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No âmbito do Ciclo de Cafés de Ciência: “Há Estrelas na Fábrica” decorreu no passado dia 19 de julho, na Fábrica, o encontro com a temática: “Da Terra à Lua – 50 anos”, com o astrónomo José Matos. Nesta sessão, a conversa foi em torno da celebração do 50º aniversário da “aterragem” da Apollo 11 na Lua, como foi realizada esta grande viagem e do seu enquadramento histórico. Este foi o último encontro de um total de 9, que decorreram nas terceiras sextas-feiras de cada mês. Mais informações: www.ua.pt/fabrica
Adoras construir e inventar coisas? Então este desafio é para ti, se tens entre 13 e 17 anos inscreve-te no estágio de verão: “Hologramas e imagens 3D”e junta-te à equipa do Doing - Makerspace da Fábrica para criar, experimentar, construir, testar e desenvolver o teu projeto. Vais ver como ciência e arte se relacionam de forma divertida e inspiradora! De 2 a 6 de setembro entre as 14h30 e as 17h30. A inscrição é obrigatória e tem o custo associado de 30€, por semana. Mais informações: fabrica.cienciaviva@ua.pt ou 234 427 053.
Ferramenta computacional permite o estudo de carvões ativados ao nível atómico
Biodiversus | Escorpião-chicote-sem-cauda O microscópio mais poderoso do mundo chama-se TEAM 0.5 e encontra-se instalado na Califórnia pela módica quantia de 27 milhões de dólares. Este microscópio é capaz de atingir resoluções de 0.00000001 centímetros, cerca de metade de um átomo de hidrogénio, e permite estudar as interações fundamentais ao nível dos átomos e das suas ligações. É, portanto, uma ferramenta extremamente útil no desenvolvimento de novos materiais com aplicações a nível energético, ambiental e/ou clínico. Porém, a sua complexidade e custos de aquisição e manutenção colocam uma barreira gigante à utilização deste tipo de tecnologia pela maior parte dos laboratórios. Nas últimas décadas, uma nova solução para o estudo de interações a nível atómico tem vindo a ganhar terreno: a utilização de simulações computacionais. Neste tipo de simulações, é possível imitar os mecanismos da natureza num computador, e não só ver as interações entre os átomos de forma estática (como uma fotografia), mas também estudar o seu desenvolvimento ao
longo do tempo (como um vídeo). Para além disso, é possível alterar as condições nas quais a experiência decorre de forma dinâmica e fácil (como a temperatura, humidade, pressão, etc.), diminuindo os custos laboratoriais e reduzindo o tempo de obtenção de resultados. Um dos campos onde a simulação molecular tem vindo a ganhar destaque é no âmbito da adsorção em sistemas aquosos. Ao contrário da absorção, onde o composto de interesse (muitas vezes chamado de analito) penetra a substância absorvente, na adsorção o analito fica retido na superfície. As interações que permitem este fenómeno são então mais complexas, de natureza eletrostática (onde os átomos atuam como pequenos ímanes que se atraem) e hidrofóbica (onde as substâncias se agregam por serem pouco solúveis em água). Um exemplo de um material adsorvente é o carvão ativado. Este material tem várias aplicações, desde a descontaminação de águas residuais até à utilização como desintoxicante em casos clínicos agudos. O carvão
ativado é, tradicionalmente, obtido a partir de carvão betuminoso e petróleo, o que contribui para a sobre-exploração destes combustíveis fósseis. Uma nova e interessante solução foi proposta por um grupo de cientistas da Universidade de Aveiro: a utilização de resíduos sólidos provenientes da indústria papeleira como ponto de partida para a criação deste material. Durante o processo de fabrico do carvão ativado existem variáveis que podem ser controladas, resultando em produtos com características diferentes, o que vai naturalmente interferir na eficiência do material resultante para a adsorção dos compostos de interesse. Foi neste âmbito que surgiu o CarbGen, uma ferramenta computacional desenvolvida na Universidade de Aveiro com o intuito de agilizar a criação de modelos computacionais de carvões ativados. Para além de facilitar todo o processo de desenho de modelos de materiais à base de carbono, o CarbGen é ainda capaz de introduzir funcionalizações (grupos de átomos de oxigénio ligados ao carvão) e estruturas porosas, mi-
Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt
metizando, portanto, as estruturas reais a um nível sem precedentes. Com estes modelos, é possível simular carvões com diferentes propriedades e avaliar os efeitos na adsorção de analitos de forma rápida e com menos custos. Uma simulação de computador de um novo tipo de carvão demora cerca de 6 a 10 horas, enquanto que toda a preparação, produção e análise experimental no laboratório pode levar mais de 2 semanas. A análise a nível atómico das interações entre duas moléculas fica então disponível a qualquer cientista sem a necessidade de super microscópios milionários, o que permite uma mais rápida prototipagem e identificação de compostos candidatos para estudos laboratoriais. A ferramenta está disponível de forma gratuita online (em carbgen.web.ua.pt).
José Manuel Pereira(a), Vânia Calisto(b), Sérgio Miguel Santos(a) (a) CICECO & (b)CESAM Departamento de Química da Universidade de Aveiro
mais informações em www.fabrica.cienciaviva.ua.pt
Ciência na Agenda
até
mar ‘20
EXPOSIÇÃO “VIAGEM AO MUNDO DAS ARANHAS”
Nome vulgar: Escorpião-chicote-sem-cauda Nome científico: Damon diadema
Escorpião-chicote-sem-cauda é um bizarro ser, embora pareça aranha pela sua forma, não o é. Este invertebrado é aracnídeo, mas pertence a uma outra ordem, Amblypygi. O corpo deste amblipígio é achatado dorso-ventralmente e possui pedipalpos dobrados e providos de espinhos, lembrando a forma de pinças. O primeiro par de apêndices locomotores é extremamente longo, com funções sensitivas. Poderá parecer perigoso, mas este aracnídeo não possui veneno.
A espécie, Damon diadema, pode ser também encontrada em Etiópia, Quénia, Somália e Tanzânia. Estes seres vivos têm hábitos noturnos, como a maioria dos aracnídeos. Durante o dia encobrem-se em troncos de árvores, na vegetação e nas fendas de rochas. Os amblipígios alimentam-se de insetos, outros aracnídeos e pequenos vertebrados. Nas cavernas estes aracnídeos desempenham um importante papel como predadores. Para descobrires mais sobre estes seres vivos e outros aracnídeos, visita a exposição: “Viagem ao mundo das aranhas” na Fábrica Centro Ciência Viva!
02 06 set
até
set ‘19
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mar ‘20
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set
14h30 > 17h30
Estágio de verão: “Hologramas e imagens 3D”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
Exposição "Posters com Ciência", na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Exposição "Viagem ao mundo das aranhas", na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
jul
Exposição "Rádio con:vida", na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
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Exposição "As Carolices do Avô Carlos", na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
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Exposição "Mãos na Massa", na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2019