EDIÇÃO ESPECIAL - OUTUBRO/2020
HOMENAGEM SAUDOSA AOS MÉDICOS QUE COMBATERAM O BOM COMBATE
VERDADEIROS
HERÓIS! Sem superpoderes, eles foram verdadeiros heróis. Não apareceram nas manchetes dos jornais, mas lutaram bravamente pela vida do próximo.
Heróis de verdade! Batalharam muito na vida a fim de conseguirem honrar a Medicina e garantir o bem estar dos seus pacientes. Muitas vezes abrindo mão de muitos desejos... Passando noites em claro e trabalhando arduamente, dia após dia... Até que uma doença emergente e cruel lhes retirou a vida... Os heróis morrem em combate! Não há luto que leve a dor, nem tempo que apague a saudade daqueles que amamos...
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CREMERN - Diretoria MARCOS LIMA DE FREITAS PRESIDENTE MARCOS ANTÔNIO TAVARES JÁCOME DA COSTA BRITTO 1º VICE-PRESIDENTE FRANCISCO DE ALMEIDA BRAGA 2º VICE-PRESIDENTE ANDRÉ LUIZ PINTO SOARES 3º VICE-PRESIDENTE ELIO JOSE SILVEIRA DA SILVA BARRETO SECRETARIO GERAL MARIA CRISTINA MONTE PEREIRA DE MACEDO 1ª SECRETÁRIA JEANCARLO FERNANDES CAVALCANTE 2º SECRETÁRIO MOZAR DIAS DE ALMEIDA 1º TESOUREIRO JÚLIO CESAR CAVALCANTI DA ROCHA 2º TESOUREIRO FRANCISCO EDÊNIO RÊGO COSTA CORREGEDOR ARMANDO OTÁVIO VILAR DE ARAÚJO VICE CORREGEDOR
CONSELHEIROS 2018/2023 CONSELHEIROS EFETIVOS ANA MARIA DE OLIVEIRA RAMOS ANDRÉ LUÍS PINTO SOARES ARMANDO OTÁVIO VILAR DE ARAÚJO CELESTE MARIA DE MENEZES SOUZA EDSON GUTEMBERG DE SOUSA ELIO JOSÉ SILVEIRA DA SILVA BARRETO FRANCISCO DE ALMEIDA BRAGA FRANCISCO EDÊNIO RÊGO COSTA GILMAR AMORIM DE SOUSA JEANCARLO FERNANDES CAVALCANTE JOSMAR DE CASTRO ALVES JULIO CESAR CAVALCANTI DA ROCHA LUÍS EDUARDO BARBALHO DE MELLO MARCOS ANTÔNIO JÁCOME TAVARES DA COSTA BRITTO MARCOS LIMA DE FREITAS MARIA CRISTINA MONTE PEREIRA DE MACEDO MARIA DO CARMO COSTA DO NASCIMENTO MOZAR DIAS DE ALMEIDA NEUMAN FIGUEIREDO DE MACEDO SEBASTIÃO PAULINO DA COSTA ALMERINDA FERNANDES DE QUEIROZ
CONSELHEIROS SUPLENTES ANA LÍGIA DO NASCIMENTO DA SILVA CARLA KARINI ROCHA DE ANDRADE COSTA EDUARDO JORGE DE MELO ONOFRE ELVIRA MARIA MAFALDO SOARES ENIO DE OLIVEIRA PINHEIRO GERSON BARBOSA DO NASCIMENTO GUARACI COSTA BARBOSA GUSTAVO XAVIER DE AZEVEDO FERNANDES LEIDIMAR SILVA PEREIRA MURR MANOEL DE FREITAS NOBRE MARCO ANTÔNIO REY DE FARIA MARCUS AUGUSTO FREIRE FERNANDES MARIA AUXILIADORA CARVALHO DA ROCHA MARIA DO CARMO LOPES DE MELO RICARDO WAGNER DA COSTA MOREIRA RONALDO FIXINA BARRETO SAULO ANDRÉ STABILE DA SILVA SIDNEY AUGUSTO DA CRUZ COSTA VLADIMIR GODEIRO FERNANDES RABELO CALDAS WALLACE ANDRINO DA SILVA MARÍSIO EUGÊNIO DE ALMEIDA FILHO
HOMENAGEM Essa edição especial refere-se a um tempo inusitado que surpreendeu toda a humanidade, tendo em vista tratar-se de um fenômeno que tem desafiado a medicina de todo Planeta. Uma fase bastante desafiadora para paciente e médicos, que vêm enfrentando a letalidade de um vírus com um espectro de manifestações diversas no organismo humano que vão desde um quadro assintomático até uma evolução de maior gravidade. Apresentamos a seguir um breve resumo histórico de um grupo de pessoas que fizeram a última viagem, no entanto, cada um construiu, ao longo de sua existência, sua biografia pessoal e profissional, através da atuação efetiva de um curso comum: a Medicina. Biografia essa preenchida por conquistas, desafios, sonhos, projetos realizados, empatia, solidariedade, altruísmo, que deixam como legado na memória afetiva de seus familiares. É fato que se trata de uma grande lacuna para a Medicina Potiguar a ausência desses homens e mulheres que tanto fizeram para salvar a vida de seus pacientes, representando com responsabilidade, comprometimento, dedicação e amor a profissão escolhida. Em pertinente reconhecimento ao humano trabalho prestado no campo da medicina, esses guerreiros e combatentes receberão, in memoriam, a Comenda Professor Onofre Lopes, Honraria que o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Norte outorga aos profissionais que tiveram uma conduta ilibada e engrandeceram com suas ações a profissão que escolheram. O homem se eterniza por suas obras. MARCOS LIMA DE FREITAS PRESIDENTE DO CREMERN
EXPEDIENTE TEXTO E EDIÇÃO: GUSTAVO FARACHE (ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO DO CREMERN) PROJETO E EXECUÇÃO: FAÇA COMUNICAÇÃO E DESIGN FOTOS: CEDIDAS
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O ser generoso se confunde com o conceito de ser humilde e por quê? Porque a humildade é o reconhecimento de que as pessoas são iguais no que se referem aos direitos e aos deveres. Essa é uma premissa de uma harmoniosa convivência em sociedade. E nessa linha há o exercício do bem recíproco fundamentado pelo afeto e respeito ao nosso semelhante. E nessa concepção de vida, o Dr. Adelmaro pensava e agia. Conhecido como homem simples e generoso, ele também contagiava a todos com sua alegria. No setor profissional, era metódico, exigente com ele mesmo e alimentava o hábito de seguir uma rotina pré - definida. Natural de Natal, o Médico Anestesiologista concebia a medicina como uma paixão e preenchia a sua vida com o ofício escolhido por vocação. Formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em 1985, teve seu registro no CRM/RN 2103, no dia 24 de julho de 1985. Foi Conselheiro e fez parte da diretoria do Cremern. Atuava, nos últimos anos, no Hospital da Unimed, Promater e Hospital da Polícia Militar. Além disso, exerceu o cargo de Secretário Estadual de Saúde Pública do Rio Grande do Norte na gestão de Wilma de Faria. No campo da vida privado, apreciava vários hobbys, como fotografar, pintar e desenhar. Uma de suas manias era fazer caricatura dos amigos e familiares. Durante a sua existência, houve vários momentos importantes, como sua formatura, casamento, conquistas profissionais, todavia o nascimento dos filhos Felipe, Gabi e Dani (do primeiro casamento) marcou o tempo em vida como os mais valiosos de sua trajetória. Com a segunda esposa Rose, tinha seus filhos de coração Paulo e Lorena (enteados). Era uma pessoa que cultivava muitos amigos. E na memória deles, Dr. Adelmaro deixa a lembrança de seu jeito tranquilo, alegre e divertido. Para o amigo de infância, Graco de Melo, a generosidade estava entre as tantas virtudes de Júnior, como ele chamava Aldemaro. Depois de mais de 60 anos de amizade, muitas recordações e momentos marcantes, porém uma só palavra representa o sentimento maior que fica quando vivemos à vida na sua plenitude, SAUDADES. “Isso que sinto do meu amigo irmão JUNIOR”. Dr. Adelmaro partiu aos 62 anos, entretanto sem poder desfrutar do desejo de presenciar um Brasil com mais justiça e igualdade social. Mas a sua alegria contagiante, simplicidade e generosidade ficam como fruto de seu legado, que haverá de guardar como exemplo maior do ser humano que foi aqui na Terra.
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Dr. Adelmaro Cavalcanti Cunha Júnior
Dra. Débora Cristina Araújo Fernandes
Uma profissional apaixonada pelo ofício, assim era a Dra. Débora Fernandes. Ela trabalhava com dedicação e amor pela profissão. E sentia-se realizada ao poder ajudar as pessoas através da missão que a medicina a ela proporcionava. Especializada em Ginecologia e Obstetrícia, a médica trazia ao mundo novas vidas e alegria às famílias. Atuava com seu marido e companheiro de profissão, Dr. Paulo Roberto. Através da especialidade, ela conseguia levar alegria, amor e esperança às famílias, trazendo à vida seus herdeiros. Seridoense, natural de Caicó/RN, Dra. Débora se graduou pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN e foi registrada no CRM/RN 2412, em 29 de janeiro de 1988. Nos últimos anos, a sua rotina se dividia em atendimentos em seu consultório particular e também no Hospital Unimed, além do Hospital Promater e Hospital da Polícia Militar. Era comum ouvir dos seus pacientes: “Se Dra. Débora não resolver, ninguém mais resolve!”, ou “Ela é mais do que uma médica!”. No espaço da vida profissional e pessoal, a médica cultivava o lado humano, a doçura, otimismo, amorosidade, alegria, inteligência e vocação para amizade. Nas horas vagas, adorava jogar Sudoku. Planejar e realizar viagens estavam sempre nos seus planos, prevendo a chegada das férias. Não dispensava uma boa leitura, e livros eram uma de suas grandes paixões, assim como os momentos entre familiares e amigos. Havia três momentos de sua vida que ela guardava como ímpares: a formatura em Medicina, seu casamento e a felicidade de se tornar mãe de Paulo Victor, Pedro Henrique e Vanessa Cristina. Outra ocasião marcante foi a primeira paciente com parto cesáreo, realizado juntamente com seu marido e eterno amor. Para os amigos, Dra. Débora era uma pessoa amiga, sábia, conselheira, otimista, sensível, carinhosa, uma pessoa especial. Na opinião da sua amiga Magna, que usufruiu de sua amizade durante 34 anos, ela sabia colocar tudo no lugar, passava sermão de uma forma carinhosa e firme. “Todos que conviveram com ela reconheciam o anjo de bondade que sempre foi, disponível a ajudar e não media esforço para deixar tudo bem. Aprendi com ela que a vida é melhor quando compartilhamos e exercemos a empatia”, declarou. Dra. Débora partiu aos 56 anos, deixando na lembrança dos que conviveram com ela tudo de mais belo e divino que alguém enquanto ser humano e médico pode deixar: os seus ensinamentos, ideias e conselhos. “Débora deixa na lembrança toda a sua luz de alma, sua alegria, seu carinho, seu amor, seu otimismo, a felicidade da família, sua força, sua vontade de sempre ajudar sem esperar nada em troca, seu olhar iluminado e evoluído para a relação com outro ser humano, ser feliz e fazer os outros felizes”, disse seu esposo Paulo Roberto. O maior sonho era ser feliz e fazer os outros felizes, ajudar as pessoas, estar com a sua família, ver a família crescer com a chegada de netos. O seu sorriso, marca sempre presente, estará eternamente guardado na memória de quem teve o privilégio de conhecê-la. CREMERN 2020
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Dr. Eduardo era um grande sonhador, mas também realizador de sonhos dos outros. E nessa trilha, ele proporcionou a realização dos desejos dos seus filhos. Na visão de familiares e amigos, este era o perfil humano do médico Eduardo Campero Garcia: um homem forte, corajoso, engraçado e companheiro de todos os momentos. Naturalizado brasileiro, Dr. Eduardo Campero nasceu na cidade de Oruro, na Bolívia, porém veio morar no Brasil há quase 40 anos com seus dois irmãos, Freddy e Franz. Durante a vida, ele sofreu muitas dificuldades, batalhou e conseguiu se graduar em Medicina pela UFRN. E, dessa forma, adotou o Brasil, construiu um lar e uma família. Com registro no CRM/ RN 2285, em 31 de dezembro de 1986. O médico atuava, nos últimos anos, no município de Ceará-mirim, na especialidade Gastro Infantil A Medicina era o ofício que lhe conferia felicidade e realização. Após cada plantão, ele chegava em casa alegre, contanto histórias das pessoas que conhecia e tudo que havia realizado. Era sempre motivo de satisfação poder cuidar e ajudar as pessoas através da assistência ao nascimento de vidas e outras patologias sanadas por ele. Os traços marcantes de sua personalidade: pai muito carinhoso, um homem solidário, um médico humilde e paciente. Estava sempre bem humorado e atencioso. Um ser querido em todos os lugares que passava. Além disso, gostava muito de viajar e estar junto à família. E tinha um hobby: um carro antigo que cultivava com zelo e prazer: um Tigra. Na lembrança dos que sentem a sua falta o desejo constante de cuidar e amar o próximo. Uma eterna saudade de sentir esse legado deixado. Ele partiu aos 64 anos de idade, no entanto conseguiu realizar o sonho dos 4 filhos, que se formaram e realizam, com dedicação, a profissão que escolheram. Carlos Magno, um amigo de mais de 26 anos, conta que ele era um excelente pai de família. Contribuiu na formação acadêmica da esposa, da nora e dos quatro filhos. Ele foi um grande profissional e não media esforços para atender e ajudar o próximo. No último encontro que teve com o amigo, no Hospital Municipal Dr. Percílio Alves de Oliveira, em Ceará-Mirim, Dr. Eduardo alertou sobre os cuidados que deveria ter com a Covid-19. “A sua missão foi cumprida com sucesso, meu amigo, chegou a hora de descansar nos braços do Pai, chegou a hora de olhar de cima e se orgulhar de seus filhos percorrendo o caminho que você trilhou! Até um dia! “Meu querido, meu velho, meu amigo!”, declarou Carlos Magno.
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Dr. Eduardo Campero Garcia
Dr. Elio César Marson
Natural de Paraguaçu Paulista, distante 468 Km de São Paulo capital, Dr. Elio César Marson foi um profissional dedicado à Medicina. Exercia a profissão com dedicação, profundo respeito e amor às pessoas por ele atendidas. Era um ser humano desprovido de ambições, humilde e consciente de suas responsabilidades. E por vocação, buscou exercer seu ofício de Médico no Rio Grande do Norte, quando escolheu Mossoró, uma localidade desconhecida por ele, onde se ambientou perfeitamente e se tornou praticamente um cidadão mossoroense. A Medicina significava tudo que ele almejava na vida no campo profissional e se realizava com o resultado do seu trabalho na área médica. Formado na Universidade de Taubaté em 1991, foi registrado no CRM/RN 4201 em 02 de agosto de 2000. Atuava nas terras de Santa Luzia realizando cirurgias plásticas na clínica que leva seu nome, além de atuar como médico no Programa Saúde da Família, além do Serviço de Atendimento Móvel e Urgência (SAMU). Na vida pessoal, era um grande apreciador da natureza em suas diversas formas de vida. Adorava cultivar plantas e cuidar com muito carinho e dedicação. Revelava-se um ser humano atencioso, carinhoso, amoroso e sempre alegre. Tinha um jeito extrovertido e brincalhão que transcendiam em paz de espírito e de bem com a vida. Por ter parte da família paulista, Dr. Elio tinha o desejo de estar mais próximo dos familiares que tanto amava. No seio familiar, foi um pai extremamente dedicado aos filhos. Para o amigo e colega de profissão, João Pinto, por mais de uma década e meia, a sinceridade era sua maior virtude. “Guardarei na travessia como um amigo sempre muito especial”. Partiu aos 53 anos, deixando um exemplo de vida e de luta de um ser que se realizou na vida profissional, como médico conceituado, e venceu como cidadão, como pai de família, a quem sempre se dedicou com amor e carinho.
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Médico - Graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN no ano de 1990, o Dr. George Gonzaga Bezerra foi registrado no CRM/RN com o nº 2894, em 27 de fevereiro de 1991. Natural de Natal, a sua vida profissional foi pautada pela dedicação aos seus pacientes, comprometimento ao trabalho e lealdade à Medicina. A atuação na medicina era regada de muita determinação e amor. E, por isso, o atendimento aos pacientes transcendia o lado técnico, pois exercia o ofício com empatia, solidariedade e humanidade. Encarava, assim, a profissão médica como um exercício prazeroso no seu cotidiano. Nos últimos anos de vida, Dr. George atuava no Hospital Santa Catarina como cirurgião-geral e também como médico na UPA Pajuçara e na UPA da Esperança, em Natal – RN. No ambiente familiar e social, Dr. George convivia em clima de muito amor e dedicação aos familiares e amigos. E para desfrute de lazer mais pessoal, cultivava a escrita de poesias, apreciava um bom repertório musical, além de assistir a filmes. No campo da religiosidade, reverenciava a Deus mediante uma fé inabalável e era devoto de Nossa Senhora. A sinceridade e transparência eram características marcantes de sua personalidade tanto no âmbito familiar quanto profissional. Ele revelava que um dos momentos mais especiais de sua vida havia sido o nascimento dos seus dois filhos: Wallace e Lívia. Para declarar seu amor paternal, citava: “Wallace e Lívia são meu oxigênio”. O maior legado que Dr. George deixou à família e a quem teve o privilégio de nutrir de sua convivência foi o amor afetivo e universal. Hoje, a sua memória permanece viva através das lições de que o mais valioso na vida é estar perto das pessoas que amamos, valorizar as coisas simples, a presença e o tempo junto. Ele partiu aos 55 anos com o desejo de presenciar uma sociedade mais justa e humana.
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Dr. George Gonzaga Bezerra
Dr. Jayme de Oliveira Júnior
A Medicina é ciência e arte em harmonia proporcional. Ser médico é, antes de tudo, equilíbrio desses componentes que são a razão da existência da profissão. Esse era o pensamento do Dr. Jayme de Oliveira Júnior, natalense, que partiu aos 52 anos, interrompendo uma trajetória profissional bem sucedida e reconhecida por todos. Ele sempre foi considerado um ótimo cirurgião vascular, trabalhou no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, no Hospital Universitário Onofre Lopes e era Oficial da Reserva da Marinha do Brasil. Nos últimos anos, atuava em seu consultório nas Clínicas Daiane Saldanha e Wellness Center. Cursou Medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Norte e foi inscrito no CRM/RN 2892, no dia 27 de janeiro de 1991. Encontrou na Medicina a forma de amenizar a dor do próximo e de compartilhar o conhecimento que nunca cansou de buscar. Ensinar aos colegas e estudantes era um prazer e entusiasmo constantes. Um profissional estudioso e que estava sempre atento à história e à política nacional e internacional. O desejo por conhecimento o tornava um curioso nato. Adorava tecnologia e tinha uma mente inquieta. Amava viajar, e o País que mais lhe atraía era a França, onde residiu e também estudou Medicina. Dr. Jayme amava música, cantava, tocava violão e até saxofone. Apreciava esportes e aventura: praticava judô, pedalava, adorava wakeboard, jogava squash, surfava e até andava de skate, mesmo depois dos cinquenta anos. Apreciava velejar, especialmente, em seu refúgio: na Lagoa do Bonfim. Além disso, também amava carros esportivos antigos: seu xodó, um automóvel Santa Matilde. Porto seguro para a família, admirava de paixão os seus pais Jayme e Marizeth. Eram seus grandes exemplos de vida e uma de suas maiores preocupações. Cuidava deles como se fossem seus filhos! E orgulhava-se de suas origens. Sempre reservava um tempo para contar a sua história: nasceu no “Jardim do Seridó” e relatava sobre o esforço do seu pai para chegar em Natal. Deixou dois filhos, Valentina (11 anos) e Pedro (6 anos). Duas lindas crianças lindas, frutos de sua união com Sylvinha, sua paixão. A grande aspiração dele era montar um espaço para acolher pessoas carentes e proporcionar – de forma voluntária - um tratamento vascular. Para os amigos, era um irmão, sempre preocupado e prestativo. E um excelente conselheiro. De acordo com João Paulino, amigo por mais de 45 anos, a sua maior virtude era sonhar grande, sonhar alto. “Tudo que ele almejava, conseguiu e com muito êxito”, revelou o amigo que sente um grande vazio, porém sabe que Jayme estará sempre por perto. Dr. Jayme Jr. deixa uma mensagem de amor e fé revelada pela música “Deus é Deus” de Delino Marçal. Dois dias antes de sua internação, ele aprendeu a cantar e tocar no violão. Fez isso boa parte do dia, sentiu a música e se tornou a própria música. Ele citava que diferentemente da fotografia, quadro ou escultura, que fixam a beleza do passado, na música, sente-se a beleza do presente e isso a torna especial. Ela nasce e vai morrendo... A música imita a beleza da vida, consegue transformar dor em beleza, sendo, por isso, a mais humana de todas as artes.
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Natural de Patu/RN, Dr. João Batista Medeiros se graduou pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN no ano de 1984, sendo registrado no CRM/RN 1983, em 25 de setembro de 1984. O ingresso no Curso de Medicina foi uma das grandes vitórias de sua vida, pois entrou a partir de uma prova de Reopção, em que foram oferecidas apenas duas vagas. O amor e dedicação pela profissão eram os pontos que mais chamavam a atenção de todos. A identificação pela profissão era tanta que ficava difícil separar o homem João do médico. Nos últimos anos, atuava, fervorosamente, no Pronto-Socorro adulto do Hospital Pedro Bezerra (Santa Catarina), na Zona Norte de Natal. Além disso, também trabalhava em ambulatórios da Hapvida e de outras clínicas. Considerado um ser humano amoroso e sensível, porém, nem por isso, deixou de ser corajoso e destemido. A sua força estava nessa capacidade própria de demonstrar carinho e afeto à família, aos amigos, conterrâneos e pacientes. Havia, em seu coração, uma boa dose de humanidade que atingia a todos ao seu redor. Um médico determinado e insistente para conseguir os objetivos desejados. Mesmo nos dias mais desafiadores, ele se alimentava na fé, fortalecida pela religiosidade que tanto professava. A exemplo da máxima de Euclides da Cunha, João “era, antes de tudo, um forte”. No setor da vida pessoal, Dr. João Batista sempre reservou momentos para celebrar a vida com a família e amigos, regados de muitas prosas boas, comidas e um bom vinho. Um momento curioso e marcante aconteceu, ainda, no tempo de criança era uma história que ele e seus irmãos relatavam:” quando pequeno e morando em Patu, um aviador privado de um grande fazendeiro fazia testes com o avião – motivo de espanto e admiração na cidade, especialmente entre as crianças. O piloto pediu ao pai de João Batista que deixasse o pequeno alçar voo com ele, como forma de “proteção divina”: afinal de contas, Deus não iria fazer mal a uma criança. João, corajoso e destemido desde aqueles tempos, quis ir e seu pai autorizou. Sob os céus de Patu, lá estava o menino João naquela “geringonça” voando pela primeira vez, acompanhado por uma turma de crianças que, do chão, seguia o avião, apontando e gritando o nome do amigo. Ao descer do avião, repreendeu os amiguinhos, limpando o calção sujo de poeira, “nunca viram um avião, não?! Deixem de ser bestas”. O fato é engraçado e sempre rendeu boas risadas. Usando isso como metáfora, é interessante salientar que desde aquela época, Dr. João Batista não deixou de alçar voo, enfrentando todos os desafios que a vida lhe propôs. Entre os amigos, era visto como uma pessoa solidária, companheira, que se preocupava muito com o bem-estar dos seus pacientes e companheiros de trabalho. Ele tinha um coração imenso de bondade. O maior legado que Dr. João Batista deixou pode ser resumido em força, fé e coragem para enfrentar os obstáculos da vida. Partiu aos 65 anos com o desejo realizado de implantar a sua própria Clínica, prestando uma homenagem a sua genitora conferindo ao estabelecimento o nome dela: SILVIA MEDEIROS. 10
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Dr. João Batista Medeiros
Dra. Maria Altamira de Oliveira
Mulher destemida, corajosa e forte. Para Dra. Maria Altamira de Oliveira, não havia barreira que não pudesse ser ultrapassada, nem sonhos inalcançáveis. Ela não desistia fácil. Trabalhava com dedicação e amor pela profissão. Um ser realizado no ofício da medicina, que significava mais do que uma profissão, era um dom. Para seus familiares e amigos, não há como distinguir a Altamira médica e Altamira irmã/amiga/ companheira, ela simplesmente era uma só! Era boa em tantas coisas, porém ser médica fazia parte da sua natureza por excelência e também uma razão de viver. Especializada em coloproctologia, a médica era muito estudiosa e adorava participar de congressos, simpósios e seminários. Nos últimos anos, ela havia diminuído o ritmo de trabalho e atendia apenas em seu consultório, entretanto o fazia com dedicação e por absoluto prazer. Todavia, em sua última viagem a trabalho para o exterior, contraiu o novo Coronavírus, sendo a primeira médica do Rio Grande do Norte a perder a vida para Covid-19, aos 72 anos. Natural de Santo Antônio do Salto da Onça/RN, Dra. Altamira veio de uma família humilde, da zona rural, mas conseguiu realizar seus sonhos mediante a convicção de que só através dos estudos poderia alcançar. Apesar das dificuldades, foi muito jovem para Natal para tentar realizar seus projetos profissionais. Formou-se em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN – e, posteriormente, em Medicina pela mesma universidade. Ser médica era seu grande sonho, que outrora parecia impossível aos olhos do mundo. Não foi uma jornada fácil para ela, pois muitos percalços apareceram. Um dia, com apenas 24 horas, parecia pouco para adequar tantas necessidades, como trabalhar para se sustentar, cursar medicina e ainda estagiar. Todavia, o desejo de vencer foi maior do que qualquer dificuldade, e ela conseguiu! Foi registrada no CRM/RN 1817, em 25 de janeiro de 1983. No campo da vida pessoal, ela gostava de caminhar ao ar livre, era uma rotina matinal, fosse em qualquer cidade que estivesse, no Brasil ou no mundo. Iniciava seu dia correndo, cheia de vida, repleta de energia. Mas seu principal hobby era viajar, conhecer culturas, gozar das belezas do mundo em suas diversidades, aprender línguas e apreciar culinárias. Pelo menos duas vezes ao ano, ela viajava. Dra. Altamira era um espírito livre em essência e, às vezes, o mundo em si parecia pequeno para sua grandeza. O maior sonho dela era possuir um legado como médica e como pessoa. Para os amigos, Dra. Altamira era uma pessoa companheira e sincera, mas, acima de tudo, um símbolo de generosidade. Cuidava das pessoas que amava com dedicação. Ela será sempre lembrada por aqueles que a amam. Para amiga Salete, companheira de trabalho por mais de 15 anos, ficou o exemplo de suas maiores virtudes: consideração, fidelidade e caráter. Dra. Altamira partiu deixando na lembrança momentos inesquecíveis, que serão guardados para sempre. Por sua generosidade, por sua maestria em cuidar dos doentes, por sua atenção com a família, por seu amor e dedicação. Declara Ize Paiva. “Não se pode enumerar ou mesmo restringir a palavras o quão o mundo ficou menor depois que ela se foi”. CREMERN 2020
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A busca por uma vida saudável requer cuidados desde a infância. Os profissionais que se especializaram nos pequenos pacientes consideram a pediatria ‘apaixonante’. Era assim que Dr. Nivaldo Júnior considerava seu ofício e exercia sua especialidade como um verdadeiro sacerdócio. Natural de Natal, ele cursou Medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, tendo se graduado no ano 2000 e inscrito no CRM/RN 4268, em 17 de janeiro de 2001. Dr. Nivaldo atuava no Hospital Dr. José Pedro Bezerra, conhecido como Hospital Santa Catarina, além do Hospital Municipal de Natal (Urgência Infantil Sandra Celeste) e na Maternidade Dr. Araken Irerê Pinto, na capital. Era considerado uma pessoa determinada, perfeccionista, carismática, sincera e que gostava de ser atencioso e útil aos seus pacientes. Ele sempre demonstrou um grande amor aos seus familiares. Entre suas paixões, estavam o gosto por viagens e desfrutar a vida, quando estava nas suas horas de folga. Um momento marcante em sua vida: o batizado de sua sobrinha e afilhada, Yasmin, em que o mesmo foi o padrinho. O maior ideal era o de sempre estar contribuindo para a Pediatria, área que tanto se dedicava mediante a sua atuação profissional. A fidelidade, a sinceridade e a excelência na profissão eram suas maiores características, como bem definem os amigos do médico. A partida tão precoce aos 52 anos de vida deixa um exemplo de excelente profissional e lutador, tendo em vista conseguir os escassos recursos ao desempenho do seu trabalho. Para amiga e companheira de profissão, Dra. Zingara Limenzo, foram 26 anos de amizade. No conceito dela, as maiores virtudes do amigo, dentre muitas, estavam a honestidade, a humanidade e a lealdade. “Você foi brilhante e especial aqui na terra. Muito tenho a lhe agradecer. Lembro sempre de sua alegria e de seu sorriso sempre fácil. O amor por sua família e a grande união entre vocês, para mim, foram motivos de admiração. Encaro com serenidade a sua partida, porém, seu legado não será esquecido jamais. Dr Nivaldo, agora, brilha no Céu, e a saudade é grande. Desejo a você a plenitude da vida eterna, com todo o amor, toda a paz e toda a felicidade. Você merece! Que Deus continue o abençoando na eternidade. Obrigada por tudo!”, Zingara Limenzo.
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Dr. Nivaldo Sereno de Noronha Júnior
Dr. Paulo Matos de Castro
O bom exercício da medicina implica enfrentar todas as situações apresentadas no cotidiano, por isso, é fundamental nutrir amor à profissão. O Dr. Paulo Matos pensava exatamente assim. A dedicação pelo seu ofício era admirada pelos colegas médicos, o que lhe rendia muitos elogios profissionais. Quem o conhecia sabe o quanto era dedicado, principalmente no campo das pesquisas. Natural da cidade cearense de Nova Russas, o Dr. Paulo Matos fez sua Graduação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN em 1981. E tem o registro no CRM/RN 2749, em 01 de março de 1990. Atuava, nos últimos anos em Natal, em sua clínica e no Hospital Universitário Onofre Lopes – HUOL, na especialidade de Gastroenterologia Pediátrica. Pessoa muito querida pelos seus pacientes e por todos que o cercavam, estava sempre disposto a ajudar o próximo. Entre seus hobbys, estava a caminhada na praia. Em vida, o maior sonho era se aposentar e se dedicar mais ao conhecimento de patologias raras. Dedicou os seus melhores momentos na companhia dos verdadeiros amigos, principalmente os amigos do Hospede (Hospital de Pediatria da UFRN). Bom filho, devotado à família e aos estúdios desde tenra idade, dedicado à Medicina intensamente e humanisticamente, fraterno e solidário, sempre procurou estar junto da família, sobretudo quando estes careciam de seus préstimos; mesmo tratamento dispensava à legião de amigos. Anunciava sempre que seu maior sonho era depois da aposentadoria adquirir um sítio em meio a zona rural da Serra da Ibiapapa ou Serra Grande, e pra lá viver seus dias de vida, do jeito que só a natureza lhe propiciaria. No conceito dos amigos, era considerado uma pessoa calma, amorosa e atenciosa. Difícil era não gostar do Dr. Paulo Matos, como era conhecido, afirmam. Para o amigo José Antônio, com quem teve uma amizade por mais de 30 anos, deixa um exemplo de um ser humano íntegro e profissional. Dr. Paulo se foi aos 64 anos e deixa para sua filha Michele, familiares e amigos, a imagem de um homem de caráter, dedicado à profissão que ele tanto amava.
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Um profissional dedicado, disciplinado, alegre, persistente e estudioso, assim pode-se definir o médico Raimundo Clodovil, que partiu aos 52 anos deixando saudades e um legado de bondade e amor à profissão. Natural da cidade de Mossoró, Dr. Clodovil era graduado pela Universidade Privada Del Valle (Bolívia) e foi registrado no CRM/RN 5146, em 20 de setembro de 2005. Ele atuava com amor e dedicação a seu ofício com foco na missão de cuidar e salvar vidas. A disciplina e empenho no ambiente de trabalho eram suas características mais singulares. Dr. Raimundo atravessou muitos desafios para poder realizar o sonho de ser médico. E nos recentes anos, trabalhou na Casa de Saúde São Camilo de Lélis, Hospital Regional Tarcísio Maia, PAM do Bairro Bom Jardim e nas UPAS do São Manoel, Belo Horizonte e Santo Antônio. No campo pessoal, o esporte preferido era o futebol, e o Flamengo era seu time do coração. Essa paixão esportiva fez Dr. Clodovil ir várias vezes ao Maracanã e também a outros estádios para assistir ao time do Flamengo jogar. Apreciava também a Sétima Arte, porém não dispensava shows de rock e shows religiosos, pois era um homem de muita fé. Viajar e conhecer novos lugares, culturas e gastronomia também eram uma cultura da preferência do Dr. Raimundo. Havia em seu modo de viver uma particularidade: o amor pela vida, pelo próximo e por sua profissão. Era um ser extremamente simples e atencioso, que tratava a todos com carinho e atenção. Os seus pacientes sempre relatavam estes traços de sua personalidade: simplicidade e um bom amigo, que inspirava confiança, além do bom humor. Era difícil vê-lo sem alegria no rosto através de sorriso espontâneo e contagiante. Primava pela humildade, e os amigos consideravam Dr. Clodovil um ser humano incrível, amigo, irmão, um ser iluminado. Dr. Clodovil deixa na mente de familiares e amigos essa presença bondosa, amiga, humana e cativante que tanto atraíam seus pacientes. Dr. Marcos Manoel Honorato, um amigo de três décadas, relata que Dr. Clodovil tinha na simplicidade e na alegria sua marca registrada e que não se transformou ao longo dos anos, mesmo após sucesso profissional e financeiro. “Ele plantou belas sementes que florescerão e darão frutos entre seus amigos e familiares e nunca será esquecido”, declarou, com emoção, o amigo Marcos Honorato.
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Dr. Raimundo Clodovil Cavalcante da Silva
Dr. Renê Anísio Rodrigues
Formado na Universidade do Estado do Amazonas, o médico paulista escolheu o Rio Grande do Norte para viver com sua esposa. Ele foi registrado no CRM/RN 7424, no dia 28 de agosto de 2013, e atuava nos recentes anos como Clínico Geral em Natal, no Hospec, Hospital Municipal de Natal e Hospital Municipal de Goianinha. Cursar Medicina sempre foi um desejo desde a sua infância. Um vocacionado para a profissão de médico, atuou de forma paciente e generosa com todos. A maior virtude estava na sua generosidade e parceria com a esposa. Um homem inteligente, amoroso, dedicado à família e ao trabalho. Era dono de contagiante bom humor e suas brincadeiras proporcionavam leveza aos que o rodeavam no cotidiano. Entre as coisas que mais gostava, era o de cavalgar com o filho Heitor. Na verdade, o nascimento do seu filho sempre foi lembrado como um momento marcante em sua vida, assim, o maior sonho era acompanhar o seu crescimento e o tornar um parceiro na Medicina. Para os amigos, ele era definido como alegre, parceiro e brincalhão sempre com sorriso no rosto e um médico dedicado. Dr. Renê amava o ofício e foi contaminado durante exercício da profissão. O último encontro com a esposa e o filho foi por vídeo-chamada antes de ser entubado. “Quando a gente se despediu, ele, o nosso filho e eu, saudamo-nos com um até logo, ele estava confiante de que retornaria em três dias. Acreditávamos em sua recuperação e breve retorno”, revela a viúva Gleicianny. Partiu aos 40 anos, deixando lembranças e muita saudade. O maior legado está no amor e dedicação à família e à Medicina.
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Nascido na cidade de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, Dr. Samir começou a trabalhar muito jovem. Filho de libaneses, falava árabe fluentemente. Aprendeu a língua com seu avô, ouvindo as músicas de Fairuz, Farid El Atrache e outros cantores favoritos do patriarca. E através da avó, aprendeu a fazer kibe e charuto tão bem, que não havia quem fizesse melhor esses pratos. Dr. Samir gostava de cozinhar e, geralmente, recebia quem quer que fosse em sua casa, rapidamente enchia a mesa de comida e servia sem parar. Um homem extremamente responsável, sério, mas também incrivelmente generoso. De notável discrição, ele exercia o sentimento da lealdade profunda. Um pai presente 100% em tudo na vida das três filhas (Luiza Adélia, Mônica Maria e Cláudia Helena), sempre guiando, orientando e aconselhando. Entre as suas paixões, a realização de longas viagens de carro. Passou mais de uma década viajando de carro para países da América do Sul, observando os detalhes dos lugares pelo caminho, porém o país favorito era a Argentina. No entanto, teve que dispensar o carro, quando enveredou por outros continentes nos anos seguintes (que incluindo revisitar os parentes em Bsharri e em Beirute). Todavia, coincidentemente, a viagem que seria a última deste ano, foi de carro para a Argentina (o retorno já foi na quarentena). Dr. Samir conseguiu realizar as viagens planejadas - só não houve tempo de conhecer a Rússia. Outro hobby eram os carros e fazer a manutenção dos motores era como uma terapia. Possuía equipamentos, ferramentas e insumos em casa que muitas oficinas não devem ter. Os serviços de eletricista e encanação de casa, ele assumia com prazer e presteza, além de conserto de relógio que era outra paixão que cultivava. Dr. Samir adorava os animais, em particular seu cão Toff, fiel amigo por 18 anos (faleceu em outubro do ano passado). Para os familiares, ninguém sabia quem amava mais quem: ele a Toff ou Toff a ele. A medicina significava tudo para Dr. Samir, o mesmo foi sempre muito seguro, dedicado, apaixonado pelo exercício da profissão, em cirurgias ou como socorrista, com o mesmo ânimo do início, quando se formou médico. Ele sempre contava à família sobre as situações desafiadoras vivenciadas durante um plantão ou uma cirurgia. Era o médico de confiança da família e de tantos conhecidos. Formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN em 1986, teve sua inscrição no CRM/RN 2259 efetuada em 18 de agosto de 1986. Docente do Departamento de Medicina Integrada da UFRN, atuava nos últimos anos como Cirurgião geral do Hospital Giselda Trigueiro e médico socorrista do SOS Unimed desde a sua criação.
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Dr. Samir Assi João
Dr. Solon Pereira Lopes Ferreira
De sorriso espontâneo e cativante, Dr. Solon era paraibano, nascido na capital de João Pessoa. Descobriu na Medicina a sua grande vocação e realização, tornando-se um médico dedicado e prestativo. Ele exercia o ofício cuidando de todos sem distinção, e muitos o chamavam de “anjo”. O trabalho para ele era tão prazeroso que não se tornava exaustivo, mesmo enfrentando muitos desafios. O bom humor sempre o tornou uma pessoa diferenciada à família, aos amigos e aos pacientes e funcionários no ambiente de trabalho. Concluiu o Curso de Medicina na Universidade Federal da Paraíba em 1985. E foi inscrito no CRM/RN 2910 em 29 de janeiro de 1991. Nos últimos anos, atuava como médico plantonista, na especialidade de Clínico Geral no HJPB, Unidade Mista de Pirangi e, também, trabalhava no DETRAN PB, como Chefe da Medicina do tráfego. No ambiente pessoal, Dr. Solon se relevou um homem muito bom, prestativo, calmo, atencioso, paciente, engraçado, Inteligente, humano e um pai amoroso. A família era seu bem maior. Pai de Emanuel (33 anos), do primeiro casamento, e Ana Letícia (3 anos) com a atual companheira Telma, demonstrava ser um homem realizado com a vida que construiu. Nos últimos anos, com o nascimento de Ana Letícia, a maturidade dessa nova fase da vida fez Solon ser um pai ainda mais apaixonado pelos filhos. Quando o assunto era o lazer, o cinema estava entre as suas paixões e, assim, programava todas as sextas-feiras para assistir a um bom filme. Outra paixão era as viagem com a família. Para o amigo e também médico Dr. Rodrigo Lima, a amizade de mais de uma década revelou o tamanho da sua maior virtude: a bondade. “Foi sem sombra de dúvida uma das melhores pessoas que tive a oportunidade de conhecer”, declarou. E completa: Ele fazia jus à aquela premissa: fazer o bem sem olhar a quem! Ele fez a viagem aos 62 anos, mas ficarão na memória dos familiares, amigos e colegas de profissão a saudade e o exemplo de ser humano que amava a família e seu ofício de salvar vidas.
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Uma figura humana amável e honesta. Dona de um carisma natural, ela conseguia, de forma espontânea, exercer liderança e responsabilidade em tudo que desejava fazer. Essas características definem a inteligente e caridosa: Dra. Valéria Calife. Além disso, buscava ser amiga e companheira a todos que a cercavam. No exercício da profissão, ela colocou em prática todas as suas virtudes. O desejo de cursar Medicina ocorreu desde a infância. E, para isso, lutou com muito estudo e disciplina para realizar o sonho de concluir a faculdade e se tornar médica. No quinto ano de curso, ela descobriu uma doença que poderia ter lhe custado a vida, porém com a graça de Deus conseguiu vencer os desafios com força e esperança e se graduar no curso escolhido. A Medicina sempre foi uma profissão que a enchia de orgulho, pois sabia da importância desse ofício na vida das pessoas e da sociedade. Pediatra e Perita do INSS, Dra Valéria estava aposentada há quase 20 anos. As últimas atuações como médica foram na Perícia do Estado. Graduou-se pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN em 1982, e teve registro no CRM/RN 1789 em 10 de janeiro de 1983. Mãe de três filhos (Hugo, Tatiana e Ticiana), adorava levar a vida ao lado dos familiares, das amigas e do seu cachorrinho. Entre seus hobbys, estava jogar Trilha e assistir aos seriados do Netflix. Nos últimos meses, antes de sua partida, Dra. Valéria estava muito feliz depois de descobrir que iria ser avó da sua primeira netinha. Tema que relatava às amigas com muito orgulho, porém o destino foi outro, pois a pequena Helena Valéria nasceu um mês depois de sua partida. A alegria da médica estava nas coisas simples da vida e seus maiores sonhos eram acompanhar a felicidade dos filhos e ter muitos netos. Para os amigos, ela sempre foi uma mulher muito amável, companheira, romântica e misteriosa. Na visão das amigas irmãs: Aigara, Denise, Lucimar e Simone, Valéria Calife era amiga há de mais de 40 anos. Ela sabia com seu bom humor cultivar as amizades, e desfrutar da presença dela era muito gratificante. Na verdade, são muitos os momentos, da época da faculdade e na vida, que as amigas guardam nas lembranças. E citam que o último encontro, em Janeiro, deste ano só aconteceu na data que seria possível a presença dele. “Ela era essencial! Importante demais! Amada! Ela estava especialmente feliz com a netinha que ia chegar e nos contagiava com essa energia vibrante!”, comenta uma das amigas queridas. Aos 61 anos, Dra. Valéria Calife fez a viagem eterna, deixando na memória um sorriso que jamais será esquecido. Um legado de conselheira sem igual, além de excelente mãe, filha, irmã, tia e amiga. Construiu a sua travessia, com exemplo de resiliência, força e crença no amor e na amizade. A força e a garra em defender e cuidar dos filhos e sempre manter a alegria e intensidade de viver serão lembrados para sempre.
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Dra. Valéria Calife da Silva
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