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Partindo da ação da consciência no trabalho do ator, Gilberto Iele, em O Ator como Xamã, leva sua análise até as práticas do intérprete em sua forma relacional com o outro, ou seja, na lnteraç ão com os demais parceiros de cena e com o público. Aí se encontra o objeto e o estado a ser atingido pelo processo representatívo, no qual entra em jogo não apenas o corpo interpretante, mas também as energias corporais, fazendo surgir na cena uma consciência espaço-temporal alterada do cotidiano, em que os estados fisico e mental unidos trabalham comportamentos, gestos e memória amalgamados num todo. Iele escolhe o clown como a entidade cênica que melhor faz transparecer essa busca de uma dimensão extracotidiana pelo ator que, ao tomar consciência de seus aspectos ridículos, os potencializa e transforma em resultados cênicos de grande intensidade, levando o público ao riso e à comoção, num paralelo entre as forças do êxtase na atividade de invocação ritualística xamânica e a ação construtora de uma presença para a atuação artística por meio de um estado elownesco em cena. Aliando rigor teórico à prática com alunos e a depoimentos de profissionais, O Ator como Xamã torna-se uma importante contribuição para aqueles que se interessam pelos rituais e alquimias do palco.
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M.H.G . e J.G.
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