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Foto da semana

A não perder!

No passado dia 22 de setembro, decorreu na Fábrica entre as 10h00 e as 13h00, o Workshop DÓING - "Eletrónica e Soldadura". Ao desafio lançado apresentaram-se makers de todas as idades, dos 10 aos 80 anos, no qual, foi possível montar circuitos elétricos, soldar e até construir dispositivos eletrónicos, através da construção de um protótipo como um pequeno farol luminoso.

Hoje será inaugurada a exposição “E se Mendeleev estivesse aqui?”, uma iniciativa de um grupo de professores e investigadores da Universidade de Aveiro, em parceria com a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Esta exposição surge no âmbito do Ano Internacional da Tabela Periódica e pretende chamar a atenção de públicos diversificados para o tema. A inauguração decorre pelas 18h30, no Museu da Cidade de Aveiro e tem entrada livre. “E se Mendeleev estivesse aqui?” ficará patente ao público até ao dia 20 outubro 2019.

Aprender com Mendeleev e aprender sobre Mendeleev

mais informações em www.fabrica.cienciaviva.ua.pt

Ciência na Agenda A Assembleia Geral das Nações Unidas, na sua 74ª Reunião Plenária, em 20 de dezembro de 2017, proclamou o ano de 2019 como o Ano Internacional da Tabela Periódica de Elementos Químicos (International Year of the Periodic Table of Chemical Elements – IYPT 2019). Com base nessa decisão, o IYPT 2019 foi aprovado pela Conferência Geral da UNESCO na sua 39ª conferência geral. A cerimónia de abertura do IYPT decorreu em 29 de janeiro, em Paris, e a cerimónia de encerramento está prevista para 5 de dezembro, em Tóquio. Várias organizações científicas associaram-se formalmente a este grande acontecimento (por exemplo, a International Union of Pure and Applied Chemistry, a European Chemical Society, o International Science Council, a International Union of History and Philosophy of Science and Technology). Um pouco por todo o mundo decorrem eventos comemorativos do IYPT 2019, dinamizados pelas mais variadas entidades desde organizações científicas a escolas, sejam de âmbito nacional, regional ou local.

Mas, afinal, o que se comemora? Em março de 1869 o químico russo Dmitri Yvanovich Mendeleev publicou um artigo sobre a correlação de propriedades dos elementos com o seu peso atómico, no Journal of the Russian Chemical Society. Nele apresentava a Lei Periódica, e ainda a sua primeira tabela que incluía os 61 elementos conhecidos então. Criticava alguns dos pesos atómicos em uso e previu a existência de alguns elementos que vieram a ser descobertos mais tarde e que ocupariam “lugares vagos”. Esta previsão científica veio a confirmar-se atribuindo, assim, a Mendeleev o reconhecimento da comunidade científica internacional. Ora, para muitos cidadãos, o tema Tabela Periódica pouco ou nada dirá. Para outros, também muitos, trata-se de um assunto académico cuja correspondência com o mundo real é pouco percetível. No entanto, se falarmos de materiais e sua diversidade, sejam de origem natural, artificial ou sintética, todos reconhecerão a sua enorme importância para a sociedade. Mas, de que são feitos tantos materiais diferentes, sejam aqueles que já existem, sejam todos os que

vierem a ser concebidos? Esta é a questão a que se procura dar resposta. Os elementos químicos naturais, isto é, existentes na natureza e que dela podem ser isolados, e os sintéticos (produzidos por via nuclear) são a base de todos os materiais. Como diria o bem conhecido físico Richard Feynman, a descoberta mais notável em toda a astronomia é que as estrelas são feitas de átomos do mesmo tipo que os da Terra. A Tabela Periódica de elementos químicos mostra a organização/ classificação de todos os elementos químicos. A composição dos materiais, isto é, as suas peças constituintes, é um tema que tem ocupado a comunidade científica há vários séculos. Já na Antiguidade se questionava sobre quais seriam os elementos base de tantos materiais diferentes. Os trabalhos de Mendeleev constituem um marco indelével na História da Ciência. Em 2019, celebra-se, a nível internacional, os 150 anos da publicação da primeira tabela de Mendeleev. É responsabilidade dos cientistas comunicar e valorizar junto do público, em geral, acontecimentos

Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt

marcantes deste feito, os seus antecedentes e os avanços posteriores alcançados. A Tabela Periódica de Elementos Químicos é muito mais do que um guia ou um catálogo dos elementos conhecidos (atualmente 118), é uma janela por onde se pode olhar o Universo e expandir o nosso conhecimento sobre o mundo. O IYPT 2019 é uma oportunidade para se refletir sobre muitos aspetos da História da Ciência, conhecer alguns marcos importantes para o conhecimento atual e também sobre tendências e perspetivas mundiais sobre a ciência para o desenvolvimento sustentável. A exposição “E se Mendeleev estivesse aqui?” é uma iniciativa de um grupo de professores e investigadores da Universidade de Aveiro, em parceria com a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, que pretende chamar a atenção de públicos diversificados para o tema. A Ciência é de todos e para todos! Isabel Malaquias, Departamento de Física da UA | CIDTFF João Oliveira, Departamento de Química da UA | CESAM Isabel P. Martins, Departamento de Educação e Psicologia da UA | CIDTFF

13 out

10h00

WORKSHOP DÓING

Tabela Periódica no corpo humano Cobre O cobre encontra-se presente no corpo humano e é muito importante na absorção do ferro, na produção de energia, é ainda um ótimo antioxidante e regulador do colesterol. O organismo humano, nomeadamente um homem de 70 Kg, contém cerca de 80 mg de cobre. As entidades competentes recomendam como mínimo para a absorção diária de cobre cerca de 2 mg (um regime equilibrado contém 2 a 5mg/dia). Os órgãos mais ricos em cobre são o fígado, onde o excesso é armazenado, e o cérebro. Os músculos e o esqueleto

contêm cerca de 1/3 deste mineral existente no corpo humano. O transporte de cobre é assegurado por uma proteína, a ceruloplasmina, que quando está saturada diminui a absorção deste elemento pelos intestinos. A deficiência de cobre no organismo é rara. Os sintomas de taxas insuficientes deste mineral podem ser: anemia que não se cura com a ingestão de ferro, baixa pigmentação, deficiência no crescimento e no sistema imunológico. Os alimentos ricos em cobre são as carnes, frutos do mar, sementes e oleaginosas.■

10 12

A Fábrica vai… ao Techdays, no Parque de Exposições de Aveiro.

11 13

A Fábrica vai… ao Aquaporto, no Pavilhão da Água, no Porto.

out

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13 out

até

20 out até

mar ‘20

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jul ‘20

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10h00 > 13h00

Workshop Dóing, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

Exposição "E se Mendeleev estivesse aqui?", no Museu da Cidade de Aveiro. Exposição "Viagem ao mundo das aranhas", na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Exposição "Rádio con:vida", na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2019


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