A não perder!
No passado domingo realizou-se a última das sessões agendadas de DÓING Oficina Aumentada: Programação e Robótica "Faz Tu Mesmo!". Esta foi dedicada aos micro-controladores Arduino e contou com a participação de entusiastas da eletrónica e programação. Embora tenha terminado este ciclo, muito em breve abrirá o nosso espaço para estas e outras atividades de programação e robótica numa base regular. Não perca a oportunidade de vir dar vida aos seus projetos.
O Festival de Ciência – “Ao Leme com Ciência Viva”, a acontecer nos dias 6 e 7 de agosto, no Porto de Aveiro, na Gafanha da Nazaré. Este é um evento promovido pela Agência Ciência Viva, que conta com a organização da Fábrica. De manhã à noite, serão muitas as atividades de ciência a garantir animação para todos! O Festival de Ciência decorrerá integrado no Ílhavo Sea Festival 2016, um grande evento que irá receber os maiores e mais belos veleiros do mundo e que transformará o Porto de Aveiro num animado cais de encontro de diferentes culturas, línguas e tradições. A não perder!
por CSIRO
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Foto da semana
Com o avançar da primavera a natureza eclode. É também época das crianças e seus familiares se entusiasmarem (e inquietarem) com o evoluir do ciclo de vida do bicho-da-seda. O aumento da temperatura ambiente faz com que as centenas de pequenos ovos acinzentados, com um tamanho de cerca de 1 mm, guardados naquela caixa de sapatos desde o ano anterior, saiam do período de latência e eclodam. O período de latência pode durar entre 7 a 21 dias, até que uma pequena lagarta com um tamanho de entre 1 a 3 mm saia do ovo. Começa assim a fase larvar deste inseto da espécie Bombyx mori, oriunda do norte da China, hoje disseminada por todo o mundo. A fase larvar dura cerca de 24 dias até à formação do casulo. As pequenas lagartas estão esfomeadas e só comem um tipo de folha: as folhas da amoreira. E começa a procura e recolha de folhas para alimentar as vorazes lagartas. A amoreira é uma árvore originária da China e botanicamente pertence à família Moraceae e ao género Morus. Há sempre um elemento da família que acaba por ficar mais sobrecarregado com a tarefa de alimentar as lagartas.
Contudo, a observação do ciclo de vida deste inseto, semelhante ao de muitos outros, é de todo muito educativo para todos. É a possibilidade de observarmos as diferentes etapas de um ser vivo em transformação ao longo de um ciclo de vida relativamente curto. Um contacto com a biodiversidade em transformação. Com a disponibilidade de alimento assegurada, a lagarta cresce muito e necessita de trocar o seu exoesqueleto quitinoso, a sua pele, para poder continuar a crescer. Esta troca é designada por muda. Na fase larvar ocorrem 4 mudas de pele, nas quais a lagarta não se alimenta. O espaço de tempo entre cada muda de pele é denominado por idade ou instar. Desde a eclosão até à formação do casulo a lagarta passa assim por cinco idades. A lagarta na 5ª idade tem cerca de 7 cm de comprimento. É neste último instar que a lagarta inicia a construção do casulo. Nesta fase o seu órgão mais desenvolvido é a glândula sericígena, responsável pela produção do fio de seda. Este fio de seda, de grande valor económico, é constituído principalmente pelas proteínas fibroína e sericina, que são produzidas em diferentes partes da glândula e expelidas pela boca. A glândula produz
ainda outras substâncias que conferem certas propriedades ao fio de seda. Conjuntamente com a fibroína é secretada a proteína P25. As duas tornam o fio insolúvel em água. A secreção de sericina, por outra zona da glândula, confere ao fio a sua propriedade aderente. É ainda secretada a proteína mucoidina, que permite que o fio passe, deslize, ao longo da glândula e saia pela boca da lagarta. A fibroína solidifica-se no momento que o fio sai, mas a camada de mucoidina permanece mole o tempo necessário para que a lagarta cole entre si as diferentes camadas de fio durante a tecelagem do casulo. O casulo pode apresentar-se com diferentes cores e tamanhos que dependem da raça. A branca é relativa às raças chinesas e europeias, a amarela às raças europeias e a esverdeada às raças indianas. A forma arredondada é característica das raças chinesas, a ovalada das raças europeias, e em forma de amendoim das raças japonesas. No interior do casulo o corpo da lagarta transforma-se. Forma-se a pupa ou crisálida, e o processo de transformação continua, durante cerca de 10 dias, até à formação do indivíduo adulto, a borboleta.
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A borboleta liberta um líquido alcalino que corrói as proteínas de uma das extremidades do casulo, abrindo uma abertura para a sua saída. A borboleta não se alimenta e dedica-se à reprodução da espécie, num período de tempo até cerca de 15 dias. Depois do acasalamento a fêmea faz a postura de 200 a 500 ovos e, tal como o macho, morre. Os ovos fecundados reiniciam, logo que as condições climatéricas os permitam, um novo ciclo de vida do bicho-da-seda. Diga-se, muito a propósito, que este inseto tem uma grande importância económica, já que os seus casulos são utilizados no fabrico da seda. Cerca de 95% da seda produzida no mundo provém desta espécie. Os quatro maiores produtores mundiais de seda são a China, o Japão, o Brasil e a Índia. Em termos históricos, a cultura deste inseto para produzir seda, ou sericicultura, é uma biotecnologia milenar que começou na China há cerca de 5000 anos e é considerada uma das atividades agroindustriais mais antigas praticadas pelo Homem. António Piedade Ciência na Imprensa Regional / Ciência Viva
Biodiversus | Amoreira-branca
Ciência na Agenda por Luis Fernández García
Bichos-da-seda
ACTIVIDADES EM TODO O PAÍS 15 JULHO / 15 SETEMBRO 2016 Mais informações e inscrições www.cienciaviva.pt/veraocv/2016
até
31jul Nome vulgar: Amoreira-branca Nome científico: Morus alba Originária da China, a amoreira-branca é uma árvore de crescimento rápido, que pode alcançar os 10 a 12 metros de altura. Apresenta uma copa muito densa e de folha caduca. A casca do seu tronco é ligeiramente rugosa e escura. As folhas são verde-escuras, com uma leve pilosidade que as torna ásperas ao tato. As flores são de tamanho reduzido e também de cor esverdeada, sem interesse ornamental. Os frutos, as amoras brancas, são comestíveis frescos, secos ou em conserva. No Médio
Oriente, por exemplo, são comidos secos como bombons doces; e no Paquistão transformados em farinha para adoçar o chá. Contudo, os frutos desta árvore, quando maduros, caem e sujam os pavimentos das ruas, constituindo uma limitação para a sua utilização na via pública. As folhas da amoreira-branca são utilizadas para alimentação dos bichos-da-seda (Bombyx mori), que durante a fase de lagarta alimentam-se exclusivamente das folhas desta árvore. Todas as partes da árvore - frutos, folhas, casca e raiz - são utilizadas na medicina popular.
03 ago
Exposição "Insetos - Vida nos Açores", na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
14h30 >17h30
06 e 07
Ciência Viva no verão em Rede - Com o mar ao fundo, na Praia da Vagueira, Vagos.
10h00 >22h00
Festival de Ciência – “Ao Leme com Ciência Viva”, integrado no Sea Festival. No Porto de Aveiro, em Ílhavo.
ago
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07
11h00
Clube do cientista – “Uma ideia gelada”, no Aveiro Center.
10 ago
14h30
Ciência Viva no verão em Rede - Fornos solares e Pipocas, no Parque Municipal de Antuã, Estarreja.
31
14h30
Ciência Viva no verão em Rede - Nas asas da ciência, em S. Jacinto, Aveiro.
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>17h30
>17h30
05 09 set
set
09h00 >17h45
Férias de verão com Ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2016