CENTRO DE LAZER E MORADIA PARA A TERCEIRA IDADE
CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO ORIENTADORA: Profª. Drª. VERA L. BLAT MIGLIORINI ALUNA: ISABELLE R. M. DA SILVA CÓDIGO: 305392
2
Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências legais para a obtenção do titulo de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação do Prof.ª Drª. Vera Lucia Blat Migliorini.
3
ABSTRACT
RESUMO
This work is dedicated the third age. Its develops
Este trabalho se dedica a terceira idade. Desenvolve
crosses of research a center of leisure, home and
atraves de pesquisas um centro de lazer, moradia e
accomodation about to aged of class mediator low and
hospedagem para idosos de classe média baixa e classe baixa,
class low. Classes that doesn’t has nothing of
classes que não possuem quase nada de equipamentos para tal
equipaments about this use.
uso.
The proposal principal is to integrate the aged newly
A proposta principal é integrar o idoso novamente na
on society, about the cohabit social and activities of
sociedade, atraves do convívio social e de atividades de lazer
leisure generally.
em geral.
WORDS KEY
PALAVRAS-CHAVE
Leisure, integrates, sociability, confort, cohabit, longing ande well-being..
Lazer, integração, sociabilidade, conforto, vivencia, saúde e bem estar.
4
AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, que me deu a vida e sempre me fez acreditar que sonhos são possíveis. Agradeço meus pais, Ivanir e Isabel, e ao meu marido, Fabrício, que foram pessoas que sempre me incentivaram durante os anos da faculdade, principalmente nesse último ano, o mais difícil. Sou grata a eles pelo amor, pela paciência, pela dedicação e pela confiança que depositaram em mim. Agradeço a todos os professores, que me acompanharam e ensinaram durante esses anos, em especial a minha orientadora Vera Lucia Blat Migliorini, pela paciência e dedicação.
FIGURA 1: VÓ PINA (CENTRO), MINHA MÃE E EU
DEDICATÓRIA
FIGURA 2: VÓ MARIA
Dedico esse trabalho aos meus avós, que sempre foram pessoas fundamentais em minha vida; como meu pai e minha sempre trabalharam o dia inteiro, foram eles que cuidaram de mim; infelizmente o meu avô paterno faleceu antes do meu nascimento, então não tive a oportunidade de conhecê-lo, mas convivi bastante com a minha avó paterna, uma pessoa extremamente bondosa, carinhosa, animada e divertida. Sempre gostou do convívio social; frequentava bailes, bingos, pescarias, festas de família e constantemente viajava para visitar os parentes. O u t r a “pecinha” fundamental são os pais de minha mãe. Meu avô faleceu quando eu tinha sete anos, mas, mesmo tendo convivido pouquíssimo tempo ao seu lado, percebi a pessoa alegre, bondosa e “festeira” que ele era; tudo era motivo para terminar em “um churrasquinho”. Já a minha avó (a única que está viva), sempre foi uma pessoa bastante séria, reservada, organizada, de “pulso firme”; aquela pessoa que sempre esteve a frente de tudo, resolvendo todos os problemas, ajudando os filhos, cuidando dos netos. Grande parte do que sou devo a ela, pois foi ela quem cuidou de mim desde pequena.
5
SUMÁRIO
06. cap.1 > APRESENTAÇÃO 09. cap.2 > OBJETIVO 10. cap.3 > JUSTIFICATIVA 12. cap.4 > SAÚDE NA TERCEIRA IDADE 14. cap.5 > REFERENCIA PROJETUAL 20. cap.6 > LOCAL ESCOLHIDO 28. cap.7 > TÉCNICA CONSTRUTIVA 31. cap.8 > PARTIDO ARQUITETONICO 33. cap.9 > PROGRAMA DE NECESSIDADES 34. cap.10 > ESTUDOS DO PROJETO 46. cap.11 > O PROJETO 64. cap.12 > CONCLUSÃO 65. cap.13 > REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
6
APRESENTAÇÃO
A organização mundial de saúde define como idosas as pessoas com mais de 60 anos nos países
em desenvolvimento e com mais de 65 anos nos países desenvolvidos. A Política Nacional do Idoso do Brasil está em consonância com a OMS, e também define como idosa a pessoa de 60 anos ou mais. O envelhecimento é um processo biológico natural, em que o corpo sofre diversas alterações funcionais e anatômicas, afetando direta e indiretamente a nutrição e a saúde. Para viver com qualidade, o idoso deve manter um bom convívio com os vizinhos, com os amigos e com a família. Partilhar com as novas gerações os conhecimentos adquiridos ao longo da vida facilita a sua integração social. O trabalho realizado com prazer é um meio de manter-se ocupado e melhorar a qualidade de vida. Formas de lazer como viajar, passear, dançar, jogar baralho, cultivar plantas, cuidar de animais, praticar exercícios e fazer artesanato proporcionam prazer e também melhoram a disposição. A leitura e o estudo são formas de atualizar-se e adquirir conhecimento, mantendo o cérebro sempre ativo. O tempo produz limitações para o corpo, mas o idoso que permanecer ativo e integrado terá alegrias de forma ilimitada.
7
O tema que esse Trabalho Final de Graduação aborda é a terceira idade. Percebe-se que cada vez mais as pessoas estão envelhecendo, ou seja, a expectativa de vida do ser
h u m a n o
aumentou, porém, infelizmente, a qualidade com que se vive nessa fase não aumentou tanto quanto sua expectativa. É p ercebido que o idoso não consegue se inserir com facilidade na sociedade atual, que exige cada vez mais rapidez e p raticidade das pessoas. Muitas vezes, os idosos contam com a atenção apenas das crianças, mas dos adultos não, pois eles estão cada vez mais imersos na correria do dia-a-dia. A delimitação do tema se deu com base na dinâmica dos dias atuais, onde os filhos não encontram mais a possibilidade de parar de trabalhar para cuidar de seus pais, ou não têm condição de pagar um profissional responsável por tal função, o que muitas vezes contribui para sua exclusão da sociedade, ou ainda, para mudar a tipologia das “casas de repouso” ou “asilos” encontradas atualmente na maioria das cidades brasileiras. A motivação da escolha do tema se deu, em sua maior parte, por cunho pessoal, ou seja, na observação de uma realidade pessoal e familiar, que apresenta uma idosa de 83 anos que é portadora da Doença de Alzheimer, uma doença degenerativa que atualmente é incurável, mas que possui tratamento. Ela foi descrita pela primeira vez em 1907, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, e é considerada na atualidade como a principal causa de demência em pessoas com mais de sessenta anos em Portugal e no Brasil. Seu tratamento se dá através do retardamento do declínio cognitivo, do tratamento dos sintomas, do controle das alterações de comportamento, e, em sua maior parte, do conforto e da qualidade de vida ao idoso e a sua família.
8
Existem várias formas de prevenção dessa doença, como, por exemplo, dietas especificas, risco cardiovascular, uso de produtos farmacêuticos, e, principalmente, através de atividades intelectuais, como damas), palavras cruzadas, tocar instrumentos musicais, e a socialização pode atrasar o seu inicio ou a sua gravidade (AZEVEDO, João
jogos
regular do
de tabuleiros (xadrez e
idoso com a sociedade, o que
Roberto).
A terceira idade é tratada como uma fase de sabedoria, maturidade e serenidade. O idoso deve ser recebido pela sociedade, tendo suas limitações respeitadas e as suas qualidades salientadas. Essa fase da vida deve ser associada à felicidade e a experiência; e não ser encarada como um problema. Dever ser vista como uma nova forma de vida. Deve-se entender que os idosos não são homogêneos e que as diferenças aumentam com a idade. Novas atitudes para a transformação da sociedade, revendo o papel social do idoso, são colocadas como primordiais (JACQUEMIM, André). Segundo o Conselho Estadual do Idoso de São Paulo, o poder publico e a sociedade devem assegurar ao idoso, o direito à saúde, à alimentação, à cultura, à educação, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência comunitária e familiar.
9
OBJETIVO
Esse trabalho tem como objetivo desenvolver o anteprojeto para
um núcleo de convivência para idosos, na cidade de Ribeirão Preto, SP; onde eles possam interagir com pessoas de diferentes idades, participar de cursos de diversas áreas e praticar atividades físicas, para que assim possam viver com mais qualidade de vida, trocar experiências e cuidar de sua saúde física e psicológica. Este espaço deve proporcionar uma área pública, com atividades físicas que possam ser compartilhadas com os moradores da vizinhança, uma área semi-pública, onde devem ser oferecidos cursos e outras atividades específicas para os idosos e uma área privada, nos demais pavimentos, para os que desejarem residir no núcleo. A área destinada à residência também deve oferecer recintos diferentes em função da autonomia e das condições de saúde do idoso.
10
JUSTIFICATIVA
A iniciativa de estudar o tema e desenvolver o projeto do Centro de Lazer e Moradia para a Terceira
Idade se deu levando em consideração o aumento da expectativa de vida da população. Em dezembro de 2012 foi publicado o relatório Global Burden of Disease Study 2010 no jornal médico The Lancet, que revela que a expectativa de vida da população mundial cresceu nos últimos vinte anos; porém, esses anos a mais não são vividos com qualidade. Segundo estudos, essa qualidade é medida pela saúde física e psicológica da população. Pessoas felizes adoecem menos e consequentemente vivem mais. Levando-se em consideração que o arquiteto urbanista seja o profissional responsável por assegurar qualidade de vida e conforto ao ser humano, no que diz respeito à concepção dos espaços públicos e privados, abertos ou não, e desempenha tal função conectando as necessidades do mundo atual com a longevidade, será projetado o Núcleo de Convivência para Idosos, que deve proporcionar interação com a sociedade, aprendizado de técnicas diversas através de cursos em diversas áreas, como, por exemplo, artesanato, dança, condicionamento físico, culinária, alfabetização e artes plásticas e, também a possibilidade de residência para aqueles que optarem por viver em suas instalações, contando com profissionais que cuidem de seu bem estar.
11
Com esse equipamento, as famílias poderão levar seus pais para passarem o dia , ou algumas horas, ou seja, não precisarão deixar de trabalhar para cuida-los pessoalmente e comprometer o orçamento familiar, não precisarão pagar um profissional para que fique em sua casa, o que na maior parte das vezes acaba por excluir o idoso da sociedade, pois gera uma “falsa comodidade” de não precisar sair de casa para nada, e ainda, a possibilidade de hospeda-los por um período de viagem, por exemplo, ou, para os que optarem, poderão morar. De acordo com os diversos meios de informação pesquisados sobre saúde, longevidade e integração dos idosos com a sociedade, acredita-se que esta seja uma forma de partilhar e agir sobre tais necessidades, uma vez que serão trocadas experiências de vida.
12
SAÚDE NA TERCEIRA IDADE
Segundo o Ministério da Saúde, as doenças do aparelho circulatório são a principal
causa de mortalidade em idosos, com mais de 37% do número de mortes. As mais comuns são derrame, infarto e hipertensão arterial. Em seguida, vêm tumores e doenças do aparelho respiratório, por exemplo, pneumonia e DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica, como o enfisema e a bronquite crônica). Além dessas, são comuns também:
Osteoartrose: é um desgaste das articulações, que acomete 70% dos
Osteoporose: é a perda anormal de osso, que o
idosos; pode acometer a coluna, joelhos, quadril e mãos, e a manifestação
torna mais fraco, com maior facilidade para
principal é dor crônica; não tem cura, mas as complicações podem ser
quebrar, e mais difícil de “colar” (recuperar-se
prevenidas com exercícios físicos de alongamento, fortalecimento dos
de fraturas);
músculos e orientação de postura (como andar, dormir, pegar pesos); Diabetes: altos níveis de açúcar no sangue, Câncer de pele: muito comum em idosos, principalmente naqueles de
também é doença cuja frequência aumenta com
pele clara e expostos muito ao sol durante a vida; geralmente é de fácil
a idade;
tratamento, se diagnosticado precocemente; Catarata: doença na vista, que prejudica a visão, facilmente tratada com cirurgia;
13
Demência: (Alzheimer) popularmente conhecida como caduquice ou esclerose, geralmente é um quadro que começa com alteração da memória, principalmente das coisas mais recentes, os fatos mais antigos, geralmente são mais lembrados, fatos da infância, juventude, o que muitas vezes dá uma falsa impressão que a memória do idoso se encontra boa. Com o progredir da doença, ele deixa de reconhecer mesmo os familiares, começa a ter um comportamento alterado, se perder na rua, até progredir para uma total dependência;
Parkinson: a doença de Parkinson é causada pela falta de uma substância no cérebro chamada dopamina. A causa dessa alteração é desconhecida, e na maioria das vezes acomete mais as pessoas após os cinquenta anos de idade. Em geral, a evolução é bastante lenta e se inicia com tremor principalmente nas mãos e que pode progredir depois para a boca.
14
REFERÊNCIA PROJETUAL HILEA - SP
ESCRITORIO
RESPONSAVEL
PELO
PROJETO:
AFLALO & GASPERINIARQUITETOS S/C. LTDA
ANO DO PROJETO: 2003
LOCAL: MORUMBI, SÃO PAULO-SP
AREA CONSTRUIDA: 13.600 m²
SITUAÇÃO: EDIFICIO COMPRADO PELO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, E TRANSFORMADO NO HOSPITAL LUCY MONTORO; PARA ATENDIMENTO DE
PACIENTES
COM
NECESSIDADE
TRATAMENTO INTENSIVO E SEQUENCIAL.
DE
15
O Hiléia abriga as funções de hotel, residencial e clube, com especialização em pessoas com mal de Alzheimer. O complexo é composto por dois volumes: um horizontal com três pavimentos, que são áreas comuns do hotel e da clínica; o segundo volume é totalmente verticalizado, é um prédio laminar com 50 m de comprimento por 17 m de largura, com oito pavimentos onde se distribuem as suítes. Na cobertura foi instalada uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva). No térreo existe uma praça com pé-direito duplo, ela tem cobertura com iluminação zenital e para alegrar os ocupantes, ela é ambientada como um cenário de 50 anos atrás, com postes antigos, piano de cauda, cinema com programação de filmes antigos, barbearia, livraria e mesinhas.
FIGURA 4: PRAÇA AMBIENTADA COM MOBILIARIO ANTIGO. FONTE: http://mulher.uol.com.br/casa-e-decoracao/album/ terceira_idade_moradia_album.htm#fotoNav=13
FIGURA 3: A IMAGEM ILUSTRA O TEXTO; NOTA-SE O VOLUME HORIZONTAL COM TRES PAVIMENTOS, E O VOLUME VERTICLIZADO. FONTE: http://www.aflaloegasperini.com.br/projeto/hilea
16
De acordo com a implantação, observa-se que as principais áreas de convívio se localizam no térreo.
FIGURA 5: ESTUDO DA PLANTA DO TÉRREO.
FIGURA 6: PLANTA DO TÉRREO. FONTE: http://www.aflaloegasperini.com.br/ projeto/hilea
17
As áreas mais restritas e de diferentes funções se distribuem ao longo dos demais pavimentos do edifício. No
corte,
constata-se
a
existência
do
estacionamento, das suítes nos sete penúltimos pavimentos e da UTI na cobertura.
FIGURA 7: ESTUDO DO CORTE.
FIGURA 8: CORTE. FONTE: http://www.aflaloegasperini.com.br/projeto/hilea
18
AUTORES DO PROJETO: FRANCISCO AIRES MATEUS E MANOEL AIRES MATEUS
ANO DO PROJETO: 2006 –2010
CONSTRUÇÃO: 2008 - 2010
COLABORADORES: GIACOMO BRENNA, PAOLA MARINI, ANNA BACCHETTA, MIGUEL PEREIRA
ARQUITETURA PAISAGISTICA: ABAP LUIS ALÇADA BATISTA
ENGENHARIA: ENGITARGET, LTDA
CONSTRUÇÃO A CARGO: RAMOS CATARINO, AS
CLIENTE: SANTA CASA DE MISERICORDIA DE ALCACER DO SAL
AREA CONSTRUIDA: 3.640 m²
LAR DE IDOSOS MISERICÓRDIA
DA
19
Nas imagens 9 e 10, percebe-se um ambiente bastante neutro, que integra o convívio social do idoso com a privacidade de cada um. Os ambientes são arejados e claros, propiciando sensação de amplitude, continuidade e limpeza.
O projeto se distribui de FIGURA 9: OS CORREDORES SÃO AMPLOS E CLAROS. FONTE: http://www.dezeen.com/2011/02/07/house-forelderly-people-by-aires-mateus-arquitectos/
acordo com a topografia do terreno. Ele única,
possui o
que
circulação facilita
a
locomoção dentro do edifício. FIGURA 10: OS QUARTOS SÃO CLAROS E TEM VISTA PARA A ÁREA SOCIAL/PÚBLICA DO EDIFICIO. FONTE: http://www.dezeen.com/2011/02/07/house-forelderly-people-by-aires-mateus-arquitectos/ projeto/hilea
FIGURA 11: IMPLANTAÇÃO. FONTE: http://www.dezeen.com/2011/02/07/house-for-elderly-people-byaires-mateus-arquitectos/
20
LOCAL ESCOLHIDO
A escolha da melhor localização
para o projeto a ser desenvolvida neste TFG baseou-se em pesquisas, no IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e
Estatística), analisando-se dados de faixa etária e renda. Posteriormente, in loco, foi identificado um terreno localizado no bairro Vila Virginia, zona oeste da cidade de Ribeirão Preto. Nele, segundo dados do IBGE,se localiza grande concentração de idosos, além de ficar próximo dos outros bairros, como, por exemplo, Campos Elíseos, Ipiranga e Vila Tibério, que possuem a mesma concentração. Situa-se em uma área predominantemente residencial, cercada por vias de tráfego bastante importantes.
FIGURA 12: LOCALIZAÇÃO DO BAIRRO NO MAPA GERAL DA CIDADE. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
21
EQUIPAMENTOS Segundo o mapa de equipamentos, constata-se a existência de igrejas, creches, escolas e posto de saúde.
FIGURA 14: UBDS DR. MARCO ANTONIO SAHÃO FONTE: GOOGLE MAPS
FIGURA 15: IGREJA Mª. GORETTI FONTE: GOOGLE MAPS
FIGURA 16: ESCOLA DR. MEIRA JUNIOR FONTE: GOOGLE MAPS
FIGURA 13: LOCALIZAÇÃO DO BAIRRO NO MAPA GERAL DA CIDADE. FONTE: AUTOR DO TRABALHO Terreno
22
FOTOS DO ENTORNO
FIGURA 17: ESSA IMAGEM RETRATACA O CRUAZAMENTO DAS RUAS CONDE DE IRAJÁ E VITAL BRASIL. QUE É JUSTAMENTE ONDE O TERRENO SE SITUA. COMO É UM TERRENO DE ESQUINA, O PROJETO SE TORNA MAIS INTERESSANTE, HÁ MAIS POSSIBILIDADES DE CIRCULAÇÃO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 19: ESSA IMAGEM RETRATACA A CONSTRUÇÃO DE UM EDIFÍCIO DE TRÊS ANDARES NA RUA CONDE DE IRAJÁ, BEM EM FRENTE A UMA DAS PROVÁVEIS ENTRADAS DO EQUIPAMENTO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 18: ESSA IMAGEM RETRATACA UMA PARTE DA RUA VITAL BRASIL . UM FRAGMENTO ESSENCIALMENTE COMPOSTO POR HABITAÇÃO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
23
USO DO SOLO
Conforme
levantamento
realizado
no
entorno do terreno escolhido para o projeto, ilustrado
na
figura
20,
a
área
é
predominantemente residencial; os comércios ao seu redor, são, geralmente, para o sustento dos próprios moradores. Existem prestações de serviço como, por exemplo,
oficinas
mecânicas
e
pequenas
imobiliárias, além de dois centros espíritas, há também a igreja Maria Gorete e uma escola de educação infantil. Além de uma pequena indústria e tornearia mecânica. LEGENDA RESIDENCIA COMERCIO PRT. SERVIÇO INDUSTRIA FIGURA 20: LEVANTAMENTO DE USO DO SOLO
INSTITUCIONAL VAZIOS
FONTE: AUTOR DO TRABALHO; PESQUISA REALIZADA IN LOCO.
24
OCUPAÇÃO DO SOLO Conforme
observa-se
no
mapa
ilustrado na figura 21, os lotes são bastante ocupados; até mesmo devido ao fato de haver casas em lotes desmembrados, que requerem grande ocupação para abrigar os ambientes.
LEGENDA Área ocupada FIGURA 21: LEVANTAMENTO DE OCUPAÇÃO DO SOLO FONTE: AUTOR DO TRABALHO; PESQUISA REALIZADA IN LOCO.
25
GABARITO A área é predominantemente composta por edificações
térreas.
Observam-se
algumas
construções de dois pavimentos; um pequeno prédio, que está sendo construído, de quatro pavimentos e, tracejado, a futura construção do Edifício Patriarca, com mais de trinta pavimentos.
FIGURA 22: ESBOÇO DA IMPLANTAÇÃO DA CONSTRUÇÃO DO EDIFÍCIO PATRIARCA.
LEGENDA FIGURA 23: GABARITO FONTE: AUTOR DO TRABALHO; PESQUISA REALIZADA IN LOCO.
15 OU MAIS PAVIMENTOS
2 PAVIMENTOS
3 A 6 PAVIMENTOS
TÉRREO
26
HIERARQUIA VIÁRIA FÍSICA Limitando o bairro onde se insere o terreno escolhido para o projeto, observamse
duas
avenidas
principais—a
Av.
Monteiro Lobato e a Av. Patriarca—além de uma Via Expressa, a Rodovia dos Bandeirantes que, além de ligar o Campus da USP e alguns bairros na Zona Oeste da cidade à região central, é um dos principais acessos para quem chega de municípios vizinhos
como
Sertãozinho,
Jaboticabal, entre outros.
LEGENDA FIGURA 24: MAPA DE HIERARQUIA VIÁRIA FÍSICA. VIA EXPRESSA FONTE: AUTOR DO TRABALHO; PESQUISA REALIZADA IN LOCO. ARTERIAL LOCAL
Pontal,
27
HIERARQUIA VIÁRIA FUNCIONAL No seu interior, a maioria das vias apresenta
dimensões
entretanto,
algumas
de delas
Vias Locais, apresentam
fluxos característicos de Vias Coletoras, tais como a Rua Barão de Mauá, a Rua Drº. João Guião e a Rua Conde de Irajá.
LEGENDA ALTO FLUXO MEDIO FLUXO BAIXO FLUXO FIGURA 25: MAPA DE HIERARQUIA VIÁRIA FUNCIONAL. FONTE: AUTOR DO TRABALHO; PESQUISA REALIZADA IN LOCO.
28
TÉCNICA CONSTRUTIVA
Um dos determinantes do projeto é a técnica construtiva, o material a ser utilizado;
atualmente esta deve ser definida pensando-se a respeito da sustentabilidade, custos e tempo de execução da obra. Mediante pesquisas sobre novas técnicas que estão disponíveis no mercado, foi definida a utilização do Steel Framing, que alia sustentabilidade, durabilidade, rapidez, precisão e custo similar ao da alvenaria convencional. Trata-de de uma derivação do Wood framing, responsável pelas habitações norte-americanas entre os anos de 1810 e 1860, quando a população se multiplicou por dez. Porém, a partir da metade do século 20, a madeira se tornou escassa e cara, e o Steel Framing começou a ganhar espaço. Por se tratar de um sistema construtivo que utiliza o aço galvanizado como principal elemento estrutural, é considerado um sistema ecologicamente correto, pois o aço é um dos produtos mais reciclados no mundo. Além de não haver desperdício de materiais, pois, ao contrário do sistema de alvenaria convencional, as paredes não são quebradas e depois refeitas para a passagem dos canos e eletrodutos. A utilização de água é mínima, só é utilizada no processo de fundação, por isso é conhecido como um sistema construtivo “a seco”. A qualidade da obra é alta, visto que a execução de portas, janelas e paredes tem precisão de milímetros e a mão de obra é especializada. A durabilidade é estimada em mais de 300 anos.
29
O canteiro de obras é limpo e organizado, pois as peças são entregues prontas para a colocação, o que reduz o tempo de construção em 1/3 do modelo tradicional. Outro fator que foi determinante na escolha do material é o clima da cidade de Ribeirão Preto, que é bastante quente e com poucas chuvas. O isolamento térmico no processo construtivos Steel Framing é máximo, visto que a lã de vidro é colocada em todas as paredes e forros, o que deixa mínimo ou quase inexistente gastos para a manutenção da temperatura.
30
STEEL FRAMING
FIGURA 27: MONTAGEM DO STEEL FRAMING SOBRE O RADIER. FONTE: http:// www.arcoweb.com.br/ tecnologia/steel-framing -obra-rapida-18-012010.html
FIGURA 28: FECHAMENTO COM PLACAS OSB DE MADEIRA REFLORESTADA, DISPONÍVEL NO MERCADO BRASILEIRO. FONTE: http:// www.arcoweb.com.br/ tecnologia/steel-framing -obra-rapida-18-012010.html
FIGURA 26: ESQUEMA TÍPICO DE CASA EM STEEL FRAMING. FONTE: http://www.arcoweb.com.br/tecnologia/steel-framing-obra-rapida-18-01-2010.html
FIGURA 29: OBRA PARTICAMENTE TERMINADA. FONTE: http:// www.arcoweb.com.br/ tecnologia/steelframing-obra-rapida18-01-2010.html
31
PARTIDO ARQUITETONICO Para o desenvolvimento do projeto, foram realizadas varias pesquisas, entre elas, as necessidades e obrigatoriedades que um equipamento que comporte esse tipo de atividade deve atender, a quantidade em metragem quadrada dessas áreas, a capacidade dos reservatórios superior e inferior, o tamanho dos banheiros, sejam das suítes ou das áreas comuns, foram todos projetados para atender cadeirantes, a inclinação das rampas, as escadas, embora essa não seja a forma de circulação principal, a ausências de quinas nas paredes, os acessos, enfim, todo o projeto teve uma ampla base de pesquisa. O terreno que o projeto será implantado possui, conforme citado anteriormente, um desnível de três metros, o que foi determinante para o dimensionamento e distribuição dos ambientes. Como o projeto tem a função de atender os usuários que vão apenas passar o dia e também os que residem e/ou apenas se hospedam por um período, a distribuição dos ambientes foi realizada levando em conta a privacidade e segurança dos moradores e hospedes, sem que os usuários que apenas passarão o dia percebam tal organização.
32
O desnível do terreno proporcionou a divisão, a melhor distribuição dos ambientes em níveis diferentes, contribuindo para a organização dos espaços público, semi-público e privado. Levando-se em consideração o clima bastante quente na cidade de Ribeirão Preto-SP, a área externa será beneficiada com bastante arvores e sombra no período da tarde, proporcionada pelo próprio edifício. Essa área externa será parcialmente aberta ao público, para que ocorra a integração necessária e benéfica ao usuário do equipamento, para que ele não se sinta “isolado” do restante da sociedade; essa área serve, inclusive, aos que queiram apenas levar o seu neto para brincar, aos que queiram apenas conversar com colegas, enfim, para os que não queiram necessariamente utilizar os ambientes do interior do edifício. O edifício não terá muitos pavimentos, o que causará um impacto menor ao local de implantação. O projeto busca proporcionar integração, alegria, saúde e conforto aos seus usuários, esse propósito se faz presente no formato do edifício, no dimensionamento dos ambientes e nos equipamentos para os diferentes tipos de atividades de lazer e bem estar.
33
PROGRAMA DE NECESSIDADES Após varias pesquisas e estudos nas referências projetuais, foi desenvolvido o programa de necessidades. Este foi dividido em quatro áreas de construção, pois a parte pública, se estenderá ao decorrer do terreno, permitindo o acesso da população local para a integração do idoso com a sociedade: SERVIÇOS
ÁREA ÍNTIMA
ÁREA SOCIAL
Uso privado para os funcionários. Composta pelas seguintes ambientações:
Uso restrito aos idosos e funcionários. Composta pelas seguintes ambientações:
Uso semi-público. Composta pelas seguintes ambientações:
- Administração - Refeitório - Despensa - Almoxarifado - Cozinha - Depósito - Lavanderia - Lazer/Descanso para funcionários - Vestiários feminino e masculino - Sanitários feminino e masculino
- Suítes - Sala de estar - Sanitários feminino e masculino BEM ESTAR Uso privado aos idosos. Composta pelas seguintes ambientações: - Posto de enfermagem - Academia - Sanitários feminino e masculino - Vestiários feminino e masculino
- Recepção - Alimentação - Sala de estar - Sala de apoio individual e sóciofamiliar - Sala de palestra - Salas de atividades diversas - Salão de uso diverso
34
ESTUDOS DO PROJETO O primeiro estudo se realizou sem utilizar a topografia do terreno, que é composta por três curvas de nível, o que propicia um desnível de três metros. Foi pensado de forma plana. As lâminas de baixo são referentes as áreas publicas e semi-publicas; as que as sobrepõem são destinadas a área restrita, ou seja, hóspedes e moradores. Foi pensada a construção de lajes jardins, que proporcionam ambientes arejados e sombra ao pavimento inferior. A área de lazer não teve estudo no primeiro desenho. FIGURA 30: PRIMEIROS ESTUDOS. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
Como o primeiro estudo não atendeu às necessidades do projeto, foram elaborados croquis, para se propor uma nova volumetria e ocupação do terreno.
FIGURA 31: PRIMEIROS ESTUDOS. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
35
FIGURA 32: PRIMEIROS ESTUDOS. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 33: PRIMEIROS ESTUDOS. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
36
ESTUDOS DO PROJETO
O segundo estudo se realizou levando em consideração a topografia do terreno. As lâminas se sobrepõem para a construção de lajes jardins e permite-se a passagem do ar, e da luz, fazendo sombra, o que proporciona ambientes iluminados e arejados. A área social e o serviço foram instalados no nível dois, com pé
FIGURA 34: SEGUNDO ESTUDO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
direito de três metros, e o bem estar foi colocado também no nível dois, mas ocupando parte do nível três, que apresenta pé direito de quatro metros, tornando-o mais arejado. A área íntima distribui-se ao longo do segundo e terceiro pavimentos.
FIGURA 35: SEGUNDO ESTUDO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
Ao longo do terreno será projetada a área pública, onde será acessada pela vizinhança. LEGENDA
SERVIÇOS FIGURA 36: SEGUNDO ESTUDO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
ÁREA ÍINTIMA ÁREA SOCIAL
FIGURA 37: SEGUNDO ESTUDO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
N
BEM ESTAR
37
ESTUDOS DO PROJETO
No terceiro estudo, as lâminas também se sobrepõem. A área social passou a ocupar o nível dois e três, ficando com um pé direito de quatro metros; o serviço continuou instalado no nível dois, com pé direito de quatro metros, e o bem estar foi colocado também no nível dois com pé direito de três metros, mas ocupando parte do nível três, que apresenta pé direito de quatro metros, tornando-o mais arejado.
FIGURA 38: TERCEIRO ESTUDO.
As lâminas da área íntima foram rotacionadas para proporcionar mais abertura aos demais pavimentos e distribui-se ao longo do segundo e terceiro pavimentos. Ao longo do terreno observa-se uma área maior para a
FIGURA 39: TERCEIRO ESTUDO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
implantação da área pública.
LEGENDA
SERVIÇOS FIGURA 40: TERCEIRO ESTUDO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
ÁREA ÍINTIMA ÁREA SOCIAL
FIGURA 41: TERCEIRO ESTUDO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
N
BEM ESTAR
38
ESTUDOS DO PROJETO
No quarto estudo , o escolhido, as lâminas também se sobrepõem. A área social também ocupa o nível dois e três ficando com um pé direito de quatro metros; o serviço continuou instalado no nível dois, com pé direito de três metros, e o bem estar foi colocado também no nível dois com pé direito de três metros, mas ocupando parte do nível três, onde apresenta pé direito de quatro metros.
FIGURA 42: QUARTO ESTUDO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
As lâminas da área íntima foram rotacionadas para proporcionar mais abertura aos demais pavimentos e distribuí-se ao longo do segundo e terceiro pavimentos, a lâmina que se localiza sobre o serviço apresenta pé direito de quatro metros. Ao longo do terreno observa-se uma área maior para a implantação da
FIGURA 43: QUARTO ESTUDO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
área pública.
LEGENDA FIGURA 44: QUARTO ESTUDO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
SERVIÇOS ÁREA ÍINTIMA ÁREA SOCIAL
FIGURA 45: QUARTO ESTUDO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
N
BEM ESTAR
39
ESTUDOS DO PROJETO
. Na ideia preliminar de estudo da área externa, é proposto o uso de espelhos d’água, deck’s circulares de madeira, gazebo e bancos de descanso; tudo na área de acesso restrito aos idosos. Porém, foi analisado que o gazebo não foi funcional para a dinâmica a ser adotada, assim como a forma curva dos deck’s destoou a linguagem retilínea do volume do edifício. Na área pública os equipamentos propostos são: playground, bancos para descanso e mesas para refeição; tudo sobre a vegetação. Porém, como o equipamento é destinado ao uso de pessoas idosas, muitas vezes com
FIGURA 46: VISTA GERAL DO PRIMEIRO ESTUDO DA AREA EXTERNA FONTE: AUTOR DO TRABALHO
limitação física, foi necessário a implantação dos deck’s de madeira. Ainda não havia estudos sobre a circulação de veículos ao acesso/saída do equipamento.
LEGENDA SERVIÇOS
FIGURA 47: EQUIPAMENTOS DE LAZER DA PARTE PUBLICA DA AREA EXTERNA FONTE: AUTOR DO TRABALHO
N
FIGURA 48: EQUIPAMENTOS DE LAZER DA PARTE SEMI-PUBLICA DA AREA EXTERNA FONTE: AUTOR DO TRABALHO
ÁREA ÍINTIMA ÁREA SOCIAL BEM ESTAR
40
ESTUDOS DO PROJETO No segundo estudo da área externa, os espelhos d’água foram redimensionados, os deck’s, além de tomarem formas retilíneas, foram implantado na área de lazer pública também, e a rampa
de acesso edifício/área externa foi
recalculada. Definiu-se a circulação dos carros, que se dará pelas duas ruas, e em conjunto os bancos para espera. Nas lajes da área intima, definiu-se a proposta de lazer privado aos moradores.
FIGURA 49: NOVO DIMENSIONAMENTO DOS DECK’S, ESPELHOS D’AGUAS E CIRCULAÇÃO DOS CARROS. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
LEGENDA SERVIÇOS ÁREA ÍINTIMA ÁREA SOCIAL BEM ESTAR
41
ESTUDOS DO PROJETO A imagem Nº 50 retrata a ideia inicial do espaço que se dedica ao lazer da vizinhança, moradores e dos hóspedes. É proposto um play-ground, mesas
para
alimentação e bancos para descanso. Todos os equipamentos se situam sobre o deck de madeira.
N FIGURA 50: LAZER PUBLICO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
LEGENDA SERVIÇOS
ÁREA SOCIAL
ÁREA ÍINTIMA
BEM ESTAR
A Nº 51, retrata a ideia inicial da circulação dos carros, citada anteriormente, que se dará através da duas ruas. É mostrado também a ideia inicial das pérgulas nas FIGURA 51: LAZER PUBLICO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
lajes das suítes, o que propicia mais intimidade e tranquilidade aos hóspedes.
42
ESTUDOS DO PROJETO As imagens Nº 52, 53 e 54 retratam a área de lazer e descanso que será acessada apenas pelos idosos; é reforçada a ideia inicial dos espelhos d’água, que alem de climatizar o ambiente de forma agradável, poderá servir de hidroterapia ou simplesmente para molhar os pés. Para isto, foram propostos FIGURA 52: ESPELHOS D’AGUA. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
bancos ao redor do espelho d’água central. As pérgulas são trabalhadas para propiciar área sombreada e fresca, alem das poltronas e bancos que proporcionam conforto e interação.
FIGURA 53: AREA DE LAZER PRIVADA. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 54: PÉRGULAS DA AREA DE LAZER PRIVADA. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
43
ESTUDOS DO PROJETO Com a volumetria e com as áreas destinadas ao lazer pré-definidas, foi desenvolvido o estudo inicial das plantas. Inicialmente percebeu-se que algumas modificações na volumetria se faziam necessárias; portanto, foram desenvolvidos o térreo, que conta com as areas de bem estar e social, o primeiro, o segundo e o terceiro pavimento FIGURA 55: IMPLANTAÇÃO 1º ESTUDO DAS PLANTAS. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
foram destinados para as suites e o quarto pavimento aos serviços. Nesse primeiro estudo, as suites são compostas por várias tipologias: no primeiro pavimento são compostas de apartamentos para cadeirantes com cama de casal, para cadeirantes com cama de solteiro e com duas camas de solteiro; no segundo pavimento, para não cadeirantes com cama de casal, com duas camas de solteiro e com uma cama de solteiro, por ultimo, o terceiro
FIGURA 56: 1º PAV. SUITES DOS CADEIRANTES. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 57: 2º PAV. SUITES DOS NÃO CADEIRANTES. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
pavimento mescla as tipologias anteriores.
44
ESTUDOS DO PROJETO Porém, após estudos e orientações, definiu-se que todos os queartos serão acessíveis a cadeirantes, obedecendo apenas as tipologias de cama de casal, duas camas de solteiro e uma cama de solteiro. Porém, constatou-se que o pavimento dos serviços deveria ficar FIGURA 58: 3º PAV. SUITES MESCLADAS. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
próximo ao térreo, e não no último andar como estava, além de seu tamanho, que estava muito extenso. Além da cobertura, que abriga a casa de máquinas do elevador e as saidas de ventilação que se fizeram necessárias devido ao clima quente da cidade de Ribeirão Preto.
FIGURA 59: 4º PAV. SERVIÇOS FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 60: COBERTURA FONTE: AUTOR DO TRABALHO
45
ESTUDOS DO PROJETO Após os estudos iniciais do dimensionamento interno, algumas mudanças na parte externa foram realizadas. Entre elas, a paginação do piso sofreu alteração, os deck’s foram substituidos por concreto, pois aqueles causavam risco de escorregamento aos usuários, e o concreto se tornou comum ao restante do piso das demais áreas do projeto, unificando o visual externo, proporcionando a continuidade dos ambientes. As aberturas, observadas nas maquetes eletrônicas deste estudo, não atenderam as expectativas, ou seja, precisaram ser melhor trabalhadas;
N FIGURA 61: NOVOS ESTUDOS DA IMPLANTAÇÃO FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 62: VISTA DAS ABERTURAS FONTE: AUTOR DO TRABALHO
assim como a materialidade do ambiente externo. Adequou-se também o projeto a topografia do terreno.
FIGURA 63: VISTA DA RAMPA CIRCULAR FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 64: VISTA SUL DA IMPLANTAÇÃO FONTE: AUTOR DO TRABALHO
46
O PROJETO Corrigidas as alterações necessárias,a figura
Nº
65
retrata
a
implantação
modificada; nela consta a mudança no vestiário da academia, assim como sua ampliação; a alterração do local dos sanitários, a criação da sala de apoio social individual/familiar, a alteração no formato da escada e a retirada do elevador de serviço para um monta carga. Observa-se também, a marcação do Reservatório inferior na parte externa ao edifício. Este não havia sido calculado FIGURA 65: IMPLANTAÇÃO FONTE: AUTOR DO TRABALHO
anteriormente. Sua capacidade é de 13,80 m³ de agua, medindo 2,5 x 5,6 x 1,00 de altura.
47
O PROJETO A planta do pavimento térreo retrata as areas social e bem estar, que são acessadas pelos idosos que moram, que se hospedam ou que pelos que passan o dia. Nota-se na entrada a área destinada ao convívio dos integrantes e o auditório, assim como as salas de atividades e a academia. Além da enfermaria, para casos de pequenas urgencias e sala de apoio social individual e/ou familiar. Conforme é demonstrado no lauout das plantas e nas imagens (próximas folhas) fica claro a acessiblidade em todos os locais do edifício. FIGURA 66: IMPLANTAÇÃO FONTE: AUTOR DO TRABALHO
48
O PROJETO
FIGURA 67: SALA ESTAR/ CONVÍVIO FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 68: SALA ESTAR/ CONVÍVIO COM BANHEIROS E SAÍDA DE EMERGENCIA FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 69: AUDITÓRIO COM BANHEIROS E SAÍDA DE EMERGENCIA FONTE: AUTOR DO TRABALHO
49
O PROJETO FIGURA 70: ACADEMIA COM VESTIÁRIOS PARA CADEIRANTES E PARA NÃO CADEIRANTES, COM EQUIPAMENTOS DE AERÓBICA E SAÍDA DE EMERGENCIA. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 71: ACADEMIA COM EQUIPAMENTOS DE MUSCULAÇÃO PARA FORTALECIMENTO DOS MÚSCULOS. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 72: ACADEMIA COM SAÍDA DE EMERGENCIA, VESTIÁRIO DE CADEIRANTES E ESPAÇO PARA ARMÁRIO DO TIPO GUARDA-VOLUMES. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
50
O PROJETO
FIGURA 73: SALA DE ATIVIDADES DIVERSAS EQUIPADA PARA ATENDER CADEIRANTES E NÃO CADEIRANTES. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 74: SALA DE ATIVIDADES DIVERSAS COMPOSTA POR 8 LUGARES, PROPORCIONANDO MOBILIDADE E CONFORTO AOS USUÁRIOS. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
51
O PROJETO—PRANCHA TÉCNICA TERREO
52
O PROJETO
FIGURA 75: SERVIÇOS. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
A planta do pavimento de serviços se situa no primeiro andar e conta com vestiários para funcionários, cozinha, refeitório com área de descando para funcionários, deposito, almoxarifado, lavanderia, sanitário e área de alimentação para os idosos.
53
O PROJETO
FIGURA 76: ÁREA DE ALIMENTAÇÃO DOS IDOSOS. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 77: AS MESAS UTILIZADAS SÃO DE FÁCIL ACESSO PARA CADEIRANTES, POIS SEUS PÉS FUNCIONAM COMO COLUNA ÚNICA, O QUE FACILITA O ACESSO AS CADEIRAS DE RODA. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
54
O PROJETO FIGURA 78: ÁREA DE DESCANSO PARA FUNCIONÁRIOS. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 79: COZINHA INDUSTRIAL QUE ABASTECE TODO O EDIFÍCIO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 80: REFEITÓRIO PARA FUNCIONÁRIOS. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
55
O PROJETO—PRANCHA TÉCNICA SERVIÇOS
56
O PROJETO FIGURA 81: SUÍTES. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
A planta dos pavimentos 2, 3 e 4 são compostas, conforme citado anteiormente, por suites acessíveis e compostas por camas de casal e por duas camas de solteiro. Apenas uma das suítes é equipada com uma cama de solteiro. Todos os apartamentos possuem o mesmo programa: uma sala de estar/TV, um quarto, um banheiro e uma copa, para alimentações rápidas, visto que os moradores/hóspedes não podem cozinhar em seus apartamentos.
57
O PROJETO
FIGURA 82: SUÍTES COM CAMA DE CASAL; O ROUPEIRO É BAIXO PARA SER ACESSÍVEL E O QUARTO POSSUI UMA POLTRONA PARA FACILITAR O IDOSO A CALÇAR UM SAPATO, POR EXEMPLO.
FIGURA 83: AS LATERAIS DA CAMA SÃO ESPAÇADAS DA PAREDE PARA PERMITIR O ACESSO A CAMA. OS CRIADOS MUDOS SERVEM DE APOIO.
FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FONTE: AUTOR DO TRABALHO FIGURA 84: SUÍTES COM DUAS CAMAS DE SOLTEIRO. ESSAS FORAM LOCADAS COM AS DISTANCIAS QUE GARANTEM O CESSO A CAMA. OS CRIADOS MUDOS SERVEM DE APOIO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 85: SUÍTES COM DUAS CAMAS DE SOLTEIRO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
58
O PROJETO
FIGURA 86: BANHEIRO DAS SUÍTES COM BARRAS DE APOIO NECESSÁRIAS PARA ACESSIBILIDADE NO BANHO NO USO DO VASO SANITÁRIO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 87: BANHEIRO DAS SUÍTES COM LAVATÓRIO ACESSÍVEL. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
59
O PROJETO FIGURA 88: SALA DE ESTAR/TV DAS SUÍTES. NOTA-SE QUE TODOS OS AMBIENTES DO PROJETO SÃO COMPOSTOS POR PORTAS DE CORRER, QUE FACILITAM O ACESSO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 89: ESPAÇO DE CONVÍVIO/ESTAR DOS PAVIMENTOS DAS SUÍTES. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 90: COPA DAS SUÍTES. COMPOSTA POR MESA PARA PEQUENAS REFEIÇOES, UM PEQUENO ARMÁRIO E UMA PIA PARA HIGIENIZAÇÃO DE FRUTAS E LOUÇAS. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
60
O PROJETO—PRANCHA TÉCNICA SUITES
61
O PROJETO As
fachadas
tiveram
seu
estudo
e
projetos
modificados; para o fechamento se usou placas cimentícia e as fitas de vidro fazem a padronização das aberturas. A imagem Nº 91 mostra a área destinada ao lazer acessado pelo público, e a imagem 92 mostra os acesos acessos dados por rampas, os bancos para descanso e a grande quantidade de vegetação, que serve para proteger do sol, proporcionando conforto térmico.
FIGURA 91: VISTA EXTERNA COM AREA DE LAZER PÚBLICO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 92: VISTA EXTERNA COM ACESSO FACILITADO PARA CARROS E PADRONIZAÇÃO DAS ABERTURAS . FONTE: AUTOR DO TRABALHO
62
O PROJETO FIGURA 94: LAZER SEMIPÚBLICO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
FIGURA 93: LAZER PÚBLICO. CONFORME IMAGEM, AS LAJES DEMOSNSTRAM QUE A IDÉIA INICIAL DE ABRIGAREM JARDINS FOI DEIXADA DE LADO, FONTE: AUTOR DO TRABALHO
As imagem Nº 94 mostra o lazer semi-público, que é composto por piscina, espaço para leitura, espaço para descanso, horta e acesso ao setor social
FIGURA 95: LAZER PÚBLICO. FONTE: AUTOR DO TRABALHO
63
O PROJETO—PRANCHA TÉCNICA COBERTURA
64
CONCLUSÃO Após a finalização dos estudo e projetos, conclui-se que se o edifício projetado fosse executado, ele seria bastante utilizado, pois nota-se que nos bairro de classe média baixa e classe baixa, os idosos não tem quase ou nenhum equipamento desse tipo para ser utilizado. A proposta principal é que os usuários não deixem suas casas, mas que usem o equipamento para passar o dia, interagindo com terceiros e não perdendo a vivencia com seus familiares. Realizar esse estudo foi muito prazeroso, pois conforme dito anteiormente, a convivencia com pessoas da terceira idade faz parte do meu cotidiano, portanto, cada criação, cada ambiente foi pensado na real necessidade do idoso. Seria de grande valia se mais alunos, em diferentes cursos tratassem dessa aordagem, a terceira idade, pois nota-se que muitas vezes eles ficam excluidos da loucura do mundo moderno.
65
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA http://www.aflaloegasperini.com.br/projeto/hilea, acessado em 13 de abril de 2013. http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/defaulttab.shtm, acessado em 13 de abril de 2013. http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/aflalo-amp-gasperini-arquitetos-premio-roberto-08-01-2009.html, acessado em 13 de abril de 2013. http://pontodoarquiteto.blogspot.com.br/2010/04/arquitetura-acessivel-para-idosos.html, acessado em 13 de abril de 2013. http://www.revistaau.com.br/arquitetura-urbanismo/180/a-vida-sem-limitacoes-hilea-sao-paulo-de-aflalo-128077-1.asp, acessado em 13 de abril de 2013. http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1319491,acessado em 13 de abril de 2013. http://acidadenapontadosdedos.com/2013/01/31/aires-mateus-nomeados-para-o-premio-mies-van-der-rohe-2013/,acessado em 13 de abril de 2013. http://ser1rico.blogspot.com.br/2012/04/lar-de-idosos.html, acessado em 13 de abril de 2013. http://www.publico.pt/cultura/noticia/arquitectos-aires-mateus-nomeados-para-o-premio-mies-van-der-rohe-2013-1582778, acessado em 13 de abril de 2013. http://maisequilibrio.terra.com.br/qualidade-de-vida-na-melhor-idade-7-1-6-665.html, acessado em 15 de abril de 2013. http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/saude-do-idoso, acessado em 15 de abril de 2013. http://www.promolar.com.br/os-tipos-de-doencas-mais-comuns-nos-idosos.html, acessado em 15 de abril de 2013. http://www.promolar.com.br/os-tipos-de-doencas-mais-comuns-nos-idosos.html, acessado em 15 de abril de 2013. http://www.conselhodoidoso.sp.gov.br/, acessado em 01 de junho de 2013. http://www.dezeen.com/2011/02/07/house-for-elderly-people-by-aires-mateus-arquitectos/, acessado em 01 de junho de 2013. http://www.flasan.com.br/comparativo-alvenaria-x-steel-framing.html, acessado em 02 de junho de 2013. http://www.arcoweb.com.br/tecnologia/steel-framing-obra-rapida-18-01-2010.html, acessado em 01 de junho de 2013. http://usplegal.saci.org.br/acoes/informativos%20t%C3%A9cnicos/INFOTEC%2009-vesti%C3%A1rios-R01.pdf, acessado em 21 de setembro de 2013. http://www.cliquearquitetura.com.br/portal/dicas/view/quarto-adaptado-para-idosos/135, acessado em 22 de setembro de 2013. AZEVEDO, Joao Roberto. Como Mudar o Comportamento Frente ao Idoso. Disponível em HTTP://boasaude.uol.com.br/lib/show BRANCO, Patrícia. A nova era da velhice. Disponível em: HTTP://www.portaldoenvelhecimento.net/artigos/artigo3484.htm CONSELHO
EST.DIR.DO
texto_Sobre_Envelhecimento.pdf
IDOSO-CEDI.
Envelhecimento
Populacional.
Disponível
em:
PRhttp://www.sine.pr.gov.br/setp/extranet/move/