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Longos períodos de seca, o aumento de fogos florestais, a diminuição de zonas de gelo e consequentemente a subida do nível médio das águas do mar são consequências graves do aquecimento global.

No combate às alterações climáticas Não há dúvida alguma que as alterações climáticas estão a acontecer. Diversas agências e institutos de investigação têm batalhado para mostrar à humanidade que a vida que levamos está a destruir o equilíbrio do nosso planeta Terra. Lamentavelmente poucos de nós temos alterado as nossas rotinas de forma a compensar os distúrbios irreparáveis já praticados. Desde do final do século XIX a temperatura da Terra aumentou perto de um grau Celsius devido às emissões de dióxido de carbono provocadas em grande parte pelo uso sem regra de combustíveis fósseis como o petróleo e o carvão. Desde o ano 2000, todo o ano é mais quente do que o anterior, o que mostra que isto da temperatura estar a aumentar está mesmo a acontecer e a situação agrava-se a cada ano. Um grau pode não parecer chocante, é apenas um! Infelizmente um grau Celsius já foi suficiente para causar grandes distúrbios. Regularmente deparámo-nos com notícias de eventos meteorológicos extremos: tempestades que destroem

cidades, temperaturas anormalmente altas durante vários dias e sessões de chuva intensa que provocam cheias destruindo cidades e campos agrícolas. Estes são efeitos dos quais já todos nos apercebemos, mas há outros tão ou ainda mais graves a acontecer mesmo debaixo dos nossos olhos e sob nossa responsabilidade. Os oceanos têm sido gravemente afetados, absorvem grande parte do calor do planeta e há imensas consequências. Os recifes de coral são extremamente sensíveis a variações de temperatura e por isso têm sofrido do chamado Branqueamento dos corais o que faz com que se tornem muito vulneráveis e acabem por morrer facilmente. Os corais não são apenas zonas dos oceanos extraordinários que as pessoas gostam de visitar, os corais são o habitat de muitos peixes e outros pequenos organismos. Se os corais estão a desaparecer muitos peixes irão morrer porque o seu habitat desapareceu. Cerca de um quarto do dióxido de carbono produzido pela humanidade é absorvido

pelos oceanos. Este gás provoca uma alteração química na água, baixa o pH da água dos oceanos e, como é óbvio, nem todos os peixes e todos os outros organismos que vivem nos oceanos conseguirão adaptar-se a esta mudança. Apenas um, um grau, e vejamos os efeitos que esta que parece uma pequena alteração está a ter um grande efeito nos oceanos, mas não só. As grandes áreas de gelo, como nos polos, são extremamente importantes para manter a estabilidade da temperatura. O sol que chega a estas zonas é refletido e por isso não contribui para o aquecimento global. Em consequência do aumento global da temperatura as zonas de gelo têm vindo a diminuir. Os cientistas chamam-lhe efeito positivo, pois aumenta-se a si mesmo. A diminuição da área de neve implica que menos raios solares sejam refletidos o que promove o aumento da temperatura, que por sua vez promove que o gelo derreta e as zonas de neve percam área. Desde 1900 o mar subiu cerca de 19

Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt

centímetros, mais uma vez talvez não pareça muito, mas pensem em ter 20 cm de altura de água à porta de casa. Os glaciares nos Himalaias, nos Alpes e no Alasca estão progressivamente a perder área. Estas consequências são apenas as mais proeminentes e as responsáveis de muitas outras repercussões que afetam a uma escala mais pequena diferentes populações em diferentes locais. Para além do uso descomedido de energias fósseis, a necessidade crescente para a produção de alimentos em massa está a levar a que florestas sejam destruídas. Grandes florestas como a Amazónia são parte dos pulmões da Terra, são fundamentais para manter o equilíbrio na Terra porque contribuem para a remoção de dióxido de carbono. O que antes eram florestas imensas são agora campos de cultivo e de criação animal. Sem esquecer que as explorações petrolíferas e mineiras também são pretexto para a desflorestação. O nosso planeta precisa de nós para um restabelecimento da harmonia da Natureza. Para isso há hábitos a alterar. É importante dar atenção aos produtos alimentares que compramos, aos veículos de transporte que usamos, que fim damos ao lixo que produzimos e em quem escolhemos para decidir o futuro do nosso país e do mundo. É importante preferir os produtos que viajaram menos para chegar até nós, os que consumiram menos recursos, os que foram produzidos com menor impacto ambiental. É importante escolher os que promovem energias renováveis, que tomam medidas para a redução das emissões de dióxido de carbono e que apostam na proteção do ambiente. Acima de tudo é importante escolher fazer a diferença e para isso não precisamos de ser extremistas, apenas devemos ser razoáveis e procurar o equilíbrio. Precisamos de preservar o nosso planeta. Marisa Oliveira da Silva Ciência na Imprensa Regional / Ciência Viva

Foto da semana

A não perder!

Semana após semana, os jovens “engenhocas” da Academia Maker avançam com os seus projetos. A construção de um carrinho telecomandado, de uma lanterna e de um planador são os projetos em curso. A Academia Maker destina-se a estudantes dos 10 aos 14 anos, decorre uma vez por semana, às 3ªs feiras, das 14h30 às 17h00, na Fábrica e a mensalidade tem o valor de 25€ por participante. Mais informações através dos contactos 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt.

No dia 27 janeiro ’18, às 14h00, na Biblioteca Municipal de Ílhavo, decorrerá a sessão “Máquina de Rabiscos” no âmbito da parceria entre a Fábrica Centro Ciência Viva e a Biblioteca Municipal de Ílhavo “BMI - Maker Space - Juntos fazemos!”. Este projeto ocorre mensalmente e promove um programa de workshops especialmente dedicados a pequenos e grandes criativos, onde os participantes são desafiados a criar, fazer, e experimentar. A participação tem inscrição obrigatória, através de 234 321 103 ou biblioteca_municipal@cm-ilhavo.pt.

Moléculas Sensacionais Episódio 30: Glicose

Figura - Representação da molécula de D-glucose.

O episódio de hoje vem carregado de energia, própria dos dias mais soalheiros: vamos falar da Glicose. A Glicose é um açúcar que desempenha um papel central nos processos biológicos, já que é a molécula escolhida pela Natureza para armazenar a energia do Sol. É isso mesmo, é a molécula que armazena a energia que nos chega do Sol. De facto, a Glicose é sintetizada pelas plantas verdes a partir de dióxido de carbono e água, utilizando a energia solar – o processo que é designado por fotossíntese. Dióxido de carbono, mais água, mais energia do sol… e dá Glicose! As plantas produzem assim a Glicose e armazenam-na, por exemplo, na forma de celulose, de amido e de outros hidratos de carbono. E nós vamos buscar essa energia armazenada nos hidratos de carbono,

comendo as plantas… ou os animais que comeram plantas. A extração da energia armazenada na Glicose ocorre nas células através de um conjunto de reações químicas bastante complexas, mas que mais não são do que uma combustão controlada. As células queimam a Glicose, num processo que consome oxigénio e liberta de novo o dióxido de carbono, a água e a energia que foram usados na fotossíntese. E esta é razão para a nossa necessidade de respirarmos: Nós precisamos de inspirar oxigénio para libertar a energia da Glicose e precisamos de expirar o dióxido de carbono que se forma no processo. E isto também explica porque é que o esforço físico nos deixa com a respiração ofegante: para obtermos mais energia, temos de queimar mais Glicose… e para queimar mais Glicose precisamos de muito mais oxigénio! Ahhhh… A Glicose é uma molécula de cortar a respiração! “Moléculas Sensacionais” é um projeto de Paulo Ribeiro Claro (Departamento de Química da Universidade de Aveiro e CICECO) e de Catarina Lázaro (programa Click/Antena 1) em parceria com a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

mais informações em www.fabrica.cienciaviva.ua.pt

Ciência na Agenda

02 fev

19h30

BABYSITTING DE CIÊNCIA

17 jan

10h00 > 11h00

19

A Fábrica vai… à Conferência “Bibliotecas Vivas – Transformar o nosso mundo”, em Sever do Vouga.

jan

27 e 28 jan

A Fábrica vai… ao Estabelecimento Prisional Regional de Aveiro dinamizar a atividade Robôs Ozobots.

jan

10h00 > 18h00

Programa Frio, gelo e chocolate quente!, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

27

14h30

Workshop Máquina de rabiscos, no BMI MAKERSPACE, na Biblioteca Municipal de Ílhavo.

02

19h30

Babysitting de ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

04 fez

11h30

Clube do Cientista – Não me toque que me eletrificas!, no Aveiro Center.

jan

fez

> 00h00

> 12h00

Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2018


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