Image: Chris Jordan/US FWS
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Lixo marinho flutuante A poluição por lixo marinho é reconhecida atualmente como um problema à escala global e é uma das ameaças mais importantes para a conservação dos ecossistemas marinhos. Os principais impactos do lixo nas espécies de animais marinhos estão relacionados com o emaranhamento em lixo (em que os animais ficam presos por exemplo em redes, cabos e linhas de pesca ou tiras de plástico), ou com a ingestão de lixo (plásticos maioritariamente) afetando sobretudo peixes, aves, tartarugas e mamíferos marinhos. O emaranhamento em lixo pode causar a morte dos animais por afogamento ou asfixia ou uma restrição dos movimentos que dificulta a alimentação e a fuga de predadores. A ingestão de lixo pode causar um bloqueio do sistema digestivo e uma reduzida absorção de nutrientes, levando à morte do animal ou a lesões no trato digestivo. Os plásticos, além dos aditivos químicos que possuem, têm uma grande capacidade de adsorver os compostos químicos tóxicos presentes na água
do mar. Através da ingestão de plásticos, os animais podem ir acumulando estes compostos tóxicos nos seus tecidos, sendo que os efeitos são ainda muito pouco estudados. O transporte de espécies exóticas em objetos de lixo que flutuam longos períodos de tempo pode também representar um problema de conservação, uma vez que estas espécies potencialmente invasoras podem colocar em risco espécies nativas e endémicas. O lixo marinho pode ser encontrado arrojado nas praias, a flutuar à superfície do mar, na coluna de água (em suspensão), ou depositado no fundo do mar. Através do estudo realizado no âmbito do projeto LIFE+ MarPro, coordenado pela UA, foi possível obter pela primeira vez dados de abundância e densidade de lixo flutuante de tamanho superior a 2 cm, incluindo a sua composição, distribuição espacial e potenciais fontes nas águas oceânicas portuguesas. A recolha de dados foi efetuada por vários observadores durante a campanha oceânica a bordo da embarcação Santa
Maria Manuela e a área de estudo, compreendida entre as 50 e as 220 milhas náuticas, abrangeu grande parte da Zona Económica Exclusiva (ZEE) portuguesa. Obtivemos uma abundância total de 752740 objetos e uma densidade média de detritos marinhos flutuantes de 2,98 itens/Km 2 , sendo estes valores similares aos de estudos realizados por exemplo no Mar do Norte, nas águas costeiras do Japão, e na Península Antártica. Contudo, noutras regiões como o Atlântico Noroeste, o Mar Mediterrâneo, o Pacífico Nordeste, as águas costeiras da Indonésia, ou o Canal da Mancha, a densidade e abundância de lixo flutuante é bastante mais elevada. Apesar disto, devemos ter em consideração que o lixo flutuante apenas representa uma pequena porção do lixo existente no meio marinho, pois uma grande parte do lixo permanece na coluna de água ou deposita-se no fundo do mar. Adicionalmente, grande parte deste lixo, nomeadamente os plásticos, fragmentam-se ao longo do tempo,
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aumentando a biodisponibilidade deste material no mar e representando assim uma ameaça a longo prazo para toda a cadeia alimentar. Conforme verificado na maioria dos estudos sobre lixo marinho por todo o mundo, o plástico foi o tipo de lixo dominante nas águas continentais portuguesas, além de Esferovite, Material de pesca perdido ou abandonado, Papel/Cartão e Madeira. Verificou-se também que o lixo com dimensões entre 10 cm a 1 m foi o mais abundante. Estes objetos incluíam vários tipos de plásticos, cabos e linhas de pesca, sendo por isso material bastante resistente e persistente, podendo flutuar por longos períodos de tempo. Por sua vez, outros materiais como madeira ou tecido degradam-se mais facilmente. Comparando a zona Norte com a zona Sul da área de estudo, a zona norte apresentou maior diversidade e abundância de lixo. Este resultado poderá estar relacionado com o elevado número de corredores de navegação e embarcações de pesca a operar nesta zona, as quais podem representar importantes fontes de lixo flutuante nas águas oceânicas mais profundas. A abundância e densidade de cabos e linhas de pesca evidenciaram a origem local da maioria do lixo marinho nestas águas. No futuro, a mitigação do lixo marinho flutuante será um processo complexo, mas deverá passar pela diminuição da entrada de novos itens de lixo no oceano. Para isso, será necessário um aumento da consciencialização de todos os “usuários do mar”. Adicionalmente, a continuação da colaboração entre a comunidade científica e o setor das pescas permitirá criar medidas para a redução ativa do lixo marinho flutuante.
Sara Sá e Catarina Eira Departamento de Biologia e CESAM da Universidade de Aveiro
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A não perder!
Inserida nas atividades do espaço DOING: Oficina Aumentada, a “Programação com Makey Makey” está semanalmente disponível para alunos de secundário. Ontem, nesta atividade de programação, os alunos criaram um pequeno jogo de computador e um “comando” criativo para jogarem, tendo nesta semana um significado especial, já que nos juntámos às comemorações do movimento “A Hora do Código”, celebrado um pouco por todo o mundo. Queremos e continuaremos a contribuir para a educação digital.
No domingo, dia 11 de dezembro, das 10h00 às 13h00, vai decorrer o Workshop Dóing - “Uma aventura com alpacas”. Nesta atividade o visitante terá a oportunidade de conhecer alpacas; descobrir um pouco sobre a sua biodiversidade; aprender a pentear, fiar e feltrar lã de alpaca. Esta sessão destina-se ao público geral (maiores de 6 anos) e acontece na Fábrica. A inscrição poderá ser feita através dos contactos: 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt (preço sob consulta). mais informações em www.fabrica.cienciaviva.ua.pt
Férias de Natal com Ciência 19, 20, 21, 22 e 23 dez ‘16 | 9h00>17h45 As Férias de Natal estão a chegar e a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro preparou um programa especial de atividades para estes dias, destinado a crianças dos 6 aos 12 anos. As inscrições estão abertas. PROGRAMA Dia 19 dez | 2ª feira
- CSI Fábrica | Atividade de biologia e geologia - Bombons de chocolate | Atividade de química alimentar - Pizza natalícia | Atividade de química alimentar - Guerra dos Reinos | Atividade de biologia Dia 20 dez | 3ª feira
- Um caleidoscópio a várias mãos | História com ciência - Geologia gulosa | Atividade de química alimentar - Muda de pele | Atividade de biologia - Cookie bites | Atividade de química alimentar Dia 21 dez | 4ª feira
- Oficinas de natal | Atividade DÓING - Os amigos do Rodolfo | Atividade
Ciência na Agenda
de biologia - Manual de sobrevivência | Atividade multidisciplinar Dia 22 dez | 5ª feira
- Plasticina condutora | Atividade de física - Apanha a toupeira! | Atividade DÓING – Programação scratch - O céu riscado de luz | Conto de Natal - Senhores do Tempo | Atividade de física Dia 23 dez | 6ª feira
- Creme de natal | Atividade de biologia e química - Máquina de rabiscos | Atividade DÓING - O mundo de Mia e Max | Atividade de robótica - Chá das cinco | Atividade de química alimentar Preço: 20€/dia (seguro, almoço e lanches incluídos); desconto de 10% para irmãos; desconto de 15% para inscrições nos 5 dias. Inscrições 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt
dez
‘16
jul ‘17
ACADEMIA MAKER
11
10h00
Workshops Doing – Uma aventura com alpacas, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
11
11h00
Clube do Cientista – Faz a tua barrinha de cereais, no Aveiro Center.
18
11h00
Domingo de manhã na barriga do caracol - "O céu riscado de luz", na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
18
10h00
Workshops Doing – Cianotipia, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
dez
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>13h00
>12h00
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>12h00
19 23 dez
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dez
jul
‘16
‘17
09h00 >17h45
Férias de Natal com Ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
Academia Maker, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2016