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Foto da semana

A não perder!

Entre os dias 8 e 18 de abril, a Fábrica dinamizou as “Férias da Páscoa com Ciência - De Férias com o Coelho Nicolau”. Muitos foram os participantes que passaram pela Fábrica esta semana, para conhecer e ajudar o Nico Cenouras a explorar a ciência nos alimentos, tecnologia nos robôs, eletricidade nos circuitos, entre “mil” outras coisas, através de atividades dinâmicas, lúdicas e comprovadas científicamente. Mais informações poderão ser consultadas em: www.facebook.com/fabricacienciaviva

No âmbito do Dia do Livro, a Fábrica promove a 28 de Abril o Workshop Dòing: “Sai um livro-com-Ciência fresquinho”. Entre as 15h e as 18h a “Barriga do Caracol” e o “Dóing – Maker Space” dão a história, o conteúdo científico e várias “ferramentas” para os participantes editarem o seu próprio livro, numa combinação entre ciência & arte. Os cientistas sobem do Caracol à Oficina, de ciência na cabeça, ideias e texto nas mãos, para saírem da Fábrica com uma das histórias da Marta em livro! Requer inscrição obrigatória através de 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt. Mais informações, poderão ser consultados em: https://www.ua.pt/fabrica

Equipa multidisciplinar da UA combate infeções potencialmente fatais com luz

A bactéria Staphylococcus aureus está amplamente distribuída no ambiente, pode residir na pele e na superfície das mucosas dos seres humanos e animais. Nos seres humanos, as narinas são os principais nichos ecológicos de S. aureus. No entanto, outros locais, como a pele, a área perineal, a faringe, o trato gastrointestinal, a vagina e as axilas também podem ser colonizados por esta bactéria. A transmissão de S. aureus ocorre principalmente através das mãos, quando estas tocam superfícies contaminadas, ou, com menor frequência, diretamente através do ar. S. aureus é uma bactéria patogénica oportunista que pode sobreviver sob diferentes condições, sem requisitos nutricionais ou ambientais específicos. Este microrganismo é capaz de sobreviver vários meses em superfícies e é capaz de causar uma grande variedade de doenças em humanos e animais. Pode causar foliculite, furunculose, impetigo, celulite, sépsis, abscessos profundos, pneumonia necrosante, osteomielite, endocardite infeciosa, infeções do trato urinário e infeções do sistema nervoso central e também o síndrome do choque tóxico e até

intoxicações alimentares. Ao longo dos anos, as infeções por S. aureus aumentaram muito, sendo atualmente uma das principais causas de infeção bacteriana humana em todo o mundo. Estirpes de S. aureus resistentes ao antibiótico meticilina (MRSA) são hoje agentes importantes de infeção não apenas no ambiente hospitalar mas também na comunidade e mesmo numa grande diversidade de animais. O tratamento atual usado para combater esta bactéria é o uso de antibióticos. As infeções são geralmente tratadas com antibióticos derivados da penicilina, cefalosporinas, aminoglicosídeos, tetraciclinas e cloranfenicol. No entanto, as infeções por S. aureus nas últimas três décadas têm aumentado dramaticamente, devido ao aumento de estirpes resistentes aos antibióticos mais utilizados. Nos últimos anos esta bactéria tem desenvolvido resistência mesmo aos antibióticos mais potentes e de último recurso como a vancomicina. Estirpes de S. aureus resistente à meticilina (MRSA) e estirpes resistentes à vancomicina (VRSA), são hoje uma ameaça muito séria para a saúde. Embora seja bem sabido que o uso

Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt

vencionais e já provou ser eficaz contra bactérias, vírus, fungos e parasitas. As principais vantagens da PDT são a não-especificidade microbiana e a ausência de desenvolvimento de resistência, devido ao modo de ação e ao tipo de alvos bioquímicos atingidos (processo multialvo). Como os principais alvos da PDT são as estruturas externas, o PS não precisa de entrar no microrganismo, sendo a adesão específica e adequada do PS às estruturas externas suficiente para a sua destruição quando ativado pela luz. Desta forma, os microrganismos-alvo não têm oportunidade de desenvolver resistência. Todos os estudos efetuados para investigar o possível desenvolvimento de resistência microbiana à PDT provaram que os microrganismos não são capazes de desenvolver resistência a este método terapêutico. Mais ainda, estudos realizados sobre a inativação de microrganismos resistentes aos antimicrobianos convencionais demonstraram que estes são tão suscetíveis à PDT como as estirpes nativas não resistentes. Os resultados mostraram que a PDT é uma abordagem eficaz para controlar a infeção por S. aureus na pele, inativando a bactéria eficazmente após três ciclos sucessivos de tratamento (com luz e sem adição de PS entre ciclos) ou após um ciclo usando a ação combinada da PDT com o antibiótico ampicilina (o teor de bactérias foi reduzido até ao limite de deteção do método, redução de 1.000.000). Investigação do Departamento de Biologia e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) e do Departamento de Química e do Grupo de Química Orgânica, Produtos Naturais e Agroalimentares (QOPNA) da UA. Adelaide Almeida Amparo Faustino Graça Neves

Experimentandum | Xarope de Gengibre

O que preciso?

. gengibre . açúcar mascavado . água . chávena . colher de sopa . balança Como fazer?

1. Ferver 3 colheres (de sopa) de água. 2. Desligar o lume, juntar 25 g de gengibre cortado às fatias e deixar repousar 10 minutos. 3. Acrescentar 300g de açúcar mascavado. 4. Envolver tudo até obter uma mistura com consistência de xarope.

mais informações em www.fabrica.cienciaviva.ua.pt

Ciência na Agenda

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Imagem: Spencer Wing por Pixabay

A ação combinada de terapia fotodinâmica antimicrobiana (aPDT) com os antibióticos aumenta a eficiência de inactivação da Staphylococcus aureus.

de grandes quantidades de antibióticos na prática clínica é indesejável devido ao aparecimento de estirpes resistentes a antibióticos, caso de MRSA e VRSA, pouco esforço tem sido feito para usar tratamentos alternativos, como a terapia fotodinâmica (PDT, sigla do inglês Photodynamic Therapy) que permitam recuperar a ação antibiótica ou, alternativamente, usar antibióticos conjuntamente para melhorar o efeito da PDT. Antes do nosso estudo, já tinham sido feitos alguns trabalhos usando a combinação PDT e antibióticos, mas apenas in vitro, não tinha sido feita nenhuma tentativa para testar o efeito combinado de PDT e antibióticos em matrizes clinicamente relevante, como na pele (ex vivo). Assim, o objetivo do nosso estudo foi avaliar como a eficiência da PDT no tratamento de infeções cutâneas por S. aureus é afetada pela presença de antibióticos convencionais, como a ampicilina. A avaliação deste efeito combinado foi realizada em pele de suíno considerada um bom modelo de teste para a pele humana, devido às suas propriedades histológicas, fisiológicas e imunológicas semelhantes. Para este estudo, selecionou-se como fotossensibilizador uma porfirina catiónica, preparada no departamento de química da universidade de Aveiro, que é um composto que já demonstrou ser eficiente para fotoinativar uma ampla gama de microrganismos. A PDT resulta da ação conjunta de um agente não tóxico na ausência de luz, denominado fotossensibilizador (PS), luz visível e oxigénio. Após irradiação do PS com luz visível na presença de oxigénio são geradas espécies de oxigénio altamente reativas (ROS) que oxidam irreversivelmente alguns dos constituintes vitais dos microrganismos. A PDT constitui uma alternativa potencial aos antimicrobianos con-

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11h00

DOMINGO DE MANHÃ NA BARRIGA DO CARACOL

O que acontece?

Apesar do pouco que se pode fazer para exterminar o vírus da gripe, alguns remédios caseiros podem ajudar a atenuar os sintomas da doença e evitar que ela se agrave. O xarope de gengibre, por exemplo, graças às propriedades terapêuticas desta raiz apresenta uma ação anti-inflamatória, analgésica e expetorante. Este xarope devido à grande concentração de açúcar, que tem a função de conservar, deve por este motivo ser tomado com moderação.■

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11h00

Domingo de Manhã na Barriga do Caracol, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

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15h00

Workshop Dóing – “Sai um livro-com-ciência fresquinho”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

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10h00

Dia Internacional da Imunologia, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

03 mai

19h30

Babysitting de Ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

03 mai

21h30

Café de Ciência: “A Imunoterapia no tratamento de cancro”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

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até

mar ‘20

> 12h00

> 18h00

> 16h00

> 24h00

> 23h00

Exposição "Viagem ao mundo das aranhas", na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2019


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