Jornal da FMB nº 11

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Prof.Curcelli assumirá comando do HC Titular da única chapa inscrita para disputar a superintendência do hospital, professor Emílio Curcelli, atual diretor do Hospital Estadual Página 3 de Bauru (HEB), sucederá professor Antonio Rugolo Júnior à frente do Hospital das Clínicas/FMB/Unesp (HC).

Bibliotecas são pioneiras em identificação digital De forma pioneira, o campus da Unesp de Botucatu participa de um programa de identificação digital e unificação do sistema de usuários em suas bibliotecas. A iniciativa da universidade, em parceria com a empresa ID Computer, é possibilitar o empréstimo de livros em qualquer uma de suas 32 unidades com um único cadastro. As duas primeiras bibliotecas a receberem este sistema, que utiliza a biometria (iden-

tificação de usuários através da impressão digital) estão localizadas no câmpus de Rubião Júnior e da Faculdade de Ciências Agronômicas, na Fazenda Experimental do Lageado. Servidores da biblioteca de Rubião Júnior passaram por capacitação quanto ao funcionamento do sistema biométrico. Os equipamentos para biometria também foram instalados no Lageado. Página 5

Campanha Semana da rastreia Mulher alertou doença renal sobre saúde Página 8

Servidores das bibliotecas de Rubião Jr Jr.. e do Lageado passaram por capacitação F O T O G R A F I A AG/ C Â M P U S

Calouros são recebidos sem trote no campus

DE

BOTUCATU

Cerca de 130 novos alunos dos cursos de graduação de Medicina e Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) iniciaram oficialmente, dia 2 de março, sua rotina acadêmica. A recepção aos calouros aconteceu no salão nobre da FMB e prosseguiu durante toda a semana com atividades de integração. Dia 4 de março, os alunos participaram de um encontro no Teatro Municipal Camilo Fernandez Dinucci. Página 9

Vestibular da Unesp terá novas regras Página 2

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Pediatria tem novo espaço para atender seus bebês

FMB apta a ensinar nova cirurgia de catarata

A Unidade Neonatal do Hospital das Clínicas (HC), vinculado à Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), inaugurou, dia 9 de março, as novas instalações da UCI (Unidade de Cuidados Intensivos), destinada ao atendimento a crianças em recuperação após internação na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). O espaço conta inicialmente com 8 leitos, mas deve ser ampliado futuramente para 15. Página 10

A Medicina da FMB/Unesp está entre os sete cursos, do Brasil, credenciados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) para desenvolver a capacitação de seus médicos residentes através do projeto “Faco”, em parceria com um laboratório particular. Antônio Carlos Lottelli Rodrigues, professor do Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia é o responsável pelo projeto na instituição. Página 5

Ronald alegrou crianças da Oncologia, no HC. Página 12

E NTREVISTA

Deputado Milton Monti: duas décadas de apoio ao desenvolvimento da FMB Página s 6 e 7 Páginas

HC entre os melhores- Hospital das Clínicas foi um dos melhores 45 hospitais do Estado em pesquisa da Secretaria da Saúde. Evento realizado em São Paulo teve a presença do governador José Serra. Página 2


2 P REMIAÇÃO

U NIVERSIDADE

Unesp aprova mudanças e vestibular 2010 terá duas fases

HC/Unesp entre os melhores do Estado

A partir do Vestibular Unesp 2010, que será realizado em dezembro, o processo seletivo terá duas fases. A mudança foi aprovada no dia 19 de março, pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da instituição, reunido em Águas de Lindóia (SP). O Cepe decidiu, no entanto, alterar a proposta da Câmara Central de Graduação que previa as duas fases em dois dias. Assim, a primeira fase do Vestibular Unesp terá um dia; e a segunda, dois dias, totalizando três dias de exame. De característica eliminatória, a primeira fase será uma prova de Conhecimentos Gerais, com 90 questões de múltipla escolha, sendo 30 de cada área especificada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs): Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, que inclui conhecimentos de Língua Portuguesa e Literatura, Língua Inglesa, Educação Física e Arte. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias, que avalia conhecimentos de Biologia, Física, Química, Matemática; e Ciências Humanas e suas Tecnologias, que inclui elementos de História, Geografia e Filosofia. Serão convocados para a segunda fase os candidatos com as maiores notas em cada curso, à razão média de 4 a 6 por vaga. Esta fase será aplicada

O superintendente do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina de Botucatu/ Unesp (FMB), professor Antonio Rugolo Júnior, participou, na noite de sexta-feira, 6, da cerimônia de premiação dos “Melhores Hospitais do Estado”, organizada pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. O evento foi promovido no MASP (Museu de Artes de São Paulo), na capital. O HC ficou com a 24ª colocação entre os melhores do Estado, assim como ocorreu com o Hospital Estadual de Bauru, cujo diretor, professor Emílio Curcelli, também compareceu à solenidade. Através de uma pesquisa de satisfação feita com pacientes atendidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em 504 hospitais paulistas, foram escolhidos os 45 melhores, montado um ranking com os 10 primeiros colocados e também as cinco melhores maternidades. Mais de 60 mil pessoas responderam aos aproximadamente 1,5 milhão de questionários enviados pela Secretaria de Estado da Saúde. O governador do Estado de São Paulo, José Serra (PSDB) e o secretário de Estado de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata estiveram presentes. “Atender bem é obrigação, mas atender bem, com calor humano, é mais do que isso. Parabéns a todos os indicados. To-

FMB tem dois dos cursos mais concorridos no vestibular

As provas do vestibular para 2010 serão divididas em duas etapas em dois dias. No primeiro, a avaliação será composta de 12 questões discursivas de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias e 12, também discursivas, de Ciências Humanas e suas Tecnologias. No segundo dia, os candidatos farão uma prova com 12 questões discursivas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e uma

A verdadeira morte D RA . A MÉLIA T RINDADE O conceito de morte foi modificado ao longo da história da humanidade, desde algo misterioso até mesmo sublime. Porém a morte passou a ser importante no momento em que o primeiro homem primitivo enterrou um ente querido, a partir de então surge um sentimento novo: a saudade ou falta. Podemos até dizer que foi deste ponto que o homem passou a ser humano, a olhar para os outros como iguais, a constituírem um grupo. Assim o rito da morte foi se modificando ao longo da evolução da humanidade e isto observamos nos vários modos como os diversos povos cultuam este momento: alguns levam dias velando o corpo, outros envolvem os seus mortos com ornamentos especiais ou cremam em rituais especiais, outros festejam e outros choram. No nosso país de um modo geral a morte é um assunto "misterioso" que pouco se fala para não atrair "o pior", apesar de ser a única certeza que temos em vida. Muitos estudiosos ou curiosos ao longo da historia já se perguntaram, afinal quando é que uma pessoa pode ser considerada mor-

ta? Também esta resposta evoluiu junto com a ciência. Até a década de 40 do século XX, uma pessoa era dita como morta quando havia a parada cardíaca, mesmo nos países onde a decapitação era autorizada, o corpo só era liberado quando houvesse a parada cardíaca. Tudo era atribuído ao coração, principalmente as emoções, o que gerou várias expressões como: coração partido (decepção), coração grande (bondade), coração de pedra(insensível) etc. Como o evento das cirurgias cardíacas e com os avanços da neurologia foi se delineando o conhecimento sobre a verdadeira morte. Hoje uma pessoa para ser considerada morte tem que apresentar ausência de toda atividade encefálica, por tanto só se morre quando o encéfalo morre. Nesta situação nós temos duas condições de morte: morte encefálica com coração parado (a mais comum) e morte encefálica com coração batendo (mais rara), e que acontece porque o ser humano tem um marca-passo fisiológico que poderá manter o coração batendo, mesmo quando já se está morto. Para o diagnostico desta segunda condição é necessário realizar o protocolo de morte encefálica definido por resolução do CFM que cons-

Redação em Língua Portuguesa, gênero dissertativo. Cada um dos três dias de provas terá duração de 4h30. Segundo a professora Tânia Cristina Arantes Macedo de Azevedo, diretora acadêmica da Fundação Vunesp, responsável pelo exame, entre os objetivos a serem alcançados com as mudanças na seleção destacam-se o aprimoramento do processo, a conexão com o ensino médio e a ampliação da inclusão universitária preservando o princípio do mérito acadêmico. (Da Assessoria de Imprensa da Reitoria/Unesp)

artigo

ta de 02 exames clínicos e 01 exame complementar. As avaliações clinicas deverão ser realizadas por médicos que não pertençam a equipe de captação de órgãos e um dos médicos devera ser neurologista (clinico cirúrgico ou pediátrico). Deverão ser avaliadas algumas condições previas: o paciente não poderá estar usando medicações sedativas ou que atuem diretamente no SNC, hipernatremia >165mEq, hipotermia <33 C, e deverá ter a causa da morte definida. Atualmente o diagnostico de morte encefálica é muito falado devido a doação de órgãos e tecidos, porém ele deve ser realizado independe do paciente ser um doador ou não porque todos temos o direito de saber quando estamos vivos ou mortos.

Dra. Amélia T rindade é médica e coordenadora da OPO (Organização Trindade de Procura de Órgãos do Hospital das Clínicas/FMB/Unesp) MARÇO 2009

dos que estão aqui são vencedores”, enfatizou Barradas. Para o governador Serra, parte da avaliação feita pelos pacientes está relacionada ao acolhimento que receberam nos hospitais. “O acolhimento é crucial. Saúde tem que ter um atendimento 100%. Acredito que uma parcela da má avaliação é de pessoas que não foram atendidas pelo SUS e responderam ao questionário pelo que ouviram falar. Pessoas que têm um plano de saúde e foram atendidas no SUS devido a um acidente, por exemplo”, observou. Serra também avaliou que a qualidade das cirurgias do SUS é igual ou melhor que a da rede particular. “Os resultados desta pesquisa de satisfação são animadores”, frisou. O superintendente do HC, professor Antonio Rugolo Júnior, afirma ter ficado bastante satisfeito com a indicação do hospital entre os melhores do Estado. “Continuaremos investindo no atendimento humanizado e no acolhimento dos pacientes, o que hoje nos faz referência no Departamento Regional de Saúde de Bauru”, declarou. A listagem completa das melhores avaliadas pelo usuário do SUS pode ser acessada no site da Secretaria de Estado da Saúde (www.saude. sp. gov.br).

Secretário da Saúde, Dr Dr.. Barradas, frisou atuação hospitalar

Responsáveis pelo HC e HEB, professores Rugolo e Curcelli prestigiaram o evento que premiou os melhores hospuitais


3 MUDANÇAS

E LEIÇÃO

Prof Prof.. Curcelli é candidato único para Duas chapas concorrem a eleição do Hospital das Clínicas à diretoria clínica do HC Docentes, alunos e servidores técnico administrativos escolherão em abril o novo superintendente para o Hospital das Clínicas (HC), vinculado à Faculdade de Medicina de Botucatu. O pleito acontecerá nos dias 22 e 23 de abril e teve apenas uma única chapa inscrita. O professor do Departamento de Cirurgia e Ortopedia e atual diretor do Hospital Estadual Bauru, Emílio Curcelli deve ser o novo superintendente. A professora Irma de Godoy, do Departamento de Clínica Médica integra a chapa como vicesuperintendente. As inscrições para os interessados em concorrer ao cargo terminou no dia 13 de março. Curcelli e Irma substituirão os professores Antonio Rugolo Júnior e Celso Vieira S. Leite, atuais superintendente e vice, que não disputarão a reeleição. A consulta à comunidade acadêmica acontecerá no saguão em frente ao Serviço de Nutrição e Dietética. A apuração dos votos será dia 24 de abril, às 8h30, no anfiteatro da Patologia. A Comissão Eleitoral que coordenará todos os trâmites para a eleição foi definida, tendo à frente a professora Ione Morita, e deverá se reunir para tratar dos trâmites e cuidar dos detalhes referentes ao processo eleitoral. Terão direito a voto os docentes, incluindo pesquisadores e professores substitutos.

HC é um dos maiores hospitais de especialidades da região Do corpo discente, poderão votar alunos da 3ª a 6ª séries do curso de Medicina e do 2º ao 4º ano de Enfermagem, além dos médicos residentes e estagiários do curso de aprimoramento profissional. Também participarão o corpo técnico e administrativo da Faculdade de Medicina. As cédulas terão diferenci-

E LEIÇÃO

NO

HC

Período de Votação

De 22 a 23 de abril Das 12 às 24 horas Saguão do Depto Patologia Apuração Dia 24 às 8h30 Anfiteatro da Patologia

ação em cores (azul, amarelo e branco) dependendo da categoria que o eleitor pertence. Na apuração, o peso do voto está dividido em 70% para a manifestação dos docentes, enquanto corpo técnico e administrativo, além dos alunos representam 15% cada um, respectivamente. Professor Rugolo afirma deixar satisfeito o comando do maior hospital multiclínicas da região. “Saio de consciência tranqüila, pois fiz tudo o que estava ao meu alcance. Desejo sorte ao novo superintendente, muita força e que atinja seus objetivos”, afirma. O mandato da nova superintendência será de 9 de junho de 2009 a 19 de julho de 2011.

A PRIMORAMENTO

Com votação marcada para os dias 22 e 23 de abril, a eleição para a escolha da nova diretoria clínica do Hospital das Clínicas (HC), vinculado à Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) tem duas chapas concorrentes aos cargos, ocupados atualmente pelos doutores Sumaia Inaty Smaira e José Carlos Cristóvão, como diretor e vice, respectivamente. A direção clínica de um hospital, conforme determinação do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), constitui-se em uma representação médica dentro da própria instituição. Os doutores André Luís Balbi e Marcone Lima Sobreira encabeçam a chapa 1, concor-

rendo como diretor e vice. Já o atual vice-superintendente do HC, prof. Celso Vieira de Souza Leite é o postulante à diretoria clínica pela chapa 2, tendo como vice o prof. José Carlos Souza Trindade Filho. As urnas para o processo eletivo estarão instaladas no saguão do Departamento de Patologia, em frente ao Serviço de Nutrição e Dietética no HC das 8 às 20 horas. Médicos que exerçam a função de docentes, professores substitutos ou mesmo contratados e residentes têm direito a voto. A apuração está prevista para acontecer no dia 24 de abril a partir das 9 horas. A chapa eleita assume o mandato pelo período de três anos (2009/2011) a partir de junho.

CÂMPUS

GAC readequa rede elétrica O GAC (Grupo Administrativo do Campus) realiza, atualmente, a readequação de toda a rede elétrica de baixa e média tensão que abastece as unidades localizadas em Rubião Júnior. A obra, que teve início em janeiro deste ano, tem sido viabilizada através de recursos da Reitoria, que somam R$ 1,9 milhão. A previsão é de que os trabalhos sejam concluídos em maio. Segundo o diretor administrativo do GAC, Carlos Winckler, a adaptação da rede elétrica é uma conquista, já que o sistema antigo já estava ultra-

passado e não suportava mais o crescimento da demanda, resultando em constantes quedas de energia. “Com essas melhorias na rede primária, todas as unidades que compõem o campus serão beneficiadas”, avalia Winckler. Ao entrarem no campus os motoristas já podem observar à direita os novos postes que estão sendo colocados. Além disso, têm sido construídas cabines onde ficarão os transformadores novos. Os antigos serão trocados. Algumas instalações serão subterrâneas.

Enfermagem realiza oficina do Pró-Saúde II ordenadora do curso de Enfermagem e responsável pelo Pró-Saúde no curso de Enfermagem, professora Eliana Mara Braga. O início dos trabalhos foi acompanhado pelo secretário municipal de saúde, Dr. Carlos Alberto Macharelli e o diretor da Faculdade de Medicina, professor Sérgio Müller. Na oportunidade, o diretor frisou todo o trabalho de cooperação entre a universidade e o município, em busca da excelência no

atendimento em saúde. O Pró-Saúde é um programa conjunto dos Ministérios da Saúde e Educação, instituído em 2005 e que envolve 89 projetos de graduação em Enfermagem, Medicina, Odontologia, além de iniciativas das Secretarias Municipais da Saúde relacionados ao projeto. O objetivo é a aproximação entre a formação de graduação no País e as necessidades da atenção básica de saúde.

Cabine para os transformadores está em construção próximo aos caixas eletrônicos, alguns metros depois do V estiário Central Vestiário Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Reitor: Herman Jacobus Cornelis Voorwald Vice-reitor: Julio Cezar Durigan Faculdade de Medicina de Botucatu (www.fmb.unesp.br) Diretor: Sérgio Swain Müller Vice-diretora: Silvana Artioli Schellini Superintendente do HC: HC Antonio Rugolo Junior Vice-superintendente: Celso Vieira de Sousa Leite

DA

FMB

Presidente da Famesp: Pasqual Barreti Vice-presidente: Shoiti Kobayashi

J ORNAL

A Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), através do curso de graduação em Enfermagem, promoveu, dia 10 de março, a primeira oficina referente ao Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde II), do Ministério da Saúde. O encontro, realizado na Casa do Servidor, reuniu docentes, acadêmicos e representantes das Unidades Básicas de Saúde do município. A coordenação dos trabalhos foi do médico sanitarista e atual secretário da saúde de São Bernardo do Campo, Dr. Ademar Arthur Chioro dos Reis. Durante a oficina foram abordados tópicos do programa e os princípios básicos de sua organização, além do estabelecimento de metas do programa Pró-Saúde a ser realizado pela FMB na região. “Nosso foco principal é a integração da atenção básica do ensino com os serviços de saúde. Isso se torna necessário tendo em vista que pode haver benefício mútuo entre o ensino e a oferta de serviços de saúde”, explica a co-

Oficina teve a presença do secretário de saúde de SBC

O Jornal FMB é uma publicação mensal dirigida ao público interno da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp e das fundações, unidades médico-hospitalares e de pesquisas a ela vinculadas. Sugestões, comentários e colaborações devem ser encaminhadas à Assessoria de Comunicação e Imprensa da FMB/Unesp pelo endereço aci@fmb.unesp.br ou jornalmed@yahoo.com.br Assessoria de Comunicação e Imprensa- Leandro Rocha (MTB-50357) Reportagens: Flávio Fogueral (MTB- 34927) e Leandro Rocha (MTB-50357) Fotografia: Flávio Fogueral, Leandro Rocha, Fotografia AG e Arquivo ACI/FMB Diagramação: Flávio Fogueral Produção Editorial, Diagramação, Pré-impressão e Impressão: Diagrama – Comunicação, Gráfica e Editora Rua Curuzu 205A – Fone (14) 3815-5339 - Botucatu (SP)

MARÇO 2009


4 C OMANDO

agenda FMB 2 3/ 0 3/ 2 0 09 - SIMPÓSIO I SIMPÓSIO DE CARDIOLOGIA DE BOTUCAU: O CORAÇÃO DA CRIANÇA , O CORAÇÃO DO ADUL TO E O CORAÇAO DO IDOSO ADULTO IDOSO.. Local: Anfiteatro da Patologia Horário Horário: não divulgado 2 6/ 0 3/ 2 0 09- EVENTO NOITE DA SAÚDE MENTAL E SAÚDE DA MULHER Local: Anfiteatro da Patologia Horário Horário: não divulgado

Prof ane assume presidência da Prof.. V Vane Sociedade Brasileira de Anestesiologia

2 7/ 0 3/ 2 0 09- DEFESA DE TESE DANIELLA DE REZENDE DUARTE INFLUÊNCIA DO INIBIDOR DA ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA NA REMODELAÇÃO CARDÍACA INDUZIDA PELA EXPOSIÇÃO À FUMAÇA DO CIGARRO Local: Salão Nobre da Faculdade de Medicina Horário Horário: 8h30 3 0/ 0 3/ 2 0 09- EVENTO NOITE DE INGRESSO ÀS LIGAS DO CÂNCER, GERIATRIA E GERONTOLOGIA E PNEUMOLOGIA Local: Anfiteatro da Patologia Horário Horário: 19 horas 3 1/ 0 3/ 2 0 09- EVENTO NOITE DE INGRESSO DA LIGA DE MEDICINA INTENSIVA - LIGAMI Local: Anfiteatro da Patologia Horário Horário: 18 horas 0 1/ 0 4/ 2 0 09 - CAMP ANHA PA TONA DE SAL V AMENTO MARATONA SALV VIII MARA Local: Anfiteatro da Patologia Horário Horário: não divulgado 0 7/ 0 4/ 2 0 09 - CURSO IX CURSO DE PATOLOGIA OBSTÉTRICA - GESTAÇÃO NOS EXTREMOS DE IDADE, GESTAÇÃO E INFECÇÕES, ANALGESIA PARA P ARTO V AGINAL PARTO VAGINAL Local: Salão Nobre da FMB Horário Horário: não divulgado 0 7/ 0 4/ 2 0 09 - CAMP PA ANHA ANHA NACIONAL D A VOZ CAMPANHA DA CAMP Local: Centro de Saúde Escola Horário Horário: não divulgado 1 5/ 0 5/ 2 0 09- EVENTO -AL UNOS E AMIGOS D A FMB EX-AL -ALUNOS DA III ENCONTRO DE EX Local: Teatro Municipal Camilo Fernandez Dinucci- Botucatu Horário Horário: 21 horas 1 5/ 0 5/ 2 0 09 - SIMPÓSIO SIMPÓSIO NACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA OCULAR, VIAS LACRIMAIS E ÓRBITA Local: Salão Nobre da Faculdade de Medicina de Botucatu Horário Horário: 8 horas 1 6/ 0 5/ 2 0 09 - SIMPÓSIO 2º SIMPÓSIO DE NUTRIÇÃO EM NEFROLOGIA Local: Anfiteatro da Patologia da FMB Horário Horário: 7h30

Informações detalhadas no site www .fmb.unesp.br www.fmb.unesp.br

E VENTO

FMB promoverá encontro de ex -alunos ex-alunos Reencontrar amigos, recordar e reviver momentos que ficaram guardados para sempre nos anos de graduação. Com este espírito que a Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) realiza, nos dias 15 e 16 de maio, o 3° Encontro de Ex-alunos, alunos e amigos da FMB. O evento, que tem a coordenação da Associação dos Ex-Alunos (AexA), Associação Atlética Acadêmica Carlos Henrique Sampaio Almeida (AAACHSA) e do Centro Acadêmico Pirajá da Silva (CAPS), é uma oportunidade dos atuais graduandos e profissionais formados pela FMB reencontrarem professores, residentes e amigos. Segundo Haydée Sayuri Hirai,

SOBRE

A

da comissão organizadora, o encontro visa consolidar a relação entre todos que têm sua carreira profissional e acadêmica vinculada à FMB. “É uma forma de integrar todas as turmas com experiências e histórias vividas dentro da faculdade”, explica. Haydée ressalta que, na oportunidade, alguns pontos referentes à associação devem ser discutidos, como o estatuto vigente e também a realização da eleição para a diretoria da AexA. A programação do evento e as inscrições estarão disponíveis no site www. exalunos.fmb. unesp.br e informações podem ser obtidas através do e-mail exalunos @fmb.unesp.br ou pelo telefone (14) 3815-5618.

A EX A

A Associação de Ex-Alunos da Faculdade de Medicina de Botucatu foi criada em 2002 por acadêmicos integrantes do Departamento de Extensão da Atlética da Medicina e do Centro Acadêmico. A AexA tem como objetivo promover a integração entre os ex-alunos, alunos, docentes e residentes formados pela Faculdade de Medicina através de atividades diversas e também de órgãos informativos. O site da associação contém, entre informações sobre encontros e atividades, murais de recados e disponibiliza imagens cedidas pelos estudantes das 41 turmas de medicina formadas pela FMB. MARÇO 2009

Prof. José Luiz Gomes do Amaral, presidente da Associação Médica Brasileira, Prof ane e o diretor da FMB, Sérgio Müller Prof.. V Vane O professor titular e ex-diretor da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), Luiz Antonio Vane, assumiu, dia 10 de janeiro, a presidência da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). A posse ocorreu no Rio de Janeiro. Sua eleição aconteceu por unanimidade e o mandato será de um ano, sem a possibilidade de reeleição. Integrante da SBA há 32 anos, por pelo menos 25 o professor atua de forma direta na direção e gestão da entidade. Vane também foi presidente da Sociedade Paulista de Anestesiologia por dois mandatos, em 1991 e 1992. O professor ainda é diretor- presidente e diretor de convênios da

Fundação para o Desenvolvimento da Unesp (Fundunesp). A busca pela qualidade de atualização do profissional, a qualidade administrativa e de ensino estão entre as principais propostas do novo gestor da entidade. Segundo Vane, a qualificação dos associados deve acontecer por meio da instituição de cursos e fornecimento de material com aulas em CDs e DVDs, além de artigos de membros da SBA e livros

Prof ane integra a Prof.. V Vane SBA há 32 anos e terá mandato de 12 meses na entidade

distribuídos de forma gratuita. “Essa atualização deve acontecer por sistema de webaulas, nas quais os maiores especialistas em anestesiologia mostrarão as novidades na área. Os associados terão acesso através de um portal específico”, explica o novo presidente. Para Vane, o maior desafio a ser enfrentado no comando da entidade refere-se à defesa profissional do médico anestesiologista e a busca pela qualidade nas condições de trabalho. “A meta é fazer com que os profissionais formados tenham melhor qualidade em conhecimento e prática. Com isso, sua relação com a sociedade seja de maior responsabilidade”, frisa. Conforme explica o presidente, há 1500 médicos sendo especializados em anestesiologia em 85 Centros de Ensino e Treinamento no país. O presidente espera aumentar este número no decorrer do mandato. Atualmente, a Sociedade Brasileira de Anestesiologia é a terceira maior do mundo com mais de oito mil associados e espera-se ainda reforçar o intercâmbio e presença da entidade no exterior. “Temos um relacionamento excepcional com as outras sociedades no mundo todo. Nossa expectativa é nos tornarmos a segunda maior associação, atrás apenas da norte-americana”, finaliza Vane.

M EMÓRIA

Faculdade de Medicina será tema em documentário sobre a Unesp na TV Cultura Uma equipe da Fundação Padre Anchieta - TV Cultura esteve na Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) captando imagens e entrevistas para um documentário que contará a trajetória da Unesp (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. O material, com histórias de unidades instaladas em outros campus ainda não tem data de exibição pelo canal UNIVESP TV, criado através de uma parceria entre Unesp, USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e Governo do Estado de São Paulo. Na FMB, eles entrevistaram o docente do Departamento de Urologia e ex-reitor da Unesp, professor José Carlos de Souza Trindade, mas antes haviam falado com o professor Reinaldo Ayer. Para terem embasamento histórico sobre a antiga FCMBB (Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu), por intermédio da ACI (Assessoria de Comunicação e Imprensa) também conversaram

Historiadora Isaura Bretan concede entrevista com a historiadora Isaura Bretan. Os produtores do documentário filmaram o memorial da FMB com fotos antigas da FCMBB e outras mais recentes, da atual Faculdade de Medicina, inclusive de um ângulo aéreo. O mesmo foi feito com o painel do Anfiteatro da Patologia, mais conhecido como “Anfi da Pato”. A fachada do prédio do Hospital das Clínicas (HC), que também abriga, por enquanto, a ala administrativa da Faculdade de

Medicina de Botucatu ganhou destaque por ser o prédio mais antigo entre as unidades de Rubião Júnior. Para ilustrar como são realizadas as aulas práticas, também será exibido o funcionamento do Laboratório Experimental de Ginecologia e Obstetrícia. Mais informações sobre o canal UNIVESP podem ser encontradas no link: http://www. e n s i n o s u p e r i o r. s p . g o v. b r / portal.php/univesp


5 EDUCAÇÃO

Medicina é credenciada para ensinar nova cirurgia O curso de Medicina oferecido pela Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) está entre os sete, do Brasil, credenciados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) para desenvolver a capacitação de seus médicos residentes através do projeto “Faco”, em parceria com um laboratório particular. O programa ganhou destaque na edição de novembro/dezembro de 2008, do Informativo Jota Zero, do CBO. A iniciativa pretende difundir o ensino da facoemulsificação – procedimento cirúrgico que emite uma sonda de ultrassom, utilizado para a correção da catarata. Antônio Carlos Lottelli Rodrigues, professor-assistente doutor do Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia da FMB, é o responsável pelo projeto na instituição. A Faculdade de Medicina de Botucatu está entre as selecionadas, segundo ele, devido à presença constante de docentes ca- Prof. Antonio Rodrigues é o responsável pela implantação do projeto “Faco” na instituição pacitados no ensino e acompanhamento aos médicos reSINTOMAS DA CATARATA Apenas duas sidentes. “Antes, o procedimento da facoefaculdades, 1. borramento da visão; mulsificação era ensi2. sensibilidade aumentada à luz e ao ofuscamento, em SP SP,, oferecem nado apenas aos resiprincipalmente quanto exposto à luz solar ou dirigindo à noite; dentes do terceiro ano, cursos que tem o 3. miopização, o que leva à necessidade de trocar de óculos quando eles já têm com maior freqüência; ensino da “faco” mais habilidade, devi4. distorção ou imagens fantasmas. do à complexidade da operação. Mas, agora, através do O aparelho é oferecido às fachamado ensino de trás para fren- vai dos passos mais complexos, clara. “Os alunos realizam quate é possível que a técnica seja pas- que estão no início da cirurgia, de- tro vezes cada um dos cinco culdades credenciadas pelo CBO, sada já aos médicos residentes do crescendo até os mais simples, usa- passos, até completarem o pro- que firma parceria com um laboratório particular. A FMB já possui segundo ano, pois o treinamento dos no final do procedimento”, de- cesso”, completa.

um modelo do equipamento, mas deverá receber outro – através do convênio com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia - já que o procedimento será ensinado aos residentes do segundo ano e não mais apenas no terceiro. No Estado de São Paulo, apenas a Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA) e Universidade de Santo Amaro (UNISA) oferecem cursos que têm em seu currículo o ensino da “faco”. Avanço - Através da “faco”, o cirurgião faz uma abertura de aproximadamente três milímetros no olho do paciente. Com o facoemulsificador, quebra o núcleo do cristalino em vários pedaços e aspira o material. Em seguida, é colocada a lente, que entra dobrada no orifício e posteriormente retoma sua forma original. “A cirurgia é rápida e dura, em média, 20 minutos. A anestesia pode ser feita apenas com um colírio. A recuperação do paciente também é mais tranqüila”, esclarece prof. Antônio Carlos. Outra técnica utilizada para correção da catarata – e praticada há mais tempo – é a cirurgia extra-capsular, que, por ser menos complexa, é ensinada aos médicos no segundo ano de residência. Diferente da “faco”, esta técnica consiste em um corte de aproximadamente 12 milímetros e o núcleo cristalino é retirado inteiro. No local é colocada uma lente, mas a recuperação do paciente é mais demorada.

I NOVAÇÃO

Bibliotecas serão pioneiras pioneiras,, na Unesp, em identificação digital Biblioteca do Câmpus reúne um dos maiores acervos da região

Aluna realiza cadastro das impressões digitais para ser incluído no novo sistema De forma pioneira, o campus da Unesp de Botucatu participa de um programa de identificação digital e unificação do sistema de usuários em suas bibliotecas. A iniciativa da universidade, em parceria com a empresa ID Computer, é possibilitar o empréstimo de livros em qualquer uma de suas 32 unidades com um único cadastro. As duas primeiras bibliotecas a receberem este sistema, que utiliza a biometria (identificação de usuários através da impressão digital) estão localizadas no câmpus de Rubião Júnior e da Faculdade de Ciências Agronômicas, na Fazenda Experimental do Lageado. Ser-

vidores da biblioteca de Rubião Júnior têm passado, desde o dia 12 de março, por capacitação quanto ao funcionamento do sistema biométrico. Na semana seguinte, os equipamentos para biometria foram instalados no Lageado. A implantação deve passar por duas fases distintas. Coleta das digitais dos usuários e a capacitação dos servidores da biblioteca integram primeira etapa, que deve durar aproximadamente 15 dias. Prevista para acontecer em abril, a segunda fase envolverá a identificação dos usuários usando CPF ou a carteira de cadastro na biblioteca. Para a diretora da Biblioteca do

Campus em Rubião Júnior, Enilze de Souza Nogueira Volpato, este novo sistema permite a redução de custos e benefício para os usuários. “A facilidade principal é que o usuário deixa de usar o cartão de identificação. Isso acarreta a redução de custo na confecção de novas vias e oferece maior segurança e agilidade para quem retira seus livros”, declara. A diretora explica ainda que os dois sistemas de identificação (por meio da carteira de cadastro e por autenticação através das digitais) devem coexistir para evitar transtornos nesta fase de testes. Segundo explica a bibliotecária

Prestes a completar 45 anos de criação em 2009, a Biblioteca do Campus da Unesp, em Botucatu, concentra um dos maiores acervos da região. Reúne em suas instalações mais de 15 mil títulos de livros, 6 mil teses, 601 CD-Roms, 27 DVDs, 605 folhetos e 28 mil exemplares de livros. A biblioteca é responsável, entre suas atribuições, pela catalogação na fonte (para publicação local e te-

ses), consulta e empréstimo, comutação bibliográfica nacional e internacional, assessoria para publicações periódicas e monografias, entre outros serviços prestados. Os usuários também têm à disposição laboratório de digitação, serviço de fotocópias, editoração eletrônica e contam com amplo espaço para leitura e estudo. É freqüente também a realização de exposições artísticas em suas dependências.

da Coordenadoria Geral de Bibliotecas da Reitoria da Unesp e responsável pela implantação do sistema, Flávia Maria Bastos, a escolha de Botucatu para a fase inicial do projeto se deve à existência de duas bibliotecas distintas e separadas geograficamente. A intenção é verificar a eficácia e a integração dos bancos de dados responsáveis pelo armazenamento dos cadastros. “Com esse sistema, garantimos que qualquer aluno retire livros em nossas faculdades sem a necessidade de um novo cadastro”, explica. Atualmente, a Unesp conta com 150 mil usuários cadastrados em

suas bibliotecas. A intenção, completa a bibliotecária, é de que este novo método de identificação esteja em funcionamento no segundo semestre deste ano. Somente a Biblioteca do Campus de Rubião Júnior da Unesp concentra 4162 usuários ativos, sendo 2106 alunos de graduação das quatro unidades da universidade (Faculdades de Ciências Agronômicas, Medicina, Medicina Veterinária e Zootecnia e Instituto de Biociências). A expectativa, segundo Enilze, é que o local receba a inscrição de mais 1500 novos usuários este ano, em sua maioria decorrente dos novos alunos. MARÇO 2009


6 E NTREVISTA

A voz da região em Brasília Em seu terceiro mandato, o de pesquisa e de ampliação da deputado federal Milton Monti infra-estrutura da instituição. (PR) mantém estreitas relações Além disso, foi o responsável com as feaculdades que inte- pea liberação de recursos para gram o câmpus de Botucatu da readequação e ampliação do Unesp. Considerado um dos Hospital das Clínicas, um dos principais articuladores do go- mais importantes do interior do verno Lula na Câmara dos De- Estado. Um dos avanços mais putados, o parsignificativos foi lamentar represua atuação peEm entrevista, senta uma das rante o governo deputado federal federal para a forças políticas mais expressi- realça importância destinação de vas na região. recursos à consEleito prefeito da Unesp no Estado trução do novo de São Manuel, Pronto-Socorro em 1983, aos 21 anos, tornou- do HC e também do Ambulatóse o chefe de executivo mais rio de Especialidades. novo no país. Representou com O parlamentar declara que o isso, o início da renovação po- SUS (Sistema Ùnico de Saúde) lítica nacional. foi fundamental para a universaEntrevistado pelo Jornal da lização do atendimento na saúFMB, o deputado ressalta a de, mesmo com críticas. parceria vitoriosa com as instiAlguns de seus projetos de tuições de ensino superior do lei caracterizam-se pela preocumunicípio, entre elas a Facul- pação com a questão social. dade de Medicina de Botuca- Recentemente, Monti foi relator tu/Unesp (FMB) e sua luta pela do Projeto de Lei que 1023/95, liberação de verbas que torna- que prevê punições mais rígidas ram realidade diversos projetos quanto à prática de trotes vio-

lentos. O texto aprovado pela Câmara, em fevereiro, prevê que a instituição em que venha ocorrer trote violento deverá abrir processo disciplinar contra os estudantes responsáveis pelas agressões. Poderão ser aplicadas punições como multa de R$ 1 mil a R$ 20 mil, suspensão do aluno por um a seis meses e até expulsão da instituição de ensino. Essa última penalidade impedirá o aluno de

Jornal da FMB- Ao longo dos últimos anos o senhor nhor,, como parlamentar parlamentar,, foi um dos principais parceiros da Faculdade de Medicina. Como teve início essa relação? Milton Monti- Essa relação começou desde os tempos de prefeito de São Manuel, a partir de 1983. E se estreitou mais quando eu era deputado estadual. Junto com outros colegas da Assembleia, nós lideramos um movimento para o aumento da participação da faculdade no ICMS. Isso aconteceu na época do reitor Artur Macedo. No início dos anos 1990. Quando eu vim para Brasília, como deputado federal, inauguramos um relacionamento que não era usual: que foi a conquista de recursos para o Hospital das Clínicas de Botucatu. Também como coordenador da Bancada Paulista no Congresso Nacional, por vários anos nós ajudamos com recursos para o Hospital e para a área educacional, com verbas para melhorias dos campi da Unesp espalhados pelo Estado de São Paulo. Jornal da FMBÉ uma relação muito estreita e duradoura com a Unesp? Milton Monti- É MARÇO 2009

se matricular na mesma instituição pelo prazo de um ano. O texto aprovado segue para apreciação do Senado, mas representa um avanço na tentativa de inibir tal prática. Outra proposta faz com que escolas públicas e privadas incluam em seu currículo matérias relativas a drogas psicotrópicas e campanhas antidrogas durante o ano letivo. O projeto ainda está em análise

Eu me sinto em casa na Unesp e defendo sua importância e sua relevância

uma relação muito boa. Eu me sinto em casa na Unesp e defendo sua importância e sua relevância. Não só na questão dos serviços de saúde prestados especificamente no HC de Botucatu, com atendimento de primeiríssima qualidade, muito importante junto ao SUS, mas também na universidade como um todo. Porque a Unesp é um centro de excelência de ensino em várias áreas do conhecimento. Isso é uma característica muito especial. Como homem do interior paulista, eu vejo que a Unesp tem essa característica de estar presente por todo o interior do Estado. Jornal da FMB- Em sua opinião, qual foi a conquista mais representativa obtida através de seus esforços para a liberação de recursos federais para a FMB? Milton Monti- Eu citaria duas conquistas como mais marcantes: a construção do novo Pronto Socorro e o convênio para construir o novo ambulatório. São dois eventos importantes para melhorar o fluxo de pessoas e o atendimento na universidade e no Hospital das Clínicas.

pela Câmara. Monti ressalta a importância que a Unesp tem para a consolidação do ensino e da assistência no Estado. Diz que sua relação com a universidade é excepcional desde os tempos de prefeito de São Manuel e que se estreitaram ao longo dos anos. “A Unesp é um centro de excelência de ensino em várias áreas do conhecimento”, declara.

Jornal da FMB- A construção do novo Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas, que modernizará o atendimento de urgência e emergência na região de Botucatu, está em construção graças à sua articulação junto ao Ministério da Saúde. Como será para o senhor participar da inauguração deste empreendimento? Milton Monti- Eu me orgulho de participar desse processo, mas, ao mesmo tempo, tenho consciência da minha responsabilidade. Não poderia ser diferente. Reconheço a importância da FMB para nossa região, o atendimento às pessoas, na formação de novos médicos, na difusão do conhecimento e da pesquisa. Eu não poderia deixar de dar meu apoio a uma iniciativa dessa grandeza. Jornal da FMB- Como cidadão da região de Botucatu, o senhor conhece bem a realidade do atendimento público de saúde. Sob esse ponto de vista, que avaliação o senhor faz dos serviços prestados pela Faculdade de Medicina e seu Hospital das Clínicas? Milton Monti- São instituições que prestam serviços de grande relevância, especialmente para nossa macrorregião. São muitas cidades da região que, diariamente, encaminham pacientes para serem atendidos no HC. Inclusive, há um fluxo de ônibus, ambulâncias e de veículos diversos que faz parte do cotidiano da fa-


7 E NTREVISTA A recepção que era para integrar o aluno novato aos veteranos acaba sendo um instrumento de discriminação. Há casos extremos em que o trote sofrido acaba fazendo com que o estudante desista de frequentar aquela instituição. São aspectos em que a universidade pode contribuir muito. A legislação prevê que a direção não tem responsabilidade direta com a atitude das pessoas, mas tem responsabilidade de comunicar às autoridades competentes quando acontecem abusos. É preciso que a instituição esteja atenta a isso, porque, muitas vezes, a instituição deixa as coisas correrem um pouco soltas, sem dar importância ao que ocorre com seus estudantes. A lei prevê obrigação de a universidade comunicar eventuais excessos cometidos por alunos.

culdade. Porque as pessoas de toda a região acessam esse serviço de interesse público. Jornal da FMB- O senhor é contra ou a favor da autarquização do HC. Por quê? Milton Monti- Não conheço detalhes desse assunto. Eu tenho a impressão que é uma medida que contribui para a universidade, inclusive com a chegada de recursos novos, vindos diretamente da Secretaria da Saúde. Quero registrar que toda iniciativa que beneficie o HC e a FMB tem meu apoio. Jornal da FMB- Recentemente foi divulgado um artigo de sua autoria criticando a prática do trote nas universidades. Qual seria a maneira mais adequada de coibi-lo? Milton Monti- A minha opinião é que é preciso haver envolvimento verdadeiro de todas as direções das faculdades e universidades do País para dar recepção adequada aos novos calouros. Esse envolvimento é fundamental para que os abusos deixem de existir. Não acho que o abuso seja responsabilidade da direção da faculdade, mas o envolvimento da direção fará com que os alunos veteranos que exageram na dose tenham um freio e um comportamento mais adequado na recepção aos calouros. A lei que nós votamos na Câmara promove esse envolvimento. Pretendemos fazer com que aqueles que excedam os limites possam receber algum tipo de punição. A lei tem caráter educativo, mas, evidentemente, tem

“É preciso que haja

uma punição para quem ultrapasse os limites da boa convivência, do companheirismo e na recepção aos alunos novatos

que ter seu aspecto punitivo, sem o que a lei estaria fadada ao esquecimento. É preciso que haja uma punição para quem ultrapasse os limites da boa convivência, do companheirismo e na recepção aos alunos novatos. Jornal da FMB- A legislação, no formato em que foi aprovada pela Câmara, está próxima do adequado? Milton Monti- Acho que está bem próximo disso. A legislação não prevê criminalização porque as atitudes em excesso podem ser configuradas dentro da tipificação do Código Penal, que já prevê isso. O que a nova lei promoveu e privilegiou é o envolvimento da direção das instituições de ensino. Jornal da FMB- Como as universidades devem atuar para que o problema seja amenizado? Milton Monti- A universidade participa a partir do momento em que compartilhe com os veteranos a organização do recebimento dos calouros. A própria direção pode colaborar na apresentação das dependências da escola, na apresentação da sua história, na apresentação dos professores, em algum tipo de aula magna. Acredito que a direção da faculdade tem sues próprios instrumentos para atuar em conjunto com os veteranos para que a recepção ao calouro seja de integração e não de exclusão. O trote pode ter efeito contrário.

trote pode ter “Oefeito contrário.

A recepção que era para integrar o aluno novato aos veteranos acaba sendo um instrumento de discriminação

Jornal da FMB- O Hospital Amaral Carvalho, de Jaú, é outra instituição que recebe permanentemente seu apoio. Qual é seu compromisso com os pacientes portadores de câncer? Milton Monti- Veja que nosso trabalho contempla dois hospitais importantíssimos na região, o HC de Botucatu, que atende a todos os tipos de pacientes, e o Hospital do Câncer de Jaú, com tratamento direcionado ao câncer. Posso dizer que são duas instituições entre as mais importantes da nossa região, em termos de saúde pública. Entendo que temos que prestigia-las. O nosso compromisso com o Hospital Amaral Carvalho é o mesmo com o qual trabalhamos pela FMB. O trabalho em Jaú tem suas especificidades, porque precisa terminar o seu centro cirúrgico. Nós estamos trabalhando nisso há algum tempo, com a consciência de que é uma obra necessária para atender cada vez

melhor as pessoas. Por isso, temos trabalhado nessa questão e vamos continuar trabalhando. Repito, são duas instituições importantíssimas para toda a região. Jornal da FMB- Os serviços voltados à oncologia, no HC, também podem contar com seu empenho? Milton Monti- Sei que há um grande trabalho no HC voltado para a oncologia, mas que está muito afinado com o Hospital Amaral Carvalho, de Jaú. Estou pronto a receber as demandas do hospital, respeitando as prioridades que a própria direção do hospital nos aponta. Deixo registrado é que terão, da minha parte, sempre o apoio e a retaguarda necessários para encaminhar os pleitos junto ao Governo Federal, para que todos os investimentos feitos nestas instituições possam refletir em melhoria do atendimento à população. Sei que temos uma demanda imensa. Com todos esses investimentos, as pessoas podem se perguntar sobre dificuldades, filas, espera pelo atendimento. Imagine se esses investimentos não tivessem acontecido. A situação seria muito pior. A verdade é que, por serem instituições que atendem pelo SUS, têm demandas muito grandes. Nem sempre há disponibilidades física para que esse atendimento aconteça imediatamente. Nós temos que trabalhar para melhorar o serviço a cada dia. É isso que temos feito para oferecer à população um bom atendimento. Jornal da FMB- A crise econômica mundial pode prejudicar os investimentos do setor público, em especial as universidades, cujo orçamento depende da arrecadação do ICMS? Milton Monti- Haverá reflexo a partir do momento em que aconteça queda de arrecadação. As universidades recebem um percentual do que é arrecadado. Se cai a receita, cai o valor do repasse durante o ano. Embora vivendo uma crise de precedentes jamais vistos, tudo indica que a situação não será tão complicada no Brasil como em outras nações, até mais ricas. Há países desenvolvidos onde a crise tem efeitos muito piores do que aqui. Além disso, o governo tem tomado todas as medidas ao alcance, mantendo as obras do PAC, programando investimentos para habitação popular, programando investimentos em vários setores para manter a economia aquecida, para que as perdas decorrentes da crise econômica, especialmente no que diz respeito às perdas nas exportações dos nossos produtos, possam ser minimizadas com o consumo interno. Jornal da FMB- Qual é sua avaliação sobre a forma como as OSS (Organizações Sociais de Saúde) administram os hospitais, como ocorre entre a Famesp (Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar) e o Hospital das Clínicas da Faculdade de

M edicina da Unesp de Botucatu? Milton Monti- Vejo como uma fórmula inteligente, adequada e ágil. Ela deve ser aprimorada. Há casos em que se faz críticas à gestão dessas entidades privadas sem fins lucrativos, mas entendo que isso deva ser visto pelo ângulo de aprimorarmos a gestão. Não podemos, pura e simplesmente, descartarmos essas entidades que são um suporte importante para administração pública. Jornal da FMB- Em 2008, o Sistema Único de Saúde (SUS) celebrou duas décadas de existência. Em seu ponto de vista como parlamentar mentar,, quais foram os principais avanços e ainda os aspectos falhos que ocorreram nestes 20 anos de existência do SUS? Milton Monti- O SUS avançou muito. Surgiu da ideia de fazer com que a população do país inteiro tivesse acesso a um programa de saúde adequado. E veja que na previsão dessas circunstâncias todas, não foi feita previsão dos recursos necessários para fazer frente à essa nova realidade de atendimento médico. Por isso, o SUS tem deficiências no atendimento à população, mas é um programa fundamental, que avança a cada ano e que provou que devemos continuar perseguindo a possibilidade de aprimorar o sistema de atendimento ao cidadão. É um sistema que recebe críticas, mas é um modelo de atenção à saúde da população que não existe em muitos países do mundo, incluindo nações ricas e desenvolvidas. A população de muitos outros países não contam com um sistema de saúde tão abrangente quanto o nosso, embora eu acredite que ele possa ser aprimorado. Jornal da FMB- Os milhares de usuários do SUS atendidos pelo HC e também os alunos, servidores e docentes da FMB podem continuar contando com sua ajuda? Milton Monti- Não há dúvida: vão contar sempre com a minha ajuda. Vão continuar contando, porque nós já fizemos juntos muitas coisas boas e pretendemos continuar nesta parceria. É uma instituição importante para toda a região, estratégica na atenção á saúde da população paulista. Por isso, merece nosso total apoio. Vamos, também, neste trabalho, motivar todas as autoridades estaduais e federais para que tenham esse mesmo pensamento e vejam o que é uma realidade, a importância dessas instituições para a região e o estado de São Paulo.

Reconheço a im“portância da FMB para nossa região, o atendimento às pessoas, na formação de novos médicos, na difusão do conhecimento e da pesquisa MARÇO 2009


8 P REVENÇÃO

Campanha rastreia doença renal crônica em pacientes e servidores

Atendimentos aconteceram em diversos locais como HC e CSE

O UTRAS A TIVIDADES No Refeitório do HC da FMB houve divulgação do Dia Mundial do Rim e alerta sobre a DRC – voltada para médicos residentes e alunos. Foi exibido um filme com informações da SBN (Sociedade Brasileira de Nefrologia) sobre seu Projeto “Previna-se”. Na Unidade de Diálise houve rastreamento de DRC nos familiares de doentes renais, através de exames de glicemia, urina e creatina. Nos postos de saúde: Centro Saúde Escola (CSE), no Jardim Iolanda, Parque Marajoara e Vila Ferroviária, foi feito o rastreamento da DRC Doença Renal Crônica. Além disso, agentes de Saúde da Vigilância Epidemiológica visitaram 400 famílias para divulgar o material de prevenção da DRC produzido pela Sociedade Brasileira de Nefrologia.

Centenas de pessoas passaram por um rastreamento de DRC (Doença Renal Crônica) na entrada principal (boulevard) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu (FMB), quinta-feira, 12, quando foi comemorado o Dia Mundial do Rim. A mesma atividade, mas voltada aos servidores do HC e FMB, também foi promovida na Casa do Servidor (antigo vestiário central). Inicialmente, as pessoas respondiam a um questionário através do qual era possível detectar fatores de risco para a doença. Em seguida, passavam por exame de pressão arterial, IMC (Índice de Massa Corporal), taxa de açúcar no sangue e por fim eram avaliados por uma equipe médica. Aqueles que tinham dois ou mais fatores de risco eram submetidos a um diagnóstico mais detalhado – através de testes de glicemia, urina e creatina ou poderiam ser encaminhados

para um acompanhamento no posto de saúde. O resultado dos exames específicos será enviado pelo correio até a casa do paciente. Caso a avaliação inicial não recomendasse maiores cuidados, era feita apenas uma orientação.

Cerca de 40 pessoas foram envolvidas nas atividades Ao todo, cerca de 40 pessoas entre docentes, alunos da graduação e médicos contratados estiveram envolvidos nas atividades. Também participaram dos trabalhos enfermeiros (organizadores/coordenadores); auxiliares e técnicos de enfermagem; docentes; médicos contratados; alunos de medicina e de enfermagem (FMR);assistente social; psicólogas; nutricionistas. Usuários de várias cidades

da região passaram pelo rastreamento.O funcionário público Paulo Rogério F. dos Santos (35) veio de Avaré para passar por exames de rotina e optou por checar possíveis fatores de risco em seus rins. Ele conta que já teve uma complicação há alguns anos, por isso está receoso. “Antes de ter o problema nos rins eu não passava por exames periódicos, mas agora faço sempre. Essa iniciativa do pessoal do hospital é muito importante. Prevenção é fundamental em qualquer área, pois reduz gastos e muita dor”, diz. A doméstica Maria Ivaneti de Abreu (28) veio de Porangaba e também foi atendida pela equipe do Departamento de Nefrologia da FMB. Como sua mãe, devido a uma complicação nos rins perdeu os dois órgãos, ela diz ter achado recomendável passar pelo rastreamento e se prevenir. “Nunca tive problema, mas tenho medo. Essa é a oportunidade que tenho de fazer uma checagem”, destacou.

P REVENÇÃO

Prevenção e estética marcam Semana da Mulher na FMB Os cuidados com beleza e saúde serão os focos principais na semana em que ocorre o Dia Internacional da Mulher na Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB). De 9 a 13 de março, acontece na Casa do Servidor da FMB, a Semana da Mulher “Prevenindo para Viver”, que está em seu sétimo ano de realização. O evento alertou as servidoras da FMB, Hospital das Clínicas (HC) e empresas terceirizadas sobre a busca da qualidade de vida através dos cuidados com a saúde. A proServidoras tiveram oficina de maquiagem e estética gramação incluiu oficinas de maquiagem, cuidados com os abordou o tema “Saúde, sexu- carreira profissional. “A mulher, ao longo dos cabelos, além do ensino de alidade e vida profissional: dá técnicas de massagens para tempo?”. “O grande foco des- anos, tem uma série de ativiamenização da dor. Palestras ta semana foi a prevenção. dades que lhe toma um temsobre nutrição, prevenção de Através das oficinas pudemos po relativamente grande. Com lesões e cuidados com o cor- trabalhar e ensinar as mulhe- isso, ela deixa de se cuidar de po também integraram as ati- res a se cuidarem tanto na es- forma adequada, não somenvidades da Semana da Mu- tética quanto na saúde”, expli- te em estética, mas na própria ca Martha Ne- saúde. E existe uma necessilher. grisoli, psicóEvento alertou O encerraloga e analista O PORTUNIDADE mento do evenservidoras da técnica do to contou com necessidade dos Grupo Técnico desfile de modas, que aconte- cuidados em saúde de Desenvolvimento de Receu dia 13 de cursos Humamarço, no salão nobre da Em processo de instalaFMB. Na ocasião, servidores nos da FMB (GTDRH). ção, a Unidade de PesquiSegundo Martha, o cotidido HC e da FMB foram os mosa Clínica (UPECLIN) do delos que mostraram coleções ano dessas mulheres, que reHospital das Clínicas (HC) cedidas por empresas patro- presentam quase 70% do quada Faculdade de Medicina dro de funcionários da instituicinadoras do evento. de Botucatu/Unesp (FMB) No mesmo dia, a ONG (Or- ção, foi se alterando ao longo convida os profissionais com ganização Não-Governamen- dos anos, com exigências cada interesse em atuar em ensaios tal) Saber (Saúde, Amor, Bem- vez maiores como a conciliaclínicos conduzidos através da Estar e Responsabilidade) ção entre a vida familiar e a

Desfile de modas encerrou a Semana da Mulher dade desses cuidados para que ela tenha qualidade de vida”, finaliza Martha. A Semana da Mulher “Prevenindo para Viver ” t e m o apoio da Faculdade de Medicina de Botucatu, Hospital das Clínicas, Associação dos Servidores da

UPECLIN cadastra interessados em participar de ensaios clínicos

MARÇO 2009

unidade, a submeterem seus dados através de questionário eletrônico. O banco de currículos da UPECLIN será utilizado para referência e consulta pela unidade e oferece a possibilidade dos interessados em encaminhar suas propostas de

Unesp (ASU), Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp), Fundo Social dos Servidores da Faculdade de Medicina e HC (Fuss) e Ong Saber. Empresas do comércio local também colaboram com o evento.

trabalho terem um ambiente que propicie essa visibilidade. As informações devem ser cadastradas pelo site: h t t p : / / w w w. upeclin. fmb.unesp. br/curriculo/ index.php Os dados submetidos serão usados exclusivamente para fins de consulta e análise, não implicando em qualquer compromisso formal da instituição.


9 U NIVERSIDADE

Sem trotes, calouros foram recepcionados na FMB

Explanação da direção e atividades de integração marcaram a recepção aos calouros de Medicina e Enfermagem para o ano letivo de 2009

Cerca de 130 novos alunos dos cursos rante à sociedade”, ressaltou Müller. A proibição ao trote, regulamentada pela de graduação de Medicina e Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu/ lei estadual nº 10.545, de 20/12/1999, e pela Unesp (FMB) iniciaram oficialmente, dia 2 resolução Unesp nº 86, de 4/11/1999, foi amde março, sua rotina acadêmica. A recep- plamente abordada durante a recepção aos ção aos calouros aconteceu no salão no- calouros. O diretor frisou o empenho da insbre da FMB e prosseguiu durante toda a tituição em coibir estas atividades, sendo que a FMB conta, atualmente, com ações semana com atividades de integração. Como primeira atividade do ano letivo, para evitar os trotes. No período da tarde, os novos acadêmicos assistiram uma ex- os calouros conheceram as instalações e planação inicial do diretor, que abordou atividades do Centro Acadêmico Pirajá da sobre a história da FMB e da Unesp como Silva (CAPS) e da Associação Atlética Carum todo, ressaltando a inserção que a ins- los Henrique Sampaio Almeida (AAACHSA). Além de acompanharem o segundo dia tituição tem dentro da universidade e sua de aula no campus de responsabilidade perante a Rubião Júnior, os novos comunidade na qual está inAlunos foram alunos da Unesp, em esserida. Em sua saudação inialertados quanto pecial os graduandos em cial, Muller enfatizou a imMedicina e Enfermagem portância dos calouros para à proibição ainda tiveram mais ativia faculdade. “É um instante dos trotes dades de integração. em que a universidade se reA programação de nova”, declarou. O diretor aproveitou a oportunidade recepção aos calouros da FMB prossepara reforçar o crescimento da excelência guiu com a realização, dia 3 de março, do ensino, pesquisa e extensão oferecidos de um ‘trote cidadão’, em Botucatu. A pela faculdade e o alto índice de procura concentração dos acadêmicos acontepelos cursos nos vestibulares. O curso de ceu a partir das 14 horas no Largo da Medicina foi novamente o mais concorri- Catedral de Sant’Anna e os alunos realido em toda a Unesp, com mais de 10.400 zaram arrecadação de alimentos, materiinscritos para 90 vagas (média de 115,6 al escolar e de higiene pessoal. Dia 4 de março, os alunos participacandidatos/vaga). Já Enfermagem registrou novamente crescimento na procura ram de um encontro no Teatro Municipor vestibulandos ao ter mais de 690 can- pal Camilo Fernandez Dinucci, onde didatos para 30 vagas, com média (23,2 foram recepcionados por autoridades c/v). “São proporções altíssimas e os que municipais, junto com outros calouros ingressaram em nossos cursos fizeram por das demais faculdades que compõem mérito. É mais uma responsabilidade pe- o campus da Unesp em Botucatu.

A ÇÃO S OCIAL

CURSO

‘Sementinha’ distribui 900 mudas de árvores Ligas de Neurociências e Anestesiologia enfocaram Idealizado por servidoras do Hospital das Clínicas de Botucatu (HC/FMB/Unesp), o Projecuidados da dor em curso to Sementinha distribuiu 900 mudas de árvores em seis meses de realização. Pela proposta, mães atendidas pela maternidade do HC recebiam as plantas como forma de homenagem ao nascimento dos filhos, para cultivo nas residências. As mães também recebiam panfletos sobre o cultivo e cuidados com as plantas e informações referentes ao projeto. A espécie escolhida era a Pitangueira, que era fornecida pela Prefeitura Municipal de Botucatu (238 km de São Paulo), parceira da iniciativa que contou com o apoio da direção da Faculdade de Medicina de Botucatu. A iniciativa do ‘Sementinha’ foi da Unidade de Neonatal e Obstetrícia da maternidade do HC, vinculada ao Departamento de Pediatria da FMB, através das auxiliares de enfermagem Vanessa Aparecida Martins, Valquíria Rodrigues Machado, Regiane Aparecida Domingues e contou com a orientação da enfermeira Patrícia Kelly Silvestre. Conforme Vanessa, o projeto surgiu de uma iniciativa feita por um avô que, para homenagear o nascimento do neto, plantou uma árvore. A história chamou a atenção das idealizadoras que ressaltam o caráter ecológico e o incentivo do futuro cidadão quanto à preservação do meio-ambiente. “A partir da ideia de vincular o nascimento da criança com a natureza, pensamos em estender essa proposta para as futuras mães”, disse.

Projeto foi desenvolvido pela maternidade do HC. Vanessa Martins (detalhe) (detalhe),, uma das idealizadoras Apesar do projeto ter sido finalizado em novembro do ano passado, as responsáveis aguardam pela retomada da iniciativa devido à repercussão expressiva tanto pelo público atendido no hospital quanto da comunidade local. “A receptividade nos surpreendeu. Havia mães que viam os cartazes afixados na recepção do hospital e pediam para ganhar as mudas”, salienta a auxiliar de enfermagem. “Algumas mães, mesmo ao perderem a criança, pediam para que déssemos as plantas para que elas homenageassem o filho”, complementa Vanessa. O ‘Sementinha’ chamou a atenção do público externo. A Unimed Botucatu planeja adotar alguns pontos do projeto desenvolvido

pelo HC/FMB/Unesp, explica Aline do Nascimento Caitano, do Núcleo de Desenvolvimento Humano da cooperativa de planos médicos. A intenção é fazer o plantio em datas especiais e em local específico como forma de integrar as maternidades nos Hospitais das Clínicas, Sorocabana e Misericórdia Botucatuense. Segundo Aline, a iniciativa da cooperativa deve ser implantada ainda este ano. Outra cooperativa interessada pelo projeto foi a Unimed de Sorocaba, que obteve detalhes do projeto para uma possível implantação naquela cidade.

A Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) promoveu um Curso de Ingresso para as Ligas de Neurociências e Anestesiologia, Dor e Cuidados Paliativos. O curso aconteceu nos dias 18 e 19 de março, no Salão Nobre da instituição. O objetivo é integrar os acadêmicos em Medicina a temas relevantes da graduação. O evento contou incialmente com a apresentação da Liga de Anestesiologia, Dor e Cuidados Paliativos. Na seqüência, aconteceu a palestra “Mecanismos farmacológicos das principais síndromes neurológicas”, com a professora Mirtes Costa, do Instituto de Biociências/ Unesp. Já a docente da FMB, Norma Sueli Pinheiro Módolo abordou os aspectos relevantes e os tipos de anestesias. No dia 19, a temática do

SOBRE

AS

curso centrou-se na neurociência. Após a apresentação da Liga, o professor Guilherme de Barros (FMB) realizou a palestra “Escalada analgésica e principais afecções dolorosas”. Os instrumentos de avaliação neurocognitiva foi o tópico abordado pela profª Cristiane Lara Chiloff. Todos os cuidados referentes à terapia envolvendo a Herpes Zoster foi o tema da palestra do prof. Guilherme de Barros. A Herpes Zoster, popularmente conhecida como cobreiro, é uma doença caracterizada pela reativação do vírus da varicela e atinge principalmente adultos maiores de 50 anos. A pessoa com esta patologia apresenta mal-estar, dor nos nervos, febre, perda da sensibilidade, entre outros sintomas. Ocorre também a formação de lesões (bolhas) na área afetada.

L IGAS A CADÊMICAS

As Ligas Acadêmicas são entidades primordialmente estudantis, com foco no aprimoramento do conhecimento em temas específicos através de cursos, jornadas e congressos. Atualmente, a Faculdade de Medicina conta com 14 ligas acadêmicas. MARÇO 2009


10 M ELHORIAS

ENSINO

Novo espaço para atendimento a recém-nascidos Conforme explica a docenA Unidade Neonatal do Hospital das Clínicas (HC), vinculado te, o atendimento era realizado à Faculdade de Medicina de Bo- anteriormente no mesmo espatucatu/Unesp (FMB), inaugurou, ço da UCE (Unidade de Cuidadia 9 de março, as novas instala- dos Especiais), voltado para a ções da UCI (Unidade de Cuida- assistência em crianças nascidos Intensivos), destinada ao aten- das na maternidade do HC. Na solenidade de inauguradimento a crianças em recuperação após internação na UTI (Uni- ção estiveram presentes o superintendente do Hospital das dade de Terapia Intensiva). Clínicas e seu O espaço vice, professores conta inicialmente com 8 O espaço oferece Antônio Rugolo Júnior e Celso Vileitos, mas atendimento de Sousa Leite, deve ser ampliespecialidades a eira respectivamente; ado futuramente para 15. Ofe- crianças pré-maturas o chefe do Deparrece às criantamento de Pediças internadas e que aguardam atria, prof. Antonio Zuliani, além alta médica (em sua maioria da professora emérita da FMB, prematuros, com má formação Cleide Enoir Petean Trindade. congênita ou aquelas cujo par- Compareceram também responto teve complicações), atendi- sáveis pela unidade, além de mémento de especialidades como dicos e enfermeiros da Unidade fonoaudiologia, fisioterapia, of- Neonatal. Em sua explanação, o superintalmologia, terapia ocupaciotendente do HC, Antônio Rugolo nal e nutricionista. “Com essas especialidades, Júnior, frisou que a destinação de há uma abrangência maior no um espaço para a recuperação de tratamento da criança e isso fa- recém-nascidos, após a estadia vorece uma recuperação mais em uma UTI, possibilita um ateneficaz de nosso paciente”, ex- dimento mais humanizado. “É a plica a professora do Departa- consolidação de um espaço volmento de Pediatria e responsá- tado para a abordagem exclusiva vel pela UCI, Sáskia Fekete. desse paciente”, declarou.

Responsáveis pelo HC e Unidade Neonatal na inauguração

Espaço atende incialmente a 8 leitos, podendo ser ampliado

D OAÇÃO

Pronto-Socorro e Radioterapia recebem cadeiras de rodas

Primeira-Dama Rachel Cury e Patrícia Kelly Silvestre

R ECONHECIMENTO

Câmara de Botucatu homenageia campanha do Banco de Leite Na noite em que a Câmara Municipal de Botucatu esteve em festa, devido a comemoração ao Dia Internacional da Mulher, na segunda-feira, 9 de março os vereadores abriram espaço para a divulgação da campanha promovida pelo Banco de Leite Humano do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) em busca de novas doadoras. Foram convidadas para discursar sobre o assunto, a atual madrinha da iniciativa e primeira-dama de Botucatu, Raquel Cury e a enfermeira mestre, coordenadora do Banco de Leite do HC, Patrícia Kelly Silvestre. Raquel enfatizou sua satisfação em ter sido convidada para propagar a necessidade de as mulheres se tornarem doadoras de MARÇO 2009

leite materno. “A amamentação é um tema que gosto muito, até porque me tornei mãe”, observou a primeira-dama. Patrícia Kelly Silvestre, responsável técnica pelo Banco de Leite Humano do HC, destacou que o aleitamento materno precisa voltar a ser algo natural na vida das mulheres. Ela lembrou ainda, que quando a campanha teve início, em novembro de 2008, eram apenas 6 doadoras e hoje o número de mulheres que fornecem seu leite para outras crianças que precisam cresceu para 20. “Atendemos a uma extensa região, com 68 municípios. As doadoras de leite materno devem ser tão valorizadas quanto aqueles que doam sangue, um rim, um fígado”, citou a enfermeira.

Duas seções de grande atendimento ao público do Hospital das Clínicas de Botucatu, vinculado à Faculdade de Medicina/Unesp (FMB), recebeu dia 26 de fevereiro, a doação de treze cadeiras de rodas do grupo Sempre Viva. No total, onze cadeiras foram destinadas ao Pronto-Socorro e duas para a seção de Radioterapia do hospital. As aquisições foram provenientes das vendas realizadas, no ano passado, pela boutique que o Sempre Viva mantém no saguão de entrada do HC. Os equipamentos serão destinados para apoio no atendimento aos pacientes. “Em 2008 foram dezesseis cadeiras compradas através de recursos da boutique. Hoje fizemos a entrega de mais treze e pretendemos adquirir mais algumas no decorrer do ano”, declara professor Éder Trezza, coordenador do grupo. Segundo o coordenador do Sempre Viva, as doações visam suprir algumas necessidades que estes setores do hospital

passam, por agregar alto número de usuários. “Estes equipamentos são de suma importância para o hospital e têm uso frequente. Por isso precisam ser repostos com maior rapidez”, ressalta o coordenador. O Grupo Sempre Viva existe há mais de uma década e tem como objetivo fornecer apoio aos usuários do Hospital das Clínicas. Algumas das atividades do grupo referem-se a visitas a pacientes nas enfermarias, programas de lazer e serviços às pessoas. O trabalho é realizado por voluntários, vindos da comunidade local. Uma boutique, instalada desde 2006, proporciona a arrecadação de fundos para auxiliar nas atividades do grupo e na aquisição de equipamentos destinados aos mais diversos setores do hospital. Boa parte do material vendido foi confeccionada por voluntárias e através de doações. “A maior parte do que vendemos são para uso doméstico, bordados, enxovais para crianças, entre outros produtos”, complementa Trezza.

S EMPRE V IVA O Grupo Sempre Viva pode ser contatado através do telefone (14) 3882-1651 ou pelo e-mail etrezza@fmb.unesp.br. Também está disponível um endereço para correspondências através da Caixa Postal 535, CEP 18618970, Botucatu-SP. A boutique funciona de segunda à sexta-feira, das 8 às 11h30 e das 13h30 às 16h30.

FMB sedia curso sobre características e patologias em gestações A Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), através do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, promove entre os dias 7, 15, 22 e 28 de abril o IX Curso de Patologia Obstétrica. Voltado a alunos de Medicina e Enfermagem e profissionais da área da saúde, o evento abrangerá temas relevantes sobre os problemas mais comuns durante a gestação e trabalho de parto. É esperada a participação de mais de 200 pessoas para as palestras que devem contar com explanação de professores da Unesp e da Universidade de São Paulo (USP). Pela programação desta nona edição do curso, devem ser abordados, com início dia 7 de abril, tópicos referentes à gestação nos extremos de idade. A partir das 19 horas será focada a gravidez na adolescência e na sequência, a idade materna avançada passa a ser o assunto principal da palestra. A relação entre gestação e infecções deve permear as discussões no dia 15 de abril. As palestras abordarão os impactos da sífilis e do HIV na gestação. Este tema deve ser novamente apresentado na semana seguinte, com as características da toxoplasmose e os vários tipos de hepatite contraídos durante a gravidez. A analgesia (controle da dor) durante o trabalho de parto encerra o curso no dia 28. A partir das 19 horas serão debatidas as técnicas farmacológicas e não-farmacológicas para a redução do impacto e do sofrimento durante o parto. Segundo a professora Izildinha Maestá, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, a intenção do curso é divulgar o conhecimento sobre métodos, procedimentos e avanços que a área da obstetrícia tem obtido nos últimos anos. “Tais temas foram sugeridos durante as edições anteriores do curso e tendo em vista a necessidade de uma abordagem mais específica optamos por centrar nas características da gestação e parto”, explica. A coordenação do curso é dos professores José Carlos Peraçoli, Izildinha Maestá e Marcos Consonni e há o apoio da FMB, da Pró-Reitoria de Extensão Universitária/Unesp e da Associação de Obstetrícia do Estado de São Paulo (Sogesp). As inscrições podem ser realizadas nas próximas semanas no Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da FMB, em Rubião Júnior, ou através do site da instituição (www. fmb.unesp.br). Informações pelos telefones (14) 3811-6227 ou 3811-6090.


11 TÉCNICA

HC de Botucatu oferece tratamento de ponta para A VC AVC O Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) já é uma das poucas unidades no Estado de São Paulo especializadas no tratamento de pacientes com AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico e/ou isquêmico. O hospital atende atualmente a uma população de aproximadamente 5 milhões de habitantes, pertencentes a três departamentos regionais de saúde (Bauru, Marília e Presidente Prudente) com uma média diária de 2 a 3 pacientes com AVC. O AVC Isquêmico - obstrução de uma das artérias do cérebro - representa cerca de 80% das doenças vasculares cerebrais e oferece um tempo de até seis horas (janela terapêutica) para que o paciente receba atendimento médico, com chances de evitar seqüelas mais graves. Mesmo assim, o tratamento pode ser mais eficaz se houver rapidez na identificação dos sintomas e a vítima for levada a um pronto-socorro especializado, preferencialmente em até três horas após os primeiros sintomas. Em casos selecionados, é possível a realização da terapia endovenosa em até 4 horas e meia (injeção do rtPA por dentro da veia) com grandes chances de bons resultados. No entanto, na maioria dos casos, a partir de três horas do inicio do AVC, a medicação precisa ser feita de maneira intra-arterial (por dentro da artéria), através do cateterismo seletivo do vaso atingido. Ambos os procedimentos são conhecidos como trombólise e este último o HC/Unesp de Botucatu é um dos poucos hospitais do Brasil que reúne as condições ideais para a realização, já que dispõe de uma equipe

Professores Carlos Clayton e Rodrigo Bazan coordenam o atendimento de AVCs no HC multidisciplinar capacitada, com neurologistas, neurocirurgiões e neurocirurgião endovascular, radiologistas, pronto socorristas, cirurgiões vasculares, entre outros, que permanecem 24 horas de plantão. As equipes de Neurologia e Neurocirurgia do HC/Unesp têm à frente dos atendimentos as doenças cérebro vasculares os professores Carlos Clayton Macedo de Freitas e Rodrigo Basan, coordenadores do projeto AVC. Os neurologistas responsáveis por este setor estão vinculados à Sociedade Brasileira de Doenças Cérebrovasculares, que tem pleiteado, nos últimos anos, mais recursos junto ao Ministério da Saúde, para aprimorar o atendimento ao paciente com AVC isquêmico, criando as chamadas Unidades de AVC (Stroke Unit) e melhoria no atendimento pré -hospitalar no que se refere ao acidente vascular cerebral. Este trabalho, que foi iniciado há mais de 15 anos pela

D OAÇÃO

DE

No HC, o projeto AVC conta com apoio da superintendência, direção clínica, médicos residentes, contratados, docentes e também da direção do Pronto-Socorro Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, tem hoje junto ao Ministério da Saúde, o Projeto Rede Brasil AVC. Professor Rodrigo Bazan explica que o esclarecimento da população sobre esta doença, que representa a principal causa de morte no Brasil, com o reconhecimento dos sinais de alerta assume um papel importante no combate da mesma. “Utilizando os meios de comunicação é importante informar a população que sinais como: perda de força nos braços ou pernas, dificuldade diária de comunicação, paralisia facial, formigamento ou fortes dores de cabeça, são sinais de alerta que podem representar um acidente vascular cerebral

e deve ser de imediato avaliado por um médico”, esclarece. “0 AVC pode ser causado pressão alta, diabetes, doença cardíaca e taxas de tiglicérides e colesterol altas”, acrescenta. No que se refere ao tratamento das doenças vasculares hemorrágicas, que tem como principal causa o rompimento de uma das artérias do cérebro, o HC de Botucatu tem realizado, desde a sua fundação, o tratamento Neurocirúrgico através da microcirurgia. “A partir de 2007 iniciamos o tratamento endovascular desta mesma patologia, que consiste na oclusão do aneurisma cerebral através da aplicação de micromolas inseridas no interior do aneurisma, guiadas por radioscopia e não necessi-

tando da abertura do crânio. Esta nova terapêutica aplicada há anos em países do primeiro mundo, como França e Alemanha, é hoje disponível no Brasil, nos chamados centro de referencia em Neurocirurgia Endovascular, credenciados pelo SUS. Botucatu tem um dos quatro centros credenciados do interior paulista”, afirma professor Carlos Clayton. Também integram o projeto AVC no Hospital das Clínicas, o neurologista colaborador professor Alexandre Taborda e o neurocirurgião colaborador Gabriel Siqueira. Os professores Carlos Clayton e Rodrigo Bazan anunciam, ainda, que estão em negociações com o Departamento Regional de Saúde (DRS 6) de Bauru, Secretaria de Estado da Saúde e governo federal, para a criação de uma rede integrada para o tratamento do AVC compreendendo as maiores cidades da nossa região: Botucatu, Bauru, Avaré, Jaú e Lins. O HC continuaria sendo o centro de referência e os outros quatro receberiam apoio logístico para o atendimento dos casos de baixa e média complexidade. No Hospital das Clínicas, o projeto AVC conta com apoio fundamental da superintendência, direção clínica, médicos residentes, contratados, docentes e também da direção do Pronto-Socorro. Há, ainda, uma participação importante dos profissionais que atuam nas unidades de terapia intensiva, pois recebem os pacientes na fase aguda dó AVC. “Também vale lembrar que estamos estruturando uma sala de AVC em nosso hospital, que será aparelhada para melhor atender aos pacientes”, enfatiza professor Bazan.

Ó RGÃOS

Parceria em prol da conscientização Iniciativa conjunta da Organização de Procura de Órgãos e Tecidos do Hospital das Clínicas (OPO/ HC/FMB) e a Assessoria de Segurança da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) pretende conscientizar o público interno sobre doação de órgãos e tecidos. A ação consiste na distribuição de panfletos informativos sobre doação de órgãos aos usuários do HC. O material será entregue pelos novos controladores de acesso do hospital, uma vez ao mês, em locais estratégicos nas dependências do estebelecimento, conforme explica a coordenadora da OPO, Drª Amélia Trindade. Além disso, os controladores de acesso também deverão, futuramente, passar por capacita-

ção, através de palestras, sobre como proceder para fornecer informações sobre doações de órgãos. “Sempre tivemos a preocupação de fazer com que as campanhas realizadas em prol das doações tivessem também a abrangência com nosso público interno, incluindo os usuários do Hospital das Clínicas”, declarou a coordenadora. Ela frisa que esta parceria é apenas uma das propostas que a OPO pretende implantar durante o ano. Estão previstas diversas campanhas informativas e palestras com o objetivo de conscientizar os usuários do HC. “A intenção é desenvolver diversas ações educativas com nosso público interno e a distribuição dos panfletos mostra a integração das unidades que compõem o hospital”, ressaltou Drª Amélia. MARÇO 2009


CMYK

12 S OLIDARIEDADE

BAURU

McDia F eliz vai ajudar o HC Feliz O personagem Ronald McDonald, garoto propaganda do Instituto que leva o seu nome e destina recursos a crianças e adolescentes com câncer, visitou, dia 6 de março, os pacientes internados na Pediatria do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp. Durante sua presença na instituição, foi anunciado oficialmente que toda a renda obtida no McDia Feliz, em Botucatu – promovido pela rede de restaurantes McDonald’s – será revertida para a Casa de Apoio Oncológico Infantil, mantida pela Famesp (Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar). A entidade acolhe pacientes em tratamento no HC. Até 2008, o dinheiro arrecadado coma venda dos sanduíches Big Mac, descontados os impostos, era encaminhado para o Hospital Amaral Carvalho, de Jaú. Apenas o restaurante de Botucatu conseguiu R$ 18 mil. Somados às quantias enviadas pelos restaurantes de Jaú

HEB contribui com aumento de transplantes em São P aulo Paulo

e São Carlos, a cifra chegou a mais de R$ 100 mil, segundo o franqueado do McDonald’s de Botucatu, Paulo Nogueira. No dia 17 de dezembro, o superintendente do HC, professor Antonio Rugolo Júnior e a médica responsável pela Oncologia Pediátrica do hospital, Dra. Lied Pereira, além do franquiado da rede de restaurantes fast food em Botucatu, Paulo Nogueira, se reuniram com representantes do Instituto Ronald McDonald, quando foram sabatinados por aproximadamente duas horas O Instituto avalia um projeto elaborado pelo HC, que prevê ampliações e reformas na infra-estrutura do serviço de oncologia pediátrica do hospital. A expectativa pela liberação dos recursos é otimista.

Fotografia AG/ Câmpus de Botucatu

Ronald McDonald levou alegria às crianças atendidas pela Pediatria do HC/FMB

A Secretaria de Estado da Saúde informou que São Paulo fechou 2008 com o maior número de transplantes de órgãos e tecidos de sua história. No ano passado foram realizadas 7.683 cirurgias, resultado 26,7% superior ao registrado em 2007. Na média, houve 21 transplantes por dia, ou seja, quase um por hora. Do total de transplantes realizados pelos hospitais paulistas no ano passado, 1.485 foram de órgãos, dos quais 812 de rim, 430 de fígado, 122 de pâncreas, 74 de coração e 47 de pulmão. Além disso, houve 6.198 cirurgias de córneas, consideradas tecidos. O HEB contribuiu com esses números. Em 2008, o HEB fez 58 transplantes de córnea. Desde 2005, quando começaram os transplantes no Hospital Estadual, foram realizadas 115 cirurgias de córnea e no ano passado aconteceu o primeiro transplante de rim.

C ONQUISTA

HC é líder em transplantes renais no interior Em 2008, o Hospital das Clínicas, vinculado à Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) bateu o recorde em número de transplantes de rim ao ultrapassar 40 procedimentos cirúrgicos. A quantidade colocou o HC como a unidade pública de saúde que mais realizou este tipo de transplante no interior do Estado de São Paulo. Dados divulgados pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), indicam que o HC realizou um total de 48 transplantes, sendo 24 doadores vivos e 24 falecidos. Os números obtidos no ano passado fazem do HC uma referência no interior paulista. Em quantidades absolutas, a unidade vinculada à FMB fica atrás apenas da Unicamp (87 transplantes). Teve transplantes superiores aos realizados pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP (47) e Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (37). Em todo o país aconteceram 5373 transplantes de rim enquanto que em São Paulo foram 1501. Para a responsável pelos transplantes, Drª Maria Fernanda Carvalho, o aumento no número de cirurgias representa avanço em programas de conscientização sobre doação de órgãos. Além disso, frisa que o caso de Eloá MARÇO 2009

(jovem mantida refém por mais de 100 horas na Grande São Paulo e supostamente morta pelo ex-namorado em agosto de 2008) proporcionou outro meio de incentivo às doações pela repercussão e impacto que o fato teve na mídia. A maior alta de transplantes deu-se em casos de pessoas mortas, passando de 13 casos em 2007 para 24 no ano passado. Também foi contabilizado aumento nos casos de doadores falecidos. Foram quatro nos primeiros seis meses de 2008 ante 16 registrados no segundo semestre de 2008. O aumento tem surpreendido até os responsáveis pela coordenação dos transplantes no hospital. No dia 10 de setembro, por exemplo, o HC/FMB/Unesp realizou três procedimentos cirúrgicos para este tipo de transplante. “Pela primeira vez nesses mais de trinta anos do Hospital das Clínicas chegamos a fazer três transplantes de rim em um mesmo dia”, frisa. O HC também obteve resultados expressivos quanto à redução na espera por uma doação de rim. Enquanto em nível estadual uma pessoa leva em média 4 anos para receber um órgão novo; as pessoas cadastradas no hospital aguardam no máximo quatro meses. Atualmente, o cadastro técnico local conta com 300 pacientes.

Profa. Maria Fernanda atribui aumento de transplantes a campanhas de conscientização

A

LUTA POR UM TRANSPLANTE

Aguardar por um transplante pode significar uma luta demorada e na maioria das vezes dolorosa. Uma dessas histórias pode ser ilustrada pelo operador de máquinas Clodoaldo Pereira de Araújo, 30. Nascido na Bahia, ele descobriu há três anos que precisaria realizar um transplante de rim. Decidiu então mudar-se para Botucatu onde faria o procedimento cirúrgico. Seu irmão era o doador compatível da família e tinha aceitado fazer o transplante, mas, no dia da cirurgia, voltou para o Nordeste. Começou então o drama de Clodoaldo, que passou mais um ano na espera por um rim. No

início de novembro foi encontrado novamente um doador compatível e a cirurgia aconteceu no dia 10 daquele mês. Data esta que será marcada como um recomeço na vida do paciente. “É uma nova fase em minha vida, até por conta de tudo que aconteceu para que eu recebesse esse rim”, frisa. Para uma pessoa ser doadora em vida, é necessário que ela seja consangüínea até 4º grau do paciente (pai, mãe, irmãos, avós). A regulamentação da doação é feita através de uma lei que também estabelece que cônjuges podem ceder o rim.


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