Jornal da FMB nº 29

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FOTOS SEÇÃO DE FOTOGRAFIAS AG

Momentos inesquecíveis para as duas turmas graduadas: desde a entrega do diploma em Medicina à passagem da lâmpada em Enfermagem

Medicina e Enfermagem graduam novos profissionais Formaturas da 43ª turma de Medicina e da 19ª turma de Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp, realizadas em novembro, foram marcadas pela emoção e pelo sentimento de conquista tanto para os novos graduados quanto às famílias que se emocionaram com o momento de início de carreira profissional aos ex-alunos Páginas 5 e 6

Pacientes com AIDS podem ter diagnóstico precoce de doenças que afetam o coração

Avaliação em desenvolvimento pela Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp pretende detectar de maneira rápida e precoce, sintomas de doenças cardiovasculares em portadores do HIV. Pesquisa envolverá 450 pacientes até 2011. Página 12

Inaugurada unidade para atender AVC

FOTO FLÁVIO FOGUERAL

Missão do HCFMB será aumentar leitos Emílio Carlos Curcelli foi escolhido em 2009 como superintentendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp, um dos maiores e mais complexos hospitais do interior paulista. Foi um dos responsáveis pelas recentes reestruturações pelas quais a unidade tem passado nos últimos meses. No entanto, sua maior missão tem sido dar ênfase ao processo que transforma a unidade em uma nova autarquia, vinculada diretamente à Secretaria de Estado da Saúde. Página 7

FOTO FLÁVIO FOGUERAL

Curcelli: HCFMB deve alcançar novo nível de organização

Professor da FMB analisa diagnóstico em livro Página 2

Panfletos vêm sendo distribuídos a todos os usuários das unidades da Unesp, em Rubião Jr.

Iniciativas para incentivar segurança

Cinco mil panfletos com dicas de segurança estão sendo distribuídos, desde novembro, à comunidade interna do Campus da Unesp Rubião Júnior. Esse complexo compreende três unidades da universidade, além de sua Administração Geral. Página 10

Incinerador do campus será 100% limpo

Na manhã de 29 de outubro, a região de Botucatu deu um salto de qualidade no atendimento de pessoas vítimas de AVC (Acidente Vascular Cerebral). Foi inaugurada, no Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas, uma Unidade AVC. Foram destinados quatro leitos que oferecem a estrutura adequada para o tratamento de pacientes vindos de uma região com aproximadamente 5 milhões de habitantes. O AVC (Acidente Vascular Cerebral) é a primeira causa de morte e incapacidade no Brasil. No mundo, a cada seis segundos, alguém, independentemente da idade ou sexo, morre por causa de um AVC. Página 11 FOTO FLÁVIO FOGUERAL

Página 10

Estudo da FMB indica falta de capacitação em cuidadores Página 9

Estrutura que abrigará o novo forno incinerador do campus de Rubião Jr já está pronta


2 FACULDADE DE MEDICINA

O professor emérito da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), Álvaro Oscar Campana, lançou of icialmente, na tarde de 28 de outubro, o livro “Exame ClínicoSintomas e Sinais em Clínica Médica”. A publicação prevê, em sua proposta, se tornar um guia para o relacionamento médico/paciente e procedimentos atuais na formulação de hipóteses de diagnósticos. Com a colaboração de colegas dos departamentos de Clínica Médica, Cirurgia e Ortopedia e também Neurologia, Psicologia e Psiquiatria da própria FMB, a obra apresenta técnicas de anamnese (entrevista realizada pelo profissional de saúde com seu paciente, que tem a intenção de ser um ponto inicial no diagnóstico de uma

doença) e exame físico. Ao todo são onze capítulos relacionados com esse tipo de entrevista e o exame físico sistematizado de aparelhos e sistemas. Contando também com desenhos e fotografias coloridas, listas de perguntas relacionadas aos temas abordados. Ao f inal de cada capítulo, é possível que o leitor tenha um entendimento mais amplo do conteúdo apresentado. Para o autor, o livro pretende ser um auxílio a estudantes de Medicina e demais profissionais da saúde para a atualização da forma como se relacio-

O LIVRO PRETENDE SER UM AUXÍLIO A ESTUDANTES DE

MEDICINA E DEMAIS

PROFISSIONAIS DA SAÚDE

FOTO FLÁVIO FOGUERAL

Sintomas e Sinais no diagnóstico do paciente são colocados em análise por professor da FMB

Livro lançado por Campana tem proposta em se tornar um guia na relação médico/paciente nar com o paciente e também avanços nos conceitos de saúde, bem-estar e terapêutica. “Na Medicina atual, a parte de diagnóstico envolve uma série de exames, o que contribui para que o profissional tenha um caminho a seguir no cuidado do

COLABORAÇÃO

Professor emérito escreve capítulo de livro sobre História do Controle de Infecção Hospitalar

NOVEMBRO 2010

FOTO FLÁVIO FOGUERAL

ensino médico e de enfermagem. “A universidade tem o compromisso de produzir e transmitir o conhecimento. Livros como esse passam a servir como ferramentas importantes para a formação médica e científica”, concluiu.

agenda 01/12/2010 - DISSERTAÇÃO DE MESTRADO RODRIGO LEAL ALVES CORRELAÇÃO DE VARIÁVEIS METABÓLICAS DO PERIOPERATÓRIO COM COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS EM CIRURGIA CARDÍACA PEDIÁTRICA Programa: Anestesiologia Orientador: Profa. Dra. Norma Sueli Pinheiro Módolo Local: Sala 2 do Departamento de Anestesiologia Horário: 9 horas 01/12/2010 - EVENTO INFECÇÃO PELO HIV E AIDS: 30 ANOS DEPOIS, ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VAMOS? Local: Salão Nobre da FMB Horário: 8 horas Contato: elgui@patologiamolecular.net 02/12/2010 - EVENTO WORKSHOP - INDICADORES COM FOCO NA GESTÃO POR RESULTADOS Local: Salão Nobre da FMB Horário: não informado Contato: miriampaiva@fmb.unesp.br 06/12/2010 - DISSERTAÇÃO DE MESTRADO UDELYSSES JANETE VELTRINI FONZAR ANÁLISE PERCEPTIVO-AUDITIVA E ACÚSTICA DA VOZ EM CRIANÇAS DE 4 A 12 ANOS COM OBSTRUÇÃO NASAL CRÔNICA Programa: Bases Gerais da Cirurgia Orientador: Profa. Dra. Regina Helena Garcia Martins Local: Anfiteatro Marcello Fabiano de Franco - FM/Botucatu - Unesp Horário: 14H30

Capítulo escrito por Montelli trata do controle de infecção no HCFMB

SOBRE O LIVRO O tema, que desperta grande interesse, não só na classe médica, mas também dos demais profissionais da área de saúde e do público em geral, é abordado através de uma narrativa leve e quase romanceada. A autora revela fatos inéditos, até então desconhecidos da sociedade sobre a Infecção Hospitalar, cujo controle tem sido objeto de estudos históricos e estatísicos, com intenso movimento por parte de gestores em saúde hospitalar, pesquisadores, especialistas no comportamento dos agentes infecciosos e estudiosos dos setores de cuidados e prevenção.

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO

DE

F ACULDADE

DE

M EDICINA

DE

06/12/2010 - DISSERTAÇÃO DE MESTRADO ELAINE SILVA DE FREITAS PERCEPÇÕES DE PROFISSIONAIS QUE ATUAM EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA SOBRE A OCORRÊNCIA DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA Programa: Enfermagem Orientador: Profª. Drª. Heloisa Wey Berti Local: Sala 6 do Anexo H (vermelho) - Depto. de Enfermagem - FM/Botucatu - UNESP Horário: 10 horas 17/12/2010 - DEFESA DE TESE FABIO POÇAS ZAMBELLI O ISOFLURANO E A ASSOCIAÇÃO REMIFENTANIL E ISOFLURANO USADOS APÓS ISQUEMIA REPERFUSÃO CAUSAM PROTEÇÃO RENAL EM RATOS Programa: Anestesiologia Orientador: Prof. Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna Local: Sala 2 do Departamento de Anestesdiologia - FMB Horário: 9 horas

Informações detalhadas no site www.eventos.fmb.unesp

SUA OPINIÃO

MESQUITA FILHO”

Reitor: Herman Jacobus Cornelis Voorwald Vice-reitor: Julio Cezar Durigan

B OTUCATU

Diretor: Sérgio Swain Müller Vice-diretora: Silvana Artioli Schellini Superintendente do HC HC: Emílio Carlos Curcelli Vice-superintendente: Irma de Godoy

JORNAL DA FMB

O professor emérito da Faculdade de Medicina de Botucatu/ Unesp (FMB), Dr. Augusto Cézar Montelli escreveu, a convite da autora, Glória Maria Andrade, um dos capítulos do livro “História do Controle da Infecção Hospitalar no Brasil – Os últimos 20 anos de um século que não acabou ”. A publicação foi lançada em outubro deste ano e um exemplar foi doado, pelo professor Montelli, à Diretoria da FMB O capítulo escrito pelo professor emérito é o 7 e trata do “Histórico do Controle das Infecções Hospitalares no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu”. Faz referência a um exemplo de controle continuado no interior do País. Ao longo das 18 páginas escritas pelo docente da FMB, é retratada, entre outros aspectos, a persistência das equipes multiprofissionais que atuaram no controle das infecções hospitalares no HCFMB, aos quais prestou uma homenagem. Professor Montelli também deixa um recado aos colegas que iniciam sua caminhada, sugerindo que “façam o melhor possível nas condições que lhes são oferecidas, com o que terá cumprido sua tarefa consigo mesmo e com a sociedade”. Segundo o emérito da Faculdade de Medicina de Botucatu, o convite da autora do livro – que coordenou o Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) até 2002 - aconteceu poucos meses antes de sua aposentadoria. “Para mim foi uma honra ter escrito um capítulo desse livro, devido a importância do tema e também pela oportunidade de mostrar um pouco só que foi desenvolvido em nosso HC”. Destaca professor Montelli.

enfermo”, ressaltou prof. Campana, que também é presidente do Conselho Editorial da FMB. Já o diretor da FMB, prof. Sérgio Müller, frisou o compromisso da instituição em apoiar publicações de cunho científico voltadas ao aprimoramento do

Presidente da Famesp: Pasqual Barretti Vice-presidente: Shoiti Kobayasi

Todos os meses, os resultados das enquetes acessíveis no site da Faculdade de Medicina serão publicados no Jornal da FMB

O Jornal da FMB é uma publicação mensal dirigida ao público interno da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp e das fundações, unidades médicohospitalares e de pesquisas a ela vinculadas. Sugestões, comentários e colaborações devem ser encaminhadas à Assessoria de Comunicação e Imprensa da FMB/Unesp pelo endereço imprensa@fmb.unesp.br. Assessoria de Comunicação e Imprensa- Leandro Rocha (MTB-50357) Produção, editoração e impressão: G3 Gráfica & EditoraRua Jorge Barbosa de Barros, 163- Jardim Paraíso-Botucatu-SP Reportagens: Flávio Fogueral (MTB- 34927) Fotografia: Flávio Fogueral, Fotografia AG e Arquivo ACI/FMB

Participe também das enquetes acessando www.fmb.unesp.br


3 FACULDADE DE MEDICINA

Fundação UNI e Prefeitura de Botucatu inauguram Unidade de Saúde da Família no Real Park A parceria entre a Fundação UNI – ligada à Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) – e a Prefeitura Municipal, na gestão da Rede Básica de Saúde, alcançou, dia 5 de novembro, uma de suas principais metas. Foi inaugurada, no Jardim Continental, a Unidade de Saúde da Família (USF) do Jardim Real Park. O prédio alugado passou por reformas e adaptações para abrigar salas de espera, consultas, vacinas e demais atendimentos. O centro de saúde atenderá a uma população de 2.500 pessoas e contará com 6 agentes de saúde, 3 auxiliares de enfermagem, médico, auxiliar administrativo e auxiliar de limpeza. Fundação UNI e Prefeitura de Botucatu já anunciaram, para 2011, a construção de uma estrutura própria para abrigar o serviço naquela região da cidade. O terreno já foi adquirido no Jardim Continental. Através do contrato de gestão entre a Fundação UNI e o Executivo Municipal já foram contratadas 95 pessoas para atuarem nas unidades de Saúde da Família, passando de 210 para 305 funcionários em atividade. Dentro de poucos meses, outros 35 profissionais serão admitidos, por intermédio de concursos já realizados, para trabalharem no atendimento à população, totalizando um acréscimo de 130 pessoas. Dr. José Carlos Christovan, o Bazuka, direto-presidente da Fundação UNI, destaca que para

ATUALMENTE, HÁ 14 EQUIPES DE SAÚDE NA FAMÍLIA ATENDENDO EM BOTUCATU

FOTOS FLÁVIO FOGUERAL

Müller: promoção à saúde tem que estar próxima da população

2010 e 2011 está prevista a estruturação de 11 unidades de saúde em Botucatu. Serão investidos R$ 9,3 milhões, entre verbas federais e do próprio Município. Para Dr. Bazuka, a inauguração da USF do Real Park praticamente encerra de forma especial a primeira fase da cogestão entre Prefeitura e fundação. “Quando assumimos a cogestão da Rede Básica de Saúde, em 2009, havia nove equipes de Saúde da Família em funcionamento e outras duas que precisavam ser reestruturadas. Fizemos os ajustes necessários, implantamos outras duas em

áreas onde já havia alguma estrutura e agora inauguramos essa no Real Park, de cuja implantação cuidamos integralmente”, explicou o presidente da fundação, lembrando que nessa primeira fase os esforços estiveram voltados a reposição dos recursos humanos. Atualmente, há 14 equipes de Saúde na Família atendendo em Botucatu, mas a meta para 2011, segundo Dr. Bazuka, é chegar a 20 equipes, ou seja, cerca de 60% da necessidade total do Município (40 equipes). “As necessidades são grandes, por isso algumas vezes os resultados não são tão aparentes, mas já con-

INTERNACIONAL

O especialista em medicina esportiva e professor da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), Dr. Roberto Carlos Burini, integra uma delegação internacional que visita a India, em dezembro, para uma ação de promoção da saúde através da prática de exercícios físicos. Professor Burini foi o único profissional brasileiro convidado a fazer parte desse intercâmbio, juntamente com outros sete especialistas da American College of Sports Medicine, sediada nos Estados Unidos. A comitiva, através do Programa People to People, realizará um diagnóstico dos hábitos de vida da população indiana e das condições de sedentarismo. Essa investigação abrangerá adultos e crianças residentes tanto na zona rural quanto na urbana. “Deveremos avaliar a possibilidade de incentivar o hábito do exercício físico na prevenção e até no tratamento primário de doenças. A intenção é propor uma mudança no estilo de vida dos indianos”, declara professor Burini, que aproveitará a oportunidade para apresentar alguns projetos de extensão desenvolvidos na FMB, como o Mexa-se, por exemplo, que completará 20 anos de atividades em 2011. Serão visitadas as cidades de Dahi, Jaipur e Agra. Professor Burini parte dia 11 de dezembro e retorna dia 23.

FOTO FLÁVIO FOGUERAL

Prof. Burini vai à Índia disseminar o esporte na prevenção de doenças

Prof. Roberto Burini é coordenador do Cemenutri da FMB/Unesp

Dr. Bazuka anunciou a estruturação de 11 novas unidades de saúde

seguimos importantes avanços”, reforça o gestor da UNI. Professor Sérgio Müller, diretor da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp, disse entender que o modelo de gestão compartilhado entre a fundação e a Prefeitura tem sido favorável para o Município e a população. “Dentro de um curto ou médio prazo teremos um sistema de saúde de grande qualidade, um dos melhores do Estado de

São Paulo e até do Brasil”, previu. Para professor Müller, os ser viços de saúde, a exemplo da USF do Jardim Real Park, precisam estar próximos à população, realizando atendimentos e promovendo a prevenção. “Estamos bastante satisfeitos e temos a certeza de que construiremos muito mais nos próximos anos”, declarou. Até novembro de 2011 devem ser entregues os projetos de 6 unidades: Vitoriana, Santa Elisa, César Neto, Itamaraty, Comerciários e Cohab 4.

“Dentro de um curto ou médio prazo teremos um sistema de saúde de grande qualidade

Prof. Sérgio Müller, sobre a inauguração da nova unidade

COOPERAÇÃO

Unesp pode firmar parceria com instituição referência no tratamento de câncer O professor do Programa de Pós-Graduação em Bases Gerais da Cirurgia da Faculdade de Medicina de Botucatu/ Unesp (FMB), Alexandre Bakonyi Neto, viajou para Houston - Texas, em novembro, onde formalizou um intercâmbio com o M.D. Anderson Câncer Center - um dos maiores e mais respeitados centros de excelência no tratamento de câncer no mundo. A parceria segue as metas estabelecidas pela Pró-Reitoria de PósGraduação da Unesp. Serão discutidas propostas para realização de pesquisas conjuntas, participação em protocolos clínicos no tratamento de pacientes com câncer gastrointestinal e estabelecidas condições necessárias para o futuro envio de pós-graduandos para a realização de "Doutorados-Sanduíches". O objetivo é que sejam criados vínculos com grupos de pesquisa internacionais. Após a recomendação do Departamento de Cirurgia On-

cológica Gastrointestinal da Universidade do Texas, supervisionado pelo professor Jean N. Vauthey, professor Bakonyi deverá permanecer por dois meses nessa instituição. Convênios como esse já foram f irmados anteriormente pelo professor Bakonyi, com a Divisão de Transplantes Gastrointestinais da Universidade de MIami-EUA, quando realizou nessa organização seu Pós-Doutorado. O projeto gerou diversas publicações científicas em jornais e revistas de grande impacto na área de transplantes de intestino delgado - na qual o professor é um dos pioneiros das pesquisas no Brasil. Os resultados das pesquisas conjuntas entre a FMB/Unesp e a Divisão de Imunopatologia da Universidade de Miami foram apresentados recentemente no XI International Small Bowel Transplant Symposium, realizado em setembro de 2009, em Bologna, na Itália. NOVEMBRO 2010


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FACULDADE DE MEDICINA

FMB participa de aula sobre doenças gestacionais trofoblásticas na Venezuela Pós-graduandos em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) participaram, dias 27 e 28 de outubro, de um ciclo de aulas temáticas da disciplina bilíngue em “Doença Trofoblástica Gestacional nos Extremos da Idade Reprodutiva”. As atividades ocorreram em Caracas, Venezuela, e integram o intercâmbio colaborativo entre a FMB e a Universidade Central da Venezuela (UCV). O principal tema analisado durante a visita centrou-se em características demográficas, apresentação clínica e evolução das doenças trofoblásticas nos extremos da idade reprodutiva. Na ocasião, professores e alunos das duas universidades discutiram a incidência dessa patologia em mulheres nos extremos da idade reprodutiva (inferiores a 20 anos ou superiores a 40 anos). Participaram da disciplina os professores da FMB Izildinha Maestá e Antônio Braga, além dos mestrandos Renan Rocha Soares, Cecília Canêdo Freitas e Patrícia Rangel Sobral Dantas. Todos apresentaram trabalhos cujos temas eram: “É a adolescência fator de risco para o desenvolvimento de neoplasia trofoblástica gestacional pós-molar?”; “Gravidez Molar em adolescentes- Um estudo na América Latina, Brasil e Venezuela” e “Mola hidatiforme completa em mulheres com idade materna avançada”. Desde 2007 a disciplina de Doenças Trofoblásticas do Programa de Pós-Graduação em Gi-

FOTO DIVULGAÇÃO

Brasileiros e venezuelanos mantêm acordos de cooperação necologia, Obstetrícia e Mastologia da FMB mantém programa de colaboração mútua com a universidade venezuelana através de pesquisas conjuntas ou mesmo de atualização de seus alunos em cursos e palestras. A denominada “neoplasia trofoblástica gestacional” é uma doença rara da placenta humana, e caracterizada pelo elevado crescimento do trofoblasto, a principal célula da placenta. As causas da transformação maligna desse tecido ainda são desconhecidas, mas já há bastante conhecimento gerado sobre as técnicas para o diagnóstico e tratamento do mal. Segundo a professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da FMB, Izildinha Maestá, países em desenvolvimentocomo os casos de Brasil e Venezuela- apresentam significativa taxa de adolescentes grávidas, o que contribui para maior incidên-

cia de doenças relacionadas ao trofoblasto. Outro fator que se torna de risco é a tendência no adiamento da gravidez em boa parcela da população feminina. “Estudos nessa área são necessários para aprimorar o conhecimento de profissionais da saúde nessas doenças que ocorrem nos extremos da idade reprodutiva. As novas descobertas podem auxiliar o planejamento da assistência à saúde do crescente número de pacientes em tais grupos etários”, ressalta profª Izildinha, que analisou a visita à Universidade Central de Venezuela como produtiva para as futuras pesquisas em Doenças Trofoblásticas Gestacionais.

APRIMORAMENTO CONSISTIRÁ NO DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO VOLTADO À PNEUMOLOGIA

ENFERMAGEM

Capacitação de professores de Curso Técnico em Enfermagem forma sua primeira turma Alunos participantes da primeira turma do Curso de Formação Docente em Educação Profissional Técnica na área da Saúde encerraram, dia 11 de novembro, a capacitação com a apresentação formal de seus Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC). Tais atividades foram sediadas no Departamento de Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB). A capacitação foi promovida através de uma parceria entre a Escola Nacional de Saúde

Pública, vinculada à Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz) e também pela Fundação do Desenvolvimento AdministrativoFundap (órgão do governo do Estado de São Paulo). A FMB foi um dos sete pólos educacionais no interior paulista participantes da iniciativa. Ao todo, 45 professores de cursos técnicos em enfermagem do interior paulista participaram do curso e realizaram as apresentações dos trabalhos nas dependências do Departamento de Enfermagem da FMB. Com FOTO FLÁVIO FOGUERAL

Ao todo, 45 professores de cursos técnicos realizaram as apresentações NOVEMBRO 2010

duração de dez meses, as atividades realizadas em sistema de ensino à distância e encontros presenciais centraram-se na formação pedagógica dos professores em temas que abordavam a relação entre trabalho, saúde e educação; além dos processos de trabalho em saúde e sua inserção com o SUS (Sistema Único de Saúde). Segundo professora Maria de Lourdes Ferreira, coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Apoio Docente (NIAD), do Departamento de Enfermagem da FMB, a capacitação consistiu em 540 horas/aula em que os participantes serão difusores de novos conceitos de atuação profissional dentro do Sistema Único de Saúde. “São os profissionais formados por nossos professores que atuarão diretamente com os pacientes contemplados pelo SUS. Procuramos com essas capacitações melhorar a assistência dentro do sistema público de saúde”, ressaltou. Foram tutores do curso, nesse primeiro momento, os professores da FMB/Unesp, Vânia Moreno, Jairo Ayres, Lin Chau Jong e Maria de Lourdes Ferreira.

À DISTÂNCIA

Telemedicina: FMB participa de homologação de núcleo A Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), que integra a Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), participou, em outubro, da homologação dos Núcleos de Telemedicina e de Telessaúde da Universidade Federal de Brasília (UNB). Em breve, será assinado contrato para inauguração, na faculdade, de seu próprio núcleo de telemedicina, com suporte técnico do Núcleo de Ensino a Distância e Tecnologias de Informação em Saúde (NEAD.TIS). O objetivo dos núcleos de telemedicina é integrar as ati-

vidades realizadas em diferentes regiões do Brasil vinculadas ao Ministério da Ciência e Tecnologia, para promoção do uso da tecnologia da informação na assistência, educação e pesquisa em saúde.Há, no País, 132 instituições membros. Atualmente, há 37 hospitais universitários vinculados à RUTE e em 2010 a expectativa é que sejam 57 em todos os estados brasileiros. O coordenador do Núcleo de Telemedicina da FMB é o professor do Departamento de Dermatologia e Radioterapia Dr. Hélio Miot.

SOBRE A RUTE A Rede Universitária de Telemedicina é uma iniciativa que visa a apoiar o aprimoramento da infraestrutura para telemedicina já existente em hospitais universitários, bem como promover a integração de projetos entre as instituições participantes. A Rute é uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia, apoiada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pela Associação Brasileira de Hospitais Universitários (Abrahue), sob a coordenação da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).

EVENTO

Congresso Regional de Histotecnologia reúne centenas de especialistas A Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) recebeu, entre 13 e 15 de novembro, o Congresso Regional de Histotecnologia, que reuniu especialistas e profissionais das áreas médicas e biológicas para atualização na área. O evento, que contou com centenas de pessoas, teve apoio da Sociedade Brasileira de Histotecnologia (SBH). Através de palestras e minicursos, os participantes tiveram oportunidade de obter atualizações quanto aos avanços em patologia molecular, imunoistoquímica, reciclagem e treinamento de profissionais, monitoramento ambiental em serviços de saúde, entre outros. Os mini-cursos, que aconteceram no dia 13, ocorreram nos Laboratórios do Departamento

de Morfologia do Instituto de Biociências da Unesp, no campus de Rubião Júnior, em Botucatu. Já as palestras ocorreram no Salão Nobre da FMB, dias 14 e 15, sempre a partir das 8 horas. Também houve apresentação de trabalhos científicos com temática técnica em morfologia humana, animal ou vegetal. A Histotecnologia refere-se à tecnologia aplicada ao estudo da estrutura microscópica de tecidos e órgãos. “O Congresso Regiopnal de Histotecnologia que ocorreu em Botucatu, foi importante oportunidade de atualização na àrea, bem como a chance de profissionais e pesquisadores em troca de experiências”, ressaltou Vítor Marcos de Souza, coordenador do Congresso. FOTO DIVULGAÇÃO

Prof. Antônio Carlos Cicogna discursa na abertura oficial do congresso


5 FACULDADE DE MEDICINA FOTOS SEÇÃO DE FOTOGRAFIAS AG

Sessão solene de formatura da 43 turma de médicos da FMB foi marcada pela emoção. Desde o discurso do orador da turma, Henrique Penatti, às palavras do patrono José Carlos Peraçoli e a paraninfa Joelma Martins, todos ressaltaram os momentos de vivência e os desafios que os novos graduados vivenciarão

Em evento solene, FMB chega à sua 43ª turma de médicos sença de toda a Congregação da FMB, além do prefeito de Botucatu, João Cury Neto (PSDB) e do vereador Benedito José Gamito (PT), na ocasião representando a Câmara Municipal local. As demais unidades da Unesp, em Botucatu (FCA, IBB e FMVZ) tambem fizeramse presentes com seus respectivos diretores. Com apresentação da Orquestra Filarmônica “Triunfal”, os noventa novos médicos graduados pela faculdade Para o diretor da FMB, Sérgio Müller, o momento representou a renovação da tradição da universidade, que é de devolver à sociedade profissionais capacitados e engajados com a assistência e o bem-estar ao paciente. O legado que todos esses alunos deixa é o que motiva a nossa faculdade”, ressaltou em seu discurso. Prof. Müller também frisou os investimentos que a FMB tem realizado em sua estrutura de ensino e o incentivo à pesquisa e atividades

Torcida familiar pelos novos médicos Em várias partes do ginásio da FCA, era possível ver as pequenas, mas bem animadas ‘torcidas’ pelos formandos. Faixas, cartazes e camisetas personalizadas deram o tom à solenidade de colação de grau aos novos médicos graduados pela FMB. Um dos casos é da família da formanda Kátia Higa. Com os pais também formados em Medicina, a escolha pela carreira veio do berço. “É a concretização de um sonho. Como pais, que optamos pela Medicina, e vermos uma filha seguir também essa vocação é uma emoção muito grande a todos”, declarou Rita Higa, mãe da formada. Para a nova médica, que pretende se especializar em dermatologia, uma das características da 43ª turma foi a união entre os alunos, o que proporcionou melhor clima para o aprendizado. “Também tínhamos um contato direto com os professores, o que facilitou ainda mais nosso ensino”, disse.

de extensão. Esses avanços refletem na procura cada vez mais acirrada nos processos seletivos de ingresso. Novamente o curso de Medicina foi o mais procurado no vestibular da Unesp, com relação de 130 candidatos por vaga. Em sua mensagem final, o diretor engajou os novos médicos a seguirem estritamente o compromisso com a ética profissional. “A Medicina tem mudado muito e rapidamente. Seu exercício é cercado de problemas como condições precárias de trabalho e isso faz com que vocês, médicos, mantenham a ética. O que interessa é o paciente e o bem-estar dele. Esse é o alicerce do exercício da Medi-

MOMENTO REPRESENTOU A RENOVAÇÃO DA TRADIÇÃO DA UNIVERSIDADE, DE

DEVOLVER À SOCIEDADE PROFISSIONAIS CAPACITADOS

FOTOS FLÁVIO FOGUERAL

A Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) graduou, dia 12 de novembro, sua 43ª turma de médicos. Realizada no ginásio da FCA (Faculdade de Ciências Agronômicas), no campus do Lageado, a solenidade representou a concretização de um sonho não só dos noventa novos médicos graduados, mas também de professores e familiares presentes. A programação de formatura teve início pela manhã o descerramento de placa no corredor central do Hospital das Clínicas/Unesp seguido por um plantio simbólico de árvore ao lado da Biblioteca do Campus, em Rubião Júnior . Entre os homenageados estavam profª Joelma Gonçalves Martins, escolhida como paraninfa da turma e o prof. José Carlos Peraçoli, patrono. O professor emérito da instituição, Francisco Humberto de Abreu Maffei , cedeu seu nome à turma graduada. A solenidade contou com a pre-

Clima de confraternização e conquista estava estampado tanto na conquista da família da médica Kátia Higa (foto acima) e do angolano Anderson dos Santos Velho (ao lado), que veio com ‘a cara e a coragem’ ao Brasil.

cina”, finalizou prof. Müller. Patrono da 43ª turma, prof. José Carlos Peraçoli, relembrou que aquele é o ponto inicial da carreira desses novos profissionais. Aconselhou os mesmos a não pararem de se especializar. “Há 36 anos participei de uma cerimônia de formatura como aluno. Naquele momento foi-me concedido o título de médico e desde então, exercer a Medicina, todos os dias, me dá a sensação do dever cumprido”, declarou. Já a paraninfa da turma, profª Joelma Matins frisou o processo de humanização da universidade e o reflexo nos médicos formados nesse contexto. Ressaltou a participação dos ex-alunos em programas de promoção à saúde. “Essa turma representa a concretização de uma proposta de buscar o conhecimento através da ação. Nunca se cansaram em buscar sempre pelo ensino”, disse. O orador da turma, Henrique

“Seu exercício é cercado

de problemas como condições precárias de trabalho e isso faz com que vocês, médicos, mantenham a ética

Prof. Peraçoli ao dirigir as palavras aos novos médicos Costa Penatti, relembrou momentos da turma e também os desafios que cada um dos novos médicos devem enfrentar durante a carreira. A solenidade de colação de grau teve ainda homenagens aos pais dos formandos e também a professores, representantes do corpo técnico-administrativo e às entidades representativas dos alunos, como o Centro Acadêmico Pirajá da Silva (CAPS) e a Associação Atlética Acadêmica Carlos Henrique Sampaio de Almeida (AAACHSA).

Superando desafios continentais e coração no Brasil Foram seis anos de dedicação, desafios e superação. Assim foi a trajetória do agora médico Anderson E. K. dos Santos Velho. Natural de Benguela, em Angola, o formando soube da disponibilidade de vagas em um programa de intercâmbio para a então distante Unesp, no Brasil, em um programa de rádio local. Interessou-se e veio ‘com a cara e coragem’, como definiu sua viagem. Além dele, mais duas colegas também vieram ao país, mas com o passar do tempo, diferenças culturais e principalmente a distância da família, as fizeram desistir. “É um futuro que não imaginava que teria. Voltarei para minha terra e com a medicina tentarei ajudar o meu povo”, declarou o novo médico, que pretende se especializar em ortopedia. Emocionado e ao lado da família, pode celebrar mais do que a própria graduação. O pai, que trabalhou como caminhoneiro e mecânico em Angola, graduara-se aos 50 anos de idade em administração semanas antes. NOVEMBRO 2010


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FORMATURA FOTOS SEÇÃO DE FOTOGRAFIAS AG

Momentos marcantes da solenidade de formatura da 19 turma de enfermeiros. Desde a transmissão da lâmpada, à entrega dos diplomas e o juramento, alunas têm novo papel fundamental na sociedade

Para familiares, momento de conquista Para Maria Aparecida Araujo de Souza, mãe da formanda Ioná Araujo de Souza, os momentos vividos nesta manhã fecham um ciclo da vida de toda sua família. “Estamos realizando um sonho. É a segunda filha que vemos formada pela Unesp. Fica a sensação do dever cumprido”, avalia ela. Sua primeira filha é formada em jornalismo pela FAAC de Bauru. Ela lembra que muitas famílias não conseguem levar os filhos para a faculdade, seja ela particular e principalmente uma pública. “A Unesp é uma instituição de prestígio, que oferece um grande diferencial quando comparada com outras escolas”, destaca. Sua filha, Ioná, mal conseguia conter o sorriso largo e constante. Ao ser questionada sobre o que sentia, foi enfática: “É minha primeira grande conquista. O sentimento é indescritível por toda história que vivi nessa faculdade. Eu sempre quis ser enfermeira para fazer o bem para a humanidade”, resume. “A partir de agora tenho uma formação que me permite não ver fronteiras. Sei que posso voar alto. Meu objetivo agora é me especializar”, avisa. FOTO MATHEUS PRESTES

Maurício Bacelar (foto acima), pai da aluna Juliana Ferreira Bacelar, classifica o dia de hoje como o marco da realização de um sonho. De acordo com ela, a formatura da filha é uma conquista que “custou trabalho, mas que agora se reverte em frutos”. “Achei excelente a formação que minha filha recebeu aqui na FMB. Tenho uma outra filha formada em enfermagem, também nessa faculdade e sempre gostei muito da instituição”, declara ele, que mora em Minas Gerais. A aluna Amanda Oliveira, que é de São Paulo, também trazia em sua fisionomia os sinais da felicidade, comenta que os últimos quatro anos de sua vida foram de muito estudo. No entanto, foi taxativa ao afirmar que “valeu a pena”. “Fomos muito exigidas durante o curso, principalmente como seres humanos. Mas valeu a pena. Agora sonho ter um emprego bom”, diz. NOVEMBRO 2010

19ª turma de enfermeiros da FMB: paixão por cuidar do próximo Prazer em cuidar do próximo. É basicamente esse o lema que impulsionou as 29 formandas da 19ª Turma de Enfermeiras da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), a dedicarem quatro anos de suas vidas aos estudos. Elas se formaram no último dia 26 de novembro. A cerimônia de colação de grau, realizada no auditório do Colégio La Salle, em Botucatu, reuniu familiares e amigos das agora ex-alunas da graduação, que se emocionaram ao relembrar os momentos vividos durante sua formação. As estudantes Amanda Oliveira Medeiros e Bruna Nogueira dos Santos foram escolhidas para serem as oradoras. Durante seu discurso, elas lembraram da chegada à Botucatu, quando o grupo ainda não se conhecia; o primeiro contato com os apelidos; as festas; caronas; aulas de anatomia; o primeiro jaleco; os estágios... As agora enfer-

meiras comentaram, também, so- vas enfermeiras com uma aprebre as dificuldades, nas aulas prá- sentação musical de voz e violão. ticas, de lidar com a dor do próA vice-diretora e atual diretoximo. “Ser enfermeiro é, por al- ra da FMB em exercício, profesguns momentos, se deixar de lado sora Silvana Artioli Schellini, ressalpara servir o outro. É gente que tou em seu discurso que a projecuida de gente e também é gen- ção nacional e internacional que te”, mencionaram. a graduação em Enfermagem alAs professoras homenagea- cançou ao longo de sua história é das pela turma foram a Dra He- motivo de grande orgulho para a loisa Wey Berti instituição. “É um PROJEÇÃO QUE A (paraninfa) e Dra curso projetado Lin Chau Jong ENFERMAGEM ALCANÇOU com muito zelo e (patronesse). dedicação. É uma É MOTIVO DE ORGULHO Elas, ao falarem joia que temos na durante a soleni- PARA TODA A INSTITUIÇÃO FMB. Ressalto a imdade, inovaram portância dos proao discursarem juntas – algumas fessores, que têm papel fundamenvezes dialogaram entre si- e com tal na formação sólida dos alunos”, grande dose de bom humor, fa- colocou ela, que na oportunidazendo brincadeiras com as alu- de representava o reitor da nas enquanto agradeciam por Unesp, professor Herman Corneterem sido as escolhidas. lis Voorwald. Juliana Ferreira Bacelar conduProfessora Silvana aproveitou ziu o juramento das formandas. para deixar alguns conselhos para Ioná Araújo de Souza e Bruna Pe- as enfermeiras, entre eles: pensar gorer Santos envolveram as no- no compromisso com aqueles que FOTO FLÁVIO FOGUERAL

pagam seus impostos e ajudam a manter a universidade, devolvendo a eles, através de bons serviços, os seus investimentos; ter gratidão aos pais e respeito aos professores; ser grato à FMB e aos pacientes que participaram de sua formação; manter-se sempre atualizado e ter metas, praticando a profissão com paixão e lutando por um futuro melhor. A colação de grau da 19ª turma contou com a presença dos membros da Congregação da FMB e, na mesa de autoridades, do vice-prefeito e secretário Municipal de Saúde, professor Antonio Luiz Caldas Júnior e o presidente da Câmara Municipal de Botucatu, vereador Reinaldo Mendonça Moreira. Também esteve presente a vice-superintendente do Hospital das Clínicas da FMB, professora Irma de Godoy e a chefe do Departamento de Enfermagem, professora Carmem Maria Casquel Monti Juliani. ENCONTRO- Alunas da 19ª turma de Enfermagem, curso mantido pela Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) participaram, na tarde de 9 de novembro, de um café informal com o diretor da instituição, prof. Sérgio Müller. A atividade foi parte integrante da programação de formatura das acadêmicas. Em sua explanação, prof. Müller frisou o significado da universidade para a sociedade e a missão das novas enfermeiras em zelarem pela saúde do paciente. “É um curso que em duas décadas atingiu o nível de excelência esperado e o esforço agora é para manter esse padrão aos nossos alunos”, declarou.


7 ENTREVISTA

Curcelli: meta da nova autarquia é ampliar a capacidade do hospital Emílio Carlos Curcelli foi escolhido em 2009 como superintentendente de um dos maiores e mais complexos hospitais do interior paulista. Foi um dos responsáveis pelas recentes reestruturações pelas quais a unidade tem passado nos últimos meses como a realocação de leitos, novas enfermarias e reforma de espaços existentes no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. No entanto, sua maior missão tem sido dar ênfase ao processo que transforma a unidade em uma nova autarquia, vinculada diretamente à Secretaria de Estado da Saúde. Desde pequenos detalhes operacionais ao organograma e definição de Recursos Humanos, tudo passa por sua supervisão. Um dos passos cruciais foi a nomeação como superintendente do HCFMB pelo governador Alberto Goldman e publicada no Diário Oficial do Estado em 11 de novembro (mais detalhes na página 11). Segundo prof. Curcelli, alguns pontos principais deverão permear a linha de trabalho de sua gestão. Além de buscar uma estrutura administrativa com foco na excelência no atendimento, outros pontos devem tambem ser guias nessa nova fase do hospital. Um desses pontos, segundo ele, é a estruturação para que a unidade seja referência em transplantes. Quanto ao parque tecnológico, Curcelli diz crer que com a nova autarquia seja possível renovar parte dos equipamentos em uso pelo hospital em médio prazo. Em entrevista ao Jornal da FMB, o superintendente ressalta ainda que deverão ocorrer poucas mudanças no ensino e pesquisa que a Faculdade de Medicina promove em parceria com o hospital. Além disso, reafirmou que há perspectivas de crescimento estrutural e também há o projeto de se criar um Hospital Dia Clínico, o qual proporcionaria maior suporte aos serviços existentes no HCFMB. Com a nomeação frente ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, quais devem ser os principais pontos de sua administração frente ao hospital? Para 2011, queremos continuar o processo administrativo iniciado há dois anos quando assumi a superintendência. Outro ponto será dar uma estrutura administrativa capaz de fazer com que o hospital alcance outro patamar de organização, voltado principalmente à qualidade de assistência. Isso significa implantar no hospital programas de qualidade assistencial; ao mesmo tempo pretendemos investir em tec-

“O HCFMB é uma

unidade importante para a Secretaria de Estado da Saúde no interior paulista

Emílio Carlos Curcelli sobre a nova autarquia do Estado

FOTOS FLÁVIO FOGUERAL

“Isso significa implantar

no hospital programas de qualidade assistencial; ao mesmo tempo pretendemos investir em tecnologia

Emílio Carlos Curcelli sobre os novos rumos do HCFMB nologia. O parque tecnológico hoje é aquem dessa necessidade e a prioridade será a husca de investimentos para melhorar e até trocar alguns equipamentos instalados no HCFMB, entre eles os da Ressonância (Magnética). Já um ponto primordial será equacionar a questão do défict em recursos humanos. Estamos fazendo algo nesse sentido em conjunto com a Famesp (Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar) e esperamos que isso possa ocorrer com a autarquia. Por fim, almejamos a abertura de novos serviços. No próximo ano, a unidade deve entrar de forma plena na questão dos transplantes onde já existe uma questão iniciada nesse sentido e também a abertura de novas enfermarias e a destinação de leitos nos locais em que a demanda seja maior. Na questão dos transplantes, o HCFMB é considerado referência em alguns procedimentos, como a renal. Quais seriam os tipos de cirurgia nesse aspecto que o hospital quer implantar? Temos uma referência importante e tradicional no transplante renal. Estamos mudando toda a estrutura para implantar de maneira eficaz o transplante de córnea e o próximo transplante que faremos será o hepático. Também há a preparação para outros tipos como o pulmonar e o de pâncreas-rim. Já há o pedido de credenciamento e também toda a preparação de equipes para o transplante cardíaco. Quais as perspectivas de crescimento do hospital, em questão de enfermarias, se tornando uma autarquia ? Nessa gestão abrimos a enferma-

ria de cirurgia geral, de Clínica Médica, em substituição a uma existente nas instalações do Pronto Socorro e atualmente está em reforma, na área da antiga Triagem, a Enfermaria de Psiquiatria. Com essa nova área, teremos condições de ampliar a enfermaria de Neuroclínica/ Neurocirurgia e ampliaremos os leitos da enfermaria de Ortopedia. E de imediato já com uma reforma na Hemodiálise, onde esperamos oferecer mais espaços para esse procedimento. Atualmente, o HC conta com capacidade de 550 leitos. Hoje temos por volta de 430 em operação e o objetivo é ampliar e adequar o hospital para chegar a esse número. Um dos principais gargalos é a questão de Recursos Humanos. Com a nova autarquia, haverá demissões? Como será a política de contratações a partir de 2011? Nenhuma demissão é prevista. Pela autarquia não deve ocorrer. Se isso acontecer deve ser por alguma outra razão. Para o próximo ano, e isso depende de conversas com a Secretaria de Estado da Saúde com o Orçamento 2011, espera-se que em média, de 10 % a 20% dos funcionários que são Famesp possam ser absorvidos pelo HCFMB. Ainda não está acertado de forma oficial. Existem apenas ideias e conversas nesse sentido. Mas, fundamentalmente, o orçamento para isso ficou para ser decidido pelo próximo secretário da saúde. A perspectiva é que, ao longo dos próximos anos, os mais de mil servidores vinculados à fundação sejam transfe-

ridos para a autarquia. Muito tem se debatido quanto o uso das instalações do HCFMB para fins acadêmicos. De que forma ocorrerá esse uso? O que efetivamente muda com a autarquia em relação a ensino e pesquisa? Basicamente, nada muda. Mesmo havendo essa divisão com CNPJ, e o HCFMB se transformando em uma entidade diferente da Faculdade de Medicina de Botucatu, ambas são indissociáveis. Está clara a dependência que um tem do outro. Continuaremos com espaços destinados ao ensino, pesquisa e teremos dentro da autarquia uma área específica para ajudar a FMB na implementação dessa relação dentro do hospital. Do ponto de vista operacional não haverá grandes mudanças. O que ficará mais clara será a competência de cada instituição. Isso está misturado aqui atualmente o que faz com que o cuidado ao paciente não seja tão bom. O que falta efetivamente para o HCFMB se tornar uma autarquia? O que significa o decreto que deve ser publicado em breve? A publicação do Decreto Regulamentar, que torna oficial a maneira como o hospital vai funcionar, as competências de cada diretor, setor, Conselho do Hospital, de seu superintendente, enfim, todos os trâmites necessários. Esse decreto está sendo elaborado pela Secretaria de Saúde e deve sair ainda esse ano. Sem isso, não há autarquia. Além dos recursos oriundos da Secretaria de Estado da Saúde, devido à autarquia, continuarão valendo os convênios de financiamento? Não haverá nenhuma mudança. O que deve acontecer é que muda a ‘cabeça’ do contrato. Hoje temos convênios e contratos com a Unesp que deixarão de existir e que serão com a autarquia. Ocorrerá uma retificação desses acordos, inclusive o existente com o SUS (Sistema Único de Saúde). Não serão feitos novos contratos, mas sim a mudança do pagador, essa retificação do documento. Haverá mudanças no espaço físico do HC nos próximos meses com a realocação de serviços? Quais seriam essas realocações? Independente da autarquia, há um projeto coordenado pelo professor Sérgio (Müller), que construiu um prédio administrativo para a Facul-

“Nenhuma demissão é

prevista. Pela autarquia não deve ocorrer. Se isso acontecer deve ser por alguma outra razão

Emílio Carlos Curcelli sobre a incorporação de servidores dade de Medicina Isso liberará espaços antes ocupados pela administração da entidade ao hospital. A proposta é que haja uma mudança radical no HCFMB com a ideia de deixar nítido o que é administração e assistência. Deixar vagos espaços para a assistência. Temos algumas propostas de melhorar o acesso. A área que compreende o Pronto-Socorro será totalmente reformulada. Com a autarquia o hospital passará por uma grande transformação de distribuição e fluxo. Há também a pretensão de se criar um Hospital Dia nas dependências do antigo PS? Como funcionaria esse serviço e o que o paciente poderia esperar? O Hospital Dia seria dedicado a procedimentos clínicos que exigem ambiente hospitalar, mas não internação. Por exemplo, a aplicação de uma medicação intravenosa que precisa de um ambiente adequado, pois pode trazer riscos em sua aplicação. Transfusões de sangue e pequenos procedimentos como biópsias, poderiam ser realizadas no local. A ideia é que o paciente venha pela manhã e realize o que for necessário no mesmo dia. O projeto arquitetônico para esse hospital já existe. A questão é que ainda não conseguimos transformar o nosso Pronto-Socorro como referência, pois ainda há demanda espontânea. Não temos como desocupar a área enquanto essa questão não for resolvida. Com a nomeação do professor Giovanni Guido Cerri, atual diretor da Faculdade de Medicina de São Paulo, da USP, como deve ser a relação da futura autarquia HCFMB com o governo estadual? Acredito que será boa. O novo secretário é uma pessoa que entende a linguagem de um hospital universitário por ter a experiência em dirigir uma faculdade de medicina. É também alguém que entende as necessidades de um hospital em assistência médica de qualidade à população. Será bastante proveitosa essa relação. Mesmo porque o HCFMB é uma unidade importante para a Secretaria de Estado da Saúde no interior paulista. NOVEMBRO 2010


8 ALUNOS

Programação especial em homenagem aos servidores aposentados pela FMB Em comemoração ao Dia do Servidor Público, dia 25 de outubro a Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) ofereceu, em seu Salão Nobre, uma tarde especial aos seus funcionários que se aposentaram de outubro de 2009 até o mesmo período deste ano. Vinte e dois convidados participaram das atividades preparadas pelo Grupo Técnico de Desenvolvimento em Recursos Humanos (GTDRH) da FMB. O evento contou com a performance Grupo de Dança Coreográfica do Centro de Lazer Nova Aurora, formado por 13 senhoras comandadas pelo professor de dança de salão Fábio Gonçalves. Em seguida, o diretor da institui-

ção, professor Sério Müller enfatizou a importância que os servidores aposentados tiveram para a história da escola. “Considero muito positivo que os funcionários aposentados mantenham o vínculo com seu antigo local de trabalho, onde estiveram durante muitos anos de suas vidas. Temos muito orgulho de nossos funcionários”, ressaltou, colocando a faculdade à disposição dos ex-servidores para que estejam sempre por perto.

22 CONVIDADOS PARTICIPARAM DAS ATIVIDADES PREPARADAS EM COMEMORAÇÃO AO SERVIDOR APOSENTADO DA FMB

Houve também uma palestra com a nutricionista Silvia Papini Berto, professora do Departamento de Enfermagem. Ela falou sobre "Qualidade de vida: Sinônimo de alta produtividade, melhor desempenho e motivação". Por fim, todos foram convidados para um lanche servido no saguão de entrada do Salão Nobre. Os pratos foram saboreados com acompanhamento musical de um grupo de músicos do Conservatório de música de Tatuí, cuja performance foi do clássico à Música Popular Brasileira. O evento teve a colaboração da Padaria Pão e Doce, Gold & Silver, Chiquinho Paiva Cabeleireiro e Livraria do Campus.

FOTO FLÁVIO FOGUERAL

Chá com apresentação musical foi uma das atividades em homenagem

Servidora aposentada ganha “Dia da Beleza” FOTO FLÁVIO FOGUERAL

Um dia de princesa. Foi assim que a auxiliar de enfermagem Neide Maria de Albuquerque Gimenez encerrou, em grande estilo, sua carreira no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (HCFMB). Após participar de um evento em homenagem aos servidores aposentados, promovido pela FMB, a ex-funcionária foi sorteada e ganhou uma tarde de cuidados especiais no salão de beleza Charme Beauty, em Botucatu. Neide, que tem 58 anos de idade, é casada e mãe de três filhos, dedicou 23 anos de sua vida à instituição. Ela afirmava, enquanto recebia tratamento nos cabelos, ter ficado bastante contente com o prêmio. “De vez em quando eu tento mudar um pouco o visual, me arrumar, mas nunca havia passado por uma tra- A enfermeira Neide Gimenez foi a sorteada para uma tarde de beleza

tamento completo como esse”, comentava. A servidora deixou claro que independente os benefícios que recebeu, considerou uma bela iniciativa da FMB a homenagem prestada aos funcionários que estão deixando suas atividades. “Sempre tive uma relação muito boa com a faculdade e gostei muito do evento que eles promoveram para nós, aposentados. Achei interessantíssima a palestra sobre qualidade de vida”, frisou. Ela garante que pretende manter contato com o hospital mesmo sem vínculo formal. “Vou guardar boas lembranças de minha carreira no HC. Foram mais bons do que maus momentos. Mas eu ainda continuo fazendo várias atividades, viu? Não me vejo aposentada”, salientou, sorrindo.

EXTENSÃO

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Cursinho Desafio realiza viagem cultural a cidade histórica paulista Alunos do Cursinho Desafio, projeto mantido pela Faculdade de Medicina de Botucatu/ Unesp (FMB) visitaram, dia 17 de outubro, a Vila de Paranapiacaba, pertencente a Santo André. A viagem integrou as atividades extra-curriculares do projeto que oferece além de aulas preparatórias para os vestibulares, atividades culturais e de promoção e difusão da cultura. Um dos pontos importantes no desenvolvimento da cultura agrária brasileira durante o ciclo do café e do início da era industrial nacional, já no final do século XIX, durante a era Mauá, a vila também tem relevância ecológica por possuir reservas ecológicas dentro da Mata Atlântica. “Todos os anos, o Cursinho Desafio realiza uma viagem cultural junto a seus alunos. Optamos por realizar nossa viagem em Paranapiacaba. Apesar de nome e localidade pouco explorados e conhecidos na região centro-oeste do estado, Paranapiacaba nos mostrou muito, em vários aspectos. O modo como foram construídas as casas e a tolerância religiosa são características que chamam a atenção. Fora isso, os pequenos detalhes do cotidiano foram reconstruídos por meio dos museus os quais visitamos”, disse Thaís Bassi, coorNOVEMBRO 2010

denadora do Cursinho. Criado no ano 2000, o Cursinho Desafio tem obtido êxito em sua proposta. O projeto também oferece espaço próprio com biblioteca e computadores para uso didático com acesso à Internet. Todas as salas usadas

pelo projeto contam com projetores multimídias e os alunos têm, além de monitorias nas mais diversas disciplinas, simulados mensais. Não há cobrança de mensalidades e também são realizadas, no decorrer do ano, viagens e visitas culturais. FOTO DIVULGAÇÃO

Representantes da Prefeitura Municipal de Botucatu e da FMB/Atlética discutem detalhes iniciais da parceria

ATENDIMENTOS

Atlética realizará projetos na Rede de Ensino de Botucatu

Participantes e monitores do Cursinho Desafio conheceram locais históricos e também parte da Mata Atlântica

A Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), através de sua Associação Atlética Acadêmica Carlos Henrique Sampaio de Almeida (AACHSA) iniciará parceria com a Prefeitura Municipal de Botucatu para realizar projetos de extensão na Rede Municipal de Ensino em troca da utilização de suas quadras de esportes. A primeira atividade que será desenvolvida é uma avaliação de acuidade visual em alunos das 4ª e 8ª séries – exame que dever ser feito obrigatoriamente, pelas professoras, no 1º ano do ensino fundamental. Os alunos da Atlética têm dificuldade para encontrar locais adequados para treinarem antes de participarem de competições nas quais representam a FMB. Por isso, encontraram, na parceria com o Município, uma forma de levar o conhecimento produzido na univer-

sidade para os alunos da rede pública através de atendimentos primários em diversas especialidades médicas e eventual encaminhamento para as especialidades competentes. Ainda serão definidos os outros tipos de ações que serão desencadeadas. Segundo a vice-diretora da FMB e uma das idealizadoras da parceria, professora Silvana Artioli Schellini, também serão realizadas palestras sobre verminoses e doenças sexualmente transmissíveis. “As crianças de 4ª e 8ª séries estão na fase em que geralmente aparecem os problemas de refração, o que prejudica sua visão”, explica a médica, que é oftalmologista. Os alunos da Atlética utilizarão as quadras para a prática de vôlei, handebol, futsal e basquete, nas categorias masculino e feminino.


9

ALUNOS

Falta capacitação em cuidadores de idosos, mostra estudo A maioria das pessoas não gostaria de ver um parente seu, após atingir a terceira idade, vivendo longe da família, ainda que seja em uma instituição especializada. Mas como em alguns casos essa situação é inadiável, o que se espera é que as pessoas designadas para cuidar do idoso reúna todas as condições para desempenhar a função. E será que é sempre assim? Foi essa a resposta que o trabalho de mestrado da enfermeira Graziela Félix Cornélio, desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) orientado pela professora Ilda de Godoy, estudou. Ela pesquisou nove instituições de Botucatu que cuidam de idosos e são cadastradas na Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde. Entre outros fatores, foi analisada a formação e o conhecimento dos cuidadores, o processo de gerenciamento dos recursos da unidade, a quantidade de profissionais disponíveis e até as dificuldades quanto ao cuidado oferecido aos usuários do serviço. Um levantamento de 2010 feito em insti-

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Segundo a enfermeira, foi possível identificar que muitos cuidadores enxergam os idosos com base em alguns mitos e estereótipos. Eles são classificados, conforme a pesquisa, como inativos, improdutivos, rígidos, inflexíveis e sem vida sexual. “Os cuidadores acham que por ser idosa a pessoa necessariamente tem incontinência urinária e que devem usar tom de voz alto para falar com eles, sendo que nem todos têm deficiência auditiva”, acrescenta a enfermeira.

OUTRO LADO Graziela analisou 9 instituições de Botucatu que cuidam de idosos tuições brasileiras mostra que a maior parte dos gastos em instituições que cuidam de idosos é com recursos humanos. Foram feitas entrevistas com os cuidadores, responsáveis técnicos e coordenadores das instituições. Após meses de investigação, Graziela chegou a algumas conclusões, como: 58,1% dos cuidadores tinham formação na área da saúde - entretanto poucas instituições usam esse critério como principal na

hora da contratação - e somente 9,3% tinham cursos específicos para o atendimento a idosos (34,9% tinham o primeiro grau incompleto). “Percebi, ainda, que há dificuldades com as condições e organização do trabalho; falta quantidade de re-

SOMENTE 9,3%

DOS

ENTREVISTADOS TINHAM CURSOS ESPECÍFICOS PARA O ATENDIMENTO A IDOSOS

INÉDITO

Congresso de Extensão contou com 125 congressistas e 75 trabalhos apresentados O 1o Congresso de Extensão promovido pela Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) foi considerado um sucesso por seus organizadores. O evento contou com a presença da pró-Reitora de Extensão da Unesp, professora Maria Amélia Máximo de Araújo, que ministrou palestra no dia da abertura, 3 de novembro e elogiou a iniciativa, estrutura e qualidade dos trabalhos inscritos. Durante o congresso foram

cursos humanos e também há falta de habilidade técnica e psicológica dos trabalhadores para cuidar dos idosos”, comenta a autora da pesquisa. Uma constatação que surpreendeu a pesquisadora é que, durante as conversas com os cuidadores, a capacitação não foi apontada como prioridade. “A maioria dos funcionários das instituições por onde passei procurou esse serviço por necessidade financeira”, afirma Graziela.

apresentados 75 projetos de extensão, sendo que três foram premiados. São eles: "Ações de extensão desenvolvidas no Núcleo de Assistência Ostomizado (NAO) do HC da FMB", de autoria da professora Magda Cristina Queiroz Dell'Acqua; "Avaliação da concordância entre diferentes critérios de classificação de índice de massa em escolares do ensino fundamental", elaborado por Fernanda Giarola Pereira e "Prevenção de acidentes na infância: uma FOTOS FLÁVIO FOGUERAL

Maria Amélia: compromisso com os desafios da sociedade

Ao todo, 75 trabalhos apresentados durante o congresso

Esse é um projeto de extensão que poderia se repetir em situações semelhantes

Vidal Haddad Júnior ao avaliar a ação de saúde no município prioridade em Saúde Pública", de Clarita Terra Rodrigues. Os selecionados receberam nota 9 da comissão julgadora. Ao todo, foram 125 congressistas e 13 pareceristas. A pró-reitora de Extensão da Unesp, professora Maria Amélia afirmou, durante a cerimônia de abertura, que a universidade pública tem o compromisso com o saber sistematizado e com os problemas e desafios da sociedade. Ela também previu que um dia a Extensão será devidamente valorizada e compreendida. “A Extensão é objeto de controvérsias internas e de conflitos ideológicos na universidade, mas representa também acessibilidade aos conhecimentos. No entanto, é preciso ultrapassar os muros da universidade”, citou. A abertura do Congresso contou ainda com a presença do diretor-presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Unesp (Fundunesp), professor Luiz Antônio Vane; professora Vânia Moreno, coordenadora do evento; professora Dalva Cesário, vice-diretora do Instituto de e Biociências de Botucatu/Unesp (IB) e professor José Perosa, vice-diretor da Faculdade de Ciências Agronômicas/Unesp (FCA).

A pesquisa de Graziela também analisou as limitações enfrentadas pelos responsáveis técnicos e coordenadores nas instituições. Como mais citadas apareceram as dificuldades para encaminhar ou receber os idosos de outros serviços; demora no atendimento; número insuficiente de recursos humanos e materiais com necessidade de doações para a unidade e falta de apoio público e da família. “Muitos me disseram que os familiares são radicais, cobram demais ou abandonam o idoso. No entanto, os responsáveis e coordenadores também não capacitam os cuidadores de forma sistemática e permanente”, declara. A autora do trabalho conclui que só uma boa formação na área da saúde pode facilitar a compreensão sobre o processo de envelhecimento. Para ela, os temas contidos no conteúdo de geriatria precisam ser expandidos para os cursos oferecidos aos profissionais da área. “Também pude identificar que não é mais o abandono que faz a maioria dos idosos irem parar nessas instituições, mas sim a falta de estru-

tura da família para cuidar deles. Também não são apenas idosos sem família que passam por isso. Os serviços precisam estar preparados para receber os usuários. A maioria deles não oferece opções de lazer e a maior parte dos idosos nestas instituições era dependente total, sendo necessária uma seleção mais criteriosa dos cuidadores”, pontua. Graziela sugere que os cuidadores de idosos sejam capacitados por equipes multidisciplinares, através de parcerias com universidades por meio de projetos de extensão, por exemplo. “As instituições precisam oferecer atividades de capacitação permanente aos cuidadores com intermédio de entidades e órgãos envolvidos no cuidado ao idoso e estes trabalhadores não podem trabalhar sobrecarregados; têm que ter suas necessidades ouvidas. É necessário oferecer atividades de lazer tanto aos idosos como para os cuidadores. Disso depende a qualidade da assistência oferecida”, cita ela, que pretende, com base nesses e outros resultados da pesquisa, propor projetos para auxiliar as instituições botucatuenses.

PROMOÇÃO À SAÚDE

Parasitose Infantil em debate na CEI do Jd. Santa Elisa Alunos do 2o ano dos cursos de Enfermagem e Medicina da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) participaram, dia 10 de novembro, de uma atividade educativa na CEI Professora Roseli Alves Leite, no Jardim Santa Elisa, em Botucatu. Foi discutido, através de uma “roda de conversa” envolvendo diretora e funcionárias, o tema Parasitose Infantil. A ação teve orientação da professora Cátia Fonseca, do

SOBRE O IUSC O IUSC é uma experiência construída coletivamente, a partir do reconhecimento da necessidade de vivência de alunos e professores em práticas voltadas à integralidade das ações em saúde. Baseia-se no desenvolvimento de dimensões psicossociais relevantes nas práticas educativas, voltadas à mudança da formação de profissionais de saúde e às necessidades do SUS (Sistema Único de Saúde). Iniciou-se em 2003, como estratégia para mudança curricular da

Departamento de Pediatria da FMB e foi desenvolvida pela Disciplina do IUSC (Integração Universidade Serviço-Comunidade). Os estudantes entregaram um questionário sobre o assunto e analisaram as respostas. A intenção era discutir medidas de prevenção diante de casos da doença. O médico Dr. Luis Fernando P. Lyon, que integra a equipe de Saúde da Família do Jardim Santa Elisa, também participou das atividades. FMB e expressão de um grande esforço institucional por enfrentar os desafios contemporâneos à formação profissional em saúde. Desenvolve-se sob responsabilidade do Conselho de Curso, como integração interdisciplinar e, a partir de 2007 insere-se na grade curricular como disciplina oficial do 1o, 2o e 3o anos de graduação. Participam dessa inovação professores com formação em diversas áreas: Medicina, Enfermagem, Psicologia, Pedagogia, Biologia, Fonoaudiologia, Sociologia, Terapia Ocupacional, Nutrição, Odontologia, Comunicação e Serviço Social. NOVEMBRO 2010


10 CAMPUS

Prevenção para evitar crimes no campus Cinco mil panfletos com dicas de segurança estão sendo distribuídos à comunidade interna do Campus da Unesp Rubião Júnior. Esse complexo compreende Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp e seu Hospital das Clínicas, Instituto de Biociências/Unesp, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia/Unesp e Administração Geral do Campus. O impresso também chegará aos funcionários, através de seu holerite. O material, elaborado em parceria pela Administração Geral do Campus, Polícia Militar e Associação dos Servidores da Unesp (ASU), apresenta 10 orientações com posturas preventivas que as pessoas devem adotar para evitarem ser alvo de ações criminosas. Agentes de vigilância do Campus passaram a distribuir o material informativo para o público interno e externo que transita diariamente pelas instalações em Rubião Júnior. Dados estratégicos de segurança institucional da Unesp mostram que circulam pelo Campus, diariamente, considerando alunos, docentes, servidores administrativos das diversas unidades e usuários dos serviços do HC, aproximadamente 12 mil pessoas. No campus de Rubião Júnior, se feita uma comparação, há mais pessoas que em 345 municípios do Estado de São Paulo. Segun-

do dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Estado possuía, em 1º de junho de 2009, 645 cidades. Em relação ao fluxo de veículos, estima-se que estacionem nas dependências do campus, diariamente, cerca de 1.100 carros em vagas de estacionamentos fechados e 2000 em vagas públicas. Isso representa um fluxo diário pela portaria principal do campus de 4000 veículos. O entendimento que Segurança Publica é dever do Estado e Responsabilidade de todos tem sido uma pilar do plano integrado de segurança institucional, que considera e explora todo o potencial de parcerias com os órgãos oficiais de segurança. Recentemente, Administração Geral do Campus e Faculdade de Medicina de Botucatu/ Unesp custearam a reforma de ampliação da Base Comunitária da PM que está instalada ao lado da Portaria 2 do Campus e tem funcionamento 24 horas / dia. No Campus de Rubião Junior a segurança institucional se desenvolve de formas múltiplas, pois cada unidade possui um sistema próprio, aplicando recursos humanos de vigilância e tecnologias de segurança, com câmeras e alarmes contra invasões prediais. Esses esforços são focados considerando que as áreas de

FOTO FLÁVIO FOGUERAL

Material elaborado pela Administração Geral contém 10 orientações com posturas defensivas

NO CAMPUS DE RUBIÃO JR A SEGURANÇA INSTITUCIONAL SE DESENVOLVE DE FORMAS MÚLTIPLAS

uso comum e compartilhado, como a malha viária principal, são monitoradas pela vigilância do campus, que possui um efetivo específico e atua 24 horas/dia. Essa equipe de vigilância opera uma frota composta de motos e um carro, usados nas rondas sistemáticas que são realizadas. Uma rede rádio VHF e de telefonia fixa dá suporte em comunicação. Os equipaFOTO FLÁVIO FOGUERAL

TRÂNSITO

Infrações serão amplamente fiscalizadas Desde 22 de novembro, infrações de trânsito como estacionamento irregular, desrespeito a vagas destinadas a portadores de necessidades especiais e excesso de velocidade serão fiscalizadas com maior ênfase por parte da Polícia Militar dentro do campus da Unesp, em Rubião Júnior. Após a conclusão da nova sinalização de solo e colocação de placas indicativas, além da definição de nomes nas ruas das três unidades que compõem o campus da Unesp, em Rubião Júnior (Faculdades de Medicina, Medicina Veterinária e Zootecnia e Instituto de Biociências), será possível a aplicação de multas em todas as vias. O intuito da medida é disciplinar o fluxo de carros e também garantir a integridade de pedestres que se utilizam das faculdades instaladas no local e do Hospital das Clínicas, segundo o diretor administrativo do campus, NOVEMBRO 2010

Carlos Winckler. De acordo com ele, as multas ocorriam anteriormente, mas agora a fiscalização será mais intensa por parte da PM. “Esperamos que toda a sinalização do campus, seja por placas ou em solo, estivesse pronta para que ocorresse efetivamente maior ênfase na fiscalização, que já ocorria anteriormente. Agora a PM fará rondas para garantir a segurança e também autuar os motoristas que não respeitarem as indicações”, declarou. As modificações nessa área integram a reestruturação viária que o campus passa desde o final de 2009. Além da construção de novas vias, toda a sinalização passou por investimentos com a colocação de placas indicativas de trânsito e de localização dos principais pontos das unidades da Unesp. Uma das modificações mais significativas tem sido quanto à reestruturação para estacionamento.

Além de criar novas vagas com a criação de bolsões de estacionamento, foi concluída essa semana a pintura de solo na Rua Prof. Armando Alves, rua de acesso ao ProntoSocorro do HC. Com a sinalização de parada em 45º, haverá disponíveis mais de 50 vagas para quem se utiliza do hospital, por exemplo. Winckler enfatiza que os usuários, tanto do complexo Hospital das Clínicas quanto de todas as unidades integrantes da Unesp, em Rubião Jr., podem também denunciar irregularidades e desrespeito quanto ao trânsito no campus. Os canais disponíveis são os setores de Vigilância, pelo telefone (14) 38116369 ou a Assessoria de Segurança da Faculdade de Medicina de Botucatu (14) 3811-6556. Todas as pessoas podem fazer sua denúncia diretamente com a Polícia Militar. Há uma base da corporação instalada ao lado do campus, na Rua Antonio Butgnolli.

mentos de rádio possuem interligação com a PM para solicitação de apoio em situações de emergência. As diversas unidades instaladas no Campus (AG/IBB/FMB/HCFMB/ FMVZ) também aplicam recursos humanos e tecnologia na proteção do patrimônio público. Esses sistemas, apesar de serem autônomos, se articulam de forma a obterem resultados pela soma dos recursos individuais quando os problemas

exigem essa dinâmica. A FM/HC criou, em 2007, uma Assessoria de Segurança (ASEG) que estuda e operacionaliza ações preventivas de segurança, composta por 5 (cinco) técnicos especializados. Por fim, a segurança institucional tem como visão que: a Segurança das pessoas e do patrimônio da Unesp é responsabilidade de toda a comunidade interna e deve ser entendida como fator de qualidade de vida.

MEIO AMBIENTE

Instalações do futuro incinerador estão prontas A estrutura que abrigará o novo forno incinerador do campus de Rubião Júnior da Unesp está pronta. Pequenos detalhes ainda estão sendo providenciados para que o equipamento, que será usado para a queima de resíduos infectantes- especialmente produzidos pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp-, seja instalado e entre em funcionamento. A expectativa é que o novo forno entre em operação em meados de 2011 e tenha capacidade para queimar duzentos quilos de lixo por hora. Pelo projeto, haverá duas câmaras de combustão, uma funcionando a 800º Celsius e a outra a 1.200º C. Planejado para oferecer segurança e bem-estar aos servidores, o local conta com cozinha, banheiro, além de vestiário e salas de escritório para o funcionamento. O investimento foi de R$ 906 mil para o barracão que abrigará o incinerador e R$ 654 mil para o novo equipamento. Toda a verba foi destinada pela reitoria da Unesp. Boa parte da estrutura do novo incinerador foi importada da Alemanha, cumprindo dessa forma todos os requisitos da legislação ambiental do Estado de São Paulo. Isso representa tratamento de ga-

ses diferenciado. O material, após passar pelo processo inicial de combustão, é submetido a um resfriamento brusco. De 900 ºC cai para 180 ºC. Esse procedimento praticamente anula a formação de substâncias tóxicas. Será reduzido em 90% o volume de lixo infectante. Serão tratados resíduos tipos A, B e E. O primeiro oferece riscos biológicos (seringas, bolsas de sangue, órgãos, tecidos, etc); o segundo representa riscos químicos (medicamentos vencidos, frascos contaminados e resíduos farmacêuticos em geral) e o tipo E são os materiais perfurocortantes (agulhas, bisturis, etc). “A poluição praticamente será reduzida a zero. A situação dos atuais aparelhos estava chegando a um nível preocupante para a universidade já que boa parte da fumaça era lançada diretamente no ar”, ressaltou o diretor administrativo do GAC (Grupo Administrativo do Campus), Carlos Winckler. Segundo ele, outro diferencial refere-se ao acesso às instalações, que deverão ser feitas externamente, sem a necessidade de o material percorrer todo o campus. Os atuais fornos instalados nas dependências- com mais de duas décadas de uso- deverão gradativamente ser desligados. FOTO FLÁVIO FOGUERAL

Novo forno reduzirá a emissão de poluentes na atmosfera


11 HOSPITAL DAS CLÍNICAS NAUGURAÇÃO

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Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina de Botucatu, Gilberto José Cação Pereira, além de diversos ortopedistas de Bauru e Botucatu. Os dois novos representantes da classe médica reafirmaram, em discurso, compromisso de representar os ortopedistas da região e buscar maior integração entre os profissionais que compõem a entidade. “A Sociedade tem uma política de interiorização e pretendemos nos aproximar cada vez mais com os membros da sociedade com a promoção de eventos e encontros para discussão sobre a qualidade e a defesa do trabalho dos médicos”, ressalta prof. Curcelli.

Além de ter sob sua responsabilidade um dos maiores hospitais do interior paulista, o professor da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), Emílio Carlos Curcelli, assumiu, dia 19 de novembro, a presidência da regional Bauru da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Seu mandato será de dois anos e Curcelli terá na vice-presidência o médico vinculado ao Hospital Estadual de Bauru (HEB), Orlando Costa Dias. Realizado no Hospital Estadual de Bauru, o evento contou com a presença do presidente da SBOT-SP, Túlio Diniz Fernandes, vice-presidente da SBOT-SP; Kodi Edson Kojima, docente do

HC EM AUTARQUIA FOI ASSINADA DIA 1º DE JULHO O

Professor é nomeado presidente regional da SBOT

DECRETO QUE TRANSFORMOU

Emílio Curcelli junto com integrantes da SBOT em Bauru

A PROMULGAÇÃO DO

FOTO ACI HEB

O atual superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (HCFMB), professor Emílio Carlos Curcelli foi o escolhido pelo governador do Estado de São Paulo, Alberto Goldman, para permanecer no comando da unidade, que foi recentemente transformada em autarquia. A nomeação foi of icializada com publicação do decreto no Diário Of icial do Estado, dia 11 de novembro, através da Secretaria de Estado da Saúde. A lista tríplice enviada ao governador era formada ainda pelos nomes dos ex-superintendentes do HCFMB, professores Pasqual Barretti e Antonio Rugolo Júnior. O próximo passo para que o hospital seja oficialmente considerado uma autarquia é a publicação do decreto regulamentar. A promulgação do decreto que transformou o HC em autarquia foi assinada dia 1º de julho. A lei, nº 1.124 de 1º de junho de 2010, cita, em seu primeiro artigo, em seu primeiro artigo, que o HC mesmo se transformando em autarquia terá autonomia administrativa, financeira e patrimonial. Deverá estar vinculado à Secretaria de Estado da Saúde para fins administrativos e à FMB/Unesp para atividades de ensino, pesquisa e extensão.

I Prof. Emílio Curcelli é nomeado superintendente da autarquia HCFMB Unidade específica para atender vítimas de AVC

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hospital e comparou com a atual e adequada estrutura. “Para todos nós é uma grande alegria inaugurar oficialmente essa Unidade. É um espaço de todas as clínicas e principalmente do paciente”, observou. O superintendente do HCFMB, professor Emílio Curcelli, avaliou que, embora seja um avanço poder oferecer boas condições para tratar a população é preciso que a pessoa chegue ao hospital em boas condições, ou seja, seu encaminhamento até uma equipe médica especializada deve ser feito o mais rápido possível. “E temos, ainda, que cuidar para que haja qualidade de vida e as pessoas não sofram um AVC, por isso hábitos saudáveis são fundamentais. Queremos, ao máximo, deixar de atender nesse hospital pessoas com doenças evitáveis”, pontuou, agradecendo ao empenho, dedicação e persistência de todos os envolvidos no projeto Unidade AVC. O AVC (Acidente Vascular Cerebral) é a primeira causa de morte e incapacidade no Brasil. No mundo, a cada seis segundos, alguém, independentemente da idade ou sexo, morre por causa de um AVC e, no mundo, 6 milhões de pessoas morrem por ano em decorrência desse acidente cerebral.

“Esse é um passo importante,

pois representa uma nova forma de enxergar o AVC

Rodrigo Bazan sobre a nova perspectiva de tratamento

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O projeto, intitulado “Papa-Filas”, será desenvolvido aos sábados até dia 11 de dezembro. Nos dias 9 e 16 de outubro já foram realizadas outras 36 cirurgias nas especialidades de oftalmologia, ginecologia, ortopedia, dermatologia e cirurgia geral. Para os próximos sábados está previsto número semelhante de cirurgias, podendo o projeto, ao seu final, reti-

FOTOS FLÁVIO FOGUERAL

Com o objetivo de reduzir o número de pacientes em fila de espera, aguardando para serem submetidos a cirurgias de pequena e média complexidades, a Superintendência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina/Unesp (HCFMB) promoveu, dia 23 de outubro, um mutirão para a realização de 36 procedimentos – 20 ambulatoriais e 16 em Centro Cirúrgico.

Parte dos profissionais que participaram do mutirão de cirurgias

rar cerca de 200 pacientes das f ilas de espera do HCFMB. O próximo mutirão será dia 6 de novembro quando serão atendidas apenas crianças. “A iniciativa, além de contribuir para diminuição da fila de espera por procedimentos e cirurgias, faz parte de um projeto que consiste em conhecer detalhadamente a demanda reprimida por procedimentos, exames e consultas no HCFMB e propor alternativas para equacioná-las”, pontua o superintendente do hospital, professor Emílio Carlos Curcelli. A ação foi desenvolvida em parceria com os Departamentos de Anestesiologia, Cirurgia e Ortopedia, Dermatologia e Otorrinolaringologia, com apoio da Divisão Técnica de Enfermagem; Serviço de Nutrição e Dietética, Setores de Registro, Arquivo e Assessoria de Segurança da FMB/Unesp e HCFMB. A enfermeira Maria Zoe Turchiari de Mello, diretora das Unidades Especiais do HCFMB, foi a coordenadora da iniciativa.

FOTO FLÁVIO FOGUERAL

HCFMB promove mutirões para reduzir fila de espera por cirurgias

PAPA-FILAS

Na manhã de 29 de outubro, a região de Botucatu deu um salto de qualidade no atendimento de pessoas vítimas de AVC (Acidente Vascular Cerebral). Foi inaugurada, no Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), uma Unidade AVC. Foram destinados quatro leitos que oferecem a estrutura adequada para o tratamento de pacientes vindos de uma região com aproximadamente 5 milhões de habitantes. Professor Oscar Shelp, chefe da Disciplina de Neurologia da FMB, destacou durante a inauguração da Unidade que o início oficial do funcionamento da estrutura é resultado dos esforços que começaram no passado. “Uma equipe multidisciplinar já realiza atendimento a pacientes vítimas de AVC. Esse momento é o coroamento desse trabalho”, afirmou. O neurologista Rodrigo Bazan, um dos responsáveis pelo serviço, enfatizou que toda a equipe tem se esforçado para oferecer o melhor atendimento a pacientes vítimas de Acidente Vascular Cerebral e comentou sobre o prazer de poder vivenciar a inauguração da Unidade. “Esse é um passo importante, pois representa uma nova forma de enxergar o AVC, significa oferecer atendimento integral ao paciente”, acrescentou o também neurologista Gabriel Braga. Professor Carlos Clayton Macedo de Freitas, neurocirurgião e também responsável pela estruturação do serviço de atendimento às vítimas da doença, lembrou do passado recente quando o tratamento ainda era oferecido em um corredor do

Nova unidade oferece equipamentos adequados para a assistência NOVEMBRO 2010


12 PESQUISAS E INOVAÇÕES FOTOS FLÁVIO FOGUERAL

FELIPE MODENESE

ESPECIAL PARA O JORNAL DA FMB

NOVEMBRO 2010

alterações, iniciamos a intervenção, inclusive sugerindo o acompanhamento regular

Dr. Péricles Sidnei Salmazo sobre os passos da pesquisa

Pesquisa deve redefinir prevenção cardiovascular em HIV positivos para a prevenção de doenças cardiovasculares na população de HIV positivos. Isso porque, além de não integrar a rotina médica na maioria dos centros de atendimento de AIDS, os exames recomendados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia não foram suficientes para diagnosticar a aterosclerose inicial (subclínica) em alguns dos casos. “Esses pacientes estão vazando por entre os dedos”, considera Dr. Hueb. Através da ultrassonografia, para determinar a espessura das

foi estabelecida a política de acesso universal à terapia antiretroviral (TARV); e mortalidade estável desde 1998, com cerca de 11 mil óbitos anuais. O “coquetel” ou “esquema triplice” tem três diferentes inibidores de enzimas importantes para a replicação do virus, o que ocorre en-

PESQUISA PRETENDE AVALIAR

CERCA DE 450 PACIENTES, OU

SEJA, TODOS QUE FREQUENTAM OS AMBULATÓRIOS

DO HOSPITAL DIA

carótidas, e da medida da velocidade de onda de pulso, um indicador da rigidez arterial, os pesquisadores têm descoberto alterações cardiovasculares. Alguns deles já apresentam enrijecimento, espessamento e até ateromas. Entretanto, não há anormalidades nos fatores de risco cardiovascular habitualmente investigados. Esses incluem idade, tabagismo, pressão arterial, obesidade abdominal, hipertensão e o perfil lipídico, que é a análise laboratorial de gorduras no sangue (colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos). De acordo com o Ministério da Saúde, os números da AIDS no país são: 545 mil casos reconhecidos, 217 mil mortes; mortalidade crescente até o começo dos anos 90, quando

A participação do paciente

- Se vocês pegassem uns cinco pacientes como eu, vocês ficariam tudo louco! A fala, seguida de gargalhadas, é de Maria, reconhecendo sua “tagarelice” bem humorada, enquanto é preparada para um exame cardiovascular. A intenção é avaliar o grau de rigidez de suas artérias através da medida, com um sofisticado equipamento, da velocidade com que o sangue percorre o trajeto do coração à sua coxa. Ao final do procedimento, vem o resultado: - O coração da senhora não está fazendo muita força para que o sangue chegue na periferia do seu corpo. Então está ótimo. Tá tudo verde por aqui! - É claro! Eu sou palmeirense! Risadas fluem. É nessa atmosfera descontraída, mas de profundo respeito e ética rigorosa, que os pacientes HIV positivos do Hospital Dia, vinculado à Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) vêm passando por avaliações cardiológicas cuidadosas. A proposta de pesquisa clínica do Dr. João Carlos Hueb, do Departamento de Clínica Médica, e sua equipe é contribuir para mostrar a necessidade de novas estratégias para detectar sinais precoces da aterosclerose, uma doença silenciosa que traz grande risco a esses pacientes. O cardiologista Pericles Sidnei Salmazo, que vem conduzindo as avaliações, explica a cada paciente que a intenção é, no fim das contas, “descobrir o risco de infarto e derrame” e também tomar medidas preventivas se houver algum perigo. Mas para entedermos cientificamente essa ameaça, é preciso saber que aterosclerose significa “endurecimento das artérias” e que é uma doença inflamatória em que há formação de placas no interior das paredes dos vasos, chamadas ateromas. Tal quadro pode progredir por décadas sem manifestações clínicas até que ocorra a obstrução completa de artérias ou seu estreitamento acentuado. Então, caso o sangue não chegue a órgãos vitais como o próprio coração ou o cérebro, a doença pode se revelar fatal... “E são esses eventos cardiovasculares trágicos que estão acontecendo com uma porcentagem crescente nos HIV positivos; são as doenças que mais matam esses pacientes”, argumenta Dr. Pericles. A mortalidade causada por doenças cardiovasculares tem, anualmente, crescido dez vezes mais no grupo de pessoas infectadas pelo HIV do que na população em geral, segundo um levantamento recente. O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro e partiu de dados das certidões de óbito brasileiras ao longo de cinco anos. Dr. Hueb diz acreditar que tais estatísticas estejam ainda abaixo do que de fato ocorre, uma vez que, para uma porcentagem significativa dos casos, a causa da morte não é investigada. É contra esse panorama que a pesquisa clínica, em andamento na Faculdade de Medicina de Botucatu, pretende avaliar cerca de 450 pacientes até julho de 2011, ou seja, todos que freqüentam os ambulatórios do Hospital Dia. E os exames realizados desde março (cerca de 150) indicam, preliminarmente, que são necessárias novas estratégias

“Quandoencontramos

quanto este se aproveita do material genético dos leucócitos. “Esses medicamentos desorientam o HIV em sua capacidade de adquirir resistência e achar estratégias para se replicar”, explica Dr. Domingos Alves Meira, idealizador e coordenador do Hospital Dia. Entretanto, o aumento da sobre-

Dr. Péricles entrevista outra paciente e vai preenchendo a ficha de avaliação com nome, sexo, peso, altura, pressão arterial, data de início e esquema do tratamento, valores da carga viral, linfócitos T CD4+ e CD8+ (células alvo do HIV), dentre outros. Ele pede para a pessoa ficar de pé e levantar a blusa; com uma fita métrica, mede sua circunferência abdominal. E explica que dois exames vêm em seguida: uma ultrassonografia e a medida da velocidade de onda de pulso. No primeiro deles, Dr. Hueb manipula habilmente o sensor-emissor de ondas do ultrassom portátil até identificar, por meio das imagens, as regiões de maior e menor espessura do conjunto formado pelas camadas média e íntima (mais interna) da carótida direita; lê os valores encontrados, para o registro. Em seguida, vasculha a extensão da artéria em busca de placas de gordura. Repete, então, o exame para a carótida esquerda. Na sala ao lado, Flávio conduz a outra avaliação do estado das artérias. Ele prepara o paciente e posiciona um sensor em forma de caneta, primeiramente na carótida, e depois sobre a artéria femoral (na parte superior da coxa). Através desses dados, o software do equipamento chamado ShygmoCor estima o tempo que o pulso de sangue leva para sair do coração e chegar até a periferia do corpo, ou seja, sua velocidade nesse percurso. Comparando com o intervalo de normalidade, o resultado revela se as artérias do paciente estão complacentes, permitindo a livre passagem do pulso sanguíneo, ou rígidas, oferecendo resistência ao fluxo de sangue, o que é um indicador bem precoce de disfunção do vaso. A ferramenta é sensível, portan-

vida dos pacientes submetidos ao tratamento têm trazido novos desafios. Variadas pesquisas começam a sinalizar que, tanto a própria infecção crônica pelo HIV, quanto a terapia antirretroviral têm aumentado o risco cardiovascular desse grupo de pessoas (somando-se ainda o risco associado ao envelhecimento). Argumenta-se que isso ocorre porque esses fatores podem alterar o perfil de gorduras do paciente e facilitar a inflamação e a disfunção das paredes das artérias, o que caracteriza, cronicamente, a progressão da aterosclose. Porém, isso não explica como existem placas de ateroma mesmo em pacientes com perfil lipídico normal. Diante deste cenário, Dr. Meira recebeu “de braços abertos” a equipe da pesquisa coordenada pelo Dr. Hueb e conduzida pelo Dr. Péricles. Além deles, contribuem para o estudo a Dra Beatriz Bojikian Matsubara, como orientadora, as estudantes bolsistas Cristina Nascimento Lassie e Paula de Castro Scherer e o fisioterapeuta Flávio Shiraishi.

to, aos primeiros sinais da aterosclerose. Caso encontrem ateromas, valor da espessura ou o grau de rigidez alterados, os pesquisadores sabem que o risco passa a ser alto, ou seja, a probabilidade dessa pessoa passar por evento cardiológico nos próximos 10 anos é maior do que 20%. De acordo com Dr. Pericles: “Quando encontramos alterações, iniciamos a intervenção imediatamente, inclusive medicando e sugerindo o acompanhamento regular”. Sem os exames, relativamente simples e acessíveis, a aterosclerose pode se desenvolver sorrateiramente, aumentando continuamente o risco dos pacientes. Além de dispor de informações para investigar e discernir quais os efeitos da infecção pelo HIV e do tratamento antiretroviral sobre o sistema cardiovascular, os pesquisadores esperam acompanhar também as repercussões das intervenções tomadas. Assim, há boas chances de contribuir para a padronização de uma avaliação eficaz e que poderia ser implantada na rotina da AIDS, conforme as considerações do Dr. Meira. Ciente da relevância do estudo, a equipe continua dedicada às avaliações no Hospital Dia, não sem aproveitar as brechas que o ambiente familiar libera ao divertimento. Antes de apagar as luzes para melhor visualizar as imagens no ultra-som portátil, Dr. Hueb explica à paciente deitada na maca que esse exame é feito para procurar placas de gordura nas artérias do pescoço, ao que o paciente responde: - Vocês vão achar tijolo; não vai ser placa não, doutor! Fluem boas risadas.


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