Escola Secundรกria c/ 3ยบciclo Joaquim Gomes Ferreira Alves
FalaFala-me Disso
Dia do Estudante 24 de Marรงo
FalaFala-me Disso 2º edição 24/03/2009
Sumário Palha Editorial……………..………………………………..………..3 Fala-me disto………………………………………..………..4
O Que Realmente Interessa Autismo…………………………………………………….......6 Astronomia…………………….………………….……...…..8
Direcção: Daniel Silva, Joana Carlos, Oscar Esteves, Pedro Graça Coordenadora: Professora Albertina Viana. Cronistas: Joana Carlos, Vânia Pereira (É uma Espécie de Crónica); Pedro Graça (O aluno), ; Daniel Silva (Sexo é amigo — e vocês também) ; Oscar Esteves (O Cantinho do Oscar). Colaboradores: José Augusto (Fala-me disto); Fábio Jesus, Inês Machado, Joana Lopes,
AE e AD..…………..……………………………….………….10 Dia Internacional da Mulher……………….…………..11 Por Um Futuro Melhor…………………………………...12
Liliana
Pereira, Renato Lopes, (Autismo); Hugo Ferreira, João Tiago Souteiro,
Miguel
Fernandes,
Tiago
Rocha (Astronomia); Pedro Graça (Associação de Estudantes); Catarina
Gran Finale
Madruga
(Assembleia
de
Delegados); Joana Carlos (Dia Internacional da Mulher);André
Adopção………………………………………………………...13 História da Bída……………………………………………..14 É Uma Espécie de crónica………………………...….....15 O Aluno...………………………………………………..........16 O Sexo é Amigo — e Vocês Também………….....…..17 Moda…………...……………………………………....……….18 O Cantinho do Oscar.…………………………........…….19
Leite, Andreia Lima, Cátia Matos (Por um Futuro Melhor); Ana de Figueiredo,
Bárbara
Martins,
Catarina Lopes, Fábio Dias, Sara Pires (Adopção); Catarina Madruga (Uma Semibreve muito velhinha); Barbara Martins (O Amor); Catarina Soraia
Almeida,
Santos,
Eva
Vânia
Diaz,
Pereira,
(Moda). Poetas: Daniel Silva ( Camões vai
Poetas de Bolso……………………………………………...20 Espaço Lúdico……….……………………………………….21
à escola); Miguel Novo (Quando Nada Souberes Dizer); Sara Inês (A Minha Escrita) ; Pedro Graça (Droga).
Fala-me Disso
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Palha
Editorial
A
pós termos lançado a primeira versão do jornal escolar “Fala-me Disso”, notámos que a exposição combinada com a venda do jornal foi um sucesso, o que nos levou a crer que o nosso trabalho de um período inteiro para criar um jornal escolar foi pago pela aderência da comunidade escolar. Partindo do princípio que criámos um
jornal com muito poucas bases e mínima experiencia jornalística, considerámos que o lançamento da primeira versão foi positivo e decidimos continuar com o projecto. Assim, mais uma vez trabalhámos tentando angariar colaborações dos alunos interessados em expor as suas ideias a toda a escola, e com o apoio da própria escola visto que ficou acordado que todas as próximas edições do Fala-me Disso seriam impressas na própria escola, esta inclusive, o que alivia bastante as despesas da direcção do jornal. Tal como uma prenda de natal, juntámos todo o conteúdo elaborado pela direcção e colaboradores que são referidos juntamente com o Índice, criámos o embrulho que seria o design do jornal a ser impresso em papel, e lançámos uma nova edição com novas ideias e novos temas para entreter miúdos e graúdos. A direcção considera importante referir que o principal tema da segunda edição do jornal é o Dia do Estudante e como tal pomos o Estudante na cabeça de todo o jornal. Apesar disso, tudo contido no jornal será diverso desviando-se do enfadonho e referimos também que marcámos no mapa desta edição o Dia Internacional da Mulher. Ainda mais, consideramos importante realçar o facto de que o jornal foi inscrito para concurso nacional de jornais escolares e também noutros concursos incluídos no mesmo, pelo que esperamos com o total apoio de todos os interessados em apoiar o projecto e a própria escola para contribuírem e oferecerem ideias que revolucionem tanto o jornal como os temas nele referidos. Por concluir fica a vossa opinião que esperamos dela o melhor. Façam-se ouvir com as vossas criticas, mas, leiam primeiro. A Direcção
2º Edição
3
Palha
Fala-me Disto
Será que esta situação ocorre no ensino português?
É este o tema que queremos lançar para discussão. Formula a tua opinião e manda para fala.me.disso@gmail.com e se a tua opinião for uma
das
melhores
aparecerá
no
próximo
número do Fala-me disso. Fala-me Disso
4
Palha
Fala-me Disto
“O ser humano é todo igual?” A minha resposta a esta pergunta é outra pergunta: “Igual em quê?” Pode soar estúpido, mas penso que se adequa perfeitamente. A igualdade entre os homens é algo defendido com unhas e dentes por muito boa pessoa. Mas saberão elas do que estão a falar? Vou começar pelo que defendo como sendo o ponto de igualdade entre todo o ser humano; a nossa origem biológica é sempre a mesma (técnicas alternativas de reprodução são exactamente isso, “alternativas” do mesmo). Mas esperem, reprodução sexual não é algo comum na Natureza? Pois é, até mesmo o teu animal de estimação o deve fazer quando não estás a ver. Engraçado que eles sejam tão diferentes de nós. Então reformulo a minha opinião. Para mim o ponto de igualdade entre todo o ser humano é a sua racionalidade. Como seres racionais que somos, devemos ser capazes de agir de forma lógica. E claro está, inerente à lógica está o convívio pacífico em sociedade. Ah! Esperem. Para alguns indivíduos poderosos existe maior lógica em criar guerra e violência do que em promover a paz. Pois é, o dinheiro e o poder também devem andar nessa coisa da reprodução que mencionei à pouco. Reformulo mais uma vez. Todo o ser humano sente emoções. Sim, até mesmo aquele tipo que vês de vez em quando anda por aí a transpirar testosterona. Amar é bonito, ter compaixão é giro, odiar é... Ah! Odiar é feio não é? Penso que até já levou a que indivíduos tirassem a vida a outros indivíduos. Lá se foi o seu direito à vida, pobre coitado. Pronto agora é a ultima vez que reformulo, eu prometo. Falando a sério, a igualdade do ser humano está na inutilidade dessa própria pergunta. Eu não sou igual a ti que estás a ler isto. Eu não quero ser igual a ninguém, muito obrigado. A individualidade e personalidade de cada um é sagrada e é a única coisa que dota a nossa sociedade de uma razão de ser. Cada um é dotado de uma cadeia de raciocínio determinada pelo ambiente que o rodeia, portanto cabe a cada um ter consciência das coisas. E o que quero dizer com isto é que é que o ser humano tem que ser autónomo e perceber por si próprio o que deve ou não fazer. Mesmo sobre circunstâncias difíceis, ceder à imoralidade é puramente um sinal de fraqueza. Tu sabes que não deves pregar uma rasteira a uma pessoa que passe à tua frente só porque a achaste desconfortavelmente feia. Mas não é por ser igual a ti e não merecer isso. É porque é apenas mais um ser humano que está a seguir a sua vida e tu devias estar a seguir a tua. Deixem-se de procurar justificações superiores, consensuais ou metafísicas. A mim não me importa as diferenças de todos nós, não me interessa saber os artigos da Declaração dos Direitos do Homem para reclamar com alguém que os viole. Interessa-me pensar por mim próprio e nem sequer considerar este tema. Daí que 90% deste texto seja sarcasmo. Então, para finalizar, a minha resposta à pergunta inicial já não é uma pergunta. “O ser humano é todo igual?”
2ºEdiçao
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S
omos um grupo de alunos do 12ºB, da Esco- Sintomas la Secundária Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves, que, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, estamos a desenvolver um projecto em torno do Autismo.
· Dificuldades na comunicação verbal e não verbal, com tendência para ecolalia ou para a linguagem não funcional;
O tema do projecto surgiu a partir da introdução
· Dificuldade na socialização, com tendência para
inesperada de uma unidade de autistas na escola.
o isolamento e dificuldade em exprimir ou enten-
Achamos que a oportunidade que a nossa escola está
der os gestos sociais e as emoções;
a oferecer a este grupo de autistas é louvável não só pela experiência que pode proporcionar a todos os alunos, professores e funcionários, mas pela grande ajuda no melhoramento da vida dos alunos autistas. Os objectivos do projecto centram-se na construção de um clima ideal entre toda a comunidade escolar e a unidade de autistas. Para isso, procuramos derrubar mentalidades preconceituosas e a descriminação social na comunidade escolar, consciencializan-
· Podem evitar o contacto visual e o contacto físico; · Tendência para comportamentos repetitivos e rotineiros, não gostando de alterações bruscas dos seus hábitos e rotinas; · Possível sensibilidade para ruídos e outros estímulos sensoriais. Tratamento Não existe um tratamento eficaz mas é essencial o
do a comunidade escolar para a valorização do indiví- diagnóstico precoce e a orientação para uma estimuduo autista como ser humano. Além disso, pretende- lação global intensiva e estruturada . mos causar impacto junto daqueles que mais lidam com os autistas (pais, professores, …) para que compreendam melhor o problema e saibam como melhor
Pode ser útil: · a terapia da fala; · a psicomotricidade;
lidar com ele. Autismo O que é? Actualmente fala-se em Perturbações do Espectro do Autismo e não tanto em Autismo. Essas perturbações: ·podem ter diferentes graus de gravidade, não sen-
· o apoio psicológico. Devem evitar-se: Alteração brusca de rotinas Situações de pressão, confusão de estímulos ou ruídos perturbadores Ordens pouco claras ou contraditórias, sendo essen-
do obrigatoriamente associada a atraso intelectual cial o recurso a pistas visuais e um ambiente calmo e pois podem até ter elevadas competências em algu- organizado mas áreas cognitivas; · afectam a comunicação, a capacidade de socialização e a aprendizagem; · aparecem antes dos 3 anos de idade, sendo mais frequente no sexo masculino. Causas Ainda não estão bem esclarecidas as causas do Autismo mas é sobretudo uma condição genética,
Próximas actividades Filme I Am Sam Auditório-foco, 25 de Março de 2009, às 9h e às 14.30; Debate (com a participação da Dr. Alda Mira Coelho) Auditório, 29 de Abril de 2009, às 10.20
tendo sido já identificados alguns genes possivelmente envolvidos. Alguns factores de risco que afectam o sistema nervoso estão actualmente em estudo.
2ºEdiçao
Site: www.autistasforahumanosdentro.pt.vu Fórum: www.afhddiscussao.pt.vu E-mail: autistasforahumanosdentro@gmail.com
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Astronomia
O que realmente interessa
Astronomia
N
o âmbito da disciplina de Área de Projecto do 12ºano, o grupo 3 da turma A tem como tema de trabalho "A Astronomia". Assim sendo, foi convidada a Prof. Dr. Catarina Lobo do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto para realizar uma palestra na nossa escola aos alunos finalistas do curso de Ciências e Tecnologias. A palestra marcada para 4 de Março teve como tema “A nossa galáxia e as outras: ilhas no Universo”. Após a realização da mesma ficou decidido que se procederia a uma entrevista à Prof. Dr. Catarina Lobo:
elementos da equipa tem uma forte componente observacional e ainda uma extensa contribuição teórica e de modelação. - Galáxias e Evolução do Universo O objectivo central do trabalho desta equipa é o estudo da formação e evolução das estruturas em larga escala no universo. Tal é feito atra-
planetário, as observações nocturnas, oficinas didácticas, exposições e astro-notícias. Para além disso, organizou a “Alvorada do AIA2009”, e estão em curso as “Noites de Galileu”. O CAUP participa ainda em sessões de formação contínua em Astronomia e nas “100 horas de Astronomia”, entre outros
eventos ainda por ocorrer.
vés Qual acha ser a importância de divulgar a Astronomia através de palestras deste tipo? Este tipo de palestras pode ser o primeiro contacto de muitos alunos com a Astronomia. Pretende-se divulgar alguns conhecimentos sobre esta área, transmitir um pouco a forma de fazer Ciência em geral, e promover o diálogo com investigadores.
Como surgiu o seu interesse pela Astronomia? Creio que todos nos questionamos sobre a origem do Universo e qual o nosso lugar nele. Para além desta curiosidade, confesso Prof. Dr. Catarina Lobo que o extraordinário programa _______________________ televisivo “Cosmos”, de Carl Sagan, me influenciou fortemente “A Astronomia é uma Ciência fascinante com no gosto pela Astronomia.
De que modo incentivaria os jovens a optar pelo estudo da Astronomia?
A Astronomia é uma Ciência fascinante com muitas questões ainda por solucionar. É bastante muitas questões ainda por solucionar”” interdisciplinar e promove uma grande flexibilidade de espírito, O que é que mais admira no seu que é frequentemente muito bem trabalho? de duas linhas principais de trabaacolhida noutras profissões. Pode lho: a determinação de parâmetros Não ser repetitivo, ser um constante ser um “hobby” ou uma profissão a desafio, estar sempre a aprender ...e tempo inteiro e, para qualquer uma cosmológicos relevantes para a fora ensinar. destas opções, há variadas maneiras mação e evolução de estruturas de de aprender mais e de prosseguir o larga escala; e a identificação dos objectivo delineado! Que tipo de investigações se fazem processos físicos que determinam a no Centro de Astrofísica da Univerformação e evolução de galáxias. sidade do Porto? A investigação científica no Centro de Astrofísica organiza-se em duas grandes equipas cuja actividade centra nos seguintes tópicos: - Origem e Evolução de Estrelas e Planetas O objectivo central do trabalho desta equipa inclui o estudo da física fundamental que rege a formação e evolução de estrelas e planetas. Os
2ºEdiçao
Quais as principais actividades que o CAUP organiza no âmbito do Ano Internacional da Astronomia 2009? Ao longo deste ano muito especial, o CAUP
reforça
a
sua
já
longa
tradição de divulgação em Astronomia, multiplicando as visitas a escolas, para palestras e sessões de
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O que realmente interessa
AE/ Assembleia de Delegados
Muitos não sabem ou esqueceram, mas, hoje é o Dia do Estudante, 24 de Março.
uma recordação eterna do espírito de perseverança e entusiasmo característico dos jovens.
Em 1987, a Assembleia da República escolhe a
«O primeiro passo para conseguirmos o que
data de 24 de Março para fixar o Dia do Estudan-
queremos na vida é decidir o que queremos» -
te , contudo, é necessário recuar a 1962 para per-
felizmente existem, ainda, jovens determinados no
ceber as razões do aparecimento deste dia.
nosso país!
Como todos sabem, Portugal vivia debaixo da
A tua AE
alçada do Estado Novo no ano 1962, nesta altura os estudantes eram um enorme foco de discordância face às políticas salazaristas. Foram tempos em que os estudantes, principalmente os dirigen-
Neste pequeno excerto irá ser apresentada a
tes associativos, sofreram bastante para que hoje
Assembleia de Delegados um órgão importante na
possamos livremente dar a nossa opinião sobre o
vida escolar, porém, muitas vezes esquecido pelos
estado do ensino e até participarmos em impor-
alunos.
tantes decisões que são tomadas num ambiente
A Assembleia de Delegados é um órgão do qual
democrático, de respeito pelos nossos direitos,
fazem parte todos os delegados de todas as tur-
liberdades e garantias
mas de ensino básico e secundário. No início de
É importante que o estudante tenha um papel
cada ano lectivo, é eleito o(a) presidente da assem-
fundamental na organização escolar, pois se vir-
bleia e este(a) representa os alunos no Conselho
mos bem, nós somos a razão da existência das
Pedagógico. Este órgão pretende que os alunos
escolas. Enquanto que os professores e os funcio-
estejam presentes na vida escolar e que possam
nários escolheram e recebem um ordenado pela
contribuir para o melhoramento da qualidade da
profissão que praticam, nós não. Nós somos a par-
escola: expondo os problemas detectados e suge-
te pura da escola, apenas estamos cá para apren-
rindo alternativas. Tendo este espírito, de querer
dermos, sem outras intenções.
melhorar o que foi começado por alguém, é possí-
Por isso é importante que o estudante tenha consciência da sua posição escolar, que ajude na
vel haver um trabalho de equipa entre a Assembleia de Delegados e a Associação de Estudantes.
construção de uma escola melhor, pois é esse o objectivo de qualquer AE: tornar a escola mais
Para mais informações sobre o órgão ou para
acolhedora para o próximo, é nesse espírito que a
pequenos esclarecimentos contacta a presidente,
tua AE se coloca. Os nosso objectivos são pura-
Catarina Madruga, ou os Vice-Presidentes , Pedro
mente representar os alunos sempre que seja
Graça e António Antunes.
necessário, zelar pelos seus interesses e criar acti-
A tua Assembleia de Delegados
vidades lúdicas de forma a tornar a escola um espaço de maior união e acolhedor. Assim, agradecemos, retirando toda a carga política, aos alunos, que mesmo sabendo que poderiam ser presos, defenderam as ideias e a causa estudantil durante o Salazarismo tornando assim possível a realização deste dia, enquanto
Fala-me Disso
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O que realmente interessa
Dia Internacional da Mulher
Intrigante é o facto de a desigualdade ainda existir na actualidade, no “século XXI” que supostamente, deveria ser um tanto ou quanto mais progressista que o anterior. Esta desigualdade a que eu me refiro encontra-se facilmente
N
nos locais de trabalho e passo a exemplificar: ão faz assim tanto tempo, que a
uma mulher que ocupe o mesmo cargo ou fun-
mulher era alvo de exclusão
ção que um homem, recebe um salário inferior
social por parte da sociedade,
ao justo, ou seja, ao que é pago ao homem. Não
em todos os níveis.
é invenção, suposição ou tão pouco mito. Está
Não passava de um mero peão, num jogo da sociedade em que obrigatoriamente estava inserida e tinha por isso, que desempenhar os papéis para que era destinada - ser mãe, esposa e dona de casa. Nada que passasse destas funções era permitido e portanto, era completamente repelido. A mulher não podia ocupar cargos políticos, a mulher não podia sequer votar, a mulher não
provado que esta desigualdade se encontra ainda nos dias de hoje. Pergunto-me então, como ainda existe moral para se poder gritar aos sete ventos que vivemos numa sociedade igualitária no que toca ao sexo?! Se habitamos num mundo que permite desigualdades não só relativamente ao sexo, mas em tudo. Note-se bem, que apesar desta desigualdade
podia trajar-se como desejava, nem frequentar entre géneros, a que tão incansavelmente me os mesmos locais que os homens e penso que refiro, naturalmente achei conveniente lembrar isto é suficiente para nos apercebermos o quan- ou até mesmo relembrar algumas “almas” to a mulher foi injustiçada e até mesmo subvalo- esquecidas de notáveis mulheres que, com a sua rizada, ao ponto de ser necessária a existência de força de vontade e resiliência sobrenaturais, proum dia no calendário para a relembrar o quão varam ao mundo que a mulher também é dotada importante é, e que tem que se sentir grata por das mesmas capacidades que o homem e é capaz ter nascido com o sexo feminino. Além disso, faz- de chegar bem longe com essas mesmas capacinos pensar que os restantes dias do ano são do dades. É o caso de Florence Nightingale, Maria Lamas, Madre Teresa de Calcutá, etc., a lista é homem. Contrariamente, também considero que, por um lado este dia foi uma forma de mostrar a todas as mulheres do mundo, que o empenho e a coragem com que ao longo do tempo foram
bem mais extensa mas bastam estas três admiráveis personalidades para se poder evidenciar os atropelos à dignidade feminina. Portanto, chego à conclusão que nem com
lutando em prol das suas convicções e desejos, todas as acções verdadeiramente brilhantes que não foi inteiramente em vão e efectivamente, a mulher tenha, há-de ser sempre inferior ao teve uma “recompensa”. Dia oito de Março, é estatuto do homem. No entanto, acho incrível um dia em que se pode recapitular todos os fei- que nem por isso, que nem por essa falta de tos conseguidos por mulheres notáveis ao longo motivação, deixem de surgir mulheres com enordos tempos e igualmente se faz com que não se me valia dispostas a engrandecer o sexo feminiesqueçam o valor que têm, todos os dias. Afinal, no e a lutar por aquilo que realmente acreditam. a mulher vale por aquilo que é, num simples
Joana Carlos
acto, diariamente.
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O que realmente interessa
Por um Futuro Melhor
N
o passa- nhado todos os casos de indisciplina, desde os mais do dia insignificantes até aos mais graves. Assim, evita situade ções mais constrangedoras que podem ocorrer deviJaneiro, do à falta de acompanhamento por parte de autorida14
solicitamos a colabo- des responsáveis, ou seja, impede o avolumar iminenração do Dr. Álvaro te do problema assim que esse surge. No entanto, Santos, presidente do também é realçado o facto de não serem os alunos Conselho Executivo, que já frequentavam o estabelecimento de ensino os desenvolvimento causadores de actos de rebeldia, mas sim os alunos de uma actividade no recém-chegados, uma vez que não estão adaptados âmbito do nosso projecto sobre a Criminalidade. Com ao regulamento actual, encontrando-se as suas atituno
vista a conhecer o grau de violência na Escola, entre- des moldadas às regras e intervenções praticadas nas vistamos o presidente do Conselho Executivo para escolas frequentadas anteriormente. É graças às freconseguirmos perceber quais as medidas tomadas no quentes intervenções do Conselho que os alunos nosso estabelecimento de ensino no combate à irre- reconhecem a autoridade no interior do estabeleciverência, uma vez que esta aumenta cada vez mais na mento de ensino, não hesitando em comunicar com o mesmo quando ocorrem situações que poderão colonossa geração. Segundo o presidente do Conselho Executivo, os níveis de indisciplina actualmente não são elevados,
car a segurança do aluno em risco. No decorrer dos últimos anos, o tipo de violência
uma vez que o número de alunos que frequentam o praticado vai-se metamorfoseando de física para verestabelecimento de ensino é menor, o que possibilita bal/psicológica, o que possibilita uma melhor adaptaum acompanhamento eficiente em situações de con- ção das medidas tomadas pela Direcção escolar. flito.
Importa ainda esclarecer que é, de certa forma,
Do ponto de vista do entrevistado, «Todo o Ser natural ocorrerem certos “atritos” entre os alunos, Humano é Educável», no entanto, muitas vezes a por vezes fruto da sua tenra idade, que pouco ou tarefa de instruir um aluno é dificultada por algumas nada têm que ver com violência. O conceito de violênbarreiras impostas quer pelo próprio aluno, quer pela cia é frequentemente banalizado na medida em que, sua família, o que impossibilita a concretização do a grande maioria das pessoas, confunde violência com trabalho da Direcção, cujo campo de acção fica limita- irreverência, classificando pequenos desentendimendo. No entanto, importa destacar o empenho dos tos como actos de violência. Na verdade, a violência docentes que em caso algum abandonam a luta diária apresenta proporções e efeitos extremamente nefasque se trava contra a violência na escola. Um outro tos, implicando o desrespeito pelo outro, razão pela obstáculo que dificulta a tarefa executada pela admi- qual não se deve baralhar os dois conceitos. nistração escolar é a valorização atribuída socialmen-
Apesar de, excepcionalmente, poderem ocorrer
te às atitudes incorrectas dos alunos problemáticos, censuras e reprovações por parte de alunos e encarsendo que estes são, por vezes, respeitados e admira- regados de educação face às regras e atitudes do Condos pelos seus actos inadequados à conduta do meio selho Executivo, este continua a apresentar um enorescolar. Esses alunos são, em detrimento daqueles me esforço na luta diária contra a violência e na forque de uma forma correcta e civilizada agem segundo mação do futuro da nossa sociedade, e afirma, sem uma conduta íntegra, tomados, ainda que equivoca- margem para dúvidas, que a escola tem um papel mente, como “superiores” aos colegas. Na nossa opi- importantíssimo na vida de um indivíduo. nião, este procedimento conduz a uma corrupção do Por fim agradecemos aos grandes lutadores que comportamento dos jovens que, em busca de recotodos os dias dedicam toda a sua força e coragem a nhecimento podem, eventualmente, adoptar um esta escola, principalmente aos que nunca desistiram comportamento desviante. de acreditar em nós (alunos) assim como numa escola O Conselho Executivo tem desde sempre acompa- melhor! Fala-me Disso
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Gran Finale
Adopção
N
o âmbito da disciplina de Área de Projecto, um grupo do 12ºD está a desenvolver um tema (“Adopção – Pequenos e Grandes Heróis”) que lhes proporciona uma experiência de voluntariado na instituição “Tenda do Encontro”. Assim, a razão, pela qual as alunas disponibilizam algum do seu tempo semanal, é o facto de assim interagirem com algumas crianças, dos 3 aos 14 anos, que se encontram nesta situação.
Segundo alguns dos elementos do grupo está a ser “uma experiência gratificante, poder ajudar crianças com dificuldades, e, apesar de irmos à instituição apenas uma vez por semana, dá para criarmos laços afectivos com elas e dar-lhes um pouco de amor”, por outro lado, “naquela hora, conseguimos esquecer os nossos problemas, e, percebemos que os nossos comparados com os daqueles meninos não são nada, contudo estão numa excelente instituição que os acolhe”, refere outro elemento do grupo. Por último, as alunas procuram desenvolver algumas actividades lúdico -pedagógicas com as crianças (que se encontram divididas em pequenos grupos), nomeadamente, jogos para estimular algumas capacidades intelectuais, algumas fichas de trabalho para apoiar o estudo e ainda muitas brincadeiras recheadas de cumplicidade. Em suma, “esta experiência está a revelar-se muito produtiva, não só para a elaboração do nosso trabalho bem como para a nossa formação pessoal, pois encontramos no sorriso destas crianças uma força que, por vezes, alguns adultos não têm”.
2º Edição
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Gran Finale
Histórias da Bída
Uma Semibreve muito velhinha... Aqui estou eu, na mesma Pauta (a minha cidade), há mais de 50 anos. Nasci daquela caneta preta que borrava tudo por onde passava. Durante muitos anos, estive sozinha; era eu e mais ninguém. Uma infância muito sossegada, sem braços partidos nem afogamentos em piscinas sem protecção. Mas vou falar-vos um pouco sobre a minha vida; sobre a minha e sobre a daqueles que me rodeiam (ou rodearam). Tinha eu 10 anos, e não tinha telemóvel, quando se deu o casamento das primeiras mínimas. Depois, o das Semínimas, Colcheias, Semicolcheias. Eram casamentos banais, todos iguais, sempre com os mesmos convidados e os vestidos de sempre. Mas no dia em que uma Semínima se lembrou de pedir em casamento uma Colcheia foi o caos na cidade: como é que uma Semínima se podia casar com uma Colcheia? Era contra as regras. Mas assim foi e até deu resultado, para espanto de todos. Passado meio ano, já o casalinho problemático tinha descendentes; e que descendentes! Uma raridade na Pauta: apareceu a primeira Semínima com ponto. Catarina Madruga
O Amor Na vida pior que a certeza de um não é a incerteza de um talvez e a desilusão de um quase. Tudo o que poderia ter sido e não foi vivendo do presente e esquecendo o passado. Tornando-se tudo tão distante, tão monótono, tão impossível. Os sorrisos frios, a falta de coragem para se ser feliz e o medo de amar. O desejo amigo do orgulho, o mar que deixou de ter ondas, os sonhos que perderam a magia, o arco-íris que perdeu a cor, as estrelas que deixaram de brilhar, o dia que perdeu a luz, a borboleta que perdeu as asas. A vontade de rir como em outros momentos. Uma nova realidade e tudo muda… Passam a existir dois corações, num mesmo destino, num mesmo segredo, que se completam, dependendo somente um do outro. São os dois corações que se conhecem, que partilham e se identificam. Uma força inexplicável, ultrapassando o passado, o presente e o futuro, ultrapassando o tempo. Um truque originado pela vida, um momento que já estava escrito, uma união que jamais deixará de existir, um encontro que mudou as suas vidas. Corações unidos e vividos, descobertos pela vida, apresentados pelo destino, homenageados pela felicidade. Resumo de milhões de palavras em apenas, um gesto simples e sincero, um gesto cativante com enorme valor que transparece cumplicidade, que é dono do tempo. O mundo, deixará de ser apenas uma promessa, será um sonho. Sentimentos vividos juntos, são duas metades encontradas que se tornam numa só. Alegrias complementadas que permanecerão juntas, descobrindo a felicidade e a admiração. Bárbara Martins
Fala-me Disso
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Gran Finale
É uma Espécie de Crónica
O
ra viva, caros minha neta estava doente e não foi à escola… Eu leitores do logo lhe disse: vai ao médico, rapariga! Mas da Fala-me Dis- caixa, que é mais barato! A única vantagem dos so! É com privados é que são mais simpáticos, mas eu não
todo o pra- preciso da simpatia deles para nada. E não é zer que aqui me apresento assim? enquanto Sr. Isauro Canta-
rino, uma pessoa de valor, ao seu dispor!
Por isso, meus meninos, poupem! Poupem que no poupar é que está o ganho... E que ganho,
Devem estar vossas excelências a perguntar-se com as reformas de hoje... A minha não é lá muicomo vim aqui parar a este jornal escolar, logo to simpática, mas eu pego nela e meto-a no baneu, um senhor tão notável e culto… Pois bem, co! decidi enveredar pelas vias jornalísticas para vos
Como arroz com arroz e até me chamam chielucidar acerca de temáticas variadas, consoante nês, mas eu gosto é assim! Poupo mais dinheiro o meu humor e o interesse da coisa, lógico! E para dar um giro de vez em quando. Pronto, de ATENÇÃO: digo e repito que eu sou uma pessoa vez em quando também não, é quando a minha notável! E CULTA! Porém, estou aqui apenas Guida faz anos, mas é com cada GIROOOO!... porque imploraram a minha participação, pois dou a volta ao quarteirão e vejo os velhotes para além das qualidades anteriormente por todos da freguesia. Dá para arejar e pôr a conmim referidas, a generosidade encontra-se igual- versa em dia, é dois em um! IMPECÁVEEEEEL! mente incluída, não esquecendo a maior de Ainda acreditam no Papai Noel? Esse quer é todas, a modéstia. encher a pança, ou acham que ele está gordo Nesta edição, trago-vos um assunto que, para porquê?! Façam como vos digo. Prestem atenmim, tem imenso interesse: o clima de crise que ção aos ensinamentos de um velho sábio como estamos a atravessar. E eu pergunto-vos: a culpa eu: quando têm fome, em vez de comerem é de quem? Dos gastadores! Dos consumistas! iogurtinhos, geladinhos, e hambúrgueres, Sim, porque eu tenho capital no banco devido à comam pão que no meu tempo era assim e eu minha rica poupança… Não ando por aí nos cafés estou aqui rijo que nem um pêro!!! sentado, a fumar e a beber (bebo só um cafezito de vez em quando, só quando tenho uns troquitos no bolso!). Depois queixam-se que não há dinheiro? Pois já dizia a minha santa mãezinha: “quem não tem dinheiro, não tem vícios”. Em vez disso, fico em casa, pacato a ver televisão
E finalizo com uma breve despedida meus caros companheiros de crónica, pois é com muita pena minha que me vejo obrigado a esperar até à próxima edição para poder protestar sobre os problemas do nosso país e afins, com as fundamentações respectivas, pois está claro.
sempre com o meu tricofaite na mão para única e exclusivamente ser utilizado numa emergência (não posso correr o risco de gastar pilhas desnecessariamente). E nem é nada incómodo, sempre que preciso é só chamar a minha Guida para me mudar os canais na TV. É fácil e barato, não dá é milhões infelizmente!
Até uma próxima e os meus sinceros cumprimentos a todos (queria só deixar só uma atençãozinha especial à minha Guida, que me alertou para a possibilidade de me obrigar a dormir no sofá durante um mês, caso eu não mencionasse o seu belo nome neste célebre e distinto jornal). Vânia Pereira e Joana Carlos
Permitam-me, então, partilhar convosco um exemplo de como se poupa: ainda ontem a 2º Edição
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Gran Finale
O Aluno
D
epois de ver ser
da e fácil, como a utilização de telemóveis na sala de
capa de jornal os
aulas? E depois foi tipo Jackpot… É que, senhoras e
Cocktails Molo-
senhores, não temos um caso com o telemóvel, mas
tov lançados con- DOIS. O da aluna em luta tribal com a professora e o tra carros de professores, deci- do aluno que grava a situação, denunciando a utilizadi ir “à gaveta” pescar um tex-
ção de telemóveis nas salas de aulas, o que dá uma
to que escrevi o ano passado. Pode-se dizer que é
força tremenda ao “dito” novo estatuto e deixando
uma forma minha de celebrar o quase 1º aniversário
todos os protestos e manifestações estudantis em
do acontecimento e relembrar também o acto de
vão! Como é que se pode combater um vídeo (uma
uma maneira menos tradicionalista.
situação apresentada aos portugueses de forma tão nua e crua)? A minha resposta a esta pergunta é: contestando!
Eu sinto-me revoltado como estudante, como português, como futuro cidadão deste sistema democrático. Julgo ser de uma subtileza horrível o que se passa actualmente no ensino português. Em primeiro lugar, gostaria de pedir desculpas aos portugueses que observaram os recentes vídeos que passaram no youtube e na televisão sobre a violência nas escolas. Estes vídeos, são o que a minha professora de filosofia chamaria de generalizações apressadas, uma maneira de denegrir a imagem do estudante. Sendo franco, esta realidade tão violenta não é regra nas escolas portuguesas. Mas, mesmo assim acontece, e que eu saiba, e garanto que tenho estes conhecimentos, sempre existiram alunos que gostam de desafiar mental e fisicamente os professores. Os que mandavam com cadeiras, os que furavam os pneus dos carros, os que colavam papéis a dizer “burro” nas costas dos professores... Mas do que eu não me lembro é de ver os canais televisivos passarem, durante duas semanas seguidas, o mesmo episódio em abertura de noticiário. Enfim… especulação, outros tempos…
Dar uso à força da palavra, denunciar este aproveitamento ilegítimo das nossas escolas. Gostaria de perguntar também o porquê da não publicação de um vídeo no youtube e abertura de telejornais com os feitos positivos dos estudantes portugueses. Para quê demonstrar uma face da moeda e não mostrar a outra? Eu digo-vos porquê: porque nós, estudantes respeitosos que tentam fazer progredir este país hipócrita, somos desprezados. Somos banalizados com imagens de alunos insurrectos que gostam do show! Se eu não estivesse dentro do assunto, se fosse já adulto e estivesse a assistir a este triste espectáculo distanciado dos verdadeiros acontecimentos, ficaria assustado com as imagens que vi. Questionar-me-ia pelos bons alunos, pelos professores que mantinham a ordem nas salas. Será que ainda existem? Já estaríamos assim tão mal? E para onde é que seria levado a pensar? Para onde eles pretendem, exactamente… Para chegar à conclusão de que os telemóveis e quaisquer instrumentos electrónicos teriam que ser imediatamente exterminados das nossas honradas escolas!
Mas, depois, dei conta de uma coisa que não existia nesses tempos: estatutos do aluno, estatutos que proibissem o uso de telemóveis. E aí apercebi-me de um facto fundamental…
E foi isto que aconteceu, eu vi todos os debates e discussões que passaram na televisão sobre o caso e era esta, sempre, a conclusão final! Fiquei chocado com a manipulação que existiu por trás deste aconte-
Isto não veio à praça pública sob a forma de aler-
cimento para proveito do Ministério da Educação.
ta para o problema, não! E também não veio para tentar que os alunos tivessem um comportamento mais exemplar, não! Isto veio, no meu ponto de vista, para dar força ao dito novo estatuto do aluno! Um estatuto que proíbe a utilização de qualquer – repito – de qualquer tipo de instrumento electrónico nas escolas portuguesas. E digam-me lá se não veio mesmo a calhar um pormenor interno, de resolução rápiFala-me Disso
E é por essa razão que faço o apelo aos outros distintos alunos para se juntarem à minha demanda contra esta hipocrisia e manipulação do povo português e à depreciação dos alunos, já que passamos a ser conhecidos como os “Dá-cá-o-telemovel!”, uns monstrinhos que a sociedade pariu e que se arrependeu da lufada de ar que nos deu. Pedro Graça 16
Gran Finale
Sexo é amigo — e vocês também
É
dito que o homem pensa em sexo a cada porque Ele queria e mais ninguém, por isso, graças cinco segundos, eu estou a pensar nisso a Deus que isto acabou, pois as pessoas não ficaagora mesmo. Todos pensamos, homens, vam com a culpa, mas ficavam por outro lado com mulheres… até crianças pequeninas têm as consequências, e o nosso querido Deus ficava lá
inveja do pai do mesmo sexo que elas… É caso para em cima, com a culpa e sem miséria alguma. O dizer que o sexo, além de fazer parte da nossa vida, aborto foi despenalizado, mas não é por isso que faz parte do mundo inteiro, mesmo que vá contra ele deve ser feito a torto e a direito, é preciso muitos princípios de variadas religiões. E, é facto “prevenir antes de remediar” e a prevenção é feita que todas as religiões abordam o tema que em através de anticonceptivos. Todos ficam felizes. Mas, embora o Estado disponibilize preservativos mentira sempre foi tabu. Todos sabem isto tudo… só não sabem é o que fazer com isso. Desde há muitos anos que foi criada a Educação Sexual (como disciplina), mas desde há muitos poucos anos é que o parlamento português, em conjunto com o ministério da saúde é que se apercebeu que a E. S. existia. O que fazer? De início nada se fez, como já é hábito em Portugal, mas quando os senhores políticos largaram o pedestal e decidiram agir, como é de prever, fizeram mal. A
em cada Centro de Saúde local, a verdade é que sem ser aí, é raro, e os raros, que devem ser comprados em farmácias, são caros, e para adicionar “à festa” os Centros de Saúde têm vindo a ser encerrados “aos magotes”. O que leva a outra conclusão: é preciso pagar para mostrar o nosso amor a outra pessoa? E agora paga-se para fazer sexo? Mais uma vez temos de pagar pela nossa própria segurança. Pondo todas estas coisinhas pequenas de par-
Educação Sexual foi tratada como um instrumento te, o importante é o ensino sobre sexo. Olhado de de reprimir sexo. Eu contrario isso. Em toda a lado pelos Senhores da bíblia, este tipo de ensino é minha “oposição”, Viva o Sexo! Desde que devida- importante, e, a meu ver, devia ser implementado mente controlado, traz imensas vantagens, pelo nas escolas portuguesas. O problema está na adeque até pode ser tido como uma forma de exercício rência das pessoas, protestos “cairiam dos céus” e físico. Mas à parte de todas essas maravilhas do pessoas atirariam omeletas à Dona Lurdes. Mas eu corpo humano, também se confunde sexo com ou não sou nenhum manual como o kamasutra para amor… ou não confunde? Amor é suposto ser uma falar-vos de sexo, aliás acho que deviam ser vocês forma de demonstrar ao nosso(a) parceiro(a) que o próprios a discutir este tema. Por isso, peço-vos (a) ama-mos e fazemo-lo através do contacto físico que realmente debatam este tema, que concluam onde há uma troca de fluidos e por fim o orgasmo… ou não, a minha opinião e que mandem as vossas umas vezes prematuro, outras normal. Sexo é o tal sugestões para o Jornal. Faço isto porque são contacto físico, com a troca de fluidos e o tão dese- vocês, estudantes, que deviam discutir todas estas jado orgasmo. Logo, o sexo é um instrumento, uma coisas, e não deixarem simplesmente discutirem forma de demonstrar o nosso amor pelo outro, o por vocês, digam de vossa justiça porque sei que têm uma palavra a dizer. Daniel Silva que faz com que não deva ser reprimido. Contudo, toda esta história sobre amor e sexo e sobre a repressão do sexo não leva a nada. É preciso dizer o que não está nas estatísticas e o que as pessoas não querem dizer e não querem saber. O amor deixou de existir. Por um lado, graças a Deus porque Deus dita e dita que não devem ser usados preservativos, e todos os filhos que nascessem era
2º Edição
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Gran Finale
Moda/Dança
D
esfila Com Ritmo, ança com Classe
É com todo o prazer que convidamos vossas excelências – comunidade escolar
– a comparecerem no auditório, no próximo dia 13 de Maio, a fim de assistirem a um evento nunca antes visto: “Desfila Com Ritmo, Dança com Classe”. Consistindo numa junção de ritmos, luz e cor, esta será, garantidamente, uma porta aberta a uma dimensão de brilho e glamour. E o contrário não seria de esperar, já que estamos perante duas áreas de grande sucesso e impacto crescente na sociedade: a belíssima moda e a apaixonante dança. Informamos que o espectáculo contará com quatro apresentações (duas delas repetidas) no decorrer do dia: as primeiras realizar-se-ão pelas 10:00h da manhã e pelas 13:00h da tarde (com a duração de aproximadamente 1h:30 minutos), tratando-se estas de uma exposição e desfile de moda, enquanto as últimas se concretizarão pelas 15:00h e 19:00h (com a duração aproximada de 2h), baseando-se numa exposição e exibição de dança.
NÃO PODES FALTAR AO EVENTO DO ANO, AQUI NA TUA ESCOLA!!!
Fala-me Disso
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Gran Finale
O cantinho do Oscar
S
oube há pouco tempo que foi criado um concurso que envolvia alunos do 3ºciclo a nível nacional, o concurso do pi. E em que é que consiste este grandioso concurso? Em saber o maior número de dígitos para além dos conhecidos "3,14"! Pois, quando eu soube do que se tratava, e também quando me apercebi de que não tive a opor-
tunidade de participar neste evento, fiquei de rastos, dado o conhecimento útil e importantíssimo que este me ia proporcionar. Eu sei que este concurso tem como principal objectivo melhorar o raciocínio dos alunos, mas podiam ter criado algo mais interessante. Pessoalmente, acho que decorar os números todos de uma lista telefónica não só era mais interessante, como também dava mais jeito ao longo da vida destes adolescentes. Outra coisa de que também acho bastante piada e chego mesmo a ter inveja, é do génio que inventou os trens de cozinha com pegas de ouro de vinte e tal quilates. A sério, gostava mesmo de ter sido eu a ter essa ideia! É que ainda por cima estava rico, dado o número de mulheres que adquirem esse bem essencial às suas tarefas na cozinha, e que o devem comprar para condizer com o avental ou com outro acessório qualquer. Para finalizar, só uma breve abordagem à "moda" de ,independentemente da profissão ou habilitações, escrever um livro. Um bom exemplo deste tipo de pessoas, é a senhora Carolina Salgado, cuja profissão que exerceu numa grande e primeira fase da sua vida, não me parece muito vocacionada para a escrita de livros. Mas pronto, parece que a educação/conhecimento não é o que conta mais hoje em dia. E a prova de que isso é cada vez mais verdade, são as "Novas Oportunidades", criação brilhante e aplaudida (só não sei é por quem) do governo de Sócrates. Oscar Esteves
2º Edição
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Gran Finale
Poetas de Bolso
Quando nada souberes dizer
O Camões vai à escola
Quando nada souberes dizer
Os quadros e apagadores assinalados
Lembra-te que te haverei dito Que da Ocidental escola lusitana,
O hoje, o amanhã e o infinito
Por livros nunca antes carregados,
Amei-te, amo-te, amar-te-ei
Passaram nunca além de Punta Cana, Penso que não sei
Em exames e testes marrados,
Mas até vou sabendo Mais do que pedia a professora Ana,
Sem me esquecer
E entre noites longas estudaram
O dia que não se esquece
Matéria que tanto odiaram. Quando a luz escurece A escuridão ilumina
E também as avaliações desastrosas
O ser e o que não é
Daqueles ministérios que foram terminando A Lurdes, o Sindicato e as greves saborosas
Eu sou, e tu. . . és? Miguel Novo
De Bragança a Faro andaram manifestando, E aqueles que por vozes majestosas Se não vão da má-língua libertando, Cantando espalharei por toda a parte, Que a ministra levou com ovos e quase uma tarte.
Cessem do BPN e do catano Das asneiras grandes que fizeram, Cale-se Sócrates aquele magano, A fama dos diplomas que tiveram; Que eu canto pelo aluno lusitano A quem faltas e intervalos sempre mereceram. Cesse tudo o que a filosofia canta Que o estudante mais alto agora se alevanta. Daniel Silva
Fala-me Disso
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Gran Finale
Poetas de Bolso
A minha escrita
Droga
Dizem que tenho jeito para escrever,
Ah, doce libertação do mais puro néctar
Não sei se hei-de acreditar,
Sobe, consome-me o braço, corrompe-me as veias
Apesar de gostar do que estou a ler,
Suga-me o coração, faz-me sentir livre
Tenho medo de algum expectativa falhar.
Vá come-me por dentro, ahhhhh Faz-me viver, faz-me pular
Olho à volta,
Vamos, não deixes nada a meio
Respiro fundo,
Sobe, sobe, corrói-me, faz-me um só contigo,
Espalho pelo mundo,
Mata-me.
Este pensamento profundo.
Destrói-me por dentro aquilo que sou, Não deixes nada, nada vale a pena.
Se da minha poesia,
Com mais força, anda, faz-me sentir,
Alguém não gostar,
Faz-me sonhar.
Em vez de me criticar,
Retira-me estes pensamentos,
Desafio-o a me superar.
Deixa-me viver por ti,
Se este desafio não aceitar,
Ó liquido divino, oh, oh, ohhhhhh
A sua covardia me está a provar.
Isso, come o meu sangue, bebe do meu coração … Faz-me livre…
Para ele não sair de lá a chorar,
Liberta-meeeee!
Peço-lhe para me ajudar Aí os defeitos pode identificar,
Nada mais é mais belo que tu,
A em virtudes transformar.
Apenas tu para me fazeres esquecer a minha vida, A minha vida és tu,
No final ainda me vai agradecer,
É contigo que me sinto vivo,
Porque lhe dei uma diferente maneira de
Sinto-me apático sem ti,
tudo ver,
Quem me salva?
A em vez de algo criticar,
Quem me dá uma chance para viver?
A o superar.
Quem cuida de mim em horas de solidão? Tu, és tu minha droga.
Não sei se o que escrevo é profundo,
Pedro Graça
Não sei se é superficial, Mas se procurares pelo mundo, Não vais encontrar igual Sara Inês
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Gran Finale
Espaço Lúdico
Anedota: Opinião Sobre a Guerra - O que achou da 2ª guerra mundial? - Eu? Eu achei um braço. Adivinhas: Qual e a diferença entre o Windows Vista e o Titanic? R:. O Titanic foi um acidente (crash) natural
Adivinhas: O que é um anão? R:.Um ano bissexto
Anedota: Ia o João e o António na rua a passear, vira-se o João para o António: ……… e ficaram de frente!
Cartoon
Inês Cunha
Balão: Charles, não sei como te dizer isto, mas… eu sou o teu verdadeiro pai.