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Imagem: NASA/JPL-Caltech

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Foto da semana

A não perder!

Na passada 6ª feira, a Fábrica retomou o seu novo ciclo de palestras “Ciência Aberta às Escolas”. “Astronomia e Sociedade” foi a palestra apresentada por Pedro Russo, docente da Universidade de Leiden, Holanda. Destinada a alunos do 12º ano, esta sessão contou com a presença de 40 participantes de escolas regionais. Todos os alunos participaram ativamente na palestra, demonstrando um enorme entusiasmo e interesse.

No domingo, dia 14 de janeiro´18, às 11h, decorrerá no Hotel “As Américas” mais uma sessão de “Ciência, ao pequeno-almoço!”. Nesta atividade da Fábrica, e com a colaboração de Maria da Conceição Costa, matemática, vai ser muito saboroso explorar sequências de Fibonacci em pleno pequeno-almoço. Descobri-las, identificá-las, perceber a utilidade… A entrada tem inscrição obrigatória, através de 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt, com o valor de 5€, por criança. mais informações em www.fabrica.cienciaviva.ua.pt

Ciência na Agenda

Tudo o que precisa de saber sobre Astronomia A Astronomia é a ciência que estuda a origem e evolução do Universo. A definição parece simples, mas o Universo é um lugar vasto, recheado de corpos celestes fascinantes e fenómenos fantásticos. A Astronomia faz parte da história cultural e cientifica da humanidade, tendo por várias vezes revolucionado a nossa forma de pensar e ver o mundo. No passado, a astronomia foi usada por razões práticas, como medir o tempo ou navegar nos vastos oceanos. Hoje, os resultados do desenvolvimento científico e tecnológico da astronomia e áreas afins, têm vindo recorrentemente a transformar-se em aplicações essenciais para o nosso dia a dia: computadores, satélites de comunicação, GPS, painéis solares, internet sem fios e muitas outras aplicações tecnológicas. A astronomia, como qualquer ciência, avança fruto da acumulação de conhecimento. Por vezes, este avanço lento, mas robusto, é empurrado por descobertas e ideias revolucionárias como a teoria do Big Bang. O Big Bang, o fenómeno que deu origem ao Universo, aconteceu há cerca de 13,8

mil milhões de anos e deu origem aos blocos fundamentais para a formação de galáxias, estrelas, planetas e vida. No início tudo estava concentrado num só ponto, infinitamente compacto e quente que se começou a expandir e arrefecer com o tempo. A expansão do Universo, que começou com o Big Bang, continua a acelerar. Os astrónomos acreditam que esta expansão se deve a uma misteriosa forma de energia distribuída por todo espaço, a energia escura. Se olharmos para o céu numa noite escura, vemos uma faixa de luz cortando o céu de horizonte a horizonte. Esta faixa e todas as estrelas que vemos no céu fazem parte da galáxia em que vivemos, a Via Láctea. As galáxias são como ilhas no vazio do Universo. A nossa contém cerca de 300 mil milhões de estrelas, das quais o Sol é apenas uma, tão anónima como um grão de areia numa praia. Estas estrelas orbitam harmoniosamente em torno do centro onde se encontra um monstruoso buraco negro. Por vezes estes buracos negros podem fundir-se com outros buracos negros ou objetos maciços, quando

isso acontece formam-se ondas gravitacionais, que se propagam pelo tecido do espaço-tempo. Este “mar” que é o Universo tem muitas outras ilhas, a nossa é apenas uma entre as mais de 500 mil milhões de galáxias que o povoam. Embora uma estrela vulgar, o Sol teve até 1995 um estatuto especial: era a única estrela que tinha planetas a orbitá-la. Nesse ano, foram detetados sinais do primeiro planeta fora do Sistema Solar. Hoje conhecemos mais de 3500 outros planetas extrassolares. Estima-se que mais de 15% das estrelas, como o Sol, sejam orbitadas por planetas parecidos como a Terra. Pequenos e orbitando a uma confortável distância da sua estrela, que permita a existência de água líquida e quem sabe vida. Mas de que é feito o Universo? Sabemos que existem planetas, estrelas, galáxias. Mas existe algo mais, algo vasto, estranho e misterioso e que ninguém sabe o que é. Seria de esperar que as estrelas orbitassem o centro das galáxias, do mesmo modo que os planetas orbitam o Sol no nosso Sistema Solar: os planetas mais

Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt

próximos do Sol com velocidades superiores às dos planetas mais afastados. Mas tal não acontece: as estrelas nas galáxias orbitam todas à mesma velocidade, como um disco. Deve haver algo que não vemos e que “une” as estrelas e faz a galáxia comportar-se deste modo. Os astrónomos chamaram-lhe matéria escura. Estima-se que aquilo que conseguimos observar seja apenas uma pequena porção de tudo o que existe no Universo. Tudo o resto é desconhecido! Mas a astronomia não se resume a avanços científicos ou aplicações tecnológicas: dá-nos a oportunidade de alargarmos os nossos limitados horizontes e de descobrirmos a beleza e a grandeza do Universo e o nosso lugar nele. Esta visão é uma das mais importantes contribuições da Astronomia para a Humanidade. Pedro Russo (Professor de Astronomia e Sociedade da Universidade de Leiden, Países Baixos) Ciência na Imprensa Regional / Ciência Viva

14 jan Mais vale saber… De onde vem o nome Via Láctea? Se olharmos para o céu numa noite sem nuvens e com pouco luar, longe da poluição luminosa das cidades, veremos uma ténue banda de luz a atravessar os céus. Esta é a Via Láctea, a galáxia onde se encontra o nosso Sistema Solar e portanto onde nos situamos no Universo. Tem a forma de uma espiral com uma barra no centro mas vemo-la como uma faixa; estando a Terra num dos braços da espiral o resto da galáxia aparece-nos de perfil. A escolha do seu nome, que também poderia ser “estrada de leite” já vem da mitologia grega, segundo a qual Hércules foi levado para o Olimpo e

amamentado pela deusa Hera. Parece que este, devido à sua força, mordeu o seio de Hera e o leite derramado espalhou-se no firmamento, imagem condizente com a aparência leitosa da Via Láctea quando observada sem os telescópios que hoje nos permitem distinguir as estrelas com nitidez. Existem ainda muitas outras lendas, como a de um povo no Peru que acreditava que a imagem da Via Láctea correspondia a um canal celestial, que levava a água dos mares e rios para o céu, de onde retornaria ao planeta sob a forma de chuva.■

11h00

DOMINGO DE MANHÃ NA BARRIGA DO CARACOL

10

10h00

A Fábrica vai… ao Hospital Infante D. Pedro com a atividade Robôs Ozobots.

14

11h00

Domingo de manhã na barriga do caracol – “Pinus pinaster, Feliz Natal!”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

14 jan

11h00

Ciência ao pequeno-almoço! – “Fibonacci fresquinho, logo pela manhã!”, com Conceição Costa, no Hotel As Américas.

17 jan

10h00

A Fábrica vai… ao Estabelecimento Prisional Regional de Aveiro dinamizar a atividade Robôs Ozobots.

jan

jan

> 11h00

> 12h00

> 12h00

> 11h00

e 28 27 jan jan

10h00 > 18h00

Programa Frio, gelo e chocolate quente!, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2018


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