) • Graduação em Direito pela Universidade Estadual de Maringá-PR (1986).
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Marlon Beraldo • Professor do curso de Direito da Unicesumar • Mestrado em Direito pelo Centro Universitário Cesumar (2010) • Graduação em Direito pela Universidade.Estadual de Maringá (2005)
Caderno de Fontes | Direito
O Desenvolvimento pelo Acesso à Justiça Partindo da concepção de que a imprevisibilidade das decisões judiciais brasileiras gera instabilidade à economia, uma pesquisadora da Unicesumar desenvolveu estudos que resultaram na publicação do livro “O Desenvolvimento pelo Acesso à Justiça”, mostrando inquietude quanto à carência de desenvolvimento em nosso país ocasionada pela falta de um judiciário forte e eficiente. Ao colocar que o desenvolvimento econômico de uma nação está intimamente ligado à presença de instituições sólidas, a autora lembra que no “Brasil o Poder Judiciário no período pós Constituição Federal de 1988 teve seu protagonismo consideravelmente ampliado, sendo atribuída aos juízes uma independência incontrolável, resultando em sérios problemas de falta de previsibilidade das decisões judiciais”. Para ela, a falta de prevalência da jurisprudência dos Tribunais Superiores e dos Estados, bem como por parte dos juízes de primeira instância e a divergência de posicionamento entre magistrados de um mesmo órgão ou entre órgãos de uma mesma hierarquia, assim como a repentina mudança de jurisprudência e ainda a criação jurisprudencial do direito, conduzem a um cenário indesejável, que prejudica as transações econômicas e o desenvolvimento do País.
PESQUISADORA Lara Bonemer Azevedo da Rocha • Professora do curso de Direito da Unicesumar • Doutorado (em andamento) em Direito Econômico pela PUC-PR • Mestrado em Direito Econômico pela PUC-PR (2014) • Graduada em Direito pela Universidade Estadual de Maringá (2012)
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Caderno de Fontes | Direito
Responsabilidade Civil das Empresas Tabagistas Esclarecer a sociedade sobre a responsabilidade civil das empresas tabagistas frente ao direito do consumidor é o objetivo desta obra elaborada a partir da dissertação de mestrado do seu autor. O livro procura demonstrar, com base no Código de Defesa do Consumidor, o dever que as indústrias de cigarro têm de reparar os inúmeros danos causados aos fumantes, trazendo uma exposição profunda sobre o tabaco, desde a sua origem, os componentes e ações biopatológicas até o processo de propagação e estímulo ao consumo. A questão do livre arbítrio é também tratada, apontando o autor que as indústrias não ficam livres da responsabilidade, já que a escolha de começar a fumar é pessoal, mas torna-se difícil depois abandonar o vício. A fim de esclarecer ainda melhor a situação, o livro traz questões processuais sobre as vítimas do tabaco, identificando o fumante ativo, passivo e a coletividade como consumidores, a fixação do “valor” a indenizar, a tutela antecipada nas ações de indenizações e as provas a serem produzidas.
PESQUISADOR Carlos Alexandre Moraes • Coordenador do curso de Direito da Unicesumar • Doutorado em Ciênciasda Educação pela UPAP (2006) • Mestrado em Ciências Jurídicas pela Unicesumar (2006) • Especialista em Direito Civil e Processo Civil , Direito Agrofinanceiro • Graduado em Direito pela Unicesumar (1999)
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Caderno de Fontes | Direito
Educação, Política, Direito e Desenvolvimento Econômico e Social: relação com as Políticas Públicas e Sociais O Brasil ainda é uma nação com desigualdades econômicas e sociais abissais, o que é uma contradição, quando se está num país com recursos naturais e econômicos pouco explorados, e como consequência disto, é uma país com precário acesso à justiça e baixo índice de desenvolvimento social. Existe uma relação intrínseca entre política e economia, mas o problema é quando ambas se tornam reféns do poder econômico, impossibilitando uma distribuição de riquezas mais perto da equidade. Portanto, o que se tem é o aumento da violência, da criminalidade e novas oportunidades para o crime organizado. Outro aspecto fundamental é a questão da corrupção endêmica, que se incorpora na cultura brasileira, de forma parcialmente errônea e equivocada, com o chamado “jeitinho brasileiro”. A estrutura educacional, econômica e mesmo social, não permite que as pessoas sejam devidamente preparadas para terem as mesmas condições de acesso às oportunidades, o que favorece a manutenção de uma classe social seleta e exclusiva sempre alinhadas com as estruturas de poder. Portanto, se faz necessário estudar a relação entre educação, política, direito e desenvolvimento econômico e social, para procurar construir uma visão mais holística sobre os reais problemas que afetam a construção de um país mais justo e com mais oportunidades para todos. O tema será estudado este ano por meio de projeto de pesquisa com a participação de acadêmicos de Direito do 1º ao 4º ano do curso.
PESQUISADOR Cássio Marcelo Mochi • Professor do Curso de Direito da Unicesumar • Mestrado em Ciências Jurídicas pela Unicesumar (2010) • Pós-Graduação em Direito Constitucional pela Universidade Estadual de Londrina (2008) • Graduação em Filosofia pela Universidade Estadual de Maringá ( 2004) • Mestrado em Ciências Jurídicas pela UNICESUMAR 2010
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Caderno de Fontes | Direito
Embriaguez ao volante Dentre os inúmeros fatos – infelizmente corriqueiros – que assombram a nossa sociedade, computa-se o expressivo número de acidentes automotivos ocasionados pelo consumo de bebidas alcoólicas pelos condutores dos veículos. Esta situação é amplamente debatida na mídia, nas organizações sociais, escolas e, evidentemente, no mundo jurídico, com o objetivo, por exemplo, de demonstrar o crime de embriaguez ao volante enquanto crime de perigo. Um dos assuntos investigados em pesquisa da Unicesumar surgiu da ideia de discutir um tema que instiga opiniões contrastantes. De um lado, os que entendem o crime de embriaguez ao volante como ato a ser severamente punido, como um homicídio doloso. Do outro lado, o consenso mais doutrinário de que existe diferença entre estar embriagado e assumir o risco ou querer matar alguém por isso, juridicamente chamado de culpa consciente. O estudo aborda a abstratividade do crime, ou seja, são tipos penais que descrevem o comportamento, a conduta, independente da possibilidade de qualquer resultado. De maneira mais objetiva, seria tratar da mesma maneira alguém que dirige embriagado em uma cidade deserta e com cuidado e outra pessoa que dirige embriagado em meio a populares em uma festa na rua.
PESQUISADORA Giselly Campelo Rodrigues
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Caderno de Fontes | Direito
O menor em conflito com a lei Tem-se observado o grande número de delitos praticados por jovens e adolescentes, demonstrando a precoce inserção deles no mundo do crime. Assim, considerando o alto índice de atos infracionais da atualidade ser praticado por adolescentes, questiona-se a legislação em vigor, no caso, o Estatuto da Criança e do Adolescente, como medida capaz de reeduca-los para que não voltem a praticar infrações penais. Sobre esse assunto, a pesquisa da Unicesumar busca questionar a relevância da inserção social do menor, para que ele não seja reincidente, principalmente, em uma época com larga discussão sobre a redução da maioridade penal. O trabalho aborda a reflexão sobre a omissão do Estado com relação à educação das crianças e adolescentes ao mesmo tempo em que tenta puní-los. A pesquisa propõe analisar as legislações relativas aos jovens, diante da preocupação em prevenir e reprimir os atos infracionais, bem como o tratamento que lhes são dispensados, ou seja, nenhum apoio de inclusão social, o que contribui para a inserção dos menores na marginalização.
PESQUISADORA Giselly Campelo Rodrigues
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Caderno de Fontes | Educação
Programa de Excelência na Educação Básica Com o intuito de auxiliar os municípios da região da Amusep (Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense) e da Amunpar (Associação dos Municípios do Noroeste do Paraná) a melhorarem o nível da educação, a Unicesumar desenvolve desde 2013 o Programa “Excelência na Educação Básica” (PEEB). O Programa adota como metodologia, a aplicação de um caderno de avaliação na área de Português e de Matemática seguindo um modelo análogo ao da prova Brasil e um questionário socioeconômico respondido pelo aluno, professor, pedagogo e diretor da escola. O objetivo maior está em identificar as lacunas que fragilizam o desempenho satisfatório dos alunos da Educação Básica na rede municipal de ensino e a partir delas apresentar soluções que possam superá-las. Atualmente, o PEEB contempla mais de 100 escolas e, além do Paraná, passou a atender cidades do Mato Grosso e Minas Gerais que buscaram assessoria do programa. Como resultado das pesquisas, constatou-se que o baixo desempenho dos alunos é consequência de dificuldades oriundas das séries anteriores, necessidade de formação continuada, falta de interesse dos alunos pela sala de aula, pouco tempo de estudo em casa e desinteresse das famílias em acompanhar as atividades da escola. A partir destes estudos e resultados, a Unicesumar institucionalizou o GEEB – Gestão e Excelência na Educação Básica, que é um grupo de pesquisa que envolve professores doutores, mestres, especialistas e acadêmicos de diferentes áreas do conhecimento a fim de buscarem compreender o processo de gestão nas escolas de acordo com as políticas públicas e de que forma a gestão do conhecimento pode impactar na melhoria dos índices apresentados.
PESQUISADORES José Gonçalves Vicente - Coordenação e Análise Estatística • Professor de cursos de Pós-Graduação da Unicesumar • Mestrado em Estatística e Métodos Quantitativos pela Universidade de Brasília (UnB) – (1975) • Especialização em Estatística Aplicada pela Universidade Estadual de Maringá (1978); Especialização em Geometria Analítica pela UEM (1975); • Especialização em Administração de Ciências e Tecnologia pela FUNCEP - Brasília (1984) • Graduação em Matemática pela Universidade Federal de Guaxupé (MG).
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Tânia Corredato Periotto - Coordenação Pedagógica e Gestão • Professora do curso de Administração e Gestão • Doutorado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais – UEM (2008) • Mestrado em Educação pela Universidade do Oeste Paulista (2000) • Graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Maringá (1987) • Tecnologia em Processamento de Dados pela Unicesumar (2000)
Caderno de Fontes | Estética e Fisioterapia
Tratamento de Gordura Localizada Com o aumento da obesidade e consequentemente da gordura localizada, tornou-se de extrema importância a realização de estudos científicos para a comprovação de técnicas coadjuvantes na redução desses ácidos graxos. Um estudo feito na Unicesumar pela área de Dermatofuncional, ligada ao curso e Fisioterapia, teve por objetivo analisar os efeitos da ultracavitação na diminuição do tecido adiposo. A amostra foi composta por 5 mulheres, com idade entre 35 e 45 anos, sedentárias, sem restrição alimentar e que possuíam gordura abdominal. Os resultados foram observados por meio de avaliações fotográficas, cirtometria (medida do perímetro do tórax durante os movimentos respiratórios), pregas cutâneas e ultrassonografia, aferidos na primeira e na última sessão. Os resultados apresentados mostraram eficácia do equipamento com registro de redução da adiposidade superior até a 5 cm por aérea avaliada, chegando uma paciente a reduzir quase pela metade a espessura de sua camada adiposa.
PESQUISADORA Kelley Cristina Coelho • Professora do curso de Fisioterapia da Unicesumar • Mestrado em Fisiologia pela Universidade Federal de São Paulo (2008) • Especialização em Dermatofuncional e Uroginecologia pela Unicesumar (2005) • Graduação em Fisioterapia pela Faculdade de Lins (1999)
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Caderno de Fontes | Fonoaudiologia
Distúrbios da linguagem É geralmente na idade escolar que os distúrbios de linguagem são percebidos, quando a criança pode apresentar dificuldade de leitura e escrita ou de aprendizagem. O atraso pode ocorrer por diversos motivos, como uma pequena perda de audição, por exemplo, ou mesmo ser reflexo de aspectos socioambientais. Um projeto desenvolvido na Clínica de Fonoaudiologia da Unicesumar atende crianças com essas dificuldades, visando o estímulo ao desenvolvimento da linguagem oral e escrita (um sistema complexo e dinâmico de símbolos convencionais que são utilizados em vários modelos de pensamento e comunicação). O atendimento clínico é feito em grupo, trabalha a ressignificação dos sentidos, estimula a prática social de leitura e escrita e ajuda a criança a reconhecer os diversos aspectos implicados na produção de um texto, apresentando de modo geral bons resultados.
Afasia e interação social Um outro grupo atendido na Clínica de Fonoaudiologia da Unicesumar são idosos e pessoas que possuem ou sofreram algum tipo de lesão cerebral (AVC, Alzheimer, demências, entre outras) e precisam voltar ao convívio social. Com perda ou dificuldade de comunicação, essas pessoas acabam muitas vezes se isolando, regredindo ainda mais o quadro da doença. O atendimento do GIS (Grupo de Interação Social) favorece a (re)integração social e pessoal do afásico a partir da sua (re) constituição como sujeito. O trabalho inclui atividades verbais e não verbais com o objetivo de privilegiar a prática linguística e dos processos alternativos de significação dos quais estes indivíduos podem lançar mão para se inserirem da melhor forma possível num mundo em que o discurso se apresenta como qualidade humana.
PESQUISADORA Gisele Senhorini • Professora do curso de Fonoaudiologia da Unicesumar • Mestrado em ................ pela Universidade....................(ANO) • Especialização em ................ pela Universidade....................(ANO) • Especialização em ................ pela Universidade....................(ANO) • Graduação em Fonoaudiologia pela .......................... (ANO)
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Caderno de Fontes | Literatura e História
Literatura Pós-colonial e a (Re)Escrita da História Hegemônica Esse projeto desenvolvido por um pesquisador do curso de Letras da Unicesumar visa analisar diferentes pontos de vista históricos dos países colonizados, a partir da análise de textos literários. O projeto é desenvolvido como um contraponto à História oficial, contada a partir do olhar dos colonizadores. “A tradição historiográfica conhecida nos livros de História, sobre essas nações colonizadas advém do olhar do conquistador, mas e a opção de uma história do conquistado? A outra versão?”, questiona a pesquisa. Considerando a literatura como um importante documento histórico, a pesquisa busca elencar textos literários e autores de ex-colônias, que dentro da perspectiva pós-colonial, fazem o papel de novos historiadores, possibilitando uma reescrita da história hegemônica.
Religiões afro-brasileiras: da Senzala à Classe Média Outro projeto do mesmo pesquisador, visa os estudos sobre o percurso das religiões afro-brasileiras, desde a chegada do pensamento religioso africano das etnias Iorubá, Fon e Bantos, à ressignificação dos conceitos africanos sobre o sagrado, divindades, culto, passando pelo nascimento destas religiões, no caso o Candomblé e a Umbanda, institucionalizadas no Brasil. A partir de um levantamento histórico a pesquisa traz informações dos anos de perseguição a estas crenças, até a contemporaneidade, em que estas religiões não são mais exclusivas de grupos negros e/ou pobres, mas apresentam-se em ascensão na classe média e junto à população branca. O projeto visa minimizar o preconceito e a má interpretação acerca das crenças de matriz africana no Brasil.
PESQUISADOR Sílvio Ruiz Paradiso • Professor do curso de Letras da Unicesumar • Pós Doutorado em andamento em Literatura Africana pela USP (2016) • Doutorado em Estudos Literário pela Universidade Estadual de Londrina (2014) • Graduação em Letras pelo Centro Universitário Unicesumar (2008)
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Caderno de Fontes | Meio Ambiente e Tecnologia Limpas
Fontes renováveis de energia Os problemas ambientais causados pela destinação inadequada de dejetos no meio rural tem sido um problema para o meio ambiente. Os dejetos dos animais, ricos em matéria orgânica, são muito nocivos por entrarem em auto degradação e lançarem na atmosfera o gás metano, um dos que provocam o efeito estufa. Também geram o chorume, líquido com alta carga poluidora e que podem contaminar o solo e, por infiltração, em um efeito em cascata, contaminar mananciais de águas. Uma pesquisa da Unicesumar estuda a possibilidade de alternativas para que seja possível o reaproveitamento de resíduos orgânicos, dando um melhor destino aos mesmos. A ideia é produzir o biogás, uma forma de energia renovável e o adubo orgânico, chamado de biofertilizante; ambos os produtos, ambientalmente corretos. Para o desenvolvimento da pesquisa, dois modelos de biodigestores foram estudados para analisar-se as diferenças e benefícios no processo de aproveitamento de resíduos. O biogás produzido pode ser utilizado como fonte de energia calorífica, ou ser convertido em energia elétrica. Já o biofertilizante pode ser um substituto natural dos adubos industriais. Permitindo assim, o aproveitamento da matéria orgânica presente nos dejetos animais, de uma forma sustentável.
PESQUISADORA Rosa Maria Ribeiro • Professora do Programa de Mestrado em Tecnologias Limpas da Unicesumar • Doutorado em pela Universidade Estadual de Maringá (2005). • Mestrado pela Universidade Estadual de Maringá (2001) • Graduação em Química pela UEM
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Caderno de Fontes | Meio Ambiente e Tecnologia Limpas
Uso do bambu na produção de bioenergia O cultivo do bambu é de fácil manejo. A planta apresenta rápido crescimento e capacidade regenerativa após o corte, produzindo novos brotos sem a necessidade de replantio. Estas características, associadas ao baixo custo de produção e inúmeras utilidades, vêm despertando interesse econômico, ambiental e sociocultural. No Brasil, há uma política de incentivo ao cultivo desta planta desde 2011 devido ao grande potencial para substituir a madeira. O bambu pode ser utilizado tanto no ramo da alimentação, fabricação de móveis e papéis, construção civil, artesanato, bem como na geração de bioenergia. Por constituir um recurso renovável e de produção sustentável de biocombustíveis, pode ser uma alternativa para substituir recursos fósseis esgotáveis. Pesquisa neste sentido vem sendo realizada na fazenda-escola Unicesumar. Dez espécies estão sendo testadas desde 2014, sendo verificado crescimento, desenvolvimento morfológico e anatômico, conteúdo de amido, bem como será feita a caracterização da digestibilidade e teor de lignina (componente que confere rigidez à madeira) e polissacarídeos. Conhecer a composição química, a anatomia e morfologia dos colmos de bambu permitirá identificar as espécies que se apresentam como melhor fonte bioenergética renovável e sustentável.
PESQUISADORA Graciene de Souza Bido • Professora do curso de Agronomia da Unicesumar • Doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Maringá (2007) • Mestrado em Ciências Biológicas pela UEM (2013) • Graduação em Ciências Biológicas pela UEM
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Caderno de Fontes | Meio Ambiente e Tecnologia Limpas
Refrigeração do ar por meio da energia geotérmica Atualmente existe uma grande preocupação com o aumento da temperatura do planeta e com a falta de fontes de recursos naturais renováveis. Pensando no aspecto ambiental e no conforto térmico das construções civis, um experimento de refrigeração de ambientes utilizando a energia geotérmica foi desenvolvido na Unicesumar apresentando bons resultados. A geotermia, que trata da energia solar acumulada pelo solo, tem um potencial enorme de utilização, segundo apontam estudos, mas é pouco utilizada ainda no mundo. Um dos países mais avançados nesse uso é Portugal. A energia provinda do solo pode ser utilizada tanto para aquecimento como para o resfriamento de um ambiente. Em países como o Brasil, o resfriamento é considerado importante devido às condições climáticas predominantes, e a manutenção de temperaturas de conforto térmico com a utilização de sistemas alternativos é um desafio. Essa fonte natural faz com que o solo, mais frio que o ambiente acima dele, resfrie o ar através de tubulação subterrânea e melhore o conforte térmico em ambientes internos. O experimento na Unicesumar foi realizado em pequena escala, medindo-se a temperatura do ambiente testado em quatro horários do dia, com e sem o sistema de geotermia. Os resultados mostram uma redução média de até 4 graus centígrados na temperatura interna quando utilizada a refrigeração por geotermia e, também, significativa melhoria na umidade relativa do ar. O sistema, assim, poderia se apresentar como uma alternativa ao uso dos refrigeradores de ar, responsáveis por alto gasto de energia e considerado ainda responsável por agravar alergias e problemas respiratórios.
PESQUISADOR Júlio Ricardo de Faria Fiess • Coordenador do curso de Engenharia Civil da Unicesumar • Mestrado em Engenharia de Habitação e Inovações Tecnológicas pelo Instituto de Pesquisa Tecnológica da USP (2005) • Graduação em Engenharia Civil pela Fundação de Ensino e Pesquisa de Itajubá (1994)
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Caderno de Fontes | Meio Ambiente e Tecnologia Limpas
Uso de resíduos da laranja e da mandioca na alimentação animal Buscar soluções para diminuir o impacto dos resíduos gerados pela produção agroindustrial nas regiões Norte e Noroeste do Estado do Paraná é um dos problemas de pesquisas desenvolvidas na Unicesumar. Dentre os resíduos estudados estão o bagaço da cana-de-açúcar, polpa de citrus e resíduos da mandioca. Uma das soluções é destinar esses resíduos, principalmente a polpa de citrus e resíduos da mandioca, para a alimentação de bovinos. Essa prática já ocorre na região, no entanto, faltam orientações aos pecuaristas com relação a utilização adequada desses subprodutos. A laranja, por exemplo, é considerada a principal atividade na fruticultura no Paraná, sendo as regiões Norte e Noroeste do Estado as maiores produtoras, com cerca de 1 milhão de toneladas produzidas em 2015. Esta elevada produção está associada a uma grande geração de subprodutos, que compreendem, aproximadamente, 50% do total da fruta. A utilização do bagaço da laranja na alimentação animal, como uma alternativa aos grãos de cereais comumente empregados, reduz os custos de produção animal e colabora para a eliminação deste resíduo no ambiente. Contudo, em função do alto teor de umidade, existem alguns problemas relacionados à sua utilização e transporte. Problemas quanto ao emprego de resíduos de mandioca também foram encontrados, principalmente em algumas propriedades de vacas de leite, com até 50 animais, onde observa-se que o fornecimento sem critério e controle, resulta em consumo excessivo pelos animais, fato que leva a ocorrência de vários distúrbios, principalmente acidose ruminal, que é uma grave doença que acomete animais ruminantes e ocorre em função da grande ingestão de alimentos ricos em carboidratos, como é o caso do resíduo de mandioca. Considerando que os gastos com a alimentação alcançam até 70% dos custos totais da produção, o emprego de resíduos ou subprodutos agroindustriais na alimentação animal é pertinente, mas o produtor deve considerar, além da vantagem ambiental, as vantagens econômicas e nutricionais visando os melhores resultados para a cadeia produtiva.
PESQUISADORA Márcia Aparecida Andreazzi • Vice-coordenadora do Programa de Mestrado em Tecnologias limpas e professora do Curso de Medicina Veterinária • Pós-doutorado em Produção Animal pela Universidade Federal de Minas Gerais (2006) • Doutorado em Produção Animal pela Universidade Estadual de Maringá (2002) • Mestrado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Maringá (1994) • Graduação em Zootecnia pela Universidade Estadual de Maringá (1990)
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Caderno de Fontes | Meio Ambiente e Tecnologia Limpas
Reaproveitamento de resíduos alimentar e sustentabilidade O impacto imposto pela produção e consumo de produtos de forma inconsciente e insustentável tem sido foco de debates, surgindo assim o desafio para produções mais limpas. A produção mais limpa significa a aplicação contínua de uma estratégica econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e energia através da não geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados em todos os setores. A geração de resíduos é associada principalmente a fatores culturais, sociais, climáticos, de sexo e idade. A origem dos resíduos está vinculada diretamente as atividades básicas de manutenção da vida, pois todo resíduo gerado, foi porque algo fora consumido anteriormente. O hábito de consumir refeições fora de casa, que hoje já representa um 1/3 do total de gastos das famílias brasileiras com alimentos - segundo pesquisas -, tem levado os restaurantes a se aprimorarem e aumentar cada vez mais a oferta de alimentos, sendo estes grandes produtores de resíduos orgânicos e de materiais recicláveis, além de apresentarem um alto consumo de recursos naturais como água e energia elétrica. A consciência ambiental neste segmento, entretanto, ainda é baixa, deixando de se dar um tratamento adequado aos resíduos. Neste sentido, é que uma pesquisa vem sendo realizada na Unicesumar com a finalidade de propor modelos sustentáveis de produção e consumo nessa cadeia produtiva. Os estudos estão sendo desenvolvidos no restaurante-escola da instituição. Um pré-levantamento constatou, por exemplo, que só de casca de laranja chega-se a uma tonelada por mês. A proposta é fechar um ciclo para o reaproveitamento de todo material, que poderá ser utilizado tanto na suplementação do gado criado na Fazenda-Escola da instituição, quanto em compostagem e subsequente aplicação em hortas, onde deverão ser produzidas as hortaliças que voltarão ao restaurante, aplicando-se assim o moderno conceito do “prato ao prato” e servindo de modelo para outros estabelecimentos.
PESQUISADORAS Isabele Picada Emanuelli • Professora do Programa de Mestrado em Tecnologias Limpas da Unicesumar • Doutora em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista (2013) • Mestre em Zootecnia pela USP-SP (2005) • Graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria (2002)
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Queila Turchetto • Professora do curso de Gastronomia da Unicesumar • Mestranda do curso de Tecnologias Limpas da Unicesumar (2016) • Especialização em Fisiologia Humana pela Universidade Estadual de Maringá (2007) • Graduação em Nutrição pelo Centro Universitário de Maringá – CESUMAR (2005)
Caderno de Fontes | Meio Ambiente e Tecnologia Limpas
Uso de plantas para descontaminação do solo O descarte irregular de pilhas, baterias e outros componentes eletrônicos é um dos grandes problemas para o meio ambiente no Brasil. Componentes tóxicos, como chumbo e zinco, presentes na composição desses produtos, causam contaminação do solo e representam uma ameaça à saúde pública. Uma pesquisa realizada na Unicesumar procurou testar algumas plantas com o poder de absorção dos componentes tóxicos no solo, especialmente o chumbo, mineral considerado de alto risco para o homem. O experimento testou as espécies Trapoeraba Roxa, Barba de Serpente, Espada de São Jorge e Falsa Érica, submetidas a aplicação de sulfato de chumbo em diferentes quantidades. O processo denominado de fitorremediaçao apresentou ótimo resultado, indicando a possibilidade de uso dessas plantas em áreas com alta contaminação como, por exemplo, aterros sanitários desativados ou qualquer outro espaço onde seja detectada a presença de produtos tóxicos no solo. A espécie com maior capacidade de absorção de chumbo é a Espada de São Jorge, porém todas elas apresentaram bons resultados. A ideia é que essas plantas possam ser utilizadas em projetos paisagísticos.
PESQUISADORA Sônia Tomie Tanimoto • Professora do curso de mestrado em Tecnologias Limpas e Engenharias da Unicesumar • Pós-doc em Química pela UFABC (2011) e USP (2009) • Doutorado em Química pela USP (2006) • Mestrado em Química pela USP (2002) • Graduação em Química pela Universidade Estadual de Maringá (2000)
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Caderno de Fontes | Meio Ambiente e Tecnologia Limpas
Qualidade da água em rios de Maringá Diversas pesquisas são realizadas na Unicesumar sobre a qualidade da água. Um dos campos investigados são os córregos que cortam a cidade de Maringá. Uma pesquisa recente avaliou as condições do córrego Moscados, que nasce no Parque do Ingá. Conforme as análises de água realizadas, de modo geral os parâmetros avaliados estão dentro de padrões aceitáveis, de acordo com a Portaria do Ministério da Saúde n.2914/2011. Esse córrego apresenta condições favoráveis à manutenção da qualidade, em sua região inicial, em virtude de suas águas serem oriundas das águas do lago do Parque do Ingá, onde ocorre significativo processo de autodepuração da matéria orgânica. Entretanto, mais cuidados devem ser dispensados às suas margens com relação à erosão e reflorestamento.
PESQUISADOR Ricardo Andreola • Professor dos cursos de engenharias ambiental, civil, mecatrônica e elétrica • Doutorado em Engenharia Ambiental pela Universidade Estadual de Maringá (2008) • Mestrado em Engenharia Química pela UEM (2002) • Graduação em Engenharia Química pela UEM (1998)
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Caderno de Fontes | Moda
A construção das aparências Refletir e investigar as possíveis apropriações que a moda faz do corpo por meio da espetacularização dada pelos meios de comunicação com relação ao consumo, ultrapassando os limites da aparência, é um dos assuntos investigados na Unicesumar. Considerando-se o corpo como índice natural de referência espacial, base de expressão e identidade do homem, os estudos analisam a complexa relação da moda com o capitalismo e o espetáculo da visibilidade movida pelo consumo, no qual os objetos assumem uma importância exagerada de status e poder, como um mecanismo de hierarquia social. Esta construção do corpo hipervalorizado pelas imagens da mídia está presente nas imagens, editorias, catálogos e desfiles, evocando um “eu” modelizado, ditando e incorporando tendências, padrões estéticos e comportamento. Neste sentido, a moda constitui um “eu” idealizado. As pesquisas neste campo partem do pressuposto que é na comunicação do produto que se constrói a estetização do eu, modelizando, esculpindo e propaganda feições que imperam no mercado fetichizado da moda que é reforçado pela mídia. O estudo discute a moda como um fenômeno social, principalmente a partir do século XIX, porque é a partir deste momento que a autonomia parcial dos agentes sociais mudam radicalmente em matéria da estética das aparências, em virtude de um novo modo de produção que se instaura a partir da Revolução Industrial. Parte do pressuposto que a moda, a partir do espetáculo cintilante oriundo dos meios de comunicação, contribue para o consumo e disseminação de novos comportamentos, como a autonomia na mudança e modificação do gosto pessoal.
PESQUISADORA Maria Lucineti Sifuentes da Silva • Professora do curso de Moda da Unicesumar • Mestrado em Design – Arte e Moda, pela Universidade Anhembi Morumbi (2012) • Especialização em Design e Tecnologia Gráfica pela Universidade Anhembi-Morumbi de São Paulo (2007) • Especialização em Fundamentos da Educação pela Universidade Estadual de Maringá - UEM (2006) • Graduação em Moda pelo Centro Universitário de Maringá - Cesumar (2002)
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Caderno de Fontes | Negócios
Gerenciamento ágil de projetos na área empresarial Gerenciamento ágil de projetos trata-se de uma nova forma de gestão de projetos muito mais flexível do que os modelos tradicionais e que privilegia princípios como os indivíduos e suas interações acima de procedimentos e ferramentas; a capacidade de resposta a mudanças acima de um plano pré-estabelecido; a colaboração dos clientes acima da negociação de contratos. O conceito surgiu com o Manifesto Ágil, de 2001, destinado à área de Tecnologia da Informação (TI), mas outros campos de conhecimento se apropriaram, tais como: engenharia, arquitetura, educação. Assim, o gerenciamento ágil condiz com uma forma interativa de conduzir um projeto, de tal forma que o mesmo pode ser realizado ao longo do tempo com possibilidades de adequações de sua estruturação. Dadas as mudanças que são contínuas, faz-se necessário que os projetos sejam gerenciados a partir do envolvimento do cliente, sendo que este pode solicitar as devidas modificações tão logo se façam necessárias. O assunto é tema de uma ampla pesquisa realizada na Unicesumar a partir da análise de uma amostra de 192 publicações científicas, que levou à conclusão de que as metodologias ágeis carecem ainda de maior difusão no meio empresarial. Esta pesquisa chegou a algumas questões merecedoras de atenção no que diz respeito a pesquisas futuras, sendo elas: equipe, análise de conflitos, comunicação e produtividade.
PESQUISADOR Reginaldo Carneiro • Coordenador do curso de Administração, Logistica, Gestão Comercial e Gestão de Recursos Humanos da Unicesumar • Doutorado (em andamento) em Engenharia de Produção pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) • Mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (ANO) • Especialização em EAD e Tecnologias Educacionais pela Unicesumar • Graduação em Administração pela Universidade Estadual de Maringá.
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Caderno de Fontes | Negócios
Empreendedorismo sob uma visão multidisciplinar Com o intuito de desenvolver dentro da universidade a cultura do empreendedorismo junto aos seus alunos, diversos são os projetos realizados na Unicesumar. Muitos deles acontecem em parceria com o Sebrae, a exemplo do livro “Empreendedorismo sob a Ótica da Interdisciplinaridade”, lançado em dois volumes em 2015, reunindo mais de vinte artigos desenvolvidos por alunos e professores e que tratam o tema sob as mais diversas perspectivas. O livro contempla uma coletânea de assuntos, tentando demonstrar exatamente as várias aplicabilidades deste tema nas diversas áreas do conhecimento. Neste sentido, o conteúdo aborda o empreendedorismo sob a ótica de gestão, perpassando por assuntos que vão desde as características inatas de um empreendedor até a utilização de um plano de negócio a partir de uma visão empreendedora. A obra recebeu apoio do programa “Educação Empreendedora” do Sebrae e o projeto terá continuidade no ano de 2016. Para os organizadores da publicação, apesar do crescente interesse pelo tema, no Brasil ainda há muito a avançar nessa área.
PESQUISADORES Fabiana Cristina de Azevedo Picanço • Diretora da Unicesumar Empresarial • Especialista em MBA Gestão de Recursos Humanos pela Unicesumar (2010) • Graduação em Administração de Empresas pela Unicesumar
Reginaldo Aparecido Carneiro • Coordenador do curso de Administração, Logistica, Gestão Comercial e Gestão de Recursos Humanos da Unicesumar • Doutorado (em andamento) em Engenharia de Produção pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) • Mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (ANO) • Especialização em EAD e Tecnologias Educacionais pela Unicesumar • Graduação em Administração pela Universidade Estadual de Maringá.
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Tânia Regina Corredato Periotto • Professora do curso de Administração e Gestão • Doutorado em Ecologia pela Universidade Estadual de Maringá (2008) • Mestrado em Educação pela Universidade do Oeste Paulista (2000) • Graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Maringá (1987) • Tecnologia em Processamento de Dados pela Unicesumar (2000)
Caderno de Fontes | Negócios
Gestão do Conhecimento nas Organizações Públicas A Gestão do Conhecimento nas Organizações Públicas é tema de diversas pesquisas na Unicesumar. A velocidade e a quantidade de informação que trafega pelos canais digitais impactou na forma como os negócios são conduzidos. Igualmente às empresas, os governos em suas diferentes esferas (municipal, estadual e federal) enfrentam desafios quando à organização das informações geradas por sistemas, aplicativos e internet para auxiliar na estruturação das tomadas de decisão pelos gestores. A utilização de sistemas de informações não garante aos seus utilizadores a organização da informação por causa da heterogeneidade de aplicativos e sistemas disponíveis e das informações advindas da internet. Sem a informação devidamente estruturada e organizada torna-se difícil a utilização e compartilhamento de qualquer tipo de conhecimento. Neste sentido, uma das pesquisas em vias de conclusão visa apresentar proposta para organizar as informações dos órgãos públicos da AMUSEP – Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense. Já, outra pesquisa é voltada à conversão do conhecimento dos colaboradores em conhecimento organizacional. Como criar um ambiente nas organizações para que as pessoas compartilhem o conhecimento, internalizemno e apliquem-no para criação de novos conhecimentos materializados em produtos, processos e serviços é o que pretende responder, considerando o farto de que nas organizações da esfera pública, o processo de mudanças caminha em ritmo lento. A grande maioria ainda preserva características da administração burocrática e não consegue responder com agilidade e qualidade às demandas da comunidade. Tais pesquisas são desenvolvidas como proposta do Programa de Mestrado em Gestão do Conhecimento nas Organizações.
PESQUISADORES Nélson Nunes Tenório Júnior • Professor do Programa de Mestrado em Gestão do Conhecimento nas Organizações da Unicesumar • Doutorado em Ciência da Computação pela Pontifícia Universidade Católica-RS (2010) • Mestrado em Ciências da Computação pela Universidade Federal de Santa Catarina (2012) • Especialista em Análise e Programação Orientada a Objetos pela Universidade de Cuiabá (1999) • Graduação em Sistemas de Informação e tecnólogo em Processamento de Dados pelo Unicesumar (1998).
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Rejane Sartori • Professora do Programa de Mestrado em Gestão do Conhecimento nas Organizações da Unicesumar • Doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catarina (2011) • Mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2001) • Graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Maringá (1987).
Caderno de Fontes | Nutrição e Gastronomia
Tofu Maturado A obesidade é um problema mundial e está diretamente ligada à má alimentação. Devido a isso uma boa parte da população tem se mostrado mais preocupada com a alimentação e está tentando se reeducar priorizando alimentos mais saudáveis e naturais. A soja é um dos alimentos inseridos à mesa, dentro da opção de alimentação saudável, e um dos seus derivados é o tofu. No entanto, observa-se ainda um baixo consumo no Brasil. Com alto valor proteico e podendo ser uma alternativa aos queijos de origem animal, acredita-se que o sabor insosso seja um dos motivos para a rejeição. Assim, pesquisadoras da Unicesumar buscaram desenvolver uma pesquisa para tentar a maturação do tofu, de forma a dar mais aroma e sabor ao produto e assim aumentar o número de adeptos a este tipo de alimento. O processo foi feito com a inoculação do fungo Penicilium Roqueforti (utilizado em outros tipos de queijo) e após 12 dias de processamento obteve-se o resultado desejado. O tofu maturado por Penicilium Roquefort obteve sabor agradável ao paladar, característico de queijos maturados, maciez, aroma, textura firme e aparência semelhante ao queijo de origem animal. O tofu maturado é uma inovação para os consumidores, pois os mesmos terão a oportunidade de consumir um produto de origem vegetal com as mesmas características dos produtos de origem animal. O produto é livre de gorduras saturadas, tem baixo teor calórico e um sabor marcante sendo, portanto, benéfico à saúde humana.
PESQUISADORAS Jussara Maria Leite Oliveira Leonardo • Professora do curso de Gastronomia e Medicina Veterinária da Unicesumar • Coordenadora do curso de pós-graduação em Higiene, Inspeção e Tecnologia de produtos de origem animal • Mestrado em Produção Animal pela Universidade Estadual de Maringá (2001) • Graduação em Universidade de Alfenas (1985)
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Queila Turchetto • Professora do curso de Gastronomia da Unicesumar • Mestranda do curso de Tecnologias Limpas da Unicesumar • Especialização em Fisiologia Humana pela Universidade Estadual de Maringá (2007) • Graduação em Nutrição pelo Centro Universitário de Maringá – CESUMAR (2005)
Caderno de Fontes | Psicologia
A representação social da dor As teorias elaboradas por grupos sociais, fora do universo científico, têm sido objeto de estudo na Psicologia Social desde a elaboração da Teoria das Representações Sociais. Uma das características das representações sociais é o direcionamento à ação, de acordo com as representações sociais compartilhadas por determinado grupo social. A dor envolvida na automutilação e no processo de gestação é foco de pesquisa na Unicesumar. O objetivo é identificar as representações sociais de alguns grupos sociais referentes a questões que envolvem o relacionamento interpessoal no grupo e, a partir desta identificação, propor ações preventivas e possibilidades de acompanhamento aos envolvidos. Dois estudos com temáticas diferenciadas, mas que apresentam como similaridade o envolvimento com o corpo humano. Os resultados esperados são a identificação das representações sociais de dor, as quais orientam para a ação, a elaboração de propostas de intervenção e, também, contribuir para a discussão envolvendo a Teoria das Representações Sociais e sua utilização como referencial para intervenção em grupos sociais.
PESQUISADORA Mariane Ranzani Ciscon-Evangelista • Professora do curso de Psicologia • Doutorado em Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo (2014) • Mestrado em Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo em (2007) • Especialização em Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo • Graduação em Psicologia pela Universidade Estadual de Maringá
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Caderno de Fontes | Psicologia
Depressão pós-parto: uma compreensão psicossocial A depressão pós-parto (DPP) é também conhecida como puerperal e está relacionada com o comportamento conflituoso da mãe perante o recém nascido, enfraquecendo as relações conjugais e atingindo adversamente o desenvolvimento cognitivo e emocional do bebê. As condições de stress relacionadas ao parto, à situação social e familiar e à sobrecarga imposta à mulher nesse período podem ser agentes geradores de depressão pós-parto. Pesquisas neste sentido foram realizadas na Unicesumar investigando as influências que a DPP exerce na relação mãe-bebê e, também, identificando os fatores psicossociais que podem favorecer o desenvolvimento da depressão pós-parto. As duas pesquisas avaliaram grupos de mães diagnosticadas com DPP. Os resultados obtidos possibilitaram a compreensão dos fatores psicossociais que exercem influência sobre a manifestação da patologia, pois se verificou que o sentimento de despreparo e de incapacidade ante a maternidade, a idealização da maternidade e a preocupação com a vida profissional e com a situação financeira contribuem para o desenvolvimento da DDP. Conclui-se que além do acompanhamento médico oferecido pelas unidades básicas de saúde, a gestante e a puérpera necessitam apoio psicológico, de modo a reconhecer, prevenir e intervir sobre os fatores que podem afetar a saúde mental da mãe e o desenvolvimento psicológico de seu bebê.
PESQUISADORA Rute Grossi Milani • Professora do Curso de Psicologia e Mestrados em Promoção da Saúde e Tecnologias Limpas • Doutora em Medicina (Saúde Mental) pela Universidade de São Paulo (2006) • Mestrado em Medicina (Saúde Mental) pela Universidade de São Paulo (2006) • Graduação m Psicologia pela Universidade Estadual de Maringá (1994)
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Caderno de Fontes | Psicologia
Desenvolvimento moral e social no esporte Pesquisas voltadas à Psicologia Esportiva têm sido realizadas na Unicesumar, visando compreender como as variáveis psicológicas podem influenciar o comportamento e o desenvolvimento esportivo e social dos indivíduos. Na pesquisa “O papel mediador da autodeterminação sobre o efeito do perfeccionismo nas estratégias de enfrentamento em atletas juniores de futebol” foi possível verificar que a motivação intrínseca dos atletas de futebol tem um papel importantíssimo na forma como enfrentam situações de estresse, determinando um comportamento mais positivo diante dos desafios que precisam enfrentar. Seguindo essa mesma temática, a pesquisa “O impacto dos traços de perfeccionismo na motivação de atletas de futebol de alto rendimento” também verificou a relação entre o perfeccionismo e a motivação. O perfeccionismo pode ser considerado um distúrbio, no qual a pessoa sente constante insatisfação com seu desempenho e dúvidas sobre a qualidade de seu trabalho. Entretanto, nos jogadores de futebol, os estudos mostram que o perfeccionismo pode ser positivo e intervir diretamente no processo de motivação e autodeterminação, e, consequentemente, no rendimento dos atletas. Outros dois estudos verificaram a influência dos pais sobre os filhos atletas, evidenciando que é determinante o suporte parental para predizer as capacidades psicológicas de enfrentamento ao estresse no contexto esportivo. Quanto mais apoio e autonomia dada aos filhos, mais confiantes e seguros eles se sentem, melhorando o relacionamento com os pares, o bem-estar e o desempenho nas atividades esportivas.
PESQUISADOR Leonardo Pestillo de Oliveira • Professor do curso de Psicologia da Unicesumar • Doutor em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Université du Québec à Trois-Rivières (2015) • Mestrado em Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá (2009) • Graduação em Psicologia pela Universidade Estadual de Maringá (2006)
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Caderno de Fontes | Saúde
Aumento das Notificações de Sífilis Congênita em Maringá A sífilis é uma doença sexualmente transmissível que tem apresentado aumento de casos nos últimos anos, o que revela que as pessoas continuam a se infectar, apesar das ações de prevenção e política do Ministério da Saúde. Porém por se tratar de uma doença que não tem notificação compulsória, é difícil avaliar o real aumento de novos casos. Somente a sífilis diagnosticada durante a gestação e aquelas consideradas congênitas, quando a mãe transmite ao bebê, são notificadas às autoridades competentes. Para compreender melhor este cenário na cidade de Maringá, uma pesquisa da Unicesumar observou que de 2006 até 2014, os casos de sífilis na gestação aumentaram em mais de 5000 %. O objetivo deste estudo foi avaliar o que aconteceu com essas crianças e porque elas foram notificadas com sífilis congênita. A pesquisa estudou o motivo pelo qual a sífilis congênita se perpetua, apesar de possuir um tratamento seguro e eficaz para a mãe e consequentemente para o feto. Entre as hipóteses levantadas e que estão sendo avaliadas estão: a falta de pré-natal adequado, tratamento incorreto da mãe, não tratamento do parceiro ou notificação errada do recém-nascido. O estudo indica, ainda, que pode haver falhas no sistema de saúde, uma vez que também serve como indicador para avaliar a qualidade da assistência à gestante infectada.
PESQUISADORA Simone Martins Bonafé • Professora do curso de Medicina da Unicesumar • Doutorado em Infectologia na Universidade Federal de São Paulo UNIFESP (2012) • Residência em Infectologia no Hospital Ipiranga (SUS) – 2004 a 2007 • Especialização pela Sociedade Brasileira de Infectologia (2007) • Graduação em Medicina pela Universidade Metropolitana de Santos (2003)
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Caderno de Fontes | Saúde
Conduta dos Idosos na prevenção a AIDS/DSTs A população mundial está vivendo uma revolução no processo de envelhecimento, com novos significados e perspectivas para homens e mulheres. Na atualidade, vivem no Brasil cerca de 20 milhões de pessoas com idade acima de 60 anos representando 10% da população brasileira. Ao mesmo tempo em que cresce o número de idosos, o sexo na terceira idade tem quebrado alguns paradigmas, tornando-se uma prática mais. Diante desse quadro, torna-se um desafio o desenvolvimento de políticas públicas de saúde e assistência a este grupo da população. Entender o comportamento sexual dos idosos é importante especialmente no que se refere à prevenção de doenças transmissíveis e diversas pesquisas têm sido realizadas na Unicesumar a este respeito. Uma delas, por exemplo, investigou o comportamento de 200 idosos frequentadores de um clube dançante e constatou o baixo nível de prevenção, muito embora a grande maioria entenda os ricos de transmissão e saiba que a Aids não tem cura. Para a pesquisadora responsável, o aumento do número de pessoas contaminadas pelo HIV nesta faixa etária da população passa a ser um dos maiores desafios para a Saúde Pública. E necessário que a atenção para esta população seja livre de estigmas e preconceitos e de acordo com suas condições e realidade.
PESQUISADORA Janete Lane Amadei • Professora do curso de Farmácia da Unicesumar • Mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Maringá (2012) • Especialização em Farmácia Hospitalar pela Universidade Federal do Paraná, Farmacologia pela Universidade Estadual de Maringá e Preceptoria para o SUS - Hospital Sírio Libanês/Ministério da Saúde.
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Caderno de Fontes | Saúde
Doenças transmitidas pelo consumo de peixe cru Segundo dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), o brasileiro consome em média 10 quilos de peixe por ano, por pessoa, enquanto a média mundial é de 18 quilos. Apesar do consumo relativamente baixo em relação a outros países, a introdução da cozinha oriental no ocidente tem feito com que cada vez mais pessoas adquiram o gosto pela utilização de pescado cru, que pode transmitir sérias doenças ao homem se não houver os cuidados sanitários adequados. O alerta é feito em obra de pesquisadores do Programa de Mestrado em Promoção da Saúde da Unicesumar. “Zoonoses humanas transmissíveis por peixes no Brasil” é um livro que tem por finalidade alertar a população e preparar melhor os profissionais da saúde para identificação e tratamento das doenças causadas por zoonoses dos peixes. O problema pode ser evitado por meio de cuidados sanitários em toda a cadeia produtiva, da criação, transporte, armazenagem ao preparo dos pratos. Por isso, a obra tem também o objetivo de auxiliar as autoridades sanitárias na definição de políticas públicas para o controle e prevenção dessas doenças no país.
PESQUISADORES Gilberto Cezar Pavanelli • Professor do Programa de Mestrado em Promoção da Saúde • Doutorado em Zoologia pela Universidade Federal do Paraná (1991) • Mestrado em Zoologia pela Universidade Federal do Paraná (1981) • Especialização em Biologia Celular pela Universidade Estadual de Maringá (1978) • Graduação em História Natural pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1974)
Mirian Ueda Yamaguchi • Professora do Programa de Mestrado em Promoção da Saúde • Doutorado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Estadual de Maringá (2009) • Mestrado em Análises Clínicas pela Universidade Estadual de Maringá (2003) • Graduação em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Estadual de Maringá
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Caderno de Fontes | Saúde
Grupo de Apoio a Pessoas com Fibromialgia Há seis anos, a Unicesumar mantém o Grupo de Apoio a Pessoas com Fibromialgia, um projeto de extensão que visa ajudar, tanto pacientes quanto familiares, a entender melhor o quadro de manifestação desse distúrbio, caracterizado por fortes dores por todo o corpo, sensibilidade nas articulações, nos músculos, nos tendões e em outros tecidos moles por longos períodos. Geralmente, o uso de antidepressivos e anti-inflamatórios indicados pela medicina não são suficientes para resolver o problema e os pacientes encontram melhores resultados em terapias alternativas que envolvem profissionais de diversas áreas. Assim, o projeto da Unicesumar reúne professores e estudantes de psicologia, fisioterapia, nutrição, medicina e educação física. Participando de encontros quinzenais, os pacientes assistem a palestras e recebem orientações sobre nutrição, atividade física e também psicológica de forma que possam melhorar seus hábitos e a qualidade de vida.
PESQUISADORA Leonardo Pestillo de Oliveira • Professor do curso de Psicologia da Unicesumar • Doutor em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Université du Québec à Trois-Rivières (2015) • Mestrado em Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá (2009) • Graduação em Psicologia pela Universidade Estadual de Maringá (2006)
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Caderno de Fontes | Saúde
Grupo Interacional de Sujeitos com Síndrome de Down A terapia fonoaudiológica em grupo com portadores de Síndrome de Down, desenvolvida na Clínica de Fonoaudiologia da Unicesumar, apresenta como objetivo principal mediar o processo de aquisição e de desenvolvimento da linguagem, propondo-se, ainda, a ajudar essas pessoas a se reconhecerem como sujeitos únicos e capazes. O encontro do Grupo Interacional de Sujeitos com Síndrome de Down acontece semanalmente e envolve também os familiares dos pacientes, buscando-se integração, conscientização e promoção da independência dessas pessoas. Durante este ano de 2016, pessoas diagnosticados com a Sindrome de Down serão acompanhadas ao longo de onze meses e os dados coletados servirão para futuras análises e pesquisas seja no campo da fonoaudiologia ou afins. Trata-se de um trabalho com enfoque transdisciplinar, em conjunto com outros profissionais da Unicesumar, como odontologia, fisioterapia, nutrição e, ainda, escola e familiares.
PESQUISADORA Ana Paula Vila Labigalini • Professora do curso de Fonoaudiologia da Unicesumar • Mestrado em Linguística pela Unicamp (2009) • Especialização em Distúrbios da Comunicação Humana pela UNIFESP-EPM (1999) • Graduação em Fonoaudiologia pela Universidade de Marília (1998)
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Caderno de Fontes | Saúde
Morte por intoxicação com medicamento Investigando as mortes causadas por intoxicação durante oito anos, registradas na área de abrangência da 14ª Regional de Saúde do Paraná, um pesquisador da Unicesumar descobriu que grande parte das pessoas que cometem suicídio utilizam medicamentos inapropriadamente para atingir o seu fim. Diante de outros produtos tóxicos, o remédio é disparadamente o mais usado. A pesquisa teve como objetivo mostrar a necessidade de controle sobre dispensação e uso de fármacos. Para o pesquisador, as pessoas acessam os medicamentos com muita facilidade e há uma fragilidade com relação aos cuidados neste aspecto. Dentre as sugestões apresentadas, está a necessidade de uma melhora nas políticas de atenção à saúde incluindo desde os aspectos psicoemocionais às ações de prevenção. A população investigada foi da faixa etária de 19 a 29 anos, sendo as mulheres e as pessoas de menor escolaridade as que mais cometem suicídio, um indicativo, segundo a análise apresentada, de que faltam de fato orientações para a população sobre o uso de medicamento.
PESQUISADORA Heber Amilcar Martins • Professor dos cursos de Farmácia, Biomedicina e Medicina da Unicesumar • Doutorando em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Estadual de Maringá • Mestrado em Ciências Farmacêuticas pela UEM (2010) • Especialização em Farmacologia e Fisiologia pela UEM • Graduação em Farmácia pela Uningá (2006)
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Caderno de Fontes | Saúde
Qualidade de Vida na Terceira Idade Existente há oito anos na Unicesumar, o programa de extensão “Qualidade de Vida na Terceira Idade” atende homens e mulheres com mais de 60 anos de idade, integrando atividades físicas, fisioterapia, orientação nutricional e cuidados com o corpo, voltadas a promover o bem-estar dos idosos. Cerca de 50 idosos frequentam o programa duas vezes por semana. O grupo é objeto de diversos estudos na instituição. Uma pesquisa recente analisou o índice de massa corporal (IMC), massa magra e massa gorda de participantes que frequentam o projeto e concluiu que os valores encontrados estão dentro dos parâmetros considerados normais, supondo que o trabalho realizado com os idosos tem trazido resultados positivos. Na avaliação, os pesquisadores concluíram que tanto o nível de atividades físicas aeróbicas quanto resistidas (de fortalecimento muscular) foram adequadas para o aumento da massa magra dos idosos. De acordo com o estudo, deve-se levar em consideração que os idosos do projeto possuem, em sua maioria, um perfil socioeconômico considerável, têm bom nível de escolaridade, sabem da importância da atividade física para suas vidas - por isso a praticam com assiduidade nos encontros do projeto - e são bem ativos durante suas atividades diárias. Diante disso, é compreensível ter se encontra valores tão positivos quanto à massa corporal do grupo avaliado.
PESQUISADORA Terezinha Gomes Farias • Professora do curso de Educação Física • Mestrado em Educação Física pela Universidade Federal do Paraná (2004) • Especialização em Ginástica pela Unicamp (2001) • Especialização em Natação pela Escola Superior de Educação Física a Jundiaí (2000) • Graduação em Educação Física pela ESEF-Jundiaí (1999)
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Ronco e apneia Apneia obstrutiva do sono (AOS) atinge uma grande parcela da população, principalmente, quando a pessoa está dormindo e roncando. É uma parada respiratória provocada pelo colabamento das paredes da faringe, que tem a passagem de ar bloqueada e cessa o ronco. A repetição dos episódios de apneia tem como consequência a menor oxigenação do sangue, o que pode acarretar em danos ao organismo. A enfermidade pode causar ou agravar quadros de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial sistêmica, arritmias, infartos e insuficiência cardíaca congestiva. Muitas vezes, o tratamento da apneia é suficiente para redução e controle da pressão arterial. São sintomas da apneia obstrutiva do sono: ronco, sono agitado, falta de disposição e sonolência durante o dia, dor de cabeça, perturbação da memória, da atenção e da concentração, tendência à depressão, hipertensão, arritmias cardíacas e, especialmente, inúmeros microdespertares dos quais o portador do distúrbio pode se lembrar ou não. O programa AMBRAOS (Ambiente Multiprofissional de Atenção ao Ronco e Apneia Obstrutiva do Sono) da Unicesumar, que reúne profissionais da fonoaudiologia, odontologia, fisioterapia e medicina, faz a avaliação para saber se o paciente é roncador e se tem apneia do sono, oferecendo o tratamento. É realizada a reabilitação da função respiratória miofuncional e orofacial para melhorar a qualidade de sono e de vida.
PESQUISADORA Fabiana Avelar
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Uso Racional de Medicamento O uso racional de medicamento é foco de diversos estudos na Unicesumar. Uma das pesquisas recentes analisou a estrutura da Assistência Farmacêutica Básica (AFB), nos trinta municípios de abrangência da 15ª Regional de Saúde do Paraná, localizados na região noroeste do Estado, através dos indicadores de Estrutura, Processo e Resultado, permitindo gerar informações necessárias para analisar a prestação dos atendimentos e contribuir para a sua melhoria. Estrutura deficitária quanto a recursos humanos, físicos e materiais foi observada, indicando ainda que recursos podem ser desperdiçados, pela ineficiência dos processos de aquisição, de prescrição e dispensação e armazenamento incorreto dos medicamentos. Entre as situações preocupantes constatadas, está o fato de os médicos das Unidades Básicas de Saúde prescreverem mais medicamentos do que o recomendado pela Atenção Básica à Saúde, cujo foco central está voltado para a prevenção e promoção da saúde. Quando o indicado é de no máximo 2 itens, a grande maioria prescreve de 3 a 4 medicamentos por receita, chegando até a 5. Os médicos também recebem visitas de representantes das indústrias farmacêuticas e sofrem influências para prescreverem medicamentos não padronizados no SUS. Já pela parte dos usuários, a maioria volta ao posto de saúde solicitando mais medicamentos antes do prazo, o que indica que estão fazendo uso incorreto do que foi recomendado pelo médico. Sendo o cumprimento efetivo da função social da Assistência Farmacêutica, assegurar o acesso universal e equitativo dos usuários do SUS à assistência de qualidade, é de responsabilidade dos gestores nos diferentes âmbitos que integram o Sistema Único de Saúde a melhoria desses processos, conclui a pesquisa.
PESQUISADORA Rafael Bayouth Padial • Professor dos cursos de Farmácia, Estética e Cosmetologia e Biomedicina • Mestrado em Administração de Empresas pelo Centro Universitário Positivo (2009) • Especialização em Manipulação Farmacêutica pelo Centro Universitário Cesumar (Unicesumar) (2007) • Graduado em Farmácia pelo Unicesumar (2006)
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