A cidade e o pedestre

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Acidade e o pedestre BERNARDO fllllUSVIIU.YI 011eto1 do ~or<osvo!gy1fHquMturo

Entre os 1nurne ros desafios que faze1n pane do dia a dia do fazer ar· quitetõnico, urn - em especial- tem nos instigado com gra nde prazer: re· pensar a cidade do ponto de vista do pedestre.O viver intenso dos dias at· uais, não é novidade.interfere direta· mente na relação cidadãos/ cidade. Se. em urn passado não muao d1s· tante. cam1nhavamos pelas ruas usu· fruindo do deleite da observação, ho· je simples1nente passamos por elas. sem perceber ou ser percebidos E1n um movimento auto1nático do direi· to de 1r e vir.Tem-se perd ido o que é próprio do conceito de cidade Por que não um resgate? Pode pa recer utópico se pensa r· mos simplesmente pelo paradigma do passado. Não há con10 voltar. So· ma-sea isso a lei de n1ercado: há pou· cos terrenos nas grandes cidades e o valor de cada um deles é alto. muit o alto. Para que o empreend11nento se

torne viâvêl. é necessário trabalhar o máximo da ocupação permitida pela lei. Não há brecha Emão. como pen· sar a venicalização pelo viés do pe· destre?Sin1. é possível.Cabe aoarqui· teto o desafio de hurnanizar. Amten· ção q uc temos colocado em prática em cada projeto corporativo desen· volvido por aqui é buscar enxergar o objeto idealizado não de forrna isola· da. simplesmente como uma bela escult ura gigante t Repensar preciso ir alérn que a escultura esteja o espaço bem Inserida no urbano do contexto.que dialogue com a cidade e ponto de que. principaln1en· vista do te. se1a pensada e repensada do pon· pedestre to de vista do obser· vador que transita pelas ruas. Isso é trabalhar a arquice· 1ura pela escala humana e transporo desafio de se pensar uma cidade pela ótica do pedestre. Bonsexemplos são empreendimentos não murados. abertos em todas as laterais que os cirn1nda1n. com recuos generosos e praças que permitam o deslocamen· to do público. Nessas praças. que po· den1. por exemplo. unir duas ou mais torres. ê pertinente haver áreas permeáveis (não cobenas por cin1en·

to); grandes jardins en1 terrenos na· turais.comárvores plantadas no próprio solo. criando sombras con1~da· tivas. Todas essas alternativas são viáveis pelos cunhas estético e mer· cadológico.Assim. além de estimular a oportunidade de convivência. evi· ta-se o excesso dos cultivas de plan· tas apenas em ci ma de lajes. Ponto para o bem-viver. ponto para os ci· dos da natureza. Para colocar em pr.í· tica esses espaços de boas-vindas aos transeuntes. é necessárioadentrar no espaço privado - claro que de forma planejadae segura- em prol do cole· tiva. Por meio de e1npreendimentos assim elaborados ou de arenas. que parecen1 parques. va mos voltara in· tcragir com nossa cidade e convidar diariamente as pessoas para que vol· tem a enxergar nossas praças. nossos jardins. nosso entorno. Belo Honzome. como cidade·pr· dimecom umquê de provinciana tão fan1iliara 1odos nós. é um pratocheio para essa iniciati va. Uma inspiração para temar trazerde volla a ha nnonia entre a cidade viva e o cidadão. o que há de mais positivo no habitar urbano. A proposta da nova lei de uso do solo. que temos acompanhado de peito. tem wn enfoque bastante inte· ressante no quediz respeito a esse te· 1na. Um reforço e incentivo ao nosso convite. que tem olhar no futuro ao mesmo tempo em que se inspira no passado. Que assun seja no presente.


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