Anais do II Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão - Unidade Sete Lagoas - 2015 by Faculdades Santo Agostinho

II F贸rum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extens茫o ANAIS Faculdade Santo Agostinho de Sete Lagoas- FASASETE

22 a 23 de junho de 2015 Sete Lagoas

FACULDADES SANTO AGOSTINHO

Eustáquio Eleutério do Couto Júnior Diretor Administrativo Financeiro Silvana Maria de Carvalho Mendes Diretora Acadêmica Amélia Maria Alves Rodrigues Diretora - Unidade Sete Lagoas Thatiana Maia Tolentino Coordenadoria de Ensino, Pesquisa e Extensão – COPEX Unidade Sete Lagoas Daniela Duarte Ventura Melo Coordenadora do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária - Unidade Sete Lagoas

II Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão EDITORA Profa. Ms. Fernanda Cristina Fonseca Camargo

COMISSÃO ORGANIZADORA Profa. Ms.. Daniela Duarte Ventura Melo Profa. Dra. Amanda Aparecida de Oliveira Neves Viana Profa. Ms. Fernanda Cristina Fonseca Camargo Prof. Dr. Rafael Braga da Silva Jéssica Paulista dos Santos Nayara Giovana Araújo Sabrina Fraga Ferreira

COMISSÃO CIENTÍFICA Prof. Esp. Alessandro Oliveira Lima Profa. Dra Amanda Aparecida de Oliveira Neves Viana Prof. Esp. Bruno Sérgio de Souza Profa. Ms. Daniela Duarte Ventura Melo Profa. Ms. Fernanda Cristina Fonseca Camargo Prof. Ms. Fernando Augusto Moreira Prof. Esp. Giezi Américo Reginaldo Prof. Esp. José Geraldo dos Santos Barbosa Profa. Esp. Karla Grasiele de Souza Belém Prof. Dr. Rafael Braga da Silva Prof. Dr. Thomaz Correa e Castro da Costa

COMISSÃO DE APOIO Profa. Dra. Thatiana Maia Tolentino Edilene Pereira Gualberto Guilherme Teixeira Dias

RESSALVA: Os textos apresentados são criação original dos autores, que responderão individualmente por seus conteúdos ou por eventuais impugnações de direito por parte de terceiros. OBSERVAÇÃO: O conteúdo destes anais poderá ser parcialmente reproduzido desde que citada a fonte.

II Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

F692 Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão (II. : Sete Lagoas, MG) Anais do II Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão das Faculdades Santo Agostinho – FASASETE./ Daniela Duarte Ventura Melo et.al. (Org.). – Sete Lagoas: Faculdades Santo Agostinho, 2015. 44 f. ISBN: OU ISSN: 2237-7638 1. Ensino. 2. Fórum. 3.Anais. I. Melo, Daniela Duarte Melo. II. Faculdades Santo Agostinho. III. Fundação Santo Agostinho. IV. Titulo. CDU: 82-94 (063) Catalogação: Vinícius Silveira de Sousa – Bibliotecário – CRB6/3073

APRESENTAÇÃO As Faculdades Santo Agostinho, unidade Sete Lagoas, vem através dos anais divulgar as pesquisas de iniciação científica, os projetos de extensão e trabalhos acadêmicos de revisão bibliográfica, no formato de resumos e resumos expandidos, desenvolvidos por alunos e professores do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária. O II Fórum Integrado de Pesquisa, Ensino e Extensão realizado nos dias 22 e 23 de junho de 2015, teve como objetivo, não somente, divulgar os trabalhos realizados na instituição, mas também, proporcionar à comunidade acadêmica e ao público externo a troca de informações e experiências; permitir aos discentes o desenvolvimento de competências, habilidades e conhecimentos técnicos e científicos necessários à formação de profissionais responsáveis, éticos e competentes; permitir aos docentes o aprimoramento intelectual, qualificando-os; e, por fim, estimular a todos o pensamento crítico frente a questões de âmbito social e ambiental e evidenciar a importância do desenvolvimento de trabalhos técnicos, científicos e projetos de extensão. Estamos extremamente satisfeitos e agradecidos com a participação dos autores, os quais mostraram compromisso, dedicação e interesse pelo evento, na elaboração dos trabalhos e nas suas apresentações, sejam nas sessões orais ou em pôsteres. As apresentações foram um sucesso devido ao comprometimento de todos em fazer o melhor. Não podemos deixar de agradecer aos palestrantes que nos trouxeram experiências e perspectivas novas. Agradecemos também àqueles que nos apoiaram e fizeram parte da organização e da realização do evento.

Comissão Organizadora

Anais do II Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

Sumário II Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão �� 3

10 Impactos da urbanização na qualidade e quantidade de água - medidas de controle �� 10 RESUMOS

Conflitos entre os usos de água para irrigação e o abastecimento em áreas urbanas �� 11 Facilitadores de infiltração e qualidade das águas �� 12 Origens e ciclo da água: uso e limitação presente e futura da água �� 13 Controle de perdas de água em sistema de distribuição �� 14 Poluição das águas: origem dos poluentes e sua influência na saúde da população �� 15 Avaliação e monitoramento da qualidade da água �� 16 Reuso da água em área urbana �� 17 O papel dos bioindicadores na qualidade das águas �� 18 Caracterização da água doce: composição e sua influência na saúde pública �� 19 Revitalização de rios em ambientes urbanos �� 20 Fitorremediação ��21 Compostagem na agricultura sustentável �� 22 Proposta implantação empresa júnior FASASETE: Núcleo de Engenheiros Ambientais Juniores – NEAJR �� 23 Revitalização de área degradada por processos erosivos no campus II Santo Agostinho �� 25

27 Biorremediação de áreas contaminadas por hidrocarbonetos �� 27 RESUMOS EXPANDIDOS

Contaminação por óleo lubrificante usado e/ou contaminado (oluc) em lagoa de contenção de água pluvial ��31 Plantando o saber, colhendo vidas �� 37

Resumos

Resumos IMPACTOS DA URBANIZAÇÃO NA QUALIDADE E QUANTIDADE DE ÁGUA - MEDIDAS DE CONTROLE Gláucio Reginaldo Gomes¹, Júlia Pimenta Pereira1, Karoline Martins da Costa Silva1, Rafael Braga da Silva2* 1

Acadêmico do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

2 Professor do Curso Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas, Doutor em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos UFSCar.

* Autor correspondente: rafaelentomologia@yahoo.com.br

A urbanização pode ser considerada um processo em que determinada localidade sofre transformação, perdendo características rurais e adquirindo características urbanas, essa transformação está usualmente associada ao desenvolvimento da tecnologia e da civilização. Nesse contexto, com o crescimento populacional, fatores como a poluição doméstica e industrial se agravaram, criando condições ambientais inadequadas, propiciando o desenvolvimento de doenças de veiculação hídrica, aumento de temperatura, contaminação da água subterrânea, perda da biodiversidade animal e vegetal, entre outros. O objetivo deste estudo foi apresentar os principais problemas advindos da urbanização. Este trabalho foi realizado através de Revisão Bibliográfica, por meio de pesquisa de natureza qualitativa. Para a coleta de dados foi utilizado o levantamento eletrônico de artigos nacionais e internacionais indexados em diferentes bases de dados científicos da área do estudo e também por meio de consultas a livros. Com a urbanização, a cobertura vegetal da bacia hidrográfica é alterada para pavimentos impermeáveis e são introduzidos condutos para escoamento pluvial, gerando alterações no ciclo hidrológico provocando impacto ambiental sobre o ecossistema aquático. Entre esses impactos, pode-se, destacar o aumento de sedimentos e de materiais sólidos e a baixa qualidade da água pluvial. Para solucionar esses problemas, diversas alternativas são possíveis de serem adotadas, podendo-se destacar: medidas de controle de inundações, medidas de controle de escoamento, medida de controle localizado e o planejamento de macrodrenagem. A população do mundo está se tornando urbana e a tendência é de que, na metade deste século, quase 70 % da população esteja nas cidades. Da forma como as cidades são planejadas e desenvolvidas, este processo pode se tornar desastroso, pois, faltarão recursos naturais, que serão destruídos pelo próprio desenvolvimento urbano. Assim, a gestão integrada da cidade e das águas urbanas deve buscar planejar e operar de forma integrada os serviços na cidade. Este é um grande desafio em um setor extremamente corporativista, que enxerga muito pouco fora de sua atividade específica. Palavras chave: ciclo hidrológico, escoamento pluvial, pavimentos impermeáveis, poluição doméstica, poluição industrial.

Anais do II Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

CONFLITOS ENTRE OS USOS DE ÁGUA PARA IRRIGAÇÃO E O ABASTECIMENTO EM ÁREAS URBANAS Hebert Rocha Dias1, Juliana Conceição Rodrigues1, Rodolpho Luís Pontes Carvalho1, Sabrina Fraga Ferreira1, Rafael Braga da Silva2* 1

Acadêmico do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

Professor do Curso Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas, Doutor em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos UFSCar. 2

* Autor correspondente: rafaelentomologia@yahoo.com.br

Á água é um recurso natural renovável, mas, não inesgotável, sofre sensivelmente com as ações do ser humano, que lhe modificam a qualidade e a quantidade no espaço e no tempo. A água é essencial à vida, é um elemento necessário a diversas atividades humanas, além de, ser componente fundamental da paisagem e do meio ambiente. Nesse contexto, o crescimento populacional mundial tem ocorrido de forma acelerada e, com isso, há necessidade cada vez maior da produção de alimentos. Sendo a irrigação responsável pelo aumento da produtividade em determinadas áreas, em média, de 1,5 a três vezes, por essa razão, a demanda por esta prática tende a crescer cada vez mais em regiões de cultivo agrícola. O objetivo deste estudo foi analisar os conflitos entre os usos da água para irrigação e para o abastecimento em áreas urbanas. Este trabalho foi realizado através de Revisão Bibliográfica, por meio de pesquisa de natureza qualitativa. Para a coleta de dados foi utilizado o levantamento eletrônico de artigos nacionais e internacionais indexados em diferentes bases de dados científicos da área do estudo e também por meio de consultas a livros. O crescimento desordenado das cidades, o uso intensivo da água para irrigação e a construção de usinas hidrelétricas tem levado a situações de conflitos pelo uso da água no Brasil. Os casos mais críticos foram registrados em Minas Gerais e no Nordeste brasileiro onde a ocupação da terra é intensa e a disponibilidade de recursos hídricos é menor. A disputa pela água aumentou em todo o país e o controle de recursos hídricos será um dos principais problemas nos próximos 10 anos. A solução para esses conflitos é uma gestão integrada e compartilhada de seu uso, controle e conservação. Essa gestão deve ser realizada holisticamente de forma multidisciplinar e interdisciplinar, não mais, pode existir o conceito de gestão de recursos hídricos baseado exclusivamente na análise da irrigação, geração hidrelétrica ou saneamento básico. Os conflitos do uso da água estão aumentando cada vez mais de forma que a administração racional dos recursos hídricos torna-se uma necessidade real e urgente. Palavras chave: ação antrópica, crescimento populacional, produção agrícola, recursos hídricos, usinas hidrelétricas.

Resumos

FACILITADORES DE INFILTRAÇÃO E QUALIDADE DAS ÁGUAS Júlia Pimenta Pereira1, Karoline Martins da Costa Silva1, Gláucio Reginaldo Gomes¹, Rafael Braga da Silva2* 1

Acadêmico do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

Professor do Curso Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas, Doutor em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos UFSCar. 2

* Autor correspondente: rafaelentomologia@yahoo.com.br

Um dos problemas relacionados à rápida e desordenada urbanização é o aumento do risco de enchentes e a indisponibilidade hídrica. A urbanização levou à substituição do solo exposto e da vegetação por ruas pavimentadas e fez com que o ambiente urbano perdesse sua capacidade de infiltração e, consequentemente, de armazenamento natural de água nos períodos de chuva, prejudicando de maneira direta e significativa o abastecimento de lençóis freáticos e a disponibilidade hídrica da região urbanizada. O objetivo deste trabalho foi estudar técnicas e métodos que facilitem a infiltração de águas em áreas urbanizadas, garantindo a continuidade do desenvolvimento urbano sem a geração de custos e impactos excessivos ao ambiente e à sociedade e, principalmente proteger a população e as estruturas urbanas dos efeitos das inundações. Este trabalho foi realizado através de Revisão Bibliográfica, por meio de pesquisa de natureza qualitativa. Para a coleta de dados foi utilizado o levantamento eletrônico de artigos nacionais e internacionais indexados em diferentes bases de dados científicos da área do estudo e também por meio de consultas a livros. Alguns mecanismos de infiltração foram apresentados, tais como: trincheiras de infiltração, poços de infiltração, valas de infiltração e bacias de percolação, canteiros pluviais, pavimentos permeáveis e recomposição vegetal. Algumas dessas alternativas promovem maior infiltração da água das chuvas no solo e têm grande importância na diminuição dos riscos de inundações. Os facilitadores de infiltração auxiliam na redução do pico de vazões, distribuindo o escoamento da água da chuva, reduzindo os riscos de inundação, uma vez que, bem dimensionados e mantidos, armazenam grande parte do volume de água, funcionando como sistema de detenção, recarregando os lençóis freáticos. O aspecto final da estrutura dos facilitadores de infiltração não interfere na paisagem e pode ser utilizado como alternativa de desenvolvimento de baixo impacto. A qualidade da água deve ser monitorada e os facilitadores devem estar sempre a uma distancia segura do nível d’água do lençol freático, para que o solo “filtre” as impurezas da água antes que esta chegue no lençol freático. Enfim, uma solução de baixo impacto, que permanece não muito utilizada quando, na verdade, deveria ser estabelecida em larga escala, como alternativa para melhoria da disponibilidade de água. Palavras chave: enchentes, escoamento pluvial, pavimentos impermeáveis, recursos hídricos, trincheiras de infiltração.

Anais do II Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

ORIGENS E CICLO DA ÁGUA: USO E LIMITAÇÃO PRESENTE E FUTURA DA ÁGUA Juliana Conceição Rodrigues1, Hebert Rocha Dias1, Sabrina Fraga Ferreira1, Rodolpho Luís Pontes Carvalho1, Rafael Braga da Silva2* 1

Acadêmico do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

Professor do Curso Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas, Doutor em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos UFSCar. 2

* Autor correspondente: rafaelentomologia@yahoo.com.br

A água é um componente essencial para a vida na Terra, participa e dinamiza todos os ciclos ecológicos. Os sistemas aquáticos apresentam grande diversidade de espécies úteis ao homem e que são também, parte ativa e relevante dos ciclos biogeoquímicos e da diversidade biológica do planeta. Dessa forma, qualquer alteração no ciclo da água, pode provocar mudança na configuração das paisagens colocando em risco as diversas formas de vida existentes. O objetivo deste estudo foi propiciar o conhecimento sobre o ciclo da água e sobre as limitações que a falta desse recurso natural pode provocar aos seres vivos. Este trabalho foi realizado através de Revisão Bibliográfica, por meio de pesquisa de natureza qualitativa. Para a coleta de dados foi utilizado o levantamento eletrônico de artigos nacionais e internacionais indexados em diferentes bases de dados científicos da área do estudo e também por meio de consultas a livros. Os fatores que impulsionam o ciclo hidrológico são a energia térmica, a energia solar, a força dos ventos, que transportam o vapor d’água para os continentes, a força da gravidade, responsável pelos fenômenos da precipitação, da infiltração e do deslocamento das massas de água. Os principais componentes do ciclo hidrológico são a evaporação, a precipitação, a transpiração das plantas e a percolação, a infiltração e a drenagem. O desenvolvimento urbano por sua vez, altera a paisagem natural, provocando vários efeitos que modificam os componentes do ciclo hidrológico, sendo o principal deles a perda da cobertura vegetal. O uso diversificado e complexo dos recursos hídricos tem grande impacto na economia regional e nacional, uma vez que os impactos quantitativos e qualitativos gerados demandam custos para recuperação e tratamento da água e dos ecossistemas aquáticos. Atualmente, o mau uso da água aliado à crescente demanda, somados ao decréscimo da disponibilidade em todo o planeta, formaram uma equação perigosa, preocupando cientistas e autoridades no mundo inteiro. Assim, se medidas não forem adotadas para conter o consumo exarcebado desse recurso natural, em um futuro não muito distante a falta de água será um problema em escala nacional e não apenas em nível local. Palavras chave: ciclos biogeoquímicos, diversidade biológica, pavimentos impermeáveis, recursos hídricos, urbanização.

Resumos

CONTROLE DE PERDAS DE ÁGUA EM SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO Karoline Martins da Costa Silva1, Gláucio Reginaldo Gomes¹, Júlia Pimenta Pereira1, Rafael Braga da Silva²* 1

Acadêmico do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

Professor do Curso Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas, Doutor em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos UFSCar. 2

* Autor correspondente: rafaelentomologia@yahoo.com.br

Os recursos hídricos vêm se tornando cada vez mais escassos em termos de qualidade e quantidade. As redes de distribuição urbanas são grandes consumidoras de água e normalmente apresentam deficiências em seu pleno funcionamento ocasionando grandes perdas de água tratada. O objetivo deste estudo foi entender os procedimentos adotados para controlar e reduzir as perdas de água que ocorrem nas redes de distribuição. Este trabalho foi realizado através de Revisão Bibliográfica, por meio de pesquisa de natureza qualitativa. Para a coleta de dados foi utilizado o levantamento eletrônico de artigos nacionais e internacionais indexados em diferentes bases de dados científicos da área do estudo e também por meio de consultas a livros. Existem “perdas de água física” e “perdas de água aparente”, a mais comum “perda de água física” ou “real”, ocorre quando a água tratada disponível para rede de distribuição é desperdiçada antes de chegar às unidades de consumo. A ineficiência das redes de distribuição ocorre quando as necessidades dos consumidores em termos de qualidade e quantidade de água, bem como preço dos serviços prestados não são alcançados. Para efetivar o controle das perdas de água podem ser aplicadas as seguintes medidas: macromedição, instalação de macromedidores e a calibração dos medidores de vazão; gestão comercial, controle de ligações inativas e clandestinas e micromedição. Tais medidas abrangem a instalação e substituição periódica dos hidrômetros, com a finalidade de reduzir as perdas de água e resultam em ganho no setor financeiro, eficiência dos sistemas de distribuição e o equilíbrio do uso racional dos recursos hídricos. As perdas de água representam um dos maiores desafios para a expansão das redes de distribuição de água no Brasil. Assim, para solucionar esse problema que agrava a questão ambiental, ações devem ser executadas pelo Governo Federal, Governadores, Prefeitos e Empreendedores do Sistema de Distribuição de Água para redução das perdas de água. Essa redução terá resultado no setor financeiro, onde os recursos gerados poderão ser utilizados para levar água potável e esgotamento sanitário a locais que ainda não dispõe desses recursos e fornecer dessa forma melhores condições de vida para a população. Palavras chave: água potável, macromedição, micromedição, recursos hídricos, urbanização.

Anais do II Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

POLUIÇÃO DAS ÁGUAS: ORIGEM DOS POLUENTES E SUA INFLUÊNCIA NA SAÚDE DA POPULAÇÃO Matheus Terra Hipólito1, Nayara Giovana Araújo1, Vanessa Cabral Araújo1, Nivia Labanca de Souza1, Gláucio Reginaldo Gomes1, Rafael Braga da Silva2* 1

Acadêmico do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

Professor do Curso Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas, Doutor em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos UFSCar. 2

* Autor correspondente: rafaelentomologia@yahoo.com.br

Desde o início das civilizações, o ser humano utiliza os recursos naturais para o seu sustento e para a sua sobrevivência, parte do uso desses recursos gera resíduos. Com o crescimento da população, criaram-se cidades de diversos tamanhos, dessa forma, se faz necessária uma atenção voltada para esses resíduos que deixaram de ser somente residenciais e passaram também, a ser industriais agrícolas e atmosféricos. Tais resíduos começaram a fazer parte do que chamamos hoje de poluição. O objetivo deste trabalho foi estudar a origem dos resíduos poluidores nos corpos hídricos e seus impactos na saúde da população. Este trabalho foi realizado através de Revisão Bibliográfica, por meio de pesquisa de natureza qualitativa. Para a coleta de dados foi utilizado o levantamento eletrônico de artigos nacionais e internacionais indexados em diferentes bases de dados científicos da área do estudo e também por meio de consultas a livros. Denomina-se poluição das águas como toda substância ou forma de energia que altere a natureza dos corpos d’água de uma maneira tal que prejudique o uso dos mesmos. A poluição das águas é proveniente de diversos tipos de fontes de poluição como: atmosféricas (naturais e artificiais), pontuais, difusas e mistas. A toxicidade de cada poluente é medida pelas características físicas, químicas e biológicas, passíveis de análises laboratoriais. A poluição emitida e seus efeitos para a população é característica da cada atividade econômica. Dentre as principais atividades destacam-se os seus poluentes e os efeitos ambientais associados. É perceptível o esforço para que o saneamento básico possa suprir a necessidade de todos os habitantes, principalmente no que se refere ao tratamento do esgoto. Porém, todo esse esforço, ainda é pouco, para tratar a carga poluidora despejada todos os dias nos corpos hídricos. Com isso, muitas doenças ainda continuam afetando principalmente aqueles que não têm acesso correto e digno ao saneamento básico. A população está com a saúde prejudicada devido a poluição gerada, que tem causado problemas, não só, ambientais, mas, também, aqueles que envolvem o bem-estar físico e social dos indivíduos. Assim, se faz necessário o desenvolvimento de projetos que recuperem as águas poluídas e o estabelecimento de empreendimentos que possuam sistemas de tratamento de seus efluentes. Palavras chave: água potável, resíduos poluidores, recursos hídricos, urbanização, saneamento básico.

Resumos

AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA Nayara Giovana Araújo1, Vanessa Cabral Araújo1, Matheus Terra Hipólito1, Nivia Labanca de Souza1, Júlia Pimenta Pereira1, Rafael Braga da Silva2* 1

Acadêmico do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

Professor do Curso Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas, Doutor em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos UFSCar. 2

* Autor correspondente: rafaelentomologia@yahoo.com.br

A condição de qualidade das águas é definida pela qualidade apresentada por um corpo d’água, em um determinado momento, em termos dos usos possíveis com segurança adequada, frente às Classes de Qualidade. Assim, cada Classe de Qualidade, representa um conjunto de condições e padrões de qualidade da água, necessários ao atendimento dos usos atuais ou futuros desse recurso natural. Nesse contexto, cabe ressaltar que a qualidade da água é estabelecida em função do seu uso. O objetivo deste estudo foi propiciar o conhecimento sobre a avaliação e o monitoramento da qualidade da água. Este trabalho foi realizado através de Revisão Bibliográfica, por meio de pesquisa de natureza qualitativa. Para a coleta de dados foi utilizado o levantamento eletrônico de artigos nacionais e internacionais indexados em diferentes bases de dados científicos da área do estudo e também por meio de consultas a livros. O uso de parâmetros biológicos para medir a qualidade da água se baseia nas respostas dos organismos em relação ao meio onde vivem. Como os rios estão sujeitos a inúmeras perturbações, a biota aquática reage a esses estímulos, sejam eles, naturais ou antropogênicos. A habilidade de proteger os ecossistemas depende da capacidade de distinguir os efeitos das ações humanas das variações naturais, como a poluição, por exemplo. A água é considerada com determinado grau de poluição quando estão presentes substancias que não são comuns à sua composição natural e que podem prejudicar o seu uso. É de grande importância conhecer a quantidade e qualidade das águas, pois, esta é uma opção para se estabelecer uma estratégia, que possa favorecer a conservação, a recuperação e o uso racional dos recursos hídricos. Um dos instrumentos mais importantes para a realização de uma adequada gestão ambiental é o monitoramento, através dele é possível avaliar as tendências de recuperação ou comprometimento da disponibilidade e da qualidade das águas. Neste sentido, o monitoramento ambiental funciona como uma ferramenta fundamental da sociedade, através da qual se pode avaliar o estado de preservação e/ou grau de degradação dos ecossistemas aquáticos, fornecendo subsídios para a proposição de estratégias de conservação de áreas naturais e planos de recuperação dos ambientes degradados. Palavras chave: ação antrópica, carga poluidora, potabilidade da água, recursos hídricos, gestão ambiental.

Anais do II Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

REUSO DA ÁGUA EM ÁREA URBANA Nivia Labanca de Souza1, Nayara Giovana Araújo1, Matheus Terra Hipólito1, Vanessa Cabral Araújo1, Karoline Martins da Costa Silva1, Rafael Braga da Silva2* 1

Acadêmico do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

Professor do Curso Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas, Doutor em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos UFSCar. 2

* Autor correspondente: rafaelentomologia@yahoo.com.br

A água é um recurso natural limitado e imprescindível à vida, questões sobre a conservação e preservação dos recursos hídricos são cada vez mais destacadas na atualidade. Isto, porque a demanda crescente por água tem feito do reuso planejado desse recurso natural um tema de grande importância. A reutilização ou reuso da água, não é um conceito novo e é praticado em todo o mundo há muitos anos. Nesse contexto, o reuso da água deve ser considerado como parte de uma atividade mais abrangente que é o uso racional ou eficiente da água, o qual compreende também, o controle de perdas e desperdícios, e a minimização da produção de efluentes e do consumo de água. O objetivo deste estudo foi fornecer informações sobre o reuso da água em área urbana. Este trabalho foi realizado através de Revisão Bibliográfica, por meio de pesquisa de natureza qualitativa. Para a coleta de dados foi utilizado o levantamento eletrônico de artigos nacionais e internacionais indexados em diferentes bases de dados científicos da área do estudo e também por meio de consultas a livros. O reuso da água pode ser feito de diferentes formas, de acordo com o uso e a finalidade. Dentre as modalidades de reuso existentes pode-se destacar: reuso potável direto, reuso potável indireto, reuso não potável para fins agrícolas, reuso não potável para fins industriais, reuso não potável para fins recreacionais, reuso não potável para fins domésticos, reuso para manutenção de vazões, reuso em aquicultura, reuso para recarga de aquíferos subterrâneos e reciclagem interna. De uma maneira geral, pode-se dizer que o reuso da água pode ocorrer de forma direta ou indireta, através de ações planejadas ou não planejadas e para fins potáveis e não potáveis. Os benefícios referentes à aplicação do reuso sobre os recursos hídricos dependem da delimitação do volume de controle e pode ser positivo, desde que novas demandas não sejam criadas. Assim, pode-se, em função da qualidade requerida para água, difundir a adoção de técnicas de reuso como alternativa para usos não potáveis visando minimizar a pressão nas fontes naturais de melhor qualidade. Considerando essas informações, o principal desafio será estabelecer parâmetros adequados à realidade local baseada no conceito de risco tolerável à saúde da população. Palavras chave: pavimentos impermeáveis, recursos hídricos, reutilização da água, sistemas de distribuição, urbanização.

Resumos

O PAPEL DOS BIOINDICADORES NA QUALIDADE DAS ÁGUAS Rodolpho Luís Pontes Carvalho1, Sabrina Fraga Ferreira1, Hebert Rocha Dias1 & Juliana Conceição Rodrigues1, Rafael Braga da Silva2* 1

Acadêmico do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

Professor do Curso Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas, Doutor em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos UFSCar. 2

* Autor correspondente: rafaelentomologia@yahoo.com.br

A demanda por água tem aumentado nos últimos anos, devido ao crescimento populacional. Tanto nas bacias hidrográficas rurais quanto nas urbanas, ocorrem atividades humanas, que alteram a dinâmica dos recursos naturais. Os bioindicadores são indivíduos empregados na avaliação de determinadas áreas, estes fornecem sinais rápidos sobre problemas ambientais e permitem avaliar a efetividade de ações para solucionar os impactos causados pelo homem. O objetivo deste estudo foi conhecer os bioindicadores de importância para o ecossistema aquático. Este trabalho foi realizado através de Revisão Bibliográfica, por meio de pesquisa de natureza qualitativa. Para a coleta de dados foi utilizado o levantamento eletrônico de artigos nacionais e internacionais indexados em diferentes bases de dados científicos da área do estudo e também por meio de consultas a livros. Os organismos bioindicadores podem ser divididos em: sentinelas (introduzidos para indicar níveis de degradação e prever ameaças ao ecossistema); detectores (espécies locais que respondem a mudanças ambientais de forma mensurável); exploradoras (reagem positivamente a perturbações); acumuladoras (permitem a verificação de bioacumulação) e sensíveis (tem o seu comportamento modificado na presença de determinados componentes). Os micro-organismos desempenham importante papel como bioindicadores da qualidade da água, especialmente os do grupo coliforme, com destaque para Escherichia coli, uma vez que, sua presença indica contaminação por material fecal humano. Os macroinvertebrados bentônicos, grupo formado por larvas de insetos, moluscos, crustáceos e vermes, são indicadores da qualidade da água. Os anfíbios por possuírem pele fina e sensível, habitam lugares de água limpa, assim, são considerados bioindicadores importantes. A utilização de Allium cepa (cebola comum) tem sido recomendada para análises de efluentes devido a sua elevada sensibilidade e baixo custo. Os bioindicadores têm papel fundamental para qualidade dos corpos d’água, visto que, integrados com análises físico-químicas, são de grande valor para caracterização do equilíbrio do ecossistema aquático. Palavras chave: ecossistema aquático, impactos ambientais, potabilidade da água, qualidade da água, recursos hídricos.

Anais do II Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA DOCE: COMPOSIÇÃO E SUA INFLUÊNCIA NA SAÚDE PÚBLICA Sabrina Fraga Ferreira1, Rodolpho Luís Pontes Carvalho1, Juliana Conceição Rodrigues1, Hebert Rocha Dias1, Rafael Braga da Silva2* 1

Acadêmico do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

Professor do Curso Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas, Doutor em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos UFSCar. 2

* Autor correspondente: rafaelentomologia@yahoo.com.br

Cerca de 75%, da superfície terrestre é composta por água, de toda a água existente no mundo, 97% é salgada e apenas 3%, corresponde à água doce, que é própria para consumo. Desta porção de água doce, apenas 0,03% são de fácil acesso (rios, lagos e sub-superfícies). A água doce possui salinidade inferior ou igual a 0,5%, apesar de o termo fazer alusão ao açúcar, na realidade, refere-se apenas a uma pequena presença de sal. O objetivo deste trabalho foi estudar a composição da água doce e a sua influência na saúde pública. Este trabalho foi realizado através de Revisão Bibliográfica, por meio de pesquisa de natureza qualitativa. Para a coleta de dados foi utilizado o levantamento eletrônico de artigos nacionais e internacionais indexados em diferentes bases de dados científicos da área do estudo e também por meio de consultas a livros. Mesmo parecendo pouca, a quantidade de água doce no mundo estocada em rios e lagos é suficiente para atender o mínimo anual que cada habitante do planeta precisa. Entretanto, sua distribuição é irregular no território, os fluxos estão concentrados nas regiões intertropicais, que possuem 50% do escoamento das águas. Nas zonas temperadas, estão 48%, e nas zonas áridas e semi-áridas, apenas 2%. A água pode veicular elevado número de enfermidades e a transmissão dessas doenças pode ocorrer por diferentes mecanismos. O mecanismo de transmissão de doenças mais lembrado e diretamente relacionado à qualidade da água é o da ingestão, por meio da qual um indivíduo sadio ingere água que contenha componente nocivo à saúde. Um segundo mecanismo refere-se à quantidade insuficiente de água, gerando hábitos higiênicos insatisfatórios e assim, o aparecimento de doenças. Outro mecanismo compreende a situação da água no ambiente físico, proporcionando condições para vida e reprodução de vetores ou reservatórios de doenças. As doenças relacionadas com a água podem ser distribuídas em: doenças de transmissão hídrica, a água atua como veículo do agente infeccioso, sendo contaminada por agentes biológicos (vírus, bactérias e parasitas) ou por meio de insetos vetores que necessitam da água em seu ciclo biológico e doenças de origem hídrica, causadas por substancias químicas presentes na água, geralmente devido ao lançamento de esgotos industriais. Diante dessas informações pode-se dizer que a água é essencial para a manutenção da saúde da população e que condições de saneamento básico inadequadas favorecem o surgimento de doenças que podem ser facilmente evitadas e controladas mediante o tratamento da água. Palavras chave: doenças de veiculação hídrica, qualidade da água, recursos hídricos, urbanização, saneamento básico.

Resumos

REVITALIZAÇÃO DE RIOS EM AMBIENTES URBANOS Vanessa Cabral Araújo1, Nivia Labanca de Souza1, Nayara Giovana Araújo1, Matheus Terra Hipólito1, Rafael Braga da Silva²* 1

Acadêmico do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

Professor do Curso Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas, Doutor em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos UFSCar. 2

* Autor correspondente: rafaelentomologia@yahoo.com.br

Após a Revolução Industrial a urbanização começou a ocorrer, este processo aconteceu de forma desordenada. Em consequência disso houve ocupação indiscriminada das várzeas dos rios, impermeabilização dos solos, desmatamento, e poluição das águas devido à falta de planejamento. Em contrapartida, há décadas se discute a reintrodução do rio como elemento vivo na paisagem urbana recuperando as suas funções ecológicas. O objetivo deste estudo foi apresentar o conceito e as medidas de revitalização de rios em ambientes urbanos. Este trabalho foi realizado através de Revisão Bibliográfica, por meio de pesquisa de natureza qualitativa. Para a coleta de dados foi utilizado o levantamento eletrônico de artigos nacionais e internacionais indexados em diferentes bases de dados científicos da área do estudo e também por meio de consultas a livros. O conceito de revitalização de rios pode ser entendido como um conjunto de ações a serem realizadas, visando à melhoria da qualidade e o aumento da quantidade de água em um rio. A revitalização de rios no meio urbano é mais complexa, isto porque, há necessidade de se recuperar sem comprometer a zona urbana e as vias de transportes. Além disso, deve se considera o fato, dos cursos d’água apresentarem situação comprometida em função da péssima qualidade da água causada pelo lançamento de efluentes. Técnicas de Bioengenharia que envolvem o uso de materiais naturais e, de preferência locais, na recuperação de corpos hídricos degradados, tem sido utilizadas. Exemplos de técnicas de Bioengenharia para contenção é o uso de estacas vivas para a fixação de encostas e a instalação de faxinas com feixes vivos para a contenção da erosão das margens de rios. A revitalização de um rio em ambiente urbano vai muito além, de realizar grandes projetos de Engenharia, a fim de recuperar a morfologia e a qualidade das águas, a revitalização compreende ações de saneamento ambiental, em que se preconiza a retirada do lixo e do esgoto, uma vez que, estes atraem vetores causadores de doenças. Em uma época de caos urbano e escassez de recursos naturais, e principalmente de falta d’água, tem-se o momento oportuno para adoção de medidas para recuperação desses ambientes. No entanto, o sucesso de qualquer projeto de revitalização dependerá diretamente da integração e da coordenação das diversas atividades e entidades envolvidas. Palavras chave: ação antrópica, impactos ambientais, pavimentos impermeáveis, qualidade da água, recursos hídricos.

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FITORREMEDIAÇÃO Alvânio Ricardo Pereira Júnior1, Ana Angélica Militão de Oliveira1, Fernanda Geralda de Carvalho1, Adriano Pereira dos Santos1, Bruna de Souza Maciel1, Fernanda Cristina Fonseca Camargo2* 1

Acadêmico do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

Professora do Curso Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas, Mestre em Ciência e Tecnologia das Radiações, Materiais e Minerais pela Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear CDTN/CNEN *Autor correspondente: fcfcamargo@yahoo.com.br

RESUMO A biorremediação consiste no emprego de organismos vivos (microrganismos e plantas, principalmente) capazes de se desenvolverem em meio contendo o material poluente, para remediação de áreas contaminadas, reduzindo-o ou até mesmo eliminando seus poluentes. A fitorremediação é um processo de biorremediação em que são utilizados vegetais e os microrganismos a eles associados para a remediação de solos contaminados com substâncias orgânicas ou inorgânicas, como metais pesados, hidrocarbonetos de petróleo, agrotóxicos, explosivos, solventes clorados e subprodutos tóxicos da indústria. Após extrair o contaminante do solo, a planta armazena o resíduo e em alguns casos transforma esse em produtos menos tóxicos ou menos inócuos. O processo de fitorremediação pode ser dividido em oito processos: fitoextração, fitoacumulação, fitodegradação, fitovolatilização,, fitoestimulação, rizodegradação, rizovolatilização e rizoestimulação. A fitorremediação apresenta elevado potencial de utilização, devido às vantagens que apresenta em relação às outras técnicas como: menor custo em relação às técnicas tradicionais, eficiência na remoção, faz uso da energia solar, é mais favorável esteticamente, reduz a lixiviação do contaminante no solo e auxilia no controle dos processos erosivo, eólico e hidráulico. A fitorremediação mostra-se um dos melhores meios de descontaminação, uma vez que o emprega-se plantas como agentes despoluidores, reduzindo assim os impactos da técnica. Palavras chave: fitorremediação, viabilidade, biorremediação.

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COMPOSTAGEM NA AGRICULTURA SUSTENTÁVEL Ana Karolina Alves Rodrigues1, Bruna Luiza Alves Soares1, Jessica Magalhães da Silva1, Jessica Paulista dos Santos1, Patrícia Perdigão Cota1, Amanda Aparecida de Oliveira Neves Viana2* 1

Acadêmico do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

Professor do Curso Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho, Doutora em Ciências do Solo pela Universidade Unesp- Jaboticabal. 2

* Autor correspondente: amandaneves@yahoo.com.br

A compostagem é um processo microbiológico que trata resíduos biodegradáveis. As reações são similares as empregadas no tratamento aeróbico. Os resíduos são processados até um tamanho adequado acrescenta-se água permite-se que o ar entre para transferir oxigênio á pilha de resíduos e o resíduo é misturado para assegurar a degradação uniforme. Os microrganismos se alimentam da matéria orgânica no resíduo e produzem dióxido de carbono, deixando um resíduo sólido chamado composto que pode ser aplicado ao solo. O processo ocorre basicamente em três fases distintas: Mesofílica proliferação de fungos e bactérias; Termofílica a fase mais longa onde fungos e bactérias com capacidade de se reproduzir em elevadas temperaturas entram em cena; Maturação quando a decomposição microbiana se completa e a matéria orgânica é transformada em húmus, livre de toxidade, metais pesados e patógenos. O produto gerado a partir desse processo de degradação recebe o nome de composto orgânico, que é um material estável rico em substâncias húmicas e nutrientes minerais que pode ser utilizado em hortas, jardins e para fins agrícolas, como adubo orgânico, devolvendo a terra os nutrientes que necessita, e evitando o uso de fertilizantes sintéticos. Palavras chave: Resíduos. Sustentabilidade. Aproveitamento. Solo.

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PROPOSTA IMPLANTAÇÃO EMPRESA JÚNIOR FASASETE: NÚCLEO DE ENGENHEIROS AMBIENTAIS JUNIORES – NEAJR Rafaela Chaves de Oliveira Lopes1, Fernanda Cristina Fonseca Camargo2* 1

Acadêmico do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

Professora do Curso Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas, Mestre em Ciência e Tecnologia das Radiações, Materiais e Minerais pelo Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear CDTN/CNEN *Autor correspondente: fcfcamargo@yahoo.com.br

Uma Empresa Júnior (EJ) pode ser definida como uma Associação Civil sem fins lucrativos, constituída por alunos de nível superior ou técnico, com o intuito de aplicar a teoria ministrada em sala de aula, prestando serviços de consultoria e assessoria de qualidade, a um custo reduzido, para empresários e empresas públicas e privadas. No contexto atual as instituições de ensino públicas e privadas do Brasil possuem um enorme desafio: formar profissionais que estejam preparados para começar a atuar no mercado de trabalho. Hoje, a elevada competitividade, a presença de profissionais melhor capacitados e as exigências por experiência prática são fatores que dificultam a inserção desses jovens no ambiente profissional. As atividades desenvolvidas dentro de uma EJ contribuem de maneira significativa para o aprimoramento da capacidade profissional dos discentes, pois estes tem a oportunidade de trabalhar em projetos cujas atividades desenvolvidas permitem o contato direto com questões e problemas reais. Os alunos poderão aprimorar suas habilidades técnicas e interpessoais, questionar teorias e buscar de maneira criativa e muitas vezes inovadora as soluçõesA EJ seria uma importante contribuição para o desenvolvimento harmônico e sustentável na área social e ambiental do município de Sete Lagoas. O município conta com diversas empresas e indústrias concentradas na extração de calcário, mármore, ardósia, argila, areia, produção de ferro-gusa e autopeças; além de despontar um grande polo comercial e industrial na produção de alimentos e bebidas. Todos esses setores são extremamente necessitados de prestações de serviços na área ambiental. As faculdades Santo Agostinho de Sete Lagoas têm como compromisso produzir, sistematizar e socializar conhecimentos, através de programas de ensino, pesquisa, extensão e serviços. É neste contexto que a criação de uma EJ tornar-se-á uma alternativa aos programas já institucionalizados. A EJ contribuirá, não somente, com a prestação de serviços a comunidade externa e acadêmica, mas também com o decréscimo da evasão escolar. Ressalta-se ainda a importância da EJ em atrair novos alunos para o curso de Engenharia Ambiental, e servir de exemplo e referência para novos cursos da instituição. Além de suprir a necessidade de meios para o estágio interno, uma vez que atualmente o curso de Engenharia Ambiental oferta apenas estágios externos. O objetivo deste projeto é Implantar uma EJ em parceria com a Faculdade Santo Agostinho de Sete Lagoas, gerida pelos alunos do curso de Engenharia Ambiental que serão orientados por professores do mesmo. Criar mecanismos para

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habilitar, treinar, preparar os jovens para as atividades profissionais que serão executadas após o término do curso, a fim de promover ao aluno o contato com a realidade existente fora do ambiente acadêmico. Contribuindo assim para a formação profissional e inserção do discente no mercado de trabalho, além de intensificar a relação instituição-sociedade. Palavras chave: empresa júnior, Sete Lagoas, Faculdade Santo Agostinho de Sete Lagoas.

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REVITALIZAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA POR PROCESSOS EROSIVOS NO CAMPUS II SANTO AGOSTINHO Admo Renato De Queiroz Dos Santos1, Diego Eduardo Alves Lamounier1, Estéfano Loura1, Pedro Henrique Teixeira De Oliveira1, Ricardo Campos Barbosa1, Amanda Aparecida de Oliveira Neves2* 1

Acadêmico do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

2 Professor do Curso Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho, Doutora em Ciências do Solo pela Universidade Unesp- Jaboticabal.

* Autor correspondente: amandaneves@yahoo.com.br

A erosão é um processo de deslocamento de terra ou de rochas de uma superfície. A erosão pode ocorrer por ações de fenômenos da natureza ou do ser humano. Em causas naturais, se refere às ações do próprio meio ambiente, como a chuva, a principal causadora da erosão. Quando atinge o solo em grandes quantidades provoca deslizamentos, infiltrações e mudanças na consistência do terreno. Podemos citar como fatores que podem levar à erosão, mudança na composição química do solo, mudança de temperatura e ventos, erupção de vulcões. O homem muitas vezes também provoca esses processos retirando a cobertura vegetal de um solo, através da exploração desordenada da mineração. Tal situação foi encontrada no Campus II das Faculdades Santo Agostinho de Sete Lagoas, situada à Avenida Prefeito Alberto Moura, 6000, bairro Morro do Claro. Em detrimento disto, surgiu um projeto para a revitalização da área degradada por processos erosivos. Ao fazer o levantamento das causas do problema verificou-se que um dos motivos que pode ter ocasionado a erosão na crista do talude é a ausência de sistema de drenagem em todo campus da faculdade, ocasionando acúmulo da água e o carreamento de material particulado do solo provocando a erosão. O volume de água que escorre próximo à lateral do muro é muito grande e tendo em vista a análise que foi feita, corre-se o risco do muro desabar, pois com o tempo essa água irá comprometer sua estrutura. A água proveniente do pátio 3 é jogada para dentro das dependências do prédio 2, levando grande quantidade de solo carreado, entulho e lixo. O projeto de recuperação da área degradada em questão se dá pelas seguintes etapas: Serviços preliminares, Fundações, Reconstituição Impermeabilização e serviços complementares. Os serviços preliminares consistem em drenar a água pluvial diretamente da crista do Talude para a rua, através de manilhas de meia cana e caixas de passagem. As fundações se baseiam em drenar o pé do Talude e nivelar e aterrar o tubo exposto pela erosão do pátio 2. Além disso, constitui a instalação de manilhas de meia cana e caixas de passagem, e ligação das calhas à saída de água pluvial. A reconstituição prevê a recomposição de 300m² do talude do pátio 2 para o pátio 3 e replantio de grama da área degradada. A impermeabilização consiste na recomposição de 98.56 m² do talude do muro lateral do prédio 2 e replantio de grama. Os serviços complementares preveem um Pequeno aterramento na lateral do muro prédio 1, Drenagem de água pluvial, Implantação de Caixa de passagem 0,40m por 0,40m, 0,40m de altura. Ligação um tubo de 0,6m de 150 mm. Concre-

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tagem de área de 36m. Com a execução desse sistema de drenagem, a água que escorre nos taludes será canalizada e escoada para rua, evitando o risco de carreamento do solo. A recuperação do talude e o replantio de grama são de grande importância, pois, a água que vier a incidir sobre o mesmo irá infiltrar e não percorrer. Dessa forma não há sobrecarrega no sistema de drenagem, além de adequar o campus aos padrões corretos de engenharia. Palavras chave: Solo. Métodos de Conservação. Recuperação de Área. Planejamento.

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Resumos Expandidos BIORREMEDIAÇÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS POR HIDROCARBONETOS Cassio dos Santos1, Christiane Pereira da Silva1, Júnia Emanuelle Rodrigues1, Larissa Caroline de Jesus Sousa1, Luana Vanessa Mendes de Souza1, Maria Da Conceição Reginaldo1, Paula Camila Ribeiro1, Fernanda Cristina Fonseca Camargo2* 1

Acadêmico do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

Professora do Curso Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas, Mestre em Ciência e Tecnologia das Radiações, Materiais e Minerais pelo Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear CDTN/CNEN *Autor correspondente: fcfcamargo@yahoo.com.br

RESUMO Considerando que o petróleo é um dos grandes poluentes do nosso ecossistema, é preciso que tenhamos formas ágeis e eficientes, no tratamento de determinadas agressões ambientais nas quais esse composto esteja envolvido. O presente trabalho tem como objetivo, expor a técnica da utilização da biorremediação no tratamento de solos contaminados por combustíveis derivados do petróleo, demonstrando como seria o processo de utilização desta técnica e sua viabilidade. Considerando que o petróleo é um dos grandes poluentes do nosso ecossistema, é preciso que tenhamos formas ágeis e eficientes, no tratamento de determinadas agressões ambientais nas quais esse composto esteja envolvido. Palavras chave: biorremediação. contaminação do solo. micro-organismos. derivados do petróleo.

INTRODUÇÃO Todo o processo de poluição e descarte vem aumentando de forma desenfreada, desde a Revolução Industrial, no século XVIII. Com o objetivo de evolução e modernização, de forma a facilitar o dia-a-dia dos seres humanos, passou a se produzir grande quantidade de resíduos e materiais inutilizáveis. A rápida expansão tecnológica atual, em especial as indústrias petroquímicas, deu origem à preocupação em relação ao descarte de resíduos metálicos, oleosos, agrotóxicos, dentre outros - de forma acidental ou não no meio ambiente. O consumo do petróleo como fonte de energia, amplia-se cada vez mais a utilização desse produto, em consequência, aumenta também a demanda, o transporte e a estocagem;

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atividades essas, que envolvem diretamente, riscos de contaminação do meio ambiente. A contaminação do solo por hidrocarbonetos derivados do petróleo tem sido assunto preocupante para ambientalistas, se tornado um grande desafio para os profissionais da área. Quando o combustível agride o solo, ele se dissolve em três fases: líquida, gasosa e dissolvida. A sua parte líquida é retida nos espaços porosos do solo; outra parte dos contaminantes passíveis de evaporação dá origem à contaminação atmosférica; o restante se dissolve nas águas do lençol freático. A biorremediação é o processo de descontaminação de ambientes com base na aceleração do processo natural de biodegradação de certas substâncias. Diversos métodos podem ser empregados na remoção de hidrocarbonetos do solo e lençol freático, tais como a biorremediação, bombeamento e a extração de vapor.

Técnicas de Biorremediação A tecnologia da biorremediação é baseada em processos nos quais ocorrem reações bioquímicas mediadas por microrganismos. Em geral, um composto orgânico quando é oxidado perde elétrons para um aceptor final de elétrons, que é reduzido (ganha elétrons). O oxigênio comumente atua como aceptor final de elétrons quando presente e a oxidação de compostos orgânicos com a redução do oxigênio molecular são chamados de respiração aeróbia heterotrófica. No entanto, quando o oxigênio não está presente, microrganismos podem usar compostos orgânicos ou íons inorgânicos como aceptores finais de elétrons alternativos, condições estas chamadas de anaeróbias. Dentre as técnicas de biorremediação podemos citar a biorremediação in situ que tem como objetivo o tratamento do material degradado no próprio local de contaminação, não sendo necessária a remoção deste material; envolve o aumento da atividade microbiana local, por meio da alteração da área degradada, usando-se a adição de nutrientes, ajustes de pH, o controle da umidade e da aeração para propiciar as condições ótimas da degradação biológica dos componentes tóxicos. Como exemplo de aeração, utiliza-se a bioventilação, que aumenta a capacidade degradadora da microbiota do solo por meio de injeções de ar, por que fornece condições de transporte de oxigênio adequadas, permitindo que a degradação possa continuar de forma eficiente por longos períodos. Essa biotecnologia vem sendo utilizada há vários anos em outros países e, em certos casos apresenta menos custo e maior eficiência na remoção dos contaminantes do que as técnicas físicas e químicas (como incineração e lavagem do solo), sendo atualmente utilizada em escala comercial no tratamento de diversos resíduos e na remediação de áreas contaminadas. São vários os problemas decorrentes da contaminação do solo e da água subterrânea por hidrocarbonetos. Riscos à segurança das pessoas, riscos à saúde pública e dos ecossistemas. O vazamento de hidrocarbonetos configura perigo constante de incêndio ou explosão nos locais atingidos. Vapores de gasolina podem explodir sem ignição prévia ao atingir concentrações acima de 10 mil ppm (partes por milhão) no ar, quando a mistura de combustível mais comburente é suficiente para que haja combustão espontânea. Além destes problemas, é importante ressaltar que a recuperação de áreas contaminadas é uma tarefa complexa e bastante demorada, em alguns casos, não se

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consegue atingir por completo os objetivos. Em função da crescente demanda em relação ao gerenciamento de áreas contaminadas, avanços significativos ocorreram nas últimas décadas nos estudos que visavam à recuperação ambiental. Diversas tecnologias de remediação têm sido desenvolvidas e consolidadas principalmente pelos países desenvolvidos. O Estado de São Paulo, em função de sua intensa industrialização, apresenta uma situação mais crítica em relação a esta questão. Desta forma, a CETESB têm desenvolvido manuais e adaptado legislações, com vistas ao controle das áreas suspeitas de contaminação e comprovadamente contaminadas. Neste sentido, destaca-se o Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, que tem por função fornecer informações e metodologias a serem utilizadas na solução dos problemas gerados por áreas contaminadas, desde a investigação preliminar até a proposição de técnicas de remediação. A seleção de tecnologias a serem utilizadas baseia-se fundamentalmente no conhecimento das características físico-químicas do contaminante, volume vazado, tempo de vazamento, caracterização geológica e hidrogeológica do local, análise do meio físico superficial e subterrâneo e extensão da área contaminada. Um plano típico de remediação possui quatro fases principais: - contenção do produto livre e produto dissolvido; - remoção do produto livre; - remoção do produto dissolvido; - remoção do produto adsorvido. No Estado de São Paulo verifica-se que o bombeamento e tratamento e a recuperação de fase livre são as técnicas mais empregadas no tratamento das águas subterrâneas, enquanto que a extração de vapores e a remoção de solo/resíduo destacam-se como as técnicas mais utilizadas para os solos, segundo dados da CETESB.

Viabilidade técnica No tratamento biológico de solos contaminados por petróleo, os micro-organismos, dos quais as bactérias são as mais estudadas, utilizam os hidrocarbonetos, principais constituintes dos contaminantes, como fonte de carbono e energia alternativa para formação de biomassa. Esse metabolismo envolve a transformação de hidrocarbonetos em unidades menores e, posteriormente, a incorporação desses compostos como material celular (biotransformação) ou conversão a gás carbônico, resultando na redução da concentração de hidrocarbonetos de petróleo. A capacidade metabólica que certos organismos possuem de transformar ou mineralizar contaminantes em formas menos tóxicas, as quais passam a ser integradas aos ciclos bioquímicos, é chamada de biodegradação. Avaliando de forma exploratória o potencial da utilização dos micro-organismos Pseudomonas aeruginosa, Bacillus subtilis, Serratia marcenscens e Candida albicans na degradação de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs – benzo(a)pireno) em solo contaminado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A biorremediação tem se mostrado como uma ferramenta que pode ser utilizada tanto no solo, na água e no ar, pois os vários meios de aplicação desta técnica favorecem o seu uso devido à utilização de determinados micro-organismos. Os estudos utilizados neste tra-

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balho favoreceram ainda mais a utilização da biorremediação como medida remediadora dos excessos de poluição ambiental, fato tem ajudado bastante no fator de descontaminação. A biorremediação deve ser compreendida de forma clara pela sociedade brasileira e mundial, uma vez que se trata de uma metodologia viável e barata para se recuperar um ambiente alterado pelas ações humanas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, J.A. Otimização da reação de Fenton visando aplicações na remediação in-situ e ex-situ de águas subterrâneas. Campinas, Universidade Estadual de Campinas, 2005. 249p. (Dissertação de Mestrado). ARAUJO, F. S. M S. Isolamento e identificação de fungos degradadores de petróleo. Trabalho apresentado na X jornada de iniciação científica – Centro de Tecnologia Mineral, 2002. CETESB. COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Avaliação do Uso de Produtos Biotecnológicos para Tratamento de Efluentes Líquidos, Resíduos Sólidos e Remediação de Solos e Águas - L1.022, 2007b. 21p. Disponível em: http://www.cetesb.sp.gov. br/. Acesso em 05 jun. 2015. HEINECK, K. Biorremediação de Solos. UFRGS. São Paulo, 2008. MARIANO, A. P. Avaliação do potencial de biorremediação de solos e de águas subterrâneas contaminados com óleo diesel. Tese de doutorado apresentada ao Instituto de Geociências e Ciências Exatas - Campus de Rio Claro/ UNESP, 2006. Disponível em: <http://anp.gov.br/ CapitalHumano/Arquivos/PRH05/Adriano-Pinto-Mariano_PRH05_UNESP_D.pdf>. Acesso em 05 jun 2015. SEABRA, P. N. C. Aplicação de biopilha na biorremediação de solos contaminados com petróleo. 2005. Tese (Doutorado no Programa de Engenharia Química) – COPPE, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2005. MANCINI, T. M. Métodos de caracterização de áreas potencialmente contaminadas por hidrocarbonetos de petróleo. Trabalho de Formatura (Geologia) - Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Unesp – Rio Claro, 2002.

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CONTAMINAÇÃO POR ÓLEO LUBRIFICANTE USADO E/OU CONTAMINADO (OLUC) EM LAGOA DE CONTENÇÃO DE ÁGUA PLUVIAL Rafaela Chaves de Oliveira Lopes1, Samuel Marques Socorro1, Rafael da Paixão Lima1, Elielder Pereira da Silva1, Renata Oliveira dos Santos1, Marcela Melo e Silva1, Túlio Vinícius da Silva1, Fernanda Cristina Fonseca Camargo2* 1

Acadêmico do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

Professora do Curso Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas, Mestre em Ciência e Tecnologia das Radiações, Materiais e Minerais pelo Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear CDTN/CNEN *Autor correspondente: fcfcamargo@yahoo.com.br

RESUMO O referido trabalho tem como objetivo descrever uma situação de recuperação de uma determinada área por contaminação por hidrocarboneto utilizando algum método de biorremedição. O cenário escolhido foi a contaminação por Óleo Lubrificante Usado e/ou Contaminado (OLUC) em lagoa de contenção de água Pluvial. A composição do OLUC é basicamente de átomos de carbono e hidrogênio, arranjados na forma de dois ou mais anéis aromáticos. O OLUC é considerado um resíduo perigoso – Classe I por apresentar em sua composição ácidos orgânicos, Hidrocarbonetos Polinucleares Aromáticos (HPAs) e dioxinas, além de alguns metais pesados. As técnicas aplicadas para biorremediação para este cenários serão os métodos físicos como barreiras de contenção, aparelhos de sucção e absorventes e as tecnologias de biorremediação para a remoção dos poluentes serão a bioestimulação (adição de fertilizantes) e a bioamplificação (semeadura de número expressivo de bactérias hidrocarbonoclásticas). A complexidade dos processos metabólicos necessários para essa degradação leva à formação de consórcios, com bactérias de diferentes gêneros e espécies, cada uma especializada em degradar uma ou várias frações do óleo derramado. O gênero de Pseudomonas (P. boxyhydrogena e P. putida) em estudo realizado com solo exposto durante vários anos à contaminação com hidrocarbonetos é o que melhor apresentou resultados satisfatórios. Palavras chave: biorremediação, biossurfactante, HAP’s, óleo lubrificante usado e/ ou contaminado.

INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo descrever uma situação de recuperação de uma determinada área por contaminação por hidrocarboneto utilizando algum método de biorremedição. Dentro dessa premissa optou-se por realizar uma simulação de um cenário com estas características, ao invés de descrever um fato verídico ocorrido, desta forma acredita-se que o aprendizado será melhor e com maior aproveitamento. O cenário escolhido foi a contaminação de uma determinada lagoa de contenção de água

Resumos

pluvial por derramamento de Óleo Lubrificante Usado e/ou Contaminado (OLUC). As causas deste derramamento são desconhecidas. O óleo lubrificante usado e/ou contaminado, conhecido popularmente como óleo queimado ou óleo sujo, é proveniente da troca de óleos em motores de automóveis, caminhões ou de algum maquinário devido à deterioração do óleo lubrificante. É considerado um resíduo perigoso – Classe I, devido as suas características físicas e químicas. O OLUC por ser um resíduo perigoso e insolúvel na água, é considerando um grande contaminante, exemplo disso é que apenas 1 litro deste resíduo é suficiente para contaminar cerca de 1.000.000 (um milhão) de litros de água potável. Para remediar a área contaminada, após várias pesquisas bibliográficas e de campo e principalmente levando em consideração as experiências profissionais vividas, optou-se em aplicar técnicas físicas para contenção e remoção parcial do contaminante aliadas à técnicas de biorremediação que serão descritas ao longo deste trabalho.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A lagoa de contenção de água pluvial, segundo SOUZA e DOMINGUES (2006) tem a função de interceptar a água de chuva para propiciar a sua infiltração abastecendo assim o lençol freático, bem como reter os sedimentos para ela transportados. Com o vazamento de OLUC para esta lagoa em questão, a sua funcionalidade ficou comprometida, além de deste resíduo ser um potencial agente contaminante de águas subterrâneas bem como do solo e do meio biótico em que obtiver contato. Segundo define a Resolução CONAMA nº 362/2005, o Óleo Lubrificante Usado e/ou Contaminado é um “óleo lubrificante acabado que, em decorrência do seu uso normal ou por motivos de contaminação, tenha se tornado inadequado à sua finalidade original”. PASSOS e DIAS (2008) complementam afirmando que finalizando sua vida útil, os OLUC’s contêm produtos resultantes da deterioração parcial dos óleos em uso, principalmente Hidrocarbonetos Polinucleares Aromáticos (HPAs), ácidos orgânicos, e dioxinas, além de metais pesados como, por exemplo, cádmio, níquel, chumbo, mercúrio, cromo e cobre. Resumindo, sua composição basicamente são átomos de carbono e hidrogênio, arranjados na forma de dois ou mais anéis aromáticos.

Figura 1 - Estrutura Química de Alguns HPA’s (FARIA, 2004)

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Porque é um Contaminante e Problemas Decorrentes da Contaminação Considerando a natureza do OLUC, a extensão e a gravidade da poluição decorrente desse tipo de substância, ele é classificado segundo a Norma ABNT 10004 como um resíduo perigoso – Classe I, afirma PASSOS e DIAS (2008). Estes mesmos autores acrescentam que a poluição gerada pelo descarte ou derramamento de 1 t/dia do óleo lubrificante usado no solo ou cursos d’água, equivale ao esgoto doméstico de 40 mil habitantes. Outro agravante deste resíduo que não deixa dúvida de seu potencial em contaminação é a presença em sua composição dos Hidrocarbonetos Polinucleares Aromáticos (HPAs), que segundo Silva (2011) estes compostos por serem formados por múltiplos anéis de benzeno, são mais resistentes à biodegração microbiológica, e bastante persistente no ambiente. Complementando o conceito da SILVA (2011), os “HAP’s podem causar efeitos toxicológicos no crescimento, metabolismo e reprodução de toda a biota. Estes efeitos podem associar-se à formação de tumores, toxicidade aguda, bioacumulação e danos à pele de diversas espécies de animais” (CESTEB, 2015). As fontes de contaminação da simulação do cenário apresentado neste trabalho são provenientes dos compostos químicos do Óleo Lubrificante Usado e/ou Contaminado. Sendo que as causas que levaram a contaminação da lagoa de contenção de água pluvial por OLUC são desconhecidas.

METODOLOGIA

Técnicas Físicas de Remediação Como o Óleo Lubrificante Usado e/ou Contaminado possui uma densidade menor do que da água, este material fica sobrenadando. Esta característica permite aplicar além de técnicas de biorremedição, como também possibilita a aplicação de técnicas físicas. Estes métodos físicos, segundo CRAPEZ, et al (2002) consistem em barreiras de contenção, aparelhos de sucção e absorventes. Entretanto, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB (2002) citado por SILVA (2011), “relata que essas técnicas podem trazer mais danos ao ambiente, tais como o pisoteio do substrato necessário para o manuseio do equipamento, a contaminação de áreas adjacentes pelo óleo que não for recolhido”. Mesmo alguns autores serem contrários à esta ação, optou-se mesmo assim em aplicá-la pois o cenário encontrado na ocasião era propicio para aplicação da metodologia física, uma vez que após análise criteriosa não iria causar nenhum impacto significativo na área adjacente. No cenário que está sendo apresentado neste estudo, foram utilizados 2 tipos de técnicas físicas descritos a seguir.

Barreiras físicas Criação de barreiras físicas na lagoa de contenção. Estas barreiras consistem em cordões confeccionados com tecido TNT com material absorvente em seu interior.

Resumos

A finalidade da aplicação destas barreiras absorvente é de além delimitar a área afetada, isolando-a e não deixando o resíduo se alastrar para outras áreas da lagoa, também tem o objetivo de captar uma determinada quantidade do OLUC, bem como conseguir fazer o arraste deste resíduo para um determinado ponto da lagoa de contenção, promovendo uma maior aglomeração a fim de melhorar a eficiência da próxima etapa da remediação física, a sucção.

Sucção Realização da sucção do material sobrenadante que ficou contido na área delimitada pelas barreiras físicas. Esta sucção é realizada através de caminhões a vácuo (pressão negativa), que suga o material armazenando-o temporariamente em seu tanque. Após a realização da sucção, o resíduo recuperado foi destinado para empresa rerrefinadora para sua destinação ambientalmente correta conforme previsto em legislação ambiental aplicável. Esta etapa de remoção física foi extremamente importante, pois permitiu retirar o excesso do OLUC derramado, facilitando e aumentando a eficiência da aplicação da próxima etapa de remediação da área degradada, a biorremedição.

Biorremediação A biorremediação é definida segundo SILVA (2011) como “uma técnica que utiliza processos naturais para remediação de uma área impactada, acelerando a biodegradação natural de contaminantes como hidrocarbonetos e outros compostos perigosos aos seres humanos, animais e plantas”. Complementando este conceito, CUNHA (1996) citado por SILVA (2011), diz que está técnica utilizam os microrganismos, que usam os poluentes como fonte de carbono em seus processos metabólicos, reduzindo a concentração e/ou toxicidade desses compostos. De acordo com o cenário apresentado e pesquisas realizadas em diversas fontes, o método de biorremedição a ser aplicado para recuperar a área atingida serão a bioestimulação e a bioamplificação. Segundo YAKUBU (2007) citado por SILVA (2011), bioestimulação consiste em utilizar os microrganismos nativos para realizar a degradação do poluente. Para tal, emprega-se a aeração e a adição de micronutrientes em quantidades adequadas. Já a bioamplificação, conhecida também como a bioaumentação, consiste na “utilização de microrganismos com comprovada atividade degradativa de um poluente específico. Os mesmos são suspensos e mantidos dormentes até serem ativados em solução e aplicados juntamente com micronutrientes e estimulantes no local impactado. Assim, os microrganismos transformam a substância tóxica em componentes mais simples” (YAKUBU, 2007 citado por SILVA, 2011).

Tipo de microrganismos e suas funções Alguns microrganismos possuem a capacidade de produzir biossurfactantes, compostos com características de detergência, que podem emulsificar o óleo, facilitando a sua degradação, indicando que estas substâncias possuem grande potencial para aplicação em técnicas de biorremediação deste tipo de poluição (KREPSKY et al., 2007; NITSCHKE & PASTORE, 2002 citado por SILVA, 2011).

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De acordo com LEE & LEVY (1988) citado por SILVA (2011), sabe-se que uma variedade alta de microrganismos tem a capacidade de degradar constituintes do petróleo. Estes podem degradar compostos desde metano até compostos mais pesados. Porém, estes mesmos autores afirmam que nenhum microrganismo é capaz de degradar completamente todos os componentes derivados do petróleo. Assim sendo, é necessária uma mistura de diferentes espécies em uma cultura para obter uma mineralização eficiente. De acordo com BUENO (2008) citado por SILVA (2011), os surfactantes que atuam como emulsificantes são agentes que auxiliam na dispersão de um líquido em outro, como óleo em água. E podem ser obtidos por procedimentos relativamente simples como, por exemplo, processos fermentativos e podem apresentar estruturas químicas diversas. Esses compostos químicos atuam nas tensões superficiais e interfaciais e são capazes de formarem microemulsões, onde hidrocarbonetos podem se solubilizar em água e vice-versa, facilitando a degradação, completa o autor PIRÔLLO (2006) citado por SILVA (2011). As principais classes de biossurfactantes conhecidas atualmente segundo este mesmo autor, são glicolipídeos (raminolipídeos, soforolipídeos, trealopídeos), lipopeptídeos e lipoproteínas (peptídeo, viscosina, serrawetina, surfactina, subtilisina, gramicidina, polimixina), ácidos graxos, lipídeos neutros e fosfolipídeos (ácidos graxos, lipídeos neutros, fosfolipídeos), surfactantes poliméricos (emulsan, biodispersan, liposan, carboidrato-lipídeo-proteína, manana-lipídeo-proteína) e surfactantes particulados. Segundo SILVA (2011), a diversidade de microrganismos capazes de biodegradar poluentes como o óleo e produzir metabólitos como os biossurfactantes é grande e pouco conhecida. O gênero de Pseudomonas (P. boxyhydrogena e P. putida) em estudo realizado com solo exposto durante vários anos à contaminação com hidrocarbonetos é o que melhor apresentou resultados satisfatórios.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Tendo em vista que, um derramamento ou descarte inadequado do OLUC no meio ambiente, pode ocasionar problemas à saúde humana, bem como à fauna e flora, é necessário que sejam adotadas medidas de controle para que seja reduzida ou mitigada essa contaminação. Segundo considerações de JACQUES et al (2007), a biorremediação é uma alternativa para remoção do HPAs presentes no OLUC, na qual microorganismos degradadores irão transformá-los em substâncias inertes, CO2 e água. Da mesma forma, estes autores afirmam que a maioria dos microorganismos presentes na água e no solo não possui capacidade de degradar esses compostos, por isso, da necessidade de juntar técnicas (físicas e biológicas), em prol da completa recuperação do local contaminado. Para que o procedimento seja eficaz, é de fundamental importância o conhecimento dos princípios e do manejo dessas técnicas, de forma a obter resultados satisfatórios, conforme descritos por JACQUES et al (2007). Além disso, JACQUES et al (2007), orienta levar em consideração o investimento inicial e de operação, o volume a ser tratado, tempo de ação das bactérias (remediação), dependência dos fatores ambientais e possibilidade de impactos ambientais, entre outros, para que o processo de biorremediação seja eficiente, com o menor impacto ambiental e economica-

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mente viável. O aprofundamento dos estudos dessa biotecnologia pode trazer no futuro a descontaminação de locais de maneira eficaz e sustentável.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 362, de 23 de junho de 2005. Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação do óleo lubrificante usado e/ou contaminado. Disponível em: http://w.w.w.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=466. Acesso em 14 jun. 2015. CRAPEZ, Mirian A.C.; BORGES, Alexandre L. N.; BISPO, Maria das Graças S.; PEREIRA, Daniella. Biorremediação: Tratamento para Derrames de Petróleo. 2002, 6p. Dissertação (Pós-Graduação em Biologia Marinha) – Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro. FARIA, P. M.; DELLA, Rosa H.V. Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs): Uma revisão de seus aspectos toxicológicos. Revista Brasileira de Toxicologia: pág 5-12, 2004. JACQUES, Rodrigo J. S.; BENTO, Fátima M.; ANTONIOLLI, Zaida I.; CAMARGO, Flávio A. O.. Biorremediação de solos contaminados com hidrocarbonetos aromáticos policíclicos. Ciência Rural, v.37, n. 4, p. 1192-1201, jul-ago, 2007. PASSOS, C.; DIAS, J.B. Costa. Manual de Procedimentos para Fiscalização das Atividades Relacionadas a Óleos Lubrificantes Usados e/ou Contaminados: Resolução CONAMA nº 362/2005. Brasília: IBAMA, 2008. SILVA, A.M.F. Dias. Biorremediação de Petróleo e Produção de Biossurfactante por Bactérias Nativas do Sedimento do Manguezal de Gargaú, São Francisco do Itabapoana-RJ. 2011. 44p. Dissertação (Bacharel em Ciências Biológicas) – Universidade Estadual do Norte Fluminense Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro. SOUZA, Enio Rezende; DOMINGUES, José Fernando. Bacias de Captação de Enxurradas. 1 ed. Minas Gerais: Emater, 2006.

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PLANTANDO O SABER, COLHENDO VIDAS Mirian Aparecida Rodrigues1; Carla Stephany de Alcântara Maciel1; Larissa dos Reis Santos1; Maria de Fátima Cardoso Simões1; Gabriela da Silva Souza1; Eliana Geralda Josafá1; Rafael Braga da Silva2; Amanda Aparecida Oliveira Neves Viana3* 1

Acadêmicos do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas

Professor do Curso Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho – Unidade Sete Lagoas, Doutor em Ciências pela Universidade Federal de São Carlos UFSCar. 3 Professor do Curso Engenharia Ambiental e Sanitária das Faculdades Santo Agostinho, Especialista, Mestre ou Doutor em Ciências do Solo pela Universidade Unesp- Jaboticabal.

*Autor correspondente: amandaneves@yahoo.com.br

RESUMO Proveniente de mudanças ocorridas nos meios científicos e tecnológicos observou-se no último século uma grande transformação na agricultura mundial. Esse avanço propiciou o atendimento crescente da demanda por alimentos. Assim, uma alternativa para a obtenção de hortaliças de boa qualidade e baixo custo é através do cultivo feito em hortas. O projeto Plantando o Saber, Colhendo Vidas consiste na implantação e implementação de uma Horta Orgânica no Centro de Artes Esporte Unificado Jorge Maciel (CEUS Jorge Maciel) localizado no bairro Jardim dos Pequis em Sete Lagoas, MG, Brasil, por meio de uma parceria firmada com a empresa Sodecia Minas Gerais Indústria de Componentes Automotivos Ltda, Dedetizar Sistema de Controle Ambiental Ltda, as Faculdades Santo Agostinho de Sete Lagoas e a Embrapa Milho e Sorgo. A implantação da Horta Orgânica irá contribuir para conscientização ambiental dos professores, dos alunos e das comunidades no entorno do CEUS Jorge Maciel, incentivando o trabalho com materiais recicláveis, promovendo estudos, palestras, pesquisas e atividades diversas sobre as questões ambientais e nutricionais, além de uma alimentação saudável e os conceitos de sustentabilidade e, educação ambiental. Ampliando dessa forma os conhecimentos em diversas áreas do saber. As atividades que serão realizadas estão ligadas aos métodos de cultivo, à conservação do solo e ao monitoramento dos insetos que podem estar presentes nas hortaliças cultivadas. Neste projeto, os envolvidos atuaram com responsabilidade e compromisso, incluindo (parceiros), alunos, professores e moradores. Tendo em vista os aspectos apontados e considerando o espaço de convivência dos moradores das comunidades da região onde estará locada a horta, torna-se imperativo o desenvolvimento de atividades educacionais em saúde, alimentação e nutrição que fomentem o interesse e a curiosidade. Palavras chave: meio ambiente, população, hortaliças. Sete Lagoas.

INTRODUÇÃO Proveniente de mudanças ocorridas nos meios científicos e tecnológicos observou-se no último século uma grande transformação na agricultura mundial. Esse avanço propiciou o

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atendimento crescente da demanda por alimentos. No entanto, é de fundamental importância que a agricultura cresça com sustentabilidade ecológica, econômica, social e cultural, ocorrendo então, em harmonia com o ambiente. Atualmente, é crescente a preocupação com escassez dos recursos naturais. Esta preocupação é devida aos atuais padrões de consumo e produção. Mas o que acontece hoje é uma tendência global em que a relação agricultura/meio ambiente está cada vez mais estreita. Sistemas de produção menos prejudiciais e mais abrangentes ao atendimento de pessoas são cada vez mais procurados. Na realidade o que se procura realizar nos dias atuais é uma agricultura produtiva, com padrões éticos, visando à segurança alimentar das populações e a conservação e qualidade ambiental. Assim, uma alternativa para a obtenção de hortaliças de boa qualidade e baixo custo é através do cultivo feito em hortas.

DESENVOLVIMENTO Este projeto descreve o processo de implantação e implementação de uma Horta Orgânica no Centro de Artes Esporte Unificado Jorge Maciel (CEUS Jorge Maciel) localizado no bairro Jardim dos Pequis em Sete Lagoas, MG, Brasil, por meio de uma parceria firmada com a empresa Sodecia Minas Gerais Indústria de Componentes Automotivos Ltda, Dedetizar Sistema de Controle Ambiental Ltda, as Faculdades Santo Agostinho de Sete Lagoas e a Embrapa Milho e Sorgo. Esta parceria foi descrita e exemplificada em uma reunião que aconteceu no Centro de Artes Esporte Unificado Jorge Maciel (CEUS Jorge Maciel), com a presença do Sr. Edson Júnior, responsável pelo CEUS Jorge Maciel, da aluna do curso de engenharia ambiental das Faculdades Santo Agostinho Mírian Aparecida Rodrigues (representante da Sodecia Minas Gerais) e dos professores das Faculdades Santo Agostinho Amanda Neves (professora e coordenadora da extensão universitária do curso de Engenharia Ambiental das Faculdades Santo Agostinho de Sete Lagoas) Daniela Melo (professora e coordenadora do curso de engenharia ambiental das Faculdades Santo Agostinho de Sete Lagoas) e Rafael Braga (professor do curso de engenharia ambiental das Faculdades Santo Agostinho de Sete Lagoas). A implantação da Horta Orgânica irá contribuir para conscientização ambiental dos professores, dos alunos e das comunidades no entorno do CEUS Jorge Maciel, incentivando o trabalho com materiais recicláveis, promovendo estudos, palestras, pesquisas e atividades diversas sobre as questões ambientais e nutricionais, além de uma alimentação saudável e os conceitos de sustentabilidade e, educação ambiental. Ampliando dessa forma os conhecimentos em diversas áreas do saber. As atividades que serão realizadas estão ligadas aos métodos de cultivo, à conservação do solo e ao monitoramento dos insetos que podem estar presentes nas hortaliças cultivadas. Neste projeto, os envolvidos atuaram com responsabilidade e compromisso, incluindo (parceiros), alunos, professores e moradores. Tendo em vista os aspectos apontados e considerando o espaço de convivência dos moradores das comunidades da região onde estará locada a horta, torna-se imperativo o desenvolvimento de atividades educacionais em saúde, alimentação e nutrição que fomentem o interesse e a curiosidade. Para a implantação da Horta Orgânica inicialmente será realizada aplicação de um questio-

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nário sócio ambiental da comunidade informando os hábitos alimentares dos moradores e a avaliação da área para plantio. A partir deste primeiro contato, serão selecionadas as hortaliças a serem cultivadas, assim como as técnicas para o plantio e a data mais oportuna para o desenvolvimento das atividades. Serão desenvolvidas atividades de interação com a comunidade sobre o tema meio ambiente possibilitando aos mesmos, contato com o ambiente natural. O plantio será efetuado de acordo com o cronograma que será proposto, onde serão fornecidas orientações quanto às formas de plantio, adubação do solo, manutenção da horta, manejo dos insetos-praga e colheita, sendo estas práticas consideradas não só como ótimo exercício físico e mental, mas também uma forma de aprendizado saudável e criativo.

Das Responsabilidades: • Construção de reservatório para captação da água da chuva. O processo de captação irá beneficiar o próprio CEUS Jorge Maciel, garantindo o abastecimento de água na horta.

•

Fechamento da área com tela, construção dos canteiros, fornecimento de equipamentos para manutenção da horta (bombonas plásticas 200 litros, carrinho de mão, tesoura de poda, enxada, colher de transplante, pá curva, tela para proteção dos canteiros, rastelo, sacho, regador, baldes, facão, tela, poste para fechamento da horta, arame e portão), fornecimento de sementes e mudas e material de divulgação.

•

Fornecimento de materiais recicláveis (ex: garrafas pet e compostos orgânicos para a realização da compostagem).

•

Orientações técnicas para implantação e implementação da horta, organização de eventos informativos, disponibilização de alunos monitores, educação ambiental e cursos de capacitação para moradores da comunidade.

•

Orientação técnica para estabelecimento de barraginhas.

CONCLUSÃO A implantação e implementação da horta orgânica no Centro de Artes Esporte Unificado Jorge Maciel (CEUS Jorge Maciel) trará benefícios múltiplos a todas as partes envolvidas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MOGILKA, M. A formação humana no horizonte da integralidade. Rev Bras Est Pedag 2006; 87(215):53-67. EFFTING, Tânia Regina. Educação Ambiental nas Escolas Públicas: Realidade e Desafios. Marechal Cândido Rondon, 2007. Monografia (Pós Graduação em “Latu Sensu” Planejamento Para o Desenvolvimento Sustentável) – Centro de Ciências Agrárias, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Campus de Marechal Cândido Rondon, 2007.(1) ACHARAM, Y.M. - As Plantas que Curam. Vol. I - 1ª edição - Ed. Li Bra. - São Paulo.

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BRASIL. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Conselho Deliberativo. Resolução nº 38, de 16 de julho de 2009: dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica no Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 17 jul. 2009b. FETTER, S.I;MÜLLER, J.;SILVA,.M.C. Horta Escolar: Teoria e Prática para uma vida saudável: Educação ambiental na Escola Estadual João Mosmann / Parobé / RS. Revista Brasileira de Agroecologia, nov. 2006, vol.1. IRALA, C. H.; FERNADEZ, P. M.; Manual para escolas: A escola promovendo hábitos alimentares saudáveis. Brasília, 2001. Faculdade de Ciências da Saúde - Departamento de Nutrição, Universidade de Brasília. Disponível em: http://vsites.unb.br/fds/opsan/escolasaudavel/ horta.pdf>. Acessado em setembro de 2011. MMA – MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental. Departamento de Educação Ambiental. Educação ambiental. Disponível em: www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=20. Acessado em agosto de 2011 MORGADO, F. S.; A horta escola na educação ambiental e alimentar: Experiência do projeto horta viva nas escolas municipais de Florianópolis. Revista eletrônica de extensão - UFSC, nº6, Santa Catarina, ano 2008. Disponível em:http://www.extensio.ufsc.br/2008/A_horta_ escolar.pdf>. Acesso julho de 2011. NEDER, Maria Lúcia Cavalli, LINO; Élida Maria Loureiro. Programa Nacional de Alimentação Escolar. Brasília: MEC, FNDE, SEED, 2006. 100 p. (Formação pela Escola). Disponível em: http://www.fnde.gov.br/home/formacao_pela_escola_modulos.html Acessado em Junho de 2011. PROJETO EDUCANDO COM A HORTA ESCOLAR. Orientações para Implantação e Implementação da Horta Escolar. Caderno 2. Brasília: PEHE, 2007. TEIXEIRA, A.S. - Dicas de Alimentos e Plantas para a Saúde. Ed. Tecnoprint S.A. Rio de Janeiro, 1983.

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ANEXOS

Figura 1 - Reunião para explanação do projeto da implantação e implementação da horta orgânica no Centro de Artes Esporte Unificado Jorge Maciel (CEUS Jorge Maciel).

Figura 2 - Equipe de professores e aluna das faculdades Santo Agostinho de Sete Lagoas responsáveis pela implantação e implementação da horta orgânica no Centro de Artes Esporte Unificado Jorge Maciel (CEUS Jorge Maciel).