Inglês Instrumental - Unidade 3

Page 1

Capítulo 5

CAPÍTULO 5 VOCABULÁRIO: PALAVRAS COGNATAS, CONHECIDAS E FALSOS COGNATOS

5.1 Contextualizando Neste capítulo, vamos nos aprofundar ainda mais na questão do vocabulário, pois, no capítulo 3, ficou bem claro para você que, sem um esforço de sua parte para adquirir cada vez mais vocabulário na língua inglesa, será difícil interpretar um texto em inglês apenas com as estratégias até agora aprendidas, já que todas elas partem do princípio de que é a partir do conhecido que desvendamos o desconhecido, como acontece com todo o processo ensino-aprendizagem. Conheceremos os tipos de palavras cognatas existentes e aprenderemos o que são falsos cognatos e quais são os mais comuns na língua inglesa. Incrementaremos a sua lista de palavras conhecidas para que você tenha um vocabulário maior em inglês para, então, poder usar todas as estratégias de leitura aprendidas até agora de uma maneira mais efetiva. Ao final deste capítulo, você deverá ser capaz de: • saber a diferença entre uma palavra cognata e um falso cognato; • reconhecer e saber o significado correto de uma palavra polissêmica (com mais de um sentido); • ler um texto com mais facilidade, pois já terá aprendido mais palavras na língua inglesa e como aplicá-las na interpretação de um texto.

Inglês Instrumental I

99


Capítulo 5

5.2 Conhecendo a teoria Já vimos algumas palavras cognatas no capítulo 3, porém, elas tinham uma característica em comum: suas terminações (sufixos) possuem um sufixo correspondente em português. No entanto, existem outras palavras cognatas que não têm esta característica, mas que são parecidas com o português e, portanto, são facilmente interpretadas. Por outro lado, existem palavras que se parecem com o português, mas cujo significado nada ou pouco tem em comum com a correspondente similar em nossa língua: são os falsos cognatos. Nas próximas seções, veremos esses dois tipos de palavras em detalhe. Também aprenderemos que existem palavras que possuem mais de um sentido, sendo tanto cognatas quanto falsos cognatos.

5.2.1 Palavras cognatas Chamamos de palavras cognatas ou transparentes aquelas palavras em inglês e português, que possuem a mesma etimologia e o mesmo significado nas duas línguas. Os cognatos podem ser idênticos, quando a ortografia é exatamente igual à do português; parecidos, quando uma ou duas letras são diferentes, ou podem não ser tão transparentes, quando apenas o radical é o mesmo. Geralmente, estas palavras são de origem latina ou grega (KATO, 1999; KLEIMAN, 1985). Vejamos alguns exemplos: COGNATOS IDÊNTICOS OU PARECIDOS

COGNATOS NÃO TRANSPARENTES

real (real)

institution (instituição)

president (presidente)

consolidate (consolidar)

candidate (candidato)

society (sociedade)

Ainda existe mais um grupo de palavras cognatas: as que, além do significado aparente, também possuem outro significado: É o caso da palavra abstract. Esta palavra significa “abstrato” e “resumo”. Outro exemplo desse mesmo tipo de palavras cognatas é argument, que significa “argumento” e “discussão”. Chamamos essas de palavras polissêmicas (em grego, poli = muito; sema = significado), as que possuem mais de um significado. Você pode estar pensando que isso tudo é muito complicado, pois como você vai saber qual dos dois significados você vai escolher se este tipo de cognato aparecer em um texto? Esperamos que você esteja lembrado da importância do

100

Inglês Instrumental I


Capítulo 5

contexto, como foi visto no capítulo 2. Nessa situação, quando uma palavra cognata com duplo sentido aparecer, você considerará o contexto em que ela está inserida. Veja o exemplo a seguir: I need to write my abstract for my monograph.

Pelo contexto, não fica difícil perceber que o significado de abstract, neste caso, é “resumo”, pois todo mundo sabe que numa monografia é necessário escrever-se um resumo, que, aliás, se chama abstract, quando é feito em inglês. Vamos a outro exemplo? I do not want to talk to Peter. We had an argument yesterday night.

Aqui também fica fácil deduzir que argument se refere a uma discussão, pois a pessoa não quer falar com Peter porque teve uma discussão com ele ontem. Vejamos exemplos de algumas palavras cognatas e seus significados. Inglês

Português

Inglês

Português

Radio

Rádio

Different

Diferente

Real

Real

Connect

Conectar

Music

Música

Comic

Cômico

Area

Área

Material

Material

Human

Humano

Potential

Potencial

Idea

Ideia

Minute

Minuto

Factor

Fator

Economy

Economia

Garage

Garagem

Accidental

Acidental

Regular

Regular

Example

Exemplo

Latin

Latim

Persistent

Persistente

Mission

Missão

Decide

Decidir

Offensive

Ofensivo

Future

Futuro

Comedy

Comédia

Positive

Positivo

Video

Vídeo

Important

Importante

Anthena

Antena

Psicopath

Psicopata

Inglês Instrumental I

101


Capítulo 5

CURIOSIDADE Nem todo mundo reconhece um cognato quando o lê se ele não for um cognato transparente como real, area, video, por exemplo. A noção de cognato, portanto, é bem pessoal, e depende de se fazer relações lógicas entre o inglês e o português. Psicopath pode ser cognato para uns e não ser para outros assim como mission, que pode não lembrar missão para algumas pessoas. O importante é prestar atenção no radical e deduzir a terminação. É claro que, nesses casos de cognatos não transparentes, o contexto ajudará a deduzir a palavra.

5.2.2 Falsos cognatos e cognatos enganosos Normalmente, as pessoas referem-se aos falsos cognatos como aquelas palavras em inglês que se parecem na forma escrita com palavras em português, entretanto, possuem significados diferentes nas duas línguas. Na verdade, existem dois tipos de palavras em inglês que parecem com o português, mas possuem significados diferentes nas duas línguas: elas podem ter etimologias (origens) iguais, mas os seus significados serem diferentes. Estes são os cognatos enganosos. Em contrapartida, elas podem ter etimologias diferentes, mas se parecerem fonológica ou morfologicamente (no som ou na escrita). Estes são os falsos cognatos (SANTOS, 1981). Eles são falsos cognatos porque, na verdade, as suas origens são diferentes: existe apenas uma coincidência na forma de escrever. Por exemplo, bald parece com balde, mas as origens dessas duas palavras são diferentes: bald (careca) é de origem inglesa e balde não se sabe a origem, mas, pelo significado, vemos que são completamente diferentes. É importante também lembrar que é forte a presença de vocábulos de origem latina no inglês, sendo que a porcentagem de ocorrência dessas palavras como falsos cognatos em relação ao português é insignificante - menos de 0,1%. Portanto, o iniciante no aprendizado de inglês não deve preocupar-se com qualquer probabilidade de erro ao interpretar palavras do inglês parecidas com palavras do português. Observe os exemplos a seguir: • Exemplos de Cognatos enganosos

102

Inglês Instrumental I


Capítulo 5

VOCÁBULO

SIGNIFICADO

ETIMOLOGIA COMUM

Attend Atender

frequentar (escola) dar atenção, prestar auxílio

Lat.: attendere Lat.: attendere

Expert Esperto

perito espertalhão, inteligente

Lat.: expertu(m)

Fabric Fábrica

tecido, pano estabelecimento industrial

Lat.: fabrica Lat.: fabrica

Intend Entender

pretender, tencionar compreender

Lat.: intendere Lat.: intendere

Lat.: expertu(m)

• Exemplos de Falsos Cognatos VOCÁBULO

SIGNIFICADO

ETIMOLOGIA

bald

careca, calvo

Ing. balde/belde/ball (ficar redondo como uma bola, como quando o cabelo é removido)

balde

recipiente

origem controversa

bravo

muito bem!

It. bravo (muito bem)

bravo

furioso, irado

Lat. Barbaru

contest

competição

Lat. Contestari

contexto

encadeamento das ideias de um texto

Lat. Contextu

Que tal um exemplo de um pequeno texto com um falso cognato? Este é um trecho da música The great pretender, composta por Buck Ram e cantada por Fred Mercury, do grupo musical inglês Queen: TEXTO 1 Oh yes I’m the great pretender Pretending I’m the great pretender Pretending I’m doing well My need is such I pretend too much I’m lonely but no one can tell...

Se você considerar o contexto e entender o 3º e 6º versos, verá que pretend não é “pretender” e, sim, “fingir”, pois a letra diz nestes versos: “fingindo que estou bem” e depois: “Estou só mas ninguém pode perceber”. Veja como os dois versos são opostos: primeiro a pessoa diz que está bem, depois ela diz que está só e que ninguém pode perceber. Podemos concluir,

Inglês Instrumental I

103


Capítulo 5

então, que pretend, pretending e pretender significam “fingir”, “fingindo” e “fingidor”, respectivamente. São variações de um mesmo falso cognato: pretend. O verbo “pretender” em inglês, caso você esteja curioso(a), é intend. Observe estes exemplos com um falso cognato:

Actual Devido à frequência com que é empregado e à similaridade que tem com a palavra portuguesa “atual”, o adjetivo actual faz parte da lista clássica de falsos cognatos. Actual significa real, verdadeiro - ou, dependendo do contexto, propriamente dito ou em si. Veja nos exemplos: The students didn’t fully understand the text until the teacher explained to them the actual meaning of some of the words in it. Os alunos não entenderam completamente o texto, até que o professor explicou a eles o verdadeiro significado de algumas palavras. “This is just the trailer”, Bob explained to his friends. “The actual movie hasn’t started yet.” “Isto é só o trailer”, Bob explicou aos amigos. “O filme em si não começou ainda.” Como dizer “atual”? Duas opções usuais são os adjetivos present e current: Dennis is not happy with his present job and plans to look for another one. Dennis não está contente com o emprego atual e planeja procurar outro. “What’s the current status of the project?”, Mr. Dalton asked the engineers. “Qual é a situação atual do projeto?”, o sr. Dalton perguntou aos engenheiros. A seguir, alguns dos falsos cognatos e cognatos enganosos da língua inglesa. Esperamos que, com o tempo, você possa memorizar vários deles. Isto

104

Inglês Instrumental I


Capítulo 5

facilitará a sua compreensão correta de textos em inglês. Que tal alguns exemplos de frases contendo falsos cognatos? • I love novels but I don´t like soap operas. (Adoro romances, mas não gosto de novelas.) • Paul could not realize that Chris was sick. (Paul não podia perceber que Chris estava doente.) • The policy of this company does not admit this behavior. (A política desta empresa não admite este comportamento.) • Go through the exit door to get to the other side. (Vá pela porta de saída para ir ao outro lado.) • She does not support me. (Ela não me apoia.) Outra dificuldade em interpretar o significado de algumas palavras reside na polissemia. Denomina-se polissemia a multiplicidade de significações para a mesma palavra. Se o leitor não dominar o assunto do texto, ou não considerar o contexto, cairá em verdadeiras armadilhas. Vejamos alguns exemplos: Affection - afecção (med.), afeição Assume (v.) - assumir, admitir, aceitar Anecdotic - não documentado, anedótico, narrativa jocosa. Aspect - aspecto, lado, face Attend - atender, acompanhar, frequentar Casuality - casualidade, acidente, desastre Compass - compasso, bússola Consistent - consistente, compatível, congruente Elegant - elegante, precisão científica (pesquisa) Envelope - envelope, invólucro, envoltório Fatality - fatalidade ou morte por acidente Figure - figura, número Fluid - líquido, fluido Inoculate (v.) - inocular, propagar, disseminar

Inglês Instrumental I

105


Capítulo 5

Instance - instância, exemplo, caso ilustrativo Legend - lenda ou legenda Medicine - medicina, remédio Sequel - sequela, sequência Subject - sujeito, tema, matéria Succeed - suceder; ter êxito, ser bem-sucedido. Fonte: Disponível em: <online.babylon.com/combo/index.html>. Acesso em: 20 set. 2010 (Traduções com adaptações).

5.2.3 Palavras conhecidas Chamamos de palavras conhecidas aquelas palavras em inglês que fazem parte do vocabulário básico de um estudante de inglês instrumental. São aquelas palavras que a maioria dos universitários conhece, mesmo sem saber falar inglês, porque as aprendeu na escola ou no seu cotidiano. O ensino do inglês instrumental para leitura de textos é ministrado aos alunos do ensino fundamental e do ensino médio, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, 1999). Portanto, tendo já passado pelo exame Vestibular, o aluno universitário deveria possuir um vocabulário básico de inglês adquirido anteriormente com o qual pôde realizar o exame. Hoje em dia, por causa do fenômeno da globalização e do acesso à Internet, este número de palavras é cada vez maior, mesmo para quem não domina o inglês falado. Você poderá observar isso nos exemplos a seguir: • • • • • •

Love (amor) Life (vida) Printer (impressora) Big (grande) Boy (menino) Girl (menina)

EXPLORANDO <http://www.stories.org.br> Este é um ótimo site contendo narrativas em inglês e a tradução lado a lado. Uma boa maneira de aumentar o seu vocabulário e de ler histórias interessantes.

106

Inglês Instrumental I


Capítulo 5

Como interpretar o léxico Você já deve ter percebido, pelo capítulo 3 e por este capítulo, que o léxico (as palavras de uma língua) é essencial para se entender um texto em língua inglesa e em qualquer língua, na verdade. Você percebeu que, quanto mais palavras você souber, mais fácil fica entender um texto? Mas é claro que somente conhecer palavras soltas em inglês não vai dar conta de interpretarmos corretamente um texto em inglês. Quando falamos de palavras conhecidas, também nos referimos a expressões conhecidas, como: You´re welcome (de nada, em resposta a um agradecimento), by the way (a propósito, para mudar de um assunto para outro). Gostaríamos de chamar a sua atenção de que, nas línguas, as palavras não vêm sozinhas. Na maioria das vezes, elas vêm aos pares, ou em grupos, formando um só significado. Esse fenômeno é chamado de chunking em inglês, que quer dizer agrupamento (LEWIS, 1993). Ter essa noção é importantíssimo para se ler um texto em inglês, pois os alunos, em geral, se preocupam demais com as palavras isoladas, quando deveriam perceber que a nossa compreensão não se dá palavra por palavra, mas, sim, por grupos de palavras. Vejamos mais alguns exemplos de chunks, ou agrupamentos de palavras: • • • • • • • • • • •

Up to now - até o momento Upside down - de cabeça para baixo If I were you - se eu fosse você A long way off - um longo caminho pela frente Out of my mind - fora de mim Totally convinced - totalmente convencido Strong accent - sotaque carregado Terrible accident - um acidente terrível Sense of humour - senso de humor Sounds exciting - parece excitante Brings good luck - traz boa sorte

Você deve estar se perguntando qual a utilidade de saber esses e outros grupos de palavras. Relembrando a estratégia da dedução, ou previsão, se você vir uma parte dessas expressões, e se você já as conhecer, fica fácil deduzir

Inglês Instrumental I

107


Capítulo 5

o resto. Em português, por exemplo, há o agrupamento estar redondamente enganado. Não se usa redondamente errado, ou redondamente certo. Se alguém começa falando: Você está redondamente _______, completamos automaticamente com enganado, pois é assim o seu uso na língua portuguesa. Em inglês procede-se do mesmo jeito. Se alguém começa falando It brings good ____________ só podemos completar com luck, porque é assim que se usa esta expressão na língua inglesa. O mais importante dessa noção é nos conscientizarmos de que lemos e entendemos grupos de palavras, portanto, de nada adianta apenas saber o significado isolado de cada palavra e, sim, perceber com que outras palavras ela está combinada e, aí, sim, entender este grupo de palavras como um todo. Por exemplo, pensando no substantivo “ônibus”, em inglês bus, que combinações de palavras nós podemos usar com esse substantivo? De forma isolada, a palavra pode ser bastante conhecida por muitos estudantes de inglês, porém, apenas conhecê-la não ajudará tanto no entendimento de um texto, já que esta palavra pode vir combinada com várias outras e é preciso conhecer o seu significado como um todo. A seguir, veremos alguns exemplos de combinações com a palavra “ônibus”: pegar o ônibus, esperar pelo ônibus, entrar no ônibus e perder o ônibus.

Catch the

Wait for the

BUS Get on the

Miss the

Como você pôde perceber, além de conhecer o significado da palavra bus, é preciso saber com que outras palavras ela pode aparecer para sabermos o significado de um grupo de palavras que sempre aparecem juntas.

108

Inglês Instrumental I


Capítulo 5

5.3 Aplicando a teoria na prática Vamos aplicar os conhecimentos sobre cognatos, falsos cognatos e palavras conhecidas? Leia o Texto 2 e veja quantas palavras cognatas ele contém, o que facilita sua interpretação. Além disso, ele contém palavras conhecidas e marcas tipográficas, como números. Cuidado com dois falsos cognatos. TEXTO 2 After just eight months in office, President Luiz Inácio Lula da Silva of the leftwing Workers’ Party has won congressional approval for economically critical and politically controversial pension and tax reforms. Now, however, da Silva faces a bigger challenge: reviving Brazil ‘s economy. In 2003’s first half, Brazil’s economy fell into recession. Most economists expect growth for the entire year to be a miserly 1%. And a government linked research group recently embarrassed ministers by predicting growth of just 0.5% in 2003. Taxes are a serious obstacle to growth. Brazil’s tax burden is among the highest in the world, equal to 41.7% of salaries. Reforms now proceeding through Congress will simplify the tax system, but won’t reduce the total burden. That will be possible only if interest rates fall and the government can keep spending in check, thereby reducing the amount of money needed to pay its own debts. For now, Brazil’s economy is going nowhere. Fonte: Wheatley, J. (adaptado de Business Week. set, 2003).

Então, resolveu a questão? Vejamos agora juntos os resultados: as marcações em negrito referem-se às palavras cognatas, o sublinhado, às palavras conhecidas e o sombreado, aos dois falsos cognatos (interest, na verdade, é uma palavra polissêmica, pois pode significar “interesse”, mas, no texto, por causa do contexto, ela significa “juros”) e tax, taxes é um falso cognato que significa “imposto(s)” e não “taxa(s)”. After just eight months in office, President Luiz Inácio Lula da Silva of the leftwing Workers’ Party has won congressional approval for economically critical and politically controversial pension and tax reforms. Now, however, da Silva faces a bigger challenge: reviving Brazil ‘s economy. In 2003’s first half, Brazil ‘s economy fell into recession. Most economists expect growth for the entire year to be a miserly 1%. And a government linked research group recently embarrassed ministers by predicting growth of just 0.5% in 2003. Taxes are a serious obstacle to growth. Brazil ‘s tax burden is among the highest in the world, equal to 41.7% of salaries. Reforms now proceeding through Congress will simplify the tax system, but won’t reduce the total burden. That will be possible only if interest rates fall and the government can keep spending in check, thereby reducing the amount of money needed to pay its own debts. For now, Brazil’s economy is going nowhere. Fonte: Wheatley, J. (adaptado de Business Week. set, 2003).

Inglês Instrumental I

109


Capítulo 5

Praticamente metade das palavras do Texto 2 são cognatas. Lendo apenas as palavras em negrito, as que estão sublinhadas e sabendo os falsos cognatos, você consegue ter uma ideia do que trata o texto. Ela trata das reformas do governo Lula, aprovadas pelo congresso para ajudar o Brasil a sair da recessão (esse texto é de 2003) e com uma previsão de crescimento pequena (de 0,5% a 1%).

5.4 Para saber mais Título: Guia prático da tradução inglesa Autor: A. S. Santos

Editora: Cultrix

Ano: 1981

Você encontrará neste livro um glossário dos falsos amigos, homônimos e parônimos do vocabulário inglês contemporâneo, com tradução e interpretação de todos os significados estranhos à língua portuguesa.

Título: Os falsos cognatos na tradução do inglês para o português Autor: MASCHERPE, M.; ZAMARIN, L.

Editora: Difel

Ano: 1980

Neste livro, os autores mostram como não traduzir de maneira errada, prestando atenção aos falsos cognatos, com exemplos de frases e como traduzi-las. Ele também traz uma lista exaustiva dos falsos cognatos, além de expressões idiomáticas enganosas.

Título: Inglês na ponta da língua. Método inovador para melhorar seu vocabulário Autor: Denilso de Lima

Editora: Elsevier

Ano: 2004

Este é um livro sobre como usar a combinação de palavras para entender melhor o inglês e o autor dá outras sugestões para melhorar o seu vocabulário.

5.5 Relembrando Neste capítulo, você aprendeu que: • As palavras cognatas representam uma grande parte do vocabulário da língua inglesa e estão divididas em cognatos transparentes e não transparentes.

110

Inglês Instrumental I


Capítulo 5

• Existe 1% de palavras em inglês que se parecem na forma com palavras em português, mas possuem significados diferentes: são os falsos cognatos ou cognatos enganosos. • Existem palavras que são polissêmicas, isto é, possuem mais de um significado, tanto podem ser cognatas como serem falsos cognatos, tudo dependerá do contexto em que elas são usadas. • Não devemos tentar entender um texto palavra por palavra, mesmo que estas sejam conhecidas, e, sim, perceber os agrupamentos (chunks) de palavras como um todo, tentando entender esses grupos de palavras, pois, nas línguas, o entendimento não se dá por palavras isoladas, mas por grupos de palavras.

5.6 Testando os seus conhecimentos No Texto 3, a seguir, quais palavras são cognatas e quais são falsos cognatos? Existe alguma palavra nesses dois grupos que pode ter mais de um significado (polissêmica)? Leia o texto extraído de uma entrevista com um americano que se mudou para a China e teve que aprender a falar Mandarim. TEXTO 3 […] What do you think is important for Americans to understand about China? Before we went, I thought this is a massive country of 1.3 billion people and it’s like a monolith — one big, unified nation of people who are all moving in the same direction very fast. But after being there on the ground in the country, I learned that it is actually a country of 1.3 billion individuals who are all working in their own personal way to try to make their lives better. The daily life of China is much more like a Chinese fire drill than it is a nation acting in unity. It’s important not to be fearful of this country, but rather to learn as much about it. We have less to fear and more to embrace in our relationship with China than we might think. What about the language? Should more Americans be learning Chinese? More Americans should be learning any language and more languages, not just one. But certainly for this generation of kids, it would be a really wise choice to start to learn some Mandarin because it will open such a world to them. Not that Mandarin is going to take over the world, but that it will open opportunities to work, to live, to communicate, to understand a country that is going to be so important in our future. Fonte: Disponível em: <http://www.time.com/time/world/article/0,8599,2019179,00.html#ixzz0zcahnyNH>. Acesso em: 10 set. 2010.

Inglês Instrumental I

111


Capítulo 5

Onde encontrar BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira. Brasília, 1998. ______. ______. Secretaria de Educação Média. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília, 1999. KATO, M. O aprendizado da leitura. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. KLEIMAN, A. Estratégias de inferência lexical na leitura de segunda língua. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 1985. LEWIS, M. The lexical approach. Hove: Language Teaching Publications, 1993. LIMA, D. de. Inglês na ponta da língua: método inovador para melhorar seu vocabulário. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. MASCHERPE, M.; ZAMARIN, L. Os falsos cognatos na tradução do inglês para o português. São Paulo: Difel, 1980. MUNHOZ, R. Inglês instrumental: estratégias de leitura. São Paulo: Textonovo, 2000. OLIVEIRA, S. R. Estratégias de leitura para inglês instrumental. Brasília: Ed. UnB, 1994. SANTOS, A. S. dos. Guia prático da tradução inglesa. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cultrix, 1981.

112

Inglês Instrumental I


Capítulo 6

CAPÍTULO 6 A ESTRUTURA GRAMATICAL E SINTÁTICA DA LÍNGUA INGLESA

6.1 Contextualizando Neste capítulo, vamos estudar a estrutura gramatical e sintática da língua inglesa, isto é, como se organiza cada oração em inglês e também outras estruturas menores. Veremos ainda que a língua inglesa, no geral, possui estrutura oracional semelhante à do português. No entanto, existem algumas exceções, as quais nós estudaremos mais detalhadamente, pois essas estruturas são diferentes das do português e podem causar dificuldades no momento de sua interpretação. Dentre essas estruturas menores que uma oração, os grupos nominais merecem destaque, porque são estruturas inversas às do português. Saiba que estaremos tomando como base Milanez (2009) em nossas discussões. Ao final deste capítulo, você será capaz de: • Interpretar mais facilmente as orações em inglês por conhecer a sua estrutura; • Reconhecer um grupo nominal e aplicar as estratégias de interpretação específicas para esta estrutura; • Deduzir, pela estrutura, as partes de uma oração que contêm palavras não conhecidas.

Inglês Instrumental I

113


Capítulo 6

6.2 Conhecendo a teoria A estrutura sintática das orações em inglês é semelhante à do português, isto é: sujeito + verbo e complemento + circunstâncias. Para facilitar a compreensão e não sermos muito técnicos, simplificaremos esta formulação da seguinte forma:

Quem? + O quê? + Como?/Quando?/Onde?/Por quê?

Toda a oração em inglês (e também em português) possui alguém (Quem?) que faz ou sofre alguma coisa (O quê?) em uma determinada circunstância (Como?/Quando?/Onde?/Por quê?). Vamos a um exemplo disso: 1)

John eats a sandwich everyday. (John come um sanduíche todo dia).

Quem? = John O quê? = eats a sandwich Quando? = everyday Diferentemente do português, a ordem dos elementos desta estrutura é mais ou menos fixa em inglês. Nossa língua permite muitas inversões e não se pode garantir nunca que esses três termos venham sempre nessa ordem. Vejamos alguns exemplos: 2) 3) 4) 5)

Todo dia, John come um sanduíche. Come um sanduíche todo dia o John. Um sanduíche John come todo dia. Um sanduíche todo dia John come.

Em inglês, a única alternativa possível para esta frase (mesmo assim, essa ordem não é muito usada) seria: 6)

Every day, John eats a sandwich.

Existem outras posições para algumas circunstâncias de tempo (Quando?) e veremos alguns desses exemplos mais adiante.

114

Inglês Instrumental I


Capítulo 6

Cremos que você deve estar percebendo que, por não ser tão flexível quanto a nossa língua, em inglês fica mais fácil descobrir esses três elementos essenciais de uma oração. Nas frases afirmativas, como a do nosso exemplo, Quem vem sempre antes de O quê e Como/Quando/Onde/Por quê? vem geralmente por último, podendo vir também no início. Já que o Quem e o O quê vêm sempre na mesma ordem, mesmo que as circunstâncias (Como/Quando/Onde/Por quê?) venham deslocadas, fica mais fácil descobri-las, porque serão as que restarem depois de identificados o sujeito (Quem?) e o verbo com seu complemento (O quê?). Vejamos alguns exemplos com as circunstâncias de tempo (em negrito) em posições variadas: 7) 8) 9) 10) 11)

The girls always come to school late. (As meninas sempre vêm para a escola tarde.) This bus is never early. (Este ônibus nunca está adiantado.) Sometimes, I go to the movies. (Às vezes, eu vou ao cinema.) I sometimes go to the movies. (Eu, às vezes, vou ao cinema.) I go the movies sometimes. (Eu vou ao cinema às vezes.)

Sometimes é o único advérbio (circunstância) em inglês que pode aparecer em tantas posições dentro da oração, mas é uma exceção. Vamos tentar encontrar nesses exemplos Quem e O quê? 7)

Quem? = the girls O quê? = come to school

8)

Quem? = This bus O quê? = is early

9)

Quem? = I O quê? = go to the movies

Inglês Instrumental I

115


Capítulo 6

PRATICANDO

Que tal fazer o mesmo com os exemplos 10 e 11?

6.2.1 Os grupos nominais: estruturas diferentes das do português Você deve ter notado que, dentro dessa estrutura maior, que é a oração, aparecem estruturas menores, que fazem parte do Quem e do O quê. Também pôde observar pelos exemplos, que, normalmente, essas estruturas possuem um verbo e/ou um substantivo como palavra mais importante (núcleo) no que se refere ao sentido. Isso acontece porque os verbos e os substantivos são as classes de palavras mais importantes das línguas. É a partir delas que construímos o significado. Quando um único termo não é suficiente para suprir a referência necessária a um substantivo, normalmente acrescentam-se mais termos para limitar este termo mais geral. Quando um substantivo não é bastante específico para o que se pretende comunicar, acrescentamos os modificadores (adjetivos ou palavras com função adjetiva), a fim de construirmos uma referência mais específica. “Modificador é um termo técnico em lingüística que não significa mudar realmente algo e sim limitar, restringir ou caracterizar o significado” (KURLAND, 2003, p. 2). Temos, assim, um grupo nominal.

DEFINIÇÃO Um grupo nominal é composto por um núcleo (um substantivo), podendo ter um modificador, ou modificadores (adjetivos, substantivos ou verbos com função adjetiva), e/ou determinantes (artigos, pronomes, numerais etc.) (TAYLOR, 2002).

116

Inglês Instrumental I


Capítulo 6

Na língua inglesa, assim como na língua portuguesa, os adjetivos podem ser classificados em atributivos, quando são ligados diretamente à palavra a que se referem, ou em predicativos, quando esta ligação dá-se por meio de um verbo, como no exemplo (12). Interessam-nos os adjetivos atributivos, como no exemplo (13), já que são eles, juntamente com o substantivo-núcleo (SN), que formarão os tipos de grupos nominais que estudaremos. Observe o exemplo de adjetivo predicativo: 12)

The girl is beautiful. (A menina é bonita.)

Existem dois tipos de grupos nominais na língua inglesa: aqueles cujos modificadores antecedem o núcleo (adjetivos atributivos) e aqueles cujos modificadores estão posicionados após o núcleo (locuções adjetivas): Como o segundo tipo (14) possui a mesma ordem que as locuções na língua portuguesa, não nos ateremos a ele neste capítulo. Estudaremos apenas o primeiro tipo (13), pois, por ter a ordem dos elementos inversa à do português, ele pode causar dificuldades de interpretação. Veja os exemplos dos dois tipos de grupos nominais: 13)

An interesting woman.

14)

A man of respect. (Um homem de respeito.)

Em alguns aspectos, certas estruturas de unidades lexicais da língua inglesa são bem diferentes das do português. É o que acontece com os grupos nominais que possuem adjetivos atributivos, como o exemplo (13), onde o modificador antecede o núcleo. Este é o tipo de grupo nominal mais comum na língua inglesa. A interpretação dos grupos nominais em português, assim como de toda nossa língua, dá-se da esquerda para a direita, diferentemente deste tipo de grupo nominal em inglês, cuja interpretação dá-se da direita para esquerda. A estrutura sintática mais comum dos grupos nominais com adjetivo atributivo na língua portuguesa é: (DETERMINANTE(S)) + NÚCLEO + MODIFICADOR(ES) Exemplo: 15)

Uma mulher interessante.

Inglês Instrumental I

117


Capítulo 6

Na língua inglesa, no entanto, este grupo nominal possui a estrutura: (DETERMINANTE(S)) + MODIFICADOR(ES) + NÚCLEO Exemplo: 16)

Five different boxes. (Cinco caixas diferentes.)

O fato de a ordem dos elementos desta estrutura em inglês ser diferente da do português pode acarretar dificuldades de interpretação por parte de leitores brasileiros de textos escritos na língua inglesa. O grupo nominal é uma das unidades lexicais mais comuns nas frases da língua inglesa (KURLAND, 2003). Isto pode ser comprovado tomando-se qualquer trecho de um texto escrito em língua inglesa, qualquer que seja o gênero, como este retirado de uma notícia de jornal (17), por exemplo: 17)

The stock market´s summer swoon turned into a dramatic rout Monday as the Dow Jones industrial average plunged (KURLAND, 2003, p. 4). (A queda de verão do Mercado de Ações transformou-se em uma segunda-feira confusa dramática quando a média industrial do Dow Jones caiu.)

Kurland (2003) acrescenta que os determinantes podem aparecer em primeiro lugar em um SN ou nem mesmo aparecerem, e que estas palavras assinalam o início de um SN. Esta noção é muito importante para o leitor de inglês não nativo perceber que se trata de um SN e que, portanto, ele deverá ter atenção redobrada ao interpretá-lo. Vejamos quais são os tipos de determinantes que podem iniciar um grupo nominal em inglês: • Especificação: a, the, very (um, uma, o, os, a, as, muito (a)); • Designação: this, that, those, these (este, esta, isto, aquele, aquela, aquilo, esse, essa, isso, aqueles, aquelas, esses, essas, estes, estas); • Possessivo: my, your, its, their, Mary´s (meu, seu, dele, dela, deles, delas, de Mary); • Número: one, many (um, muitos(as)). Em inglês, os adjetivos não possuem uma forma característica e pode ser difícil reconhecê-los meramente pela estrutura fonética, sendo necessário

118

Inglês Instrumental I


Capítulo 6

analisar a estrutura sintática em que estão inseridos. Na ocorrência de mais de um modificador e, principalmente, quando este tem origem substantiva ou verbal, as dificuldades de interpretação são ainda maiores. Em português, não é comum o uso de vários modificadores antepostos, como em inglês, por exemplo (21), e é raro o uso de substantivos como modificadores, fato que só acontece em português nos substantivos compostos, como no exemplo (18), onde o substantivo modificador aparece posposto ao substantivo núcleo. Na nossa língua, os modificadores envolvendo substantivos normalmente vêm acompanhados de preposição, formando uma locução adjetiva posposta ao núcleo, como no exemplo (19): 18)

Homem-bomba.

19)

Reunião de gabinete.

No exemplo (19), o modificador é de gabinete e o núcleo é reunião. O mesmo grupo nominal, em inglês, seria: 20)

Board meeting.

No exemplo (20), o núcleo é meeting e o modificador é board e este antecede o núcleo. Compare com o correspondente em português e observe a diferença: Em inglês não existe a preposição antes do substantivo gabinete (board) e este vem antes do núcleo. Na ocorrência de mais de um modificador representado por substantivo, como em (21), onde temos três substantivos funcionando como modificadores, a única maneira de identificá-los como tal é a sua posição à esquerda do núcleo, pois eles não estão acompanhados de preposição como em português no exemplo (19): 21)

Toy Formula-1 race car.

22)

Carro de corrida de Fórmula 1 de brinquedo.

As locuções adjetivas, que aparecem após o núcleo em português, são compostas de preposição e substantivo, o que torna mais fácil o reconhecimento do núcleo carro. O mesmo não ocorre em inglês com os modificadores antepostos ao núcleo, onde temos apenas a sucessão de substantivos, um após outro, e

Inglês Instrumental I

119


Capítulo 6

cabe ao leitor perceber a relação sintática e semântica entre o substantivo mais à direita (núcleo) e os outros substantivos modificadores (22) à esquerda.

CURIOSIDADE Para um leitor brasileiro sem muita experiência na língua inglesa, o grupo nominal em (21) pareceria apenas uma sucessão de substantivos sem nenhuma relação aparente entre eles: toy (brinquedo), Formula-1 (Fórmula 1), race (corrida), car (carro), o que torna mais difícil a sua interpretação. Já em português (22), temos a relação estabelecida pelas preposições (de) e fica fácil perceber que se trata de locuções adjetivas, isto é, de modificadores do substantivo-núcleo carro.

Mesmo quando o leitor possui um vocabulário razoável na língua inglesa, ele ainda precisa lidar com o fato de que, ao interpretar os grupos nominais com modificadores antepostos ao núcleo, precisará parafraseá-los, incluindo preposições que indicarão o tipo de relação sintática e semântica que o modificador possui com este núcleo. Isso requer não só o conhecimento da estrutura gramatical da língua inglesa e das relações semânticas mais comuns entre modificador e núcleo, mas também o conhecimento de sua própria língua para escolher quais preposições em português indicarão essas relações. Podemos notar que, em termos estruturais, os adjetivos em posição predicativa em inglês assemelham-se aos da língua portuguesa com relação à sua posição na oração. Em função disto, normalmente não há muita dificuldade em interpretar tais estruturas em inglês, já que a ordem das palavras é a mesma nas duas línguas. Por esta razão, não nos ateremos aos adjetivos em posição predicativa nesta seção. Vejamos dois exemplos: 23)

A lua estava incrível. (The moon was incredible.)

24)

Ela o chamou de louco. (She called him insane.)

Por outro lado, o mesmo não acontece com os adjetivos em posição atributiva. Devido à diferença na estrutura desses grupos nominais entre as duas línguas, os grupos nominais formados por adjetivos em posição atributiva e por outras classes de palavras com função adjetiva são motivo de especial dificuldade na interpretação de textos da língua inglesa.

120

Inglês Instrumental I


Capítulo 6

Segundo Cunha (1972, p. 268, grifos do autor), com relação à língua portuguesa: Sabemos que, na oração declarativa, prepondera a ordem direta, que corresponde à seqüência progressiva do enunciado lógico. Como elemento acessório da oração, o adjetivo em função de adjunto adnominal deverá, portanto, vir com maior freqüência depois do substantivo que ele qualifica. Mas sabemos, também, que ao nosso idioma não repugna a ordem chamada inversa, principalmente nas formas afetivas da linguagem, e que a antecipação de um termo é, de regra, uma forma de realçá-lo.

A ordem mais comum dos adjetivos atributivos em inglês é o que Cunha (1972) chama de ordem inversa, em português, isto é, o adjetivo vem antes do substantivo-núcleo. A fim de ilustrar esta diferença entre as duas línguas, no que se refere aos adjetivos atributivos, vejamos os seguintes exemplos: 25)

Um dia triste.

26)

Um viandante negro, sombrio, pálido, arquejante (CUNHA, 1972 apud ALVES, 1960, p. 270).

27)

A charming, elegant, blond-haired woman. (Uma mulher loira, elegante e charmosa.)

O uso de vários adjetivos coordenados em posição atributiva um após outro não é muito comum na língua portuguesa, salvo em textos literários, como no exemplo (26), enquanto que na língua inglesa encontramos este tipo de estrutura na língua escrita de modo geral, como no exemplo (27). Outros grupos nominais em inglês não apresentam coordenação, mas apenas os modificadores em sequência, sem preposições, como no exemplo (30). Este tipo de estrutura inexistente em nossa língua. Nosso interesse é estudar a interpretação desses tipos de grupos nominais, e de outros incomuns em português, porque esses são mais difíceis de interpretar por leitores não nativos de inglês, visto que essas estruturas são diferentes nas duas línguas. Alguns grupos nominais em inglês são curtos, como em português: 28)

The table (a mesa).

29)

The wooden table (a mesa de madeira).

Inglês Instrumental I

121


Capítulo 6

Entretanto, outros podem ser bem mais longos. Isso ocorre em português apenas com os adjetivos coordenados por conectivos ou pontuação, ou por adjuntos adnominais em série, que contêm preposição (KURLAND, 2003, p. 4): 30)

The second shiny red Swedish touring car. (O segundo carro de passeio, sueco, vermelho e brilhante.)

31)

My carved green Venetian glass salad bowl. (Minha tigela de salada de vidro veneziano verde entalhado.)

Os grupos nominais mais longos, como nos exemplos (r) e (s), por não serem tão comuns na língua portuguesa, merecem especial atenção no momento de sua interpretação do inglês para o português. Kurland (2003) chama a atenção para o fato de que cada uma destas construções funciona como uma única unidade. O autor acrescenta, ainda, que a habilidade de reconhecer e entender um grupo nominal é importante para lermos ideias e não palavras, já que a compreensão de textos dá-se por grupos de palavras e não por palavras isoladamente (NUTTALL, 1998). Isto já foi visto no capítulo anterior, pois o conhecimento das várias possibilidades de se construir um grupo nominal mais longo é essencial para a interpretação de um texto em inglês. Quirk et al (1985) observam que não podemos dizer se uma palavra é um adjetivo apenas olhando para ela isoladamente, pois a forma não indica necessariamente a sua função sintática. Alguns adjetivos até possuem sufixos que os caracterizam, como, por exemplo –ous, -able, como em generous, sociable (generoso, sociável), ou –y, nos adjetivos derivados de substantivos, como cloudy, sunny (nublado, ensolarado), mas outros tantos adjetivos muito comuns não possuem nenhuma identificação em sua forma: good, bad, old, thin (bom, mau, velho, magro), por exemplo. Quirk et al (1985) chamam a atenção para o fato de que a maioria dos adjetivos pode ser modificada por um intensificador como very em: 32)

Very happy children. (Crianças muito felizes.)

Finalmente, os adjetivos podem tomar a forma comparativa e superlativa em sua maioria. Veremos estas estruturas com maior detalhamento no próximo capítulo:

122

Inglês Instrumental I


Capítulo 6

33) 34)

The children are happier now. (As crianças estão mais felizes agora.) They are the happiest people I know. (Eles são as pessoas mais felizes que conheço.)

Quirk et al (1985) explicam que os adjetivos são atributivos, quando modificam os substantivos, e que aparecem entre o determinante e o núcleo do grupo nominal, que é o substantivo. 35) 36)

The beautiful painting. (A bela pintura.) His main concern. (Sua preocupação principal.)

Outra característica apontada por Quirk et al (1985, p. 140) é o fato de alguns adjetivos serem derivados do particípio passado e presente de verbos. Veremos este fenômeno com mais detalhamento no próximo capítulo. 37) 38)

His surprising views. (Suas visões surpreendentes.) The offended man. (O homem ofendido.)

Estes adjetivos possuem a mesma forma dos particípios, o que causa grande dificuldade aos leitores brasileiros de textos em língua inglesa, pois, comumente, eles são confundidos com os verbos que lhes deram origem. Com relação aos adjetivos antepostos, Quirk et al (1985, p. 400) observam que “mais de um modificador anteposto pode ser relacionado a um único núcleo, sem nenhum limite gramatical quanto ao número (desses modificadores)”.

6.2.2 Tipos de modificadores em um grupo nominal Com relação aos tipos de modificadores que podem aparecer em um grupo nominal, eles podem ser: adjetivos e/ou substantivos. Vejamos essas estruturas mais detalhadamente e com exemplos. São quatro as estruturas com tipos de modificadores diferentes, em inglês, para os grupos nominais: • Adjetivon + substantivo • adjetivon + substantivon + substantivo ou substantivon + adjetivon + substantivo • substantivon + substantivo • substantivon + ´s + substantivo (caso genitivo)

Inglês Instrumental I

123


Capítulo 6

Quando temos um ou mais substantivos funcionando como modificadores em um grupo nominal eles podem ser tanto modificados por um adjetivo ou por um substantivo e, caso sejam por esse último, este, por sua vez, poderá ser também modificado (QUIRK et al, 1985, p. 402). Veja nos exemplos a seguir: 39) 40) 41) 42)

The elegant furniture. (Elegant: adjetivo) The tax office furniture (A mobília do escritório de impostos.) (tax e office substantivos) The property tax office furniture. (A mobília do escritório de impostos sobre propriedade.) (property, tax e office: substantivos) The elegant property tax office furniture. (A mobília elegante do escritório de impostos sobre propriedade.) (elegant: adjetivo, (property, tax e office: substantivos)

Ainda com relação aos substantivos que funcionam como modificadores, Swan (1995, p. 376) ressalta que existem duas estruturas morfossintáticas básicas em que eles aparecem sozinhos: substantivon + substantivo (I) e substantivon + ´s + substantivo (II). O sobrescrito (n) refere-se ao número de substantivos modificadores. Essas duas estruturas são importantes, porque, em português, elas não existem nesta forma e, por isso, causam muita confusão para quem as quer interpretar. O importante, nesse caso, é que quando você vir dois ou mais substantivos em série, identificar que o último (à direita) é o núcleo do grupo nominal, isto é, será interpretado como substantivo mesmo e os anteriores, quantos forem, serão interpretados como locuções adjetivas, isto é, terão preposições acrescentadas por você para que façam sentido em português. Observe as preposições (sublinhadas) nos exemplos a seguir: I) substantivon + substantivo Exemplos: 43) 44) 45) 46)

A bicycle factory. (Uma fábrica de bicicletas.) A war film. (Um filme de guerra.) The table leg. (a perna da mesa.) Coffee beans. (grãos de café.)

Swan (1995, p. 377) ainda acrescenta que, nesta estrutura, o primeiro substantivo modifica ou descreve o segundo, mais ou menos da mesma forma que um adjetivo. Observe mais alguns exemplos:

124

Inglês Instrumental I


Capítulo 6

47) 48) 49) 50) 51) 52) 53)

A horse race. (Uma corrida de cavalo.) - um tipo de corrida. A race horse. (Um cavalo de corrida.) - um tipo de cavalo. Milk chocolate. (Chocolate ao leite.) - um tipo de chocolate. Chocolate Milk. (Leite (de chocolate) achocolatado) - um tipo de leite. An oil well. (Um poço de petróleo) - a well that produces oil. (Um poço que produz petróleo.) The airport bus. (O ônibus do aeroporto.) - the bus that goes to the airport. (o ônibus que vai para o aeroporto.) A shoe shop. (uma loja de sapatos.) - a shop that sells shoes. (uma loja que vende sapatos.)

Swan (1995, p. 377) aponta para o fato de que uma cadeia de substantivos (vários substantivos com a função de adjetivo) pode ser difícil de interpretar até mesmo para um nativo e dá como exemplo as manchetes de jornal que usam esta estrutura para poupar espaço. Neste caso, o núcleo do grupo nominal é o último substantivo e todos os demais que o antecedem são seus modificadores, tal como no exemplo a seguir: 54)

Furniture factory pay cut row. (desacordo na redução do pagamento em fábrica de móveis.) Nossa sugestão é que se leia de trás para frente esta estrutura, a fim de entendê-la melhor, e que se adicionem os conectores e as palavras necessárias de acordo com a relação existente entre cada substantivo (conectores sublinhados nos exemplos a seguir): Você deverá usar esta estratégia todas as vezes que tiver que interpretar um grupo nominal com substantivos funcionando como modificadores para evitar uma interpretação equivocada.

55)

A row about a cut in a pay at a factory that produces furniture. (um desacordo sobre uma redução de um pagamento em uma fábrica que produz móveis.)

A outra estrutura a que se refere o autor é a do caso genitivo (SWAN, 1995, p. 376). Também aqui você deverá usar a estratégia que acabamos de mencionar. Observe os conectores acrescentados na versão em português:

Inglês Instrumental I

125


Capítulo 6

II) substantivon + ´s + substantivo Exemplos: 56) 57) 58)

My sister’s car. (o carro de minha irmã.) The bird’s nest. (o ninho do pássaro.) Cow’s milk. (leite de vaca.)

Neste tipo de estrutura, também o primeiro substantivo modifica o segundo, mas estabelece uma relação de posse com o segundo. Chamamos a isso de caso genitivo. Ele corresponde a estruturas onde o primeiro substantivo (com o apóstrofo s) é o possuidor e o segundo a coisa possuída. Veja nos exemplos a seguir: 59) 60) 61) 62)

My mother’s car. (o carro de minha mãe -> minha mãe tem um carro.) The commitee’s report. (o relatório do comitê -> o comitê fez um relatório.) Goat’s Milk. (leite de cabra -> cabras dão este tipo de leite.) The train’s arrival. (a chegada do trem -> o trem chegou.)

Observe que esta estrutura é bem diferente da do português, onde usamos a preposição de para estabelecer a relação de posse entre dois substantivos e, neste caso, a coisa possuída vem primeiro, e depois da preposição é que vem o possuidor (em negrito), exatamente o contrário da língua inglesa, daí a dificuldade de se interpretar os casos genitivos, pois eles também são um grupo nominal. Vamos aos exemplos? 63) 64) 65) 66)

A cotação da Bolsa de Valores. (the Stock Market´s tax.) A inflação do primeiro semestre. (the first semester´s inflation.) O ferimento da perna do paciente. (the patient leg´s injury.) As estruturas da língua portuguesa. (the portuguese language´s structures.)

6.2.3 Como reconhecer um grupo nominal em um texto Você deve estar se perguntando: Como vou saber se um grupo de palavras é um grupo nominal no meio de tantas outras estruturas em um texto? A maioria dos grupos nominais possui determinantes (reveja os tipos na seção anterior) e estes sempre marcam o início do grupo nominal. Portanto, sempre que você encontrar um determinante (artigo, pronome demonstrativo, numeral, pronome possessivo etc.) saberá que um grupo nominal virá a seguir. É

126

Inglês Instrumental I


Capítulo 6

claro que você pode encontrar apenas um substantivo após este determinante (o que não deixa de ser um grupo nominal, mas do tipo simples, e este não é difícil de interpretar nem exige nenhum estratégia especial, pois é igual aos grupos nominais simples do português). São exemplos de grupos nominais simples (só possuem um substantivo): 67) 68) 69) 70) 71)

The book (o livro). An apple (uma maçã). Two rings (dois anéis). My car (meu carro). This magazine (esta revista).

São exemplos de grupos nominais complexos (possuem, além de um substantivo, pelo menos um modificador (adjetivo ou substantivo): 72) 73) 74) 75)

A beautiful woman (uma mulher bonita). Three interesting movies (três filmes interessantes). This sea star - esta estrela do mar. Her gorgeous Monalisa´s smile - seu lindíssimo sorriso de Monalisa.

Observe que todos esses exemplos iniciam-se com um determinante e terminam com um substantivo. Essa é a maneira de delimitar o início e o final de um grupo nominal complexo, quando este possui um determinante. E se o grupo nominal complexo não possuir um determinante? Como vou saber o seu início? Existem várias maneiras de limitar um grupo nominal sem determinante, mas a mais prática é lançando mão do conhecimento sobre a estrutura geral do grupo nominal (modificador + núcleo) e dos seus conhecimentos sobre a estrutura da oração em inglês, que vimos no início do capítulo: • Quem? - será sempre representado por um pronome ou por um grupo nominal, complexo ou simples; • O quê? - terá sempre como núcleo um verbo seguido de um grupo nominal simples ou complexo; • Como?/Onde?/Quando?/Por quê? - nunca será um grupo nominal e, sim, adverbial ou advérbios.

Inglês Instrumental I

127


Capítulo 6

Veja os grupos nominais sombreados no Texto 1: TEXTO 1 BAT STARS (Patiria miniata) Habitat: Bat stars typically are found on sandy and rocky bottoms. Average adult size: Adults can grow to be 8 inches across. Natural history: In sea stars, it is easy to see the five-sided symmetry of the echinoderms. Most species have five arms coming from a central disk. On the underside is the mouth and the tube feet. The tube feet are used to move about, cling to the bottom and capture prey. A unique feature of the echinoderms is a system of water filled-tubes. This “water vascular system” controls the movement of the bat star’s tube feet. Bat stars are well-adapted to life in the kelp forest. They will eat almost anything. Their diet includes plants and animals, as well as scavenging dead or dying animals. They can extend their stomachs outside their bodies in order to feed. The bat star oozes its digestive juices onto its prey and slurps up its liquefied lunch. Bat stars are the most abundant sea star on the west coast. They are especially numerous in kelp forests. When some sea stars are captured by a predator, they may cast off an arm to escape, just like a lizard losing its tail. But the sea star can regenerate the arm, growing back a new arm where the old one was lost. Fonte: Disponível em: <http://www.pbs.org/oceanrealm/seadwellers/gardendwellers/index.html>. Acesso em: 10 set. 2010.

6.2.4 Os verbos e os grupos verbais em inglês Como já dissemos anteriormente neste capítulo, além dos substantivos, os verbos são a classe de palavras mais importante em uma oração. Os verbos fazem parte do O quê na estrutura oracional. Sempre existirá algo fazendo alguma coisa. Isso pode ser chamado de processo, ou ação (embora nem todos os verbos representem uma ação, como no caso dos verbos de ligação, por isso, processo é um termo mais adequado). Em inglês existem grupos verbais, como em português (verbo auxiliar + verbo principal). Por exemplo: Dolphins can swim very fast. (Golfinhos podem nadar muito rápido.) O verbo can é o auxiliar e o verbo swim é o principal. Nas frases afirmativas, em inglês, o verbo vem sempre depois do sujeito (Quem) e logo após vem seu complemento (esses dois juntos são o O quê). No entanto, em inglês, nas frases interrogativas, o verbo auxiliar vem sempre antes do sujeito e logo após do sujeito vem o verbo principal e seu

128

Inglês Instrumental I


Capítulo 6

complemento (O quê). Observe os exemplos (verbos auxiliares em negrito e os principais sublinhados; sujeito (Quem) sombreado): 76) 77) 78) 79) 80) 81) 82)

Can you do me a favour? Do you know Paris? Did they see the robbering? Is Bob a nice man? Will inflation rise next year? Were you sick last week? Would Gwen give me a present on my birthday?

Observe que o verbo be, por ser um verbo de ligação e irregular, faz o papel de auxiliar e principal nos exemplos citados. Os auxiliares do, did, would e will indicam o tempo presente, passado, futuro do pretérito e futuro do presente. Os auxiliares do e did só são usados em interrogativas e negativas. As frases negativas em inglês também possuem estrutura peculiar: a partícula not (advérbio de negação) vem sempre logo depois do verbo auxiliar e pode ser contraída com o mesmo. A estrutura é basicamente igual à frase interrogativa, com exceção do acréscimo do not. Observe os exemplos: 83) 84) 85) 86)

Frank isn´t happy with his salary. Dylan did not come to my party. Sue can´t pay for this apartment. They will not vote on that dishonest man.

No próximo capítulo, veremos mais profundamente a estrutura verbal da língua inglesa com relação ao passado, particípio passado e particípio presente.

6.3 Aplicando a teoria na prática Você se lembra do Texto 1 com os grupos nominais na seção 6.2.3? Tente interpretar os grupos nominais sombreados! Não se esqueça de usar a estratégia de se ler da direita para a esquerda e de acrescentar os conectivos necessários para que a expressão faça sentido em

Inglês Instrumental I

129


Capítulo 6

português. E não se esqueça também de usar o contexto, como já vimos em capítulos anteriores, para ajudá-lo a deduzir o sentido da expressão, se houver dúvida. Caso encontre alguma palavra que não possa ser deduzida, procure-a em um dicionário eletrônico ou convencional. E então, conseguiu interpretar todos eles? Aqui está a tradução integral do texto. Procure a interpretação de cada um dos grupos nominais dessa atividade e veja se você acertou. TEXTO 2 (tradução do Texto 1) ESTRELAS-MORCEGO (Patiria miniata) Habitat: As estrelas-morcego são tipicamente encontradas em fundos arenosos e rochosos. Tamanho adulto médio: os adultos podem crescer até chegarem a oito polegadas de um lado ao outro. História natural: Nas estrelas-do-mar é fácil ver a simetria de cinco lados dos equinodermas. A maioria das espécies tem cinco braços advindos do disco central. Do lado de baixo estão a boca e os pés tubulares. Os pés tubulares são usados para locomover-se, agarrar-se ao fundo e capturar presas. Uma característica única dos equinodermas é um sistema de tubos cheios de água. Este “sistema vascular de água” controla o movimento dos pés tubulares da estrela-morcego. As estrelasmorcego estão bem adaptadas à vida na floresta de algas. Elas comem quase qualquer coisa. Sua dieta inclui plantas e animais, bem como escavar animais mortos ou agonizantes. Elas podem estender seus estômagos para fora de seus corpos a fim de se alimentarem. A estrela-morcego esguicha seus sucos digestivos em sua presa e suga seu almoço liquefeito. As estrelas-morcego são a mais abundante estrela-do-mar na costa oeste. São especialmente numerosas nas florestas de algas. Quando algumas estrelas-do-mar são capturadas por um predador, elas podem soltar um braço para escapar, exatamente como o lagarto ao perder sua cauda. Mas a estrela-do-mar pode regenerar o braço, fazendo crescer de volta um novo braço onde o antigo foi perdido. Fonte: Disponível em: <http://www.pbs.org/oceanrealm/seadwellers/gardendwellers/index.html>. Acesso em: 10 set. 2010.

130

Inglês Instrumental I


Capítulo 6

6.4 Para saber mais Título: A compreensão de grupos nominais em inglês como LE Autor: Simone Correia Tostes Revista: Revista Brasileira de Linguística Aplicada

Ano: 2004

URL: <http://www. letras.ufmg.br/rbla/2004_1/10 SimoneCor.pdf>. Nesse artigo, você poderá encontrar mais exemplos em inglês de grupos nominais e o resultado de uma pesquisa sobre esse assunto com relação à dificuldade de interpretação dessas unidades especiais na língua inglesa por parte de alunos universitários brasileiros.

Título: Gramática prática da língua inglesa: o inglês descomplicado Autor: Nélson Torres

Editora: Saraiva

Ano: 2007

Em linguagem acessível e informal, este livro é uma excelente obra de consulta, adequada como material de apoio para quem está aprendendo inglês instrumental e geral, graças às suas vantagens imbatíveis: tem explicações em português, aborda as dúvidas comuns dos estudantes brasileiros, apresenta as traduções de todos os textos e traz um índice geral que permite a localização rápida do tema ou assunto a ser consultado.

6.5 Relembrando Neste capítulo, você aprendeu que: • A estrutura gramatical e sintática das orações em inglês é semelhante à do português: Quem? + O quê? + Como?/Quando?/Onde?/Por quê?. • Existem estruturas em inglês que são inversas às do português e é necessário usar uma estratégia diferente para interpretá-las. Os grupos nominais devem ser lidos da direita para a esquerda, pois a sua estrutura geral é: (DETERMINANTE(S)) + MODIFICADOR(ES) + NÚCLEO. • Os grupos nominais podem ter quatro tipos de estruturas específicas: adjetivon + substantivo adjetivon + substantivon + substantivo substantivon + substantivo substantivon + ´s + substantivo (caso genitivo).

Inglês Instrumental I

131


Capítulo 6

• Para encontrar mais facilmente um grupo nominal em um texto, você precisa usar o seu conhecimento sobre a sua estrutura geral e também sobre a estrutura das orações na língua inglesa.

6.6 Testando os seus conhecimentos Leia o Texto 3 a seguir, retirado e adaptado da revista Newsweek, onde a atriz Angie Dickinson fala sobre a sua filha autista. Encontre todos os grupos nominais complexos e interprete-os usando as estratégias que aprendeu neste capítulo. Encontre também as três partes de cada oração do último parágrafo: Quem? O quê? Como?/Quando?/Onde?/Por quê? TEXTO 3 Autism in the Spotlight Will one celeb’s story make a difference? […] Nikki Bacharach, (actress Angie) Dickinson’s daughter with composer Burt Bacharach, was born three months premature in the summer of 1966. She weighed 1 pound, 10 ounces. The baby was immediately put into a preemie isolette and no one was allowed to touch her—a fate Dickinson believes was linked to her daughter’s lifelong sense of isolation. “Even the doctors back then didn’t know the value of touch, that if you never get touched or hear a loving voice or get held in those first months, you won’t ever feel real or feel connected to anything. Not so long ago I was watching 2001: A Space Odyssey for the twentieth time with Nikki, and it hit me: you know that scene where the astronaut gets cut off and just floats into space? That’s how Nikki felt—how kids who have autism feel every minute of their lives. For the rest of us who can connect and ground ourselves so easily, it’s impossible to comprehend.” Nikki didn’t talk until she was three, but she did develop into an athletic kid who participated in gymnastics, horseback riding, ballet, scuba diving, and swimming. At four, “she could play piano like a prodigy,” Dickinson writes, but she had disturbing behaviors—she cut the hair off her dolls and the tails of her toy horses. And she saved everything, including an old battery and dog poo, on top of a dresser in her closet. […] Fonte: Disponível em: < http://www.newsweek.com/2010/08/31/angie-dickinson-speaks-out-on-autism.html>. Acesso em: 10 set. 2010 (Com adaptações).

132

Inglês Instrumental I


Capítulo 6

Onde encontrar CUNHA, C. F. Gramática da língua portuguesa. Rio de Janeiro: FENAME, 1972. KURLAND, D. Complete reference: the noun phrase. 2003. Disponível em: <http://criticalreading.com/noun_phrase.htm>. Acesso em: 19 set. 2010. MILANEZ, M. K. A interpretação dos sintagmas nominais com adjetivos atributivos por alunos de inglês instrumental. 158 f. Dissertação (Mestrado em Lingüística Aplicada) - Programa de Pós-graduação em Estudos da Linguagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2009. NUTTALL, C. Teaching reading skills in a foreign language. 2th ed. Oxford: McMillan Heinemann, 1998. QUIRK, R. et al. Comprehensive grammar of the english language. London: Longman, 1985. SWAN, M. Practical english usage. New York: Oxford University Press, 1995. TAYLOR, J. R. Cognitive grammar. New York: Oxford University Press, 2002. TORRES, N. Gramática prática da língua inglesa: o inglês descomplicado. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. TOSTES, S. C. A compreensão de grupos nominais em inglês como LE. Revista Brasileira de Lingüística Aplicada, Belo Horizonte, v. 1, p. 217-230, 2004. Disponível em: <http://www.letras.ufmg.br/rbla/2004_1/10SimoneCor.pdf>. Acesso em: 10 set. 2010.

Inglês Instrumental I

133


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.