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A não perder!
As Férias da Páscoa com Ciência na Fábrica começaram na passada segunda-feira. Cada dia da semana foi dedicado a uma missão: explorar os sentidos, ser engenhoca por um dia, procurar o coelho da Páscoa e, ainda, investigar um caso criminal! Estas Férias da Páscoa destinam-se a crianças dos 6 aos 12 anos e repetem-se esta semana, de 3 a 6 de abril, das 9h00 às 17h45. Inscreve-te e participa!
O “Ciência ao pequeno-almoço!” está de regresso já no dia 15 de abril, com novas aventuras e muita ciência à mistura, enquanto os pequenos cientistas tomam um delicioso pequeno-almoço. Desta vez vamos ter como convidado Pedro Pombo, do Departamento de Física da Universidade de Aveiro e Diretor da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. A sessão destina-se a crianças dos 6 aos 12 anos, e decorre das 11h00 às 12h00, no Hotel As Américas. O bilhete tem o valor de 5€ e a inscrição pode ser feita para 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt. mais informações em www.fabrica.cienciaviva.ua.pt
Biodiversus | Papoila
Ciência na Agenda
ciência
Abril, águas mil A água é uma constante da vida! Sem essa molécula, H2O, sem as propriedades que apresenta nos diversos estados físicos que se lhe conhecem (líquido, gasoso, sólido), nas condições de temperatura e pressão características dos vários locais onde a vida foi encontrada no nosso planeta, sem essa molécula não estaríamos aqui. Nem eu teria escrito este texto, nem o leitor o está, por ventura, a ler! Na geringonça cíclica em que a substância água faz mover informação e energia no nosso planeta, a chuva desde sempre foi necessária para fertilizar com vida as rochas e terrenos emersos dos continentes, penínsulas, istmos e ilhas. No regresso aos oceanos, a água corrente dos rios finais beija o mar com aromas, compostos, matéria e vida que recolheu e transporta desde as suas fontes nascentes, desde o local a montante onde brota e nasce despida, fresca, promessa de vida a jusante. Logo que a Humanidade se fixou na ideia da “urbe”, assentou os alicerces junto a cursos de água. Todas as anti-
aberta às escolas
gas civilizações se semearam, cultivaram, disseminaram para junto, ou entre grandes rios (Tigre, Eufrates, Ganges, Nilo, Danúbio, Guadalquivir, Douro, Tejo, Mondego). Mas sem chuva a trazer de volta água à terra que pisamos, a miséria instala-se. Se tarda, se demora, se se ausenta quebrando os ritmos sazonais anuais, seculares, logo se instalam severas preocupações com a morte a substituir o mar a jusante. Quase todos ouvimos o ditado popular “em abril, águas mil”. Quase nenhum de nós o questiona. É um saber feito de tempo, saber tácito feito de regularidade passada que teima em se repetir anualmente, pouco tempo depois do equinócio (da primavera) em regiões acima da nossa latitude até ao círculo polar ártico. Aquele ditado, não existe só em terras lusas. Que se encontre também em Espanha não é de espantar. Mas que faça parte da “sabedoria popular” por essa Europa acima, isso já levanta algum espanto (e pede ciência). Encontramos o provérbio em França
– “les giboulées de Mars” –, no Reino Unido e Irlanda – “April showers”, “April showers bring May flowers” – e, exemplo nórdico, até na Noruega – “April bygger”. O fenómeno meteorológico que alimenta o provérbio assenta no aumento do período de luminosidade solar incidente de forma progressivamente mais perpendicular a partir do equinócio da primavera (no hemisfério norte). Isto provoca um aumento progressivo da temperatura do solo o que causa evaporação da água (mesmo que pouca devido a outonos e invernos menos chuvosos – como foi o caso este ano) retida e presente nos interstícios da terra. Correntes de ar quente e vapor de água ascendem, aumentando a humidade relativa do ar. Como a temperatura média do ar também subiu, maior quantidade de água passa e fica na atmosfera (maior humidade relativa), prenúncio de nuvens, certezas pluviais. Este movimento por convecção de ar e água provoca fenómenos meteorológicos súbitos que nos “estragam” os
Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt
passeios primaveris, mas que redistribuem a água preciosa, minorando os efeitos de secas nefastas para a maltratada agricultura. Transcrevo, para terminar, o que o Professor António Galopim de Carvalho me enviou em resposta à minha pergunta sobre o provérbio: “Os ditados populares são testemunhos de muita sabedoria. São a síntese de um saber coletivo de gerações. A suposta tendência atual (no nosso hemisfério) da desertificação estar a migrar para norte, leva-me a pensar que, num passado geologicamente muito recente, tivemos aqui, no sul da Península, um clima chuvoso como o da chamada Ibéria Húmida, bem exemplificado no nosso Minho e na Galiza, clima esse que poderia estar na base do referido ditado.” António Piedade Ciência na Imprensa Regional / Ciência Viva (Agradeço a colaboração do Ricardo Cardoso Reis, na investigação que fizemos para esta crónica.)
09 abr
15h30
CIÊNCIA ABERTA ÀS ESCOLAS MOLÉCULAS PELA LUZ DAS ESTRELAS
Nome vulgar: Papoila Nome científico: Papaver rhoeas
A família Papaveraceae inclui várias espécies de papoilas mas apenas um pequeno número cresce espontaneamente em Portugal. É o caso da espécie Papaver rhoeas, originária do Mediterrâneo Oriental e que parece ter sido introduzida na Europa com a cultura de cereais, encontrando-se agora distribuída praticamente por todo o hemisfério norte. A papoila é uma planta herbácea, anual, coberta de pelos compridos e rígidos, mas não muito densos. Os caules são eretos e estão cobertos com alguns ramos. As folhas, bastan-
te recortadas, são compostas por vários segmentos grosseiramente dentados que terminam numa ponta aguda, sendo que o segmento terminal é geralmente maior que os laterais. As flores são grandes e solitárias, com 4 pétalas vermelhas, arredondadas, vulgarmente manchadas de negro na base. Os filetes são purpúreos e as anteras azuladas. O fruto é uma cápsula globosa, mais ou menos estriada e sem pelos. O principal uso terapêutico da papoila é como calmante, especialmente a nível bronquial. As pétalas da papoila possuem propriedades corantes sendo usadas para dar cor a tisanas, medicamentos e certos vinhos.■
03 06
09h00 > 17h45
Férias da Páscoa com Ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
abr
abr
05
21h00
Orçamento Participativo Portugal – Encontro Participativo em Aveiro, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
06 abr
19h30
Babysitting de ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
08
11h00
Clube do Cientista – A história vai ao Clube, no Aveiro Center.
09
15h30
15
11h00
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> 23h30
> 00h00
> 12h00
> 16h30
> 12h00
Ciência Aberta às Escolas – Moléculas pela luz das estrelas, com Paulo Ribeiro Claro, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Ciência ao pequeno-almoço!, no Hotel As Américas.
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2018