Revista FACAMP - nº 22 2017

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Revista nº 22 • 2017

ÁREA DE HUMANAS

ÁREA DAS ENGENHARIAS

ADMINISTRAÇÃO DIREITO ECONOMIA PROPAGANDA E MARKETING RELAÇÕES INTERNACIONAIS

ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO ENGENHARIA MECÂNICA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO


EDITORIAL

FACAMP

CARO ESTUDANTE Escolher a profissão, quando se é muito jovem, é uma decisão difícil, que preocupa o vestibulando e sua família.

NOSSO COMPROMISSO 03

O Brasil tem 7 milhões de estudantes universitários. Há uma inflação de diplomas e a oferta de profissionais de todo tipo é

ÁREA DE HUMANAS

abundante. Resultado: os mercados de trabalho estão concorridíssimos. Por outro lado, há empregos de qualidade em todas as áreas para o profissional de elite. Só tem êxito o profissional muito bem formado. Aos outros, restam trabalhos que nada têm a ver com a profissão que

ADMINISTRAÇÃO 06

escolheram. O vestibulando deve seguir sua vocação. É difícil saber qual

DIREITO 12

é a vocação quando se tem 17, 18 ou 19 anos. A decisão sobre a escolha da carreira deve ser a mais consciente possível. E

ECONOMIA 16

decisão consciente precisa ser apoiada em sólidas informações. Esta Revista transmite ao vestibulando informações confiáveis que podem ajudá-lo.

PROPAGANDA E MARKETING 22

Esta Revista contém o perfil de cada profissão, as áreas de atuação profissional e depoimentos de profissionais de elite.

RELAÇÕES INTERNACIONAIS 28

Essas informações permitirão que o vestibulando tenha uma visão clara da formação necessária para ser um profissional de excelência. É interessante conversar com os coordenadores e professores dos cursos da FACAMP para buscar elementos adicionais. Basta agendar uma visita pelo telefone 0800 770 7872. O vestibulando também encontrará informações adicionais

ÁREA DAS ENGENHARIAS ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO 36

no site facamp.com.br e no Canal Facamp no Youtube.

ENGENHARIA MECÂNICA 40

Diretoria da FACAMP

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 44

Publicação da FACAMP - Faculdades de Campinas CONSELHO EDITORIAL

Eduardo da Rocha Azevedo Eveline Borges João Manuel Cardoso de Mello Liana Aureliano Luiz Gonzaga Belluzzo

JORNALISTA RESPONSÁVEL Carlos Drummond

REDAÇÃO

Daví Antunes João Guilherme Cardoso de Mello João Manuel Cardoso de Mello Sirlei Malaguti

REVISÃO

Daví Antunes Regina Rigolleto

DIREÇÃO DE ARTE Eveline Borges

DESIGNERS

Renata Job Zani Thiago Tossini

IMPRESSÃO

Gráfica SilvaMarts

FACAMP Avenida Alan Turing, nº 805 CEP 13083-898 • Campinas • SP Caixa Postal 6016 TEL (19) 3754 8500 • FAX (19) 3287 0094

facamp.com.br

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FACAMP

NOSSO COMPROMISSO A FACAMP foi criada em 2000 por professores que participaram da fundação e do desenvolvimento da UNICAMP: Professora Liana Aureliano, Professor João Manuel Cardoso de Mello e Professor Luiz Gonzaga Belluzzo. A eles juntou-se o empresário Eduardo da Rocha Azevedo. O compromisso fundamental da FACAMP é preparar lideranças que possam contribuir para a construção de um país economicamente desenvolvido, socialmente justo e politicamente democrático.

Só pode liderar quem: 1. POSSUI UMA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE EXCELÊNCIA 2. PAUTA SUA VIDA POR VALORES COMO O TRABALHO DEDICADO, A HONESTIDADE, A LEALDADE, A SOLIDARIEDADE, O ESPÍRITO PÚBLICO 3. CONHECE AS GRANDES QUESTÕES QUE INQUIETAM O MUNDO ATUAL: ECONÔMICAS, SOCIAIS, POLÍTICAS, ÉTICAS É por isso que a FACAMP se distingue das demais instituições de ensino superior privadas.

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HUMANAS

ÁREA DE


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ADMINISTRAÇÃO PROFISSÃO O campo de trabalho do administrador é muito amplo e diversificado. Engloba todas as atividades das pequenas, médias e grandes empresas do setor público ou privado, no agronegócio, na indústria e nos serviços. A carreira de administrador tem sido bastante procurada exatamente porque o campo de trabalho tem tal amplitude. A estrutura das organizações tornou-se mais complexa nos últimos anos. A globalização da produção, do comércio e das finanças, o acirramento da concorrência, o dinamismo do progresso técnico, dos mercados financeiros e a alteração dos padrões de consumo exigem das empresas maior rapidez na tomada de decisões e crescente agilidade para inovar. Como consequência dessas transformações, são requeridas estratégias cada vez mais criativas e sofisticadas. As boas decisões de investimento e financiamento dependem da avaliação precisa do ambiente macroeconômico, da construção de cenários consistentes de médio e longo prazos e da análise rigorosa da conjuntura. Outro aspecto igualmente importante é a análise do ambiente no qual a empresa atua: as formas de concorrência, os pontos fortes e fracos dos competidores, o poder de negociação dos fornecedores e clientes. Nesse cenário complexo e em permanente transformação, o papel desempenhado pelo administrador é fundamental para o planejamento, a organização, a direção e o controle de recursos humanos, materiais e financeiros.

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ÁREAS DE ATUAÇÃO ADMINISTRAÇÃO 8

GESTÃO DE PRODUÇÃO Toda empresa é um centro de criação de valor. É no setor de produção que se desenvolvem as atividades necessárias para elaborar os bens ou serviços que deverão ser vendidos para outras empresas ou entregues ao consumidor. A Gestão de Produção responde, portanto, pela eficiência dos processos produtivos e pela qualidade dos produtos, tanto na indústria como nos serviços: comércio, bancos, escolas, hospitais, hotéis etc.

GESTÃO DE OPERAÇÕES A Gestão de Operações garante a quantidade adequada de recursos humanos e materiais para atender à demanda. Esses recursos devem ser planejados, sequenciados e controlados para diferentes tipos de processos na indústria, nos serviços e no agronegócio. O gestor de operações deve ter capacidade de combinar tecnologia e talentos humanos, motivar a gestão e a disseminação do conhecimento, desenvolver projetos inovadores, novos produtos e processos, saber integrar recursos para balancear a capacidade produtiva e as necessidades dos clientes e promover o desenvolvimento sustentável. Paulo Sérgio de Arruda Ignácio, Consultor Organizacional em Gestão de Sistemas da Qualidade, Logística e de Informações

LOGÍSTICA A Logística tem uma função destacada em todos os setores econômicos e o seu gasto representa hoje cerca de 20% do PIB mundial. No setor produtivo, integra todas as empresas que compõem as diversas redes de suprimentos, permitindo a agregação de valor por meio da eficiência no abastecimento e na distribuição das quantidades solicitadas pelos clientes no momento das suas necessidades. Nos serviços, a logística atua no abastecimento de organizações varejistas e atacadistas, de hospitais, bancos, universidades, hotéis, governo etc. com a finalidade de garantir a qualidade oferecida ao cliente. Germano Manuel Correia, Doutor em Engenharia de Produção pela USP, Engenheiro e Administrador de Empresas. Consultor nas áreas de Operações, Logística e Comércio Exterior


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Na empresa, a Administração Financeira envolve duas atividades distintas e complementares. A primeira cuida do dia a dia das suas finanças. A segunda atividade está relacionada aos procedimentos de finanças corporativas: cuida das decisões de investimento e financiamento a médio e longo prazos e da política de dividendos. O administrador tem papel relevante nos mercados financeiros.

CAPITAL EMPREENDEDOR No Brasil, além das já tradicionais funções voltadas para a controladoria e tesouraria, o mundo das finanças tem visto surgir com força uma nova área: a de venture capital. É considerada parte da área dos serviços financeiros, na qual os profissionais são responsáveis pela gestão do capital empreendedor. Dentre as atribuições desse profissional estão a análise de oportunidades de investimento e a expansão do capital, além de negociações com empreendedores. Juliano Graff, CEO da Master Minds Adding Value to Visions

MERCADO DE CAPITAIS O administrador financeiro atua no mercado de capitais – bancos comerciais, bancos de investimento, corretoras de valores, fundos de investimento. É responsável pela aplicação de recursos financeiros de investidores, pessoas físicas ou empresas, buscando as oportunidades mais atrativas. Para trabalhar nesse segmento, é necessária uma formação ampla, além da capacidade de avaliação da conjuntura macroeconômica nacional e internacional, conhecimento de como funciona o mercado de capitais e domínio dos instrumentos de análise de riscos. Márcio Marcelo Belli, Professor da Faculdades de Ciências Aplicadas da UNICAMP

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ÁREAS DE ATUAÇÃO ADMINISTRAÇÃO

RECURSOS HUMANOS O administrador da área de Recursos Humanos lida com as competências e habilidades pessoais que fazem parte da organização, de modo a garantir as condições de máxima eficácia dos trabalhos em equipe, conjugando objetivos individuais e sociais com as metas organizacionais que englobam vários aspectos, como: motivação, liderança, trabalho em equipe, relacionamentos interpessoais, comunicação, gerenciamento dos conflitos, negociação, avaliação de desempenho, desenvolvimento de planos de carreira, valores e ética.

DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS O bom funcionamento empresarial requer equipes comprometidas com valores que estejam alinhados à cultura da empresa. É preciso contar também com líderes preparados para mediar transformações, solucionar conflitos e gerenciar aprendizados, compartilhando responsabilidades e apoiando a diversidade. As organizações precisam implantar modelos de desenvolvimento de competências que impulsionem estratégia do negócio. Adriana Alcino Duarte, Professora da FACAMP

A área de Recursos Humanos é responsável pela gestão de pessoas e pelo desenvolvimento de competências do corpo de funcionários da empresa. Essa área ganhou importância crucial devido às transformações no padrão de gestão das empresas, ocorridas nas últimas décadas. Toda a organização deve estar envolvida no desenvolvimento de seus recursos humanos. O sucesso de uma empresa depende do envolvimento de todos e do seu comprometimento com os resultados. As pessoas são a fonte da inovação. Qualquer empresa está preocupada com a motivação de seus colaboradores, com a capacidade de liderança e com o desenvolvimento do trabalho em grupo. Antonio Carlos Teixeira Álvares, Vice-Presidente do Conselho de Administração da Brasilata S.A. Embalagens Metálicas

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MARKETING Com o acirramento da concorrência trazido pela globalização, o Marketing ganhou vital importância para o sucesso da empresa. A gestão de marketing começa pela análise do mercado, concepção do produto, design, embalagem, marca. Passa pela comunicação com o mercado através das várias mídias. Chega à formação de preço, logística, distribuição, merchandising e promoção nos pontos de venda.

GESTÃO DA MARCA O marketing é uma atividade que envolve toda a empresa. Um marketing bem elaborado cria marcas fortes e desenvolve a fidelidade dos clientes e consumidores. Smartphones, smart TVs, tablets, sistemas de busca, redes sociais e portais de internet tiveram grandes repercussões no marketing. Hoje, o consumidor faz pesquisas com facilidade e tem mais informações, exigindo conveniência, experiência e rápido atendimento. Essas transformações exigem do profissional de marketing novas competências para lidar com informações disponibilizadas na internet, identificar tendências de mercado, criar produtos personalizados e desenvolver formas de comunicação. Mauricio Jucá de Queiroz, Coordenador do curso de Administração da FACAMP

Fazer o gerenciamento da marca de uma empresa é mais do que definir o seu nome ou criar um logotipo. É trabalhar estrategicamente com uma série de ferramentas que permitam manter uma boa e consistente imagem perante os diversos públicos de interesse da empresa: clientes, fornecedores, colaboradores etc. Em função disso, a gestão da marca tem se transformado, nos últimos tempos, em fator decisivo de sucesso para todas as empresas. Paulo Faria, Professor de marketing da FACAMP

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DIREITO PROFISSÃO A integração e a coesão das sociedades dependem do Direito, ordem normativa que deve ser garantida pelo Estado. O profissional do Direito é indispensável em todas as áreas da atividade humana. A atuação do profissional do Direito não se limita à prática dos processos judiciais, seja como advogado, procurador, promotor ou juiz. Há uma crescente demanda por profissionais responsáveis pela prevenção de conflitos, capazes de negociar, orientar e dar pareceres e consultas, a fim de evitar longas disputas ou infrações à lei. O campo do Direito expandiu-se nas últimas décadas e as relações jurídicas se tornaram mais complexas. Exemplos disso são as tutelas dos direitos: coletivo, do meio ambiente, do consumidor e dos direitos de defesa da mulher, da criança, do idoso e dos portadores de necessidades especiais, além da terceirização das atividades e da multiplicação dos contratos de cooperação operacional. Nas empresas públicas e privadas, a maior complexidade e a internacionalização da vida econômica geraram novas formas de contrato e de negociação: nos tratados de comércio exterior, nas relações de comunicação e transporte internacionais, nas normas que regulam os mercados financeiros e nas leis de propriedade intelectual. O profissional do Direito deve reunir uma gama de qualidades e de capacidades que dependem de um intenso e completo preparo teórico e prático. Deve ter, também, sólida formação humanista. Deve atualizar os seus conhecimentos permanentemente, em sintonia com as transformações do mundo contemporâneo.

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ÁREAS DE ATUAÇÃO DIREITO

ADVOCACIA Para o exercício da advocacia, o bacharel em Direito deve prestar o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ao ser aprovado, credencia-se para atuar em seu próprio escritório ou associar-se a um já existente. Também poderá trabalhar como advogado em grandes e médias empresas. Em ONGs, o profissional poderá atuar nas áreas ambiental, educacional, assistencial e de assessoramento ao consumidor. A atuação profissional do advogado é fundamental na negociação para constituir relações jurídicas contratuais, para dar segurança aos sujeitos de direito e impedir que conflitos se estabeleçam.

PROCURADOR A função do Procurador do Estado é imprescindível: é ele quem defende os interesses da Administração Pública. O seu compromisso perante à sociedade deve pautar-se pelo princípio da moralidade, respeitando os interesses coletivos e os direitos dos cidadãos. A compreensão do Direito como conjunto de princípios e valores é um poderoso instrumento de trabalho para os Procuradores do Estado. Marcio Sotelo Felippe, Procurador do Estado de São Paulo

ADVOCACIA EMPRESARIAL Ao profissional do Direito que opta pela carreira privada não basta o amplo conhecimento do ordenamento jurídico. A percepção do real significado de cada demanda permitirá conferir à sua atuação uma maior qualidade. Essa sensibilidade é o que poderá diferenciá-lo, no mercado competitivo, de profissionais altamente qualificados. Marta Mitico Valente, Sócia da Mitico & Visnevski Advogados

O advogado especialista na área empresarial encontra um vasto campo de atuação. Em um mundo complexo como o atual, a consultoria de um profissional do Direito é fundamental para todo tipo de empresa. Ele é requisitado para tratar de questões como as relativas à propriedade industrial, aos diversos tipos de contrato, à tributação, às relações trabalhistas, aos direitos dos consumidores. É fundamental para a solução de problemas como a estruturação societária, operações de fusão e aquisição, projetos de investimento etc. Leonardo Moreira Costa de Souza, Mestre em Direito Empresarial, Sócio da Azevedo Sette Advogados

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CARREIRAS PÚBLICAS O profissional de Direito que optar pelas carreiras públicas deve prestar concursos bastante disputados. Seja para as carreiras de juiz, desembargador, promotor de Justiça, delegado, procurador da União, dos Estados e dos Municípios, seja para atuar em organismos públicos – como o Banco Central, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e outros.

DESEMBARGADOR Diferentemente do advogado, que deve ser uma pessoa combativa e vibrante, o juiz deve ser calmo e sempre analisar todos os lados da questão. O juiz deve ter traços característicos de personalidade. Esses traços são estimulados pelo fato de o juiz, assim como o desembargador, não viver sob a pressão de ganhos imediatos. Tampouco tem de se submeter às pressões de empresas. Maurício Vidigal, Desembargador

PROMOTOR O Ministério Público tem relevantes funções sociais, como a proteção do meio ambiente, do patrimônio público, dos direitos da cidadania como o direito à saúde e à educação, além de ser o responsável por processar os suspeitos de terem cometido crimes. Para exercer essas funções, é preciso enfrentar um árduo concurso público após um mínimo de três anos de atividade profissional. Fauzi Hassan Choukr, Promotor de Justiça

O membro do Ministério Público tem status de agente político do Estado, independente e soberano, limitado apenas pela lei e pela sua consciência. Hoje, como titular exclusivo da ação penal, salvo nos casos das ações privadas, e colegitimado para a defesa dos interesses difusos, tais como do meio ambiente, consumidor, idosos, pessoas portadoras de deficiências, crianças e adolescentes, o membro do Ministério Público é essencial para a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. Por isso, espera-se equilíbrio, sobriedade e dedicação. Antonio de Padua Bertone Pereira, Procurador de Justiça

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ECONOMIA PROFISSÃO Em um sistema econômico como o brasileiro, o economista encontra amplo campo de trabalho. As inovações tecnológicas, o dinamismo das empresas e dos mercados financeiros e as alterações dos padrões de consumo, deslocam rapidamente o horizonte de conhecimentos sobre a estrutura e o funcionamento da economia. Nesse ambiente, que é de risco e incerteza, mas também de desafios e oportunidades, a presença do profissional de Economia é indispensável. A atividade do economista é imprescindível à formulação e à execução da política econômica e das políticas setoriais e de regulação. O economista é o profissional atento às instituições multilaterais, aos tratados de livre comércio e de integração produtiva, às mudanças dos mercados financeiros globalizados, às políticas dos países concorrentes e às ameaças de deslocamento das empresas para outras nações. Nas empresas, públicas ou privadas, o economista tem papel importante. Ao analisar a conjuntura, ao construir cenários macroeconômicos e elaborar previsões de crescimento, inflação, juros e câmbio, ele fornece, por exemplo, a base para uma gestão eficiente do caixa e do crédito. Os conhecimentos de economia monetária e dos mercados financeiros globalizados são também determinantes para decisões de investimento. O economista é o profissional treinado para identificar as tendências dos mercados, as formas de concorrência entre as empresas, o poder de negociação dos fornecedores e clientes, a política de aquisições e fusões e os riscos de ingresso de concorrentes.

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ÁREAS DE ATUAÇÃO ECONOMIA

EMPRESAS O economista é imprescindível para a gestão eficiente das empresas de todos os setores, indústria, serviços e agronegócio. Os conhecimentos em economia de empresa, em microeconomia, métodos quantitativos e na análise da conjuntura nacional e internacional capacitam o economista a tomar complexas decisões estratégicas em um ambiente dinâmico de acirramento da concorrência no Brasil e no mundo.

GESTÃO FINANCEIRA Os economistas ocupam espaços cada vez mais decisivos na gestão de empresas. Têm se destacado, por exemplo, numa das áreas de grande importância nos últimos anos: a área de inteligência de mercado. Analisar a concorrência e estimar a demanda futura é uma ferramenta indispensável para a obtenção de vantagens competitivas. É a capacidade analítica do economista que responde de modo competente a este desafio. Adriana Marques, Economista, Professora da FACAMP e Especialista em Economia de Empresas

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Todas as decisões cruciais para o crescimento e a consolidação de uma empresa dependem do economista. Quando e onde fazer investimentos? Quais as melhores alternativas técnicas para realizá-los? Como conquistar novos mercados? O economista contribui para tomar essas decisões estratégicas, participando ativamente do planejamento das empresas. José Augusto Ruas, Economista, Professor da FACAMP e Especialista em Economia de Empresas

Há um número cada vez maior de economistas trabalhando em empresas grandes, médias e pequenas. Grande parte deles atua na Diretoria Financeira e de Relações com Investidores. Há, também, economistas presentes nas áreas de Marketing, Recursos Humanos e Produção. Mas é na Gestão Estratégica que o economista tem se destacado nesses últimos anos de acirramento da concorrência na economia global. Isso ocorre porque a formação do economista permite que ele desenvolva a principal qualidade que se espera de um gestor completo: a capacidade de análise integrada do ambiente competitivo e das tendências da economia. Rui Affonso, Diretor Econômico-Financeiro da SABESP

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GOVERNO Formular e executar a política econômica para que o Brasil alcance o desenvolvimento com distribuição de renda: esta talvez seja a mais nobre atividade do economista. Isso porque ele tem o domínio dos conhecimentos macroeconômicos, da evolução da conjuntura nacional e internacional, das finanças públicas, da teoria monetária e financeira e das técnicas de construção e cenários.

FORMULAÇÃO E GESTÃO DE POLÍTICA ECONÔMICA PLANEJAMENTO E CONTROLE ORÇAMENTÁRIO O economista é imprescindível em todos os níveis de governo: federal, estadual e municipal. As carreiras públicas são cada vez mais atrativas do ponto de vista financeiro. No governo federal, por exemplo, há excelentes empregos na Secretaria do Tesouro, na Secretaria da Receita Federal, nas assessorias econômicas de todos os ministérios, no Banco Central, no BNDES, em órgãos de pesquisa como IPEA e IBGE. O mesmo vale para os governos municipais e estaduais. Fernanda Serralha, Economista, Professora da FACAMP e Consultora em Economia do Setor Público

Como a crise mundial afeta o Brasil? Qual será o comportamento do PIB nos próximos anos? Até que ponto o governo deve interferir no mercado de câmbio? Quais os impactos econômicos do preço internacional do petróleo? Como estimular a agricultura? Qual deve ser a política industrial? Quais investimentos são necessários para a retomada do desenvolvimento socioeconômico do país? Quais as prioridades de aplicação dos recursos públicos? Em todas essas decisões, o economista é fundamental. Júlio Gomes de Almeida, Professor da Unicamp e ex-Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda

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ÁREAS DE ATUAÇÃO ECONOMIA

MERCADO FINANCEIRO O mercado financeiro é um espaço privilegiado para a atividade do economista. Ele tem a formação necessária para analisar e operar nos bancos, corretoras de valores e fundos de investimento. Ele tem o domínio dos conhecimentos teóricos e das técnicas indispensáveis à tomada de decisões de financiamento e investimento nos vários segmentos dos mercados globalizados de crédito, capitais e monetários.

DECISÕES DE INVESTIMENTO DECISÕES DE FINANCIAMENTO E CRÉDITO O mercado financeiro é uma das principais áreas de atuação do economista. Estes executivos tomam decisões de como aplicar dinheiro, para quem e quanto emprestar, em quais ações investir. São decisões que dependem do domínio das mais avançadas técnicas matemáticas e financeiras, mas que também pressupõem um sólido conhecimento da economia brasileira e internacional, das empresas e dos mercados. Amplitude analítica: esta é a capacidade que os bons cursos de Economia proporcionam aos futuros profissionais do sistema financeiro. Oscar Frick, Economista, Professor da FACAMP e Consultor da BM&F Bovespa

O mercado financeiro é uma das melhores opções de trabalho para o economista. Em bancos comerciais e de negócios, em fundos de investimento, em empresas de consultoria financeira ou em corretoras de valores estão alguns dos empregos mais interessantes para nossa profissão. No mercado financeiro, o economista tem a responsabilidade de lidar com grandes volumes de dinheiro de bancos e clientes e de tomar decisões rápidas e precisas. Não é à toa que aqui estão as melhores remunerações. Marcelo Taiar Arbex, Sócio-Diretor da Convenção Corretora de Valores e Câmbio

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PROPAGANDA E MARKETING PROFISSÃO No mundo globalizado, o Marketing e a Propaganda tornaram-se poderosos instrumentos na disputa pela liderança de mercado. Por essas razões, a carreira do profissional de Propaganda e Marketing continuará em ascensão no século XXI. O profissional de Marketing orienta decisões estratégicas para o crescimento da empresa. A sua participação é crescente na concepção do produto, na formação de preço e é decisiva na construção e fixação da marca. É o profissional responsável por toda estratégia de comunicação da empresa e de suas marcas. Acompanha os níveis de satisfação do cliente, o atendimento e a assistência técnica. O profissional de Propaganda e Marketing domina as técnicas de administração financeira, gestão de produção e gestão de equipes e pessoas. É capaz de participar da elaboração e implementação da estratégia corporativa. Está habilitado a fazer a análise dos concorrentes, dos fornecedores e distribuidores, com base em estratégias integradas de Marketing. O profissional de Propaganda e Marketing conhece o comportamento do consumidor com base nos estudos de demografia, psicologia, antropologia, sociologia e economia. No campo da Propaganda e da Publicidade, responde pela criação, execução e apresentação de campanhas publicitárias. A Propaganda abrange todas as formas de comunicação com o mercado: relações públicas, redes sociais, pontos de venda, telemarketing, marketing direto etc. Com o surgimento de novas tecnologias e de novas mídias, ocorreu uma revolução na confecção das peças publicitárias e na capacidade de análise de dados, abrindo novos desafios e oportunidades para quem deseja atuar na área.

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ÁREAS DE ATUAÇÃO PROPAGANDA E MARKETING 24

EMPRESAS Nas empresas, o profissional de Propaganda e Marketing analisa oportunidades, identifica segmentos atraentes, isto é, visualiza o mercado e elabora planos para lançamentos de produtos. Ele é o responsável pela construção das marcas. É ele quem define a política de comunicação, planeja atividades etc.

GESTÃO DE MARKETING O gestor de marketing é o responsável por criar, comunicar, entregar e promover ofertas que tenham valor para os consumidores. Participa de diversas atividades: pesquisa de mercado, estudos sobre o comportamento do consumidor, segmentação de mercado, planejamento de produto, determinação de preços, distribuição, gestão de marcas e gestão da comunicação. O profissional de marketing precisa identificar novas tendências de mercado, desenvolver produtos customizados e pensar quais as formas de comunicação adequadas para que o público-alvo seja atingido. Carolina A. P. Campos, Publicitária

PESQUISA DE MERCADO O perfil do profissional de Pesquisa de Mercado hoje é mais próximo de um consultor, que deve entender não somente das metodologias e análises de pesquisa, mas também do negócio do seu cliente. Há grande quantidade de informações disponíveis e, dessa forma, a principal habilidade do profissional de pesquisa está em buscar e filtrar o que é relevante para a análise e o conhecimento dos mercados e dos consumidores. Renata Queiroz, Professora de marketing da FACAMP

GESTÃO DE MARCAS O branding, ou gestão de marca, é uma área do Marketing que responde pela criação e gestão de marcas corporativas e de produtos. Uma marca não deve ser entendida apenas como o ícone gráfico que a distingue das demais. Ela traz consigo promessas e deve ter o compromisso de realizá-las. O branding oferece instrumentos para estabelecer os aspectos físicos, emocionais e aspiracionais de uma marca. O valor de uma marca é o valor da informação que ela carrega e o seu “sentido” é resultado de uma negociação. Fátima Toledo, professora da FACAMP

Marketing e Propaganda seguiram caminhos paralelos até o fim da Segunda Guerra. Ambos tinham o mesmo objetivo, mas não se misturavam. Aí surgiu o conceito moderno do Marketing – o que o consumidor quer ou precisa. A partir desse instante, a Propaganda se tornou uma subdivisão do Marketing. Esse conceito de Marketing exige um entendimento profundo do comportamento do consumidor, o que só é possível a partir de uma formação sólida em psicologia, antropologia, sociologia, economia etc. Max Gehringer, Especialista em Marketing e Consultor de Empresas


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ÁREAS DE ATUAÇÃO PROPAGANDA E MARKETING 26

AGÊNCIAS Nas agências, o profissional de Propaganda e Marketing pode atuar em todos os departamentos. Depois das atividades de atendimento, o departamento de planejamento projeta a campanha, levando em consideração a verba do cliente. Na criação, o publicitário elabora as mensagens a serem veiculadas pelas mídias (TV, rádio, internet, redes sociais etc.). Em mídia, tomando-se em conta o investimento a ser realizado, são selecionadas as formas de veiculação da mensagem. As peças publicitárias são produzidas para rádio, televisão, cinema, produção gráfica e web.

ATENDIMENTO O atendimento é o fio condutor dos trabalhos de uma agência: desde a formulação da estratégia, passando pela criação e execução. Nele, o profissional de Propaganda e Marketing identifica a peculiaridade do cliente, entende o seu universo e contribui como um consultor. Ser multidisciplinar é uma das características deste profissional – entende de marcas, consumidores e dá forma às mensagens, seja para televisão, revista, rádio, seja para a ativação de um produto ou um hotsite que permita a melhor experiência com as marcas. Filipe Bartholomeu, Vice-Presidente da Client Services

PLANEJAMENTO O planejador precisa entender o mundo, o mercado, a sociedade e as pessoas. Precisa entender o briefing, o problema do cliente, ter um olhar crítico, definir que tipo de informação está faltando e ajudar a desenhar a estratégia de ação. Precisa aprofundar o conhecimento sobre o público-alvo, seu perfil, suas atitudes, estilo de vida e hábitos de mídia. Precisa conhecer os meios existentes e, principalmente, precisa estar disposto a pesquisar os meios que ele ainda não conhece. Aina Fuentes, Regional Head of Strategy at Dentsu Aegis Network

MÍDIA O principal papel do profissional de mídia é a elaboração de um plano que atenda os objetivos e as estratégias de marketing estabelecidas pelos clientes, bem como os objetivos de comunicação definidos para a campanha. É ele quem faz a seleção dos veículos de comunicação - jornais, revistas, portais, redes sociais - para levar a mensagem ao público-alvo, na intensidade certa e no momento mais apropriado.

CRIAÇÃO O profissional de criação é o responsável por desenvolver uma mensagem atraente para o público definido pelo cliente. É ele quem transforma as ideias em textos, imagens e histórias que se tornam atraentes e marcantes para o público-alvo. Cria as peças para jornais, revistas, televisão, internet e redes sociais.

O publicitário faz o trabalho de um vendedor que se utiliza de elementos existentes na arte – como o texto, a música, a fotografia, o desenho etc. – para criar peças artesanais que visam a resolver problemas mercadológicos dos clientes. Vende desde um produto até uma ideia ou solução. Por isso, é fundamental ser um grande adequador de linguagem. Para ser um grande publicitário é preciso talento, muita vontade de trabalhar e, sobretudo, uma curiosidade muito grande, sem nenhum preconceito em termos de informação. O bom publicitário é aquele que lê desde Marcel Proust até a revista Caras, conhece de David Hockney a Romero Brito e ouve de Erik Satie a Rouge. Washington Olivetto, Publicitário, Presidente e Diretor de Criação da W/Brasil


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RELAÇÕES INTERNACIONAIS PROFISSÃO Uma rede de interdependências econômicas, políticas, sociais e culturais caracteriza o mundo globalizado. Nesse contexto, emergiu um campo de trabalho promissor e um novo tipo de profissional: o analista de Relações Internacionais. A atuação do analista de Relações Internacionais é indispensável na diplomacia, nas empresas, nas organizações não governamentais, nas instituições internacionais, em associações de classe e, naturalmente, no setor público, nos planos federal, estadual e municipal. A globalização exige a presença desse especialista, elevando a carreira a uma posição de crescente importância no século XXI. O seu campo de trabalho está se ampliando rapidamente. Ele é o profissional habilitado para analisar os potenciais e as oportunidades, as fragilidades e os riscos relativos às políticas de Estado e aos negócios privados. O analista de Relações Internacionais avalia os relacionamentos que podem contribuir para o desenvolvimento econômico e setorial de empresas, instituições, governos e lideranças. É o profissional responsável pela elaboração de planos de negócios ou pela gestão dos empreendimentos internacionais que já estão em andamento e que são requeridos por trading companies, por multinacionais ou grandes organizações financeiras e também por muitas pequenas e médias empresas. O analista de Relações Internacionais é tanto um gestor de interesses como um negociador nas relações entre empresas ou entre empresas e governos.

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ÁREAS DE ATUAÇÃO RELAÇÕES INTERNACIONAIS 30

EMPRESAS PRIVADAS O profissional de Relações Internacionais atua em empresas dos mais diversos setores, tais como as do agronegócio, da indústria, dos serviços e em bancos e fundos financeiros. Presta também consultoria autônoma, principalmente para empresas com atuação internacional. Elabora planos de negócios e faz gestão de empreendimentos internacionais requeridos tanto por trading companies, multinacionais ou grandes organizações financeiras, como também por pequenas e médias empresas exportadoras.

NEGÓCIOS INTERNACIONAIS ASSOCIAÇÕES DE CLASSE O comércio internacional do Brasil tem crescido e pode crescer nas próximas décadas em todos os itens: commodities agrícolas e minerais, alimentos e produtos industrializados. A internacionalização das empresas e bancos brasileiros prosseguirá. O mercado de trabalho para o analista de Relações Internacionais é, portanto, promissor. Nas associações de classe, os Departamentos de Relações Internacionais também ganharam mais peso. Na FIESP já contratamos vários formados em RI pela FACAMP. Roberto Giannetti da Fonseca, Presidente da Kaduna Consultoria

Na área empresarial o analista de Relações Internacionais tem a função de negociar com os governos, com as indústrias locais em outros países e com a sociedade e os órgãos reguladores desses países. É um diplomata, mas um diplomata com visão de negócios. Um curso em tempo integral, como o da FACAMP, com ênfase em ciências humanas, é um diferencial para o estudante de RI, porque, ao atuar na profissão, ele lida com pessoas e com a diversidade da cultura e do pensamento. Um analista de Relações Internacionais deve saber trabalhar com interesses conflitantes e buscar soluções e consensos. Luiz Gonzaga Villela Neto, Sales and Business Development-Brasil na Redshift Networks


GOVERNO O analista de Relações Internacionais trabalha como diplomata, mas também é solicitado para as áreas de cooperação internacional dos vários Ministérios e Secretarias Estaduais ou Municipais, nas quais elabora análises de conjuntura, formula políticas, negocia empréstimos internacionais, convênios e tratados.

DIPLOMACIA ASSESSORIA INTERNACIONAL A diplomacia continua a ser uma carreira atrativa para os jovens com vocação de servir a seu país. O exame de acesso ao Itamaraty é extremamente seletivo. O analista de RI competente leva enorme vantagem sobre os formados em outros cursos de graduação. A importância do Brasil no mundo é crescente e o analista de Relações Internacionais é indispensável na defesa de nossos interesses estratégicos, nas questões relativas ao meio ambiente e na formulação técnica de nossa política externa. Nos vários Ministérios, Secretarias Estaduais e Municipais, as assessorias internacionais se multiplicam. Há necessidade do analista de Relações Internacionais para negociar, por exemplo, questões de subsídios agrícolas, patentes farmacêuticas, questões de meio ambiente, convênios culturais, projetos sociais e negociações de financiamento. Eduardo Mariutti, Professor da UNICAMP

O Brasil pode vir a desempenhar um papel de crescente importância na cena internacional do século XXI. Então, a carreira diplomática haverá de assumir uma relevância maior. É uma excelente opção para os jovens que têm como vocação servir ao Brasil e aos seus interesses políticos, econômicos e culturais. E como ideal buscar um mundo politicamente mais democrático, economicamente mais equânime e socialmente mais justo. Samuel Pinheiro Guimarães, Embaixador e Ex-Secretário Geral do Itamaraty

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ÁREAS DE ATUAÇÃO RELAÇÕES INTERNACIONAIS 32

ORGANISMOS INTERNACIONAIS O analista de Relações Internacionais trabalha em entidades supranacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Banco Mundial (Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento - Bird), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Atua, também, em ONGs.

ORGANIZAÇÕES OFICIAIS Há muitos brasileiros trabalhando em organizações internacionais políticas ou econômicas, como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Fundo Monetário Internacional. O peso do Brasil no mundo irá crescer nas próximas décadas. Creio que as oportunidades de trabalho para brasileiros irão se expandir. Otaviano Canuto, Diretor do Banco Mundial

ONGs As Organizações Não Governamentais (ONGs) oferecem um excelente campo de trabalho ao analista de Relações Internacionais. Isso porque ele tem uma visão ampla das diferentes culturas e um sólido conhecimento dos movimentos sociais e dos modos comunitários de organização. Ele está apto a negociar as alianças indispensáveis ao desenvolvimento sustentável. Arnaldo Rezende, Superintendente da Federação das Entidades Assistenciais de Campinas (FEAC)

As organizações políticas (como ONU e OEA) e econômicas internacionais (como o FMI, Banco Mundial e OMC) são um campo de trabalho muito interessante para o futuro analista de Relações Internacionais. O PNUD, que represento no Brasil, está preocupado com a elevação dos padrões de vida das populações mais pobres e a melhoria das condições ambientais. Costumamos atuar em entrosamento com as ONGs, outra importante área de atuação do profissional de Relações Internacionais. Almir Moreira, Joint Operations Facility Manager at JOF/UNDP


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ENGENHARIAS

ÁREA DAS


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ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO PROFISSÃO A informática é a grande força transformadora do século XXI. O computador revolucionou todas as atividades econômicas, automatizou a indústria, aumentando sua capacidade produtiva e de criação de novos produtos, conectou o mundo por meio da internet, incorporou o computador ao cotidiano das pessoas, promovendo uma verdadeira revolução comportamental. A conexão global permite a obtenção de informações do outro lado do planeta em frações de segundo, possibilitando tomadas de decisões mais ágeis e mais bem informadas. Os gestores precisam de conhecimentos mais abrangentes e refinados para lidar com este novo cenário. Hoje, o engenheiro de computação, o profissional que soluciona as dificuldades de comunicação e de tratamento da informação, precisa entender a estratégia das corporações e o seu posicionamento no mercado. O engenheiro de computação do século XXI precisa ser capaz de criar sistemas eletrônico-digitais, sistemas de software de qualidade, ter visão administrativa e econômica, capacidade de desenvolver projetos e aplicações que utilizem a web, domínio de banco de dados e de soluções baseadas em tecnologia da informação. É cada vez mais importante uma visão interdisciplinar e sistêmica da economia e da administração para que o engenheiro de computação não fique limitado ao uso da tecnologia. A capacidade de atuar em áreas como planejamento, desenvolvimento e gerenciamento de sistemas e software integrados à gestão financeira e administrativa é decisiva para elevar a qualidade e a competitividade das empresas, bancos e agências governamentais.

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ÁREAS DE ATUAÇÃO ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO 38

TECNOLOGIA PARA A GESTÃO O engenheiro de computação desenvolve ferramentas digitais que apoiam a tomada de decisões estratégicas nas diversas organizações, como empresas e bancos ou na administração pública. Essas ferramentas facilitam a gestão integrada em áreas como finanças, marketing, gestão de pessoas e organização da produção. O engenheiro de computação que conhece a fundo a gestão de organizações é capaz de oferecer as soluções tecnológicas e pode assumir posições de liderança em empresas de todos os portes.

CONTROLE DAS ORGANIZAÇÕES O engenheiro de computação deve ter o domínio técnico dos sistemas de informação que contribuem para controlar as áreas das organizações, como finanças, marketing, gestão da produção e gestão de pessoas. Deve, ainda, desenvolver ferramentas que simulem cenários e que contribuam diretamente para o aumento da competitividade.

GESTÃO DE PROJETOS Nesta atividade, o profissional analisa problemas organizacionais, propõe e planeja soluções e executa as melhorias propostas. Equipes de gestão de projetos necessitam cada vez mais de engenheiros de computação para melhorar sua eficiência.

GESTÃO DE PROCESSOS Empresas e outras instituições são gerenciadas através de procedimentos que organizam a produção, as compras, as vendas e as demais atividades. Estes processos gerenciais dependem, cada vez mais, do uso de ferramentas digitais desenvolvidas por engenheiros de computação.

GESTÃO DA QUALIDADE Nesta atividade, o profissional pode desenvolver e operar ferramentas digitais para monitorar o desempenho e a qualidade de todos os processos dentro de uma organização.


DESENVOLVIMENTO DE INOVAÇÕES O desenvolvimento de ferramentas e sistemas que permitam a criação e execução de inovações tecnológicas é fundamental. O engenheiro de computação está à frente dos processos de criação e execução de inovações tecnológicas em todas as atividades e setores da sociedade.

DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARES E INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS O engenheiro de computação deve atuar no desenvolvimento de softwares e na integração de sistemas em todas as áreas de atividade.

AUTOMAÇÃO - INTEGRAÇÃO SOFTWARE/HARDWARE Cada vez mais as empresas ampliam a automação de sua produção e de seus processos. Para mover as máquinas mais modernas são necessários softwares, sistemas e programas. O engenheiro de computação é o profissional mais requisitado quando se pensa no desenvolvimento de soluções de automação, elaborando softwares e integrando estes sistemas às máquinas inovadoras que comandam a geração de riqueza.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E TECNOLOGIAS EMERGENTES Criar máquinas que aprendem. Criar sistemas que interagem com os usuários. Aumentar a eficiência da produção. Contribuir para o desenvolvimento de novos medicamentos, novos processos cirúrgicos. Melhorar os equipamentos e os sistemas de energia alternativa. Criar novos materiais. Desbravar a nanotecnologia. Controlar equipamentos que extraem petróleo do fundo do mar. Muitas são as possibilidades de desenvolvimento tecnológico para as quais o engenheiro de computação é requisitado.

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ENGENHARIA MECÂNICA PROFISSÃO O engenheiro mecânico atua em um amplo espectro de atividades no mercado de trabalho. Deve ser um profissional habilitado a desenvolver projetos automobilísticos, tecnologias na área de novos materiais, a trabalhar nos mais diversos setores da indústria (têxtil, petroquímica, automobilística, alimentícia, siderúrgica, sucro-alcooleira, naval etc.), no planejamento de sistemas energéticos, no mercado financeiro e no desenvolvimento de sistemas de automação. Atua em indústrias de grande sofisticação tecnológica, como a de biomateriais, a aeroespacial, de petróleo e de sistemas de energia. É cada vez maior a demanda por engenheiros mecânicos em áreas como planejamento, desenvolvimento e gerenciamento de sistemas, operações e projetos. O profissional de excelência que atua neste campo precisa ter visão sistêmica da empresa para contribuir com a elevação de sua qualidade e competitividade. O mercado de trabalho busca engenheiros mecânicos com formação sólida, visão de conjunto e capacidade de elaborar diagnósticos e de propor soluções inovadoras. O profissional do século XXI deve aliar um forte conhecimento técnico a uma sólida visão de negócios e do cenário econômico. O engenheiro precisa contemplar o conhecimento dos custos, das formas de financiamento e das necessidades da empresa. A capacidade de trabalhar em equipe, de liderar grupos e a habilidade de se comunicar em mais de um idioma, tornou-se importante diferencial na disputa pelos melhores postos de trabalho.

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ÁREAS DE ATUAÇÃO ENGENHARIA MECÂNICA 42

DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS E PRODUTOS A atuação do engenheiro mecânico é fundamental no desenvolvimento de novas tecnologias, e, nos últimos anos, esta atuação se ampliou fortemente. Este profissional é fundamental em setores de crescimento acelerado, como o de energia, novos materiais, projetos automobilísticos, naval etc.

PROJETOS MECÂNICOS E MECÂNICA COMPUTACIONAL O desenvolvimento de projetos mecânicos exige conhecimentos diversificados que envolvem teorias baseadas na Física e na Matemática. Trabalhos numéricos e experimentais são bastante importantes nas diversas etapas dos projetos e na verificação de sistemas mecânicos. É uma área voltada para a análise, simulação e modelagem de problemas físicos em Engenharia, com uso intensivo da computação.

SISTEMAS ENERGÉTICOS, TÉRMICA E FLUIDOS O conhecimento das fontes de energia e de sua disponibilidade é estratégico. O atendimento dos mercados consumidores de forma sustentável e responsável ganha crescente importância em todos os países e organizações. O estudo de balanços e sistemas energéticos são as principais atividades desta área. O controle térmico ambiental, a geração, transferência e armazenamento de calor e fluidos e os respectivos equipamentos e processos são segmentos importantes do setor.

MATERIAIS O desenvolvimento de novos materiais, empregados nos mais diversos setores, como no aeroespacial, na indústria alimentícia ou na área médica, reforça o caráter interdisciplinar dessa área. O estudo das características e propriedades e da estrutura dos materiais possibilita a ampliação das aplicações de compostos já existentes e a criação de novos, como as telas touch screen dos telefones celulares.


PRODUÇÃO E ROBÓTICA No setor industrial, o engenheiro mecânico atua desde a manutenção até as decisões estratégicas dos negócios.

FABRICAÇÃO E PROCESSOS INDUSTRIAIS É a área ligada aos processos de fabricação industriais. Estuda os sistemas de manufatura, os sistemas de gestão e automação da manufatura e os processos da indústria metal-mecânica, como fundição e lingotamento, extrusão, laminação, soldagem etc.

AUTOMAÇÃO E ROBÓTICA O estudo da automação na indústria, o projeto e a construção de robôs são as principais atividades desta área. O seu objetivo é a concepção, a instalação e o desenvolvimento de projetos de unidades mecatrônicas e de produção automatizadas. O desenvolvimento de softwares para simular, analisar e controlar processos e a aplicação de técnicas de inteligência artificial fazem parte de sua atividade permanente.

GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES CONTROLE DAS ORGANIZAÇÕES O engenheiro mecânico do século XXI precisa dominar as técnicas de gestão e ampliar seus conhecimentos econômicos. Os projetos e tecnologias precisam ser compreendidos em suas dimensões organizacionais, o que exige o conhecimento de finanças, marketing, gestão da produção e gestão de pessoas. É a partir desta visão de conjunto e das perspectivas econômicas que o engenheiro mecânico contribui para elevar a competitividade de sua organização. 43


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ENGENHARIA DE PRODUÇÃO PROFISSÃO A revolução tecnológica e as mudanças na organização das empresas redefiniram profundamente a profissão do engenheiro de produção. A concorrência global tornou imprescindível o rigoroso controle de custos e da qualidade dos produtos; a evolução dos sistemas de comunicação contribuiu para a agilização da análise das informações e para a velocidade da inovação, tanto dos processos como dos produtos. Antigamente, o profissional de Engenharia de Produção era encontrado apenas em fábricas e respondia exclusivamente pela eficiência dos processos produtivos. Hoje, ele trabalha tanto no setor produtivo quanto no administrativo, supervisiona a gestão da produção, participa da gestão econômico-financeira e, especialmente, da tomada de decisões estratégicas. O moderno engenheiro de produção precisa ter uma visão integrada das áreas tecnológica, administrativa e financeira. Para acompanhar esse novo cenário, foi preciso sofisticar a formação do engenheiro de produção. Os currículos dos cursos de excelência enfatizam a Administração (principalmente Gestão Financeira e Marketing), a Economia (especialmente a dinâmica dos mercados e ao surgimento de novos produtos e processos) e o domínio dos Métodos Quantitativos (Matemática, Estatística e Modelos). O excelente desempenho desses profissionais em instituições financeiras, bancos comerciais e bancos de investimento é mais um indicador do novo perfil do engenheiro de produção. Em um mundo marcado pelo risco e pela incerteza, os mercados financeiro e de capitais abriram-se aos engenheiros habilitados.

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ÁREAS DE ATUAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 46

PRODUÇÃO E TECNOLOGIA A área de Produção e Tecnologia engloba as atividades ligadas à gerência de produção, à gestão da qualidade e à engenharia de produto. Responde pelo aprimoramento dos processos produtivos ao dimensionar a capacidade de produção, ao buscar ganhos contínuos de produtividade, ao organizar e analisar os dados gerenciais com base em métodos numéricos e estatísticos. O engenheiro de produção domina as tecnologias disponíveis, é o encarregado de introduzir inovações e de promover o desenvolvimento de novos produtos e serviços. Cabe também a ele articular as ferramentas numéricas e estatísticas e as técnicas mais avançadas de Engenharia de Produção.

PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO O profissional da área de Planejamento da Produção desenvolve processos e ferramentas para melhorar o planejamento e o controle da produção, estabelecer metas e executar ações para otimizar os ativos operacionais da empresa, implementar novas tecnologias na área de planejamento, gerenciar equipes com qualificação profissional destacada, ter capacidade elevada de planejamento, gerenciar custos e estabelecer metas que garantam a competitividade da empresa ao longo do tempo. Ernesto Fantini, Ex-diretor da Eaton

GESTÃO DA TECNOLOGIA O gestor de tecnologia deve estar sempre atualizado, deve saber projetar sistemas complexos, gerenciar equipes com alta qualificação profissional, estabelecer metas que garantam a competitividade da empresa e gerenciar prazos e custos. Essas atribuições são desenvolvidas em um ambiente no qual o domínio das técnicas deve aproximar a cadeia de suprimentos de um processo just in time com alta disponibilidade, buscando a integração com outros setores, como Contabilidade e Logística. Ruy Amparo, Maintenance Director da TAM Aviação

PLANEJAMENTO DO PRODUTO A área de Planejamento do Produto exige pesquisas permanentes de inovação de produtos, baseadas em análise de mercado e de tendências tecnológicas. Deve-se observar a constante mudança, não somente pela evolução dos maquinários, mas, sobretudo, dos cenários competitivos. A tomada de decisão está fundamentada nos aspectos funcionais, econômicos e produtivos. Fernando de Toledo, Coordenador de Projetos de Melhoria Contínua na The Goodyear Tire & Rubber Company


PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Em todos os setores (industrial, financeiro, comercial etc.), o engenheiro de produção tem participação ativa na tomada de decisões estratégicas da empresa. Ele atua decisivamente na elaboração e avaliação de propostas de investimentos porque é capaz de aliar várias formas de conhecimento. Está habilitado para analisar processos de custos e de qualidade, de produtos e de tecnologia. Ao mesmo tempo, os conhecimentos de Administração e de Economia lhe permitem integrar a avaliação técnica e a economia financeira. O engenheiro de produção maneja perfeitamente a matemática, a estatística e as técnicas de construção dos modelos quantitativos de simulação, que têm larga aplicação nas empresas.

LOGÍSTICA O engenheiro de produção que atua na área de Logística planeja, implementa e controla o fluxo e o armazenamento de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos acabados com eficiência e economia. Projeta e gerencia redes logísticas, modela e simula sistemas logísticos complexos para apoiar tomadas de decisão na definição de uma estratégia de suprimentos, planeja ganhos de escala a partir da reorganização da cadeia produtiva. É ele o responsável por garantir a disponibilidade do produto dentro dos níveis de exigência do mercado. Arnaldo Rezende, Superintendente da Federação das Entidades Assistenciais de Campinas - FEAC

PROSPECÇÃO DE MERCADOS Trabalhar na área de Prospecção de Mercados significa desenvolver a capacidade de pesquisar e conhecer bem o mercado, as indústrias e as empresas instaladas no ramo em que se atua. É preciso também conhecer as necessidades de potenciais clientes, bem como os competidores, avaliar riscos e oportunidades, conhecer a cadeia de suprimentos e processos logísticos disponíveis, poder de compra, aspectos políticos, econômicos e demográficos do mercado, novas tecnologias e legislações, determinar o significado de valor para os clientes e as barreiras de entrada e saída etc. Ricardo Dantas, Sales and Marketing Director - Eaton Vehicle Group South America

GESTÃO DE PROCESSOS As atribuições da área de Gestão de Processos são: assegurar a correta execução dos procedimentos em todos os processos produtivos e administrativos, ter agilidade na tomada de decisões, gerenciar conflitos internos e externos, assegurar a correta e precisa identificação de problemas, assim como a definição de soluções eficazes. A boa Gestão de Processos permite assegurar a qualidade do produto em todas as fases do seu ciclo de vida, desde sua concepção até o pós-venda. Marcelo Domingues, Improvement and Restructuring Executive

PROCESSOS PRODUTIVOS A moderna Gestão dos Processos Produtivos é uma estratégia de negócios para aumentar a satisfação dos clientes através da melhor utilização dos recursos. Procura fornecer consistentemente valor aos clientes através da melhoria dos fluxos de valor primário e de suporte. O foco da implementação deve estar nas reais necessidades dos negócios e não na simples aplicação das ferramentas. José Ferro, Presidente do Lean Institute Brasil

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SEMPRE CENTRO DE EMPREENDEDORISMO O CENTRO DE EMPREENDEDORISMO DA FACAMP é fruto da parceria com a Universidade de Cambridge - Judge Business School. Inspirado pela experiência do centro de negócios mais dinâmico da Europa, o Centro de Empreendedorismo atende à vocação dos alunos da FACAMP de se tornarem empreendedores de sucesso. Mais de 300 formados pela FACAMP têm seu próprio negócio. A criação e o desenvolvimento de negócios inovadores passa pela discussão de ideias originais com empresários, professores e ex-alunos e conta com o apoio institucional para o lançamento de novos empreendimentos.

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EDUCAÇÃO INTERNACIONAL PROGRAMA INÉDITO NO BRASIL EXCLUSIVO PARA ALUNOS DA GRADUAÇÃO FACAMP DESENVOLVIDO EM CONJUNTO COM INSTITUIÇÕES DE EXCELÊNCIA BOLSAS DE ESTUDO

PROGRAMAS 2017 UNIÃO EUROPEIA Frankfurt • Estrasburgo • Heidelberg CANADÁ Université de Montréal • University of Victoria CHINA Pequim • Xangai • Yiwu • Ningbo • Hangzhou COREIA DO SUL University of Ulsan EUA George Washington University FRANÇA ICN Business School HOLANDA HU Utrecht HOLANDA | RÚSSIA Utrecht • São Petersburgo HOLANDA | ITÁLIA Utrecht • Milão INGLATERRA University of Cambridge

facamp.com.br



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