Lab 537 copy

Page 1

537

Foto da semana

A não perder!

Na passada 6ª feira, dia 14 de julho, a Fábrica celebrou o seu 13º Aniversário. Com entrada livre a toda a comunidade, os visitantes do Centro tiveram a oportunidade de visitar diversas valências bem como participar em atividades dedicadas ao evento. Este aniversário contou com casa cheia e ficou marcado pela inauguração do Scanner 3D instalado no DÓING – Oficina Aumentada.

No domingo, dia 23 de julho´17, às 11h, decorrerá no Hotel “As Américas” mais uma sessão de “Ciência, ao pequeno-almoço!” Nesta atividade da Fábrica, a Dra. Ana Morete irá conversar com os participantes sobre as reações estranhas de algumas pessoas a certos alimentos, e como tornar mais segura a alimentação na escola e em casa, sem esquecer um pequeno-almoço especial. A entrada tem inscrição obrigatória, através de 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt, com o valor de 5€, por criança.

Impactos dos incêndios f lorestais nos sistemas aquáticos

Os incêndios florestais assumem-se como um processo natural e benéfico para a maioria dos ecossistemas florestais. Eles desempenham um importante papel na manutenção e modelação dos ecossistemas, promovendo a sua biodiversidade e produtividade. No entanto, impulsionado pelas alterações do uso de solo e pelas alterações globais, o regime natural dos incêndios florestais foi alterado e constitui atualmente um grave e desafiador problema. De facto, os incêndios florestais em grande escala assumem-se como uma força destrutiva, causando perdas humanas e económicas e um forte impacto nos ecossistemas. Existe, portanto, uma crescente preocupação com os impactos socioeconómicos e ambientais dos incêndios florestais, particularmente sob um clima em mudança onde o risco de incêndios florestais se prevê aumentar em resultado de maiores períodos secos e vagas de calor. Os incêndios florestais são particularmente problemáticos na região Mediterrânica, uma vez que ocorrem com elevada

frequência e afetam largas áreas. Portugal não é exceção, sendo devastado anualmente por numerosos incêndios florestais sobretudo em zonas de matos e povoamentos de eucalipto e pinheiro, os quais consomem todos os anos mais de 100 000 ha. Entre os distintos impactos ambientais dos incêndios florestais, o seu impacto na qualidade da água tem sido de certo modo negligenciado e só recentemente tem vindo a merecer a atenção devida por parte da comunidade científica. De facto, os incêndios florestais desempenham um papel importante na produção e mobilização de poluentes, tais como os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs) e metais (e.g. As, Cd, Cr, Cu, Pb, Hg, Ni, Zn), os quais se encontram sobretudo associados às cinzas. Estes compostos são considerados poluentes prioritários devido à sua elevada persistência, toxicidade e tendência para a bioacumulação. Com a ocorrência de precipitação após os incêndios, cinzas e sedimentos ricos em HAPs e metais são transportados por escorrências

superficiais e entram nos sistemas aquáticos a jusante das áreas ardidas, comprometendo a sua qualidade. Deste modo, a sua entrada em rios, lagos e albufeiras poderá provocar efeitos tóxicos nas espécies que lá habitam e afetar as várias funções desempenhadas pelo ecossistema. Além disso, estes poluentes podem representar um risco preocupante para a saúde humana, tanto pelo consumo de água superficial ou subterrânea, como pelo consumo de peixe contaminado. Não obstante a importância deste problema ambiental e o reconhecimento de que os incêndios florestais podem afetar a qualidade da água, as suas implicações nos ecossistemas aquáticos e na saúde humana têm sido vagamente exploradas. Os primeiros passos para colmatar esta lacuna de conhecimento foram dados por estudos ecotoxicológicos realizados pela ESPteam (Earth Surface Processes Team) do Departamento de Ambiente e Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro através do projeto FIRETOX

Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt

(2013-2015), que se assumiu como um projeto pioneiro neste tópico. Os resultados deste projeto vieram mostrar que a exposição de organismos aquáticos a extratos aquosos de cinzas e escorrências superficiais recolhidas em áreas ardidas podem exercer toxicidade significativa, nomeadamente em produtores primários como microalgas e macrófitas. Foram ainda observados efeitos bioquímicos em artrópodes aquáticos e peixes quando expostos a escorrências superficiais e águas de ribeiro recolhidas em áreas ardidas após as primeiras chuvas pós-incêndio. Deste modo, ainda que escassos, estes estudos vêm enfatizar que a mobilização de elementos tóxicos produzidos por incêndios florestais tem efeitos nefastos para as espécies aquáticas, podendo comprometer o equilibro dos ecossistemas. Não obstante estes primeiros esforços para avaliar os efeitos tóxicos dos incêndios florestais em organismos aquáticos, existe uma necessidade urgente de consolidar o conhecimento existente e compreender de forma global e integrativa as dimensões reais dos incêndios florestais nos sistemas aquáticos, permitindo a estimativa de riscos para os ecossistemas e para a saúde humana. Assim, a compreensão dos efeitos dos incêndios florestais nos ecossistemas aquáticos constitui atualmente um aliciante tópico de investigação com muitas questões por responder. As limitações do conhecimento atual e a certeza de que a gestão pós-fogo se deve basear no conhecimento científico, vêm reforçar a necessidade de entender melhor os efeitos dos incêndios e as suas implicações na sustentabilidade dos ecossistemas. Nelson Abrantes ESPteam, Departamento de Ambiente e Ordenamento e CESAM Universidade de Aveiro

mais informações em www.fabrica.cienciaviva.ua.pt

Ciência na Agenda

Biodiversus | Eucalipto Nome vulgar: Eucalipto Nome científico: Eucalyptus globulus

Originário da Tasmânia, o eucalipto é uma árvore de grande porte que pode atingir os 40 ou 50 metros de altura. Possui tronco direito e com tendência a apresentar uma torsão espiral. A casca lisa e acinzentada desprende-se em longas tiras longitudinais que se mantêm pendentes na árvore durante algum tempo. As folhas são persistentes (mantêm-se todo o ano), e diferem entre as árvores jovens e adultas. As folhas juvenis são ovais, opostas, cerosas e não têm pecíolo. As folhas adultas são compridas e estreitas, alternadas, verde-brilhantes, e apresentam um pecíolo comprido. As flores são brancas, solitárias ou agrupadas de uma a três, e possuem numerosos

ACTIVIDADES EM TODO O PAÍS 15 JULHO / 15 SETEMBRO 2017

estames amarelos que formam um penacho. A floração ocorre de março a outubro. Os frutos são cápsulas duras e lenhosas. Várias espécies de eucalipto foram introduzidas em Portugal por volta de 1830, essencialmente por motivos ornamentais, mas apenas a espécie Eucalyptus globulus teve propagação devido à ótima pasta de papel que produz, sendo atualmente a espécie mais difundida no nosso território, existindo extensas áreas de cultura. Cresce rapidamente e absorve uma grande quantidade de água do solo, daí o seu emprego para drenar terrenos pantanosos. No entanto esta árvore tem um grande impacto ecológico, por reduzir a disponibilidade de água e acidificar o solo, prejudicando as espécies vegetais nativas.

Mais informações e inscrições www.cienciaviva.pt/veraocv/2017

22

14h30

Ciência Viva no verão em rede - Tubos e Fornos solares e Pipocas, em Águeda.

23

11h00

Ciência ao pequeno-almoço – “Dra. Ana, posso ser alérgico a brócolos, por favor?!”, no Hotel “As Américas”.

28 jul

14h30

Ciência Viva no verão em rede - Descobrir a Pateira de Fermentelos, em Fermentelos.

03

09h40

Ciência Viva no verão em rede - A Biologia e a Geologia na Reserva Natural das Dunas de São Jacinto, em São Jacinto.

06

11h00

Clube do Cientista - Protocolo bombom!, no Aveiro Center.

22

15h30

jul

jul

ago

ago

ago

>17h30

>12h00

>18h30

>13h40

>12h00

>18h30

Ciência Viva no verão em rede - Esfoliante e Protetor solar, na Costa Nova. Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2017


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.