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Foto da semana

Imagem: By Bmouzon via Wikimedia Commons

ções negativas dos CB1, protegendo os neurónios, promovendo o consumo de glucose (energia) pelo cérebro e diminuindo a dependência de drogas. Attila Köfalvi, primeiro autor do artigo, explica que “através de diversas técnicas laboratoriais, concluímos que os recetores CB2, quando estimulados por análogos do THC quimicamente modificados para interagirem apenas com os recetores CB2 sem ativar o CB1, evitando os efeitos psicotrópicos e mantendo os efeitos benéficos, promovem o aumento de captação de glucose no cérebro”. Experiências adicionais com outras técnicas mostraram que este efeito do CB2 não se limita aos neurónios mas estende-se a outras células do cérebro que ajudam ao funcionamento dos neurónios, os astrócitos. “No futuro, esta descoberta poderá abrir caminho para uma terapia paliativa na doença de Alzheimer”, nota o investigador. A equipa internacional contou com a

FRIO, GELO

Mais vale saber… Um pouco sobre a Cannabis sativa L.

Investigado o efeito da cannabis na Doença de Alzheimer em ratinhos Alguns efeitos da cannabis poderão melhorar o consumo de energia pelo cérebro, que se encontra deficitário na doença de Alzheimer, revela um estudo liderado pelo Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) e pelo Instituto Cajal - Centro para a Investigação Biomédica em Doenças Neurodegenerativas de Espanha. O desafio futuro desta descoberta em ratinhos, publicada na revista Neuropharmacology, encontra-se na separação dos efeitos negativos e positivos da cannabis. O principal ingrediente psicoativo da marijuana, tetrahidrocanabinol (THC), atua sobre dois recetores, “CB1” e “CB2”, localizados no cérebro, que se distinguem como os “polícias maus e os polícias bons”. Os recetores CB1 estão associados à morte neuronal, distúrbios mentais e vício em diferentes drogas ou álcool. Contrariamente, os recetores CB2 anulam muitas das a-

A não perder!

colaboração do CAI de Cartografia Cerebral do Instituto Pluridisciplinar da Universidade Complutense de Madrid, o Instituto de Tecnologia de Madrid e o Instituto de Investigações Bioquímicas de Bahía Blanca da Universidade Nacional del Sur da Argentina. A investigação foi financiada pelo Prémio Belard Santa Casa da Misericórdia, DARPA, FEDER, QREN Programa Operacional Regional do Centro 2007-2013 com o apoio do Mais Centro e da União Europeia e Programa Operacional Fatores de Competitividade via Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt

Cristina Pinto (Assessoria de Imprensa Universidade de Coimbra) Ciência na Imprensa Regional / Ciência Viva

A Cannabis sativa L. é uma planta que apresenta propriedades psicotrópicas mas também um grande potencial terapêutico. Há séculos que esta planta tem vindo a ser utilizada pela humanidade para diversos fins, tais como, alimentação, rituais religiosos e práticas medicinais. A primeira aplicação medicinal da Cannabis foi atribuída aos chineses que, há 2000 anos atrás, descreveram os potenciais terapêuticos desta planta no Pen-Ts’ao Ching (considerada a primeira farmacopeia conhecida do mundo). Há cerca de 300 anos atrás, também os assírios a consideraram como o principal medicamento da sua farmacopeia. A Cannabis sativa é um arbusto da família Moraceae, conhecido pelo nome de “cânhamo da Índia”, que cresce livremente em várias partes do mundo, principalmente nas regiões tropicais e temperadas. É uma planta dioica, pois tem espécimes masculinas e femininas. Geralmente, a planta masculina morre após polinizar a planta feminina. A concentração de compostos psicoativos (canabinóides) na Cannabis é uma função de fatores genéticos e ambientais, mas devem ser considerados outros fatores que causam variações no conteúdo psicoativo da planta, nomeadamente, o tempo de cultivo (maturação da planta) e tratamento da amostra (secagem, armazenamento, extração e condições de análise). O potencial medicinal da Cannabis está relacionado com o elevado número de substâncias químicas existentes nesta planta, sendo a principal classe a dos canabinóides. Estes compostos podem ser classificados como terpenofenóis e não foram isolados de qualquer outra espécie vegetal ou animal. ■

E

No passado domingo, dia 14 janeiro, aconteceu mais uma sessão do “Ciência ao pequeno-almoço!”. “Fibonacci fresquinho, logo pela manhã!” foi o título da atividade dinamizada por São Lopes Costa, docente do Departamento de Matemática da UA. Com a sua ajuda, os participantes ficaram a saber como descobrir, identificar e qual a utilidade das sequências de Fibonacci. A próxima sessão deste ciclo está agendada para 18 fevereiro e conta com Catarina Almeida do Departamento de Ciências Médicas da UA como convidada.

Moléculas Sensacionais Episódio 31: Clorofila

Figura - Representação da molécula de clorofila.

O episódio de hoje é sobre jardins, campos de futebol, e florestas tropicais. Vamos falar da Clorofila. A Clorofila é o pigmento que dá a cor verde às plantas. É uma molécula que absorve intensamente a luz do sol, mas só nos extremos do arco-íris. Absorve a luz azul e violeta, bem como a luz vermelha e laranja… e por isso é verde: tem a cor da luz que não absorve! Mas esta molécula sensacional é muito mais que um pigmento que pinta a paisagem de verde: é uma pequena central de conversão de energia da Natureza, responsável pelo processo da fotossíntese. Através da fotossíntese, as plantas utilizam o dióxido de carbono do ar e a água absorvida do solo para produzir glicose – que depois armazenam na forma de hidratos de carbono diversos, como a celulose ou o amido. Ou seja, de algum modo po-

demos dizer que a Clorofila captura a luz do sol, transformando-a em alimentos energéticos! O processo é complexo, vamos por passos: As folhas das plantas, cujas células são ricas em Clorofila, expõem-se ao sol. A molécula de Clorofila absorve a luz do sol e canaliza a respetiva energia para “expulsar” - digamos assim -, de alguns dos seus eletrões. Estes eletrões com excesso de energia ligam-se a outras moléculas e provocam uma cadeia de reações químicas. Nessas reações, o dióxido de carbono e a água são convertidos em glicose. No fim, e através de um processo que envolve também a libertação de oxigénio, a Clorofila recebe os seus eletrões de volta e fica pronta para recomeçar. Pois é… Já sabemos explicar passo a passo como a Clorofila captura a energia do sol… mas continua a haver qualquer coisa de mágico nesta molécula sensacional! “Moléculas Sensacionais” é um projeto de Paulo Ribeiro Claro (Departamento de Química da Universidade de Aveiro e CICECO) e de Catarina Lázaro (programa Click/Antena 1) em parceria com a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

CHOCOLATE QUENTE!

“É fim de semana!” é um programa temático de sábado ou domingo, para participar em família ou entre amigos. Assim, nos dias 27 e 28 de janeiro’18, iniciaremos este desafio com o tema: “Frio, gelo e chocolate quente!”, onde se poderá experimentar o dia a dia em laboratório, desafiar a imaginação e o engenho no Dóing – Maker Space e, no fim, passar pela cozinha, seguindo um protocolo bem doce, recheado de chocolate!... Não requer inscrição, mais informações através de 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt. mais informações em www.fabrica.cienciaviva.ua.pt

Ciência na Agenda

04 fev

11h00

CLUBE DO CIENTISTA

27 e 28 jan

jan

10h00 > 18h00

É fim de semana! - Frio, gelo e chocolate quente!, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

27 jan

14h30

Workshop Máquina de rabiscos, no BMI MAKERSPACE, na Biblioteca Municipal de Ílhavo.

02 fez

19h30

Babysitting de ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

04

11h30

Clube do Cientista – Não me toque que me eletrificas!, no Aveiro Center.

18

11h00

“Ciência ao pequeno-almoço!”, com Catarina Almeida, no Hotel As Américas.

fez

fez

> 00h00

> 12h00

> 12h00

Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2018


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