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Foto da semana

A não perder!

No passado dia 1 de dezembro, pelas 11h00, decorreu na Fábrica mais uma sessão do ciclo: “Pai vou ao Espaço e já volto!”, com o tema “Da Terra à Lua 50 anos”. Com lotação esgotada, e muito entusiasmo, os participantes, dos 7 aos 12 anos, tiveram a possibilidade conversar com o especialista de serviço, o astrónomo José Matos, vestir um fato de astronauta e fazer o registo fotográfico. De caracter mensal e com o custo de 5€, as inscrições podem ser feitas através dos contactos: 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt

No próximo dia 15 de dezembro, e no âmbito das atividades do espaço Dóing – Oficina Aumentada, decorrerá na Fábrica, das 10h00 às 13h00, o Workshop “Star Wars: A Ciência contra-ataca”. Nesta sessão, os participantes, a partir dos 8 anos, entrarão no espírito desta aclamada saga, onde a ciência, a tecnologia e a inovação estarão aliadas a um cenário Star Wars. Com o valor 10 €, as inscrições podem ser feitas através dos contactos: fabrica.cienciaviva@ua.pt ou 234 427 053

creditos Sergio Rodrigues

SERÁ QUE PODEMOS PASSAR SEM QUÍMICA E SEM QUÍMICOS?

O meu amigo pergunta se não poderíamos passar sem química e sem químicos... Será possível? Sustenhamos por um momento a respiração para não inalarmos e expirarmos produtos químicos nitrogénio em grande parte, oxigénio o suficiente, água e dióxido de carbono os necessários - nenhum deles bom ou mau em si mesmo - e o nosso corpo irá continuar a construir e destruir moléculas em quantidades astronómicas a velocidade alucinante. Olhemos à nossa volta. É impossível não ver materiais, produtos e processos comuns, ignorados, extraordinários, ou ainda misteriosos, que não tenham a ver com química. Olhemos para o céu e para o espaço, para o mar e as suas profundezas, para as árvores, plantas, animais e rochas. Olhemos para os objetos que nos rodeiam ou que temos nos bolsos. Olhemos para os próprios bolsos, para as roupas, os móveis, as casas, as ruas. O próprio olhar tem química, assim como a mente que o interpreta. Tudo tem química: o mundo que nos acolhe,

as mãos que o modificam, os braços que o sustentam, e até a morte, de onde a vida se renova, tem química. É uma evidência que a química tem um papel fundamental e central no nosso mundo. Mas estar em todo o lado, é estar no que é bom e no que é mau, no que é comum e no que é extraordinário, no que é enfadonho e no que é maravilhoso. Por isso, a química tem-se tornado, tal como se diz da saúde, numa coisa em que a generalidade das pessoas só presta realmente atenção quando alguma coisa parece correr mal. E, numa sociedade que associa, de forma generalizada, riscos exagerados à química, há muitos mitos, preconceitos e mal-entendidos que rodeiam esta ciência e os seus resultados. Considere-se o amianto, o titânio e o dióxido de titânio. O amianto é uma fibra mineral natural de que ninguém quer ouvir falar nem ter em casa, enquanto que o titânio e o dióxido de titânio, que são obtidos de forma artificial, são muito seguros em próteses e tintas, respetivamente, tendo

também aplicações em remediação ambiental. As coisas mais perigosas do mundo são naturais, começando com a toxina da botulina até à coniína da cicuta que aparentemente levou à morte de dois caminheiros em Santarém. De facto, as notícias, fizeram menção à possibilidade de ser um envenenamento com pesticidas ou plantas. Mas pesticidas dificilmente seriam, uma vez que os pesticidas com toxicidade aguda estão banidos. A ficção da página inicial de “O Ministério da Felicidade Suprema” de Arundhati Roy, publicado em 2017, baseia-se no declínio dos abutres na região da Índia atribuído ao uso de diclofenac veterinário. Isso levou ao banimento do uso deste fármaco para animais a partir de 2005. Noutras partes do mundo, outras causas de morte são o chumbo da caça, também banido e substituído por aço, as perseguições deliberadas e a falta de alimento por falta de carcaças disponíveis. Quando Roy escreveu o texto, as soluções estavam já em evolução há mais de dez anos. O co-

Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt

nhecimento das causas levou às restrições de uso de produtos e atividades, mais ciência levou à implementação de restaurantes para abutres e desenvolvimento de produtos mais seguros. A química é fundamental para resolver os problemas de um mundo com cada vez mais pressão humana e ambiental. Além da procura do conhecimento e do bem-estar e segurança da humanidade, a sustentabilidade, a regeneração ambiental, o controlo do aquecimento global e a eficiência, tanto energética como de recursos, são problemas que preocupam a química. Através do desenvolvimento de novos materiais e processos, usando ferramentas da química verde e sustentável, a química acrescenta aos conhecidos Reduzir, Reutilizar e Reciclar, a Reformulação e Reinvenção dos processos e os Recursos alternativos. Infelizmente, algumas das soluções que vão sendo encontradas acabam por redundar em novos problemas, mas estes são quase sempre bastante menos graves do que os problemas iniciais. E para esses novos problemas vão sendo encontradas soluções renovadas, muitas vezes inesperadas, seguindo o caminho da maior eficiência e sustentabilidade e de um mundo melhor. Nunca é demais chamar a atenção para o facto de que o conhecimento que temos do mundo que nos rodeia, assim como a qualidade de vida e a segurança que temos hoje em dia, não terem precedentes na história da humanidade. E a química tem sido uma das ciências que mais tem contribuído para isso e assim continuará no futuro se for mantido o sonho da química na sociedade, e, em particular, nos jovens. Sérgio P. J. Rodrigues (Centro de Química e Departamento de Química, Universidade de Coimbra) Ciência na Imprensa Regional / Ciência Viva

Experimentandum | Barco flutuante

mais informações em www.fabrica.ua.pt

Ciência na Agenda

15 dez

O que preciso?

. 4 Rolhas de cortiça . 2 Elásticos de 3 cm . 1 Palito

5. Pôr os elásticos de lado, unindo as 3 rolhas já anteriormente coladas. 6. Testar se o barco flutua em água.

. Lápis de carvão . Tesoura . 1 Tubo de cola-quente . Pistola de cola-quente Como fazer?

1. Alinhar 3 rolhas e colá-las, com ajuda de um adulto. 2. Desenhar num pedaço de EVA, a forma da vela do barco (por exemplo, um triângulo) e recortar. 3. Fazer um pequeno furo com o auxílio do palito, na base e no topo da vela recortada. 4. Colocar o palito na vela e espetá-lo na rolha do meio.

DOMINGO DE MANHÃ NA BARRIGA DO CARACOL

15

10h00

Workshop Dóing, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

15

11h00

Domingo de manhã na barriga do caracol, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

dez

. Pedaço de EVA, de cor à escolha (6x6 cm) O que acontece?

O barco flutua porque o seu peso é inferior ao peso da água que desloca (impulsão) quando lá é colocado. O princípio de Arquimedes determina que “um objeto total ou parcialmente imerso num líquido sofre a ação de uma força vertical, de baixo para cima, de intensidade igual ao peso do fluido deslocado por esse objeto”. A capacidade de flutuação depende da relação entre o peso do objeto e a impulsão. Se o peso do objeto for superior à impulsão o objeto afunda. Se o peso do objeto for inferior à impulsão, este flutua.■

11h00

dez

> 13h00

> 12h00

18 20 dez dez até

31

09h00 > 17h45

Férias de Natal com Ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

Exposição de fotografia "A forma da louça", na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

dez

05

11h00

Pai, vou ao espaço e já volto! – “Exploração do espaço”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

11 jan

10h30

Os bastidores da exposição “Vem alimentar as aranhas!”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

jan

> 12h00

> 12h30

Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2019


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