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Imagem: © Ann Ronan Picture Library—World History Archive/age fotostock

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Foto da semana

A não perder!

Nos dias 5 e 6 de setembro, decorreram na Fábrica várias sessões da atividade: “Criar Dunas”. Os participantes tiveram a possibilidade de explorar os sistemas dunares e perceber a importância da sua preservação. Esta atividade está inserida no Projeto Mar Azul: Comunicar para envolver e educar, que tem como objetivo principal aumentar o conhecimento sobre questões marinhas e costeiras, sensibilizando para o dever da conservação do Património Natural. Mais informações em: www.ua.pt/fabrica

“rádio con:vida” é uma exposição da Fábrica que promete aos seus visitantes uma viagem irresistível pelo mundo radiofónico, repleta de valiosas imagens e memórias sonoras! Numa harmoniosa cumplicidade entre os objetos, a palavra e os sons, “rádio con:vida” conta, e mostra, a história de um dos mais revolucionários e deslumbrantes modos de comunicar do século XX. Esta exposição estará patente até 30 de dezembro’20, por marcação. Mais informações: 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt.

Experimentandum Extração do ADN do kiwi O que preciso?

ABC dos Cientistas

Rosalind Franklin (1920-1958) Rosalind Franklin nasceu a 25 de julho de 1920, em Londres, Inglaterra. Estudou em várias escolas, incluindo o North London Collegiate School, tendo-se destacado em ciências e decidido, aos 15 anos, que queria seguir a carreira científica. Em 1938, Rosalind matriculou-se no Newnham College, Cambridge, e estudou química, tendo sido premiada, em 1941, com Honras de Segunda Classe. Nesta altura foi trabalhar como assistente de investigação na British Coal Utilization Research Association, onde estudou a porosidade do carvão, sendo este trabalho a base do seu doutoramento, concluído em 1945. No outono de 1946, a cientista foi

nomeada pelo Laboratoire Central des Services Chimiques de l'Etat em Paris, onde trabalhou com o cristalógrafo Jacques Mering. Com este apendeu a difração de raios-X, a qual teve um papel importante na sua investigação que levou à descoberta da estrutura do DNA. Para além disso, Rosalind foi pioneira no uso de raios-X para criar imagens de sólidos cristalizados na análise de matéria complexa e desorganizada, não apenas de cristais únicos. Em janeiro de 1951 começou a trabalhar como investigadora associada no King's College London. Ao estudar a estrutura do DNA com difração de raios-X, Rosalind tirou fotos do DNA e descobriu que havia duas formas

Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.ua.pt/fabrica · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt

(forma “A” seca e forma “B” húmida). Uma das imagens de difração de raios-X da forma “B” do DNA, conhecida como Foto 51, tornou-se famosa como evidência crítica na identificação da estrutura do DNA. Em janeiro de 1953, Wilkins revelou sem a permissão, ou conhecimento, de Rosalind a foto 51 ao cientista rival James Watson, que estava a trabalhar no seu próprio modelo de DNA com Francis Crick, em Cambridge. Estes dois cientistas usaram o que observaram na Foto 51 para confirmar o modelo de dupla estrutura helicoidal da molécula do DNA, que publicaram a 7 de março de 1953, e pelo qual receberam o Prémio Nobel de Fisio-

logia e Medicina em 1962. Em março de 1953, Rosalind mudou-se para o Birkbeck College, onde estudou a estrutura do vírus do mosaico do tabaco e a estrutura do RNA. Em cinco anos publicou 17 artigos sobre vírus, e o seu grupo lançou as bases para a virologia estrutural. No outono de 1956, Rosalind Franklin descobriu que tinha cancro do ovário. Embora tenha realizado intervenções cirúrgicas e tratamentos, ela continuou a trabalhar até várias semanas antes da sua morte, a 16 de abril de 1958. ■ comunidades

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. 1 kiwi . 1 colher de chá de sal grosso . 1 colher de detergente da louça . 1 tubo de ensaio . 1 filtro de café . 1 copo de plástico transparente . 1 saco de plástico com fecho . 1 garrafa de álcool 96% . 1 faca de plástico . 1 palito de madeira . 1 frasco com água . 1 pipeta de Pasteur Como fazer?

1. Descascar o kiwi e colocá-lo dentro do saco de plástico. 2. Amassar bem o fruto com a ajuda das mãos. 3. Adicionar o detergente da louça e o sal grosso. 4. Misturar bem com as mãos. 5. Colocar o filtro do café dentro do copo e verter a mistura. 6. Adicionar três colheres de água e mexer lentamente com a colher. 7. Colocar uma porção (cerca 1/3) do filtrado no tubo de ensaio. 8. Adiciona, com a pipeta, aproximadamente a mesma porção de álcool frio, tendo o cuidado de não

misturar as duas fases que se formam. 9. Verificar que se começam a formar filamentos, onde se encontra o material nuclear, nomeadamente o ADN. O que acontece?

O kiwi é um fruto constituído por inúmeras células vegetais. O detergente da louça vai ter uma ação sobre os lípidos (gorduras) da parede celular, membrana celular e membrana nuclear, destruindo-as. O sal, cloreto de sódio, ajuda a estabilização do material proveniente do núcleo – ADN. Ao filtramos a mistura selecionamos os materiais mais pequenos e capazes de passar pelos poros do filtro de café. A adição do álcool frio vai permitir a observação do ADN, que surge sob a forma de uma “nuvem de fios”, na zona de contacto das duas fases, uma vez que este é menos solúvel a temperaturas mais baixas. Pode-se recorrer a um palito de madeira para enrolar a molécula e deslocá-la na camada superior (do álcool frio).■

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Mais vale saber… Produção do chocolate Após a colheita, os frutos do cacaueiro são abertos e retiram-se-lhe os grãos, que são colocados em recipientes de madeira e expostos ao ar a fermentar, durante 3 a 8 dias. Depois são secos e torrados para retirar quase toda a sua humidade. Durante este período ocorrem as reações químicas responsáveis pela diminuição do sabor amargo e pelo desenvolvimento do aroma e sabor característicos do cacau. Os grãos são então moídos até se obter a pasta de cacau que, ao passar por uma prensa hidráulica, se separa em manteiga de cacau e cacau sólido, do qual se obtém o cacau em pó. É basicamente a partir da mistura de pasta de cacau, leite e açúcar, que são produzidos os diferentes tipos de chocolate. O chocolate amargo é geral-

mente feito de apenas dois ingredientes – pasta de cacau e açúcar. O teor de cacau das barras comerciais de chocolate amargo pode variar entre 30% (meio-amargo) e 70% a 80% para barras extremamente amargas. O chocolate de leite é feito pela combinação de pasta de cacau com açúcar, leite e baunilha. O chocolate branco leva açúcar, manteiga de cacau, leite, baunilha e lecitina (um emulsionante) e é único porque não contém sólidos de cacau. Os sólidos de cacau são o que dão ao chocolate uma cor castanha escura e um sabor a chocolate mais acentuado. O chocolate Ruby é um chocolate naturalmente rosa, de sabor suave e frutado, por ser produzido com grãos de cacau especiais que possuem um tom rosa claro natural.■ Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2020


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