Laboração continua

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Foto da semana

A não perder!

A Fábrica recebeu no dia 10 de março a visita de um grupo de 54 alunos do Programa Erasmus+ e 12 professores, provenientes de países como a Croácia, Turquia, Espanha, Itália, Alemanha e Portugal. Esta visita decorreu no âmbito do programa de colaboração que a Fábrica tem com o Agrupamento de Escolas de Aveiro. Os participantes tiveram a oportunidade de fazer uma visita geral ao espaço para conhecer as diferentes valências e a dinâmica das atividades que se desenvolvem nas mesmas.

Realidade Aumentada ou Realidade Virtual?! Universos paralelos e realidades alternativas são conceitos abstratos e abertos a muita discussão… E a Realidade Virtual é mesmo verdade ou não?! E a Aumentada é só um exagero da outra?! Qual a diferença? Quais as tecnologias? Vem ver, experimentar e decidir tu mesmo! Visita-nos no próximo fim de semana, 18 e 19 de março, das 10h às 18h, na Fábrica. Para mais informações: 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt.

Como se criam as rotinas no nosso cérebro?

A Semana Internacional do Cérebro, promovida a nível global pela Dana Alliance for Brain Initiatives, decorre de 13 a 19 de março. Tem como objetivo divulgar ao público os progressos e os benefícios da investigação científica na área do cérebro, dinamizando e consciencializando a sociedade civil para o estudo do cérebro nas suas variadas vertentes. Neste âmbito, deixamos um trabalho de investigação que reforça a importância da investigação nesta área. Estudo de neurocientistas da Fundação Champalimaud desafia dogma científico sobre como aprendemos a selecionar que ações fazer, ou não. Seria certamente muito estranho ver alguém a chamar um elevador pressionando o botão com o nariz, ou com um cotovelo. Mas, na verdade, por que não? Qualquer pessoa que já tenha pedido a uma criança para chamar o elevador sabe muito bem que o dedo indicador poderá não ser a sua primeira escolha. Mas porque é que acabamos por usar o dedo, e não o nariz, ou o cotovelo? Como é que o cérebro escolhe a ação ótima para atingir um objetivo e, em seguida, repete-a até que esta se torne um hábito? No estudo publicado a 4 de abril na revista científica Current Biology, neurocientistas do Champalimaud Centre for the Unknown vêm desafiar a forma como a comunidade científica tem vindo a pensar sobre como as ações são selecionadas e os hábitos são formados no cérebro. Mas e como é que o cérebro seleciona uma determinada ação? O que se pensa é que se trata de um processo mediado por dois circuitos conhecidos por via di-

reta e via indireta, localizados numa zona do cérebro chamada gânglios da base. O modelo atual é que a via direta é responsável pelo envio do sinal “positivo”, que promove a execução de uma ação - voltando ao exemplo do elevador, que nos faz pressionar o botão do elevador; e a via indireta, é descrita como aquela que envia o sinal “negativo” que faz com que se evite aquela ação. O que este novo estudo vem revelar é que estas duas vias nem sempre estão a competir uma com a outra mas sim funcionam simultaneamente para promover resultados distintos, do tipo “positivo”. "O que descobrimos foi que, ao contrário do que se pensava, a via indireta nem sempre bloqueia a execução de determinadas ações, aliás esta via até pode servir para reforçar o desempenho dessas mesmas ações. O que o nosso trabalho revela é que a via indireta é responsável pela promoção de um tipo específico de ações, os hábitos" - explica Rui Costa, investigador principal deste estudo. Segundo Pedro Galvão-Ferreira, um dos coautores do estudo, "Os hábitos são um tipo de ação muito importante no nosso

dia a dia. Por hábito entendemos uma ação automática, que já foi tantas vezes repetida e ensaiada, que podemos confiar que vai sair bem, mesmo sem termos que lhe prestar particular atenção.” E acrescenta, “Neste momento ainda não se sabe se executar um hábito é menos dispendioso, do ponto de vista energético, para o cérebro. No entanto, o que a nossa experiência nos diz é que é mais fácil executar várias ações automáticas ao mesmo tempo do que desempenhar ações intencionais que são para nós uma novidade.” Para estudarem como é que as duas vias funcionam na seleção do tipo de ação, os investigadores recorreram a ferramentas que permitem a ativação seletiva de cada uma das vias no cérebro de ratinhos. "Ao contrário do que se pensava, quando ativámos seletivamente a via indireta, em vez de inibir as ações dos ratinhos, observámos um reforço dessas mesmas ações. No entanto essas ações rapidamente se tornavam num hábito.” “Percebermos o funcionamento dos gânglios da base não é só fundamental para conseguirmos compreender como é que o cérebro seleciona e gera ações,

Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt

mas também para perceber a base de alguns distúrbios neurais, tais como a doença de Parkinson ou a perturbação obsessiva-compulsiva, cuja origem está relacionada com o mau funcionamento desta zona do cérebro."- Explica Rui Costa. “Ainda há muito por descobrir sobre estas áreas do cérebro. Por exemplo, como mostramos no nosso estudo, as vias direta e indireta parecem nem sempre competir uma com a outra e serem ambas importantes para conseguirmos executar ações. No exemplo do elevador, a via direta poderá estar a promover que o nosso dedo pressione o botão do elevador, enquanto a via indireta inibe que o façamos com o nariz". Este estudo foi publicado a 4 de abril na revista científica Current Biology: Vicente AM *, Galvão-Ferreira P *, Tecuapetla F, Costa RM. Direct and indirect dorsolateral striatum pathways reinforce different action strategies. Fundação Champalimaud © 2016 - Ciência na Imprensa Regional / Ciência Viva

mais informações em www.fabrica.cienciaviva.ua.pt

Ciência na Agenda

Dia do Pai 19 Março’17 | Domingo Workshop Dóing Autómatos de cartão 10h00>13h00

Os autómatos são brinquedos mecânicos que combinam conceitos básicos de engenharia com expressão artística. Recorrendo a rodas dentadas, engrenagens ou manivelas, vem dar asas à tua criatividade e construir divertidos autómatos de cartão. Público-alvo: público geral a partir dos 6 anos Bilhete: 5€/pessoa (com acesso gratuito às atividades da tarde) Inscrição obrigatória: 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt Domingo de manhã na barriga do caracol ‘A barriga do meu pai’ 11h00>12h00

“Era uma vez eu. E tudo o que eu sei sobre pegadas (e sei muito!) aprendi na barriga do meu pai (não é lá dentro; isso é na das mães; foi à volta). Ela ensina-me tanto... e salva-me a vida!” A partir desta história vamos ficar a saber

mais e mais sobre pegadas e ainda fazer uma, com todo o rigor científico, para levar para casa. Público-alvo: crianças dos 3 aos 10 anos Bilhete: 5€/criança (entrada gratuita para um adulto). Por cada adulto adicional, o bilhete acresce 3€. (Este bilhete dá acesso gratuito às atividades da tarde) Inscrição obrigatória: 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt

19 mar

11h00

CLUBE DO CIENTISTA

Espaços abertos

18 e 19

(Oficina de robôs; Dóing – Maker Space; Exposição Mãos na Massa) 14h00>17h00

mar

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19

10h00

19

10h00

19

11h00

Clube do Cientista – Equinócio da primavera, no Aveiro Center.

26

11h00

Pai, vou ao espaço e já volto! – As Estações do Ano, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

26

10h00

Workshop Dóing: Cianotipia, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

Traz o teu pai à Fábrica e venham aproveitar a melhor tarde do ano inteiro! Vão construir e programar robôs; dar asas à criatividade com uma máquina de rabiscos; construir circuitos elétricos; brincar com uma parede de berlindes; e ainda visitar uma exposição que vos vai pôr de cabelos em pé. Público-alvo: famílias Bilhete: 5€/pessoa (entrada gratuita para o pai) Sem necessidade de inscrição prévia.

mar

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>13h00

>17h00

>12h00

>12h00

>13h00

10h00 >18h00

Realidade virtual e aumentada, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

Workshop Dóing: Autómatos de cartão, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

Dia do Pai, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2017


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