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Biodiversus
Experimentandum Tinta de relevo com corantes alimentares
Bicho de contas
As casas da minha rua A casa azul é vizinha da verde e da amarela. A casa amarela não é vizinha da vermelha. O número da casa azul é ímpar. De que cor é a casa nº 2?
Imagem: Lucília Monteiro_VISÃO
O que preciso?
ABC dos Cientistas
Maria de Sousa (1939-2020)
Nascida em Lisboa, em 1939, Professora Emérita da Universidade do Porto e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), Maria de Sousa notabilizou-se pela sua brilhante carreira académica e científica, nomeadamente na sua contribuição para a definição da estrutura funcional dos órgãos que constituem o sistema imunitário. Formou-se em Medicina em 1963, pela Faculdade de Medicina de Lisboa, começando aqui uma carreira dedicada à investigação científica, que fez História, tendo passado por países como: Inglaterra, Escócia, Estados Unidos e Portugal. Entre outros cargos, foi Professora Assistente na Universidade de Glasgow (Escócia) e na Cornell Medical College (Nova Iorque), foi também Membro Associado e Diretora do Laboratório de Ecologia Celular no Instituto Sloan Kettering de Investigação em Cancro. Em 1984, regressa a Portugal. Enquanto bolseira da FCG em Londres,
publicou dois artigos, em 1966, em duas das mais conceituadas revistas científicas: “Journal of Experimental Medicine” e “Nature”, descrevendo avanços fundamentais na área da Imunologia. Ainda em Londres fez uma grande descoberta: até 1964, pensava-se que todos os tipos de linfócitos – células do sistema imunitário fundamentais no combate a doenças e infeções – vinham do timo, glândula situada no peito, entre o esterno e o coração. Considerava-se que, depois de nascermos, os linfócitos migravam do timo e iam proliferar e amadurecer nos órgãos linfáticos periféricos, como os gânglios linfáticos e o baço. No entanto, as investigações de Maria de Sousa comprovaram que esta teoria estava errada. Ao realizar experiências em ratos, aos quais foi removido o timo logo a seguir ao nascimento, comprovou que estes continuavam, afinal, a ter linfócitos nos órgãos linfáticos periféricos. Concluiu também que nestes órgãos linfáticos peri-
féricos existiam espaços vazios, ou seja, havia áreas para os linfócitos que migravam do timo (os linfócitos T, Área T, como hoje é conhecida) e áreas para outro tipo de linfócitos, que estavam ocupadas por eles. Em 1971, a investigadora designou de “ecotaxis” o fenómeno de migração dos linfócitos de diferentes origens – tanto do timo como da medula óssea, onde se forma outro tipo de linfócitos – com destino a microambientes específicos nos órgãos linfáticos periféricos. Maria de Sousa foi uma das primeiras mulheres portuguesas a ver o seu trabalho reconhecido internacionalmente. É uma fonte de inspiração, para uma nova geração de cientistas portugueses. Elogiada também pela sua excecional dimensão humana, fez um percurso vasto, e diversificado como cidadã, sempre comprometida com a vida cultural e social do país. Foi poeta e autora de variadíssimos textos literários. Era membro do júri do Prémio Pessoa.
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Nome vulgar: Cegonha-branca Nome científico: Ciconia ciconia
Sem dúvida uma das Grandes Mulheres na História do nosso país, Maria de Sousa ficará para sempre ligada ao progresso da Ciência em Portugal. Faleceu, em Lisboa, a 14 de abril de 2020, ironicamente vítima de Covid-19, doença que o seu sistema imunitário não conseguiu vencer. Vence a Mulher, o Nome, o Legado! Escreveu, como despedida, uma bela carta de amor à vida, de que ficam alguns versos: “Antes de morrer/ Quero que saibam/ Quanto gostava de vocês/ Quanto me recordava dos momentos partilhados e estimados/ Momentos então/ Eternidade agora/ Poesia/ Riso/ Mar/ Por do Sol/ A pena que a gaivota levou para a nossa mesa/ Pequeno-almoço (…) Tudo momentos então/ Eternidade agora (…) Na vossa sobrevivência/ a esperança da minha duração”. comunidades
saudáveis
financiamento
A cegonha-branca é uma ave de grande dimensão, com pescoço e patas compridas. Apresenta plumagem branca, com as pontas das penas primárias e secundárias pretas. O bico, tal como as patas, é avermelhado. O macho é ligeiramente maior do que a fêmea. Em Portugal, está presente em praticamente todo o território: no Sul, está presente em quase todos os concelhos, enquanto que no Norte encontra-se no interior, no Centro pode-se encontrar no Baixo Mondego e na Ria de Aveiro. Existe uma parte da população residente, embora a maioria das aves seja migradora. Nidifica preferencialmente nas proximidades de zonas húmidas, mas encontra-se também em terrenos secos. Aceita com facilidade a presença humana, construindo os seus ninhos frequentemente em estruturas não naturais. Durante o Inverno concentra-se nalgumas zonas húmidas do litoral, especialmente arrozais, onde encontra quantidades elevadas de lagostim-vermelho, bem como alguns anfíbios. Em algumas regiões, recorre ainda a lixeiras para encontrar alimento. A cegonha-branca é monogâmica e, geralmente, utiliza o mesmo ninho, ano após ano. As posturas são efetuadas durante o mês de março e são constituídas por 2 a 5 ovos.
. Sal . Farinha com fermento . Água . Corantes alimentares . 1 Chávena . 1 Colher . 1 Recipiente . 4 Frascos . 1 Cartolina Como fazer?
1. No recipiente, adicionar uma chávena de sal, uma chávena de farinha com fermento e uma chávena de água. 2. Misturar muito bem. 3. Distribuir pelos diferentes frascos e acrescentar um corante alimentar em cada um. 4. Fazer um desenho numa cartolina com as tintas preparadas. 5. Colocar a pintura no micro-ondas durante 10 a 30 segundos na potência alta.
Patos e cães Num quintal existem 21 bichos, entre patos e cães. Sendo 54 o total de pés desses bichos, calcule a diferença entre o número de patos e o número de cães.
AVISO COVID-19
O que acontece?
Após o aquecimento da pintura no micro-ondas, o desenho adquire relevo. A farinha utilizada nesta tinta apresenta um fermento químico na sua composição. Este fermento é formado por uma base (bicarbonato de sódio) e um ácido. Com a adição de água à farinha, inicia-se uma reação química entre a base e o ácido constituintes do fermento, da qual resulta a formação de um sal, dióxido de carbono gasoso e água. O gás produzido nesta reação, o dióxido de carbono, faz com que a massa expanda, ganhando desta forma o relevo pretendido. É necessário um aumento da temperatura para que esta reação ocorra rapidamente, sendo esta a razão de se levar o desenho ao micro-ondas.■
Seguindo as indicações do Plano de Prevenção e Atuação da Universidade de Aveiro, e de acordo com as medidas da Direção Geral de Saúde, por forma a minimizar o impacto do COVID-19, informamos a suspensão da realização de todos os eventos e iniciativas da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, incluindo o encerramento ao público, por tempo indeterminado. Gratos pela compreensão.
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2020