Laboração continua

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Foto da semana

A não perder!

Na passada 6ª feira, 21 de outubro, a Fábrica assinalou o Dia da Fotónica com um programa especial de atividades relacionadas com o tema. Deste programa constou uma história com ciência; visitas guiadas à Exposição de Hologramas “Janelas de Luz”; workshops de holografia; e o Show LUZ. Ao longo deste dia, 110 visitantes participaram neste programa especial e ficaram a conhecer algumas aplicações da Fotónica.

A Fábrica organiza a apresentação do livro “90% do Caro Leitor Foi Feito nas Estrelas”. A sessão será realizada pelo autor do livro e astrónomo Alexandre Aibéo e pelo astrofísico Carlos Herdeiro, docente do Departamento de Física da UA. A apresentação está agendada para o dia 4 de novembro, às 21h30, na Fábrica. A entrada é livre.

Os morangos do outono O verão já partiu há muito, e com ele os morangos, as cerejas, a melancia, os pêssegos e todos aqueles frutos que trazem frescura aos dias quentes. Talvez por serem quentes e nos aquecerem as mãos, quando pensamos em frutos de outono, pensamos imediatamente nas castanhas – assadas e quentinhas – esquecendo que nesta época a Natureza também não poupa para nos presentear com algumas das suas melhores criações. Assim, romãs, uvas, diospiros ajudam também a preencher o imaginário do outono juntamente com as folhas que se vestem a rigor para esta estação. Mas e o medronho? O que aconteceu ao medronho para ter sido afastado desta imagem?

O medronho é o fruto do medronheiro, um arbusto de copa redonda que gosta de climas suaves e que se adapta a zonas secas, sendo abundante na região mediterrânica. Em Portugal podemos encontrar o medronheiro em quase todo o país, embora seja mais frequente no sul de Portugal, onde o medronho é muito utilizado para produzir a famosa aguardente de medronho. O medronheiro tem a particularidade de florescer no outono, trazendo assim a esta época do ano ares de primavera, com as suas flores brancas e folhas sempre verdes. Outra característica que torna esta espécie especial é o facto de apresentar flor e fruto em simultâneo e, por isso, podemos saborear no ou-

tono os seus frutos vermelhos – uma espécie de morangos fora de época. Desta forma, o medronheiro é uma árvore com um enorme potencial ornamental – da próxima vez que for passear a um jardim público, tente encontrar um medronheiro e dê-se ao luxo de parar para contemplar a beleza das suas cores, que alegram qualquer espaço nesta época. No entanto, o seu potencial vai muito além de questões meramente estéticas. Para além de produzir aguardente, os seus frutos podem ser utilizados para produzir geleias, compotas ou podem ser consumidos frescos. Quando maduros, os medronhos contêm um elevado teor em antocianinas, o que faz com que este fruto apresente pro-

Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt

por Mark Prince

Mais vale saber… | Medronho

priedades antioxidantes, além de ser rico em ácido ascórbico (vitamina C). Para além dos frutos, também as folhas possuem propriedades antioxidantes e diuréticas, podendo ser utilizadas para fins medicinais. Para terminar, e para o caso de estar já a sair de casa para ir apanhar e comer medronhos, saiba apenas que, quando consumidos em excesso, estes frutos podem causar alguns efeitos de embriaguez, uma vez que, dependendo do teor de açúcar, a fermentação pode ter início na própria árvore.

Maria de Fátima Pinto Ciência na Imprensa Regional / Ciência Viva

Características nutricionais e aplicações

O medronho é uma boa fonte nutricional de antioxidantes (importantes na prevenção de cancro e doenças cardíacas e neurodegenerativas), incluindo compostos fenólicos, vitaminas C e E, e carotenoides. O maior componente deste fruto é a humidade, sendo também constituído por elevadas concentrações de açúcares (42% a 52% do peso seco) e minerais (principalmente potássio e cálcio). A combinação dos teores de açúcares e ácidos orgânicos é responsável pelas características sensoriais do alimento. Os frutos do medronheiro poderão eventualmente ser considerados nutracêuticos, sendo uma fonte de compostos bioativos

para suplementos alimentares ou alimentos funcionais. No entanto, ainda existem poucos estudos sobre a composição química destes frutos. O medronho, quando está maduro, pode ser consumido em fresco, ou nos diversos preparados à base deste fruto. As suas principais aplicações são a transformação em bebidas alcoólicas destiladas (como a aguardente de medronho) ou fermentadas, sendo também referidas, mas pouco estudadas, aplicações em conservas, compotas, geleias e doces. É ainda possível a sua incorporação em iogurtes e produtos de confeitaria. O fruto de medronheiro pode apresentar-se como um alimento exótico ou invulgar, com grande potencial para a indústria. Estes frutos silvestres podem ser uma boa alternativa para a variedade de frutos comestíveis disponível atualmente. Um inconveniente à sua comercialização em fresco é o facto de se estragarem com facilidade (uma vez que só têm um sabor agradável quando atingem um ponto de maturação em que o seu alto teor de taninos diminui e aumenta o de açúcares), dificultando também o seu transporte.

mais informações em www.fabrica.cienciaviva.ua.pt

Ciência na Agenda

04 nov

19h30

BABYSITTING DE CIÊNCIA

04

21h30

Apresentação do livro “90% do Caro Leitor Foi Feito nas Estrelas”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

04

19h30

Babysitting de Ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

06 nov

11h00 >12h00

Domingo de manhã na barriga do caracol – “O herói da força elástica”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

06 nov

11h00

Clube do Cientista – Vida de Astronauta, no Aveiro Center.

10

09h00

Dia Internacional dos Museus e Centros de Ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

13

10h00

Workshops DOING – Pinhole, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

17

21h15

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>22h30

>00h00

>12h00

>22h30

>12h00

>23h15

Quintas da Ria - Festas e tradições da Ria e repercussões económicas para os seus territórios, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2016


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