Embaixador da Esperança Edição 93. Junho 2015
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Família da Esperança está cheia de alegria por conta da comemoração dos 15 anos de nascimento dos Grupos Esperança Viva (GEV). Atualmente, são cerca de 180 grupos espalhados pelo mundo, onde aproximadamente 10 mil pessoas, entre ex-recuperandos da Fazenda da Esperança, familiares e pessoas atraídas pelo carisma se reúnem semanalmente para meditar a Palavra, trocar experiências e promover ações concretas na sociedade. De acordo com Padre César Alberto dos Santos, responsável geral dos GEV, muitos são os exemplos de atividades promovidas pelos grupos. “Eles podem receber e orientar jovens interessados em se recuperar na Fazenda, além de seus familiares (antes durante e depois do tratamento); visitar as periferias e desenvolver trabalhos sociais; praticar atividades específicas com filhos dos participantes; levar esperança aos presídios; participar da Fazenda da Esperança mais próxima, auxiliando nas visitas mensais que os jovens recebem, etc”. Já são conhecidos alguns casos de pessoas que se recuperam das drogas ao frequentar as reuniões semanais por no mínimo um ano. Nascimento Em 1999, o fundador da Fazenda da Esperança, Nelson Giovanelli Rosendo dos Santos, morava temporariamente em Passo Fundo/RS para cursar Teologia. Se por um lado isso o deixava longe da comunidade de Guaratinguetá/SP, por outro o fazia aproximar de ex-recuperandos e com eles se reunir para viver, nos finais de semana, o mesmo estilo de vida da Fazenda. “Num daqueles dias – conta Nelson – o Dom Dino (Bernardino Marchió, bispo de Caruaru/PE) me ligou e falou que tinha ‘sonhado acordado’ com um grupo que reunisse os ex-recuperandos. Ele disse até o nome: ‘Esperança Viva’”.
No mesmo período, em diversas partes do Brasil, jovens que tinham se recuperado na Fazenda se sentiam motivados a se encontrar para viver pelo menos alguns momentos como se estivessem na comunidade. Ou seja: meditar o Evangelho, trocar experiências, se aconselhar… Com o passar do tempo os grupos que nasciam eram catalogados para que todos se organizassem da mesma forma e, assim, vários núcleos se espalharam pelo país. Quando conheceram a experiência vivida no Brasil, ex-recuperandos de outros países também abriram grupos GEV em suas terras. Fazer festa Para comemorar os 15 anos de história dos Grupos Esperança Viva, no início de maio foi promovida uma grande festa na Fazenda São Libório, em Guaratinguetá/SP. Mais de 1000 pessoas de diversos lugares do mundo participaram do encontro, que teve na programação temas de formação, momentos de perguntas e respostas com os fundadores da Fazenda da Esperança, workshops, atividades culturais e apre-sentações de trabalhos realizados pelos grupos. Vários representantes contaram suas experiências de superação e entrega nas atividades. Durante o evento, houve o lançamento do livro “Somos filhos da Esperança”, escrito por Padre César. Ele narra a história do GEV desde o surgimento até os dias atuais. Ex-recuperandos da Fazenda da Esperança e voluntários também dão seus testemunhos nas páginas da obra. Amor que se espalha Dircelaine Aparecida Alves Ribeiro é responsável pelo GEV de Juiz de Fora/MG. Ela conheceu a Fazenda
Aconteceu comigo
da Esperança quando um de seus primos foi acolhido. Quando ele deixou a comunidade, Dircelaine pensou que não poderia mais frequentar a Fazenda, mas neste período descobriu a possibilidade de abrir um Grupo GEV em sua cidade. “Percebemos que a Fazenda não era para ele (primo), mas para nós. Hoje, o GEV da Catedral de Juiz de Fora funciona com média de 100 pessoas por semana e os frutos que nossa experiência gerou é que mais cinco grupos nasceram na região”. Ela conta uma experiência: “Enquanto estive internada no hospital acontecia um encontro do GEV e eu chorava muito por não poder participar. Lá fiquei um mês e descobri a possibilidade de distribuir o terço e a Palavra de Vida. No fim do dia o GEV acontecia no meu quarto. Nesse período também conheci a Mônica, faxineira do hospital. Depois que recebei alta ela me disse que houve um incêndio em sua casa. Naquela época a Palavra que vivíamos era: ‘Tudo entre eles era posto em comum’ (At 4). Eu olhava em minha casa, via que tinha o que era necessário e refletia muito sobre aquela família, principalmente as crianças. Eu não tinha condições para cobrir todas as despesas dela e conversei sobre a situação com o pessoal do GEV. Logo comecei a receber inúmeras cestas de alimento, roupas, móveis, brinquedos e remédios como doação para ela”. Ser Esperança Viva Mesmo quem não conhece pessoalmente uma Fazenda é convidado a viver o Carisma da Esperança; e uma possibilidade é o Grupo Esperança Viva. Uma lista completa com o local e o responsável de cada grupo está disponível através do link fazenda.org.br/esperanca_viva - mais informações também podem ser obtidas pelo telefone (12) 3128-2926.
Nós precisamos da Fazenda quando nosso filho estava na drogadição. Na ocasião, não acreditávamos que ele fosse tentar a recuperação, porque o dia marcado para sua ida, era dia de jogo da seleção na copa do mundo e ele gostava muito de acompanhar os jogos. Mas para nossa alegria, ele aceitou prontamente. Começamos assim a nos envolver com a Fazenda e nesse período ouvimos uma Palavra de Vida que nos marcou muito: “Planta em lágrimas e colherás com alegria” (Sl 126). E assim foi, quando nosso filho terminou o período de recuperação, dizíamos que todos tínhamos entrado para fazer parte da Fazenda, porém como Família. Conhecemos o GEV (Grupo Esperança Viva) quando nosso filho se recuperava na Fazenda da Esperança. Enquanto ele conhecia o carisma na sua recuperação, nós conhecíamos participando do GEV. E de tanto sermos fiéis às atividades do grupo, o padre responsável da Fazenda nos convidou como família a assumir a coordenação do Grupo Esperança Viva. Nós como casal precisávamos mudar nossa história, não adiantava só ele sair renovado da Fazenda; pudemos entender melhor nosso filho que se recuperou e começamos então a vida nova. Assim, conseguimos acolhê-lo melhor depois do período de recuperação. Descobrimos que a família do recuperando também é co-dependente da droga. Por isso foi necessária a nossa mudança de vida e criamos, assim, um ambiente favorável para todos nós seguirmos a passos firmes a nova caminhada. Foi isso que transformou nossa vida, como pai, mãe e filho. No Grupo Esperança Viva que participamos hoje, desenvolvemos muitas atividades, que buscam resgatar os jovens que ainda vivem nas drogas, mas, principalmente, oferecer suporte às famílias que têm a esperança da recuperação. Augustinho Rocha Sodré e Jessy Rocha Sodré Manaus/AM 2 - Boletim do Embaixador - Edição 93 - junho 2015
A-notável Uma Família para todos É com muita alegria que a Fazenda da Esperança recebeu do Conselho Pontifício para os Leigos, o reconhecimento definitivo da Família da Esperança. Quando pensamos no próximo as coisas acontecem com muita rapidez e o tempo voa. Assim passaram-se os cinco anos de experiência da Família da Esperança, para receber o reconhecimento definitivo por parte da Igreja. A Fazenda da Esperança e seus fundadores agradecem a Deus pelo seu carinho e seu amor para com a Família da Esperança. Sem a ajuda Dele seria impossível fazer tudo que conquistamos até hoje. Frei Hans Stapel, ofm, ainda complementa: “Deixa-me muito contente também o fato de que muitos jovens estão doando e consagrando suas vidas a Deus, através desta Familia”. Hoje são mais de 700 membros que fazem parte da Família da Esperança. Esta nova comunidade assume um desafio no mundo de hoje, no qual muitos não têm mais esperança, através da vivência concreta do Evangelho mantendo viva a presença de Jesus Ressuscitado. Como disse o papa emérito Bento XVI, “a Esperança é nada mais que o próprio Deus, o carisma da Esperança é levar Deus para a humanidade”. Claro, só pode levar Deus, quem tem Deus, por isso que é necessário a vivência do amor recíproco, para Deus estar sempre presente entre nós. Isso faz o ser humano feliz. Ele dá a cada um aquilo que no fundo do coração buscamos e só Deus pode nos preencher.
receberão os grupos de peregrinos, que nesses dias de celebração contarão com o projeto Forte sem Violência e com o grupo Gen Rosso. Convidamos todos os Embaixadores da Esperança para participar em sua região. Para tirar dúvidas envie email para: eventos@fazenda.org.br Saiba as datas e localidades: 24 a 28 de agosto - Guatemala 06 a 13 de setembro – Palmas/TO 13 a 20 de setembro – Caxias/MA 20 e 27 de setembro – Manaus/AM 28 a 03 de setembro e outubro – Alemanha 04 a 11 de outubro – Garanhuns/PE 11 a 18 de outubro – Casca/RS 18 a 25 de outubro – Guaratinguetá/SP;
Ásia; África
15 a 20 de dezembro - Argentina Frei Hans concluí: “Sou grato a Deus e à Igreja que nos reconheceu e grato também a cada um de vocês que nos acompanham e que fazem parte desta família. Porque juntos podemos ser Esperança!”
As festividades para celebrar o reconhecimento, estão marcadas para os meses de agosto e dezembro, quando acontecerá uma grande peregrinação regional. Muitas unidades da Fazenda da Esperança no Brasil e em outros países
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