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Mais vale saber… Teste ao novo coronavírus (SARS-CoV-2)

Experimentandum Mousse de chocolate

O que preciso?

Imagem: Wikimedia Commons

. 200 g de chocolate preto . 4 colheres de sopa de água . 5 ovos . 5 colheres de sopa de açúcar

Biodiversus Nome vulgar: Coelho-comum ou coelho-bravo Nome científico: Oryctolagus cuniculus

O coelho é um mamífero de pelo cinza-acastanhado em todo o corpo, exceto na barriga onde é branco-acinzentado. Os adultos podem ter uma massa de 1 a 2 Kg. Estes lagomorfos alimentam-se de vegetação herbácea, como por exemplo relva. As fêmeas podem reproduzir-se a partir dos 3 meses de idade. Na sua idade adulta podem chegar a ter 18 a 30 crias, por ano! Esta espécie, originária da Península Ibérica, tem sido introduzida ao logo do tempo em todos os continentes, exceto na Antártida e Ásia. Em Portugal, encontra-se em todo o território continental. Nos últimos 10 anos, estima-se que a população de coelhos-bravos em Portugal tenha reduzido 30%, o que o torna uma espécie quase ameaçada. A redução de população atribui-se a diversos fatores: mortalidade natural devido às doenças mixomatose e DHV (Doença Hemorrágica Viral dos Coelhos); perda de qualidade e redução do habitat; e elevada pressão de predação por parte da caça. Desta forma, Portugal tem vindo a tomar medidas para a conservação desta espécie.

Como fazer?

ABC dos Cientistas

Adolf Mayer (1843-1942)

Químico alemão, nasceu em 1843 e faleceu em 1942, aos 99 anos de idade. Foi o primeiro diretor da Estação Experimental Agrícola e professor de botânica na Escola Agrícola de Wageningen, uma pequena cidade da Holanda, perto da fronteira com a Alemanha. A partir de 1879, e durante dez anos, a investigação laboratorial de Mayer foi dedicada a uma doença das plantas do tabaco que atormentava os agricultores da região, pois prejudicava em muito a produção desta planta. Como um dos sintomas da doença era o aparecimento de manchas heterogeneamente pigmentadas nas folhas doentes, ele chamou-a de “doença do mosaico do tabaco”. Numa tentativa de satisfazer os postulados de Koch, amplamente aceites como requisitos necessários

para provar uma etiologia microbiana de uma doença, Mayer realizou as experiências microbiológicas necessárias. Embora incapaz de identificar micróbios em plantas doentes, ele provou que a doença era transmissível ao replicar o distúrbio mediante a inoculação de plantas saudáveis com seiva das folhas das plantas doentes. No entanto, diferentemente das bactérias, que eram grandes demais para passar pelos filtros de laboratório, o agente da doença do tabaco permaneceu infecioso após a filtração. Adolf reconheceu a novidade das suas observações, mas incapaz de reconciliá-las com o conhecimento científico existente, e incapaz de identificar o organismo causador da doença, sugeriu que o agente fosse “solúvel, possivelmente semelhante a uma enzima” ou uma bactéria

muito incomum. Mayer partilhou as suas descobertas com um colega mais jovem da Escola Agrícola, Martinus Beijerinck, que, depois de rever os seus dados experimentais e realizar novas experiências, também foi incapaz de demonstrar a presença de micróbios, atribuindo isso à sua própria falta de conhecimento bacteriológico. Em 1898, Beijerinck propôs a teoria do “fluido vivo contagioso” e sugeriu que esse agente só se poderia reproduzir dentro das células vivas, que corresponde ao que hoje sabemos sobre os vírus. Na época, essa ideia era nova e inovadora. Portanto, Mayer e Beijerinck contribuíram para o desenvolvimento de uma mudança de paradigma e de um novo conceito: um agente filtrável pequeno demais para ser observado por microscopia, mas capaz de

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causar doenças multiplicando-se nas células vivas. Em 1898, Friedrich Loeffler e Paul Frosch descreveram o primeiro agente filtrável de animais (o vírus da febre aftosa), enquanto Walter Reed e a sua equipa em Cuba reconheceram o primeiro vírus filtrável humano (o vírus da febre amarela). A história da descoberta dos vírus ilustra vividamente a importância das mudanças de paradigma no pensamento científico. Observações cuidadosas, reproduzíveis, clínicas ou experimentais que não possam ser explicadas por paradigmas existentes, não devem ser desconsideradas.

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O método de referência da Direção Geral da Saúde baseia-se numa tecnologia chamada reação em cadeia da polimerase (PCR). Este teste é muito sensível e consegue detetar se o vírus está presente mesmo em pessoas sem sintomas de doença. Neste teste é recolhido com uma zaragatoa (espécie de cotonete) muco da parte posterior da garganta e/ou do nariz, os locais onde existe uma grande concentração de vírus. Através de reagentes químicos, o material genético (cadeia de RNA) do SARS-CoV-2 é recolhido e depois amplificado. Na presença de partículas virais, a reação de PCR produzirá um sinal positivo (fluorescência), caso contrário, não haverá sinal. Este método também permite estimar a concentração de vírus, pois o sinal da reação PCR é diretamente proporcional à concentração de cadeias de RNA. Este teste não permite detetar pessoas que tiveram o vírus no passado e que, entretanto, recuperaram. Para isso, é possível realizar um outro teste que deteta a presença dos anticorpos específicos que se mantêm em circulação durante meses após a infeção.■ comunidades

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1. Derrete o chocolate, partido aos bocados, com 4 colheres de sopa de água. 2. Bate as gemas de ovo, que devem estar à temperatura ambiente, até ficarem esbranquiçadas. 3. Junta o chocolate derretido às gemas, batendo sempre. 4. Bate as claras, adicionando o açúcar aos poucos, até ficarem em castelo. 5. Envolve, cuidadosamente, as claras na mistura de gema e chocolate. 6. Coloca no frigorífico a arrefecer.

AVISO COVID-19

O que acontece?

Derreter o chocolate com água permite evitar que o chocolate fique granuloso por qualquer contacto acidental com um pouco de água. Também ajuda a evitar o problema de começar a solidificar quando se mistura com um ingrediente frio, pois o chocolate fica mais fluido. Havendo emulsionantes neste, a manteiga de cacau fica emulsionada com a água, o que torna mais fácil misturar o chocolate com outros ingredientes. As gemas de ovo vão dar sabor e uma textura cremosa pois contêm emulsionantes naturais. As claras em castelo são uma espuma, quer dizer uma dispersão de bolhas de ar num líquido. Esta espuma é relativamente estável, pois as claras de ovo são formadas por proteínas dissolvidas em água. O oxigénio do ar altera e coagula (desnatura) algumas das proteínas da clara do ovo (albuminas) e torna a espuma mais estável. Quando se começa a bater as bolhas de ar são maiores, à medida que se bate vão-se tornando cada vez menores, a espuma fica assim mais fina e estável.■

Seguindo as indicações do Plano de Prevenção e Atuação da Universidade de Aveiro, e de acordo com as medidas da Direção Geral de Saúde, por forma a minimizar o impacto do COVID-19, informamos a suspensão da realização de todos os eventos e iniciativas da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, incluindo o encerramento ao público, por tempo indeterminado. Gratos pela compreensão.

Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2020


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