2 minute read
X Seminário Internacional Gênero, Cultura e Mudança
Advertisement
“Desafi os feministas e de outros campos contra-hegemônicos frente aos cenários sociopolíticos latino-americanos e globais atuais”. Esse foi o tema construído para sulear nosso X Seminário Internacional Gênero, Cultura e Mudança. Sobre esse processo, duas observações.
A primeira se refere ao ato de realizar. Como se não bastasse o esforço de concretizar esse evento anualmente com a envergadura que o mesmo tem hoje, fazê-lo em tempos de pandemia e com as restrições orçamentárias cada vez mais duras têm nos exigido em demasia. É pela conjunção desses dois fatores que o nosso Seminário há duas edições tem sido realizado virtualmente, exigindo-nos nos abstermos da presença física, do contato olho no olho, das conversas realizadas entre as atividades, do prazer de transitar entre outros corpos compartilhando afetos.
A segunda diz respeito ao foco teórico-político do Seminário, não somente nessa, mas já há algumas edições. Se há alguns anos afi rmávamos que a potência dos feminismos reside na sua pluralidade, cada vez mais nos interessa no Curta o Gênero articular os feminismos com outros pensamentos contra-hegemônicos, não necessariamente autodesignados como feministas. O motivo para isso, o excerto de Beto Guedes e Ronaldo Bastos que abre essa programação explica melhor que parágrafos de elucubrações teóricas e epistemológicas.
Ademais o tempo que vivemos nos exige essa articulação e a construção de uma frente ampla que não seja somente circunstancial para barrar esse tempo fascista destruidor de vidas que atravessamos, tampouco orientada por concessões aos interesses do capital ou de perspectivas conservadoras que atentam também contra as liberdades e a vida.
Com esse horizonte, nosso X Seminário Internacional Gênero, Cultura e Mudança traz em sua programação, aproximadamente, 30 atividades dispostas ao longo de 10 dias entre mesas, minicursos, ofi cinas e sessões dos Diálogos Convergentes (apresentações de trabalhos e relatos de experiências). Serão mais 50 ativistas e pesquisadores e pesquisadoras desenvolvendo temas como estratégias de enfrentamento aos fundamentalismos e ao neoliberalismo, a questão da identidade contemporaneamente, crítica aos pseudofeminismos neoliberais e as políticas antigênero, epistemologias, políticas e práticas para preservar a vida na Terra, e muito mais.
Nosso Seminário vem forte, potente e diverso. Conceitualmente denso, mas acessível e, sobretudo, feito com muito esmero, cuidado e afeto com muita gente parceira, amiga que se achegou para criar juntas, juntos e juntes. E para quem está chegando agora, achegue-se, desfrute de toda a programação, divulgue e interaja conosco pelos chats e nas nossas redes sociais, afi nal o Curta o Gênero e nosso Seminário só se completam quando esse fl uxo se estabelece, quando consegue incitar diálogos e tessituras para um outro mundo que já começou!