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AVISO - COVID-19
No passado domingo 8 de março, meninas e meninos bem sorridentes saíram da Fábrica com uma história divertida para contar: No rasto de um "amigo precioso!", com muitas informações científicas sobre o caracol mais vulgar em Portugal e um exemplar vivíssimo para devolverem à natureza! Foi assim, em mais uma sessão do "Domingo de manhã na barriga do caracol”! com a contadora de histórias: Marta Condesso.
Seguindo as indicações do Plano de Prevenção e Atuação da Universidade de Aveiro, e de acordo com as medidas da Direção Geral de Saúde, por forma a minimizar o impacto do COVID-19, informamos a suspensão da realização de todos os eventos e iniciativas da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, incluindo o encerramento ao público, no período de 10 a 27 de março. Gratos pela compreensão.
Imagem: Elena Zhukova photos
Experimentandum | Quão rápido é?
ABC dos Cientistas
Marian Diamond (1926-2017)
Marian Cleeves Diamond nasceu em Glendale, Califórnia (EUA), a 11 de novembro de 1926. Filha de um médico e de uma professora, foi a mais nova de 6 irmãos. Cientista e professora, é considerada uma das fundadoras da Neurociência Moderna. A sua paixão e interesse pelo conhecimento do cérebro surgiu logo em criança, quando acompanhava o pai nas visitas aos pacientes, no hospital em que trabalhava. Em 1948, formou-se em biologia com 21 anos, na Universidade de Berkeley. No seu percurso profissional, e de investigação, passou por Universidades como Oslo, Harvard, Cornell,
retornando a Berkeley, em 1960, como professora no Departamento de Anatomia. Em 1950, Marian casou-se com Richard Martin Diamond, tendo adotado o seu apelido, e tiveram quatro filhos. Divorciaram-se em 1979. Mais tarde, em 1982, casou-se com Arnold Scheibel. A sua investigação, baseada em experiências com ratos, demonstrou, por exemplo, que o cérebro pode melhorar se estimulado, enquanto ambientes empobrecidos podem diminuir a capacidade de aprender, ou seja, mostrou anatomicamente, pela primeira vez, o que agora se designa
por “neoplasticidade”. Ao fazê-lo, esta cientista quebrou o velho paradigma que estabelecia que o cérebro funcionava como uma entidade estática e imutável, simplesmente degenerando com o passar do tempo. Marian vem defender que o cérebro pode continuar a desenvolver-se em qualquer idade; que cérebros masculinos e femininos são estruturados de forma diferente e que a estimulação cerebral pode melhorar o sistema imunológico. Ficou famosa em 1984, quando examinou fatias preservadas do cérebro de Albert Einstein e descobriu que ele tinha mais quantidade de células
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O que preciso?
da glia por neurónio, do que os cérebros de controle observados no estudo, isto é, os considerados “comuns”. Marian Diamond ensinou, investigou e realizou as suas investigações até 2014, quando se aposentou aos 87 anos. Faleceu em Oakland a 25 de julho 2017, com 90 anos. No campus da sua universidade, era conhecida por trazer sempre consigo uma caixa de chapéu florida com um cérebro humano preservado, para as suas aulas de anatomia. Este hábito tornou-se parte da sua identidade, a sua “imagem de marca” para sempre.
. Régua de 50 cm
Mais vale saber…
Como fazer?
O nosso relógio interno O nosso corpo e cérebro programam o nosso despertar 2 a 3 horas antes de efetivamente abrirmos os olhos, sendo este processo comandado por uma hormona - o cortisol. A temperatura do nosso corpo diminui durante a noite e sabe-se que o ritmo da temperatura corporal segue esta hormona, sendo provavelmente um elemento fundamental do nosso relógio interno. O cortisol “liga” o corpo àquela hora certa, independentemente do tipo de sono que na altura estejamos a ter, a não ser que alteremos o nosso ritmo durante um período mais longo. Nesta situação, o nosso corpo e o cortisol habituam-se ao novo horário. No entanto, isto não se
consegue de um momento para outro, o nosso corpo pode demorar uma semana a mudar do dia para a noite. É por esta razão que o nosso ritmo fica baralhado quando trabalhamos por turnos ou quando vamos passar férias num país que funciona com um fuso horário diferente. Quem trabalha por turnos sofre frequentemente de perturbações do sono, não sendo saudável ter de andar sempre a mudar do dia para a noite e da noite para o dia.■
1. Segure a régua, com a ponta dos dedos, na marca dos 50 cm e pendure na vertical. 2. Desafie outra pessoa a colocar a mão na marca dos 0 cm, sem a tocar. 3. Largue a régua, e a outra pessoa terá de a agarrar, com a ponta dos dedos, o mais rápido possível. 4. Registe o nível onde a régua foi agarrada. 5. Converta a distância percorrida (centímetros) em tempo de reação (segundos). O que acontece?
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A informação visual é transmitida ao cérebro que, depois de processar e interpretar o estímulo, envia um co-
mando motor aos músculos dos braços, e mãos, para agarrarem a régua. O tempo de reação é, portanto, a quantidade de tempo que decorre entre a perceção física de um estímulo e o momento exato em que se atua. O tempo de reação pode variar consoante alguns fatores. Experimente, por exemplo, fazer a mesma experiência com pessoas de diferentes idades.■ Distância percorrida
Tempo de reação
5 cm
0.10s
10 cm
0.14s
15 cm
0.18s
20 cm
0.20s
25 cm
0.23s
30 cm
0.25s
35 cm
0.27s
40 cm
0.29s
45 cm
0.31s
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2020