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Foto da semana

A não perder!

Na primeira sexta-feira de dezembro, a Fábrica promoveu mais uma sessão de Babysitting de Ciência. Os pequenos cientistas saborearam a química de uma sopa nutritiva e de uns biscoitos de gengibre deliciosos, e também construíram alfinetes com canetas de impressão 3D no Dóing Makerspace. Este programa de Babysitting de Ciência acontece sempre na primeira sexta-feira de cada mês e as inscrições estão abertas. Mais informações: 234 427 053 ou www.fabrica.cienciaviva.ua.pt.

No próximo domingo, pelas 11h00, a Fábrica propõe um programa diferente para os mais novos: a nova história com ciência “A bicicleta de Natal”. Esta sessão de Domingo de manhã na barriga do caracol destina-se a crianças dos 3 aos 10 anos e tem o valor de 5€ por criança (com entrada gratuita para um adulto acompanhante). Esta história repete-se nos dias 6 e 13 de janeiro. As inscrições estão abertas através dos contactos: 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt.

Reabilitação respiratória: desconhecida por muitos, mas muito eficaz. A reabilitação respiratória é a intervenção mais poderosa para melhorar os sintomas, capacidade para o exercício e qualidade de vida das pessoas com doença respiratória, mas muito poucos ainda a conhecem!

mais informações em www.fabrica.cienciaviva.ua.pt

Imagem 1 - Sessão de exercício físico com os doentes respiratórios do programa de reabilitação respiratória no Lab3R da ESSUA.

As doenças respiratórias são um problema de saúde pública e representam uma enorme sobrecarga para os doentes e famílias, mas também para a economia, sistemas de saúde e social. Prevê-se que o número de pessoas afetadas continue a aumentar em todo o mundo devido à exposição contínua a fatores de risco (e.g., tabaco, exposição a poluentes ou gases) e ao envelhecimento da população. No entanto, as mesmas são possíveis de prevenir e tratar. A reabilitação respiratória é a intervenção não-farmacológica mais eficaz para as doenças respiratórias crónicas, pois melhora os sintomas, a capacidade para realizar exercício e a qualidade de vida. Contudo, segundo o Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, em Portugal menos de 0,5% das pessoas elegíveis para realizar esta intervenção, têm acesso à mesma. A Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (ESSUA) disponibiliza à comunidade reabilitação respiratória no Laboratório de Investigação e Reabilitação Respiratória (Lab3R), mas poucos doentes, famílias, comunidade e até profissionais de saúde sabem da sua existência.

No Lab3R, os doentes e familiares podem integrar programas de reabilitação respiratória com a duração de 3 meses. Esta jornada inicia-se com uma avaliação compreensiva para se personalizar a reabilitação respiratória. Depois, os doentes realizam sessões de exercício físico (Imagem 1) duas vezes por semana, durante 60 minutos cada sessão. Quinzenalmente, durante 60 minutos, doentes e familiares/amigos, reúnem-se para as sessões psicoeducativas (Imagem 2), onde, com uma equipa multidisciplinar de profissionais, discutem temas para melhor se adaptarem aos ajustes impostos pela doença. O Lab3R, como o conhecemos hoje, nasceu em 2013, e já realizou reabilitação respiratória a mais de 200 doentes. A equipa tem colaborações com o serviço de pneumologia do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, com o Agrupamento dos Centros de Saúde do Baixo Vouga, com a Câmara Municipal de Aveiro, e também com as associações profissionais e de doentes, parceiros fundamentais do Lab3R. Os resultados são extraordinários tanto para os doentes, como para toda a família. Mais de 80% dos doentes melhora significativamente a

Imagem 2 - Sessão psicoeducativa com os doentes respiratórios e seus familiares/ amigos do programa de reabilitação respiratória no Lab3R da ESSUA.

sua capacidade de realizar exercício e 60% melhora os seus sintomas e qualidade de vida. A família também desenvolve estratégias práticas, emocionais, sociais e até financeiras, o que capacita o núcleo familiar a viver melhor com a doença. Melhora-se, criam-se amizades e elos com uma nova família, a família do Lab3R, mas também se participa na investigação. Pois o Lab3R, para além de pretender capacitar os doentes respiratórios e suas famílias e servir a comunidade, contribui também para o avanço da ciência. Neste curto espaço de vida, o Lab3R contribuiu para o desenvolvimento de vários instrumentos para avaliar os doentes e suas famílias, e para o estabelecimento da efetividade de intervenções inovadores para otimizar os resultados da reabilitação respiratória. A título de exemplo, já demonstrámos que envolver a família nos programas de reabilitação respiratória, beneficia toda a família melhorando as suas estratégias de coping e ajuste psicossocial à doença, enquanto se mantêm os benefícios nos doentes (Marques et al. Chest. 2015 Mar; 147(3): 662-672). Atualmente estamos centrados em i) identificar os doentes

Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt

prioritários para a reabilitação respiratória e os efeitos desta intervenção, ii) desenvolver e avaliar a efetividade de intervenções inovadoras para obter e/ou manter bons resultados e iii) mapear a genética, o ambiente, a microbiota, a clínica e os mediadores inflamatórios na trajetória das doenças respiratórias. Mas nenhuma investigação teria sido possível, ou estaria a decorrer, se não tivéssemos doentes, famílias, profissionais de saúde, estudantes e investigadores que acreditam no Lab3R. A todos o nosso obrigada! Se tem uma doença respiratória crónica, venha conhecer-nos e dê-nos a conhecer! Contacte-nos através do tel. 234 378 132, e-mail ESSUA-lab3r@ua.pt ou facebook: https://www.facebook.com/Lab3R; ou venha visitar-nos na Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro. Alda Marques Lab3R da Escola Superior de Saúde e iBiMED Universidade de Aveiro

Experimentandum | Assobio de papel O que preciso?

. Pedaço de papel retangular Como fazer?

1. Pegar numa tira de papel retangular. 2. Dobrar ao meio, no sentido do comprimento. 3. Dobrar os dois lados do papel para fora e na direção da dobra anterior.

meios materiais (sólidos, líquidos e gasosos). Quando sopramos, sentimos nos lábios a vibração do papel e ouvimos um som estridente. A energia é transferida do fluxo de ar que produzimos para as partes móveis do papel, fazendo-as vibrar. Esta vibração, por sua vez, é comunicada ao ar próximo das estruturas vibrantes. A onda mecânica propaga-se no ar até aos nossos ouvidos onde irá fazer vibrar o tímpano, o martelo, o estribo e a bigorna, os três ossos mais pequenos do nosso corpo. Estas perturbações são depois convertidas em impulsos elétricos que chegam ao cérebro.■

Ciência na Agenda

04 jan

CAFÉ DE CIÊNCIA “A ESTRELA DE BELÉM”

17 21 dez

23 dez

Figura 1 - Esquema representativo da estrutura do assobio de papel.

O que acontece?

O som é a propagação de uma compressão mecânica (onda sonora) em

> 17h45

06 e 13 jan

jan

Férias de Natal com Ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

11h00 > 12h00

Domingo de manhã na barriga do caracol, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

21h30

31 jan

17h00

Encontro “Escola Amiga da Criança”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

31 jan

10h00

Exposição de fotografia “Revelações - vida na areia vida na rocha”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

01

19h30

Babysitting de ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

até

Figura 2 - Posição em que se deve colocar o assobio de papel e indicação do local onde se deve soprar.

dez

09h00

04 jan

4. Rasgar um pequeno orifício com os dedos, a meio do primeiro vinco. 5. Segurar o apito de papel entre dois dedos, com o orifício para o lado das costas da mão, e soprar pela ranhura.

21h30

fev

> 23h00

> 19h00

> 17h30

> 24h00

Café de Ciência “Há Estrelas na Fábrica” – “A Estrela de Belém”, com Rui Agostinho, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2018


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