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Figura 1

Figura 3

“Fachada Energética: uma fonte de energia em sua casa” Imagine uma parede (ou um telhado…) que, além de assegurar as funções normais de uma parede como oferecer proteção e segurança, lhe permite recolher calor para aquecimento de espaço, satisfazer as necessidades de água quente sanitária (AQS), ventilar e/ou refrescar a sua casa e que pode ser formatada de acordo com as necessidades dos ocupantes… Este produto existe e encontra-se em funcionamento (Figura 1). A fachada energética SEnergy, desenvolvida em conjunto pela T&T Multieléctrica Lda. e pelo Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) da Universidade de Aveiro, é já uma realidade e o seu protótipo original pode ser apreciado na sede da T&T Multieléctrica em Campia, Oliveira de Frades, onde contribui para satisfazer a esmagadora maioria das necessidades energéticas de climatização e de AQS da empresa. Este protótipo, cujas funções podem ser controladas automaticamente ou através de uma aplicação de um telemóvel, ocupa uma área de 200 m2 e substitui na íntegra e com vantagem a parede exterior do edifício. Esta solução oferece vantagens significativas comparativamente a tecnologias convencionais uma vez que a

sua natureza híbrida permite aquecer em simultâneo ar e água e promover a ventilação do edifício assegurando as renovações de ar requeridas a um edifício sem desperdiçar calor (Figura 2). A fachada energética captura energia solar através de um coletor solar composto por um absorvedor dotado de capilares onde a água é aquecida. Na parte posterior do coletor a passagem de ar assegura a dissipação do calor em excesso capturado pelo absorvedor o qual pode ser encaminhado para o interior do edifício assegurando o aquecimento de espaços ou para o exterior, assegurando através do “efeito de chaminé”, a ventilação do edifício. A fachada energética funcio-

na em conjunto com um sistema de recolha, armazenagem e distribuição de água quente e de distribuição de ar quente completamente automático que assegura que, em qualquer instante, as necessidades de conforto dos ocupantes do edifício são satisfeitas. Desenvolvimentos futuros incluem um modelo de comportamento da fachada que possibilitará, antecipadamente, o correto dimensionamento da fachada de acordo com as soluções arquitetónicas escolhidas pelo utilizador, a localização geográfica do edifício e com a taxa de ocupação do mesmo, um sistema de autoconfiguração da fachada que permitirá privilegiar a produção de ar quente, de

Figura 2

Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt

água quente ou de ventilação/refrigeração em função dos padrões históricos de utilização de energia pelos ocupantes e da previsão meteorológica para as próximas horas. Desenvolvimentos adicionais incluem a utilização de materiais com menor impacto ambiental no fabrico dos coletores solares e o desenvolvimento de soluções que contribuam para acelerar o processo de montagem da fachada e reduzir os custos da mesma. O contributo da Universidade de Aveiro incidiu sobre o estudo de um pré-protótipo (Figura 3) o qual foi intensivamente testado em várias condições atmosféricas, a otimização do coletor existente do ponto de vista térmico e o desenvolvimento de soluções de monitorização e controlo da fachada e contou com o contributo de vários docentes do DEM e de uma equipa de bolseiros alocada a 100% ao desenvolvimento do projeto. O projeto contou com o financiamento do programa FEDER, POFC – Programa Operacional Fatores de Competitividade, Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento (SIIDT) tendo o produto desenvolvido sido alvo de um pedido de patente. Fernando Neto Departamento de Engenharia Mecânica Universidade de Aveiro

Foto da semana

A não perder!

No passado sábado, dia 9 de junho, decorreu a visita “A biodiversidade da marinha da UA”, inserida no âmbito da Semana do Ambiente. Nesta visita guiada à Marinha Santiago da Fonte foram abordados temas como a fauna e flora da marinha, o ecossistema “Ria de Aveiro”, o “Salgado de Aveiro” e a sua evolução temporal.

Para estas Férias de verão com ciência, a Fábrica propõe duas semanas repletas de atividades com dois temas diferentes. Nestas férias os participantes poderão descobrir a ciência por trás do mundo fantástico dos vikings bem como explorar toda a beleza do planeta Terra. Destinadas a crianças dos 6 aos 12 anos, estas atividades decorrem de 25 de junho a 6 de julho, das 9h00 às 17h45. A inscrição diária tem o valor de 20€ por criança e pode ser feita para: 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt. mais informações em www.fabrica.cienciaviva.ua.pt

Experimentandum Relógio de Sol

O que preciso? - 3 Pedaços de cartão grosso de 15*20 cm - Vareta com 10 cm de comprimento - Transferidor - Régua - Tesoura - Cola - Marcador - Bússola - Relógio Como fazer? 1 - Antes de começar a construção do relógio de sol convém conhecer, usando um atlas geográfico, qual a latitude do local onde este funcionará. 2 - Cortar dois triângulos retângulos, onde a medida de um dos ângulos seja igual a 90º menos a latitude do lugar. 3 - Num cartão retangular, desenhar uma linha paralela ao lado maior, a cerca de 2,5 cm. 4 - Marcar o meio dessa linha. 5 - Com a ajuda do transferidor, dividir

Ciência na Agenda

o espaço acima da linha em 12 ângulos de 15 graus cada um. 6 - No meio da linha (desenhada no ponto 4) colocar a vareta, em posição vertical. 7 - Colocar os dois cartões retangulares aos dois triângulos, tal como mostra a figura. 8 - Colocar o relógio de sol na horizontal, orientando-o de modo a que o lado em que os dois cartões se tocam aponte para Este e Oeste. 9 - Verificar todas as horas num relógio e marcar, no cartão, os locais das sombras. O que acontece? À medida que o Sol efetua o seu movimento aparente a sombra da vareta move-se 15 graus por hora (15º = 360º/24). A partir da posição da sombra, quando o Sol passa no meridiano do lugar (meio-dia), podemos marcar ângulos múltiplos de 15 graus e, assim, obter a marcação das horas do dia.■

06 jul

19h30

BABYSITTING DE CIÊNCIA

18 22

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> 13h00

> 17h30

> 18h00

Estágio de verão Dóing - Programação Scratch, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Estágio de verão Dóing - Modelação e impressão 3D, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Sábados Dóing – Construção com paus de gelado, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

25 29 jun jun

02 06 jul jul

06

19h30

Babysitting de Ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

10h00

Exposição de fotografia “Revelações - vida na areia vida na rocha”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

jul

até

30 set

> 00h00

> 17h30

09h00 > 17h45

Férias de verão com Ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2018


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