Laboração continua

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Experimentandum Lanterna de emergência!

Mais vale saber… Bobine de Tesla

O que preciso? - Fio de cobre (0,2 mm de diâmetro) - Íman de neodímio - LED (de preferência branco) - Fita-cola crepe - Tubo de mangueira transparente (12 cm de comprimento e 22 mm de diâmetro)

Louça em grés para uso em placas de indução

Como fazer? 1. Enrolar fita crepe (20 voltas) a cerca de 2 cm abaixo da abertura da mangueira, de modo que se forme uma “barreira” para quando for enrolar o fio. 2. Cerca de 2 cm abaixo, repetir o passo 1. 3. Deixando a ponta de fora, enrolar o fio de cobre (cerca de 200 voltas), de forma que não saia das “barreiras” (se necessário, emendar uma extremidade de fio noutra, não esquecendo de as raspar, pois o fio é esmaltado). 4. Deixar a outra ponta de fora e passar uma camada de fita crepe por cima da bobina (enrolamento de fio de cobre). 5. Colocar o íman no interior da mangueira e tapar as aberturas. 6. Raspar as pontas de fio e ligar ao LED branco. 7. Agitar de forma que o íman faça um movimento de vaivém no interior da mangueira. Observar que o LED branco vai piscar.

Parte de trás do recipiente cerâmico desenvolvido.

A utilização de placas de indução para cozinhar ou aquecer alimentos tem apresentado nos últimos anos, na Europa, um crescimento anual superior a 20%. Isto deve-se ao facto de este sistema de aquecimento apresentar diversas vantagens relativamente aos sistemas tradicionais (gás, elétrico, etc.), nomeadamente: - Maior eficiência energética - a cozedura por indução funciona através do aquecimento direto do recipiente e não pela transferência de calor a partir de resistências elétricas ou da chama. - Segurança - não existe o risco de queimaduras causadas pelo contacto com uma superfície quente pois a placa de indução permanece à temperatura ambiente, mesmo quando está a funcionar na potência máxima. Não apresenta os riscos associados aos sistemas a gás (por exemplo, explosão ou asfixia) mas, tal como nestes, permite um rápido ajuste da temperatura. - Facilidade de instalação - não há necessidade de se instalarem tubagens como nos sistemas a gás e a reduzida espessura (<5 cm) da placa facilita a sua instalação.

A esmagadora maioria dos utensílios de cozinha destinados ao aquecimento dos alimentos (panelas, frigideiras, etc.) são metálicos (alumínio, aço, ferro). Estes utensílios têm sofrido uma constante evolução, acompanhando a diversificação dos sistemas de aquecimento. Novos materiais, nomeadamente cerâmicos e polímeros, têm surgido sendo, no entanto, apenas compatíveis com alguns dos sistemas de aquecimento disponíveis. Um dos grandes desafios é desenvolver utensílios de cozinha que possam ser utilizados em todos os sistemas de aquecimento. Para alcançar este objetivo os materiais cerâmicos, tendo em conta as suas características, são os únicos potenciais candidatos. Uma equipa da Universidade de Aveiro (CICECO-Instituto de Materiais de Aveiro e Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica) em parceria com a GRESTEL e o Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro está a desenvolver utensílios em cerâmica para utilização em placas de indução no âmbito do projeto IndUcer (financiado pelo FEDER, através do Programa Operacional Fatores de Competitividade,

Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt

COMPETE). As vantagens destes utensílios de grés fino relativamente aos que incorporam aço inoxidável ou ferro, ou, até mesmo, porcelana, são essencialmente a redução do peso e do custo. Na solução encontrada utiliza-se um decalque metálico de espessura muito reduzida (inferior a 0,015 mm) na base dos recipientes, permitindo a sua utilização em sistemas de indução que funcionam através da criação de um campo magnético. As peças produzidas permitem o aquecimento, por indução, até 90ºC, estando em investigação a otimização das características da pasta cerâmica a fim de se obterem peças que permitam a cozedura dos alimentos. A utilização de loiça de grés fino em placas de indução pode impulsionar o crescimento do mercado da louça utilitária. Os materiais já desenvolvidos podem ser usados, por exemplo, em serviços de catering e serviços de refeição em unidades hospitalares. Rui Novais, Rob Pullar e Paula Seabra CICECO - Instituto de Materiais de Aveiro / Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica Universidade de Aveiro

O que acontece? Esta lanterna acende sempre que for agitada, não necessitando de pilhas, pois funciona com base no princípio de indução eletromagnética. A agitação do íman no interior da lanterna faz variar o fluxo magnético no interior da bobina, gerando um campo elétrico variável que produz uma corrente elétrica induzida no interior da bobina. Este fenómeno designa-se indução eletromagnética. De acordo com o número de espiras (quanto mais voltas, maior será a corrente induzida gerada e melhor será a visualização do efeito) e a rapidez com que ocorre a variação do fluxo magnético, o campo elétrico variável pode gerar uma diferença de potencial suficiente para acender um LED.

grupo uariadeaveiro | ciclo de conversas

quintas da ria III os territórios da ria 2016

A bobine de Tesla é uma das invenções mais famosas de Nikolai Tesla. Desenvolvida em 1891, a bobine de Tesla é constituída por um condensador primário de alta capacitância, associado a um conjunto de bobines transformadoras para alternarem os picos de voltagem e nas extremidades elétrodos que com uma grandeza na casa dos milhões de volts podem energizar o ar. A tensão de entrada na bobine de Tesla é a tensão da rede, esta passa pelo transformador primário onde é amplificada e depois armazenada em condensadores. Um interruptor descarrega a energia dos condensadores para uma bobine menor, a bobine primária de baixa indutância. É gerado um campo magnético nessa bobine menor que por indução eletromagnética é encaminhada para a bobine maior, a bobine secundária de alta indutância. A bobine secundária é uma bobine com núcleo de ar e com muito mais voltas do que a bobine primária. Todo esse processo de transferência de energia entre bobines com enrolamentos diferentes gera uma diferença de potencial muito elevada, ou seja, muita energia, mas uma corrente elétrica muito baixa, não sendo portanto penetrante. Essa energia é usada para provocar uma faísca – libertação da energia sob a forma de radiação eletromagnética. Essa mesma energia também pode ser usada para excitar os eletrões do gás contido nas lâmpadas.

Ciência na Agenda

24 jan até

24 jan

11h00 Pai, vou ao espaço e já volto! – “A conquista

do espaço”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

Exposição “Rosetta no rasto do cometa”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

28 jan

21h15 Quintas da Ria III – “Turismo hoteleiro nas

29 jan

21h30 Cafés de Ciência | Conversas com Luz – “Luz

30 jan

15h30 Todos ao Ensaio! – “Cordas, para que vos

margens da Ria”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. nas telecomunicações”, com Paulo André, no Hotel Moliceiro. quero!”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

‘Quintas da Ria’ é um ciclo de conversas organizado pelo grupo uariadeaveiro e pela Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Tem como objetivo promover a partilha de conhecimentos sobre a Ria de Aveiro e, em conjunto com a sociedade interessada, contribuir para a construção de valores e incentivar a sua proteção e valorização. Com um caráter itinerante pelos territórios da Ria, e num ambiente informal, diversos convidados abordarão temas relacionados com a Ria, numa quinta-feira do mês: 28 de janeiro Aveiro – Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro Turismo hoteleiro nas margens da Ria 25 de fevereiro Murtosa – COMUR - Museu Municipal Papel da Mulher nas atividades económicas da Ria 31 de março Vagos – Biblioteca Municipal Marketing Territorial – promoção de produtos dos territórios da Ria 21 de abril Aveiro – Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro Sal – reinventar dos negócios 19 de maio Ovar – Escola de Artes e Ofícios Navegabilidade e turismo náutico na Ria 30 de junho Ílhavo – Edifício Sócio-Cultural da Costa Nova Museologia e os territórios da Ria 20 de outubro Estarreja – Espaço Café-Concerto do Cine-Teatro de Estarreja Recursos naturais - valorização do território e potencial económico 17 de novembro Aveiro – Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro Festas e tradições da Ria e repercussões económicas para os seus territórios horário 21h15>23h15 contactos 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt público-alvo jovem e adulto entrada livre

Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2016


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