O azulejo, a cidade e a academia
Celebrou-se no dia 6 de maio, pelo sétimo ano consecutivo, o Dia Nacional do Azulejo. Esta data é especialmente relevante para a cidade de Aveiro e para a sua Universidade, quer pela longa tradição cerâmica local, quer pelo envolvimento direto na criação deste dia de comemoração. Como parceira do Projeto SOS Azulejo, a Universidade de Aveiro tem tido um amplo leque de iniciativas no contexto da sensibilização para o património azulejar, desde um longo trabalho conjunto com a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, mais voltado para o público jovem, até iniciativas com a Câmara Municipal de Aveiro que abrangeram exposições, percursos e conversas e também com o Estabelecimento Prisional de Aveiro, através de formação e produção de réplicas de azulejos.
É indubitável a importância do azulejo na cidade, quer nos centros produtivos quer no revestimento das suas fachadas e também dos interiores dos seus edifícios. Em Aveiro, a produção cerâmica
tem uma expressão multifacetada, com uma produção distribuída no tempo por várias unidades industriais. Se a Fábrica de Louça Fina do Côjo, que foi fundada em 1774, se dedicou mais tarde ao fabrico de azulejo, é de facto extremamente relevante o papel da Fábrica Fonte Nova, que tem início em 1882 e à qual sucede a Fábrica Aleluia em 1917, tomando o lugar da Fábrica dos Santos Mártires, fundada em 1905. No início do século XX, a cidade de Aveiro possuía dois grandes complexos fabris em laboração, a Fábrica da Fonte Nova e a Fábrica Aleluia, resistindo a primeira até 1937, ano em que ficou destruída depois da ocorrência de um violento incêndio. No ano de 1923, o concelho de Aveiro contava já com pelo menos nove fábricas deste setor, produzindo cerâmica de construção, louça utilitária e decorativa e azulejos. A expressão da Fábrica da Fonte Nova na cidade é relevante, com exemplos como a Estação de comboios de Aveiro e a atual Casa de Santa Zita. A manifestação Arte Nova pela mão de vários
artistas de renome, tem o seu expoente na Casa Major Pessoa, atualmente Museu Arte Nova, com os painéis únicos que revestem as paredes.
Foi também nesta casa e através do trabalho de avaliação do seu estado de conservação, que a Universidade de Aveiro trilhou um caminho conjunto com a cidade, focado na preservação do património arquitetónico e azulejar. Desde então, a dedicação à investigação neste campo abarcou temas tão diversos como o desenvolvimento de argamassas específicas para assentamento de azulejos ao estabelecimento de bases para a produção de réplicas, salientando-se também o desenvolvimento de geopolímeros para a colmatação de lacunas em ações de conservação e restauro. Através da Fábrica
Centro Ciência Viva de Aveiro, várias escolas locais adaptaram os seus programas, expondo trabalhos no Projeto SOS Escola, decorrente do SOS Azulejo. Da arte à história ou matemática, o estudo e o conhecimento sobre
o azulejo abarca diversos campos e as exposições decorrentes desta iniciativa traduziram claramente esta faceta.
Deste modo, saúda-se o festejo deste dia dedicado ao azulejo, com a certeza da continuidade do percurso em prol deste elemento cerâmico com tão ampla expressão em Aveiro. ■
Ana Velosa
Coordenadora do Projeto SOS Azulejo na Universidade de Aveiro Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro
de conhecer o centro de rotação, a medida da amplitude do ângulo de rotação e o sentido do ângulo de rotação.
Neste caso, o centro de rotação é um ponto da própria figura, o centro da figura; a medida da amplitude do ângulo desta rotação é 90º; o sentido da rotação é no sentido negativo (usando como referencia o sentido do movimento dos ponteiros do relógio, designamos por «rotação de sentido positivo» aquela que é contrária ao dos ponteiros do relógio, por «rotação de sentido negativo» a que tem o mesmo sentido dos ponteiros do relógio).
Como fazer?
1. Identifica o padrão do quarto azulejo.
2. Pinta-o de acordo com o padrão sugerido.
O que acontece?
Cada uma das imagens foi construída, a partir da anterior, por rotação. A rotação é uma isometria - transformação geométrica que preserva as distâncias, transformando figuras noutras figuras congruentes ou isométricastal como a reflexão e a translação. Para construir imagens de figuras geométricas planas por rotação precisamos
No próximo fim-de-semana, 13 e 14 de maio, a Fábrica assinala o Dia Internacional da Luz Esta data pretende evidenciar a importância da Luz no desenvolvimento da sociedade e nas suas variadas aplicações, tais como na ciência, cultura, arte, educação, comunicações e energia. Com um programa de atividades para todas as idades, abrangendo várias áreas da ciência, a Fábrica associa-se a esta celebração e convida todos a participar. Mais informações em www.ua.pt/fabrica
mais informações em www.ua.pt/fabrica
Ciência na Agenda
14 mai 11h00 > 12h00
Pai, vou ao espaço e já volto! – Pedras que caem do céu, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
21 mai 11h00 > 12h00
Domingo de manhã na barriga do caracol, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
dom
Exposição “O cancro aos olhos de um cientista”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
3ª dom
Exposição Coletiva de Fotografias Científicas “O Cancro visto ao microscópio”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2023 Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro tel. 234 427 053 www.ua.pt/fabrica www.facebook.com/fccva fabrica.cienciaviva@ua.pt 839
3ª
20
90º
Ciclo de conversas no âmbito do Projeto “Vamos Aprender sobre Cancro” na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
mai 15h00 > 16h30
13
21 mai DOMINGO DE
NA BARRIGA DO
Foto da semana A não perder!
Dia Internacional da Luz, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 10h00 > 18h00
mai
14
mai e
MANHÃ
CARACOL Pormenor
da Casa Major Pessoa antes da intervenção