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A não perder!

No passado domingo, dia 18 de fevereiro, decorreu mais uma atividade de “Ciência ao pequeno-almoço!”, no Hotel As Américas - Art Nouveau&Design. “És tu a jogar, calhou: "célula"!” foi a sessão apresentada por Catarina Almeida, investigadora do Departamento de Ciências Médicas da UA, que conduziu os mais pequenos num jogo divertido para dar a conhecer o nosso sistema imunitário. A próxima sessão acontece no dia 11 de março, e terá como convidada Rosário Domingues, investigadora do Departamento de Química da UA.

A Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro retoma o ciclo de palestras “Ciência Aberta às Escolas” no próximo dia 5 de março. A terceira palestra intitula-se “Moléculas pela luz das estrelas” e conta com Paulo Ribeiro Claro do Departamento de Química da UA como palestrante convidado. Esta sessão decorrerá no dia 5 de março, das 11h00 às 12h00, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. A entrada é gratuita mas tem inscrição obrigatória para 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@a.pt. mais informações em www.fabrica.cienciaviva.ua.pt

Ciência na Agenda

O que é a ciência polar? Numa frase simples: é toda a ciência que é feita nas regiões polares, no Ártico (que inclui o Polo Norte) e a Antártida (que inclui o Polo Sul). Nas regiões polares a ciência é feita numa grande variedade de áreas, desde a oceanografia, à biologia, à astronomia, à medicina, entre muitas outras, cujas respostas poderão ser úteis à sociedade. E Portugal tem estado envolvido em muitas delas... Existem particularidades interessantes nestas regiões mais frias do planeta: ambas possuem grandes quantidades de gelo, possuem animais enigmáticos (ursos polares no Ártico e pinguins na Antártida) e ambas têm um papel importante quanto ao aumento do nível do mar devido ao degelo (se partes das regiões polares derretessem teríamos um aumento significativo do nível do mar (certamente > 5 metros). Existem também diferenças evidentes entre as regiões polares, tais como: o Ártico é um oceano congelado enquanto a Antártida é um continente rodeado por um Oceano (Oceano Antártico), o número de plantas são muito mais no Ártico, os animais terrestes são mais numerosos no Ártico (como o urso polar) enquanto na An-

tártida não existem (o animal terrestre Antártico é um ácaro/piolho). Além dos vários recursos que possuem (pesqueiros, minerais, entre outros), o que se estuda cientificamente nas regiões polares tem importância planetária, daí Portugal possuir cientistas de mais de 15 institutos de investigação de Universidades a investigar questões tais como os animais (como os pinguins) se adaptam às alterações climáticas, o efeito da poluição nas regiões polares, quais as mudanças do permafrost (áreas permanentemente geladas), quais as quantidades de dióxido de carbono (e outros gases), qual o papel da educação e comunicação da ciência das regiões polares e como a transferência de conhecimentos científicos poderá ser usada para medidas políticas das regiões polares. Recentemente as comunidades científicas reuniam-se para debater quais as grandes questões científicas que precisam de ser abordadas nos próximos 20 anos, quer no Ártico (Exercício ICARP III) quer na Antártida (Exercício SCAR Horizon Scan), onde estas áreas que Portugal também investiga estão a ser desenvolvidas.

ciência Portugal e/ou os seus cientistas têm também tido um papel nas várias organizações internacionais ligadas às regiões polares: organizações científicas (ex. International Arctic Science Committee – IASC e Scientific Committee on Antarctic Research – SCAR), organizações de jovens cientistas (ex. Association of Polar Early Career Sceintists – APECS), organizações educativas (ex. Polar Educators International – PEI) e em organizações de gestão (ex. Antarctic Treaty System). Num contexto onde a ciência realizada nas regiões polares é extramente dispendiosa, existem numerosas colaborações internacionais, abordando importantes questões científicas de um modo interdisciplinar com apoio de vários países, o que torna a nossa ciência mais atraente, mas também com mais impacto e com reduzidos custos. A ciência polar é um grande desafio por estarmos a realizar ciência em zonas mais remotas do planeta... mas também é um verdadeiro privilégio. Ambas as regiões são lindíssimas, com icebergues gigantes, com animais como os pinguins e ursos polares que nunca viram seres humanos, as expe-

Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt

dições podem durar muitos meses, o equipamento científico usado é da mais recente tecnologia e a segurança enquanto lá estamos é levada ao extremo (por exemplo o hospital mais próximo onde costumo ir na Antártida fica a 1000 km de distância). Uma expedição poderá demorar anos a planear. De momento, com as grandes mudanças ambientais que temos registado nas regiões polares, aquilo que estudamos lá está a ser de muita relevância também ao nível educacional. Numerosos cientistas polares portugueses têm ido às escolas de todo o Portugal, todos os anos, a mostrar a importância das regiões polares para o planeta, como é ser cientista polar em Portugal e o que fazemos cientificamente. Mais importante, pretende-se inspirar a futura geração de jovens cientistas para os grandes desafios que aí vêm. E a ciência polar pode ajudar... José Xavier (cientista polar) Ciência na Imprensa Regional / Ciência Viva

aberta às escolas

04 mar

Ciclo de Palestras | Ciência Aberta às Escolas novembro ’17 a maio ’18 “Ciência Aberta às Escolas” consiste na realização de palestras mensais, por investigadores de diversas áreas científicas, cujo objetivo é a partilha do conhecimento entre a comunidade científica e alunos do 12º ano.

ABR’18 - “Ria de Aveiro, um oásis de biodiversidade...” Ana Rodrigues, Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro MAI’18 - “Desafios robóticos em ambiente simulado”

PROGRAMA

Artur Pereira, Departamento de

NOV’17 - “Ondas gravitacionais: um

Eletrónica e Telecomunicações da

prémio Nobel, 100 anos depois”

Universidade de Aveiro

Carlos Herdeiro, Departamento de Física da Universidade de Aveiro

Público-alvo: alunos do 12º ano Local: Fábrica Centro Ciência Viva de

JAN’18 - “Astronomia e Sociedade”

Aveiro

Pedro Russo, Universidade de Leiden

Inscrição obrigatória: 234 427 053 | fabrica.cienciaviva@ua.pt

MAR’18 - “Astroquímica: moléculas pela luz das estrelas” Paulo Ribeiro Claro, Departamento de Química da Universidade de Aveiro

Entrada Livre ■

11h00

DOMINGO DE MANHÃ NA BARRIGA DO CARACOL

28 04 fev

mar

A Fábrica vai… à Bolsa de Turismos de Lisboa, em Lisboa.

02

19h30

Babysitting de ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

04

11h00

Clube do Cientista – Workshop de origamis, no Aveiro Center.

mar

mar

> 00h00

> 12h00

e 18 04 mar mar

11h00 > 12h00

Domingo de manhã na barriga do caracol – História de um palhaço, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

05 mar

11h00

Ciência Aberta às Escolas – Moléculas pela Luz das Estrelas, com Paulo Ribeiro Claro, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

11

11h00

Ciência ao pequeno-almoço!, com Rosário Domingues, no Hotel As Américas.

mar

> 12h00

> 12h00

Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2018


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