A atratividade no tom de pele A beleza física não dita, por si só, as escolhas que fazemos quando procuramos um(a) parceiro(a) para uma relação amorosa. Diversos outros fatores são importantes, entre eles a personalidade da outra pessoa, as nossas circunstâncias de vida, o que pretendemos da relação, e outras coisas que provavelmente a ciência não descobriu por não ser capaz de descortinar, na totalidade, o amor. No entanto, a aparência facial da pessoa, no momento em que a conhecemos, pode desencadear uma reação de aproximação ou afastamento, de interesse e atração ou até mesmo de repulsa. A ciência identificou três fatores que parecem ser relevantes na avaliação da atratividade de uma cara: o seu grau de simetria, a sua proximidade de uma “cara média” e o seu nível de dimorfismo sexual. O critério da simetria dita que quanto mais simétrica é a cara da pessoa, maior é a probabilidade de esta ser percecionada como atrativa. No que diz respeito à proximidade com uma “cara média”, se conseguirmos imaginar uma cara que seja o resultado da fusão de todas as caras de um determinado sexo, uma face que seja mais próxima dessa “cara média” será considerada atrativa. Este processo faz com que alguém com características faciais muito distintivas, como um nariz muito grande, ou uns olhos muito pequenos, possa não parecer muito atrativo. Por último, temos o dimorfismo sexual, que se define pela diferença
entre as características dos membros dos dois sexos da mesma espécie, ou seja, as diferenças entre os machos e fêmeas. De um modo geral, considera-se que faces com características mais típicas do sexo a que pertencem são mais atrativas. Focando-nos no dimorfismo sexual, sabemos que as caras dos seres humanos são sexualmente dimorfas no que diz respeito à forma, uma vez que as caras dos homens têm uma forma diferente das caras das mulheres. No entanto, será que as caras das mulheres e dos homens também diferem no tom de pele, e que alguns tons são considerados mais atrativos que outros? Um estudo da Universidade de Aveiro debruçou-se sobre esta questão e descobriu que, de facto, existem diferenças entre a cor da pele nas faces dos homens e das mulheres. Além disso, ficou evidente que esta diferença, quando acentuada, tem influência na atratividade. Tal como um homem com um corpo mais másculo e uma mulher com características mais femininas são considerados atraentes para o sexo oposto, também um tom de pele facial mais masculino nos homens parece ser mais atrativo para mulheres heterossexuais. É comum no reino animal existirem diferenças de cor entre os indivíduos de sexo oposto, e também diferenças subtis entre indivíduos do mesmo sexo que tornam uns mais atraentes que outros. Podemos considerar o exemplo do pavão, em que os indivíduos
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do sexo masculino têm longas caudas repletas de cor enquanto os membros do sexo feminino possuem caudas mais curtas e menos coloridas. Por outro lado, pavões machos com caudas mais exuberantes do que os congéneres tendem a ser preferidos pelas fêmeas por possuírem um maior potencial reprodutivo. Algo semelhante parece acontecer quando consideramos a cor da pele da cara dos seres humanos. Os homens têm, à partida, uma tonalidade mais escura, mais amarelada e mais avermelhada que as mulheres. No entanto, se for dada a oportunidade às mulheres de manipularem graficamente as faces de homens, elas acentuam ainda mais essa tonalidade tipicamente masculina. A explicação para esta preferência parece residir na possibilidade de que um tom de pele mais masculino anuncia às potenciais parceiras (através de mecanismos evolutivos) que, ao serem mais masculinos, estes homens são também mais saudáveis e capazes de transmitir à descendência um melhor repertório genético. Mariana L. Carrito, Isabel M. Santos e Carlos F. Silva CINTESIS - Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde / Departamento de Educação e Psicologia Universidade de Aveiro
Biodiversus
A pele é composta por três camadas: - A epiderme: camada mais externa que entre outras funções nos protege dos raios solares e impede a passagem de fluidos e partículas sólidas. É revestida por um filme hidrolipídico que protege da desidratação; - A derme: camada fortemente irrigada por vasos sanguíneos, que se contraem ou dilatam de forma a manter a temperatura do nosso corpo nos valores ideais. Contém também uma quantidade grande de terminações nervosas que nos permitem ser sensíveis a estímulos externos, como a pressão, os movimentos dos pelos, a dor e o calor/frio; - A hipoderme: tem espessura muito variável, sendo em algumas partes do corpo praticamente inexistente, como no caso das pálpebras. É uma camada composta essencialmente de gordura, que faz isolamento térmico e atenua o efeito de choques. A cor da pele é determinada pela quantidade e tipo de pigmentos presentes na epiderme. O mais conhecido destes pigmentos é a melanina, que nos protege das queimaduras solares. A sua produção é dependente da nossa informação genética, da exposição solar e até mesmo de fatores hormonais. Nas palmas das mãos e nas plantas dos pés não possuímos melanócitos, as células responsáveis pela produção deste pigmento, por isso, mesmo que estejamos muito tempo expostos ao sol nunca iremos ficar morenos nessas zonas.
Nome vulgar: Roseira-brava Nome científico: Rosa canina L.
Porque é que as nossas palmas das mãos nunca ficam morenas?
Ciência na Agenda
14 fev
11h00 Domingo de manhã na barriga do caracol –
14 fev
12h30 Babysitting de ciência – Especial Dia dos
“Espiritromba, Borboleta!”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
de Aveiro.
20 fev 24 fev
18h00 “Para que serve a Escola?”, com Arsélio
28 fev
Pertencente à família Rosaceae, a roseira-brava é um arbusto de folha caduca que atinge entre 1 a 3 metros de altura. Distribui-se por todo o território português, proliferando essencialmente em solos húmidos e ricos em nutrientes, frequentemente localizados na proximidade de bosques, linhas de água ou muros. Os caules da planta são esverdeados; as folhas constituídas por 5 ou 7 folíolos, com dentes simples ou duplamente serrados; as flores podem ser solitárias ou agrupadas em cimeiras corimbiformes (inflorescência na qual os pedúnculos florais, nascendo a diversos níveis da haste, elevam-se todos à mesma altura) e as pétalas podem ser rosadas a brancas. Os frutos, normalmente glabros (sem pelos), com cerca de 2,5 centímetros de diâmetro e cor avermelhada, são comestíveis a fresco ou sob a forma de compota. Ricos em vitamina C, tornam-se úteis no tratamento da diarreia, na prevenção do escorbuto e de constipações. São-lhes ainda atribuídas propriedades anti inflamatórias, tonificantes e afrodisíacas, entre outras.
‘BEIJINHOS! ATÉ LOGO!’ BABYSITTING DE CIÊNCIA 14 FEVEREIRO’16 DIA DOS NAMORADOS …Dia marcado para pai e mãe namorarem? Ótimo! Noite perfeita para os filhos se divertirem! E a Fábrica tem o “protocolo” ideal para esta experiência inesquecível! O tempo vai voar com o entusiasmo dos mais novos por cada desafio! E como as reações dos pequenos cientistas são endotérmicas (precisam de energia para um melhor resultado!), haverá jantar igualmente divertido. PS: “Pai e mãe… Ade-eus! Adultos excluídos, lamentamos, queridinhos!” O programa inclui atividades científicas, almoço e lanche. OFERTA AOS PAIS 1 bebida no Bar Toc’aqui
>17h00 Namorados, na Fábrica Centro Ciência Viva
15h00 Todos ao Ensaio! – “Soprando melodias”, na
25 fev
Roseira-brava
por Roberta F.
porpor Aaron Luis Burden Llerena
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Mais vale saber…
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
Martins e António Tavares, no Teatro Aveirense.
21h15 Quintas da Ria – “Papel da Mulher nas atividades económicas da Ria”, no Museu Municipal – COMUR, na Murtosa.
Data 14 fevereiro’16 Horário Início às 12h30 (opção com almoço) ou às 14h00 (opção sem almoço) / Término às 17h00 Público-alvo 6 aos 12 anos de idade Preço 10€ sem almoço/15€ com almoço Local Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro Inscrição 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt Consulte as normas em www.ua.pt/fabrica
11h00 Pai, vou ao espaço e já volto! – Chegamos
à Lua, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2016