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Foto da semana
A não perder!
No âmbito das atividades dinamizadas no espaço Dóing – Oficina Aumentada decorreu no passado domingo, dia 12 de fevereiro ‘17, na Fábrica, o Workshop “Fotografia Estenopeica – Pinhole”. Nesta sessão, os participantes construíram uma câmara fotográfica e com ela tiraram fotografias singulares, as quais foram reveladas no laboratório de fotografia da Fábrica. No final, levaram o resultado desta experiência única.
Queres iniciar-te no mundo da eletrónica? Tens uma ideia lá para casa/trabalho que “não deve ser muito difícil”? Então, vem participar no workshop de Arduino. Neste workshop, vamos apresentar as funcionalidades básicas do Arduino e construir projetos “hands-on” utilizando Arduino. Destinada a maiores de 14 anos, esta atividade decorre este sábado, dia 18 fevereiro, das 15h às 18h, na Fábrica. As inscrições podem ser feitas para: 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt.
Tratamento de águas residuais recorrendo a resíduos industriais
mais informações em www.fabrica.cienciaviva.ua.pt
Experimentandum | Construir um filtro de água O que preciso?
O enorme desenvolvimento económico das últimas décadas resultou num aumento sem precedentes da pressão exercida sobre os recursos de água, em particular, devido aos poluentes decorrentes da atividade humana. Os fármacos são um dos grupos de poluentes que tem causado uma preocupação crescente na última década. São consumidos globalmente e de forma generalizada, sendo expectável que o seu consumo aumente devido ao envelhecimento da população e à acessibilidade crescente a mais e melhores cuidados de saúde. Os fármacos são indubitavelmente um fator impulsionador da nossa qualidade de vida, mas funcionam também como um agente de pressão ambiental. Está comprovada a presença de fármacos em Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETARs), águas de sub-solo, águas de superfície e mesmo em águas potáveis, traduzindo-se num consumo involuntário destes compostos. Apesar das quantidades encontradas serem muito baixas e de não haver estudos que suportem a existência de efeitos agudos no ser humano, o impacto nefasto nos ecossistemas contaminados encontra-se bem documentado.
A solução para este problema ambiental não poderá passar por deixarmos de consumir fármacos, o que constituiria um enorme retrocesso civilizacional, sendo, assim, necessário atuar nas principais vias de entrada dos fármacos no ambiente. Os fármacos chegam aos recursos aquáticos porque não são totalmente metabolizados no nosso organismo e são excretados, entrando assim nas ETARs. Uma vez lá, resistem aos tratamentos aplicados o que resulta na descarga de efluentes tratados, mas ainda contaminados. A remoção de fármacos dos efluentes não é feita de forma eficaz por falta de alternativas viáveis que possam ser aplicadas em larga escala. Os carvões ativados (que por exemplo podemos encontrar no nosso dia a dia em sistemas caseiros de filtração de água) são muito eficazes para este propósito, mas o custo envolvido é muito elevado. Este custo é, entre outros fatores, afetado pelo preço da matéria-prima utilizada na produção do carvão, sendo mais comummente usado carvão de origem mineral. Neste contexto, a produção de carvões ativados de elevada eficiência e com recurso a precursores alternativos e de baixo custo é uma opção
muito interessante. Esta solução encontra-se a ser explorada por um grupo de investigadores do Departamento de Química e CESAM da Universidade de Aveiro, através do projeto RemPharm. O RemPharm propõe a eliminação dos custos associados à matéria-prima usada para a produção dos carvões através da utilização de resíduos sólidos industriais como novas matérias-primas. A utilização de resíduos como novos recursos permite transformá-los num novo produto de valor acrescentado, uma abordagem que está em linha com o conceito de economia circular, em que a produção de resíduos deve ser reduzida ao máximo. Para a produção dos novos carvões ativados, o RemPharm está a utilizar resíduos sólidos da indústria da pasta e do papel. Estes resíduos constituem um grande desafio de gestão sustentável e, por isso, a sua utilização como matéria-prima permite a eliminação dos custos associados à sua gestão através de uma solução inovadora. O trabalho de investigação realizado até à data mostrou que estes resíduos, após serem submetidos a um tratamento térmico e químico, dão origem a um carvão ativado altamente eficiente na remoção
Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt
de fármacos da água. Durante o processo de produção, a estrutura química dos resíduos é destruída e serve de molde à formação de milhões de microporos que são a unidade essencial para sequestrar os fármacos da água. A existência destes microporos implica que cada grão de carvão seja uma estrutura cheia de pequenas perfurações, com uma enorme área superficial, como se pode ver na imagem. Apenas 4,5 gramas dos materiais produzidos têm a área equivalente a um campo de futebol! A investigação desenvolvida do âmbito do projeto RemPharm conjuga, desta forma, dois importantes problemas ambientais numa abordagem integrada: a qualidade da água e a gestão sustentável de resíduos. Vânia Calisto Departamento de Química & CESAM Universidade de Aveiro Mais informações: www.rempharm.com
Ciência na Agenda
- 1 garrafa 1,5 L - 1 tesoura - algodão - carvão ativado* - areia - gravilha - gaze *pode ser adquirido em casas de produtos naturais
19 fev
Como fazer? 1. Cortar uma garrafa de 1,5 L a ⅓ da
PAI, VOU AO ESPAÇO E JÁ VOLTO!
sua altura. 2. Usar a parte superior como funil e
colocar os seguintes materiais em camadas, respeitando a ordem: algodão, carvão ativado, areia, gravilha, gaze. 3. Misturar terra em 0,5 L de água e agitar bem. 4. Despejar a água com terra. 5. Aguardar que a água passe por todas as camadas. O que acontece?
Cada camada do filtro é responsável por retirar um dos elementos que estão a poluir a água. As pedras e a areia servem de barreira física às partículas de terra misturadas na água e aos pequenos objetos, como as folhas e pequenas pedras. Já o carvão filtra alguns poluentes químicos, como metais dissolvidos na água, pesticidas e outros. O algodão
11h00
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15h00
Workshop Dóing: Arduíno, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
19
11h00
Pai, vou ao espaço e já volto! – O telescópio Hubble, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
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21h30
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14h30
dez
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Academia Maker, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
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Clube de programação e robótica, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
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também serve para reter partículas maiores. Quanto maior forem as camadas do filtro, mais límpida a água sairá na parte de baixo. Este filtro não será eficiente na eliminação de bactérias e certos químicos de pequenas dimensões. Assim será necessária acrescer a utilização de outros métodos de purificação de forma a tornar esta água potável.
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‘16
>18h00
>12h00
>23h00
>17h00
‘17
Conversas Paralelas – “Só amor não basta - Perspetivas de um Químico e de um Biólogo sobre o Amor”, no Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro. Workshop Dóing: Construção de máscaras de Carnaval, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2017