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O Caracol da Fábrica esteve outra vez de Barriga cheia, no passado domingo de manhã, em mais uma sessão de conto com ciência para os mais novos. Depois do clássico “vitória, vitória acabou-se a história”, os cientistas invadiram a concha do bicho para espreitarem formigas à lupa e verificarem que o ar quente sobe mesmo! No dia 29 de maio, repete-se pela última vez a aventura: “Ar quente, que belo presente!”. Em junho e julho, já a história é outra! Este caracol não para!
Os melhores pequenos astronautas do mundo reúnem-se todos os meses, na Fábrica, na atividade “Pai, vou ao espaço e já volto!” com muitos assuntos importantes a tratar. No próximo domingo, dia 22, vai acontecer a sessão “Quando éramos peixes” e vão falar de como começou a vida na Terra, como se vivia no nosso planeta no tempo em que só havia vida na água e muitas outras coisas. Durante e no final da sessão poderão observar e “analisar” fósseis e levar para casa uma recordação com milhares de anos. mais informações em www.fabrica.cienciaviva.ua.pt
Vamos lá CAMBADA! Criada em 2003, a CAMBADA é a equipa de futebol robótico do IRIS-Lab/IEETA do Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática da Universidade de Aveiro. O nome da equipa é um acrónimo em inglês que quer dizer Cooperative Autonomous Mobile roBots with Advanced Distributed Architecture. O projeto envolve pessoas a trabalhar em diversas áreas, contribuindo para a criação e desenvolvimento dos robôs, desde o desenho e construção da plataforma mecânica até ao software de decisão de alto nível, passando por áreas como comunicações sem fios, visão artificial ou fusão sensorial, entre outras. Esta equipa participa na liga de tamanho médio em competições da RoboCup Federation, torneios anuais onde equipas de todo o mundo se encontram para, além de competir, partilhar entre si experiências e conhecimentos, promovendo assim o desenvolvimento da ciência e tecnologia com ênfase particular nas áreas de robótica e inteligência artificial.
Os jogos desta liga decorrem em 2 partes de 15 minutos, colocando frente a frente 2 equipas de 5 robôs. Durante o jogo não há intervenção humana, os robôs são completamente AUTÓNOMOS nas suas decisões e coordenam-se entre si para conseguir atingir o seu objetivo. Com um campo de 18x12 metros e uma bola oficial FIFA tamanho 5, os jogos desta liga caracterizam-se por seguir regras o mais próximo possível das regras gerais da FIFA, tendo necessariamente algumas adaptações para que os robôs possam jogar. Os robôs de cada equipa comunicam entre si e com um único computador externo que é usado exclusivamente para monitorização. Através deste, a estação de arbitragem controla o estado de jogo, que deve ser escrupulosamente cumprido pelos jogadores. Quando o árbitro (ainda humano) dá um sinal para parar o jogo, esse sinal é enviado, por wi-fi, para as equipas e os robôs param. É depois enviado o sinal correspondente à situação particular de jogo (pontapé de saída, pontapé de baliza,
falta, canto ou outros) bem como a identificação da equipa ao qual se destina. Os robôs posicionam-se para a marcação da bola parada correspondente, cumprindo um conjunto de restrições de distâncias como num jogo de futebol normal. Após o envio do sinal de reinício, a bola é reposta em jogo e a partida prossegue. O futebol aparece neste campo científico como um cenário de teste e desenvolvimento com várias vantagens. Por um lado, o jogo de futebol é um enorme desafio para a robótica e inteligência artificial pois assenta num cenário cooperativo em que entidades individuais têm que colaborar numa situação de natureza competitiva com uma outra equipa. Tal facto proporciona um ambiente extremamente dinâmico e reativo, onde adaptação e decisão rápidas são decisivas. Por outro lado, o futebol é um jogo amplamente conhecido a nível mundial, sendo assim mais fácil fazer chegar esta área da ciência e tecnologia à população em geral. A equipa CAMBADA, desde a sua criação em 2003, tem vindo a evoluir
Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt
BI Objetos | Robô CAMBADA a vários níveis, tanto hardware como software. Conta já com um conjunto de prémios, tanto de jogo como de desafios científicos extra competição de futebol. O maior marco na história da equipa será certamente o RoboCup 2008, em que esta equipa se sagrou campeã mundial. Apesar de ainda não ter sido capaz de repetir a façanha, a equipa tem mantido um nível competitivo de topo, contando desde essa data com posições de pódio tanto nos mundiais RoboCup como em diversos open internacionais na Holanda, Alemanha e Irão. A equipa obteve ainda o 1º lugar por diversas vezes na competição Nacional, a qual começou a contar também com algumas equipas internacionais a partir de 2013. No passado domingo, 8 de maio, o mais recente título foi conquistado no open Português que se realizou em Bragança, numa final muito disputada contra a atual vice-campeã do mundo TechUnited, da Holanda. João Silva Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro e IRIS-Lab / IEETA
Nome: CAMBADA Ano: 2003 Inventor: Laboratório de robótica IRIS Nacionalidade: Portuguesa Descrição: Com 78 cm de altura e uma massa de 32 Kg, o atual robô CAMBADA pertence à terceira geração de robôs desta equipa e está equipado para jogar futebol de forma completamente autónoma. Movimenta-se sobre 3 rodas holonómicas que lhe permitem movimentar-se em qualquer direção e com qualquer orientação podendo, inclusivé, deslocar-se numa dada direção enquanto roda sobre si próprio. Um par de motores e rodas na sua frente permitem manter controlo de bola,
enquanto que um êmbolo eletromagnético, aliado a um sistema de alavancas, permite rematar a bola em arco ou chutá-la rasteira. A perceção do mundo que o rodeia é conseguida através de um sistema composto por uma câmara e um espelho hiperbólico, permitindo obter imagens em todo o redor do robô, até à sua altura. Está equipado ainda com mais alguns sensores internos necessários para o seu controlo. Utiliza um computador portátil como “cérebro”, onde são executados um conjunto de programas que permitem fazer a análise de imagem para obter dados visuais, integrar todos os dados e histórico para representar o mundo envolvente, fazer um conjunto de avaliações ao estado atual para decidir que ações tomar e calcular todos os valores necessários para controlar a estrutura mecânica para cumprir essas ordens. Com uma equipa de 5 em campo, as decisões tomadas individualmente por estes robôs têm que ser coordenadas de acordo com um conjunto de estratégias planeadas antes de cada jogo pela equipa de programadores. A comunicação entre robôs é feita recorrendo a uma vulgar rede wi-fi existente no campo de jogo.■
Ciência na Agenda
22 mai
10h00 e/ou
14h30
DÓING – PROGRAMAÇÃO E ROBÓTICA “FAZ TU MESMO!”
19 mai
22
21h15 10h00
Quintas da Ria - Navegabilidade e turismo náutico na Ria, na Escola de Artes e Ofícios, em Ovar.
mai
14h30
e/ou
Dóing – Programação e robótica “Faz tu mesmo!”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
22 mai
10h00
Clube Pinhole, atividade em parceira com o AE de Aveiro, na Fábrica Centro Ciência Viva
22
11h00
Pai, vou ao espaço e já volto! – Quando éramos peixes, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
27
21h30
Conversas com Luz – “Uma viagem ao interior dos materiais”, com Augusto Lopes, no Hotel Moliceiro.
28 mai
17h00
Lançamento do livro “Mestre Carbono, o Cientista”, pelo seu autor Filipe Monteiro, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
29 mai
11h00
Domingo de manhã na barriga do caracol – “Ar quente? Que belo presente!”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
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Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2016