ANO III Nº 19 | fevereiro 2014 | R$ 8,50
a
revista
dos
grandes
leitores
Black Block Os manifestantes sem rosto no palco dos protestos método APAC Com humanização é possível diminuir a escalada da violência
araken farias Presidente Estadual do PSL/RN defende uma reforma política baseada no interesse da sociedade
fernando chiriboga
Artigos
índice
6 COTIDIANO
FRASES EM DESTAQUE
19 zenaide castro
5 CRISTOVAM BUARQUE A REVOLUÇÃO É O MEIO
O PODER DOS NEGÓCIOS
14 NEY LOPES A NOVA IGREJA DE FRANCISCO
21 simone silva
20 joanilson de paula rEGO AFINAL, O QUE É O “NOVO” NA POLÍTICA?
22 DICA DE VIAGEM
SOCIAL
TARCÍSIO GURGEL/CURITIBA
canindé Soares
8 CAPA entrevista / araken farias MODA PAIXÃO FEMININA
16 10
manifestações
Brasil, mostra tua cara
12
18
gastronomia bar so suvaco
Sistema APAC a RECUPERAÇÃO É POSSÍVEL
A direção não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados O PODER revistaopoder@gmail.com DIRETOR Gleydson Batalha EDIÇÃO Zenaide Castro 84 9981 3942 DIAGRAMAÇÃO E PROJETO FAÇA! COMUNICAÇÃO E DESIGN 84 3086 4815 GRAFICA Unigráfica tiragem 5.000 exemplares COMERCIAL 84 8875.0668/ 9480.5096 capital intelectual (CNPJ: 10.989.231/0001 23) Av. Rodrigues Alves 682 - Petrópolis - Natal-RN Fevereiro/2014 O PODER! | 3
Editorial
Mês de novidades Fevereiro chegou muito rápido e com o calor do nosso verão, vieram também as especulações políticas de quem serão os candidatos ao Governo do Estado e ao Senado Federal. Na capa desta edição de O Poder o presidente do PSL Estadual, advogado Araken Farias, fala sobre acordão, renovação e sua pré-candidatura a governador do Rio Grande do Norte. A revista O Poder tem abordado mensalmente assuntos polêmicos e, ao mesmo tempo, atuais como a matéria assinada pela jornalista Simone Silva, na edição passada, sobre traição virtual, que está se tornando comum em nossa sociedade. Nesta edição, entrevistamos o cientista social Rodrigo Bezerra, que faz uma análise crítica sobre as manifestações que têm ocorrido em todo o Brasil e a violência agregada a esses movimentos. Temos também uma matéria sobre a humanização nos presídios, proporcionada pela APAC (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado), instalada no município de Macau/RN, na qual é o próprio preso quem gerencia e fiscaliza os processos judiciais. Falamos também de uma das maiores paixões femininas, os sapatos. Neste segmento, Natal será a capital do calçado entre os dias 11, 12 e 13 de março, com a realização da segunda edição da 40 graus – Feira de Calçados e Assessórios, que ocorrerá no Centro de Convenções. Visitamos mais uma vez um bar que está se tornando referência quando o assunto é culinária regional, o Bar do Suvaco, famoso pelo caranguejo e pela paçoca. Em seu artigo mensal, o senador Cristovam Buarque fala de um tema bastante pertinente que é sobre Revolução e o advogado Ney Lopes entra na seara da religião, abordando as mudanças que o Papa Francisco está promovendo na Igreja Católica. Na coluna O Poder dos Negócios, a jornalista Zenaide Castro destaca a sanduicheria Gourmet Burguer, que abrirá em breve a sua primeira franquia em Mossoró. Temos, ainda, o tradicional artigo do advogado Joanilson de Paula Rego, a coluna social de Simone Silva, as dicas de viagem do médico Tarcísio Gurgel e a dica de livro. Boa leitura!
Foto de
Gleydson Batalha Diretor da Revista O Poder e sócio da Capital Intelectual LTDA.
Isac Martins
Revista O PODER: Artigos, matérias, entrevistas e colunas voltados para a classe polÍtica e formadores de opinião.
4 | O PODER! Fevereiro/2014
DIDA
capa: CE
Artigo
A revolução
é o meio
Tino Ansaloni
Não faz muito, os fins justificavam os meios usados para realizar as revoluções e a construção da igualdade justificava o sacrifício da liberdade. Mais recentemente, os propósitos sociais foram sacrificados em nome da plena liberdade comercial. Para surpresa, as populações foram às ruas manifestar radical descontentamento com o estado das coisas. Mas esses movimentos têm carecido de objetivos transformadores e utópicos claros. Passam a impressão de que seus diversos objetivos parciais não carregam propósitos de transformação social. É como se a revolução estivesse no meio e não nos fins. Uma revolução sem classe social vanguardista, sem líder condutor, sem partido, realizada pela desilusão, descontentamento e desespero com a realidade atual, sem proposta de outra realidade a ser colocada no lugar. Por isso, os movimentos não se enquadram
nos modelos conhecidos. É por desconhecer o que acontece que surge a tentação de negar a existência da revolução em marcha que se caracteriza, sobretudo, pela mobilização de pessoas pela internet. Com os instrumentos tradicionais de análise, é impossível entender este processo e nada indica que novos instrumentos lógicos estejam surgindo entre os intelectuais ou os políticos. A perspectiva é de um longo tempo de instabilidade social, decorrente não apenas de raras marchas de 100 mil, mas por cinco mil marchas de 200 pessoas. Número incapaz de derrubar governos, mas suficiente para desorganizar a estrutura social sem ameaçar a estrutura política. O que caracterizavam as revoluções com os velhos propósitos era desorganizar o tecido social para mudar o poder político e implantar um novo projeto
POR cristOvam buarque
Professor da Universidade de Brasília e Senador pelo PDT/DF social. Agora é extravasar o descontentamento social com centenas de pequenas reivindicações para mudar as prioridades. Neste clima de uma revolução com propósitos diluídos, conforme os grupos que se manifestam, sem um propósito de classe nem líderes partidários surgirá a tentação da repressão como forma de combater os movimentos. Mas os movimentos se organizam por uma forma desorganizada, quase espontânea, em que cada pessoa tem uma trincheira em casa sob a forma de computador conectado. As forças da repressão não terão êxito porque foram organizadas para os velhos padrões. Da mesma forma que os exércitos tradicionais perderam guerras para a guerrilha tradicional, a polícia tradicional perderá para esta guerrilha cibernética. Resta aceitar os movimentos e tentar entender as causas dos descontentamentos, dos desesperos, dos desencantos. E de preferência fazer isto contente, porque esta revolução que não entendemos é a manifestação do fracasso do que se entendia ser a utopia, e esperando e observando o que está acontecendo e que não cabe dentro de nossos esquemas. Até que, provavelmente, de dentro dos próprios “neo-revolucionários”, surjam alternativas sociais utópicas e convincentes. Fevereiro/2014 O PODER! | 5
Cotidiano
Como é que as finanças estão em equilíbrio se a governadora começou a atrasar os salários e seu próprio secretário de finanças dá entrevista dizendo que o RN está quebrado tecnicamente?
“Eu me senti uma mercadoria”. médica cubana Ramona Rodriguez, que abandonou o Mais Médicos ao descobrir quanto ganharia ao fazer parte do programa no Brasil - Revista Veja
“A morte do nosso companheiro José Lacerda deixa uma lacuna dolorosa e um profundo sentimento de tristeza em toda a imprensa do RN”. Nota da TCM sobre a morte do cinegrafista José Lacerda, vítima de latrocínio, em Mossoró Jornal de Fato
“Se não disse não, também não disse sim”.
Valter Campanato/ABR
Cedida
DEP.ESTADUAL,MÁRCIA MAIA SOBRE A MENSAGEM ANUAL DE ROSALBA CIARLINE NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA - JORNAL DE HOJE
Empresário Fernando Bezerra, sobre as especulações em torno da sua candidatura do Governo do Estado do RN - Jornal de Hoje
“Fez tudo sozinho, atropelou colegas”. Ator José de Abreu, que fez a doação de R$ 1 mil para ajudar no pagamento da multa de José Dirceu, referindo-se ao Presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, sobre o julgamento do Mensalão - Jornal de Hoje
“Se o STF achar que tem culpa, é porque tem culpa”.
Valter
6 | O PODER! janeiro/2014 agosto/2013 setembro/2013
Campanato
/A B r
Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso dizendo acreditar na isenção do STF no caso do Mensalão Mineiro - Tribuna do Norte
Capa
Advogado, pós-graduado em Direito Processual Civil, Presidente Estadual do PSL/RN, ex- Coordenador Geral do Procon-RN e bisneto do Professor Severino Bezerra de Melo, secretário de Educação do Estado, responsável por uma das maiores e mais importantes obras realizadas no Rio Grande do Norte, a construção das escolas públicas, que teve como marco a construção do Colégio Estadual do Atheneu Norte Riograndense.
ARAKEN FARIAS 8 | O PODER! Fevereiro/2014
Como o senhor avalia o quadro Político do Rio Grande do Norte? O momento é de descontentamento e total descrédito com os políticos atuais. O povo não acredita mais nas falsas promessas, que só aparecem durante o período de campanha e como um passe de mágica desaparecem no dia seguinte às eleições. O que esperar de nossa democracia e de nosso sistema político? Os políticos de hoje, em sua grande e expressiva maioria, precisam do Estado para sobreviver, não para realizar. Em primeiro lugar, morreram as ideias, acabou-se o ideal partidário, onde o conflito programático era a síntese da mudança e da possibilidade de novos tempos. Aqui, partido serve exclusivamente para alguém se eleger. Nada mais que isso. A festa da democracia é linda, cívica e emocionante. Mas precisamos de um pouco mais do que eleições. Precisamos mudar a nossa historia, evitando a perpetuação de algumas poucas famílias no poder, com filhos se elegendo, e nada mudando. Precisamos manter a esperança e não permitir que a nossa liberdade seja afrontada, pelos crimes sem punição. Pior é o sentimento de tristeza que nos bate fundo na alma. A impotência tomou conta da esperança. O que o senhor espera deste processo democrático que são as eleições? Não só eu, mas toda a sociedade espera grandes mudanças, pois não podemos mais continuar com a geração de políticos que são a mesma coisa há mais de 40 anos, de filhos que subsistem aos pais, numa verdadeira dança das cadeiras. Hoje, se não for filho de alguém, suas chances eleitorais são bem mais difíceis; temos que evoluir e esta evolução tem que partir do eleitor, mudando a classe política do nosso estado, elegendo novos nomes que se comprometam com a coletividade e não com os interesses pessoais. Esperamos a condição dos novos políticos em fazerem políticas de estado e não eleitoreira, com capacidade de corrigir os problemas, de tal forma que permitam ao Estado atuar eficientemente em suas ações (reforma politica). Ultimamente tem se falado muito sobre o pacto pela governabilidade, o
que o senhor acha deste pacto? Sinceramente, não acredito em pacto pela governabilidade no Rio Grande do Norte, vindo dos que governaram este estado nos últimos 50 anos. Na medida em que um estado é constituído por políticos egoístas, voltados exclusivamente para satisfazer suas ambições pessoais, não podemos falar em governabilidade e dificilmente haverá um bom governo. Só é possível falar em pacto de governabilidade se comparar à atual situação com a ideal. Se pensarmos em reforma politica, garantindo que os governantes governem no interesse dos governados; se continuarmos a governar no interesse próprio ou de grupos específicos o bom governa jamais existirá.
“Precisamos manter a esperança e não permitir que a nossa liberdade seja afrontada, pelos crimes sem punição. Pior é o sentimento de tristeza que nos bate fundo na alma. A impotência tomou conta da esperança”.
O verdadeiro pacto pela governabilidade é trazer a sociedade para discutir uma reforma política, onde a sociedade possa fazer parte efetivamente das decisões de governo, elegendo novos políticos, compromissados com os interesses coletivos. A sociedade não permite mais o pacto pela demagogia daqueles que nunca fizeram e nunca farão nada pelo nosso estado. O senhor, como presidente Estadual do PSL, vem conversando com diversos outros partidos. Quais são as ex-
pectativas de coligações para as eleições deste ano? Estou procurando conversar com todos os de partidos. Há mais de quatro meses venho mantendo dialogo com os partidos PEN (LUIZ GOMES), PSDC (JOANILSON REGO), PMN (ANTÔNIO JÁCOME), PV (PAULO DAVIM) , PRP (THOMAZ SENA), PHS (LEANDRO PRUDÊNCIO) e o PTC (MIGUEL MOSSORÓ). O que une esses partidos é o sentimento de renovação e o pensamento comum voltado para o Parlamento Estadual e Federal. O número de partidos poderá chegar a 10. As reuniões são realizadas todas às segundas e o grupo pretende apresentar um Plano de Governo para a sociedade, com propostas concretas, priorizando as ações voltadas para os serviços básicos essenciais e o setor produtivo. Espero contar com o apoio de todos para a minha pré-candidatura ao Governo do Rio Grande do Norte. Se confirmada a sua candidatura ao Governo, quais são as prioridades para o Rio Grande do Norte? Os problemas são muitos, sem sombra de dúvida, mas no momento o que mais me preocupa é a insegurança que atinge a todos nós. Não podemos mais sair ou até mesmo ficar em casa, porque não temos mais a certeza de que estaremos seguros. Isso faz com que a sociedade entre em pânico, por isso é preciso urgente um plano de segurança estadual, onde todos os poderes estejam envolvidos, trazendo de volta a tranquilidade social. É preciso trazer a sociedade organizada para participar das decisões de governo, priorizando efetivamente a segurança, educação e a saúde. Também é preciso organizar todo o setor produtivo do nosso estado, incentivando a indústria e o comercio, incrementando o turismo, elaborando um projeto de convivência com a seca e valorizando o pequeno produtor rural. E o mais importante: garantir o essencial para todos. É preciso sonhar e buscar todos os dias a igualdade social, onde possamos ter segurança, educação, saúde e diversão. “A gente não quer só comida, a gente quer comida diversão e arte, a gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte...”
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Manifestação
Brasil, mostra tua cara! Nos últimos meses o Brasil tem assistido ao embate quase que diário de policiais e manifestantes nas mais diversas partes do país. O movimento, que começou reivindicatório, teve início em meados de 2013, quando as pessoas foram às ruas pedindo a diminuição do valor das passagens dos transportes coletivos (a Revolta do Busão), melhorias para a saúde, a educação e até a rejeição de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que restringia a atuação do Ministério Público nas investigações criminais contra a corrupção. Esta última foi um grande exemplo da força do apelo popular. Na noite de 25 de junho do ano passado, a Câmara dos Deputados rejeitou por 430 votos a 9 e 2 abstenções, a PEC 37/2011, que atribuía exclusivamente às polícias Federal e Civil a competência para a investigação criminal. Todos os partidos recomendaram a rejeição do texto. Mas, e depois, quando foi que o movimento popular começou a perder o apoio da sociedade? Na opinião do cientista social, Rodri10 | O PODER! Fevereiro/2014
go Bezerra, o Brasil, como todas as partes do mundo, vive uma transição cultural muito forte. Um caldeirão de ideias efervescentes que deságua numa sociedade sólida pela pluralidade, seja ela democracia neoliberal, social democracia ou democracia representativa, não importa. O importante é saber da “liberdade democrática” como valor de identidade cultural de um povo e saber para quem está falando, como está falando e o porquê está falando da democracia. Rodrigo faz um balanço do atual cenário, iniciado no ano passado. Segundo ele, os momentos mais relevantes surgiram através de um levante do aumento das passagens, uma não atuação livre do ministério público [PEC 37], o forte discurso em pauta no congresso da comissão dos direitos humanos, a crise de representatividade política que advém do julgamento do mensalão e a alta corrupção policial. “Esses vários pontos e outras pautas que naturalmente foram unidas nas redes sociais e saíram às ruas, fazendo surgir a crise da representatividade política”, relata.
Entretanto, houve um momento em que o cenário mudou. Dos protestos organizados, a sociedade começou a se recolher diante do quebra-quebra, da baderna, dos conflitos. Isso ocorreu, segundo conta, diante da crise de representatividade. “A crise é tão grande que os oportunistas políticos, militantes sem pauta, pseudoanarquistas começaram a assumir “o controle”. Dessa forma surgiu o discurso que manifestação pacífica não traz resultado. Acredito que colocar camisa no rosto, agredir, quebrar patrimônio público ou privado não seja coisa de manifestante e sim de criminoso. Os verdadeiros idealistas, líderes e humanistas da sociedade estão sendo colocados de lado por interesse de grupos imaturos que acreditam ou sonham estar vivendo uma revolução”, opina O ponto crucial se deu no dia 6 de fevereiro, com a morte do cinegrafista Santiago Andrade, após ser atingido por um rojão durante uma manifestação no Rio de Janeiro. O fato deverá ser um divisor de águas nesse momento pelo qual
Fotos extraídas da internet
passa o Brasil, com rumos ainda desconhecidos. O jornalista e colunista Alex Medeiros, em artigo publicado no Jornal de Hoje do dia 12 de fevereiro, intitulado “Os caminhos pós-Santiago”, relata que “a tragédia sempre esteve anunciada, desde quando as hordas de baderneiros e os militantes orientados para promover o caos espantaram das ruas os contribuintes que ocuparam o Brasil em 21 de junho de 2013 pedindo mudanças urgentes no país. Naquela que foi a maior
“Acredito que colocar camisa no rosto, agredir, quebrar patrimônio público ou privado não seja coisa de manifestante e sim de criminoso”. (Rodrigo Bezerra)
manifestação popular inter-regional da história recente, que levou milhões às ruas de inúmeras cidades, a sociedade brasileira já parecia discernir sobre o elemento político a ser refutado no apelo nacional. E gritou ‘sem partidos’”. O momento atual fala sobre manifestações, rolezinhos, black block. Termos até então desconhecidos da maioria da população, hoje fazem parte do cotidiano da sociedade que acompanha atônita demonstrações de violência, muitas vezes, gratuita, mas que geram prejuízos irreparáveis, como o que ocorreu com a morte do cinegrafista Santiago Andrade. O cientista social Rodrigo Bezerra diz que o protesto em forma de “rolezinho” é uma resposta à perda do “espaço público” em relação ao privado e a inversão de conceitos. “As manifestações sempre irão ocorrer, com partidos ou sem partidos. O importante é compreender que a sociedade é a força de suas escolhas”. E cita movimentos que foram significativos e ajudaram a escrever novas páginas na história do País, como os movimentos estudantil, feminista e contra as armas nucleares nos anos 60, 70 e 80. O fora Collor, nos anos 90, e atualmente a defesa dos animais, do meio
ambiente, da violência contra a mulher, entre outras. “Essas manifestações, todas de cara limpas, com argumentos de caráter coletivo, organizada, criativa e com agendamento, têm resultado. Dessa maneira acredito que o cidadão brasileiro ainda saia às ruas, porém não sei se alcançaremos o poder de manifesto igual a junho de 2013”, conclui.
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Justiça
“Quando vim para a APAC mudei a minha forma de pensar, o meu modo de agir, a minha dignidade”. (Francisco Alessandro Lopes - recuperando)
a recuperação é
possível método apac acredita que humanização do preso pode diminuir a violênciA 12 | O PODER! Fevereiro/2014
“A APAC apareceu como uma possibilidade para que eu tirasse o meu regime em um lugar melhor. Aqui na APAC é tudo diferenciado. Me fez valorizar mais a vida e as pessoas que estão ao meu lado”. (Nestor Álvaro de Araújo Neto - recuperando)
“No presídio, os familiares são tratados como bichos. Aqui na APAC são tratados como seres humanos”. (Francisco Cláudio Cardoso da Silva - recuperando)
A violência tem sido o principal tema das manchetes dos jornais. Pior que ser assunto na imprensa é o fato de estar ao nosso lado, provocando a sensação de angústia, medo, pânico. Fala-se muito em violência e faz-se pouco em mecanismos reais para combatê-la. A impressão é que faltam ideias que possam, senão frear, pelo menos amenizar o problema. Pensando nisso, um grupo lançou, em setembro de 2010, aqui no Rio Grande do Norte a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC), sistema no qual o próprio preso é quem gerencia alguns procedimentos internos e quem também fiscaliza o andamento dos processos judiciais. A iniciativa, que vem sendo desenvolvida no município de Macau, é definida como ‘Metodologia Apaqueana’. Visa à humanização e à ressocialização do apenado. Segundo o vice-presidente da APAC Macau, Cleber Costa, a Associação opera como entidade auxiliar dos Poderes Judiciário e Executivo, respectivamente na execução penal e na administração do cumprimento das penas privativas de liberdade nos regimes fechado, semiaberto e aberto. “A principal diferença entre a APAC e o Sistema Prisional Comum é que na APAC os próprios presos (recuperandos) são corresponsáveis pela sua recuperação e têm assistência familiar, espiritual, médica, psicológica e jurídica prestada pela comunidade”, explica Cleber, acrescentando que a segurança e disciplina do presídio são feitas com a colaboração dos recuperandos, tendo como suporte os funcionários, voluntários e diretores da entidade, sem a presença de policiais e agentes penitenciários. Atualmente o grupo trabalha com 20 recuperandos, sendo 15 no regime fechado e cinco no regime semiaberto. “Nossa capacidade é de 26 recuperandos, sendo 20 no regime fechado e seis no regime semiaberto”, destaca. A ideia é ampliar o método para outros locais do RN. De acordo com o vice-presidente, já existem grupos embrionários em Natal, Parelhas, Currais Novos, Mossoró e Açu, mas ainda existe dificuldade em sensibilizar o gestor público para que possa dar o apoio logístico necessário. Além do grupo, formado por voluntários que atuam na área administrativa/financeira, a
APAC possui funcionários remunerados – uma pessoa encarregada da disciplina e segurança e quatro inspetores de segurança. “Grupos religiosos católicos, evangélicos e espíritas dão apoio espiritual desenvolvendo atividades regulares de evangelização. Também contamos com o apoio de psicólogos, psiquiatras, terapeutas e professores”, afirma. O Tribunal de Justiça, através do Programa Novos Rumos na Execução Penal, grande responsável pela implantação da APAC no RN, presta um auxílio importante, principalmente na viabilização de convênios financeiros com as prefeituras. O Ministério Público também se mostra receptivo ao método, principalmente os membros que têm a oportunidade de conhecer ‘mais de perto’ a experiência”, afirmou Cleber. Além do alto índice de reintegração à sociedade, que chega a 90%, segundo dados do TJRN, o sistema de operação resulta em custos que são reduzidos a um terço do que é gasto atualmente no formato tradicional de detenção. A APAC do RN foi a primeira instalada no Nordeste. Depois de Macau, existem grupos embrionários em Natal, Parelhas, Currais Novos, Mossoró e Açu, mas é preciso sensibilizar o gestor público para que possa dar o apoio logístico necessário para a criação da APAC em determinado município. O Conselho Estadual de Direitos Humanos e Cidadania (COEDHUCI), entidade da qual Cleber Costa é membro, em uma de suas reuniões plenárias resolveu encampar a ideia colocando-a como uma das metas de sua atuação a ampliação da metodologia para as principais cidades do Rio Grande do Norte. As APACs são filiadas à Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC), fundada em São José dos Campos/SP, em 1995, sob a presidência do advogado e jornalista e Mário Ottoboni, hoje com sua sede em Itaúna/MG. É a entidade que congrega, orienta, fiscaliza e zela pela unidade e uniformidade das APACs do Brasil e assessora a aplicação do Método APAC no exterior. Está filiada à Prison Fellowship International – PFI, organização consultora da ONU para assuntos penitenciários.
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Artigo cedida
A nova Igreja de Francisco A cada dia o Papa Francisco surpreende o mundo, com posições lúcidas e de extrema habilidade no trato de temas controvertidos, que envolvem dogmas da Igreja. As mudanças de estilo foram percebidas desde a sua primeira aparição no balcão da Basílica. Na ocasião houve “choque” entre o Pontífice e seu o cerimonial. O Papa apareceu à multidão apenas com a batina branca, sem os demais itens exigidos pelo rígido protocolo do Vaticano. O jornalista Gerson Camarotti, no excelente livro “Segredos do Conclave”, recentemente lançado, descreve no estilo de repórter e escritor, detalhes do que acontece nos bastidores do Vaticano, sobretudo na eleição do atual Pontífice. Camarotti foi o único jornalista, que desde o início do processo de sucessão de Bento XVI, informava em suas matérias, que o cardeal Jorge Mario Bergoglio seria eleito papa. No seu primeiro documento oficial, o Papa Francisco se colocou a favor de profundas mudanças na Igreja Católica. Certos vaticanistas avançaram além do normal, chegando a admitir que reformulasse alguns dogmas. Os sinais são de que o Pontífice preservará, como não poderia deixar de ser, as verdades da fé, contidas na Bíblia e na tradição, por não se tratarem de novas invenções. Os alicerces do Pontificado de Francisco se resumiram em pontos essenciais, inseridos em sua exortação apostólica. O principal deles foi o desejo de abrir a Igreja, superar a burocracia do Vaticano, através de maior participação dos 14 | O PODER! Fevereiro/2014
bispos nas decisões centrais. Nota-se no Papa uma preocupação com a injustiça e a pregação constante da Doutrina Social da Igreja. Ele repete sempre que a Igreja não pode se calar, ao declarar que “vivemos numa economia que mata. Longe de mim propor um populismo irresponsável, mas a economia não pode mais receitar remédios que se tornam venenos”. Como previu Camarotti, em seu livro, o Papa Francisco pouco a pouco enfrenta temas delicados e de difícil condução, como a chamada “Caixa Preta” do Banco do Vaticano, quase falido. Observe-se que para destituir recentemente a direção do Banco, Francisco antecedeu a sua decisão de uma “ternurada” no chamado clero conservador ao condenar o aborto com rigor: “É horrível até mesmo pensar que há crianças, vítimas do aborto, que jamais verão a luz do dia”, disse ele num trecho do discurso, em que falou sobre os direitos da infância. Deu sinais de que não irá rever a condenação da Igreja ao aborto. Enfrentou o poderoso monsenhor Núnzio Scarano, acusado de lavagem de dinheiro e ex-contador de alto escalão no Vaticano, preso na última semana e acusado de evasão de divisas. O Papa não usou meias palavras para condenar as práticas ilícitas: “Faz mais barulho uma árvore que cai do que um bosque que cresce. Se ouvem os ruídos dos escândalos. Agora mesmo temos um. Escândalo de transferência de 10 ou 20 milhões de dólares de monsenhor. É preciso reconhecer que ele agiu mal, e a Igreja tem que dar a ele a punição que merece, pois
POR Ney Lopes
Jornalista, advogado, ex-deputado federal e professor de direito constitucional www.blogdoneylopes.com.br
agiu mal”, disse, em julho de 2013. Pacientemente, o Papa esperou o momento certo. Há poucos dias trocou quatro dos cinco nomes da comissão de cardeais que supervisiona o Banco do Vaticano. Um dos afastados é o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer. Outro é o cardeal italiano Tarcisio Bertone, secretário de Estado de Bento XVI e cuja gestão foi marcada por alguns dos maiores escândalos da História recente da Santa Sé. Os substitutos são homens cujas trajetórias de vida sacerdotal parecem estar próximas da orientação de uma Igreja mais aberta e menos apegada a intrigas. Dentre as mudanças, estão o endurecimento de penas para corrupção e crimes financeiros, colaboração com a Justiça italiana para investigar as irregularidades e auditorias internacionais para verificar as contas da Igreja. Confirma-se o tom de brincadeira do Pontífice, ao falar pela primeira vez no Vaticano: “parece que os colegas cardeais foram buscar o Papa no fim do mundo”, em uma referência à cidade de Ushuaia, na Argentina, – também conhecida como o Fim do Mundo - localizada na Ilha da Terra do Fogo. Ele realmente veio do fim do mundo para construir a nova Igreja de Francisco.
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INFIDELIDADE VIRTUAL Moda
Cores, formatos, modelos, conforto. É isso que toda mulher busca em uma das principais paixões femininas na hora de compor um look. Os sapatos estão fazendo história com a diversidade atual. Nas vitrines podemos apreciar uma infinidade de modelos que provoca muitas dúvidas na hora de escolher e comprar. No mês de março, Natal será a capital do sapato. Isto porque a cidade recebe a segunda edição da 40 Graus – Feira de Calçados e Acessórios. A mostra, que ocorre nos dias 11, 12 e 13 de março, no Centro de Convenções de Natal, será voltada ao lojista, que poderá conferir as novidades em calçados e acessórios de mais de 150 marcas, situadas nos nove polos calçadistas do Brasil. Com o objetivo de atender o público das regiões Norte e Nordeste do Brasil, a Merkator Feiras e Eventos e os sindicatos parceiros criaram a 40 Graus, que teve sua primeira edição em 2013. Nesta segunda edição da feira, serão 23 horas de funcionamento. Nos dias 11 e 12 de março, a feira ocorre das 10h às 18h, e no dia 13 no horário será das 10h às 17h. Turismo de eventos em alta na cidade Segundo o diretor da Merkator Feiras e Eventos, Frederico Pletsch, Natal foi escolhida por atender um dos principais pontos da filosofia da empresa, o turismo de negócios. “Estamos praticando a nossa filosofia de unir negócios e lazer e também de oportunizar ao calçadista a expansão de seus negócios nessas regiões, que estão apresentando crescimento significativo nos últimos anos”, afirma o empresário. A Merkator Feiras e Eventos também realiza outras duas feiras calçadistas: o Salão Internacional do Couro e do Calçado (SICC) e a Zero Grau – Feira de Calçados e Acessórios, em Gramado/RS. 16 | O PODER! Fevereiro/2014
Paixão feminina
Natal recebe feira de calçados e acessórios
Fotos: Arezzo, Piccadilly e Grendene
Para este ano, o evento aumenta em cerca de 20% em sua quantidade de expositores. Com isso, os lojistas que visitarem o Centro de Convenções de Natal terão ainda mais opções de modelos e linhas em calçados e acessórios. Serão mais de 30 novas indústrias que levarão suas marcas a 40 Graus, pensando nos mercados das regiões Norte e Nordeste. “Estamos registrando adesões de vários polos nacionais. O nosso mix estará bem diversificado”, ressalta Frederico Pletsch. Atualmente, as regiões Norte e Nordeste concentram uma população total de 60.642.415 habitantes, segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O Norte conta com 8,4% da população e o Nordeste, 27,8%. “Juntas, as duas regiões representam populações superiores à da maioria dos países da América Latina, por isso a importância de uma mobilização especial dos fabricantes para estar mais perto dos clientes e entender cada vez melhor a cultura regional”, diz. A expectativa dele é que o crescimento no número de expositores também se reflita no aumento de visitantes da feira. “É importante destacarmos que o evento não está crescendo apenas em números, mas em qualidade. Os novos expositores que estão chegando produzem calçados e acessórios de alto nível, e respondem por marcas conhecidas em todo o Brasil”, destaca. A 40 Graus também conta com o apoio dos sindicatos da indústria de calçados das cidades de Três Coroas, Igrejinha, Dois Irmãos, Estância Velha, Ivoti, Novo Hamburgo, Parobé e Sapiranga, localizadas nas regiões do Vale dos Sinos e do Vale do Paranhana, no Rio Grande do Sul, que integram um dos mais importantes polos calçadistas do Brasil.
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fotos : cedidas
Gastronomia
al n o i g e r r o b a s O o d o i p a no card o c a v u S Bar do A culinária brasileira tem muito de história e cultura, recheada com diversos temperos, ingredientes e elementos que deixam os pratos saborosos e com gostinho de “quero mais”. Comer é um ato social. Quer algo que agregue mais do que uma mesa farta? Se a comida vier harmonizada com a bebida apropriada, então, o momento torna-se ainda mais especial e prazeroso. Se falarmos sobre a gastronomia brasileira, listamos uma infinidade de pratos que muito representam esse enorme país. E se nos voltarmos à cozinha regional, lembramos sabores bem familiares. As práticas alimentares do brasileiro mesclam a influência do colonizador europeu, dos índios nativos e dos escravos africanos. Por isso, o Brasil possui uma gastronomia tão diversificada. A atual culinária regional brasileira é resultado da articulação entre ingredientes disponíveis, téc-
18 | O PODER! Fevereiro/2014 outubro/2013
nicas culinárias utilizadas no preparo e, principalmente, da criatividade de quem manipula os alimentos. O Nordeste, região de clima privilegiado, possui uma série de iguarias do mar como camarões, caranguejos, cavalas, lagostas, pescadas, ostras e sururus. A carne de sol é outra vedete da culinária nordestina. Alguns desses ingredientes são base na preparação dos pratos preferidos pelos clientes do Bar do Suvaco. O estabelecimento, que funciona em Nova Parnamirim e no Tirol, foi destaque na edição nº 18 da revista O Poder, quando contamos um pouco da história do bar e como surgiu o inusitado nome, que logo caiu no gosto do natalense. As especialidades da casa são o tradicional caranguejo, o camarão e a paçoca. Mesmo em endereços diferentes, o estilo, o cardápio e o atendimento permanecem os mesmos. Segundo Alberto Júnior, o proprietário do Bar
Proprietário, Alberto Oliveira do Nascimento
do Suvaco, a única diferença é que no Tirol foram incluídos três pratos, entre os quais a lagosta gratinada. Tanto em Nova Parnamirim como na rua Ângelo Varela, no Tirol, o estabelecimento conquistou os públicos A, B e C. A novidade para o primeiro semestre deste ano será a abertura do espaço VIP para os dias de jogos. Em um ano em que os apaixonados por futebol irão “respirar” Copa do Mundo, o bar certamente conquistará os torcedores que não perdem uma partida. Bar do Suvaco Tirol Terça a sábado – 11h à meia-noite Domingo – 11h às 18h Nova Parnamirim Terça a sexta – 14h à meia-noite Sábado e domingo – 11h às 20h
POR zenaide castro
Jornalista Profissional zenaide.castro@gmail.com
fernando chiriboga
Pelotão Schultz O Pelotão Schultz entrou em campo nos dias 11 e 12 de fevereiro, em Mossoró e Natal, respectivamente, trazendo para os agentes de viagem uma capacitação e mostrando as ferramentas utilizadas pela operadora, que tem sede em Curitiba/PR. Desde 2013 a Schultz vem ampliando a sua atuação na região Nordeste, firmando parcerias com algumas agências de viagem. As principais bandeiras da empresa são a valorização dos agentes de viagem e a luta travada contra as On-line Travel Agency (O.T.A.). No comando do WorkShultz estavam a Executiva de Contas do RN, Simone Lins, e o Gerente Regional Nordeste, Clístenes Silveira de Almeida.
Delícia de Burguer A Sanduicheria Gourmet Burguer, em Capim Macio, agora funciona todos os dias, das 18h à 01h. Além disso, a sanduicheria está em processo de expansão, com a abertura de franquias. A primeira em Mossoró já em fase de conclusão das obras, com previsão de inauguração até o final de março. A Gourmet Burguer se destaca pelos diferenciados lanches gourmet, com hambúrgueres artesanais e linhas de sanduiches com pão francês, lanches leves com wraps e saladas, menu degustação e ainda os sucos cremosos e sobremesas. No final de 2013, a casa também agregou ao cardápio outras novidades, como a linha de sanduiches gratinados - os Croques Mousieur. Parabéns ao empresário JOSÉ NEWTON NÓBREGA e o chef WELDER Albuquerque pelas novidades. www. gourmetburguer.com.br. Vale a pena provar essa delícia. Recanto Natureza A Fazendinha Recanto Natureza abrirá suas porteiras para os turistas que visitam Natal. O lançamento dessa nova opção para o turismo familiar ocorre no 5º Fórum de Turismo do RN, com a apresentação da proposta aos agentes de viagem e guias de turismo. A partir de março, todas às quartas-feiras, o espaço estará aberto aos turistas para day use, das 10h às 16h, com toda a estrutura de lazer (piscinas, campo de futebol, parque rústico, cama elástica, mini fazenda, casa de taipa), atividades recreativas e buffet regional. A Fazendinha Recanto Natureza está situada a apenas 20 minutos de Natal, na estrada de Macaíba, por trás, da estação de rádio da Marinha. www.fazendinharn.com.br. up! No dia 7 de fevereiro foi a realizada a entrega do primeiro up! vendido em Natal, pela Via Costeira VW. A procura pelo modelo está grande, segundo a concessionária. O up! é comercializado em quatro versões: take up!, move up!, high up! e a top: red, white e black up! . O modelo é vendido a partir de R$ 26.900,00. Quer conhecer os modelos? www.nacionalvw.com.br ou www. viacosteiravw.com.br.
Luz junior
divulgação
As Relíquias de Chiriboga Relíquias – Patrimônio Arquitetônico do Nordeste do Brasil é o novo livro-álbum do fotógrafo Fernando Chiriboga. A obra reúne mais de 250 páginas com fotografias de edificações seculares de nove estados da região Nordeste. Um verdadeiro testemunho da história do Brasil. Além das belas fotos, o livro possui textos em português e inglês Leila Maria Medeiros de Chiriboga, esposa do fotógrafo. Fevereiro/2014 O PODER! | 19
divulgação
O Poder dos Negócios
Artigo
AFINAL, O QUE É “O NOVO”, NA POLÍTICA? Muito se tem dito que as pessoas querem uma renovação não apenas de nomes, mas uma renovação política sincera, verdadeira, a partir da fidelidade ao conceito de República, que significa coisa pública, e não propriedade de poucos. Primeiro, o conceito de propriedade não cabe neste tema, porque a Nação, e muito menos o Estado, não podem ser entendidos como propriedade de ninguém, nem de muitos, nem de poucos, cabendo substituí-lo, no decorrer do assunto, pelo conceito de representatividade, para significar que algumas pessoas possam falar em nome de todos, pois por eles foram escolhidos para representá-los. Com um detalhe importan-
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tíssimo. A população como um todo, delega, logo de início, à maioria dos eleitores, a missão de escolher. Ou seja, os eleitores são os primeiros representantes do desejo do povo, apurado através da manifestação da maioria. E como ficam as minorias? Estas, podem se fazer representar através do voto proporcional, compondo assim um desenho, teoricamente, muito bom. Até porque o exercício do Poder vai ser exercido de forma interdependente e harmônica, através dos 03 (três) Poderes imaginados por Montesquieu. Este mesmo quadro, contudo, para funcionar sem proprietários do Poder, sem donos do Poder, deve ficar atento às exigências complementares da rotatividade
POR joanilson de paula rêgo Advogado
das lideranças, do rodízio do Poder e da alternância de pessoas nele investidas, como a única possibilidade real de renovação, de assunção do novo, de mudanças indispensáveis à sobrevivência. É preciso, contudo, atenção para o tipo e o ritmo das mudanças. Não se trata apenas de mudar por mudar, transformando as instituições e as pessoas em algo descartável. Não confundir a necessidade do pensamento novo, da atitude nova, das pessoas que ainda não exerceram mandato, com o desprezo por tudo aquilo que não é novidade, transformando a idéia do novo em superficialidades de modismos passageiros. Dom Pedro II, na visão do Ricardo Arnt, nos mostra que foram necessários quarenta e nove anos para que saíssemos do Império para a República, de uma forma consolidada, mesmo esta sofrendo ameaças de desestruturação, através das revoltas dos Farrapos, da Cabanagem, da Sabinada e da Balaiada. No Brasil, a dialética entre o velho e o novo, teve o seu contraponto nos Governos de Fernando Henrique e de Luiz Inácio Lula da Silva. E continua no Governo da Presidenta Dilma Roussef. Foram pontes, passagens. Precisamos, agora, prosseguirmos nos passos em direção ao novo. E no Rio Grande do Norte?
Social
A jornalista Elaine Vládia já movimentando a agenda da imprensa para mais uma edição do “Tô na Mídia”, evento que reúne os comunicadores e coleguinhas de redação para a sua ressaca de carnaval. A data vem sendo pensada com carinho para agregar o maior número de pessoas. Uma coisa é certa divulgação não vai faltar!
3 clicks fotografia
Colunista Social simonesilvarn1@uol.com.br
A sociedade potiguar testemunhou um casamento de sonho. Juliana Protásio e Luiz Carlos Barreto trocaram alianças na bela residência da Redinha, sob a Ponte Newton Navarro. Receberam nos jardins da mansão 350 convidados que ficaram deslumbrados com a décor do lugar, assinada por Luciano Almeida que mesclou o chique ao rústico numa feliz e rica harmonização.
CEDIDA
POR SIMONE SILVA
Idealizado pela empresária Anne Vieira e com produção de Paulo Capistrano, a primeira edição do Noivas e Eventos foi um mega sucesso. Ocorrido no Villa Hall, Via Costeira, reuniu profissionais de vários segmentos em mais de 40 stands e teve entrada gratuita. Os desfiles, sorteios e apresentações musicais atraíram muitas noivas que fecharam contrato lá mesmo com os prestadores de serviços, que ofereceram descontos especiais. Agora, Anne Vieira, que possui um buffet em Candelária, já se prepara para um novo evento.
Por falar em jornalista, o conde Toinho Silveira prepara um grupo para visitar os Emirados Árabes, sobretudo Dubai. A turma é formada em sua maioria por profissionais do segmento de eventos e alguns coleguinhas (incluindo essa colunista) com opções de viajar em duas datas: janeiro e março. A organização da excursão fica a cargo da ótima TerraBella Turismo, de Vanessa Gurgel. Nome forte da MPB, Oswaldo Montenegro volta a Natal no dia 29 de março, desta vez com show inédito da turnê “3x4”, que traz ao palco sua performance vocal com o seu talento como instrumentista. A apresentação será no Teatro Riachuelo, onde os ingressos já estão disponíveis.
O colunista do Seridó, o querido Carlos Magno Dantas reuniu em clima verde amarelo em torno de sua tradicional Feijoada da Amizade. Ao som da cantora Dodora e da banda do amigo Cardoso recebeu dezenas de personalidades numa tarde agradável no Felicitá, ocasião em que comemorou seu aniversário, 31 anos de colunismo e o lançamento do site.
Rihanna poderá se apresentar em Natal, na Arena das Dunas, durante a Copa. A cantora caribenha faria uma série de apresentações pelo país durante a competição esportiva, privilegiando as capitais com jogos. Será? Fevereiro/2014 O PODER! | 21
Fotos: cedidas
Dica de Viagem
POR Tarcisio Gurgel
Médico e Escritor
tarsousa@terra.com.br
CURITIBA
TURISMO ORGANIZACIONAL MODELO CURITIBA, Capital do Paraná, denominação proveniente do Guarani,, significa “Muito pinhão”. Tem sido destacada nos ultimos tempos pela qualidade de vida e eficiência turística, além da sua mobilidade urbana. Visitá-la ou revê-la sempre traz emoções e contentamento. Dispondo de uma rica rede hoteleira e de pousadas que agradam a todas as preferências de opções e tarifas, não é difícil entender as preferências por este
destino. Seu melhor impacto, indubitavelmente, é o seu verde, dotado de um índice cinco vezes maior por habitante, por dados recomendados pela OMS. Com destaque para o encantador Parque Tanguá, Passeio Público, Jardim Botânico - uma harmonia da natureza com a criatividade humana em termos de arquitetura e estrutura física. Pontos turisticos entre outros destacamos inúmeros como os Teatros Guaíra, Paiol, Ópera de
Arame, Rua 24 horas - um must para se conhecer, Torre Panorâmica, no Bairro das Merces. Tudo nessa cidade faz o seu perfil para não apenas seus habitantes, mas para turistas que, como eu, encontram nessa harmonia gente de várias partes do mundo, natureza, alegria, qualidade de serviços, tudo fazendo um encantamento para sempre voltar... e assim fiz....
A OUTRA HISTÓRIA DO MENSALÃO - As Contradições de um Julgamento Político Autor: Paulo Moreira Leite
Dica de Livro
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Por GEORGE CÂMARA - VEREADOR (PCdoB) Neste livro, o jornalista Paulo Moreira Leite, que foi diretor de Época e redator-chefe de Veja, entre outras publicações, ousa afirmar que o julgamento do chamado Mensalão foi contraditório, político e injusto, por ter feito condenações sem provas consistentes e sem obedecer à regra elementar do Direito, segundo a qual todos são inocentes até que se prove o contrário. Os acusados estavam condenados - por aquilo que Moreira Leite chama de opinião publicada, que expressa a visão de quem tem acesso aos meios de comunicação, para distinguir de opinião pública, que pertence a todos - antes do julgamento começar. Naquele que foi o mais midiático julgamento da história brasileira e, possivelmente, do mundo, os juízes foram vigiados pelo acompanhamento diário, on-line, de todos os seus atos no tribunal. Na sociedade do espetáculo, os juízes se digladiaram, se agrediram, se irritaram e até cochilaram aos olhos da multidão, como num reality show.
Fevereiro/2014 O PODER! | 23
Ăndice