óiaAroda - projeto

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PROJETO DE EXTENSÃO

óiaAroda, punhado de gente. Coordenador: Prof. Fauno Fechner Guazina Cabedelo/Paraíba Fevereiro/2017

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INFORMAÇÕES GERAIS Título do projeto: óiaAroda, punhado de gente. Coordenador: Prof. Fauno Fechner Guazina Telefone: +55 83 99999.1239 E-mail: prof.guazina@gmail.com Endereço no Lattes: http://lattes.cnpq.br/3518125250902838

Membros pesquisadores: Professor Coordenador: Fauno Fechner Guazina Prof. Colaboradores: Daniel Costa, Paulo Rossi, Marcel Luz, Sheyla Medeiros. Consultores Externos: Yuri Fechner Guazina e Michelle Cristina Estimativa do número de participantes: 03 discentes Funções: montagem; divulgação; registros; apoio; desmontagem. Locais: Sala 104 / Bloco F – IESP/FATECPB Ateliê Qdernatelha + Espaços em Parcerias Carga Horária: ●

Mínimo de 52h ou 13 semanas/sessões ○ Uma reunião semanal de 03 horas, quarta-feira das 15h às 18h; ○ Montagem e Desmontagem 1h, quarta-feira das 14h30 às 15h e 18h às 18h30; ○ Eventuais programações extras que possam surgir derivadas de parcerias.

Período de Execução: Início: 03/2017 Término: 06/2017

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1.

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INTRODUÇÃO Finalizando o período letivo de 2016.2, todo o colegiado dos cursos de Design de

Interiores & Arquitetura e Urbanismo fizeram sua reunião tradicional de encerramento de curso, no qual, entre muitas atribuições, debate-se os incidentes sócio-culturais que ocorreram durante o período letivo em questão e, nesta reunião, professores e representante discentes levantam possíveis causas e efeitos destes acontecimentos. O ano de 2016 foi deveras conturbado, trazendo consigo não só um caos político, mas uma convulsão social que colocou em cheque muitas das certezas que a sociedade moderna encarava como definitivas ou insuperáveis. Neste ponto observa-se que as visões de mundo das pessoas começaram a colidir, passando a tornar o mundo uma enorme seara de desejos e de achismos, no qual os indivíduos cada vez mais se fecham em seus próprios micromundos e não abrem espaço para diversidade e multiplicidade de mundos, gerando assim não só conflitos, mas muitas vezes embates e confrontos. Observada a limitação do docente em suas disciplinas correntes, sejam elas quais forem (práticas ou teóricas), cada vez mais há a necessidade de transmissão de conhecimentos e técnicas para tornar o discente mais hábil, competente, efetivo e pronto para o mercado de trabalho, tornando os planos de ensino cada vez mais preenchido de fórmulas e modos de fazer. Este condensamento de técnicas é importante para o desenvolvimento das habilidades profissionais dos estudantes, mas acaba por limitar o espaço de debate do "como" aplicar essas técnicas de forma mais humanizada, ética e moral. De certa maneira, as disciplinas cada vez menos propiciam múltiplas interpretações, tornando-as meras transmissão de técnicas, esvaziadas de debate ético e moral do uso das mesmas, bem como compreensão da cultura e da sociedade no qual aquele conhecimento foi desenvolvido, aplicado e necessita aperfeiçoamento. Desse modo o docente se torna instrutor e menos professor, o discente cada vez mais técnico e menos crítico, minando de vez as possibilidade da academia de gerar diversos conhecimentos, além de ter múltiplas visões acerca da sociedade que pertence e modifica. Neste sentido que o projeto óiaAroda se encaixa, possibilitando um momento em sala de aula, mas fora da disciplina, num contexto mais "livre", que propicia contato com múltiplas visões de mundo, mediadas por um guia debatedor e, dessa maneira, possibilita esmiuçar essas visões em debates multiculturais, alargando as fronteiras do conhecimento e da sociedade.

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2.

JUSTIFICATIVA O projeto óiaAroda, punhado de gente tem inicialmente formatação experimental

de um "cineclube" que utiliza a linguagem do audiovisual como ferramenta de transformação das visões de mundo ou Weltanschauung, proporcionando aos curadores um espaço para exibição de filmes e bate-papos em formato de debates críticos, podendo se utilizar de outras ferramentos de apoio metodológico como textos, imagens e demais suporte artísticos e culturais. Weltanschauung (termo alemão que se pronuncia "vèltanxauung"), cosmovisão1 ou mundividência2 é a orientação cognitiva fundamental de um indivíduo ou de toda uma sociedade. Essa orientação abrange sua filosofia natural, seus valores fundamentais, existenciais, normativos, seus postulados ou temas, suas emoções e sua ética.3 Outro sentido do termo é o de uma imagem do mundo imposta ao povo de uma nação ou comunidade, isto é, uma ideologia. O termo é um calco linguístico da palavra de origem alemã que significa literalmente "visão de mundo" ou "cosmovisão". Essa palavra alemã é adotada regularmente em diversas línguas para expressar esses significados. Suas origens etimológicas remetem ao século XVIII. Ela é um conceito fundamental na filosofia e epistemologia alemã e se refere à uma "percepção de mundo ampla". Adicionalmente, ela se refere ao quadro de ideias e crenças pelas quais um indivíduo interpreta o mundo e interage com ele. (Wikipédia)

Sabe-se que os "cineclubes produzem e modificam a cultura" (Dayer, 2013),

principalmente este amontoado de gente reunida em torno de um propósito, que é o de assistir a uma outra realidade e debater estas outras realidades dentro das diversas óticas que possam surgir no coletivo. Assim alarga-se esse espaço de experiência e vivência, possibilitando que os conflitos socioculturais emerjam em ambientes mais propícios ao debate, e por consequência, mais preparados para o conflito de ideias, ampliando ainda mais os horizontes dos participantes. Este projeto não visa só criar um canal de exibição cultural, de transmissão de ensinamentos e debate sociais, mas principalmente, cria um ambiente para uma formação ética e moral mais sólida, bem como a ampliação de uma visão humanística e solidária, colocando os indivíduos como protagonistas das suas opiniões e responsáveis

1

F ERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 794. F ERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 489.

2 3

GARY B. Palmer, Toward A Theory of Cultural Lingustics (University of Texas Press, 1996), 114. 5 COORDENAÇÃO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE INTERIORES | +55 83 2106.3806 | COORDDESIGN@IESP.EDU.BR FACULDADE DE TECNOLOGIA DA PARAÍBA | FATECPB BR 230 – KM 14 | CABEDELO – PARAÍBA | +55 83 2106.3800 | WWW.FATECPB.EDU.BR


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pela sociedade em que vivem, estudam e pretendem um dia atuar profissionalmente. Três características, quando juntas, são exclusivas dos cineclubes e os distinguem de qualquer outra atividade com cinema e, ao mesmo tempo, abrangem uma ampla gama de formas e ações que os cineclubes desenvolveram nos mais diferentes contextos. São elas: O cineclube não tem fins lucrativos; O cineclube tem uma estrutura democrática; O cineclube tem um compromisso cultural ou ético. Essas três "leis" do cineclube excluem todas as outras formas de atividade com cinema que o senso comum e a ausência de reflexão identificam como cineclubes. E permitem, simultaneamente, que identifiquemos uma mesma longa e coerente herança histórica entre instituições que assumiram as mais diversas formas de organização e de atuação mas que são cineclubes. (Dayer)

Até aqui, vimos uma justificativa prática, ou seja elemento essencial à extensão, mas neste mesmo espectro acadêmico temos de adotar métodos que visam a complementação do aspecto oposto, a teoria, ou seja o currículo. No que tange o outro lado da extensão acadêmica, este projeto se propõe como experimento interdisciplinar que se utilizará dos registros de vivências durante os encontros como ferramentas de sistematização de resultados para a acadêmia e para a publicização do próprio projeto. Neste sentido, o termo interdisciplinaridade é bastante autoexplicativo. Diz de algo “que estabelece relações entre duas ou mais disciplinas ou ramos de conhecimento” ou “que é comum a duas ou mais disciplinas”. Na prática, no entanto, o movimento interdisciplinar precisa se ancorar em algumas diretrizes que o fortaleça como uma nova estratégia de pensar a educação e o afaste de algumas armadilhas comuns. (Rosangela Valerio, integrante do Grupo de Estudos e Pesquisa em Interdisciplinaridade (Gepi) da PUC-SP)

Numa perspectiva interdisciplinar, o projeto óiaAroda se ampara no diálogo amplo entre os indivíduos, suas sensações, percepções e as disciplinas. Desse modo parte-se do pressuposto que não há um método inflexível, o que seria altamente

incongruente, mas a instrumentalização dos registros das reuniões, debates e vivências que o "punhado de gente" se envolverá, se materializando por meio de vídeo/artigo ao final do projeto.

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3.

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OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral óiaAroda, punhado de gente é um projeto de extensão em moldes cineclubistas que objetiva essencialmente a formação de público com visão crítica e o fortalecimento das identidades culturais. Por meio do alargamento das visões de mundo (modo como o mundo é visto, sentido e pensado) de forma democrática e empática, observado nas alteridades as múltiplas leituras do "mundo", usando como suporte obras dos grande e pequenos circuitos cinematográficos e autores que tenham foco em sustentabilidade ambiental, equidade social, viabilidade econômica, diversidade cultural, ética filosófica e interdisciplinaridade crítica à história, estética e arte.

3.2. Objetivos Específicos ●

Atuar como movimento autônomo de difusão cultural;

Discutir linguagens e técnicas cinematográficas como construtores de discursos sociais;

Observar as fissuras nos modelos hegemônicos;

Assistir e conversar coletivamente acerca das visões de mundo;

Ver e viver a cidade/espaço sob outra perspectiva;

Possibilitar outras formas de se relacionar com as pessoas, os bens culturais e os espaços;

Contribuir com a transformação social no campo da micropolítica;

Influenciar de forma positiva a vida em sociedade;

Ser visto como um espaço autônomo de experimentação.

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AÇÕES PLANEJADAS O projeto prevê duas instâncias distintas de ações: 1. RODA CIRANDA Reuniões base do projeto, sessões pré-agendadas, todas as quartas-feiras de março a junho (2017), no turno tarde. Estas sessões são curadas pelos professores do projeto e colaboradores externos, tendo seus conteúdos livres e publicados semanalmente nos meios de comunicação IESP. Vide programação no cronograma que se encontra no item 6 deste projeto. 2. RODA PIÃO Eventuais programações extras que possam surgir derivadas de parcerias, sendo estas com outros espaços de exibição, outros eventos, projetos de extensão, ONGs, cursos, comunidades, docentes, estudantes ou qualquer outra parceria que se justifique pertinente para apresentação de curadoria de uma única sessão até mostras e festivais. Estas parcerias podem surgir de forma multilateral, mas devem apresentar sua proposta a este projeto via formulário do google docs, pelo endereço: https://goo.gl/forms/emWt1Wt1aK4JUFAv1

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5.

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METODOLOGIA O Projeto óiaAroda, punhado de gente é uma forma de alcançar a liberdade de

programação, curadoria e exibir um cinema livre para o debate da sociedade em suas múltiplas visões de mundo e ser/existir no espaço público e coletivo, principalmente no que tange a relação entre os distintos agentes que compreendem a modernidade ou pós-modernidade. Parte-se do entendimento que o cinema é muito mais que diversão e entretenimento, pois tem a importante função no alargamento das visões de mundo. No entanto se faz necessário o contato com filmes que contemple essa diversidade, na qual "cada pessoa é única e há beleza na diferença, ou seja, que estão ligados na diversidade cultural e na multiplicidade de desejos, interesses e visões de mundo" (AMÂNCIO). Isto é consenso, bem como entende-se que livros de narrativas mais complexas também tem essa força de alargar os entendimentos do mundo, as obras audiovisuais têm a mesma força criar reflexão e sonhos, construir novas certezas e abalar as visões simplistas ou pasteurizadas, além de possibilitar o entendimento do outro e que consequentemente transmuta como se vive em coletivo e em sociedade. O cinema é uma poderosa ferramenta de modulação de desejos, e o mercado se aproveita dele para disseminar formas de vidas (que tipo de casa queremos ter, qual o carro do momento, o que consumir etc). (AMÂNCIO)

Ainda Como defende o cineasta e escritor Jean-Louis Comolli, o cinema pode ter um importante potencial transformador e libertador para os espectadores, principalmente quando não estamos falando de filmes comerciais, voltados exclusivamente para a indústria da diversão. “Libertado das cadeias capitalistas, libertado da dupla precaução do roteiro e do estúdio, como do controle suplementar a posteriori da estreia nas salas comerciais, o cinema torna-se perigoso. Ao menos, ele pode sê-lo.” escreve Comolli (AMÂNCIO)

Importante ressaltar que este projeto de extensão é baseado nos moldes cineclubista e portanto possui um perfil de programação. óiaAroda possui dois perfis distintos, mas que se convergem em nosso objetivo geral, são eles: Formação de público com visão crítica: trata-se de cineclubes que tem como prioridade uma programação mais voltada para o debate e a reflexão de forma mais geral; os temas podem ser variados e estabelecidos de acordo com as orientações da curadoria. Fortalecimento das identidades culturais: trata-se de cineclubes (...) cujo objetivo é fortalecer as identidades culturais, tais como as identidades étnicas, de gênero, religiosas, sexuais, de condição social, entre outras. Normalmente possuem uma programação engajada com debate sobre os assuntos abordados. (DAYER) 9 COORDENAÇÃO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE INTERIORES | +55 83 2106.3806 | COORDDESIGN@IESP.EDU.BR FACULDADE DE TECNOLOGIA DA PARAÍBA | FATECPB BR 230 – KM 14 | CABEDELO – PARAÍBA | +55 83 2106.3800 | WWW.FATECPB.EDU.BR


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O projeto prevê um processo autogestivo da programação, na qual todos os participantes possam montar curadorias específicas às suas temáticas de atuação (sejam elas de trabalho, pertença ou mesmo lugar de fala). Os participantes também poderão fazer propostas e sugestões de programação via canais de comunicação que serão criados doravante. O processo de concepção, criação e manutenção de um cineclube quase sempre é realizado de forma colaborativa, sem hierarquias ou sem uma pessoa ou grupo de pessoas que assume a função de chefe. Chamamos de autogestão o processo de gerenciamento das ações baseado em formas mais colaborativas e horizontais de organização. Na autogestão, as pessoas compartilham responsabilidades e funções, sempre tendo em mente os benefícios a serem gerados para o coletivo. (AMÂNCIO) No entanto, nessa primeira temporada (semestre de 2017.1) os professores organizadores do projeto irão propor a curadoria para todos os encontros de quartas-feiras, mas todos os outros dias da semana estão a disposição de todos os docentes e discentes do IESP, bem como da comunidade que queiram entrar em contato com a organização do projeto, via formulário do google docs, para que haja análise da proposta, agendamento e divulgação. Parceria é uma das palavras que norteiam este projeto, haja visto que o mesmo se mantém no coletivo e não tem nenhum propósito estanque, que sua maior perspectiva é ampliar as perspectivas. O projeto se mantém aberto e dinâmico. O processo de escolha dos filmes é chamado de curadoria. No cineclube ela pode ser feita pelo grupo de organizadores, por pessoas convidadas ou também de forma horizontal, num diálogo entre os organizadores e o público, de maneira que todos possam participar da seleção dos filmes a serem vistos. (AMÂNCIO) Este projeto atua além da experiência audiovisual por si só e busca utilizar o cinema como caminho para o debate e experimentação do conflito sem confronto, no qual visões de mundo diferentes podem coexistir simultaneamente e assim se reconhecerem e moldam esse espaço no coletivo. Assistir filmes junto com outras pessoas é quase um ritual da nossa sociedade. Apesar da proliferação das telas pessoais (notebooks, celulares e tablets), do acesso à internet e do aumento da oferta de canais de TV, assistir filmes em grupo propicia algo muito interessante: poder debater o filme após a sessão. Sempre que possível estimule essa prática. Uma parte da equipe do cineclube pode ficar responsável em coordenar o debate. E é importante que essas pessoas assistam ao filme antes da sessão, pois terão tempo para se preparar, podendo, por 10 COORDENAÇÃO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE INTERIORES | +55 83 2106.3806 | COORDDESIGN@IESP.EDU.BR FACULDADE DE TECNOLOGIA DA PARAÍBA | FATECPB BR 230 – KM 14 | CABEDELO – PARAÍBA | +55 83 2106.3800 | WWW.FATECPB.EDU.BR


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exemplo, pesquisar sobre o diretor do filme, sua trajetória e outros temas que se conectam à obra. (AMÂNCIO) Esta necessidade de debater a cidade, o espaço e o outro em coletivo surge principalmente da consideração que a democracia brasileira é historicamente vista como jovem e a política em nosso país habitualmente foi exercida pelas elites que ditam os padrões econômicos, sociais e culturais, ignorando as outras demandas dos coletivos e por consequência delimitam as temáticas dos debates e quem tem lugar de fala nos mesmos. É de suma importância atuar nas fissuras dos modelos hegemônicos para trazer a tona os discursos tidos como alternativos, haja visto que a arte sempre produziu todo um aparato de resistência e possibilita o contínuo amadurecimento de processo de reconhecimento e reconstrução das visões de mundo. A interface entre a produção cinematográfica e a educação está diretamente relacionada à formação política e cultural das pessoas. Como já afirmado anteriormente, a partir do cinema, os indivíduos podem alterar e construir modos de perceber o mundo, analisando a própria realidade. Ver filmes pode então ser um modo de intervenção política, ao estimular construções de novos olhares na realidade. Para o filósofo francês Jacques Rancierè que, entre outros temas, escreve sobre a importância das artes na política, a “política se ocupa do que se vê e do que se pode dizer sobre o que é visto, de quem tem competência para ver e qualidade para dizer (…)”. Sob essa perspectiva, é importante que se estimule a produção de novos modos de ver o mundo e também de dizê-lo, para que haja maior participação política e ampliação da democracia. (AMÂNCIO) Pode-se citar como exemplos dessas fissuras nas visões de mundo hegemônicas toda a produção artística de combate a ditadura civil-militar no Brasil, além da capoeira e do candomblé como forma de manter a tradição frente à escravidão, ou as novas formas de arte que se levantam como resistência à tradição cultural elitista que não considera o rap, o pixo, a poesia slam e entre outras contemporaneidades artísticas Produzir, difundir ou consumir arte é uma forma de proporcionar que mais pessoas participem da vida política, rompendo com a invisibilidade e o com controle sobre o que pode ser dito e sobre quem pode dizer. (AMÂNCIO)

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6.

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CRONOGRAMA 1. Datas dos encontros bases, reuniões denominadas RODA CIRANDA:

Sessão

Data

Curadores

Filme

1

08/03/2017

Abertura do projeto - Dia da Mulher

Que Horas Ela Volta? - Anna Muylaert. 2015

2

15/03/2017

Professores e Colaboradores do Projeto

O menino e o mundo - Alê Abreu. 2014

3

22/03/2017

Fauno, Daniel, Convidados

Tudo que Deus Criou - André da Costa Pinto. 2015

4

29/03/2017

Professores e Colaboradores do Projeto

As Melhores coisas do mundo - Laís Bodanzky. 2010

5

04/04/2017

SAAU'17

Aquarius - Kleber Mendonça Filho. 2016

6

12/04/2017

Fauno, Marcel, Isadora Lira

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho - Daniel Ribeiro. 2014

7

19/04/2017

Professores e Colaboradores do Projeto

A Ditadura Perfeita - Luis Estrada. 2014

8

26/04/2017

Professores e Colaboradores do Projeto

Carandiru - Héctor Babenco. 2003

9

03/05/2017

Marcel Luz, Fauno Guazina, Convidado

Ó Pai,ó - Monique Gardenberg. 2007

10

10/05/2017

Professores e Colaboradores do Projeto

Última Parada 174 - Bruno Barreto. 2008

11

17/05/2017

Professores e Colaboradores do Projeto

O Som ao Redor - Kleber Mendonça Filho. 2012

12

24/05/2017

Professores e Colaboradores do Projeto

Persépolis - Vincent Paronnaud, Marjane Satrapi. 2007

13

31/05/2017

Finalização do Semestre

Uma História de Amor e Fúria - Luiz Bolognesi. 2013

2. Outras ações serão programadas ao longo do semestre de 2017.1, encaixadas na programação da ação RODA PIÃO, conforme o surgimento de parcerias que agendem datas de exibição, que serão previamente analisadas, aprovadas e então divulgadas, via formulário do google docs. Sessão

Data

Curadores

Filme

1

04/04/2017

CINE SAAU

Aquarius - Kleber Mendonça Filho. 2016

2

05/04/2017

CINE SAAU

Bike vs Carros - Fredrik Gertten. 2015

3

06/04/2017

CINE SAAU

PIXO - João Wainer & Roberto T. Oliveira. 2010

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7.

DE INTERIORES

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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8.

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EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

BÁSICOS PARA CADA SESSÃO: 1. Sala escura ou com cortinas (climatizada) 2. Cadeiras confortáveis 3. Computador com acesso a Internet 4. Projetor 5. Tela 100" (mínimo) 6. Mesa de som 7. Caixa de som Subwoffer 8. Microfone com Pedestal 9. Estabilizador de energia

14 COORDENAÇÃO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE INTERIORES | +55 83 2106.3806 | COORDDESIGN@IESP.EDU.BR FACULDADE DE TECNOLOGIA DA PARAÍBA | FATECPB BR 230 – KM 14 | CABEDELO – PARAÍBA | +55 83 2106.3800 | WWW.FATECPB.EDU.BR


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ANEXO - I

SOLICITAÇÃO DE ABERTURA DE SALAS Eu, Prof. Fauno Fechner Guazina, coordenador do óiaAroda, venho por meio desta solicitar que seja aberta a sala F - 104, em todas as quarta-feiras, no horário das 14h00 às 18h30, para realização de reuniões, apresentações, exposições e exibições culturais. Agradeço a compreensão. __________________________________________________

Prof. Fauno Fechner Guazina Coordenador do óiaAroda Projeto de Extensão

15 COORDENAÇÃO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE INTERIORES | +55 83 2106.3806 | COORDDESIGN@IESP.EDU.BR FACULDADE DE TECNOLOGIA DA PARAÍBA | FATECPB BR 230 – KM 14 | CABEDELO – PARAÍBA | +55 83 2106.3800 | WWW.FATECPB.EDU.BR


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